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TÓPICO I 1.0) Noções Gerais de Direito 1.1) Conceito 1.2) Divisão do Direito 1.3) Sujeitos de Direito 1.4) Objeto do Direito 1.1- CONCEITO Conceituar Direito, pôr incrível que pareça, não é tarefa das mais fáceis, dada a enorme quantidade de visões ideológicas que envolve a doutrina jusfilosófica na espécie, coexistindo uma infinidade de escolas de pensamento, cada qual com a sua própria teoria sobre a gênese do Direito e seu papel social. Como ciência social o direito tem pôr objeto a investigação dos fenômenos sociais, no seu sentido jurídico, de forma que as normas reguladoras das relações humanas possam ser orientadas em proveito do bem estar da coletividade. Nada mais justo que qualificar o Direito como a ciência social que orienta, define, coordena e desenvolve as aspirações humanas na sua projeção no tempo e no espaço. Como norma social o Direito é o fruto dessas necessidades e existe para criar ou reconhecer direitos e regular deveres que nascem do intercâmbio de interesses, evitando assim, a desorganização social. Dessa forma o direito pode ser observado em dois sentidos: - Subjetivo: A possibilidade individual de agir de acordo com o direito, de acordo com as prerrogativas de usar, gozar e dispor do bem, enfim é a possibilidade que possui o indivíduo de acionar o ordenamento jurídico, fazendo ou deixando de fazer alguma coisa. ( “ Jus Est Facultas Agenti”) - Objetivo: É o complexo de princípios e normas que toda a pessoa deve se submeter e se obrigar a um comportamento de orientação moral e jurídica que se descumprido incorrerá em sanção. ( “Jus Est Norma Agendi”). 1.2- DIVISÃO DO DIREITO Tal divisão e consequentemente distinção, em verdade, não tem na prática jurídica, a relevância que muitos doutrinadores lhe emprestam, uma vez que o direito deve ser encarado em sua generalidade, sendo qualquer divisão compartimentalizada apenas como uma visão útil para efeitos didáticos, motivo direito e legislação 1

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TÓPICO I

1.0) Noções Gerais de Direito

1.1) Conceito1.2) Divisão do Direito1.3) Sujeitos de Direito1.4) Objeto do Direito

1.1- CONCEITO

Conceituar Direito, pôr incrível que pareça, não é tarefa das mais fáceis, dada a enorme quantidade de visões ideológicas que envolve a doutrina jusfilosófica na espécie, coexistindo uma infinidade de escolas de pensamento, cada qual com a sua própria teoria sobre a gênese do Direito e seu papel social.

Como ciência social o direito tem pôr objeto a investigação dos fenômenos sociais, no seu sentido jurídico, de forma que as normas reguladoras das relações humanas possam ser orientadas em proveito do bem estar da coletividade.

Nada mais justo que qualificar o Direito como a ciência social que orienta, define, coordena e desenvolve as aspirações humanas na sua projeção no tempo e no espaço.

Como norma social o Direito é o fruto dessas necessidades e existe para criar ou reconhecer direitos e regular deveres que nascem do intercâmbio de interesses, evitando assim, a desorganização social.

Dessa forma o direito pode ser observado em dois sentidos:- Subjetivo: A possibilidade individual de agir de acordo com o direito, de acordo com as prerrogativas de usar, gozar e dispor do bem, enfim é a possibilidade que possui o indivíduo de acionar o ordenamento jurídico, fazendo ou deixando de fazer alguma coisa. ( “ Jus Est Facultas Agenti”)- Objetivo: É o complexo de princípios e normas que toda a pessoa deve se submeter e se obrigar a um comportamento de orientação moral e jurídica que se descumprido incorrerá em sanção. ( “Jus Est Norma Agendi”).

1.2- DIVISÃO DO DIREITO

Tal divisão e consequentemente distinção, em verdade, não tem na prática jurídica, a relevância que muitos doutrinadores lhe emprestam, uma vez que o direito deve ser encarado em sua generalidade, sendo qualquer divisão compartimentalizada apenas como uma visão útil para efeitos didáticos, motivo

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pelo qual aqui a desenvolvemos.

Entende-se o Direito Público como o destinado a disciplinar os interesses gerais da coletividade e a regular a estrutura e o desenvolvimento das comunidades e as relações jurídicas entre o Estado e os particulares e dos Estados entre si.

Ao Direito Público pertencem especialmente:

Direito ConstitucionalDireito Internacional PúblicoDireito AdministrativoDireito PenalDireito Fiscal

Quanto ao Direito Privado entende-se como a regulamentação das relações jurídicas entre as pessoas físicas e jurídicas de natureza privada.

Sem sombra de dúvida o Direito Civil é a grande base do que se convencionou chamar de Direito Privado, regendo, genericamente, todas as relações jurídicas dos indivíduos, antes de seu nascimento até depois de sua morte.

Isso ocorre porque o Direito Civil deve disciplinar direitos e deveres de todas as pessoas enquanto sujeitos de Direito, e não em condições especiais, como a de comerciante, empregado ou consumidor.

Ao Direito Privado pertencem especialmente:

Direito CivilDireito do TrabalhoDireito AeronáuticoDireito ComercialDireito AgrárioDireito Internacional Privado

Basicamente o Direito Civil tem pôr finalidade regular “ os direitos e obrigações de ordem privada concernentes às pessoas, aos bens e às suas relações”.

A importância do Direito Civil nas relações humanas se dá em face de que o mesmo regula os interesses individuais e esses interesses correspondem às suas relações.Às necessidades fundamentais do ser humano.

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1.3- SUJEITO DE DIREITO

É indispensável que para ser Sujeito de Direito o mesmo possua personalidade jurídica.

Na verdade é aptidão para titularizar direitos e contrair obrigações, atributo necessário para ser sujeito de direito.

Logo adquirida a personalidade jurídica o ente atua como sujeito de direito que pratica atos e negócios jurídicos, então vejamos:

A) Pessoa Natural;B) Pessoa Jurídica.

A) É toda criatura em que o seu surgimento ocorre a partir do nascimento com vida, conforme Art. 2° NCC. Mesmo que venha a falecer minutos depois.

Não se exige, inclusive, a forma humana e a viabilidade para se conceder ao recém nascido a qualidade de pessoa.

OBS: Salienta-se ainda que tanto o nascimento como a morte deverão ser inscritos no Registro Público( Certidão de Nascimento e Certidão de Óbito).

A.1-Quanto a Capacidade Civil:

Adquirida a Personalidade toda pessoa passa a ser capaz de direitos e obrigações, possuindo portanto, capacidade de direito ou de gozo. Elas se completam.

Todo ser humano tem capacidade de Direito, pelo fato de que a personalidade jurídica é atributo inerente a sua condição.

Se quaisquer pessoas puderem atuar pessoalmente, possuem também, capacidade de fato ou de exercício, em razão de suas limitações orgânicas ou psicológicas.

Contudo algumas pessoas perdem sua capacidade, não tendo mais o exercício pessoal e o exercício dos direitos civis, sendo denominados assim de INCAPAZES.

A incapacidade civil pode se dar de duas maneiras:Incapacidade Absoluta: A lei considera incapazes de exercer os atos da vida civil.Menores de 16 anosLoucos de todo gêneroSurdos mudos, que não puderem exprimir sua vontade

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Ausentes, declarados judicialmente.

OBS: O surdo-mudo, bem como os cegos, que possam se manifestar pôr sinais, pôr escrito, pôr intérprete ou procuradores são considerados capazes. A incapacidade só ocorre quando o ato praticado dependa diretamente dos sentidos que lhes faltam.

Quando os ausentes, são indivíduos que tenham se afastado de seu domicílio, sem deixar procurador ou representante, e do qual não haja notícias. Para ausência ser declarada, contudo, faz-se necessário um processo judicial a fim de caracterizá-la.

Incapacidade Relativa: São relativamente incapazes para praticar os atos da vida civil.Maiores de16 anos e menores de 18 anosPródigosOs ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os deficientes mentaisOs Excepcionais sem desenvolvimento mental completo.Os Silvícolas

OBS: Pródigo é o que esbanja sua fortuna. Sua incapacidade é relativa à esfera patrimonial.

Os índios serão considerados capazes quando tiverem 18 anos, conhecimento da língua portuguesa e compreensão dos usos e costumes nacionais (aculturados).

A capacidade civil pode ser adquirida antes dos 18 anos:

Por concessão dos pais, ou faltando os pais, por sentença do juiz se o indivíduo tiver 18 anos incompletos;Pelo casamento;Pela formatura em curso superior;Pelo estabelecimento civil ou comercial com economia própria;Pelo exercício de emprego público.

B) Pessoa Jurídica:

É a unidade de pessoas naturais, agrupamentos visando a fins de interesse comum. Ex.: associações, sociedades, fundações, municípios ... As pessoas jurídicas podem ser:

De Direito Público: União, Estados, Distrito Federal, Municípios.De Direito Privado: Sociedades Comerciais, Indústrias ...

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As pessoas jurídicas são representadas por quem a lei determinar. Por Exemplo: O diretor ou o sócio é o representante legal de sua empresa.

A existência jurídica das pessoas jurídicas inicia-se com a inscrição dos seus contratos

1.4- OBJETO DO DIREITO

É todo bem material ou imaterial que tem valor econômico e podem ser objeto de uma relação jurídica, sendo suscetível de ser defendido por ação própria perante o Poder Judiciário.

A classificação dos Bens são segundo o Novo Código Civil/2002:

-Bens considerados em si mesmos- Arts. 79 a 91.Bens imóveis ( o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente)Bens Móveis ( suscetíveis de movimentos próprios ou de remoção por força alheia, sem alteração)Bens Fungíveis e Consumíveis ( podem ser substituídos e que se extinguem no tempo que são usados)Bens Divisíveis( podem fracionar sem diminuição considerável de valor)Bens Singulares e Coletivos (embora reunidos são independentes dos demais e os coletivos várias coisas singulares, que no conjunto formam um todo único com individualidade própria).

-Bens reciprocamente considerados- Arts. 92 a 97 ( podem ser principais quando a coisa exerce sua finalidade independente de outra e acessória o que segue e depende da principal).

-Bens Públicos- Arts. 98 a 103 ( são os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno: a União, os Estados e os Munícipios, as Autarquias e as Fundações Públicas).

-Bens de Família- Arts. 1711 a 1722( Bens comuns dos cônjuges)

A relação dos Bens são auto explicativas com o texto de lei.

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EXERCÍCIOS

Adquire-se a capacidade civil:

A) os maiores de 16 e menores de 18 anos de idadeB) aos 18 anos de idade e pela emancipaçãoC) aos 16 anos de idadeD) pelo nascimento com vida

02) Os indivíduos que são assistidos por terceiros na prática de certos atos na vida civil, são:

A) incapazes absolutamenteB) pessoas naturaisC) relativamente incapazesD) todas as respostas são falsas

03) Tendo o indivíduo 16 anos completos pode adquirir a emancipação:

A) pelo casamentoB) pelo exercício de emprego público efetivoC) por colação de grau científico em curso superiorD) quando provém da vontade de quem tem o pátrio poder.

GABARITO: 01-B02-C03-D

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TÓPICO II

2.0) Noções de Direito das coisas

2.1) Posse2.2) Propriedade2.3) Direitos de Vizinhança2.4) Condomínio

2.0- CONCEITO:

É o conjunto de normas que regulam as relações jurídicas concernentes às coisas que podem ser objeto de apropriação pelo homem.

2.1) A detenção de uma coisa em nome próprio, ou seja com a intenção de ter a coisa para si, agindo como se fosse o proprietário; difere, portanto da simples detenção, onde não encontramos o requisito fundamental da intenção de ser dono, o exemplo do inquilino em relação ao locador.A posse está regulamentada pelo Código Civil, e esse considera como possuidor todo aquele que tem de fato o exercício pleno, ou não, de algum dos poderes inerentes ao domínio, ou a propriedade.Ao adquirir a coisa, ou até mesmo pelo exercício de direito, ela transmite-se com os mesmos caracteres aos herdeiros e legatários do possuidor.

Classificação da Posse:

A) Posse Direta ou Indireta:

Direta: quando alguém detém materialmente a coisa sendo exercida diretamente pelo possuidor da coisa.

Indireta: quando o proprietário da coisa concede o seu uso e gozo a outrem.

Por Exemplo: O locatário tem a posse direta, o proprietário do imóvel locado tem a posse indireta.

B) Posse Justa e Injusta:

Justa: a que não for violenta (obtida por força), clandestina ou precária, ou seja, acontecida em conformidade com o Direito.

Injusta: essa será a clandestina, violenta e a precária. Clandestina por ter sido uma posse ostensiva, ou seja o possuidor discretamente vai se apossando do bem.

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Violenta quando adquirida pela força e Precária quando se origina de abuso de confiança com a obrigação de restituí-la e se obriga a devolvê-la.

C) Posse de Boa-fé e Má-fé

Boa-Fé: quando o possuidor tem convicção que a coisa lhe pertence, ignorando qualquer vício ou obstáculo que impeça a aquisição.Má-Fé: quando mesmo tendo conhecimento do vício ou do obstáculo que lhe impede a aquisição da coisa, tendo conhecimento, porém mantendo esta em seu poder.

D) Posse Nova e Velha: Quanto a defesa da posse

Nova: Significa que ela é de menos de um ano e um dia.Velha: Significa que ela é de mais de um ano e um dia

Efeitos da Posse

Conforme Art. 1.210 NCC:

A) Ação de Manutenção de Posse

O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, ou restituído no caso de esbulho e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.” A turbação consiste na agressão material contra a posse. Apesar de ato turbativo o possuidor continua na posse de seus bens, mas cerceado no seu exercício.

B) Ação de Reintegração de Posse

A finalidade desta ação é recuperar a posse perdida ou esbulhada. O esbulho é a forma violenta de se privar a posse de outrem. O possuidor só poderá requerer à justiça para ser manutenido ou restituído na posse de seus bens, em caso de esbulho.

C) Interdito Proibitório

Esta ação tem por objetivo proteger a posse que se encontra sob ameaça de ser molestada. É de natureza preventiva, pois visa impedir que a violência seja consumada.

D) Nunciação de Obra Nova

O embargo de obra nova pode ser requerido, tanto para defesa do domínio, como

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para a defesa da posse. Compete ao proprietário prejudicado no seu domínio ou posse, por obra nova em vias de conclusão requerer a ação de Nunciação de Obra Nova, para impedir que o prejuízo se consume pela conclusão dessa obra.

Embargos de terceiro

O possuidor que seja turbado ou esbulhado na posse de seus bens, por ato de apreensão judicial, como penhora, sequestro, etc. Poderá requerer lhe seja manutenido ou restituído na posse por meios de embargos.

A posse conduz ao Usucapião

Usucapião é o modo de adquirir o domínio da coisa, pela posse mansa e pacífica durante certos períodos de tempo.

Extraordinário: Ocorre quando o indivíduo tem a posse durante 15 anos ininterruptos e sem oposição.

Especial Rural: Aquele que não sendo proprietário rural ou urbano, possua como sua, trecho de terra não superior a 50 hectares, por 05 anos initerruptos sem oposição, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

Especial Urbano: Aquele que possuir como sua, área urbana de até 250 metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para a sua moradia ou de sua família.

Ordinário: Aquele que tem posse de imóvel com justo título e boa-fé, de forma contínua e incontestada, no decurso de 10 anos, e adquire o domínio desse imóvel.

2.2- Propriedade

É o direito de usar, gozar e dispor de um bem, e de reavê-lo de quem quer que injustamente o possua. Ao proprietário cabe o domínio exclusivo do bem.

A propriedade do solo abrange tudo o que está acima ou abaixo da superfície, dentro dos limites úteis ao seu uso.

São proibidos aos proprietários quaisquer atos que, não lhe trazendo qualquer comodidade ou utilidade, sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.

Meios de Aquisição da Propriedade

Adquire-se a propriedade imóvel:

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Pela Transcrição do Título de Transferência no Registro de Imóveis.

O que transfere o imóvel, passando de um dono para outro, é o registro do título de transferência; portanto a escritura por si só, não transfere imóveis, necessário se faz seu Registro no Cartório Competente.

Pela acessão.

Refere-se a acréscimos acontecidos em relação a um imóvel, pode dar-se pela formação de ilhas, por aluvião, por avulsão, por abandono de álveo, pela construção de obras ou plantas

Pelo Usucapião.

Pelo Direito Hereditário: Aos herdeiros legítimos e testamentários.

Perda da Propriedade Imóvel

Através da Alienação ( Por exemplo a venda de um terreno);Através da Renúncia ( Renunciar a um imóvel em favor de um filho);Pelo Abandono ( prazo de 10 anos abandonado em zona urbana e 03 anos em zona rural);Pelo Perecimento do imóvel ( caso em que deixando o mesmo de existir não há que se falar em propriedade).Pela Desapropriação ( Em casos de necessidade- socorro calamidade pública ou utilidade pública- alargamento de uma rua e interesse social- para fins de reforma agrária, devendo ser o proprietário indenizado.)Terrenos utilizados para cultivar plantas psicotrópicas, não cabendo indenização nesses casos.

Direitos Reais sobre coisas alheias

São direitos que são exercidos por terceiros em relação a propriedade alheia.

Enfiteuse: Conhecido como aforamento é o arrendamento perpétuo, onde o proprietário atribui a outrem o domínio útil do imóvel mediante o pagamento de uma pensão ou foro anual. O dono continua sendo o proprietário, mas o domínio útil passa para o enfiteuta. Este pode vender o domínio útil, mas terá que pagar um laudêmio ou taxa de 2,5% sobre o valor da venda, ao senhorio direto(dono).

Servidão: É o proveito prestado por um prédio em favor de outro. Ex: O direito de levar o gado para pastar ou beber em terra alheia, o direito de transitar pela propriedade de outrem.

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Usufruto: O direito real de gozo que atribui ao seu titular o direito de usar coisa alheia, móvel ou imóvel, e auferir para si os frutos produzidos.

Uso: Direito ao gozo, sem direito à administração e aos frutos, tudo em proveito do proprietário.

Habitação: Restringi-se ao direito de morar gratuitamente em casa alheia, não podendo alugá-la, nem emprestá-la, mas apenas usá-la para si e sua família

Rendas Constituídas sobre o imóvel: Uma renda a favor do proprietário ou de outrem.

Direito Real de Garantia: Consiste em assegurar ao credor o recebimento de uma dívida, visto que o pagamento estará vinculado a um determinado bem do devedor.

Penhor: Consiste na tradição efetiva de um objeto móvel suscetível de alienação. Ex: Entregar uma jóia para garantir o empréstimo. Contudo uma vez paga a dívida, o credor pignoratício (que tem o bem como garantia) não pode recusar-se a entregar a coisa a quem a empenhou. Podendo ser realizado através de um instrumento particular de contrato.

Hipoteca: Um bem imóvel que continua em poder do devedor , assegura ao credor o pagamento de uma dívida. Deverá ser registrada no Registro de Imóveis, bem como a sua extinção e cancelamento.

Anticrese: O devedor entrega ao credor um imóvel, cedendo-lhe o direito de auferir os frutos e os rendimentos desse imóvel, até o montante da dívida a ser paga. Ou seja os rendimentos serão retidos até o pagamento da dívida. 2.3- DIREITO DE VIZINHANÇA

O Novo Código Civil regulamenta o assunto de acordo com o Art.1277 desde que tais condições sejam respeitadas.

- Quanto ao uso anormal da propriedade: Arts 1.277 a 1.281O proprietário não pode usar o seu imóvel de forma abusiva ou nociva, que venha prejudicar a segurança, o sossego e a saúde de seus vizinhos.

- Quanto ao uso das árvores limítrofes: Arts. 1.282 a 1284.As árvores que se encontram postadas na linha divisória pertencem em comuns aos proprietários dos prédios contíguos. Seus frutos serão partilhados pela metade, como também qualquer despesa que haja com as mesmas.As raízes e os ramos da árvore que ultrapassarem a extrema do prédio poderão ser

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cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido.Os frutos caídos de árvore de terreno vizinho pertencerão ao dono do terreno onde eles caírem, se este for propriedade particular. Se esses frutos caírem em via pública, serão da propriedade da árvore.

- Quanto ao uso da passagem forçada: Arts. 1.285 a 1.287 incluindo ainda a passagem das águas Arts. 1.288 a 1.296

Ao proprietário sem acesso para a via pública, a lei assegura o direito de obter passagem através de prédio alheio. O interesse social exige que se estabeleça passagem aos prédios encravados, quer sejam rústicos ou urbanos, para que esse imóveis não se tornem improdutivos. É garantida também a passagem de cabos, tubulações e outros condutos subterrâneos que sejam de utilidade pública, entretanto, se isso vier a desvalorizar o bem, será garantida ao proprietário uma indenização.A questão da passagem de águas também é prevista pelo Novo Código Civil nos Arts. 1288 a 1296

- Quanto ao limite entre prédios: Arts 1.297 ao 1.298

A lei estabelece que todo proprietário tem o direito de exigir do seu confinante, a fixação da linha divisória entre os prédios, a restauração dos rumos apagados e a renovação dos marcos destruídos e arruinados, devendo, as respectivas despesas, serem divididas proporcionalmente entre os interessados. Nesses casos o proprietário tem o direito, assegurado pela lei, de intentar ação para obter um dos objetivos acima mencionados.

- Quanto ao Direito de Tapagem

A lei outorga ao proprietário o direito de cercar, tapar ou murar o seu prédio, quer seja rústico ou urbano. A lei presume que os tapumes divisórios entre propriedades contíguas, sejam comuns e que as despesas com a construção e conservação dos mesmos, deverão ser pagas em partes iguais pelos proprietários confrontantes desde que os tapumes sejam destinados a evitar passagem de animais de grande porte, como vacum, cavalar e muar.

- Quanto ao Direito de Construir: Arts. 1.299 a 1.313

Ao proprietário é permitido construir em seu terreno o que bem lhe aprouver, contanto que sejam respeitados os direitos de vizinhança e os regulamentos administrativos, que dizem respeito à segurança, forma, higiene, e a estrutura dos prédios. O proprietário que abrir janelas, sacadas, terraços, ou goteiras a menos de 1 metro e meio do prédio contíguo, pode ter sua construção embargada pelo proprietário prejudicado, através da ação de Nunciação de Obra nova. O lapso

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temporal para que o proprietário exija que se desfaça a construção de goteira, janela, sacada, terraço a menos de 1 metro e meio do seu prédio, é de 1 ano e dia. Decorrido esse prazo, o vizinho construtor passa a ter um direito de servidão sobre esse bem e o proprietário não poderá efetuar nenhuma obra que tire do mesmo a iluminação ou a ventilação.

2.4- CONDOMÍNIO

Previsto nos Arts. 1.314 a 1.358 Novo Código Civil

Segundo o ilustre professor CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA, “ Quando a mesma coisa pertence a mais de uma pessoa, cabendo a cada uma delas igual direito, idealmente, sobre o todo e cada uma das partes”, configura-se o condomínio, comunhão ou propriedade.

Espécies de Condomínio

O condomínio pode ser: Voluntário ou Convencional; Eventual ou Acidental.É voluntário ou Convencional quando resulta do acordo de vontades de todos os condôminos, sendo determinada pela convenção a quota de cada um.Eventual ou acidental ocorre quando o condomínio resulta de causa alheia a vontade dos condôminos. Ex: Doação em comum a duas ou mais pessoas.

Administração do Condomínio

A administração do condomínio é exercida pelo síndico, o qual é eleito pelos condôminos ou assembléia geral, para um mandato não superior a dois anos, com possibilidade de ser reeleito.A Assembléia Geral estabelece condições e fixa prazo para pagamento das quotas, destinadas às despesas do condomínio e sua manutenção. Quando os condôminos não cumprem suas obrigações, deixando em atraso o pagamento de suas quotas, ao síndico assiste o direito de exigir esse pagamento, mediante ação executiva, contra o devedor, que além do débito pagará outros encargos, como juros moratórios e multa, conforme tenha sido determinado na convenção.

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EXERCÍCIO

04) Em relação aos direitos da coisa podemos afirmar que:

A) posse e propriedade têm o mesmo significadoB) a posse pressupõe sempre a boa-fé do possuidorC) a posse pode ser caracterizada mesmo sem justo título.D) A posse não pressupõe a propriedade.

05) O interdito proibitório é uma defesa possessória cabível nos casos de:

A) ameaça de agressão iminente da posseB) perda da posseC) turbaçãoD) esbulho

06) O aforamento perpétuo onde o proprietário atribui a outrem o domínio útil do imóvel mediante o pagamento de um foro anual é denominado:

A) servidãoB) enfiteuseC) usufrutoD) locação

07) O ato violento de se privar a posse de outrem denomina-se:

A) posse injustaB) turbaçãoC) )esbulhoD) posse de má-fé

08) São classificações da posse:

A) posse justa e injustaB) posse direta e indiretaC) posse ordinária e extraordináriaD) as alternativas a e b estão corretas

09) São regulados pêlos direitos de vizinhança:

A) uso nocivo da propriedadeB) direito de construirC) limites entre prédiosD) todas as respostas são verdadeiras

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10) A extinção da propriedade pode ocorrer:

A) pela alienação ou desapropriaçãoB) pelo uso da passagem forçadaC) pelo aluviãoD) pela posse

GABARITO:

04- C05- A06- B07- C08- D09- D10- A

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TÓPICO III

3.0) Noções do Direito das Obrigações;3.1) Contrato e suas classificações;3.2) Direito das Sucessões;

3.0- DIREITO DAS OBRIGAÇÕES (NOÇÕES GERAIS )

O Direito das obrigações é a parte do Direito Civil que se ocupa de relações jurídicas de natureza patrimonial, que se formam entre determinados sujeitos para a satisfação de interesses tutelados pela lei.

Tipos de obrigações

- Obrigação de DAR:

Coisa certa: Ter-se-á esse tipo de obrigação quando seu objeto for constituído por um corpo certo e determinado, estabelecendo entre as partes da relação obrigacional um vínculo em que o devedor deverá entregar ao credor uma coisa individual. Ex.: o iate “Netuno” .

Coisa incerta: Já esse tipo de obrigação consiste na relação obrigacional em que o objeto, indicado de forma genérica e na sua quantidade no início da relação, vem a ser determinado por um ato de escolha por ocasião do seu adimplemento. Ex.: dar cem sacas de café.

- Obrigação de FAZER:

É aquela que obriga o devedor à prestação de um serviço ou um ato positivo material ou imaterial seu ou de terceiro, em benefício do credor ou de terceira pessoa, como por exemplo construir um Edifício ou escrever um poema.

- Obrigação de NÃO FAZER:

É aquela obrigação na qual o devedor assume o compromisso de se abster de algum fato que poderia praticar Iivremente senão tivesse obrigado para atender interesse jurídico do credor ou de terceiro. Pôr exemplo: a obrigação de não vender uma casa a não ser ao credor .

3.1- CONTRATO

Contrato é o negócio jurídico bilateral que se forma pelo concurso de vontades produzindo efeitos obrigacionais.

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Segundo o contido no Art. 421 do CC, na “liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.”

A liberdade de contratar, não é absoluta, pois está limitada não só pela supremacia da ordem pública, que veda convenção que lhe seja contrária e aos bons costumes, de forma que a vontade dos contratantes está subordinada ao interesse coletivo; como também pela função social do contrato, que o condiciona ao atendimento do bem comum e dos fins sociais consagrando dessa forma o princípio da sociabilidade.Para a validade do contrato é necessário à sua formação a conjunção dos pressupostos e requisitos seguintes: capacidade das partes; consentimento; idoneidade do objeto; legitimação para realizá-la e forma.

CAPACIDADE DAS PARTES

Sendo o contrato um negócio jurídico, os sujeitos dessa relação devem ser pessoas capazes, aptos a realizá-Io.

CONSENTIMENTOA declaração da vontade emitida pelas partes deve ser válida e eficaz, manifestada com o propósito de querer a concretização do ato.

IDONEIDADE DO OBJETOÉ necessário que o objeto seja lícito, idôneo e possível, que esteja adequado ao fim visado pêlos contratantes.

LEGITIMAÇÃOAs partes devem ter competência para regular os seus próprios interesses, isto é, de dispor livremente de seus direitos e contrair as obrigações que Ihes aprouver.

FORMAPara os contratos que a lei não prescreve forma, podem ser realizados conforme o acordo entre as partes vigorando o principio da forma livre. Mas para os contratos cuja celebração tem forma prescrita em lei, se forem celebrados sem essa observância, não terão validade.

CLASSIFICAÇÃOOs contratos são classificados em: bilaterais e unilaterais; onerosos e gratuitos; comutativos e aleatórios; consensuais e reais; solenes e não solenes; principais e acessórios; instantâneos e de duração; pessoais e impessoais e de adesão.

CONTRATOS BILATERAIS E UNILATERAISNo contrato bilateral: as duas partes ocupam, ao mesmo tempo, a posição de credor e de devedor.

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Ambas adquirem direitos e cumprem obrigações. Ao direito de uma parte, corresponde a obrigação da outra. Os contraentes figuram reciprocamente como sujeito ativo e sujeito passivo.

No contrato unilateral : uma das partes assume a condição de credor, e a outra de devedor. Um dos contraentes exerce direitos e o outro cumpre obrigações. Ex: de negócios unilaterais: renúncia, promessa de recompensa, procuração, etc...

CONTRATOS ONEROSOS E GRATUITOSOnerosos: são os contratos em que ambas as partes tem como objetivo adquirir uma vantagem patrimonial. Ex: contrato de compra e venda.

Gratuitos: são os contratos em que apenas uma das partes aufere vantagens. Ex.: comodato, doações.

CONTRATOS COMUTATIVOS E ALEATÓRIOSComutativo: está, mais ou menos, na equivalência das prestações do vendedor e do comprador.

A prestação de um, em correspondência com a do outro. Cada qual tem certeza que nenhuma das duas prestações corre risco de não ser cumprida. Ex.: contrato de compra e venda, uma vez concluído, tanto o vendedor como o comprador, têm como certo cumprimento das prestações

Aleatórios: são os contratos que expõem as partes à alternativa de ganho ou perda. Existe a possibilidade que uma das prestações venha falhar não se sabendo qual das partes terá a vantagem ou a perda. Ex.: a aposta, o contrato de renda vitalícia, contrato de seguro.

CONTRATOS CONSENSUAIS E REAISConsensuais: são contratos que se tornam perfeitos acabados simplesmente pelo acordo de vontades. Ex.: mandato, promessa de compra e venda.

Reais: são os contratos que para sua formação requerem o consentimento das partes e a entrega da coisa, porque a vontade, por si só, não é suficiente para tomá-los perfeitos e acabados. Ex.: comodato, depósito e o mútuo.

CONTRATOS SOLENE E NÃO SOLENESSolenes: são os contratos que só se tomam perfeitos quando o consentimento é manifestado pela forma prescrita em lei. São também denominados contratos formais. A solenidade exige que sejam lavrados por tabelião e que tenham a forma de Escritura Pública. A inobservância da solenidade, quando o caso requerer, determina invalidade do contrato. Ex.: casamento, compra e venda de imóvel.

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Não solenes: estes contratos podem ser realizados, simplesmente pelo acordo de vontade, podendo esta ser declarada verbalmente ou pôr escrito particular, prevalecendo o principio da liberdade de forma. .

CONTRATOS PRINCIPAIS E ACESSÓRIOSContratos principais: são aqueles que tem existência própria, independente e autônoma. Ex.: contrato de locação.

Acessórios: são os contratos cuja existência depende de outros contratos. Sua função é garantir o cumprimento de obrigações contraídas pelo contrato principal. Ex.: penhor, hipoteca, fiança, caução.

CONTRATOS INSTANTÂNEOS E DE DURACÃOInstantâneos: ou de execução única, são os contratos cujas prestações podem ser realizadas de forma imediata, em um só instante, exaurindo-se tão logo seja cumprida a obrigação.

Duração: são aqueles que as partes contraentes, ou uma delas, ficam sujeitas ao cumprimento de prestações contínuas ou repetidas, em intervalos especulados, por período de tempo determinado ou indeterminado. Ex.: contratos de venda a prazo.

CONTRATOS TÍPICOS E ATÍPICOSTípicos ou nominais: são os contratos que se acham prescritos e regulados em lei, com denominação própria e espécies próprias e definidas.

Atípicos: são os contratos que não se encontram especificamente em lei.

PESSOAIS E IMPESSOAISSão pessoais: quando uma das partes contraentes é para outra parte, elemento causal do contrato. Para uma das partes é conveniente contratar com certa pessoa, porque é de seu interesse que as obrigações contratuais seia cumpridas, precisamente por essa pessoa. Ex.: Contratos de mandato, de empreitada, de sociedade.

Os impessoais: são os contratos em que para uma das partes é indiferente com quem vai contratar.

CONTRATO DE ADESÃONo contrato de adesão existe a predominância da vontade de uma das partes, que impõem até certo ponto a outra. O consentimento manifesta-se como simples adesão ao conteúdo preestabelecido da relação jurídica. Ex.: contrato de seguro, de transporte, de água e luz, etc...

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CONTRATOS NULOS E ANULÁVEISExistem causas que poderão influenciar juridicamente nos contratos, tornando-os nulos ou anuláveis.

São nulos: os contratos celebrados sem a observância dos pressupostos e requisitos essenciais a sua formação. Sob o ponto de vista jurídico, esse contrato já nasce sem vida, não havendo possibilidade de ser sanado o vício que originou a sua nulidade. Ex.: contratos celebrados pôr menores de 16 anos de idade. .

Anuláveis: são aqueles que, embora tenha havido vícios a sua formação, podem ser convalescidos por meio de ratificação ou cumprimento de alguma formalidade, então inexistente. Ex: compra e venda de imóveis celebrados pôr menores de 18 anos e maiores de 16 anos de idade.Esse vício pode ser sanado, retroagindo à data de realização com o comparecimento dos responsáveis que os assistirão no ato, assinando a escritura, tomando definitivos os efeitos precários do contrato.

VÍCIO REDIBITORIOVicio redibitório é o defeito ou vício oculto na coisa, objeto do contrato, não conhecido pelo comprador por ocasião da aquisição do mesmo.Esse vício constitui causa para a nulidade do contrato. Se o vendedor desconhecer o defeito da coisa, restituirá ao comprador o valor recebido, acrescido das despesas do contrato. Mas, se era do conhecimento do vendedor, esse será obrigado a restituir o que recebeu e ainda responderá por perdas e danos.

EVICÇÃO Evicção é a cláusula que impõe ao alienante o dever de garantir ao adquirir a posse justa da coisa transmitida, defendendo-a de pretensões de terceiro quanto ao seu domínio. Dá:-se-a a sua eficácia quando o adquirente vem a perder a propriedade ou posse da coisa decorrência de sentença judicial que reconhece a outrem o direito anterior sobre ela.

CONTRATO DE COMPRA E VENDACompra e venda é o contrato pelo qual uma pessoa se obriga a transferir a outra um bem mediante pagamento de determinado valor. Sua finalidade especifica é alienação de um bem. Podendo ser coisas ou direitos. Se o objeto da compra e venda for direito, denomina-se cessão.

Tendo o vendedor e o comprador concordado quanto ao preço e quanto ao objeto e ocorrendo a entrega da coisa, o contrato de compra e venda torna-se perfeito e acabado. Se a venda tiver por objeto imóvel de certo valor, o contrato será solene, devendo ser celebrado mediante escritura publica. Para os demais contratos de compra não se requer forma especial para sua realização. Antes de entregar a

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coisa, os riscos que venha a lhe ocorrer ficarão sob a responsabilidade do vendedor. O comprador só responderá pelos riscos da coisa depois que esta se encontrar em seu poder.As despesas com escrituras e demais encargos decorrentes pela transferência da coisa ficarão por conta do comprador, salvo disposição em contrário.

RETROVENDAÉ um pacto adjeto, ou seja, acrescentando, ao contrato de compra e venda, pelo qual o comprador promete revender ao vendedor a coisa comprada. Cabendo ao vendedor a faculdade de exigir a celebração do contrato de venda.

PACTO DE RESGATEPelo pacto de resgate o vendedor se reserva o direito de reaver o bem vendido. Mas para realização desse direito, o vendedor tem a obrigação de reembolsar o comprador das despesas efetuadas com a compra e a aquisição do bem. Somente os bens imóveis podem ser objeto desse pacto, como também, só valerá contra terceiros se for escrita em registro público.

CLÁUSULA PENALCláusula pena é um meio de que se servem as partes de um contrato para delimitar, de antemão, a responsabilidade pôr execução culposa. Constituindo-se em prefixação convencional de perdas e danos. É uma obrigação acessória porque sua existência depende da obrigação principal, podendo ser estipulada no próprio contrato ou constar em ato separado, instituindo-se em aditamento, desde que seja anterior a inexecução da obrigação principal.

ARRASArras é a quantia que um dos contratantes dá ao outro como sinal de conclusão do contrato. Tendo cabimento, apenas, nos contratos bilaterais transmitentes do domínio.As funções das arras podem ser: confirmatórias e penitenciais.

As arras confirmatórias: consistem na entrega de certa quantia efetuada por um contratante ao outro, para firmeza e garantia de que o contrato será cumprido. Sendo usadas para impedir o arrependimento de qualquer das partes. No entanto se o contratante que deu o sinal causar a impossibilidade da prestação ou à conclusão do contrato, perderá o sinal em beneficio do outro.

Já as arras penitenciais: consistem na entrega da quantia feita por um contratante a outro ficando ambos com o direito de arrependimento como também sujeitos a sofrer penalidade. Se o contrato for desfeito ou não concluído devido ao arrependimento de quem deu o sinal, perdê-Io-á em proveito do outro contraente. Se o arrependimento for de quem o recebeu, ficará obrigado a devolver a quantia recebida em dobro.

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MORAConstituí-se em Mora o credor ou devedor que viola o seu dever de cumprir a obrigação no tempo devido, ou seja, aquele que injustamente retarda o cumprimento da obrigação, revela culpa e, consequentemente constitui-se em mora.

Sendo atraso no pagamento, a mora pressupõe a existência de crédito vencido, judicialmente exigível. Ocorre no momento em que o credor manifesta propósito de cobrar a divida, seja, ao vencer ou já vencida. Quando o vencimento não tem data fixada, o credor notifica ao devedor para que ele efetue o pagamento. Essa notificação denomina-se interpelação.

A interpelação pode ser judicial ou extrajudicial, mas para determinadas obrigações, exige-se que seja promovida por intermédio de juiz. O devedor que injustamente retardar o pagamento da dívida será responsabilizado pelos prejuízos que causar ao credor.

LOCAÇÃOLocação é o contrato pelo qual uma das partes se obriga a conceder à outra, temporariamente, o uso e gozo de um bem mediante certa retribuição. A pessoa que concede a coisa em locação denomina-se locador, e a que recebe chama-se locatário. Nesse contrato as obrigações são recíprocas. Ao direito de uso e gozo da coisa correspondente a obrigação de pagar aluguel, da mesma forma que o direito de receber o aluguel é correlata a obrigação de proporcionar e assegurar o uso e gozo da coisa locada.

LOCAÇÃO RESIDENCIALO contrato de Locação residencial pode ser realizado por prazo igual, superior ou inferior a 30 meses. Nas Locações ajustadas por escrito, com prazo igual ou superior a 30 meses findo o prazo determinado o contrato será rescindido independentemente de notificação ou aviso.

Findo o prazo ajustado se o locatário permanecer no imóvel por mais de 30 dias sem oposição do locador o contrato será prorrogado por tempo indeterminado. No entanto, ao locador assiste o direito de denunciar o contrato a qualquer tempo, concedendo ao locatário o prazo de 30 dias para desocupar o imóvel. Quando a locação é por prazo inferior a 30 meses, seia por contrato escrito ou verbalmente, findo o prazo ajustado a locação prorroga-se automaticamente por tempo indeterminado Nestas cjrcunstâncias o imóvel só pode ser retomado nos seguintes casos:

I - por mútuo acordoII- por infração contratual ou legalIII- por falta de pagamento de aluguel e demais encargos

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IV- para reparações urgentes determinados pelo poder publico que não possam ser executados com o imóvel ocupado, ou podendo o locatário se recusar a consenti--las.v - por extinção de contrato de trabalhoVI - para uso próprio de seu cônjuge ou companheiro descendente ouascendente que não possuam imóvel residencial próprio.

Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito de renovar seu contrato, por prazo igual desde que tenha conjuntamente:I- contrato por escrito com prazo determinadoII - prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seia de cinco anos.III- o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos.

3.2- DIREITO DAS SUCESSÕES

Direito das sucessões é a parte especial do direito civil que disciplina a destinação do patrimônio de uma pessoa depois de sua morte.Classifica-se em: sucessão Legitima e sucessão testamentária:

ABERTURA DA SUCESSÃOAbre-se a sucessão no momento da morte do “de cujus”, nascendo nesse mesmo momento o direito hereditário. Como somente a morte determina a abertura da sucessão, é preciso que a mesma seja provada de forma que não haja dúvidas sobre a ocorrência desse fato jurídico.

LUGAR DA ABERTURAO lugar da abertura da sucessão é o local do último domicilio do falecido. A lei tem interesse na determinação do lugar da abertura da sucessão, porque é nesse local que se estabelece a competência para processar o inventário dos deixados como também o foro das ações dos co-herdeiros, legatários e credores, relativos as heranças e legados.

Com a abertura da sucessão o domínio e a posse de herança são logo transmitidos aos herdeiros legítimos e testamenteiros.

ACEITAÇÃO DA HERANÇAAceitação é o negócio jurídico pelo qual o herdeiro, legitimo ou testamentário, adquire de forma concreta o direito a herança, ingresssando definitivamente na posição jurídicae econômica do "de culus" , tomando-se titular de todas relações jurídicas transmissíveis.

Aceitação é negócio puro, não podendo ser subordinada a nenhum termo ou

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condição, caso contrário será nula.

Quanto à sua forma pode ser expressa ou tácita: É expressa quando o herdeiro assume esta posição através de documentos. E quando o herdeiro pratica alguns atos que sejam incompatíveis com a vontade de renunciar, configura-se a aceitação tácita.

RENÚNCIAA renúncia é o negocio jurídico, através do qual o herdeiro declara não aceitar a herança. Para sua validade é necessário que seja feita por escritura pública, lavrada nos próprios autos do inventário.

Não sendo obedecida a forma prescrita em lei, não terá validade. A eficácia é retroativa. O renunciante é tido como se nunca fora chamado à sucessão, em conseqüência disso, seus herdeiros não representam ou seja ninguém sucede ao renunciante por direito de representação. No entanto se ele for o único herdeiro do "de cujos ", seus descendentes de primeiro grau sucedem como se ele houvesse pré-falecido.

Na sucessão legitima, a parte do renunciante acresce a dos outros herdeiros da mesma classe.

HERDEIRO LEGÍTIMOHerdeiro legitimo, é a pessoa, indicada na lei como sucessor da herança no caso de sucessão, a quem é transferido a totalidade ou uma quota parte do espólio. Tem condição de herdeiros legítimos os descendentes, ascendentes, cônjuge, colaterais e estado quando não existam tais herdeiros. Os herdeiros legítimos são classificados em necessários e facultativos.

Herdeiros necessários:São os parentes com direito a uma quota parte de herança, da qual não podem ser privadas. A parte da herança reservada, é denominada legitima. Em nosso direito a legitima é a metade dos bens deixados pelo falecido.

Herdeiros facultativos:São os parentes colaterais até o 4° grau. Dessa forma a preferência se estabelece pelo grau de parentesco; Não havendo descendentes, são chamados à sucessão, os ascendentes; na falta destes, é chamado o cônjuge sobrevivente. Não existindo o cônjuge são chamados à sucessão, os parentes colaterais, se não houver colaterais sucessíveis, cabe ao Estado o direito da herança.

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EXERCÍCIO

11) Os contratos cuja validade requerem forma prescrita em lei denomina-se:

A) típicosB) onerososC) solenesD) reais

12) Numa relação contratual quando ambas as partes assumem direitos e obrigações, configura-se contratos:

A) consensualB) acessórioC) pessoalD) bilateral

13) A quantia dada por um contraente ao outro, como garantia para que o contrato seja cumprido, denomina-se:

A) preçoB) arras ou sinalC) pactoD) todas as respostas são verdadeiras

14) Quando uma das partes se obriga a conceder a outrem o uso e gozo de uma coisa, mediante certa retribuição, configura-se o contrato de:

A) comodatoB) compra e vendaC) retrovendaD) locação

15) Herdeiro necessário são:

A) descendentesB) cônjugeC) colateraisD) estado

16) Os defeitos ocultos da coisa adquirida são:

A) evicçãoB) arras

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C) vícios redibitórioD) nenhuma das alternativas está correta

GABARITO:

11- C12- D13- B14- D15- A16- C

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TÓPICO IV

4.0) Legislação- Lei 6.530/78 Regulamenta à profissão de Corretor de Imóveis

LEGISLAÇÃO

LEI N° 6.530 de 12 DE MAIO DE 1978

Dá nova regulamentação à profissão de Corretor de Imóveis, disciplina o funcionamento de seus órgãos de fiscalização e dá outras providências.

O Presidente da República.Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art.1° - O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, no Território Nacional é regido pelo disposto na presente lei.

Art.2° - O exercício da profissão de Corretor de imóveis será permitido ao possuidor de título de Técnico em Transações Imobiliárias.

Art.3° - Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra venda, permuta e locação de imóveis, podendo, ainda, opinar quanto à comercialização Imobiliária.Parágrafo. único - As atribuições constantes deste artigo poderão ser exercidas também, por Pessoa Jurídica inscrita nos termas desta Lei.

Art.4° - A inscrição do Corretor de Imóveis e de Pessoa Jurídica será objeto de Resolução do Conselho Federal de Corretores de Imóveis.

Art.5.° - O Conselho Federal e os Conselhos Regionais, são órgãos de disciplina e fiscalização, do exercício da profissão de Corretor de Imóveis, constituídas em Autarquia, dotada de personalidade jurídica de direito público vinculado ao Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa, operacional e financeira.

Art .6° - As Pessoas Jurídicas - inscritas no Conselho Regional de Corretores de Imóveis sujeitam-se aos mesmos deveres e têm os mesmos direitos das pessoas físicas nele inscritas.Parágrafo. Único. - As Pessoas Jurídicas a que se refere este artigo deverão ter como sócio gerente ou diretor um Corretor de Imóveis individualmente inscrito.

Art.7° - Compete ao Conselho Federal e aos Conselhos Regionais representar, em juízo ou fora dele os legítimos interesses da categoria profissional, respeitadas as respectivas áreas de competência.

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Art.8° - O Conselho Federal terá sede e foro na Capital da República e jurisdição em todo o Território Nacional.

.Art. 9°- Cada Conselho Regional terá sede e foro na capital do Estado, ou de um dos Estados ou Territórios de jurisdição, a critério do Conselho Federal.

Art.10°- O ConseIho Federal será composto por dois representantes efetivos e suplente de cada Conselho Regional, eleitos dentre os seus membros.

Art.11°- Os Conselhos Regionais serão compostos por vinte e sete membros efetivos, eleitos dois terços por votação secreta em Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim e um terço integrado por representantes dos Sindicatos de Corretores de imóveis que funcionarem regularmente na jurisdição do Conselho Regional.Parágrafo Único- O disposto neste artigo somente será observado nas eleições para constituição dos Conselhos Regionais após o término dos mandatos vigentes na data desta lei.

Art.12° - Somente poderão ser membros do Conselho Regional os Corretores de Imóveis com inscrição principal na jurisdição há mais de dois anos e que não tenham sido condenados por infração disciplinar.

Art.13° - Os Conselhos Federais e Regionais serão administrados por uma Diretoria, eleita dentre os seus membros.§1 ° - A Diretoria será composta de um Presidente, dois Vice-Presidentes, dois Secretários e doisTesoureiros.

§2° - Junto aos Conselhos Federal e Regionais funcionará um Conselho Fiscal, composto de três membros, efetivos e suplentes, eleitos dentre os seus membros. Art.14° - Os membros do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais terão mandato de três anos.

Art.15° - A extinção ou perda de mandato de membro do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais ocorrerá:

I- por renúncia;II- por superveniência de causa de que resulte o cancelamento da inscriçãoIII - por condenação e pena superior a dois anos, em virtude de sentença transitada em julgado;IV - destituição de cargo, função ou emprego, relacionada à prática de ato de improbidade na administração pública ou privada, em virtude de sentença transitada em julgado;V- por ausência sem motivo justificado, a três sessões consecutivas ou seis

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intercaladas em cada ano.

Art.16° - Compete ao Conselho Federal:

I - eleger sua Diretoria;II- elaborar e alterar seu Regimento.III - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua Diretoria, bem como a previsão orçamentária para o exercício seguinte.IV - criar e extinguir Conselhos Regionais e Sub-regiões fixando-Ihes a sede e jurisdição.V - baixar normas de Ética Profissional.VI - elaborar contrato padrão para os serviços de corretagem de imóveis, de observância obrigatória pêlos inscritos.VII - fixar multas, anuidade e emolumentos devidos aos Conselhos Regionais.VIII - decidir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais.IX - julgar os recursos das decisões dos Conselhos Regionais.X - elaborar o Regimento Padrão dos Conselhos Regionais.XI - homologar o Regimento dos Conselhos Regionais.XII- aprovar o relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Regionais.XIII - credenciar representante junto aos Conselhos Regionais, para verificação de irregularidades e pendências existentes.XIV - intervir temporariamente nos Conselhos Regionais, nomeando Diretoria provisória, até que seja regularizada a situação ou, se isso não ocorrer, até o término do mandato:A) se compravada irregularidade na administração;B) se tiver havido atraso injustificado no recolhimento da contribuição;

XV - destituir Diretor de Conselho Regional, por ato de improbidade no exercício de suas funções.XVI - promover diligências, inquéritos ou verificações sobre o funcionamento dos Conselhos Regionais e adotar medidas para sua eficiência e regularidade.XVII - baixar Resoluções e deliberar sobre os casos omissos.

Art.17° - Compete aos Conselhos Regionais:

I - eleger sua Diretoria.II - aprovar relatório anual, o balanço e as contas de sua Diretoria, bem como a previsão orçamentária para o exercício seguinte, submetendo essa matéria à Conselho Federal.III - propor a criação de Sub-Regiões, em divisões territoriais que tenham um número mínimo de Corretores de Imóveis inscritos, fixado pelo Conselho Federal.IV - homologar obedecidas as peculiaridades locais, tabelas de preços de serviços de corretagem para uso dos inscritos, elaboradas e aprovadas pelos Sindicatos

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respectivos.V - decidir sobre os pedidos de inscrição de Corretor de Imóveis e de Pessoas Jurídicas.VI - organizar e manter o registro profissional das Pessoas Físicas e Jurídicas inscritas VII - expedir Carteiras Profissionais e Certificados de inscrição.VIII - Impor as sanções previstas nesta Lei.IX- baixar Resoluções, no âmbito de sua competência.

Art.18° - Constituem-se receitas do Conselho Federal.

I - a porcentagem de vinte por cento sobre as anuidades e emolumentos arrecadados pelos Conselhos Regionais.II - a renda patrimonial.III- as contribuições voluntárias.IV - as subvenções e dotações orçamentárias. Art.19° - Constituem receitas de cada Conselho Regional:

I - as anuidades, emolumentos e multas.II - a renda patrimonial.III - as contribuições voluntárias.IV - as subvenções e dotações orçamentárias.

Art.20° - Ao Corretor de Imóveis e à Pessoa Jurídica inscritos no órgão de que trata a presente Lei é vedado:

I - prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados.II - auxiliar, ou por qualquer meio facilitar, o exercício da profissão aos não inscritos.III - anunciar publicamente proposta de transação a que não esteja autorizadodocumento escrito.IV - fazer anúncio ou impresso relativo à atividade profissional sem mencionar o número da inscrição.V- anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem mencionar o número do registro do loteamento ou da incorporação no Registro de Imóveis.VI - violar o sigilo profissional.VII - negar aos interessados prestação de contas ou recibo de quantias ou documentos que lhe tenham sido entregues a qualquer título.VIII - violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão.IX - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime ou contravenção.X - deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional.

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Art.21 ° - Compete ao Conselho Regional aplicar aos Corretores de Imóveis e pessoas jurídicas as seguintes sanções disciplinares:

I - advertência verbal.II - censura.III - multa.IV - suspensão da inscrição, até noventa dias.V - cancelamento da inscrição, com apreensão da Carteira Profissional.§ 1 ° - Na determinação da sanção aplicável, orientar-se-á o Conselho pelas circunstâncias de cada caso, de modo a considerar leve ou grave a falta.§ 2° - A reincidência na mesma falta determinará a gravação da penalidade.§ 3° - A multa poderá ser acumulada com outra penalidade e, na hipótese de reincidência na mesma falta, aplicar-se-á em dobro.§ 4° - A pena de suspensão será anotada na Carteira Profissional do Corretor de Imóveis ou responsável pela pessoa jurídica e se este não a apresentar para que seja consignada a penalidade, o Conselho Regional poderá convertê-Ia em cancelamento da inscrição.

Art. 22 - Aos servidores dos Conselhos Federal e Regionais de Corretores de Imóveis aplica-se o regimento jurídico das Leis do Trabalho.

Art. 23 - Fica assegurado aos Corretores de Imóveis, inscritos nos termos da Lei n° 4.116, de 27 de agosto de 1962, o exercício da profissão, desde que requeiram conforme o que for estabelecido na regulamentação desta Lei.

Art. 24 - Esta Lei será regulamentada no prazo de trinta dias a partir de sua vigência.

Art. 25 - Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação.

Art. 26 - Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei n° 4.116, de 27 de agosto de 1962.

Brasília, 12 de maio de 1978157° da Independência e 90° da República.ERNESTO GEISELArnaldo Prieto.

DECRETO N° 81.871DE 29 DE JUNHO DE 1978

Regulamenta a Lei n° 6.530, de 12 de maio de 1978, que dá nova regulamentação à profissão de Corretor de Imóveis, disciplina o funcionamento de seus órgãos de fiscalização e dá outras providências.

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O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 81, item 111, da Constituição, e tendo em vista o artigo 24 da Lei n° 6.530, de 12 de maio de 1978.DECRETA:Art. 1° - O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, em todo o território nacional somente será permitido:I - Ao possuidor do Título de Técnico em Transações Imobiliárias, inscrito no Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Jurisdição ou;II - ao corretor de imóveis inscrito nos termos da Lei n° 4.116, de 27 de agosto de 1962, desde que requeira a revalidação da sua inscrição;

Art. 2° - Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis e opinar quanto à comercialização imobiliária;

Art. 3° - As atribuições constantes do artigo anterior poderão, também, ser exercidas por Pessoa Jurídica, devidamente inscrita no Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Jurisdição.Parágrafo Único - O atendimento ao público interessado na compra, venda, permuta ou locação de imóvel, cuja transação esteja sendo patrocinada por Pessoa Jurídica, somente poderá ser feito por Corretor de Imóveis inscrito no Conselho Regional da jurisdição.

Art. 4° - O número da inscrição do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica constará obrigatoriamente de toda propaganda, bem como de qualquer impresso relativo à atividade profissional. Art. 5° - Somente poderá anunciar publicamente o Corretor de Imóveis, pessoa física ou jurídica, que tiver contrato escrito de mediação ou autorização escrita para alienação do imóvel anunciado.

Art. 6° - O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos de disciplina e fiscalização do exercício da profissão de Corretor de Imóveis, constituídos em autarquia, dotada de personalidade jurídica de direito público, vinculada ao Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa, operacional e financeira.

Art. 7° - O Conselho Federal de Corretores de Imóveis tem por finalidade orientar, supervisionar e disciplinar o exercício da profissão de Corretor de Imóveis em todo o território nacional.

Art. 8° - O Conselho Federal terá sede e foro na Capital da República e jurisdição em todo o território nacional.

Art. 9° - O Conselho Federal será composto por 2 (dois) representantes, efetivos e

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suplentes, de cada Conselho Regional, eleitos dentre os seus membros.Parágrafo Único - O mandato dos membros a que se refere este artigo será de 3 (três) anos.Art. 10 - Compete ao Conselho Federal: I - Eleger sua Diretoria;II - elaborar e alterar seu Regimento;III - exercer função normativa, baixar Resoluções e adotar providências indispensáveis à realização dos objetivos institucionais;IV - instituir o modelo das carteiras de Identidade Profissional e dos Certificados de Inscrição.V - autorizar a sua Diretoria a adquirir e onerar bens imóveis.VI - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua Diretoria, bem como elaborar aprevisão orçamentária para o exercício seguinte;VII - criar e extinguir Conselhos Regionais e sub-regionais, fixando-Ihes a sede e jurisdição;VIII - baixar normas de Ética Profissional;IX - elaborar Contrato Padrão para os serviços de corretagem de imóveis de observância obrigatória pelos inscritos;X - fixar as multas, anuidades e emolumentos devidos aos Conselhos Regionais;XI - decidir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais;XII- julgar os Recursos das decisões dos Conselhos Regionais;XIII - elaborar o Regimento Padrão dos Conselhos Regionais;XIV - homologar o Regimento dos Conselhos Regionais;XV - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Regionais;XVI - credenciar representante junto aos Conselhos Regionais, para verificação de irregularidade e pendência acaso existentes;XVII - intervir, temporariamente nos Conselhos Regionais, nomeando Diretoria provisória, até que seja regularizada a situação ou, se isso não ocorrer, até o término do mandato:A) se comprovada irregularidade na administração;B) se tiver havido atraso injustificado no recolhimento das contribuições;

XVIII - destituir diretor do Conselho Regional, por ato de improbidade no exercício de suas funções;XIX - promover diligências, inquéritos ou verificações sobre o funcionamento dos Conselho Regionais e adotar medidas para sua eficiência e regularidade.XX - deliberar sobre os casos omissos;XXI - representar em juízo ou fora dele, em todo Território Nacional, os legítimos interesses da categoria profissional.

Art. 11 - O Conselho Federal se reunirá com a presença mínima de metade mais um de seus membros.

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Art 12 - Constituem receitas do Conselho Federal.I - a porcentagem de 20% (vinte por cento) sobre as anuidades e emolumentos arrecadados pelos Conselhos Regionais;II - a renda patrimonial;III- as contribuições voluntárias;IV - as subvenções e dotações orçamentárias.

Art. 13 - Os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis tem por finalidade fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição, sob supervisão do Conselho Federal.

Art. 14 - Os Conselhos Regionais terão sede e foro na Capital do Estado, ou de um dos Estados ou Territórios, a critério do Conselho Federal.

Art. 15 - Os Conselhos Regionais serão compostos por 27 (vinte e sete) membros, efetivos e suplentes, eleitos 2/3 (dois terços) por votação secreta em Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim, e 1/3 (um terço) integrado por representantes dos Sindicatos de Corretores de Imóveis que funcionarem regularmente na jurisdição do Conselho Regional.Parágrafo único - O mandato dos membros a que se refere este artigo será de 3 (três) anos.

Art. 16 - Compete ao Conselho Regional:

I - eleger sua Diretoria;II- aprovar seu Regimento, de acordo com o Regimento Padrão elaborado pelo Conselho Federal;III - Fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição;IV - cumprir e fazer cumprir as Resoluções do Conselho Federal;V - arrecadar anuidade, multas e emolumentos e adotar todas as medidas destinadas à efetivação da sua receita e a do Conselho Federal;VI - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua Diretoria, bem como a previsão orçamentária para o exercício seguinte, submetendo essa matéria à consideração do Conselho Federal;VII - propor a criação de Sub-regiões, em divisões territoriais que tenham um número mínimo de Corretores de Imóveis, fixada pelo Conselho Federal;VIII- homologar, obedecidas as peculiaridades locais, tabelas de preços de serviços de corretagem para uso dos inscritos, elaboradas e aprovadas pelos Sindicatos respectivos;IX - decidir sobre os pedidos e inscrição de Corretores de Imóveis e de Pessoas Jurídicas;X - organizar e manter o registro profissional das Pessoas Físicas e Jurídicas inscritas; XI - expedir Carteiras de Identidade Profissional e Certificados de Inscrição;

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XII - impor as sanções previstas neste regulamento;XIII - baixar Resoluções, no âmbito de suas competências;XIV - representar em juízo ou fora dele, na área de sua jurisdição, os legítimos interesses da categoria profissional;XV - eleger, dentre seus membros, representantes, efetivos e suplentes, que comporão o Conselho Federal.XVI - promover, perante o juízo competente, a cobrança das importâncias correspondentes a anuidade, multas e emolumentos, esgotados os meios de cobrança amigável.

Art. 17 - O Conselho Regional se reunirá com a presença mínima de metade mais um de seus membros. Art. 18 - Constituem receitas de cada Conselho Regional;

I - 80%( oitenta por cento) das anuidades e emolumentos; II - as multas;III- a renda patrimonial;IV -as contribuições voluntárias;V - as subvenções e dotações orçamentárias.

Art. 19 - 213 (dois terços) dos membro dos Conselhos Regionais, efetivos e respectivos suplentes, serão eleitos pelo sistema de voto pessoal, secreto e obrigatório dos profissionais inscritos, nos termos em que dispuser o Regimento dos Conselhos Regionais, considerando-se efetivos os 18 (dezoito) mais votados e suplentes os seguintes.Parágrafo Único - Aplicar-se-á ao profissional inscrito, que deixar de votar sem causa justificada, multa em importância correspondente ao valor da anuidade.

Art. 20 - 1/3 (um terço) dos membros dos Conselhos Regionais efetivos e respectivos suplentes, serão indicados pelos Sindicatos de Corretores de Imóveis dentre seus associados, Diretores ou não.

§1° - Caso haja mais de um Sindicato com base territorial na jurisdição de cada Conselho Regional, o número de representantes de cada Sindicato será fIxado pelo Conselho Federal.§2° - Caso não haja Sindicato com base territorial na jurisdição do Conselho Regional 1/3 (um terço) dos membros que seria destinado a indicação pelo Sindicato, será eleito na forma do artigo anterior.§3° - Caso o Sindicato ou os Sindicatos da Categoria, com base territorial na jurisdição de cada Conselho Regional, não indiquem seus representantes, no prazo estabelecido em Resolução do Conselho Federal, o terço destinado à indicação pelo Sindicato, será eleito na forma do artigo anterior.

Art. 21 - O exercício do mandato de membro do Conselho Federai e dos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis, assim como a respectiva eleição, mesmo na condição de suplente, ficarão subordinados ao preenchimento dos

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seguintes requisitos mínimos:

I - inscrição na jurisdição do Conselho Regional respectivo há mais de 2 (dois) anos;II - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos;III - inexistência de condenação a pena superior a 2 (dois) anos, em virtude de sentença transitada em julgado.

Art. 22 - A extinção ou perda de mandato de membro do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais ocorrerá:I - por renúncia;II- por superveniência de causa de que resulte o cancelamento da inscrição;III -por condenação a pena superior a 2 (dois) anos, em virtude de sentença transitada em julgado;IV -por destituição de cargo, função ou emprego, relacionada à prática de ato de improbidade na administração, pública ou privada, em virtude de sentença transitada em julgado;V - Por ausência, sem motivo justificado, a 3 (três) sessões consecutivas ou 6 (seis) intercaladas em cada ano.

Art. 23 - Os membros dos Conselhos Federal e Regionais poderão ser licenciados, por deliberação do Plenário.Parágrafo Único - Concedida a licença de que trata este artigo caberá ao Presidente do Conselho convocar o respectivo suplente.

Art. 24 - Os Conselhos Federal e Regionais terão cada um como órgão deliberativo o Plenário, constituído pelos seus membros, e como órgão administrativo a Diretoria e os que forem criados para a execução dos serviços técnicos ou especializados indispensáveis ao cumprimento de suas atribuições.

Art. 25 - As Diretorias dos Conselhos Federal e Regionais serão compostas de um Presidente, dois Vice-Presidente, dois Secretários e dois Tesoureiros, eleitos pelo Plenário, dentre seus membros, na primeira reunião ordinária.

Art. 26 - A estrutura dos Conselhos Federal e Regionais e as atribuições da Diretoria e dos demais órgãos, serão fixadas no Regimento de cada Conselho.

Art. 27 - Juntos aos Conselhos Federal e Regionais funcionará um Conselho Fiscal composto de três membros, efetivos e suplentes, eleitos dentre os seus membros.

Art. 28 A inscrição do Corretor de Imóveis e da Pessoa Jurídica será efetuada no Conselho Regional da jurisdição, de acordo com Resolução do Conselho Federal de Corretores de Imóveis.

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Art. 29 - As Pessoas Jurídicas inscritas no Conselho Regional de Corretores de Imóveis sujeitam se aos mesmos deveres e têm os mesmos direitos das pessoas físicas nele inscritas.Parágrafo Único - As Pessoas Jurídicas a que se refere este artigo deverão ter como Sócio-gerente ou diretor um Corretor de Imóveis individualmente inscrito.

Art. 30 - O exercício simultâneo, temporário ou definitivo da profissão em área de jurisdição diversa da do Conselho Regional onde foi efetuado a inscrição originária do Corretor (1e Imóveis ou da Pessoa Jurídica, fica condicionado à inscrição e averbação profissional nos Conselhos Regionais que jurisdicionam as áreas em que exercerem as atividades.

Art. 31 - Ao Corretor de Imóveis inscrito será fornecida Carteira de Identidade Profissional, numerada em cada Conselho Regional, contendo, no mínimo, os seguintes elementos:I - nome por extenso do profissional;II- filiação;III - nacionalidade e naturalidade;IV - data do nascimento;V - número e data da inscrição; VI - natureza da habilitação;VII - natureza da inscrição;VIII - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscriçãoIX - fotografia e impressão datiloscópica;X - assinatura do profissional inscrito, do Presidente e do Secretário do Conselho Regional;

Art. 32 - À Pessoa Jurídica inscrita será fornecido Certificado de Inscrição, numerado em cada Conselho Regional, contendo no mínimo, os seguintes elementos:I - denominação da Pessoa Jurídica;II - número e data da inscrição;III -natureza da inscrição;IV -nome do Sócio-gerente ou Diretor, inscrito no Conselho Regional;V - número e data da inscrição do Sócio-gerente ou Diretor, no Conselho Regional.VI -denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição;VII -assinatura do Sócio-gerente ou Diretor, do Presidente e do Secretário do Conselho Regional.

Art. 33 - As inscrições do Corretor de Imóveis e da Pessoa Jurídica, o fornecimento de Carteira de Identidade Profissional e de Certificado de Inscrição e Certidões, bem como o recebimento de petições, estão sujeitos ao pagamento de anuidades e emolumentos fixados pelo Conselho Federal.

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Art. 34 - O pagamento da anuidade ao Conselho Regional constitui condição para o exercício da profissão de Corretor de Imóveis e da Pessoa Jurídica.Art. 35 - A anuidade será paga até o último dia útil do primeiro trimestre de cada ano, salvo a primeira, que será devida no ato da inscrição do Corretor de Imóveis ou da Pessoa Jurídica.

Art. 36 - O pagamento da anuidade fora do prazo sujeitará o devedor a multa fixada pelo Conselho Federal.

Art. 37 - A multa aplicada ao Corretor de Imóveis ou Pessoa Jurídica, como sanção disciplinar, será igualmente fixada pelo Conselho Federal.

Art. 38 - Constitui infração disciplinar da parte do Corretor de Imóveis:I - transgredir normas de Ética Profissional;II - prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados;III - exercer a profissão quando impedido de fazê-lo ou facilitar por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos ou impedidos;IV - anunciar publicamente proposta de transação a que não esteja autorizado através de documento escrito;V - fazer anúncio ou impresso relativo a atividade profissional sem mencionar o número de inscrição;VI -anunciar imóvelloteado ou em condomínio sem mencionar o número do registro do loteamento ou da incorporação no Registro de Imóveis;VII - violar o sigilo profissional;VIII - negar aos interessados prestação de contas ou recibo de quantia do documento que lhe tenham sido entregues a qualquer título;IX -violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão;X- praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a Lei defina como crime de contravenção;XI - deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional;XII - promover ou facilitar a terceiros transações ilícitas ou que por qualquer forma prejudiquem interesses de terceiros;XIII - recusar a apresentação de Carteira de Identidade Profissional, quando couber.

Art. 39 - As sanções disciplinares consistem em:I - advertência verbal;II- censura;III -multa;IV -suspensão da inscrição, até 90 (noventa) dias;V - cancelamento da inscrição, com apreensão da Carteira Profissional.§1° Na determinação da sanção aplicável, orientar-se-á o Conselho pelas circunstâncias de cada caso, de modo a considerar leve ou grave a falta.§2° - A reincidência na mesma falta determinará a agravação da penalidade.

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§3° - A multa poderá ser acumulada com outra penalidade e, na hipótese de reincidência, aplicar-se-á em dobro. §4° - A pena de suspensão será anotada na Carteira de Identidade Profissional do Corretor de Imóveis ou responsável, pela Pessoa Jurídica e se este não a apresentar para que seja consignada a penalidade, o Conselho Regional poderá convertê-Ia em cancelamento da inscrição.§5° - As penas de advertência, censura e multa serão comunicadas pelo Conselho Regional em ofício reservado, não se fazendo constar dos assentamentos do profissional punido, senão em caso de reincidência.

Art. 40 - Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, com efeito suspensivo, ao Conselho Federal:I - voluntário, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência da decisão;II - ex-ofício, nas hipóteses dos ítens IV e V do artigo anterior;

Art. 41 As denúncias somente serão recebidas quando assinadas, declinada a qualificação do denunciante e acompanhada da indicação de elementos comprobatórios do alegado.

42 - A suspensão por falta de pagamento de anuidade, emolumentos ou multas só cessará com a satisfação da dívida, podendo ser cancelada a inscrição, de acordo com critérios a serem fixados pelo Conselho Federal.

Art. 43 - As instâncias recorridas poderão reconsiderar as próprias decisões.

Art. 44 - O Conselho Federal será a última e definitiva instância nos assuntos relacionados.

Art. 45 - Aos Servidores dos Conselhos Federal e Regionais de Corretores de Imóveis, aplica-se o regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho.

Art. 46 - Em caso de intervenção em Conselho Regional, cabe ao Conselho Federal baixar instruções sobre cessação da intervenção ou realização de eleições na hipótese de término de mandato.

Art. 47 - O disposto no artigo 15 somente será observado nas eleições para constituição dos Conselhos Regionais após o término dos mandatos vigentes em 15 de maio de 1978.

Art. 48 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

BRASÍLIA, DF, em 29 de junho de 1978. 157° de Independência e 90° da República. ERNESTO GEISEL.

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