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ESTILOS DE SAMBA

1) Estilos de Samba

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Apresentação do FEstival de Musica de Ourinhos. Contém uma apresentação das variações das celulas ritmicas do samba.

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  • ESTILOS DE SAMBA

  • Estilos de sambaSamba de roda;samba de pagode ou partido alto;samba-cano;samba-choro; samba de breque; samba-enredo; samba de bossa-nova; samba-funk;samba-rock.

  • Samba de rodaConforme Edison Carneiro, o batuque de Angola, na Bahia, chama-se samba de roda. Tratava-se de uma dana rural, que se realizava nos engenhos e fazendas do Recncavo, mas que h muitos anos est em processo de urbanizao. A roda de samba forma-se com qualquer nmero de pessoas, homens e mulheres. A orquestra geralmente compe-se de pandeiro, viola e chocalho ou simplesmente pandeiro e um prato de cozinha, arranhado por uma faca. O canto parte, habitualmente, do tocador de pandeiro ou de prato.

  • Samba de roda ou do Recncavo baiano

  • Dona Edith do prato

  • Grupo A voz do morro

  • Partido-altoSegundo Nei Lopes, em linhas gerais, o partido-alto do passado (incio do sculo XX) seria uma espcie de samba instrumental e ocasionalmente vocal (feito para danar e cantar), constitudo de uma parte solada, chamada "chula", e de um refro. J o partido-alto moderno seria uma espcie de samba cantado em forma de desafio por dois ou mais contendores e que se compe de uma parte de coral e uma parte solada com versos improvisados. (LOPES, Nei. Partido-alto: samba de bamba. Rio de Janeiro: Pallas, 2005).

  • Nacionalizao do sambaConforme Marcos Napolitano, a partir dos anos 1930, o samba deixou de ser apenas um evento da cultura afro-brasileira ou um gnero musical entre outros e passou a significar a prpria idia de brasilidade.

    Bryan McCann sugere 3 estgios da relao entre samba e identidade nacional:1) situado entre 1930 e 1937, com o surgimento e a consolidao da percepo da relao entre samba e identidade nacional; 2) entre 1937 e 1945, marcado pelo estreitamento semntico do campo do samba como expresso nacional; 3) entre 1945 e 1955, quando houve um retorno de um samba crtico, no seio do qual os compositores assumiam o simbolismo que ligava o samba realidade brasileira, no para exaltar a ptria, mas para expor as contradies da sociedade brasileira no processo de modernizao capitalista.

  • Esteretipo do malandro

  • Meu chapu do ladoTamanco arrastandoLeno no pescooNavalha no bolsoEu passo gingandoProvoco e desafioEu tenho orgulhoEm ser to vadio

    Sei que eles falamDeste meu procederEu vejo quem trabalhaAndar no miserEu sou vadioPorque tive inclinaoEu me lembro, era crianaTirava samba-canoComigo noEu quero ver quem tem razo

    E eles tocamE voc cantaE eu no dou Wilson BatistaLeno No Pescoo

  • Noel Rosa Rapaz Folgado

    Deixa de arrastar o teu tamanco Pois tamanco nunca foi sandlia E tira do pescoo o leno branco Compra sapato e gravata Joga fora esta navalha que te atrapalha

    Com chapu do lado deste rata Da polcia quero que escapes Fazendo um samba-cano J te dei papel e lpis Arranja um amor e um violo

    Malandro palavra derrotista Que s serve pra tirar Todo o valor do sambista Proponho ao povo civilizado No te chamar de malandro E sim de rapaz folgado

  • Samba-canoSegundo Tinhoro, o samba-cano tambm conhecido como samba de meio de ano, foi uma criao de compositores semi-eruditos ligados ao teatro de revista do Rio de Janeiro, e surgiu no correr do ano de 1928.O samba-cano foi lanado com a gravao de Linda Flor "Ai, Ioi" (de Henrique Vogeler), na voz de Aracy Cortes. Era uma forma mais lenta e cadenciada do samba e tinha como nfase musical uma melodia geralmente de fcil aceitao. Esta vertente foi influenciado mais tarde por ritmos estrangeiros, primeiramente pelo fox e, na dcada de 1940, pelo bolero, de enredos sentimentais.

  • Samba-choroSegundo Tinhoro, o choro cantado, eventualmente intitulado choro-cano, foi um gnero hbrido que encontrou sua forma definitiva a partir de 1934, sob o nome de samba-choro. O seu advento se deu na medida em que os conjuntos de choro comearam a admitir instrumentos de percusso na sua composio, tornando-se conhecidos, a partir da, pelo nome de conjunto regional, ou simplesmente regional.

    A caracterstica musical preponderante seria a tentativa de adaptar as letras das canes ao fraseado eminentemente instrumental do choro. Segundo Vasco Mariz, um samba com fraseado de flauta.

    Marco simblico, Amor em parceria, composio de Noel Rosa, de 1935.

  • Samba de brequeO samba de breque constitui uma variante do samba-choro que, por seu fraseado extremamente sincopado, permite interromper a linha ritmico-meldica para encaixar frases faladas, sem a quebra da unidade da composio.

    O breque, definido como uma parada ou interrupo do desdobramento meldico, torna possvel a interpolao de uma frase ou outra.

    Marco simblico, Jogo proibido, composio de Moreira da Silva, de 1936.

  • Samba enredo ou de exaltaoConforme Tinhoro, o samba de enredo, criado pelos compositores das escolas de samba para contar em versos a histria escolhida como tema do desfile carnavalesco, surgiu a partir da dcada de 1940 como contrapartida musical da progressiva estruturao das escolas no sentido de encenar dramaticamente seus enredos, sob a forma de uma pera-bal ambulante.

  • Natureza bela do meu Brasil / Unidos da TijucaHenrique Alves de MesquitaNatureza bela do meu BrasilQueira ouvir esta cano febrilSem voc no tenho as noites de luarPra cantarUma linda cano ao nosso Brasil um sambista apaixonadoQuem lhe pede, natureza, nas noites de luarPra cantarUma linda cano ao nosso Brasil um sambista apaixonadoQuem lhe pede, natureza as noites de luarQuem vive bem perto de vocMas sem lhe ver...Eu vejo as guas correndoE sinto o meu corao palpitarE o meu pinho germinadoVem minha saudade matarNatureza bela do meu Brasil (...) um sambista apaixonado (...)