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1-INTRODUO
A acne vulgar uma condio inflamatria crnica da unidade polissebcea,
muito comum em adolescentes e adultos jovens. Apesar de no haver relatos de casos
de mortalidade relacionados a essa doena, existe uma significante morbidade fsica e
psicolgica. (STEINER; BEDIN; MELO., 2011)
Segundo Azulay., (2008), trata-se de uma doena gentico-hormonal,
autolimitada, de localizao pilossebcea, com formao de comedes, pstulas e leses
nodulocsticas, em cuja evoluo, dependendo da intensidade, se soma processo
inflamatrio que leva formao de pstulas e abcessos, com freqente xito
cicatricial.
Os fatores que predispem a acne podem ser, gentico, hormonal, hiperproduo
sebcea, hiperqueratinizao folicular e aumento da colonizao de Propionibacterium
acnes (P. acnes) no ducto glandular. uma doena menos freqente em orientais e
negros, mas pode ocorrer em todas as raas. (COSTA; ALCHORNE;
GOLDSCHMIDT., 2008)
uma doena que predomina entre os adolescentes, mais precoce em
adolescentes femininos do que masculinos, normalmente regride espontaneamente aps
os 20 anos de idade; entretanto as formas mais intensas de acne so mais comuns no
sexo masculino, porm costuma ser mais persistente no sexo feminino, o que
explicado pela alta freqncia de distrbios endcrinos. (AZULAY; AZULAY., 2008)
Entre o 3 e o 4 ms de gestao, o embrio j revela a presena de glndulas
sebceas; que existem em praticamente todo o corpo. As glndulas sebceas esto
conectadas aos folculos pilosos, formando assim a unidade pilossebcea. Essas
glndulas tm sua maior atividade na puberdade, devido ao hormonal andrognica,
principalmente da testosterona. (AZULAY; AZULAY., 2008)
Quanto aos fatores etiopatognicos da acne vulgar (AV), pode-se notar que h
alterao nos componentes do sebo dos portadores de AV, se comparados aos
indivduos sos. De todos os componentes alterados, o cido linolico, que um cido
graxo essencial, o mais importante, j que desprotege a parede epitelial glandular, que
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passa a ser agredida pelos cidos graxos livres, obtidos pela hidrlise das triglicrides
atravs das lpases do P. acnes, acarretando hiperqueratinizao infundibular e
inflamao drmica. (COSTA, et al, 2007)
A acne no perodo pr-menstrual ocorre em 30% das mulheres, devido ao
aumento da secreo de sebo rica em cidos graxos livres, diminuio dos stios
foliculares entre o 15 e o 20 dias do ciclo e aumento da progesterona nessa fase do
ciclo. (COSTA; ALCHORNE; GOLDSCHMIDT., 2008)
Existem diversos frmacos eficazes, tpicos e sistmicos, que atuam nos
diferentes estgios de evoluo das leses de acne, e esses frmacos podem ser usados
isoladamente ou em combinao (em funo das caractersticas de cada doente). (VAZ,
2003)
A teraputica da acne efetiva, porm, prolongada, e isso deve ser dito de forma
bastante clara ao adolescente que, geralmente acredita em uma melhora imediata. O
tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possvel, com realizao, sempre que
possvel de teraputica de manuteno. Independentemente da gravidade, a introduo
de tratamento certamente est indicada, na presena de risco para morbidade
psicolgica. (LOURENO., 2011)
Por ser considerada um processo normal do desenvolvimento, h um atraso na
procura de ajuda mdica que, normalmente pode levar ao desenvolvimento de
cicatrizes, tanto a nvel cutneo como a nvel psico-social. As leses inflamatrias so
dolorosas e o agravamento da acne pode causar uma baixa auto-estima, perda de auto-
confiana, isolamento social e at mesmo depresso. (VAZ, 2003)
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2-OBJETIVO
Objetivo geral Descrever a etiologia da acne e suas implicaes sociais.
Objetivo especfico Descrever a doena acne e apresentar alternativas
teraputicas viveis.
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3-METODOLOGIA
O mtodo utilizado foi uma pesquisa bibliogrfica atravs de livros, artigos
cientficos atuais e banco de dados cientficos.na internet.
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4-FUNDAMENTAO TERICA
4.1-Pele
A pele um dos maiores rgos, que atinge 16% do peso corporal e desempenha
mltiplas funes. Ela recobre a superfcie do corpo e constituda por uma poro
epitelial de origem ectodrmica, a epiderme, e uma poro conjuntiva de origem
mesodrmica, a derme. (JUNQUEIRA; CARNEIRO., 2008)
4.1.1-Epiderme
constituda por epitlio estratificado pavimentoso queratinizado. A poro
mais profunda da epiderme constituda de clulas epiteliais que se proliferam
continuamente para manter seu nmero. A epiderme, normalmente descrita como
constituda de quatro ou cinco camadas ou estratos, devido ao fato da camada lcida
estar ou no includa, sendo observada apenas em determinadas amostras de pele
espessa. Pode-se observar da derme para a superfcie as seguintes camadas celulares:
4.1.2-Camada Germinativa (Basal)
Camada mais profunda, assim denominada porque gera novas clulas e
apresenta intensa atividade mittica. responsvel pela renovao constante da
epiderme, substituindo as que so perdidas na camada crnea. (GUIRRO; GUIRRO.,
2004)
4.1.3-Camada Espinhosa
Suas clulas so cubides ou ligeiramente achatadas, ncleo central, citoplasma
com curtas expanses que contm feixes de filamentos de queratina. Essas expanses se
aproximam e se mantm unidas com as clulas vizinhas por meio de desmossomos, o
que d o aspecto espinhoso. Esses filamentos de queratina e os desmossomos so
importantes no papel da manuteno da coeso entre as clulas da epiderme e na
resistncia ao atrito. (JUNQUEIRA; CARNEIRO., 2008)
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4.1.4-Camada Granulosa
Sua caracterstica a presena de grnulos de querato-hialina que parecem estar
associados com o fenmeno de queratinizao dos epitlios. A camada granulosa
formada por clulas que j esto em franca degenerao, cujos sinais so os grnulos de
queratina ou melanina que esto no seu citoplasma. (GUIRRO; GUIRRO., 2004)
4.1.5-Camada Lcida
Mais evidente na pele espessa, formada por uma camada delgada de clulas
achatadas, eosinfilas e translcidas, cujos ncleos e organelas citoplasmticas foram
digeridos por enzimas dos lisossomos e desapareceram. O citoplasma apresenta
numerosos filamentos de queratina, compactados e envolvidos por material eltron-
denso. (JUNQUEIRA; CARNEIRO., 2008)
4.1.6-Camada Crnea
Camada mais superficial da epiderme. formada de vrios planos de clulas
mortas e intimamente ligadas. Assim que seu citoplasma for substitudo por uma
protena fibrosa denominada queratina, estas clulas mortas so referidas como
corneificadas. Essas clulas corneificadas formam uma cobertura ao redor de toda a
superfcie do corpo, protegendo o organismo contra a invaso de vrios tipos do meio
externo, como tambm ajudam a restringir a perda de gua do organismo. Apesar de sua
pequena espessura, sua capacidade de reteno hdrica conserva a pele macia.
(GUIRRO; GUIRRO., 2004)
4.2-Derme
uma espessa camada de tecido conjuntivo, na qual se apia a epiderme e une a
pele ao tecido subcutneo ou hipoderme. Sua superfcie externa irregular.
constituda por duas camadas, de limites poucos distintos: a papilar, superficial,e a
reticular, mais profunda. (GUIRRO; GUIRRO., 2004)
4.2.1-Camada Papilar
delgada, formada por tecido conjuntivo frouxo, as papilas drmicas constituem
sua parte mais importante. Acredita-se que a funo das papilas aumentar a superfcie
de contato derme-epiderme, promovendo assim, maior resistncia a pele. Muitas papilas
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possuem alas capilares; outras contm receptores sensoriais que reagem a estmulos
externos, como mudanas de temperatura e presso. (GUIRRO; GUIRRO., 2004)
4.2.2-Camada Reticular
mais espessa, formada por tecido conjuntivo denso. (JUNQUEIRA;
CARNEIRO., 2008). Sua denominao devido ao fato de que os feixes de fibras
colgenas da qual formada, entrelaam-se formando um arranjo com o aspecto de uma
rede. (GUIRRO; GUIRRO., 2004)
As duas camadas possuem muitas fibras elsticas, responsveis, em parte, pela
elasticidade da pele. Alm dos vasos sanguneos e linfticos, e dos nervos, na derme
tambm so encontrados, derivados da epiderme, folculos pilosos, glndulas sebceas e
glndulas sudorparas. (JUNQUEIRA; CARNEIRO., 2008)
4.3-Hipoderme
formada de tecido conjuntivo frouxo, que une de maneira no muito firme a
derme aos rgos subjacentes. Essa camada responsvel pelo deslizamento da pele
sobre as estruturas em que est apoiada. Dependendo da regio e do grau de nutrio do
organismo, a hipoderme poder ter uma camada varivel de tecido adiposo, que modela
o corpo, uma reserva de energia e protege contra o frio. (JUNQUEIRA; CARNEIRO.,
2008)
4.4-Anexos da Pele
4.4.1Plo
So estruturas delgadas e queratinizadas, que se desenvolvem a partir de uma
invaginao de epiderme. Quanto a cor, tamanho e disposio variam de acordo com a
raa e a regio do corpo. Presentes em quase todo o corpo e crescem descontinuamente.
Cada plo se origina de uma invaginao da epiderme, o folculo piloso, que se
apresenta com uma dilatao terminal no plo em fase de crescimento. (JUNQUEIRA;
CARNEIRO., 2008)
Os queratincitos, clulas de revestimento da unidade pilossebcea, em
condies normais, descamam regularmente e transportam o sebo para a superfcie
cutnea, o que estabelece