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1 INTRODUÇÃO

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Introdução

As úlceras venosas são resultantes da manifestação clínica da insuficiência venosa

crônica. Entende-se por insuficiência venosa crônica a incapacidade que o complexo

venoso tem de drenar o sangue dos tecidos para o coração, decorrente da insuficiência das

válvulas nos membros inferiores (1).

Tais lesões estão quase sempre localizadas no terço inferior da perna, próximas ao

maléolo medial, em alguns casos no maléolo lateral e no dorso do pé ou mais raramente no

terço médio do membro inferior (2)

. A lesão é caracterizada pela perda irregular do tecido

tegumentar de forma superficial, podendo se tornar profunda, com bordas delimitadas,

normalmente com exsudato amarelado, e pode iniciar de forma traumática ou

espontânea(3)

.

Ocorre mais frequentemente em idosos com diferentes idades, de ambos os sexos e

apresentam uma incidência mundial em torno de 2,7% (4-5)

.

As úlceras tornaram-se um problema de saúde pública, visto que provoca sofrimento ao

paciente e a família; geram também dependência de cuidados de saúde; além da

diminuição da qualidade de vida e sofrimento. Tal impacto é relacionado também com a

condição social e econômica tendo em vista o trabalho e os componentes da condição

humana, quer seja físico, psicológico, social e espiritual.

Outro fator que dificulta o tratamento e atrasa o processo de cicatrização é o aumento

da pressão venosa e a diminuição da função da bomba da panturrilha.

Mediante as condições que os pacientes portadores de úlcera venosa se apresentam,

surge então, a necessidade de um tratamento que minimize o sofrimento; seja eficaz no

processo de cicatrização da lesão; e que diminua a chance de recidiva.

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Introdução

Uma das opções de tratamento para úlcera venosa é a terapia de compressão

inelástica que consiste na aplicação de uma pressão no membro inferior, que é transmitida

aos tecidos com a finalidade de favorecer a circulação de retorno ao coração pela

diminuição da hipertensão venosa de modo que reduza o edema(6)

. A terapia de

compressão atua ainda aumentando a atividade fibrinolítica, melhorando a reabsorção dos

capilares sanguíneos e o trofismo tecidual.

Um tipo de compressão inelástica utilizado para úlcera venosa é a Bota de Unna,

desenvolvida pelo dermatologista alemão Dr. Paul Gerson Unna, em 1896(7)

. É composta

de ataduras de crepe, impregnada com glicerina, embebida gelatina incolor, óxido de zinco

e água. A Bota de Unna tem a finalidade de criar compressão externa enquanto acontece a

contração muscular do membro(8)

. A elasticidade determina a eficácia do efeito, portanto,

quanto menor o grau de elasticidade de uma atadura, mais profundamente ela atuará(9)

. Tal

bandagem pode-se manter intacta por até sete dias, a menos que aja contraindicação,

desconforto ou exsudato excessivo(10)

.

No entanto, se a terapia for utilizada de maneira incorreta, pode acarretar em

malefícios para a saúde dos pacientes, como por exemplo, desconforto, dor para

deambular, atraso no processo de cicatrização ou até mesmo amputação(2-3)

.

A terapia de compressão pode ser associada a outro tratamento como, por exemplo,

a cobertura de hidrofibra que consiste em um tecido não tecido totalmente composto por

fibras de carboximetilcelulose e prata iônica(11)

. O uso da prata tem como objetivo reduzir a

carga microbiana da ferida, tratar infecção local e prevenir disseminação sistêmica(12)

. O

material é capaz de absorver uma grande quantidade de secreção que é transformada em

um gel que auxilia o debridamento autolítico de tecidos, além disso, remove o exsudato,

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Introdução

bactérias e enzimas do leito da ferida, controla a carga microbiana e mantém o meio

úmido(13)

.

Antes da aplicação dos materiais deve-se realizar a limpeza da ferida a fim de

remover exsudato, fragmentos de tecidos, excesso de produto aplicado anteriormente,

promovendo assim, um ambiente favorável à cicatrização(15)

.

Tendo em vista todo o contexto de portadores de úlcera venosa, é de extrema

importância ressaltar o papel do enfermeiro na orientação, realização do curativo e

aplicação da bandagem e da cobertura. Também devem ser levadas em consideração as

queixas do paciente, para que ele seja vista como um todo. Por isso, o enfermeiro deve

deter de conhecimento teórico e prático para ser aplicado em benefício do paciente. Diante

do exposto, propõe-se desenvolver a pesquisa para avaliar a evolução de úlceras venosas

utilizando a terapia de compressão inelástica associada a terapia tópica de hidrofibra com

prata.

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2.OBJETIVO

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Objetivo

Analisar a evolução do processo de cicatrização em pacientes com úlceras venosas

que usaram terapia de compressão inelástica associada à cobertura tópica de feridas de

hidrofibra com prata.

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3. CASUÍSTICA E MÉTODO

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Casuística e Método

Trata-se de uma pesquisa prospectiva de corte transversal, caráter analítico e

exploratório, visando à evolução de úlceras venosas por curativos utilizando terapia de

compressão inelástica e hidrofibra com prata.

O estudo foi realizado no Ambulatório de Especialidades do Hospital de Base,

localizado na cidade de São José do Rio Preto – SP.

A amostra foi composta por 09 pacientes que utilizaram os produtos citados

anteriormente em úlceras de origem venosa nos membros inferiores.

Foram incluídos sujeitos que apresentavam pelo menos uma úlcera venosa periférica;

os pacientes ou representantes legais concordaram em participar da pesquisa; fizeram parte

da amostra sujeitos com faixa etária acima de 18 anos do sexo feminino e masculino.

Foram excluídos do estudo todos aqueles que não atendiam aos critérios de inclusão, bem

como portadores de feridas com necrose seca, úlceras arteriais, mistas e aqueles que não

compareceram às trocas de curativos por mais de 02 vezes.

Antes da aplicação dos materiais foi realizada a limpeza da ferida a fim de remover

exsudato, fragmentos de tecidos, excesso de produto aplicado anteriormente, promovendo

assim, um ambiente favorável à cicatrização (15).

A limpeza foi feita com soro fisiológico a 0,9%, utilizando seringa de 20 ml e agulha

40x12 mm, aplicando em jato, com a técnica em z, para garantir que a limpeza seja eficaz

e para evitar traumas no leito da ferida. A limpeza da pele perilesional, ocorreu com

secagem mecânica utilizando gaze e soro fisiológico 0,9%.

Logo após efetuar as etapas anteriores, inicou-se a aplicação da Bota de Unna. De

modo com que a primeira volta da atadura iniciasse logo acima dos pododáctilos, na região

metatársica, onde foram dadas três voltas; continuando até ao nível inferior do joelho

abaixo do tubérculo tibial. Efetuou-se as voltas com 50-75% de sobreposição em largura

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Casuística e Método

em cada círculo, observando para não provocar desconforto ao paciente e,

consequentemente, diminuir a adesão à terapêutica. Por fim, aplicou-se material para

absorver exsudato e uma atadura de crepe para proteção da compressão inelástica.

A fim de conhecer a história clínica geral do paciente, um instrumento de coleta de dados

(APÊNDICE 1) foi aplicado. Com este instrumento avaliou-se as características prévias da

lesão e do estado de saúde do paciente, bem como os dados sócio demográficos. Os

pacientes foram avaliados quanto às dimensões das feridas, tipo de exsudato, tipo de tecido

e dor. A dor era mensurada através da Escala Visual Analógica que consiste em uma linha

graduada de 0 a 10, em que o paciente atribui sua dor em leve (0 - 02), moderada (03 - 07)

e intensa (08 - 10). Houve uma mensuração das lesões a cada 15 dias. Dia 01 foi o dia da

primeira coleta e início do tratamento com hidrofibra de prata e no dia 15 que foi o último

dia de uso da bota de Unna associada à hidrofibra com prata. No total foram 09 pacientes

em um período de 02 meses.

A evolução do processo de cicatrização foi monitorada clinicamente durante a

realização do curativo. Os curativos foram realizados por enfermeira e aluna envolvidas na

pesquisa, após capacitação realizada pela enfermeira.

Os dados foram inseridos em planilha do Excel (versão 2.016), tabulados e

exercidas duas funções de análises estatísticas: descritiva e inferencial.

De maneira descritiva, foi traçado o perfil da amostra estudada, contemplando as

variáveis analisadas e seus desdobramentos. Os dados foram replicados de forma absoluta

e relativa.

No âmbito inferencial, foi traçado como objetivo estatístico, a análise de

independência e predição entre as variáveis propostas no escopo do trabalho. Para isso,

utilizou-se, dentro dos padrões esperados, o teste de Regressão Linear Multivariada.

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Casuística e Método

Vale ressaltar, que os resultados de independência entre as variáveis propostas, se

deram através de análise entre o valor de “p” (significância).

Por fim, todas as análises foram obtidas através do Software SPSS atreladas às

funcionalidades da ferramenta Excel (versão 2.016).

As informações coletadas para o trabalho foram idade; peso; cor; sexo; profissão;

largura da ferida em centímetros no primeiro dia (D1), comprimento da ferida em

centímetros no primeiro dia (D1); largura da ferida em centímetros no décimo quinto dia

(D15), comprimento da ferida em centímetros no décimo quinto dia (D15); dor no primeiro

dia (D1); dor no décimo quinto dia (D15); área da ferida em centímetros quadrados no

primeiro dia (D1); área da ferida no décimo quinto dia (D15); evolução da área da ferida

em porcentagem e tempo da ferida em meses.

Ainda, foram utilizados métodos de Estatística Descritiva e métodos de estatísticas

inferenciais, analisando questões de probabilidade de uma população com base nos dados

da amostra. Em alguns momentos, para maior entendimento, foram usados os métodos de

média; desvio padrão; Correlação de Pearson; R Quadrado e significância.

O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em pesquisa envolvendo seres

humanos da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, em cumprimento a

Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovado, segundo consta no

protocole e CAAE – 63508016.3.0000.5415. Os participantes assinaram o Termo de

Consentimento Livre Esclarecido antes do início da coleta de dados, considerando

autonomia de participação voluntária e anonimato – (APÊNDICE 2).

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4. RESULTADOS

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Resultados

Dos nove participantes, 56% (n=5) eram do sexo masculino e 44% (n=4) do sexo

feminino. 56% (n= 5) tinham 60 anos ou mais, 33% (n=3) tinham entre 50 e 60 anos e

somente 11% (n=1) tinha até 50 anos de idade. Do total, 22% (n=2) pesavam até 80 quilos,

45% (n=4) dos participantes pesavam entre 81 a 90 quilos. 33% (n=3) participantes

pesavam mais de 90 quilos. Em relação à etnia, 88,89% (n=8) eram brancos e 11,11 (n=1)

era negro. Sobre a profissão, tem-se que 33,33 (n=3) eram ativos profissionalmente e 66,67

(n=6) não exerciam nenhuma atividade. Nenhum era etilista e/ou tabagista. O tempo de

lesão variou de 02 meses a 32 anos, com uma média de 10,94 anos.

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Resultados

Tabela 1: Distribuição de frequência dos sujeitos da amostra quanto à idade, sexo,

peso, etnia e ocupação. São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil, 2017 (N=9)

Variável Sociodemográfica Amostra Porcentagem

Idade (N) %

Até 50 anos 01 11,11

51 a 60 anos 03 33,33

> 60 anos 05 55,56

TOTAL 09 100,00

Sexo (N) %

Masculino 05 55,56

Feminino 04 44,44

TOTAL

09 100,00

Peso

Até 80 quilos

(N)

02

%

22,22

81 a 90 quilos 04 44,44

>90 quilos 03 33,33

TOTAL 09 100,00

Etnia (N)

%

Negro 01 11,11

Branco 08 88,89

TOTAL 09 100,00

Ocupação (N) %

Ativo

Inativo

03

06

33,33

66,67

TOTAL 09 100,00

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Resultados

O acometimento das lesões era de 44% (n=4) de membro inferior direito e 55%

(n=5) de membro inferior esquerdo. (Tabela 2)

Tabela 2: Distribuição da localização da lesão nos membros inferiores. São José do Rio

Preto, São Paulo, Brasil, 2017 (N=9)

Acometimento (N) %

Membro Inferior Direito 4 44,44

Membro Inferior

Esquerdo 5 55,55

TOTAL 9 100,00

Apenas 11% (n=1) era portador de Hipertensão Arterial Sistêmica e também, 11%

(n=1) era portador de Diabetes Melitus. Outras comorbidades como hanseníase,

hipotireoidismo e hipercolesterolemia representaram 33,33% (n= 03) e 44,44% (n= 04) não

eram portadores de nenhuma comorbidade. (Tabela 3)

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Resultados

Tabela 3: Distribuição das comorbidades nos sujeitos da amostra. São José do Rio Preto,

São Paulo, Brasil, 2017 (N=9)

Comorbidades (N) %

HAS 1 11,11

Diabetes Melitus 1 11,11

Outras 3 33,33

Nenhuma 4 44,44

TOTAL 9 100,00

HAS- Hipertensão Arterial Sistêmica. Outras- hanseníase, hipotireoidismo e hipercolesterolemia.

A atribuição de dor leve e moderada diminuíram 11,11%, respectivamente em

comparação do D1 com o D15. A dor classificada como intensa caiu de 33,33% no D1

para zero no D15. (Tabela 4)

A atribuição de dor leve e moderada diminuíram 11,11%, respectivamente em

comparação do D1 com o D15. A dor classificada como intensa caiu de 33,33% no D1

para zero no D15. (Tabela 4)

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Resultados

Tabela 4: Distribuição de frequência dos relatos de dor segundo Escala Visual

Analógica, conforme atribuição relatada pelos sujeitos da pesquisa. São José do Rio

Preto, São Paulo, Brasil, 2017 (N=9)

Frequência

Intensidade

N(%)

Total

N(%)

Leve Moderada Intensa

D1 2(22,2) 4(44,4) 3(33,3) 9(100,0)

D15 3(33,3) 6(66,6) 0 9(100,0)

D1- Primeiro dia; D15- Décimo quinto dia.

Através da análise de correlação de Pearson, foi possível observar evidência

estatística com dor no primeiro e décimo quinto dia, relacionando com comprimento,

largura e área da ferida. O nível de correlação observado foi alto, que está entre 0,601 a 01.

Porém, observou-se que dor e evolução da lesão foram grandezas inversamente

proporcionais, sendo, quanto maior a lesão, menor a dor, conforme Tabela 5. As demais

variáveis não foram correlacionadas com a evolução da lesão.

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Resultados

Tabela 5: Distribuição do nível de correlação e significância entre dor e as variáveis

apresentadas. São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil, 2017.

Dor Correlação Significância NC

Área (D1)

Dor D1 0,874 0,002 Alta

Área (D15)

Dor D15 0,834 0,005 Alta

Largura (D1)

Dor D1 0,825 0,006 Alta

Largura (D15)

Dor D15 0,861 0,003 Alta

Comprimento (D1)

Dor D1 0,829 0,006 Alta

Comprimento (D15)

Dor D15 0,693 0,039 Alta

NC- Nível de Correlação.

Verificamos que em 66,66% (n=6) das lesões o comprimento, 22,22% (n=2) não

tiveram evolução, e 11,11% (n=1) aumentou de tamanho, como mostra a tabela. Em

relação à largura, 88,88% (n=8) das lesões à largura apresentou diminuição, e somente

11,11% (n=1) não obteve evolução. Utilizou-se o Teste T Student a fim de comparar a

evolução das lesões no primeiro e no décimo quinto dia, empregando como variáveis,

comprimento e largura em centímetros. Na variável comprimento, observou-se que não

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Resultados

houve diferença significativa entre as médias no valor de p (p=0,339) entre os dias

analisados, apesar de demonstrar diminuição da medida. Na variável largura houve

diferença significativa entre as médias de acordo com o valor de p (p= 0,03) entre os dias

analisados, conforme Tabela 6.

Tabela 6: Distribuição da mensuração e evolução das lesões do D1 e D15 em centímetros.

São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil, 2017.

P D1 D15 Evolução

C L C L C C (%) L L (%)

1 16 25 13 21 -3,00 -18,75 -4 -16,00

2 12 30 9 26,5 -3,00 -25,00 -3,5 -11,67

3 8,5 10 8,5 8,5 0,00 0,00 -1,5 -15,00

4 5 6,5 4 6 -1,00 -20,00 -0,5 -7,69

5 15 40 15 36 0,00 0,00 -4 -10,00

6 4 4 8,5 4 4,50 112,50 0 0,00

7 8 5 5,5 2 -2,50 -31,25 -3 -60,00

8 9,5 8,5 8,5 7,5 -1,00 -10,53 -1 -11,76

9 3 4 2 2 -1,00 -33,33 -2 -50,00

C- Comprimento; L- Largura; P- Paciente.

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Resultados

Na Tabela 7, é possível comparar e evolução da área das lesões entre D1 e D15.

Utilizando o Teste T Student, de acordo com o valor de p (p= 0,046), existe significância

estatística na amostra, ou seja, a variância das médias apresentam diferenças significativas.

Do total de pacientes, 88,88% (n=8) obtiveram diminuição significativa na área da lesão, e

somente 11,11% (n=1) obteve aumento da área. Estes dados estão representados na Tabela

7.

Tabela 7: Distribuição da mensuração da área das lesões em D1 e D15 em centímetros

quadrados. São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil, 2017.

D1- Primeiro dia; D15- Décimo quinto dia; P- Paciente; A- Área.

Após a apresentação dos resultados encontrados nessa pesquisa, descreve-se a

seguir a discussão desses resultados apresentados.

P D1 D15 Evolução

A A A A (%)

1 400,00 273,00 -127,00 -31,75

2 360,00 238,50 -121,50 -33,75

3 85,00 72,25 -12,75 -15,00

4 32,50 24,00 -8,50 -26,15

5 600,00 540,00 -60,00 -10,00

6 16,00 34,00 18,00 112,50

7 40,00 11,00 -29,00 -72,50

8 80,75 63,75 -17,00 -21,05

9 12,00 4,00 -8,00 -66,67

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5. DISCUSSÃO

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Discussão

Este estudo avaliou a evolução de úlceras de etiologia venosa com um tratamento

em que foram associados à terapia tópica com placas de hidrofibra de prata e terapia de

compressão inelástica.

A analise do perfil sóciodemográfico dos sujeitos, demonstrou que a maioria

tinham idade acima de 60 anos e eram do gênero masculino. Esses resultados são

semelhantes aos encontrados em duas pesquisas realizadas no Rio de Janeiro, que

correspondem a 54,5% tinham idade maior que 60 anos e 51% eram do gênero

masculino(15, 27)

. Entretanto, outras publicações apresentam como resultado a maioria de

sujeitos do sexofeminino(17, 18,21)

. As consequências da úlcera venosa tanto no gênero

masculino, como no feminino conduzem a modificações nos aspectos sociais,

reprodutivos sexuais, e menor procura aos serviços de saúde para tratamento(26)

Dessa

forma os cuidados a pessoas com úlceras venosas deve abranger medidas para ambos os

gêneros(27)

.

Quanto à ocupação, outras pesquisas corroboram com os resultados desse trabalho,

a maior ocorrência de ocupação dos sujeitos foi de inativos. A pesquisa de Silva (2015),

afirma que a maioria já não exerce atividade laboral e a cronicidade da ferida dificulta o

desenvolvimento do trabalho(19)

. O tratamento também contribui para a inatividade

profissional precoce, devido à terapêutica prolongada (27)

. Profissões que mantém sempre a

posição ortostática, mobilidade reduzida e permitem pouco tempo de repouso, são

consideradas fator de risco para úlceras venosas (19)

.

Com relação ao tempo de duração da ferida, os resultados apontaram para uma

média de 10,9 anos, e, assemelhou-se a resultados de pesquisas, que apresentaram um

tempo de 11,3 anos

(16, 19). O longo processo de cicatrização pode estar relacionado com

doenças de base, infecção, estado nutricional e terapêutica adotada. (19)

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Discussão

Referente ás doenças de base, 11% dos participantes eram diabéticos e 11% eram

hipertensos. Um estudo de 2013 corrobora com este resultado, pois, apresenta 17% de

participantes hipertensos e 8% diabéticos(22).

Entretanto, um estudo de 2011 encontrou que

70,9% dos participantes eram hipertensos e 16,3% eram diabéticos(5),

Doenças como estas,

interferem negativamente como processo de cicatrização. É importante associar os

sintomas da doença com os aspectos relativos a evolução da lesão(22).

O sintoma de dor em úlceras venosas, apesar de frequente, é de intensidade

variável e não é influenciada pelo tamanho da úlcera(10).

O controle eficaz da dor traz

inúmeros benefícios à qualidade de vida do paciente e também contribui com o processo

de cicatrização(4)

. Aliado ao controle da dor, o uso de coberturas adequadas no leito da

ferida , minimizam a dor, mantém umidade , absorvendo o exsudato da lesão e facilitam

aplicação e remoção da cobertura sem causar traumas(24,20)

. Faz- se necessário também,

levar em conta o limiar de dor de cada paciente.(2)

Quanto as variáveis dor e dimensões da ferida nos sujeitos dessa pesquisa, indicou

quanto maior a lesão, menor a atribuição de dor, e que a dor é variável, independente do

tamanho da ferida, Este resultado é corroborado por resultado semelhante encontrado em

um trabalho avaliativo sobre limitações causadas por lesões, realizado em Minas Gerais,

onde foi indicado que a dor não esta relacionada às dimensões da lesão(17)

e afirmaram que

a dor pode ser inversamente proporcional ao tamanho da lesão(2)

.

Outro trabalho apresentou também, que a maioria de participantes relatou dor de

intensidade r moderada e leve(23)

. Ao contrário do que traz um estudo, que relaciona a dor

com as características da ferida e também a qualidade de vida dos pacientes(18)

.

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23

Discussão

A escala utilizada para mensuração de dor neste trabalho foi a mesma utilizada no

trabalho de Bersusa e Lages (2004), que obtiveram um resultado da maioria dos pacientes

com dor classificada como “a pior dor imaginável”, porém, em alguns casos, os pacientes

não tiveram queixa de dor(2)

.

Os resultados encontrados nessa pesquisa relacionado aos hábitos de etilismo e

tabagismo foram similares aqueles encontrados por Ribeiro et. al (2015)(21)

e Oliveira et.

al.(2013) (22)

. No estudo de Ribeiro o tabagismo foi encontrado em 6,25%, e etilismo em

12,5%, já no estudo de Oliveira 8% eram tabagistas e 9% eram etilistas. A ausência desses

hábitos é considerada positiva, devido ao fator de risco para o desenvolvimento de úlceras

venosas estar associada a eles.

O tratamento de úlceras venosas com terapia compressiva é muito utilizado e tem

função de controle do edema e da hipertensão venosa. A terapia inelástica tem a finalidade

de criar uma compressão externa, propiciando retorno venoso e diminuindo edema(8)

. Este

tipo de terapia pode ser aplicado sobre a lesão ou ser utilizado em associação a outro

produto.

Nessa pesquisa a cobertura tópica utilizada foi a hidrofibra com prata que é

composta por fibras de carboximetilcelulose de sódio, promove liberação controlada da

prata, mantém o meio úmido, promove a absorção vertical, reduz dor na lesão, e é um

antibacteriano(11)

indicado para úlceras venosas, já que cerca de 60% são colonizadas por

bactérias(23,28)

.

Tendo em vista os benefícios citados ocorreu associação de ambos no tratamento

de úlceras venosas no presente estudo. Obteve- se que 66,66% das lesões diminuíram o

comprimento, porém, não houve variação significativa (p= 0,339) e 88,88% das lesões

apresentou diminuição na largura, com p= 0,03 Quanto à área da lesão, notou-se que

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24

Discussão

88,8% diminuíram, e esta mudança foi estatisticamente significante (p= 0,046). Em um

estudo que também utilizou cobertura de prata, Araújo (2017) (25)

traz que 96,7% dos

pacientes tiveram diminuição da área da ferida ao final do tratamento, corroborando com

este estudo. Um estudo de 2016, que utilizou terapia de compressão inelástica, obteve

resultado de 60,08% da diminuição da área da ferida(23)

.

Este estudo sugere que a hidrofibra com prata associada à compressão inelástica

quando aplicado a ulceras venosas de membros inferiores pode ser um cuidado adequado e

auxiliar na redução das dimensões da ferida.

Uma limitação do estudo que pode ter influenciado no resultado, foi em relação à

amostra, que foi reduzida devido à dificuldade de adesão dos pacientes e o tempo reduzido

para a elaboração do TCC.

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6 CONCLUSÃO

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Conclusão

A realização deste trabalho permitiu a elaboração das seguintes conclusões:

1. Quanto aos dados sóciodemográficos dos nove sujeitos da pesquisa

56% (n=5) eram do gênero masculino e 44% (n=4) do gênero feminino.

56% (n= 5) tinham 60 anos ou mais, 33% (n=3) tinham entre 50 e 60 anos e 11%

(n=1) tinha até 50 anos de idade.

22% (n=2) pesavam até 80 quilos, 45% (n=4) pesavam entre 81 a 90 quilos. 33%

(n=3) pesavam mais de 90 quilos

88,89% (n=8) eram brancos e 11,11 (n=1) era negro.

33,33 (n=3) eram ativos profissionalmente e 66,67 (n=6) não exerciam nenhuma

atividade.

Nenhum era etilista e/ou tabagista.

O tempo de lesão variou de 02 meses a 32 anos, com uma média de 10,94 anos.

2. Quanto aos dados clínicos dos sujeitos e das feridas

O acometimento das lesões era de 44% (n=4) no membro inferior direito e 55% (n=5)

no membro inferior esquerdo.

11% (n=1) tinham Hipertensão Arterial Sistêmica,

11% (n=1) tinha Diabetes Melitus.

33,33%(n=03) tinham outras comorbidades como hanseníase, hipotireoidismo e

hipercolesterolemia

44,44% (n= 04) não tinham comorbidades.

A media de dor leve e moderada teve diminuição de 11,11%, dados coletados entre

D1 e D15.

A dor classificada como intensa caiu de 33,33% no D1 para zero no D15.

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Conclusão

A correlação, de dor no período entre D1 e D15 com comprimento, largura e área da

ferida foi alta, entre 0,601 a 01.

Dor e evolução da lesão foram grandezas inversamente proporcionais, quanto maior a

lesão menor foi a dor

Dos 66,66% (n=6) das lesões, 22,22% (n=2) não modificaram o comprimento,

11,11% (n=1) aumentou o comprimento.

Em relação à largura, 88,88% (n=8) apresentaram diminuição, e somente 11,11%

(n=1) não obteve evolução.

Na variável comprimento, não houve diferença significativa entre as médias com

p=0,339, apesar de demonstrar diminuição da medida.

Na variável largura houve diferença significativa entre as médias nos dias analisados,

valor p= 0,03.

88,88% (n=8) obtiveram diminuição significativa na área da lesão,

11,11% (n=1) obteve aumento da área.

Este estudo sugere que a hidrofibra com prata associada à compressão inelástica,

quando aplicado a ulceras venosas de membros inferiores, pode ser um cuidado adequado

e auxiliar na redução das dimensões da ferida

Terapias como essa, permitem aos enfermeiros, uma tomada de decisão mais

segura em relação à escolha do tratamento e uma melhoria no cuidado prestado.

Destaca-se ainda a necessidade de estudos na área, para ampliar a possibilidade

de comparação dos dados e assim a assistência de enfermagem pode conduzir a melhora

na qualidade de vida dos portadores destas lesões.

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REFERÊNCIAS

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29 Referências

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Lira, ALB, Tourinho FSV, Enders BC. Pessoas com úlceras venosas: estudo do modo

psicossocial do Modelo Adaptativo de Roy. Revista Gaúcha de Enfermagem. 2011; 32(3):

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4. Dantas DV, Torres GDV, Salvetti MDG, Costa IKF, Dantas RAN, Araújo RDO.

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Universidade Federal de Minas Gerais. 2001. Dissertação. Universidade Federal de Minas

Gerais. Escola de Enfermagem, 2001.

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13. Tickle J. Effective management of exsudate with AQUACEL extra. Br J. Community

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14. Borges, EL. Tratamento tópico de úlcera venosa: proposta de uma diretriz baseada em

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15. Cavalcantti L, Pinto FCM, Oliveira G, Lima SVC, Aguiar JLDA, Lins E. Efficacy of

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23. Danski MTR, Liedke DCF, Vayego SA, Pontes L, Lind J, Johann DA. Tecnologia

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cicatrização de feridas crônicas: estudo clínico randomizado. Dissertação (Mestrado).

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Referências

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cotidiano do homem que convive com a úlcera venosa crônica: estudo

fenomenológico. Revista Gaúcha de Enfermagem. 2013; 34(3): 95-101.

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APÊNDICES

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APÊNDICE 1 – Instrumento de coleta de dados

DADOS GERAIS DO PACIENTE:

Número do Prontuário:_____________ Data da admissão:__/__/__

Nome:_____________________________________________________Idade:_________

____

Data de nascimento: ____/____/____ Meio de

locomoção:_________________Peso:______kg

Cor :( ) Branca ( ) Negra ( ) Parda ( ) Amarela ( ) Indígena

Sexo: □ M □ F Estado civil:__________ Profissão:_________

Escolaridade:_____________

RG:_____________Endereço:________________________________Telefone:________

_____

DADOS PREGRESSOS (Fatores de riscos/história pregressa de doença ) □DM □Obesidade □Sedentarismo

□HAS □ IAM □Cardiopatia congênita

□Tabagismo □Angina □Aterosclerose

□ Etilismo □ Insuficiência Renal □ Obesidade

□ Outros__________________________________

Alergias □sim □não

Em uso de anticoagulante? □Sim □não Histórico de distúrbio de coagulação? □Sim

□Não

DADOS QUANTO À LOCOMOÇÃO: □ Sedentarismo □ Não deambula □ Preservada

□ Atrofia muscular □ Paresia □ Uso de muleta

□ Cadeira de rodas □ Deambula com auxílio □Deambula com

dificuldade

□ Paralisia □ Amputação □ Restrição dos

movimentos

□ Deformidade de membro inferior

DADOS DA FERIDA:

Tipo de lesão:__________________________________Diagnóstico

médico:_________________

Localização da ferida: □MID □MIE

□ Maléolo medial □ Maléolo medial □ Maléolo lateral

□ Maléolo lateral □ Posterior da perna □ Posterior da perna

□ Anterior da perna

Tamanho da ferida

D1:________larg______________comp________________prof_____________

D15:________larg______________comp________________prof____________

Tempo da ferida:_________________Tratamento

anterior:______________________________

Aspectos do Membro acometido:

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□ edema □hiperpigmentação □lipodermatoesclerose

□alargamento de tornozelo □atrofia □eczema

Bordas da ferida:

□ distintas □ indistintas □ bem definidas

□ descoladas □ fibróticas □ queratose

Quantidade de exudato:

□ ausente □ pouco □ moderado □ intenso

Odor do exudato:

□ ausente □ discreto □ intenso

Aspecto do exudato:

□ seroso □ serossanguinolento □ sanguinolento □ purulento

Tipo de tecido no leito da ferida:

□ granulação □ necrose úmida □ epitelização

Sinais de infecção: □não □ sim □ quais________________________

Pele Perilesional

□ hidratada □ macerada □ ressecada/descamativa

□hiperqueratose □escoriação □ eczema

Dor:

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APÊNDICE 2 – TERMO DE CONSENTIMENTO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

(Modelo em acordo com a Resolução n° 466/12 – Conselho Nacional de Saúde)

Título do estudo: Estudo clínico da prata iônica associada à hidrofibra 100%

carboximetilcelulose sódica e a redução da microbiota de feridas de membros inferiores. Você está sendo convidado (a) a participar do estudo científico de mestrado, porque você

tem: lesão de membro inferior do tipo úlcera vascular crônica, que poderá aumentar o

conhecimento a respeito da atuação da prata iônica na redução da microbiota de feridas

de membros inferiores, com o título “Estudo clínico da prata iônica associada à

hidrofibra 100% carboximetilcelulose sódica e a redução da microbiota de feridas de

membros inferiores”.

Esse estudo será realizado para fornecer dados e talvez aperfeiçoar o tratamento de pessoas

que passarem pelo mesmo procedimento.

Do que se trata o estudo?

Trata-se de uma pesquisa de mestrado na qual será realizada biópsia punch no

primeiro dia de adesão à pesquisa e quinze dias após o tratamento com a cobertura de

hidrofibra 100% carboximetilcelulose sódica com prata.

O objetivo desse estudo é identificar o a redução da microbiota de feridas de membros

inferiores com o uso da prata iônica presente na hidrofibra 100% carboximetilcelulose.

Como será realizado o estudo?

Você será convidado (a) pessoalmente através de explanação do objetivo e da metodologia

da pesquisa após verificação dos critérios de exclusão.

O estudo será realizado da seguinte maneira: a biópsia pela técnica “punch” é um

procedimento simples realizado por um profissional médico com anestesia, em que um

pequeno fragmento da pele será retirado para análise patológica. Após a biópsia, o material

coletado será encaminhado ao laboratório de histopatologia para análise.

Se necessário, serão realizados pontos para aproximar as bordas e conter hemorragias, no

entanto, biópsias realizadas com punch geralmente são fechadas primariamente.

O primeiro curativo se dará após realização da biópsia (punch) com o paciente em decúbito

dorsal e membros inferiores em repouso de no mínimo 20 minutos. A técnica será limpa,

com irrigação de jato de soro fisiológico, sendo realizada limpeza ao redor da ferida com

solução de limpeza apropriada. Após, será colocado placa de hidrofibra 100%

carboximetilcelulose sódica com prata e bota de Unna. Finalmente o paciente será

direcionado aos retornos para realização dos curativos no ambulatório de feridas.

Suas respostas serão tratadas de forma anônima e confidencial, isto é, em nenhum

momento será divulgado o seu nome em qualquer fase do estudo.

Quando for necessário utilizar os seus dados nesta pesquisa, sua privacidade será

preservada, já que seu nome será substituído apenas pelas iniciais que o compõem,

preservando sua identidade. Também autorizo a realizar registro fotográfico dos membros

inferiores, os quais serão utilizados para fins educativos. Meu rosto, nome ou outros dados

de identificação não serão exibidos nestas fotografias, devendo tomar todas as precauções

para garantir minha privacidade.

Os dados coletados serão utilizados nesta pesquisa e naquelas originárias desta e os

resultados divulgados em eventos ou revistas científicas apenas para fins de estudo.

Esses procedimentos são desconfortáveis ou geram riscos?

Os procedimentos poderão trazer os seguintes riscos:

Sangramento após a biópsia punch e/ou reação alérgica à cobertura pesquisada.

É possível que você não receba o benefício ao participar deste estudo, porém sua

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participação irá contribuir para descobrir se a prata iônica presente na hidrofibra 100%

carboximetilcelulose reduz a microbiota das úlceras vasculares crônicas de membros

inferiores promovendo a cicatrização.

O que acontece com quem não participa do estudo?

Não lhe acontecerá nada se você não quiser participar desse estudo.

Também será aceita a sua recusa em participar dessa pesquisa, assim como a sua

desistência a qualquer momento, sem que lhe haja qualquer prejuízo de continuidade de

qualquer tratamento nessa instituição, penalidade ou qualquer tipo de dano à sua pessoa.

Será mantido total sigilo sobre a sua identidade e em qualquer momento você poderá

desistir de que seus dados sejam utilizados nesta pesquisa.

Você não terá nenhum tipo de despesas por participar da pesquisa, durante todo o

decorrer do estudo. Você também não receberá pagamento por participar desta pesquisa.

Você será acompanhado de forma integral, estando livre para perguntar e esclarecer suas

dúvidas em qualquer etapa deste estudo.

Em caso de dúvidas ou problemas com a pesquisa você poderá procurar o pesquisador

responsável Enf.(ª) Flávia Daniele Lucio pelo e-mail [email protected] ou pelo

telefone: (17) 991335708.

Para maiores esclarecimentos, o Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da

FAMERP (CEP/FAMERP) está disponível no telefone: (17) 3201-5813 ou pelo email:

[email protected].

Declaro que entendi este TERMO DE CONSENTIMENTO e estou de acordo em

participar do estudo proposto, sabendo que dele poderei desistir a qualquer momento, sem

sofrer qualquer punição ou constrangimento.

Orientador

(Nome e Assinatura)

Pesquisador Responsável

(Nome e Assinatura)

Participante da Pesquisa ou Responsável

(Nome e Assinatura)

RG:___________________________

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ANEXO

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