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"DETERMINAÇÃO DA SIMETRIA DE 5:00R
DENAÇÃO DE ALGUNS COMI?LEXOS DEJ
.LANTANIDEOS POR DIFRAÇÃO DE
RAIOS-X"
Carlos de Oliveira Paiva Santos.'
Dissertação apresentada ao Insti
tuto de Física e Química de são
Carlos, para a obtenção do títu
10 de Mestre em Física Aplicada.
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Ernesto Castellano
Departarrento de Física e Ciência dos Materiais
sio Carlos - 1983
MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA DISSERTACAO DE MESTRADO DE
Carlos de Oliveira Paiva Santos----_._._--_._--------_._ ••.._-_._---------~--,--._-------.------------------.-----------.--------
APRESENTADA AO INSTITUTO DE rfSICA E nuTMICA DE SAO CARLOS, DA
UNIVERSIDADE DE SAO Pt\U~O, EM 16 DE
rOMISSAO JULGADORA:
agosto [)E 1983
o r. Edu a r d o Er n e s t o Ca s t dI 1a r. o
fl~'~.~--~'-'-'-- - --Dr. Robert Lee 'mmerman
- Orientador
-------- ..--..--.--------------.--.---- ....---.--.-------------------DI'. Antonio Carlos Hassabni
I
Patrocinadores: FAPESP
CNPq
CAPES
BID-FINEP
~s meus pais por me darem a vida,
Aos me<us i"rmãos por torná-Ia mais alegre,
 Mônica por engrandecê-Ia.
A G R A D E C I M E N TOS
Ao Prof. Dr. EDUARDO ERNESTO CASTELLANO pela orientação
e valiosos ensinamentos e estímulos prestados em todos os momen
tos, desde a minha inclusão no programa de mestrado.
 Profa. Dra. YVONNE P. NASCARENHAS por ter me iniciado
e sempre me incentivado na área de cristalografia.
Ao Prof. Dr. RON~~D WALTER BECKER nelas sugestões e ne
los estímulos.
Ao amigo JULIO ZUKERMAN SCHPECTOR nelos estímulos e
discussões se~re tão valiosos.
Aos Profs. GERALDO VICENTINI e SERGIO M. MELO pelas amos
tras fornecidas.
Aos amigos MARIANO ALVES PEREIRA, CARLOS ALBERTO DE SIMO
NE, ÃUREA _TAHAE INU~A:RU, IGNES CARACELLI, IVO VENCATO, RA-l\1.0NBEL
TRAN, GLAUCIUS OLIVA, NIKOLAS LOCHAGIN, DH1AS VOILLET, r-'~IKA, SAN
DRA HELENA PULCINELLI, MARIA TEREZA P. GAMBARDELLA, JOHNY OLIVIERI,
SILVIO RAINHO TEIXEIRA e HOtffiROMAR0UES GO~~S nelos estímulos cons
tantes.
Ao prof. CARLOS A. TROMBELLA e Sr. GERP"LDO CATARINO pe
los serviços técnicos prestados.
Ao Prof. ,JAN F. W. SLAETS, Srs. VALDECI l1ASSJ.POe VALDI:!=>.
MELCHIOR pela imprescindível colaboracão e assistência na narte
compu taciona 1.
Ao Sr. AUGUSTO LOPES DA ROCHA nelos excelentes desenhos
realizados.
Ao Instituto de Planejamento e Estudos Ambientais de Pre
sidentepruderite 'na pes'soa do :Orof. Dr.' .TOS~ ~"APTIN SUJlJU::Z, nela
calorosa acolhida que recebi nesse Campus da UNESP.
 Carmen Lúcia M. Negririi, Denize Valério, e Inês'Apareci
da Henriques dos Santos pelo excelente trabalho de datilografia.
 minha esposa MARIA MONICA pelo companheirismo e estimu
los que muito me ajudaram em todos os momentos difíceis pelos quais
passamos nesses anos.
íNDICE
LISTA DE T.f1~ELAS ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••.••••••• i
LISTA DE ILUSTRAÇÕES •••••••••••• e a ••••••• « •••••••••••••••••••iii
RESUMO ....................................................... :iv
ABSTRACT ••••••••• « ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• vi
INTRODUÇÃO
CAPíTULO I - ASPECTO~ INSTRUMENTAIS
1
5
1.1. Aspectos gerais ......................................... 5
1.2. Geometria do C~4 ....................................... 7
1.3. Determinação da Mgtriz orientação e indexação das refle
xoes .................................................... 9
1.4. Coleta e redução de dados ............................... 12
CAPíTULO 11 - SlNTESES DE FOURIER 19
11.1.- Síntese de Fourier e o problema das fases..............19
11.2•
Síntese de Patterson e método do átomo pesado..........22-
11. 3.
Síntese de Fourier-diferença...........................27
CAP1TULO 111 - REFINAMENTOS ~~NIMOS-OUADRADOS
111. 1. O método
111.2. Refinamento dos parâmetros atômicos
111.2.1. A álgebra
29
29
31
31
111.2.2. Os valores de ai Fcl /alPj I .•..••..••.••••.. 00 •••• '_00' 34
111. 2.3. Influência da Sirretria ;.•...•.•.•.•... 00 •••••••••••35
llr. 3. O rrétodo dosmínirros quadrados com restrições 38
111.4. ~tomos em posições especiais .......................... 40
111.5. Espalhamento anômalo .................................. 4)
111.6. Soluções das equações nornais .•....••.••.•...•.•••.•.• 44
111.7. cálculo do desvio padrão .•.....••.•.•....•...•..•••••. 47
111.8. fndices de discrepância
CAPíTULO IV - DETERMINAÇÃO DA ESTRUTUPA CRISTALINA DO
[EU(TMU)6](ASF6)3
IV. 1. Introducão
IV.2. Obtenção da cela unitária e watriz orientação
IV.3. Coleta de dados
IV.4. Determinação do grupo espacial
IV.5. Os fatores de estrutura utilizados na determinação da es
49
50
50
51
53
54
tru tur a 11I •••••••••••••••••••••••••••• 54
IV.5.1. Redução de dados 54
IV.5.2. cálculo do valor médio para as reflexões equivalentes. 55
IV. 5.3. O índice de consistência interna 55
IV.6. Cálculo do número de rroléculas por cela unitária e da den
sidade do cristal •••.......•.••••.....••.••......•.•... 56
IV. 7. Solução e refinamento da estrutura
IV.7.1. Localização dos átomos pesados
57
57
IV.7.2. Refinamento e localizacão dos átomos leves ..•........ 58
IV.8. Descri~ão da Estrutura e Piscussão 62
CAPITULO V - DETEP~.INArÃO DAJ3 ESTEUTUP.AJ3CRISTALINA_S DOS SAIS
[Ln (H20) 9 ] CF3S03) 3' Ln = Nd e Ho67
V.1. Introdução ............................................... 67
V.2. Obtenção da cela unitária e matriz orienta~ão ..•......... 67
V. 3. Coleta de dados . 68
V.4. Determinação do grupo espacial .•....•..........•.......•• 69
V.S. Os fatores de estrutura utilizados na determinação da es70tru tur a ". """"". ""'. " " " " " " " " .. " . " " " " " "... ti " " " " " " " " " " " " " " " "
V.5.1. Redução de dados " ." ." " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " 70
V.?-..2. Reflexões equivalentes e índi cede consistência interna
(RI) •••••••••••••••••••••••••.•••••.•.•••••••••••••••• 70ln
V.G. Dados cristalinos " " " " " ." " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " 71
V.7. Solução e refinamento da estrutura
V.7.1. Localizacão dos átomos pesados
V.7.2. Refinamento e localização dos átomos leves
V.8. Descrição das estruturas e discussões
V.8.1. Estrutura de Nd
V.8.2. Estrutura de Ho
V.8.3. poliedro de coordenação
V.8.4. illlions
V.8.5. Pontes de hidrogênio
71
71
72
85
85
8S
88
92
92
V.9. ConsideracÕesGerais e Sugesteespara TrabalhosFuturos ............• 95
APE:NDICE I - ME::TODODE WILSON ..•........................•.... 113
APE:NDICE 11 - CÂLCULO DA GEONETRIA MOLECULAR
AII.l. cálculo das distãncias interatômicas
AII.2. cálculo dos ãngulos interatô~icos
AII.3. cálculo dos ângulos diedrais
APE:NDICE 111 - RESOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES NORMAIS
AIII.l. Processo de Cholesky
AIII.2. Bliminacão de Gauss
117
117
118
119
121
121
122
REPE~NCIAS BIBLIOCRÂPICAS " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " .- " " " " . 124
i
LISTA DE TJlBELAS
TABELA IV.l - Fator de escala geral, parâmetro de vibração iso
trópico médio e distribuição de <JFrell~em· fu~
ção de Sen e/À para o composto [EU(TMU)6] (ASF6)3 65
TABELA IV.2 - parâmetros posicionais e fator de ocupaçao dos
átomos localizados na estrutura com Eurónio 65
TABELA IV.3 - Distâncias Interatômicas para o [E:U(TMU)6] (ASF6)3 66
TABELA V.I - Fator de escala geral, parâmetro de vibração iso
trópico médio e distribuição d: <I Frelt2) em fun
ção de Sen e/À para o composto
[Nd(H20i9 1 (CF3S03)3 96
TABELA V.2 - Fator de escala geral, par~metro de vibracão iso2
trópico médio e distribuicão de <1rre11 >
em função de Sen e/À para o comnosto
[Ho(H20)9] (CF3S03)3 ....•...................... 96
TABELA V.3 - parâmetros do Fator de Espalhamento nara os Áto
mo s ••••••••••••••••••.•••••••••••••••••••••••••••• 9 7
TABELA V.4 - parâmetros Posicionais para o [Nd (H20)9] (CF3S03)3 98
TABELA V.5 - parâmetros Posicionais para o [HO (H20)9] (CF3S03)3 98
T~..BELAV.6 - parâmetros de Vibração para o [Nd (H20)91 (cJ<'3S03)3 99
TABELA V.7 - parâmetros de Vibração para o [Ho (H20)9] (CF3S03)3 99
ii
TllBELA V.8 - Distâncias Interatômicas das Pontes de Hidroaênio. 100
TABELA V.9 - Distâncias L;n-O (ângulos) .........~ . 100
TABELA V.lO - Distâncias Interatômicas .••..................... 101
TABELA V.11 - Mgu10s Interatômicos ....•...................... 102
TABELA V.12 - Ângulos Diedrais característicos dos poliecros de
Coordenacão dos comnostos [Ln(H20)91 (CF3S03)3 ...
TABELA V.13 - Arestas dos poliedros de Coordenacão
103
103
TABELA V.14 - Distâncias Interatômicas para os Poliedros de Co
ordenacão dos comnostos [Ln (H20)9](CF3S03)3 .... 104
TABELA V.lS - Algumas Distâncias Ln-O encontradas na Biblioqra-
fia 105
TABELA V.16 - Fatores de Estruturas Observados e Calculados na
ra o Composto [Nd(H20)9J (CF3S03)3 106
TABELA V.l? - Fatores de Estrutura Observac.os e Calcularos nara
o Composto 109
iii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA IV-I - Cela reduzida e cela unitária para o composto
[ Eu (T MO) 6] (As F 6) 3 •
FIGURA IV-2 - Distâncias e ângulos in,teratômicos da molécula de
TMU.
FIGURA IV-3 - Tetraedros formados pelos Európios e Arsênios.
52
61
63
FIGURA IV-4 Orientação dos pgliedros de coordenação na cela uni
tária. 63
FIGURA
FIGURA
FIGURA
FIGURA
FIGURA
V-I
\1-2
V-3
V-4
V-5
- Perspectiva do poliedro de coordenação do Nd3+.
- projeções do poliedro de coordenação Nd3+.
- perspectiva do poliedro de coordenação do Ho3+.
. - d I" d -. 3+- proJeçoes o po le ro de coordenaçao do Ho .
- Pepresentação estereográfica para o composto com Nd.
86
87
89
90
94
FIGURA V-6 - Representação estereográfica para o composto com Ho. 94
iv
R E SUMO
Neste trabalho se descreve o estudo por difração de
raios-X das estruturas cristalinas e moleculares de três complexos
de lantanídeos, visando a determinação da simetria de icoordenação
ao redor dos íons e sua comparação com prévias previsões espectro~
cópicas.
As medidas de difração foram realizadas com um difratôm~
tro de quatro círculos de geometria Kappa. Os dados cristalinos re
levantes são:
Fórmula química: EUC30H72N1206As3F18 ; cela unifária éú
bica, a = 18,OOO(3)i e V = 5832(3)~3; grupo espacial: F23 número -
196 da Internacional Tables For X-Ray Crystallography; número de
moléculas por cela unitária: Z = 4; coeficiente de absorção de
massa para radiação de molibdênio: ~ (MoKa)=27,4 cm-l; densidade
calculada: Dc = 1,60 g;cm-3
Para um cristal de tamanho aproximadamente O,25xO,25 x
O,30mm foram medidas 2309 reflexões. A média das intensidades das
reflexões equivalentes por simetria de Laue foi calculada obtendo-
se um total de 841 independentes, das quais, apenas 277 resultaram
maiores que três vezes o desvio padrão estimado de contagem esta -
tística.
A estrutura se mostrou altamente desordenada e o mo-
delo proposto refinou a 'um fator-R :finalde 13.8%. Os átomos de
európio e arsênio estão localizados em posições especiais de sime
tria pontual ,local23 (T~O Eu3+ está hexacoordenado através dos oxi-
gênios das moléculas de TMU formando um octaedro regular de sime -
v
- ttia-~'pontual 0h' A distânciaeur6p;i.0-oxigênio é de aproximadamen
te 2,28 K.
Fórmula química: Lnc3H18ol8F9S3; cela unitária hexagona~
a=13,85l(4)X, c=7,460(3)X e V=1240(1)K3::para Ln = Nd, e a=13,5}0(2)A.
c=7,577(1)X e V=1208,5(9)K3 para Ln=Ho; grupoespacial:P63/m núme
ro 176 da Internacional Tables For X-Ray Crystalography; nÚInero de
moléculas por cela unitária: "Z=2; coeficiente de absorção de massa
para radiação de molibdênio': 11(MoKq)=23,2 cm-1(Nd) e 34-,8 ~m-l
'. -3-3(HoU·densidade calculada: Dc=2,02 g.cm e 2,13 g.cm respectiva
mente para Ln = Nd e Ho~
De um cr~stal de forma cilindrica de diâmetro e altura a
proximadamente de 0,20 mm foram medidas 2098 reflexões para o com-
plexo de Nd e 2400 'para o de Ho. Após o calculo de média das refle
xoes equivalentes de Laue, obteve-se para o caso de Nd 685 refle -
xoes independentes das quais 636 com 1>30(I) e o fator-R final foi
2,64%. Para o complexo de holmio as figuras foram:763 reflexões in
dependentes, 676 com 1>30(1) e fator-R de 2,18%. Em ambos os casos
as estruturas foram resolvidas pelos métodos de Patterson e do áto
mo pesado. As estruturas se mostraram isomorfas com a única dife_-
rença significati~sendo a distância lantanídeo~oxigênio de 2,49 X
para Nd e 2,42 para Ho. ° íon lantanídeo é nonacoordenado através
dos oxigênios das moléculas de água formando um prisma trigonal
triencapuçado de simetria pontual cristalografica D3h" Todas ~.as
distâncias inberatômicas estão dentro da faixa esperada, com exce-
ção das distâncias C-F em ambos os casos que são um pouco curtas -
vi
"
ABSTRACT
We descríbe herethe X-ray determínation of the crystal
and molecula~ structures' of threelanthanidecomplexes·. The work
is a contribution to thestudy of the coordinatíonchemistry of
lanthanide ions with:.organic ligands .andin particular, it-aims
to compare the observed point symmetry of the ion envíronment with
spectx'o's-copic';predictions •
The diffractíon meas'llrements were alI perfomed on a
four circle diffractometer of kappa geometry·.•The relevant crystal
data are:
Chemical formula: EUC30H72N1206AS3F18; cubic unit cell
a=18.000(3)X and V = 5832(3)A3; space group: F23 number 196 from
International Tables for X-ray Crystallography; nurnber of molecules
per unit cell: Z = 4; mass absorption coefficient for molybdenum.radiation: lJ(MoKa) = 27.4cm-l; calculated dens:ity: D =1.60 g.cm-3.c
For a crystal of approximately 0.25 x 0.25 x 0.30mm size,
2309 reflections were measured. After averaging the intensi ties of
the Laue-equivalent reflection, 841 independent reflections were
obtained, from which only 277 had intensities greater than three
times the respective standard deviations estimated frbm counting
statistics.
The structure turn out to be highly disordered and the
proposed model refined to a final R-factar af 13.8%. The europiun
and arsenic atoms are sited on special positions of local point
symmetry 23 (T). The Eu3+ is hexacoordinated to six TMU oJW gen
atoms, forming a regular.crystallographic actahedron af
symmetry 0h. The eurapium oxigem distance is 2.28j.
point
Chernica1 formula: Lnc3H18018:F'9-S3;hexagonal unita=13.851(41A, c=7 .460(31K and V=1240(IIA3, for Ln=Nd, and
l3.570r21~K; c=7.577(11-Ã and V=1208.5(9Ti for Ln=Bo; spacial
a
vii
cel1,=
group: P63/m number 176' from International Ta.B1es for X-ray
·crystallographYi nmnberof molecules per unít cell: Z=2; mass
absorption coe·fficient for molybderiuinradiation: II(MoKa)=23.2 cm-l-1 -3
for Ln=Ndand 34. 8 em for- Ln=He; calculated-(t".nc:i;t.y·: Dc=2•O2 g. cm
and 2.13 g.cm-3 respectívely for Nd and Ho.
From a cylindrically shapped crysta1 of approximate
diameter and height of 0.20 mro, 2098 ref1ections for the Nd and
2400 for the Ho complexes were measured. After averaging the
intensi ties of the Laue-equi va1ent ref1ections we obtain for Nd 685
independent reflections af which 636 withI>3a(I)and agreement
factor of 2.64%. For the holmiurn complexes the figures were 763
independent reflections, 676 with I>3a(I) and agreement factor
equa1 to 2.18%. In both cases the structu~es were solved by the
heavy-atom Patterson methad. The structures turn out to be
isomorphous with the only significant difference of the 1anth.anide
oxygen distances which was 2.49K for Nd and 2.42K .for Ho. The
1anthanide íon is nine-coordinated to the o~gen atom of water
mo1ecules, which form a tricapped trigonal prism of crysta1lographic
point symmetry D3h. AlI interatomic distances lie within the expected. o
normal range except the C-F ones which are somewhat shorter (1. 31A).
INTRODUÇÃO
As primeiras estruturas cristalinas estudadas por difra
çao de raios-X datam dos primeiros anos do século. Eram estruturas
simples, contendo apenas dois tipos de átomos, mas tiveram uma im
portância fundamental para o desenvolvimento da física do estaCb só
lido, a qual teve a sua orige~ após a publicação de uma série de
1
artigos contendo cálculos e previsões simples sobre suas
dades cristalinas.
propri~
Nos últimos 30 anos a cristalografia tem se desenvolvido
espetacularmente com o advento de rápidos computadores de grande
capacidade de memória que tornaram possíveis as determinações de
estruturas cristalinas tridimensionais de moléculas complexas de
interesse biológico, como por exemplo a hemoglobina (1) e a miogl~
bina (~) no fim dos anos 50, as quais são marcos na biologia mole
cular e foram um grande estímulo no campo da cristalografia de pr~
teínas. A cristalografia de raios-X traz uma profunda contribuição
para a compreensão das estruturas e funções das proteinas, desde•
que é o método mais conveniente para revelar a posição tridimensio
nal da maioria dos átomos em uma proteína.
Outras áreas em que a cristalografia de raios-X é utili
zada são: a) Em geologia, na análise de winerais, b) ~~talurgia
c) Tecnologia de fibras, d) Farmacologia molecular, onde as dis
tâncias interatômicas em medicamentos exercem um papel fundamental
na açao terapeutica (3), e) Química de coordenação, onde as técni
cas usuais de espectroscopia ótica muitas vezes apresentam fenorre
nos que só são analisados satisfatóriamente após o conhecimento da
estrutura cristalina (4,5)
Existe uma linha de pesquisa, nesse laboratório, sobre
complexos de lantanídeos com ligantes o~gânicos, a qual é realiza
da como colaboração"de vários outros centros de pesquisa do país ,
como q Instituto de Química da USP, Departamento de Química Orgâni
ca e Inorgânica da Universidade Federal do-Ceará, Departamento de
Química da Universidade Federal do paraná e Instituto de Química de
Araraquara-UNESP, com a intenÇão de contribuir para o conhecimento
da Química de Coordenação desses element~s fornecendo informações
-~espeito da preparação de novos compostos de adição e no estudo
de uma série de suas propriedades.
Os lantanldeos constituem a série mais longa de elemen
tos com propriedades químicas semelhantes, e a obtenção e o estudo
de novos compostos que os contenham podem levar à percepção de
propriedades descriminadoras que permitam eventualmente" a criação
de novas técnicas de separação, o que é de grande importância para
a economia nacional, já que o Brasil possui uma das maiores reser
vas comerciais do mundo de minerais que contém lantanídeos.
Atualmente, algumas aplicações comerciais doslantání
deos sao:
a) Camisas de lampiões a gás.
b) Liga metálica li Mishmetal" que é utilizada na produção
de pedras para isqueiros, obtenção de ferro fundido nodular, meta
lurgia do aço, etc •••
c) Os óxidos de terras raras são também enpre gados como
catalizadores no processo de Ilcracking" do petróleo.-
d) Como substâncias fluorescentes, como por exemplo nos
televisores a cores e em.revestimentos que fluorescem na luz ul
tra-violeta.
e) Materiais de polimento de vidro.
f)
Fabricação de filtros óticos.
g)
Fabricação de lasers.
h)
Fabricação de granadas.
2
i) Engenharia nuclear.
j) Recentenente hidretos mistos de netais de transição
3
estão sendo estudados para o uso em processos de estocagem e trans
ferencia de energia.
Na época de minha inclusão no programa de nestrado, obti
vera~se amostras cristalinas de três compostos contendo lantaní
0005, um proveniente da UFCe[lEU (TMU)6] (AsF 6) 3' TMU = CSN20H12] ~r_
outros dois do Instituto de Química da USP llLn(H20)9](CF3S03)3
Ln = Nd OlHo ].° composto com eurél>io foi sintetizado pela aluna de pós
graduação Leonilde Maria Câmara Jatahy sob o orientação do Prof.
Dr. Sérgio Maia MeIo. Estudos de espectroscopia ótica indicaram a
fluorescen
sinetria pcntual cristalográfica 0h-cono a mais provável
coordenação do cátion Eu3+. Ent%eta~to, o espectro
cia mostrou duas bandas correspondentes à transição
para a
bida pela simetria pontual, e que foram atribuidas a efeitos de
interação vibrônica (6). A determinação da estrutura cristalinado,
conposto por difração de raios-X seria providencial para
mar ou não essas previsões espectroscópicas.
confir
Os conplexos foram sintetizados pelo pós--graduando Luis
Carlos Machado sob a orientação do Prof. Dr. Geraldo Vicentini ,
com o objetivo de serem utilizados na preparação de complexos com
ligantes orgânicos. Surgiu então a necessidade de determinar suas
estruturas cristalinas, pois esses sais foram descritospor
Spedding (7) com núnero de coordenação 8 para o conposto com Ho e
9 para o composto com Nd.
A determinação das estruturas m:Üeculares desses conpos
tos e o estudo das várias técnicas necessárias ao processo de
reconstrução da densidade eletrônica na cela unitária a pa~ dos
dados de difraçãó, conformam o objetivo da presente dissertação. Err.
particular, tenos estudado em profundidade o refinanento de para
netros estruturais pelo nétodo derrinimos quadrados não-Id.neares
comrestrições, necessário à análise da estrutura deso·rdenada do
composto hexafluorarsenato de hexakis tetrarretilureia európio
(111).
4
CAPITULO I
,INSTRUMENTAÇ~O
1.1. ~pectos~rais
o apareJho utilizado para as nedidas de intensidades de
raios-K difratados por monocristais é o difratômetro automático da
Enraf Nopius, o qual difere dos convencionais de 4 círculos que empregam uma geonetria do tipo Euleriano. A figura 1--1 mostra unacom
pa'ração entre os sistemas Euleriano ~ Kappa, o qual é utilizado pe10 CAD4·'Una descrição detalhada da geometria do CAD4é dada na
seçao 1-2.
5
DIFRA TOMETRO OIFRATOMETRODE DE
QUADRO CIRCULOS' QUADRO CIRCULOS- -OlFRATOMETRO OIFRATOMETRO
KAPPA KAPPAw=o --=o w=o W=+23,031(=0 - 50
k- X=- 6&:'Q'-v -- k~ _.=0.=0 +=0 .=+2
,':...-_ ..•....~,, ,. ",/ \\I I ,\
, I , \I I ,
,I ? I II I1-- " I
I I,,I
OIFRATOMETRODE
QUADRO CIRCUl-0SDIFR ATOMETR O
.t(APPAw=o -.=+90x=-IOO -- k=-180• o t= 90
FIGURAI. I"A Figura Mostra as mesma POSições do Cristalnos goniometros convencional e kappa. com os 'anguloscorrespondentes
Para se operar esse difratônetro é .necessário que:
a) O cristal esteja geometricamente centrado na intersecção dos
eixos do di fratônetro ;
b) O instrunento esteja bem alinhado (Ver seção 1-2).
P:reendrlcbsesses requisitos, deve-se encontrar a orienta
çao absoluta do sistema cristalino recíproco a*, b* e c* com rela
çao a umsistema de, coordenadas xyz fixo à cabeça gonionétrica. P~ra isso, é necessário que o difratômetro tenha centrado e armazena
do as posições angulares de umcerto número de re flexões. Isso e
conseguido através de urra varredura sistemática no espaço recípro
co mediante rotações programadas dos ângulos difratorrétricos. Com
essa informação calcula-se a cela reduzida (8). (Ver tambémseção .!
6
3) e a rratriz de orientação R que relaciona umvetor V , 'especifi'cado no sistema de coordenadas cartesianas xy.z ao ll'eSlflO ve
tor especificado no sisterra de coordenadas cartesianas XYZ
do CAD 4. A',' análise do tensor métrico' da cela
reduzida permite obter a transforrração à cela de maior simetria do
cristal (cela unitária) f8,9) •
Tendo-se orientado o cristal, o posicionamento de uma re
flexão consiste em e fetuar as rotações necessárias para levar o
vetor recíproco a bissectar no plano horizontal as direções dos: fe:!:
xes incidente e difratado. Os cálculos para isso, são realizados nu
Ira,geonetria Euleriana, na qual já foram detalhadarrente desenvolvi
dos {lOJa seguir fa~-se a transforrração para o sisterra Kappa atra
vés do conjunto de relações:
sen X 7T K
- = sen ~ sen 2 ~,o 2 (1-1. a)
= ti)e ô
TI K
tgô = cos - tg-3,6 2(I-loc.)
7
onde X e w são ângulos Eulerianos.e
Será visto a se guir a georretria do goniôrretro CAD4e a
determinação da matriz orientação.
1.2. Ceorretrfa deCAD4--------------
Esse difratôrretro consta de um goniômetro que faz uso de
um sistema de ângulos denorrinado "Kappa" (goniôrretro Kappa) e con
siste de três peças conpreendendo três eixos de rotação independen
tes que se interceptam no centro do difratômetro que é onde se en
contra o cristal, mais um quarto grau de liberdade para o detecto~
A descri ção do goniônetro pode ser aconpanhada em
lhes na figura 1-2.
deta
A cabeça goniorrétrica é m:mtada sobre o eixo-PH1 (4)) o
o qual se apoia sobre o bloco "Kappa" (K). O bloco K pode girar em
torno do eixo "Kappa" (K) e se apoia no bloco "onega" (w), o qual,
por sua vez, pode girar em torno do eixo-w e se apoia na base do
di fratômetro. O detector é gi rado em torno do eixo-2 e., o qual e
paralelo ao eixo-w. O ângulo a entre os eixos K e w
nesmo é válido para o ângulo entre K e 4>.
é de _500; o
O plano perpendicular ao eixo-w e que passa pelo centro
do di fratômetro é o "plano horizontal". Nesse plano é que são lTEdi
das as intensidades e as direções dos raios difratados. Tawbém o
feixe primário se encontra nesse plano, apontado para o centro do
goniômetro.
O sistema cartesiano XYZtem sua origem no centro do go
niômetro. O eixo-X se caracteriza por um versor, no plano horizon
tal, di ri gi do do centro do goniômetro para a fonte de raios'-X. O
eixo-Z tew. a mesma direção do eixo-w e aponta para ci rra do plano
8
,
z
III
Figura 1-2 - Goniômetro CAD4
"
horizontal. O eixo-Y é perpendicular aos outros dois formando um
sisterra ortogonal direito.
As posições zero dos ângulos Kappa, ôrnega e 28 são de fi
nidas em termos da geometria do instrumento ..O â~gulo K, para o
qual os eixos '.w e .~ cOincidêm, é definido como sendo K=O (zero).
A posição na rotação do eixo-w para o qual o eixo-K fica no plano
9
XZ e o bloco Kappa é oposto à direção +X é definido como sendo
w = O (zero). A posição 28 = O (zero) é definida como a rotação Te
ta na qual o detector coincide corr a direção -x. E ~ = O (zero)~e
arbitrariamente definido como o ponto na rotação ~ em que a trava
da cabeça goniométrica é paralela ao eixo +Y,;quando K e w são si, - -
mul tanearrente ze ro. Quando isso acontece, diz -se que o àifratônetro
está alinhado.
1.3.-"'Determinação da matriz orientação eindexação das reflexões.
o sistema de coordenadas xyz fixo à cabeça goniométrica
coincide com o sisteITa XYZ fixo ao CAD4 (ver figura 1-2)
todos os ângulos difratométricos são nulos.
quando
Após se obter as coordenadas de UIT certo número n«25)de
reflexões, calculam-se os seus respectivos vetores recíprocos (R.)-Jem coordenadas xyz do sistema fixo à cabeça goniométrica e determi
na-se a cela reduzida que define a rede do cristal. Essa cela e
definida como sendo a que possui as três menores translações .nao
coplanares da rede, cujos ângulos interaxiais são todos agudos ou
todos obtusos. Para cada um dos 14 tipos da rede de Bravais, exis
tem um ou mais tipos especificos de celas reduzidas corresponde.!!.
tes, e inversamente, encontrando-se que um cristal tem um tipo es
pecífico de cela reduzida, o tipo de rede de Bravais e o retículo
cristalino são imediatamente identificados (8,9).
o processo para se obter a cela reduzida é constituído
das seguintes etapas (11):
i) Forma-se um conjunto (V) contendo os vetores reciprocos R. ,-J e
,
10
as somas e diferenças, R.+" de cada corrbinação de dois vetores~ J
recíprocos. Una prirreira natriz orienta.ção, R(3,3), é encrntzada consti
tuindo-se das coordenadas x, y e z dos três nenores vetores es
palhatrênt.o não coplanares e "rrais ortogonais 11 possíveis··, C(1)
~(2) e ~(3), os quais caracterizam a cela reduzida. O critério
de"mals ortogonalll ~ dada pela relação
C(l).C(2) (1-2)
ii) A cela reduzida direta é calculada é normalizada de ~odo que
A"::'B"::'C, o volurre seja positivo e os três ângulos
iii) Os índices preliminares sao calculados por
sejam todos
x.h .l.
.(.
-1 I k. I(1-3)R(3,3) . y. =l. .{.
z..t.
l..(.
Geralrrente essa matriz é só aproxi:mada e os índices sao
fracionários; um fator comumde rrultiplicação é calculado, e todos
os índices são multip.li'cados por ele para se tornarem o mais J:::ró
ximo possível de núrreros inteiros
iv) Após os índices serem calculados é realizado 1.1m refinarrentopcr ror
nimos-quadrados para a rratriz orientação com base nas reflexões
encontr adas .
v) Os índices são recalculados a partir da nova matriz orientação,
e os ângulos que dão os desvios entre os vetores recíprocos ob
servados e calculados são fornecidos como UITa indicação da qu~
lidade dos dados.
A análise dO tensor métrico perwite obter a matriz tran~
forrração T para a cela unitária convencional (9). As operações p~
ra a transforrração são dadas a seguir:
Cefine-se
A
11
AI = I B vetores base da cela reduzida no espaço dire
C I to
A*
B' = I B* vetores base da cela reduzida no espaço reci
Ç*I proco
VI = Volume da cela reduzida direta
h'
H I = I k.'
f'
índices de IPiller para a cela reduzida
DI = A12 = Ai • AIt tensor rrétrico da cela reduzida
A, BI VI HI D sáo os correspondentes para a cela trans
formada
Então: A == T AI
V =IT1V'
(1-4.a)
(1-4.b)
(1-4. c)
H = T H' (I -4. d)
12
(I-4.e)
Encontrada a cela unitária, procede-se a medida das in
tensidades das reflexões, como será visto a seguir.
r. 4. Coleta e redução de dados
De posse da matriz orientação, é fossível proceder-se a
coleta de dados automaticamente através de UIr_arotina que possui CB·
- -~
racterísticas que capacitam a configuraçao do sistema. a cada pr~
blema especí fico.
Os índices das reflexões a serem rredidas podem ser deri
vadas de três rrodos:
a) Por urna.rotina "ZI G-ZAG"que mini miza o movirrento do goniôrretro;
b) De uma lista previamente preparada;
c) Individualmente, especificado pelo operador. Os pares de :J'rilclel
podem ser medidos com um mínino de novirrento do goniôrretro. Ex
tinções sistemáticas podem ser especificadas a partir de urra ex
tensa lista de condições pre-estabelecidas.
A coleta de dados se dá numa faixa angular e
relo operador.
desi gnada
Umsofisticado controle de orientação e intensidade, u
sando para isso uma lista de re flexões, inclui a habi lidade dere
calcular a matriz orientação ou parar a coleta se o cristal nao
puder ser recentrado apropriadamente e/ou as intensidades das re
flexões de controle caírem abaixo de UIra fração específica de seu
valor ori ginal.
13
As rredidas das intensidades integradas devem ser otimiza
das com a definição de diversos parârretros físicos que afetam o ar
ranjo experirrental. Esses parârretros devere ser escolhidos tendo em
vista duas condições antagônicas: a maximização da relação' sinal -
ruído e a minimização do tenpo de rredida.
As varreduras angulares (w-28 ou qualquer outra conve
niente) deverr ser criticamente estabelecidas para se ter certeza
de que:
a)A reflexão foi conpletamente varrida.
b)
A radiação defundo é corretamente estimada.
c)
/1.- radiação defundo não é afetada pela presençadas
re flexões vizinhas. rO ângulo de varredura(AV)é dete rminado por
AV= AVA+ AVBt 9 8 (1-5)
onde AVAdepende da mosaicidade do cristal espalhador e da di ver
gência do feixe incidente e AVEé a parte constante da função usa
da para calcular o alargarrento da reflexão devido ao fracionamento
em8, dada a presença de mais de um conprinento de onda (KCtI, KCt2)
e
AVE= ÀKCt2 + ÀKal
ÀKCt2
360(1-6)
A varredura é estendida em 25%para cada lado para a rre
dida da radiação de fundo. A posição da reflexão é calculada u
sando o valor médio dos comprimentos de onda (ÀKCt)
(1-7)
A abertura do detector é definida pelas dimensões da fen
14
da, cuja altura está fixada manualnente em 4'mIn. A abertura
zontal (AR) varia durante a coleta conforme a relação
AH = ARA + ARB tg e
onde ARA e AHB sao constantes.
Ao varrer uma reflexão, faz-se:
hori
(I-8)
1. Uma rápida pré-varredura, para otimizar o tenpo, com velocidade
(PV) dada por
PV = . 2'0
NPV
, . -1graus.nu.n ',.. (I-9)
onde NPV é constante.
2. Compara-se a intensidade integrada (IO) com o seu desvio p~
drão, ou seja,
onde
a (Ie»a ==
I:o= Im - 2 (Bkl + Bk2)
a(Io) = (Im+4(Bk2+Bkl»1/2
(I-IO)
(I-lI)
(I-12 )
Bkl e Bk2 : intensidade da radiação de fundo à esquerda
e à direita do pico respectivamente.
Im: Intensidade nedida (12)
A inportância na obtenção de a(Io)está no fato de que a(IFoi) deri va
do dele é utilizado no refinamento da estrutura quando é aplicado
o sistema de pesos, e no :cálculo dos desvios padrão dos
tros atômicos (Ver cap. III).
15
parâ~
3. Se a relação es·tá·acima do limite estabelecido (aI e a2, al>.(2),
ou seja, a > aI' a reflexão é considerada não observada.
4. Se a Delação está abaixo do limite (a < (2), a intensidade obtida é considerada satisfatória.
5. Se aI > a > a2, será realizada urna nova varredura a fim de seobter uma nedida 'final mais precisa, a qual é feita cuidadcsanen
te, e para cada re flexão é calculada a velocidade adequada da
seguinte maneira:
a) Estabelece-se um tenpo máxirro limite (T ).max
b) Calcula-se o parânetro para o valor máxirr:ode varredura per
mitidó (NT )ma x
NTrnax'-T. ma:x
3AV
(I-13)
c) Calcula-se o parânetro para a velocidade final, Nf, baseado
na pré-varredura e no a2 estabelecido
Nf = NPV 1~2] 2
(I-14 )
d) Corrpara-se Nf e NT e utiliza-se o nenor valor para a varmaxre dura final.
Redução de dados
Baseado na teoria cinemática da difração de raios-X, po
de-se demonstrar a seguinte Delação(13)
16
2
I ~ .IFa~1 (1-16)
onde I não ~ a intensidade medida. A re1aç~0 entre a intensidade
observada (integrada) Io e I é a seguinte:
I = Io
Lp
(I-17)
sendo Lp o fator de "lorentz-polarização". Essa mesma relação (1-
17) é válida para o desvio padrão da intensidade.
·r·
Fator de "Lorentz
o fator de Lorentz (L) corrige a diferença introduzida
pelo fato dos pontos do retículo recíproco atravessarerr. com veloci
dades diferentes a esfera de Ewald. No caso de ser usado um difra
- 4 ~ l' - - (14)tornetro de Clrcu os a expressao para L e
L = 1sen28
(1-18)
mas ela varia dependendo do arranjo experimental utilizado na co
leta de dados (urna tabela completa de expressões foi fornecida por
Bueger( 15)) •
17
o raio-X espalhado por umcristal ~or.na-se elipticamente
polarizado. No arranjo experimental utilizado ele é espalhado duas
vezes, primeiro pelo cristal nonocromadore em seguida pelo cris
tal estudado. Isto produz umaredução na intensidade do feixe de
raios-X por um fator "p", conhecido comofator de polarização.
Dois casos limites podemapresentar-se dependendo '_ da
qualidade do cristal monocromador(l4).
a) O cristal monocromadoré perfeito, então a expressao
para o fator de polarização é
(1-19)
b) O cristal monocromadoré do tipo mosaico
(1-20)
onde em é o angulo de Bragg para o cristal monocromador(=12,20 pa
ra a radiação de Moe cristal de grafite), e 8 é o angulo de Bragg
para a reflexão ~.Para ela, Pl 'I P2' e maior será a difezença à
medida que 28 se aproxima de 900•
O fator de polarização é calculado por
(1-21)
onde "c" é um coeficiente que depende da mosaici dade do cristal IrO
nocromador e é zero para umcristal inperfeito e 1 para um cristal
perfeito. Para efeito de cálculo, é atribuido a ele o valor
0,5 por ser muito difícil de ser avaliado experim=ntalmente.
18
Finalmente, as correçoes para os fatores de Lorentz e de
polarização são geralmente .feitos simultaneamente usando wr.a COIrbi
nação das equações (1-18) e (1-21):
Lp = [cp + (l-c) p 1012 1-sen28
(1-22 )
o desvio padrão de IFo~1 é derivado usando a seguinte lá
gica
21 Fbohl aoI FOO~hl = k od I- o'
dividindo (1-23) por (1-24) fica
(1-23)
(1-24)
k I =
k d I
IFO~_12
21 Fc"~I a IFO~I
I =_ IF~!tIa (I) 26.1 Fo;h-I
.=:> aIFO~1 = J~,o~l a(I)2 I
(1-25)
19
CAPITULOII
SINTESESDEFOURIER
Foi visto no capítulo I a teoria do procedinento . e>:per~
nental, em uso neste laboratório, para obtenção dos dados que sao
utilizados nos cálculos de deterrrinação de estruturas cristalinas
por di fração de raios-X. Resta agora saber corro utiliz ar esses da
dos.
Algumas das ferranentas teóricas rrais inportantes nesses
problemas são: transformadas de Fouri,er e nétodos de rnínimos-quadra
dos.
Nesse capítulo serão vistas brevenente algumas aplicações
específicas de transformadas de Fourier na cristalografia de raio~
X, a saber: síntese de Fourier, síntese de patterson e síntese de,
Fourier-diferença (ou síntese diferença). Quanto ao nétodo de InÍni
mos-quadrados, será visto err. detalhes no capítulo III.
A síntese de Fourier consiste no cálculo da densidace e
letrônica de um cristal, p(E), através da transformada de Fourier
da anplitude da onda de raio-X espalhada, F(~), por todo o volune
do espaço recíproco (V*), onde nos pontos da rede recíproca
F(S) = Fhki/V, e fora deles F(S) = o, ou seja
+~
p(r) = 1 LLL FhLO exp(-2TIiS.r)V hki ~~ - --~(II -1)
20
onde
FhkL: fator de estrutura
P (E) : densidade eletrônica expressa em elétrons por unidade de volune
S : ha:*+ kb*+ Lc* (vetor recíproco)
r : xa + y~ + zc
x, y, z : coordenadas fracionárias de um ponto da
unitária~
cela
o problema na determinação de estruturas cristalinas con
siste essencialnente en: calcular a densidade eletrônica, ,··e obter
da análise de seus náximos, as posições atômicas na cela unitária.
o fator da eS,trutura é dado por
FhkL =
N1:
j=lf. exp[ 2~i(h~: + ky. + lz.)]JJ _J ,J
(11-2)
onde "N1'.é o núnero de átomos por cela unitária e
de espalhanento para o f9 átono dado por
"f."J
é o :fiato r
(11-3)
sendo que a exponencial é conhecida cono fator de tenperatura e
"U" é a anplitude nédia quadrada de vibração,
o f. é o fatordeJO
forma para o j 9 átomo em repouso e vari a com.< sene) (Ã,seapr~
minando do núnero atôIPico à nedida que "a" se aproxima de zero.
Em cristalografia se faz comunente as seguintes supos!,
21
çoes: a) O conprinento de onda àa radiaçãoé nuito nenor que a ares
ta de absorção do átomo; b) A distribuição eletrônica em um átomo
é esfericanente sinétrica. Se a prineira condição não óé satisfei-
ta, é necessário a correção: para dispe
mapara o -j9. átono.
f~ = f. + 6f' + i6f")0 )0
, ficando o fator de for
(II-4)
onde 6f' e 6f" (partes real e irraginária da correçao para dispe.E
são) dependemapenas do conprinento de onda da radiação usada.
Existe umângulo de fase'~hkl' associado a cada fator deestrutura,.tal que
(II~5)
a densidade eletrônica (eq. lI-I) fica
p (x,y,z)= VI1:1:1:' IFhh11 exp(i~hkl)exp[-21Ti(hx + ky + lz)]. hkl
(II-6)
Para o cálculo dessa equação, é necessário conhecer os
mSdulos dos fatores de estrutura e seus respectivos ângulos de fa
se, nas sonente os IFhkll podemser obtidos experinentalnente atr~vês das intensidades dos feixes difratados. Esse fato é conhecido
COrrD"problema das fases" em determinação de estruturas cristalinas.
A seguir será rrDstrado corroesse problema pode ser solu
cionado, em casos favoráveis, através da função de Patterson e do
método do átomo pesado.
22
11.2. Síntese" de patterson"e" "método"do átomo pesado
A função de Patterson, P(u,v,w), é a auto-correlação da
função densidade eletrônica p(E), ou seja
P(u)= p(r)*"p(r)=(p(r)p{r+U)dV=ll:l:l:!Fhk.lI2cos[2n(hu + RV" + lw)]- - - J - - - vhk.l "
(11-7)
Vê-se da equação (11-7) que a função de Patterson é cen
trossimétrica. Cornparando-a com a função densidade eletrônica (II-
6), tem-se que, enquanto (11-6) mostra a distribuição dos átomos
na cela, ou seja, tem picos nas posições atôrricas, a síntese (11-7)
tem picos correspondendo a vetores interatômicos. Isso significa
que um pico no ponto (u,v,w) em um mapa de Patterson, calculado de
(11-7) indica que existem átoIróS no cristal nas posições (xI'YI,zl)
e (Xi' Y2,z2) tal que:
(II-8a)
(II-8b)
(1I-8c)
Para uma molécula contendo "N" átomos por cela unitária,
um mapa de Patterson irá mostrar N2_N picos distribuidos pela cela
e mais N, correspondente aos vetores nulos, que estarão
tos na ori gemo
superpo~
A cela na síntese de Patterson teIT.as mes~as dimensões
que a cela do cristal, portanto, a densidade de picos é bem maior
que na síntese de densidade eletrônica, e existe uma grande quanti
dade de superposição, a qual é acentuada pela rraior largura intrín
23
seca dos picos de Patterson quando comparadas com os picos de den
sidade eletrônica.
Por essas razões, um mapa de Patte rson, de UIra molécula
com um número moderado de átomos, provavelmente apresentará picos
muito difusos produzidos por uma considerável superposição. Entre
tanto, é possível IIK>dificaro mapa para aproximá-Io do ideal atr~
vês de um processo conhecido COIlK>"shappening" (16)no qual se re
duz grandemente essa supeJ:posição..
.. ""Sharpen1ng
Se todos os átoIlK>sfossem de volume suficientemente p~~
queno como para serem considerados essencialmente panbliUs o alar
gamento não ocorreria e o mapa de Patterson consistiria teoricamen
te de picos correspondendo a vetores interatômicos. Uma das carac
terísticas de um "átomo puntual" é que o fator de espalhanento é
independente de sen6/À ~ igual ao SEm. número atômico Z..
Um "sharpening" exato não é possível de se obter, mas
u.maaproximação comum que satisfaz para a maioria dos casos é subs.
tituir o IFOl2 em P(u,v,w) por IFptl2 dado por
IFptl -
N}: z·j=l J
N~xp[-B(sen26)/À2J }:
j==lfOj
IFol (II-9)
o peso de um pico de Patterson é proporcional ao produto
dos números atômicos dos átomos correspondentes ao pico. A constan
te de proporcionalidade (k) necessária para relacionar um pico ao
correspondente produto dos números atômicos ê obtido do pico da o
rigem, cuja altura ê
P(O,O,O)'N
- k L
- .. j=lZ2j (11-10)
24
A maior importância dessa relação pico-altura para os
propósitos em consideração é que os picos correspondentes a veto
res entre átomos pesados aparecem com seus pesos proporcionais ao
quadrado de seus números atômicos, sendo facilmente identificados
entre os picos correspondentes aos átomos pesado-leve ~ leve-leve,
ficando fácil a sua localização.
Método do átomo pesado
SupC2:!seum cristal com um número pequeno de átomos de
grande número atômico (NP) e um grande número de átomos de pequ~
no. número atômico (NL).
Caso centro-simétricoi
O fator de estrutura pode ser escrito como
F = Fp + FL (11-11)
onde os subscritos P e L se referem aos átomos pesados e leves~s
pecti vamente.
Para uma boa aplicação do método, é necessário que se sa
tis faça a condição de que F e Fp tenham o mesmo sinal para um gra~
de número de reflexões. O número real de fatores de estrutura , F,
tendo o mesmo sinal de Fp ,pode ser calculado em função do número
e tipos de átomos na cela unitária. Um parâmetro adequado errefunção
do qual os resultados podem ser expressosé definido por (17)
(11-12)
A maneira na qual a fração (N) de fatores de estrutura
25
com sinal determinado pela contribuição do átomo pesado varia com
rI é dado na figura lI-I.
100,
~•
4
FIGURA lI. I ~ FRAÇl0 DE FATORES DE E STRUTURA COMSINAL DETERMINADO POR UM 'TONO PESADONA MOLÉCUL~.~
Caso.não.centrosslmétrico
Seo ~gulo de fase real de um fator. de estrutura é <fi e
a fase calculad·a na base de;>.átomo pesado. é 'B' entãó o' erro· e
';~'p'e. d:aria 'ent~re::~(.1800. A maneira na qual a fraçãoN(~) de fa
tores de estz:utura comerms nas ânS/l.1losde fase en11rE?:. +.~ vària'com rI esta
26
ilustrado na figura 1I-2para S=200, 60°, 100°, Pode-se ver, por
exerrplo, que quando ri = 1; 38% dos erros estão na faixa de +20oen
quanto que para rl=2 a proporção confinada nesta faixa aumenta pa
ra 67%.
o
r2 3
FIGURA Il.2 - N (~). EM FUNCÃO DE 'I •
Tem-se, nos dois casos, que o ·ângulo da fase calculado
com base no átomo pesado é wais próximo do real à medida que rl
aumenta, e <p pode ser aplicada e 11'. uma síntese de Fourierpse localizar os átomos leves, onde esta fase é dada por
para
(II-13)
onde APJ~ e Bp,~ são as corrponentes real e imaginária, respectivarre~
te, do fator de estrutura calculado apenas com o átomo pesado.
Esse nétodo é mais eficiente quando o fator-r
NPZ2E
p=lP
r =NL
z2 (II-14)E
L=lL
for próximo da unidade (l8) , 0nde Z. é o número atômico do átomo i.~
Se "r" é grande, a contribuição cD átono pesado.tenCea enco
brir a contribuição dos átomos leves, os quais podem não ser. fa
cilmente localizados nos mapas de densidade eletrônica. ,Por outro
lado, se "r" é pequeno, a fase calculada pode ficar longe do valor
desejado e o mapa de densidade eletrônica será muito difícil de
ser interpretado.
Umaoutra ferramenta utilizada na determinação de estru••
turas cristalinas, e mais poderosa 'que a síntese de Fourier, é a sín
tese de Fourier-diferença. Alguns erros presentes no modelo estrutu
ra'l não são revelados pela síntese de Fourier;' tais como:
i) . .A:tomosem posições conpletamente erradas tenderão a
reaparecer na síntese de Fourier com as mesmas coordenadas fracio
nárias, mas às vezes com uma densidade eletrônica comparativamente
baixa.
ii) Atomos corretamente posicionados podem ser estimados
ou com número atômico errado (C por N por exemplo) ou com fator de
temperatura errado.
Nessas circuntâncias, uma síntese de Fourier-di ferença
(ou mapa diferença) é valiosa. Simbolizando uma série de Fourier
27
28
com coeficientes I Fhk..e.\ observado (=\Fo~l) por Po (E) e com
IFhk..e.l (=1Fc~l) calculado Pc (E), a síntese de Fourier-diferença
~p(E)' é dada por
Lip(x,y,z)=lrrr(IFo:hl-IFchl)exp(i<l>·h)exp~21fi(hx + ky + ..e.z)]vhk..e. - --
(11-15 )
onde a fase ~h é calculada com o modelo estrutural
mente pode constar apenas do átomo pesado.
que eventual
o mapa diferença possui algumas propriedades úteis, tais
como:
a) Atomos incorretamente posicionados correspondem a re
giões de alta densidade eletrônica em Ir p " e baixa densidade err.c
·fi; portanto Lipé negativa nessas re'giões.o
b) Um átomo corretamente posicionado com número atômico
pequeno ou com fator de tenq;>eratura alto aparece como~ .üm.:· pe
queno pico positivo em ·Lip.
·picos negativos em Lip.
A .. situação' inversa produz
c) Um~átono..que requer uma pequena correção na posição, ten
de a se situar em uma área de pico ne gati vo ao lado de um pequeno
pico positivo. A correção é feita movendo o átomo em direção à
área positiva.
d) ~tomos muito leves, corno o hidrogênio, podem ser reve
lados por uma síntese Lipquando as fases estão muito próxiroas dos
valores corretos, normalmente após osrefinamentos mínimos-quadradffi
terem sido realizados. Pode ser vantajoso usar reflexões para as
qua~s (sen 6)(À é menor que 0,35, devido a que o espalhamento pe
Ias hidrogênios é desprezível acima desse valor.
,
29
CAPITULO rrr
REFINAMENTOS r.1!NIMOS QUADRADOS
]11.1. O método
Na maioria das situações experimentais defronta-se com
sistemas de equações onde o número (ro)de equações que representam
as observações (bm), é diferente do número (n) de parâmetros (Pn).
Seja o sistema
arnl Pl + ••• a P = bmn n m
(111-1)
onde a .. e b. são fornecidos. Se m<n, não existe solução única pa1J 1 -ra o sistema. Se m=n o sistema será resolvido exatamente, mas a so
- -, .- .. - ~luçao nao da qualquer eV1denc1a da preclsao, nem de b. e nem deJ
P. derivada delas. Se m>n a situação é sobredeterroinada e não seJ
pode, geralmente, satisfazer a todas as equações exatamente· S.esse
caso, devemos definir a solução que rrelhorsatisfaz o sistema em
questão.
Um dos métodos utilizados para isso é o "Método dos míni
mos quadrados" (19) que define a melhor solução como aquela que
minimiza a função M dada pela soma do quadrado da diferença (d.)enJ -
tre 'o valor observado e o calculado para a função, ou seja
d. =]a. P - b.
Jn n J(III-2 )
30
em
M = 1:
j=ld2j (III-3)
quando todas as equações II1-2 são lineares, independentes e de
igual credibilidade. Pode ser, entretanto, que uma dessas equ~
ções tenham um desvio (d.) duas vezes maior, por exenplo, que o deJ, 2 _ 2
outra (d.); o correspondente valor de d. sera 4 vezes maior que d.~ J ~
e é preciso dividir esse valor d~ por 4, antes de adicioná-lo emJ
M, para se obter uma função mais apropriada. A função minimização
(M) deve ser
mM = 1:
j=lw. d2
J j (I1I-4 )
onde o peso w. é proporcional ao recíproco do quadrado do erro- . J
contrado (em termos estatísticos, o recíproco da variança) na~
equaçao. A função M está em um mínimo com relação a Pi quando,en
.aJ.
aM
ai? ~.~
= o (III-5)
o que fornece a equação normal com relação a Pi
m m m m
1:ow.a.la"Pl+ •••+1:-w.J .. P.+•••+1: w.a. a.iP =1: w.a.ib. (11I-6).-1 J J J 1. •-1 J J ~ 1. •-1 J Jn ) n .-1 J J )J- _--J- J- J-
Existe uma equação dessetipopara cada um dcsn parâmetros ,
formando assim um sistema de n equações e n incógnitas, que
ser resolvido exatamente para os P. que minimizam M.J
pode
31
Foi visto no capítulo lI, como localizar os átomos den
tro da cela unitária, ou seja, partindo das intensidades das refle
xões, que são os únicos dados medidos, encontra-se os fatores de
estruturas observados (IF021) e através do método do atomo pesado
ou li métodos diretos" de determinação de fases, calcula-se o mapa
de densidade eletrônica que fornece um modelo de estrutura.
Com esse modelo calcula-se o fator de estrutura (equação
1I-2). Compara-se o valor observado com esse valor .calculado
IFchj· o qual varia de maneira altamente não linear com relação aos- ~
parâmetros.
Sendo "n" o número de parâmetros e li ml~o número de fato
res de estrutura observados.
o fator de estrutura deve ser li ~arizado'" C'esenvolvendo-o
em série de Taylor em torno de valores iniciais aproximados para os 4
parâmetros atômicos P (dados pelo modelo estrutural) e desprezando
os termos de ordem superior à primeira. Cada átomo possui 10 pará
metros atômicos (3 posicionais, 6 de '.vj;bração e o fator de ocupa
çao.
Ao desenvolver em série de Taylor, tern-se que (IFC~I)cal
,culado com esses valores é IFc~.1o ' logo:
n ( 00I Fc:hl=1 Fc.hl +~ (p .-P. ) efJ FcbLi t E- - o J'=1 J Jo . K=2. j) P.J
tas de
çao acima
32
Pode-se desprezar os termos da somatória dupla na equa
desde que (P. - P. ) é pequeno e as derivadas mais aIJ JO
IFchl não são suficientemente altas. Os parâmetros P.- J
precisam reduzir a zero as discrepâncias entre IFol e IFCI, então
tern-se IFC~I = IFO~I. Com isso, fica-se com:
(III~B )
onde E. =(P. - P. ) é o desvio do j9 parâmetro, e j varia de 1 a ~J J JO .
As equações 111-8 são chamadas de "e'quações observacionais
do fator de estrutura" (EOFE) •.
A equação minimização será
2 2M = í: Wh(jFOhl-/FCh/) = í: wh b.h
h ~ - - h(111-9 )
onde Ô'h = I Fo~1I Fchl- o
(111-10)
Substituindo 111-8 em 111-9, derivando com relação a ca
da parâmetro e fazendo igual a zero, ou seja
aM
ap.1.
= O ,i = i, ••••• I n (111-11)'
tem-se para pequenos desvios ~., as equações normais dadas porJ
ní:j=l
c ..1.J
~. = d.J 1.
, i = 1, ,._ .. , n (III-12.a)
ou na forma matricial
onde
CE = d
di == h w~ lt~(_~I_FC_~I)- d P.
1. o
(III-12.b)
(111-13)
(111-14)
33
W a: (III-15)
calcu
e C é a matriz quadrada de ordem n (matriz normal) formada .pelos
C •. , E é a matriz coluna formada pelos E. e d é a matriz coluna for1.J - J
mada pelos d ..Jsão essas equações que devem sei resolvidas para
lar as correções dos parâmetros do modelo. Por terem sido ignorados
os termos onde n >·2 em 1II-7~ a solução não é exata e pode até
acontecer de ter como resultado um conjunto de parâmetros piores
que os iniciais. Felizmente, a linearidade de IFcl com os parame
tros é boa em uma pequena faixa de desvios de posições, e ambos os
métodos de Patte rson e "diretos" de dete rminação de fases normal
mente fornecem posições que são suficientemente precisas para pre
vinir divergências nos refinamentos mínimos-quadrados. Como o méto
do conver ge, mas não dá. ajustes exatos, é necessário repetir os
cálculos até ficar claro que mais um ciclo de refinamento irá dar
desvios insignificantes, ou seja, que a convergência wáxima está
garantida.
Verifica-se a convergência para cada parãrnetro atrávesda
razao.
E....J
a (P .)J
34
(111-16)
o refina~ento normalmente é considerado completo quando
esse valor é da ordem de 0,02.
III.2.2 Os valores de aIFcl/ap.J
O fator de estrutura pode ser escrito como
ou
onde
Fh=Ah + iBh = IF~lexp lia.(~) I
IBC~I = A cosa. + B sena.
A = L L A = L Ar s rs ~r r
B = L L B = L Br s rs s r
(III-17)
(III-18)
(III-19)
(III-20)
onde A é a contribuição para A de um átomo "S" relacionado comrsum átomo 11 r" por sirretria, e Ar é a contribuição para A do
11 r" e seus equivalente por simetria. B e B são de finidosrs rlarrrente. Se Pi' é um parâmetro do átomo 11 r". tem-se que:
átomo
simi
dArdP. dP.1. 1.
d'B+ . r,cosa. -- sena.
d P.~
(III-21)
Para vibrações anisotrópicas, te~se
35
cos !2TI(hX + ~y + lz )] (111-22)rs rs rs
onde
C : fator de escala. geral para todo conjunto Pc
nr : fator de ocupação do átomo r
f : fator de 'espalha!Thentopara o átomo em repousore
U .. e x : denotam parârretros dosátorocsrelacionados por~Jrs rs
tria com r
B é definido sirnilarrrente, ou sejars
áirre
B = GIl f exp [..•] sen [.••1rs r r .
Para vibrações isotrápicas a exponencial fica
exp [ -2 ~2 Ur (2sen8(À)2 1
111.2.3. Influência da sirretria
(111-23)
(III-24)
Qualquer operação de sirretria é uma corrbinação de uma
matriz rotação R(3x3) e um vetor translação t.
Então as coordenadas de "s" sao
x = Rx + t-rs -r
(111-25)
36
Comoconsequência, o argurrento do 11 cos" em 11 Ali, deixan- rsdo de lado o fator 2~, pode ser escrito:
h x = h • (Rx + t)-rs - -r x + t-r s (111-26)
onde hR = (h ,k. ,l ) é um conjunto de 11 índices equivalentes"- s s s
e ts = ~ . ! é uma quantidade escalar, independente do átomo particular "r" da unidade assirrétri·ca.
Os índices equivalentes podem ser usado exatanente da
nesma maneira no argunento da exponencial anisotrópica. Então
e
B = Ql f exp [ ••• ] sen [••. ]rs r r
Alguns valores particulares de aA /ap. e aB /ap .•- r J r J4.
a) Fator de ocupação
(111-28)
= exp[ •..• 1 cos[ .•• 1=~Ars -nr
A-rnr
(111-29 )
(111-30)
b) _Yibração isotrópica. geral (U é igual para todos os átomos)
-~ ~ _2~2(2 sen8(À)2IFCIau
)
(111-31)
c) Fator de escala geral
37
=~G-
(111-32)
d) Coordenadas atômicas
aAraxr
= E -21T h. Bs s rs
(111-33)
d'Br = E -21TkS Ars.llx sr
e) Vibração atômica isotrópica
(111-34)
.dAr =au r
(111-35)
dar =
dU r
f) Vibração atômica anisotrópica
. ,dAr
dUllrs
(1II-36 )
(III-37)
aullrs
etc•••
aBr 2 2 .2 B= E -21T k a rss s (III-38)
38
onde as somatórias são sobre o conjunto de operações de simetria
incluindo a operação identidade. Portanto, as derivadas de
Br envolvem somatórias de múltiplos de A e B ,o que irárs rs
litar bastante os seus cálculos.
eArfaci
Este tratamento é adequado para posições equivalentes ~
radas por rotações, reflexões, eixos helicoidais e planos de desl!
zanento. Mas para translações puras em celas não primitivas ou com
centro de sinetria na origem, é conveniente introduzir ull'a multi
plicidade apropriada M (= I para celas:~, = 2 para A, B, C ou I.
= 4 para F, = 3 para R) de nodo que A é redefinido como:rs
,
= MG nr exp [••~] cos [•••] (III-39)
Brs = MG nr - fr exp [•••] sen [··.1
III. 3.~todo dosmín"imos"qu"adradoscom restrições
(III- 40)
~
Algumas vezes, a velocidade e o raio de convergência au
nentam nos estágios iniciais de uma análise, ao fixar um grupo de
átomos em posições que representam uma molécula de geometria co
nhecida ou específica, e refinar a posição desse grupo na cela. Ca
so os dados disponíveis não são de boa qualidade ou sao poucos em
relação ao número de átmmos, é reconendável reter esses restrições
nos estágios finais.
Um método bastante satisfatório foi desenvolvido por
Waser f20)no qual a função minimização é:
(III-41)
paraonde fk e.gk são respectivamente a função calculada com os
metros e o valor desejado para essa função.
Por esse método é possível aumentar ou diminuir as res
triçõ.esa qualquer grau desejado variando os pesos para as 'equa
ções observacionais condicionais (EOC), as quais, obtidas de ma
neira similar às EOFE, são:
39
n . (af ),IWk [q., - fk (-Plo···P )J =IW:kL ~ ('P. _.p. )
~K no i=l ôP. ~ ~o. ~ o
(111-42)
VAssim, obte~se "l" equações para cada restrição imposta.
Substituindo-se (111-42) em
j=l.••, m obtem-se as equações normais.
(111-41) e fazendo aM!a·p.=0,)
(111-43)
onde c .. e d. é dado por _(111-13) e (111-14) respectivamente.,e "~) )
(111-44 )
J.) (111-45)
í'
que.devem ser resolVidos para os desvios f/. = p. - l?.•) ) )0Os pesos para as EOC são dadas por
(111-46)
onde a(gk) é o desvio padrão estimado para a "função desejada gk,e
40
o sistema de equações (III-43), escrita na forma ~tr~
, 1 ...C1.a e:
CE = b (III-48)
onde C, matriz simétrica chamada "matriz normal", é formada pelos
elementos c.' + a.. ; E é a matriz coluna formada pelos E. e b e a1.J 1.J - ,. 1. -
matriz coluna com b. = d. + t .. Se não estão sendo aplicadas resJ J J
trições, então, ~~14e {, = O para qualquer i e j, e 111-48 fica"J JJ
igual a 111-12.b.
111.4. Âtomos em posições especiais
Frequentemente é .necessáriorestringir conponentes dos. J
fatores de temperatura anisotrôpicos ou parâmetros posicionais pa
ra átomos em posições especiais, como por exemplo uma posição (X,
2X, z) em um grupo hexagonal. A variável independente X é uma fun
ção das coordenadas 'x' é 'y',de modo que nos cálculos de wínimos
quadrados tem-se que
~
a X=~+2'~
ax ay(111-49)
Problemas semelhantes ocorrem com os parâmetros de vibra
çao U .. e as restrições impostas sobre elas pela simetria local1.J
foram descritas, para todos os sitios em cada grupo espacial, por
(21)Peterse e palm .
41
Suponha que um átomo sobre uma simetria local b, por e
xemplo (1/3, 2/3, 1/4) e (2/3, 1/3, 3/4) no grupo espacial P63/m ,número 176 da International Tables for X-Ray crystallography(22).
Tem-se que Ull = U22 = 2U12, e 2U23 = 2U13 = O. Introdu
zindo uma variável livre Vll = Ull' a derivada com relação a elasserá:
~=
d VIl
.~+~+~
d Ull d U22 d(2U12)(111-50)
111.5. EspalhamentoAnômalo
Desprezando-se a componente imaginária t!.f" do espalhamen
to anômalo em grupos espaciais polares, pode-se originar erros bas
tante sérios nas coordenadas atômicas (23).• Para esses mesmos gru
pos espaciais, .se o erro máximo aceitável é 0.00'5: R, pode-::-se des
prezar t!.f" somente se a estrutura não contém elenentos mais pesa
dos do que o oxigênio quando se utiliza radiação de cobre, ou do
que enxofre com a radiação de :mdl"ibd;nio' (J4~ Nestas condições, é
conveniente a inclusão de t!.f" para esses átomos nos refinamentos mí
nimos-quadrados.- .
Para grupos espaciais não ceI?-trossimétricos com espalh~
mento anômalo têm-se que If. ~ I ~ IF'~\ • g conveniente tratar h
e -h como um par nos re finamentos mínimos-quadrados., senp:te que
se der a observação de anbas as reflexões. E para centros simétricos
IF fi·1 = I F ~r mas a fase a.(~) = a.(-~) não está restrita aou Tr.
zero
Para átomos com espalhamento anômalo, a correçao para
dispersão real, t!.f~ está incluida no f ordinário. Para a compone~
42
te imaginária, ii1f", define-se a contribuição para o fator de es
trutura como sendo:
c = MCn Afll exp [•.. ] oos [ ..• ]rs r r
D = MGn 6 flr e xp [ ••• ] sen [ ••• ]rs r r
que e análogo à equação (III-22). Então obtém-se:
= (A - D) + i (B + C)
(111-51)
(111-52 )
(111-53)
onde a somatória para C." e D:'. '5 se es tenderá sórrente sobre os áto, rs r -
mos anômalos. Em termos de A:.v. = A: . (h) , A = A(h) , etc, a expres.LS rs - - -sao para F h e
Fh = [[ [(A + D , ) - i (B ;, - C", )] =rs rs rs rsrs
= (A + D) - i(B - C)
o ângulo de fase é dado por
ts a(h) = B + CA - D
(111-54)
(111-55)
ts a.~) - (B - C)
A + D
(rrr-56 )
e p~ra uma estrutura central sirretrica,
tg a(h) = tg a(-h}. ~ C- . - - A
43
(111-57)
Os cálculos mínimos-quadrados são governados pelas se
guint-es ·:análises
IFI = (A - D) cosa + (B + C) sena (III-58)
Então a derivada com relação a qualquer parânetro "P" é
aF
ap = (}A _ a~\ cosa + (aB + lS.)\ap ap) ap ap
sena (111-59)
já que os termos originados da diferenciação de cosa e sen~ sao
nUlos_
Se x é um parârretro atômico eh é o índice equi valenr ·.s -te para a posição de sirretria "s", têm-se que:
aA /9 x = -2rrh. B:.rs r s rs (111-60 )
aB Ia x· =rs r 2rrh· Arss (111-61)
Definindo
ae/a x = -2rrh. D:rs r s rs
Q = (A:s·- D~s·)cosa + (B~~ + e~s)senarn r.
(111-62 )
(111-63)
(111-64)
(111-65)
44
tenr-se
ai Fc l/a xr
aI Fc Ilau11r.
= J'rs (111-66)
(III-67)
= l: G / nS rs r (111-68)
No caso anômalo, as contr~bu~ç~es nos refinamentos por
mínimos-quadrados de um único plano ~ são similares ao caso nao
anômalo para todos os estágios subsequentes aos cálculos
JrsPara o plano -h, é calculado um novo conjunto de
Jrs"
de G ers
G ers
G =(A +D }cosa(-h) - (B -c }sena (~h)'rs rs rs - rs rs ~.
J =(B -c )cosa(-h} + (A +D }sena (-h)rs rs rs - rs rs ~~
(III-69)
(III-70)
Os cálculos subsequentes (eq. III-66 a III-68) sao exa
tamente como para o plano ~, até mesmo é usado os índices ~, e nao
- h •.
III.6. Soluções das'eguaçoes'n'ormais
A solução das equações normais envolve um número bastan
te elevado de cálculos, o que torna-se praticarrente irrpossívelde
ser realizado sem a utilização de timcorrputador, e das rotinas de
programas que fazem parte da biblioteca do computador. Mesmo as
sim, a solução não étriviàl, pois 'su~ge a necessidade de se eti
mizar essas rotinas às necessidades cristal~gráficas a fim de eco
45
nomizar tenpo de cálculos e memóriado conputador. Uma considera
ção vital para isso é que a matriz normal é simétrica e que somen
te (1/2)n(n+l) elementos acima da diagonal,inclusive,devem ser gr~
vadas na memória do computador.O
Algumas dificuldades, relacionadas abaixor podem
as equações a se tornarem numericamente Si~làr,.. de roodeque
levar
os
mecanisroosque relacionam os parârce.tros atômicos aos parâmetros roi
mines quadrados devemser l::ieln design1ados.As causas mais comunsde singularidade sao:
1 - Refinar parâmetros fixes por simetria.
2 - Refinar comoparâme.tros independentes aqueles que
sao iguais por simetria.
3 - Refinar coordenadas de posi.ção, detados os. átomos da
estrutura na direção de um.eixo polar.~
4 - Refinar a posição de um sitio cujo fator. de ocupaçaofoi a zero.
Se O· parâmetro' em consideração não é dete'r Irinado pelos
dados, uma linha e uma coluna da matriz normal só não será zero
por causa dos erros de arredondamento nos cálculos computacionais.
Se dois parâmetros devemser iguaís, as correspondentes
linhas e colunas sérão identicas. Essas dificuldades ';:podem
contornadas por meio das rotinas de Gaussl (condensaçio. pivotal)
de Cholesky (decomposição de' matriz). Para isso, deve-se ter
ser
e
uma
46
matriz normal definida positiva, ou seja, existe uma matriz L tal
No processo de Cholesky a matriz L é triangular inferior,
Je moJo que a equaç:o (III-4é) fica:
(111-71)
onde
(111-72)
o sistema 111-71 é resolvido pela condensação pi votal, on
de os parâmetros (Yn' Yn-l' ••••. , YI) vão sendo encontrado§; dire
tarnente através de substituições regressivas, e de 111-72 encontra
se (El, E2, .•• , En-l' En). O método utilizado para isso é o da
eliminação delGauss, cujo algoritmo se encontra no apêndice 111
assim como o algoritmo do processo deCholesky de. decomposição de
natriz.
Durante os passos da deconposição ~a matriz no processo
de Cholesky, uma singularidade poderá aparecer como um elemento da
diagonal da matriz reduzida, a qual está abaixo de um c.erto valor
absoluto ou caiu a um valor muito abaixo do seu valor na matriz o
riginal. Neste caso, coloca-se o recíproco desse elemento diagonal
na matriz L igual a zero no lugar do grande valor que ele iria cer
tarnente atingir. Isso assegura que o desvio E. e o desvio padrãoJ
permanecerao em zero, o que é apropriado se o parârretro de,ve ser
nantido fixo.
Em grupo espaciais polares a posiçao. da or~~m em
ou mais direções não é fixada com relação aos elerrentos de
uma
sime
tria. Nestes casos, deve-se fixar a origem fixando a posição de um
átomo dentro da cela.
47
III. 7. cálculo do desvio padrão
A deriva1ãodas expressões normalmente usadas para o cál
culo dos desvios padrão dos parâmetros P. dependem das seguintes suJ '-
posiçõeSi
a) - A convergência foi obtida, de modo que todos os des
vios E. de ~, s~o pequenos comparados com seus desvios paJr~o.J J
b) - Os pesos foram corretamente escolhidos a serem pro
porcionais aos recíprocos das varianças IFOb I ! ou seja, supondo
que não existam erros siste~áticos
W h = N / ~2 (! pOtll) + a I Fob.12]
onde, N é ·dado por III-47 e lIallé uma constante.
c) - Os erros de ~h não são corre1acionados.
(111-73) .
E m mínimos quadrados, a variança de p,J
-1cr2(P,)
c, .~h
. . JJ= -, L: wh
Jm-n h
é (25)
(III-74)
onde c-:~ é o j9 termo da diagonal da matriz normal inversa, limilJJ
o número de obseIVaç'ões.e IInllé o número de parârretros; e..
e
-1 [cov (P., P.) = (c ) L:W h~ J .. h~J -(III-75)
48
A derivação.da equação que dá o desvio padrão para urna
função t dos parâmetros Pi será:
t = t (p l' ••• , Pn)
Diferenciando t, te~se pela regra da cadeia
(111-76)
dtn
= l:i=l
dP.~ (111-77)
elevando ao quadrado
dP. dP.J. J
(111-78)
n= L
i=l .(at I2ã'P:-J. n n (a2(P. ) +t L. at) (-at).. J. i=l J' =1 dP. o ap.~ ". J ..o
iF,j
cos(P. ,P.)J. J
(111-79)
Existem duas sérias dúvidas afetando a credibilidade dos
erros calculados pela matriz normal mínimos-quadrados (26). A pri
meira é se os desvios de (IFOI- IFcl) são realmente independente&
Se não, então o tipo apr~sentado de sistemas de pesos, certamente
não será apropriado e os erros calculados não serão verdadeiros. A
segunda dificuldade é que se o desvio padrão do parâmetro posici~
nal é maior do que 0,03 ~ é bem possível que para um erro real ser
tão grande é porque o comportamento de IFcl não é efetivamente li
near. Neste caso, a distribuição nor~al não dá uma estimativa ver
dadeira das probabilidades de erros de.grande tamanho.
g melhor, então, testar o modelo da estrutura através àos
fatores - R, definidos na próxima seção, ao invés de comparar os
49
desvios do rodeIo com o desvio padrão.
rrr.8. Indicesdediscrepância
No refinarrento de estruturas cristalinas é assumido um
rodela com parârretros variáveis, cujos valores são calculados de
modo a fornecer a melhor concordância entre as amplitudes dos fa
tores de estrutura observados e calculados.
Um método conveniente que permite ao cristalógrafo obse~
var ae a análise da estrutura está sendo desenvolvida satisfatória
mente e qual a solução mais adequada, é através dos fatores-R ~(ín
dice de discrepância) e Rw (índice de discrepância ponàerado), que
consistem no cálculo do resíduo entre os
ciclo de refinanen to. Te m-se que:
IFchl,... após cada
R -
Ifi (I Fo~ I - I Fch I ).... -
E
h (I FO~ I)(rrr-ao)
Rw -
E
11: lWh (I FO~ I. - I Fc~l )- -E IW h (I Foh I )h -
(t'rr-al)
Valores mais baixos de R e Rw corresponde m a valores de
IFC~I mais próxirros de [Fo~I, o que inplica em valores' ·de param~
tros calculados mais próximos dos valores reais. Co~o antes, wh
é o'peso de cada fator de est~utura e se o neso for unitário (wh=
1), tem-se Rw = R.
50
CAPITULO IV
DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA CRISTALINA DO[EU(TMU) 6] (ASF6)3
IV.I. Introdução
Nos capítulos anteriores foi vista a teoria utilizada em-
determinação de estruturas cristalinas por difração de raios-X, ~
do que foi dada maior ênfase nos procedimentos de mínimos-quadrados
por terem surgidas nuitas dificuldades, nesse aspecto,·no refina
mento da estrutura do compostO[EU(TMU)J(ASF6)3 descrito nesse capítulo.
A síntese e caracterização dessa substância faz parte de
um anplo estudo de corrplexosde terras-raras desenvolvidos em. va
rios centros de pesquisa do país em colaboração com esse laboratõ
rio. ° complexo foi sintetizado por L.M.C. Jatahy e S.M. MeIo da
UFCe objetivando um estudo das propriedades espectroscápicas e con
formacionais em função de diferentes amidas.
Os estudos espectroscópicos de infravermelho e de flu~
rescência realizados por Jatahy(6) indicaram que o cátion Eu3+ é
hexacoordenado a um grupo tetrametiluréia (TMU), através do oxigê. -nio decarbonila, em configuração octaétrica de simetria cristalo
gráfica 0h.
Todavia, estudos prévios realizados nese laboratório mos
traram que as previsões de simetria por .técnicas de fluorescência
sao muitas vezes ambíguas, não só com os números de coordenação 8
e 9 (4,5), mas também com o número de coordenação 6 em que efei
tos de interação vibrônica produzem a presença de bandas intensas
51
correspondentes à transições. "proibidas" pela sirretria puntual {27~
Os espectro de fluorescência do EU{TMU)6(ASF6)3 à temp~
ratura ambiente mostrou duas bandas correspondentes à transição
5DO --} 1P2, proibida pela simetria 0h do Eu3+, que foram conside
radas devidas às interações vibracionais, e por essa razão, para
confirmar ou não a validade das p!Bvisões espectroscópicas, deci
diu-se realizar a resolução da estrutura tridimensional do corrpo~
to por difração de raios-X.
IV.2. obtenção da cela unitária e matriz orientação
Os cristais fornecidos por Jatahy apresentavam uma cor
ligeiramente amarelada, a forma octaédrica e dimensões extremarren
te grandes para o estudo por difração de raios-X pelo método de
monocristais. Foi necessário clivá-lo até··se obter um monocristal
de taITanho adequado, que infelizmente era de forma ligeiramente ir
regular, com dimensões lineares variando entre o valor mínimo de
0,25 mm e máx:Lrnode 0,30 rmn.~
O cristal foi colocado em um haste de vidro, de diâmetro
aproximado de 0,15 mrne fixada à cabeça goniométrica do dlfratôrre
tro CAD4, de modo a centrar o cristal na intersecção dos eixos-~ ,
K e ~ (ver seção I-2 sobre a geometria do CAD4).
A fonte de R-X com tubo de anôdo de rrolibdênio foi ali
mentada com tensão e corrente de 40 KV e 30 rrA.A radiação foi mo
nocromatizada com cristal de grafite. Vinte e cinco ref'lexões fo
rarr centradas automáticarrente e forneceram a cela reduzida ('ver
- _ o· ( oseçao I-3) com parametros a=b=c=12,723 (3) A e a=S=y=60,0 1) cor
responde a UIPa rratriz de Niggli da forma
52
811I .§. §.f?f?c.c
811 811 - -= 511
511511I ~.ºc.ab.a-I - - - -- .
2 22
a qual implica em urna cela unitária cúbica de face centradA9)(cfc).
A figura IV-l mostra a cela reduzida (em tracejado) e a cela uni
tária (linhas cheias).
FICUPA IV-I - Cela reduzida e cela unitária para o co~
posto IEU(TMU)6' (AsF6)3" : cela unitária, -----: cela recuzida
Pela figura acima observa-se que a matriz transformação da cela re
duzida para a cela unitária é
e com auxílio das equações I-4 encontrou-se a cela cúbica de face
centrada de parametros a=b=c=18,000(3) R, e a matriz
(ver seção 1-2) utilizada na coleta de dados.
IV.3. Coleta de dados
53
orientação
Em grupos espaciais cúbicos, as reflexões únicas sao ~
didas em apenas 1/24 do espaço recIproco (22), mas, nesse trabalho,
devido â forma irregular do-cristal e à presença de átonos-
.anoma
los, optou-se por medir 1/8 do espaço recíproco e calcular o valor
médio das intensidades das reflexões equivalentes observadas e um
índice de consistência interna, Rin, definido adiante (28), para se
ter uma estimativa da qualidade dos dados observados.
Para a região do espaç9 recIproco escolhido, os índices
de Miller variaram para h, k e l entre O é 23 e o ângulo de Bragg
entre 00 e 270• Três reflexões, (2 8·2) (-2 -2 8) e (-10·O 2), fo
ram medidas a cada 3600 Jsegundos para verificar a estabilidade de
difração do~cristal.
A varredura das re~flexões foi do tipo w-26 (a quantidade
de rotação do eixo-w corresponde a duas vezes essa quantidade ·na
rotação do eixo-6) com um limite de terrpode 30 segundos para cada
intensidade, e velocidade de varredura variando entre SOnin-1 a
20°min-1. O ângulo de varredura variou de acordo com a equaçao
0,850 + 0,35° tg6. Os limites da relação sinal-ruido foram aI =0,3
e a2 =0,1, ou seja, as reflexões com a(I)/I~ 0,3 foram ·o.onsider~
das não observadas, e aquelas com a (IVI< 0,1 foraro.medidas apenas
uma vez com velocidade de 20°min-1 (ver seção 1-4).
,
\
54
IV. 4• Determinação. do grupo 'e'spacial
Foram medidas 2309 intensidades e verificou-se a ocorrên
cia de extinções sistemáticas, com algumas exceções,. para
hkl: h+k; k+lt l+h ~ 2n+l
hoo: h=2n+l
hko: h+k=2n+l
8=1,2, ••.
Dois grupos espaciais, F23 e Fm3, satisfazem essas con
dições (22), sendo o F23 um subgrupo do Fm3. Decidiu-se deterIDinar
a estrutura no. grupo espacial de menor simetria, e uma análise pos
terior ao refinamento indicaria qual deles corresponderia ao grupo
. ;espaclal real do EU(TMU)6(ASF6)3.
IV.5. Osf'atore'sd 'estrutura ut'ilizados na 'determinação da estru-
tura
IV. 5.1 •.Redução' de' dados
Durante a redução de~dados foi feita a correçao para os
efei tos de Lorentz e polarização (ver seção 1-4). Não foi
correçao para absorção por ser pequeno cOeficiente de absorção do
conplexo palIa a radiação usada (lJ=27,4 cm-l) e as dimensões do cris
tal serem pequenas.
\
55
IV. 5.2. cálculo do valorrrédio para as reflexões equivalentes
Os fatores de estrutura para as re flexões equivalentes de
Laue devem ter todas o rresmo módulo, mas devi do a erros expe rirre~
tais se tornou a nédia (Frn) como um valor mais conveniente, sendo
Fm(h)=[~ F .l. /Nj=l ]1(IV-I)
onde N é o número de reflexões F. para cada reflexão independenteJ
fJ-.
IV.5.3. O índice de consistência interna
~ calculado também um índice de consistência interna, R; ,ln
baseado na diferença entre cada reflexão e seu correspondente va
lor médio equivalente, que serve como uma indicação da qualidade
dos dados e deve ser da ordem de grandeza do fator-R final(28). Es
se índice é dado por:
R.ln
[NL: N L: W
= i j=l jN
L: (N-l) (L: w. F~i j=l J J
(IV-2)
Das 2309 reflexões medidas, apenas 751 são independen
tes '"e o índice de consistência interna obtido foi 4%, indicando
que os dados são de boa qualidade.
IV. 6.' Cálculo do' núnero' 'derrolé'culas' pO'r cela unitária e da densi-dadedocristal
56
o núnero de noléculas por cela uni.tária (Z) foi
da fórmula
Z = in t [(Da N V) /P m]
onde int:inteiro par
Da :
Densidade aproximada
V
:Volume da cela unitária
pm :
Peso nolecular
N
.Núnero de avogadro.
e a densidade. foi calculada por
Dc = Z· pmNV
obtido
Os valores de Z e Dc, juntanente com os outras dados cris
talinos relevantes são:
Cubico, F23
a = 18,000(3) R
V = 5832 (3) R3
F(OOO) = 2820
-1pm = 1415,7 gr.mol
Z = 4
-3Dc = T, 6O 3 gr. cm
57
.... -111 (Moka)= 27 (4 cm
N9 deátbmos por celaEu = 4
O = 24N = 48H = 288
As = 12,.
C = 120F = 72
IV.7.,sol'uçãoere:finanen'toda estrutura
Apenas 277 reflexões com "1>3a(I) foram.utilizadas na de
terminação da'estrutura.
IV.?:.l.~ocalização dos,átbIrOSpesados
Os átomos pesados, que-constitu~m 23% da densidade ele
trônica total, devem ocdpar posições especiàis de acordo com o nú
mero de cada tipo de átomo por cela unitária~
Para o átomo espacial F23 essas posições são 4(a), 4(b),
4(c), 4(d) do International Table(2l), todas de simetria pontual
23, ou seja
4(a) (O , O , O
4(b)
4(c)
(1/2, 1/2, 1/2)
(1/4, 1/4, 1/4)
+ trans1ações
para cela F
4(d) (3/4, 3/4, 3/4)
O eurÕpio pode ocupar qualquer uma dessas posições e os
arsênios as outras três já que o erepacotamento'molecu1ar continua
rá o mesmo, correspondendo apenas a uma mudança de origem. Assire ,
o átomo de Eu foi fixado na posição 4(a) e os átomos de
nas posições 4(b), 4(c), 4(d).
IV.7.2. Refinamento e localização dos. átomos leves
al!sêhio
58
Aos átomos pesados foi atribui do como valor inicial . do
parâmetro de vibração térmico o valor do fator de tenperatura iso
trópico nédio calculado pelo rrétodo de Wilson (ver apêndice-I).
A tabela IV-I mostra os valores de <IFreI12>, e ·0 número
de re ~lexões por intervalo de sane/À. Os valores do fator de esca
Ia (G) e do parâmetro de vibração isotrópico médio (Um) são 2 ,45 e
0,046 R2 respectivamente.
Os átonos de Eu e As produzem espalhamento anômalo (24)
sendo-, por isso, necessário incluir os componentes real l::. fi e irra
ginário l::.f" nos cálculos dos fatores: de forma (ver seção IIlt-5).
O fator de forma, fr, para um átoIOOdo tipo" r" é dado
por uma parte :real e por urra _parte imaginária, ou seja, f =Re(f )+. r rIm(f ), onde-4l r
4 2~(fr) = Í=l ai exp [bis] + c + l::.fl
s = sene/À
Im (f ) = l1f"r
para esses átonos, os valores de a., b., c, l::.f, l::.f"são1. 1.
tino de..
átomo
b2 ~f'
a3 ~fl
59
Eu 23,7497 2,22258 20,3745 0,16394 11,8509 11,3110
3,26503 22,9966 0,759344 -0,542 3,669
As 16,6723 2_,6345 6,0701 0,2647 3,4313 12,9478
4,2779 47,7992 2,531 -0,03 2,007
Os parâmetros de vibração térmica e o fator de escala f~
ram refinados pelo método de rrínirno~-quadrados com matriz corrpleta,
até atingir um índice de discordância de 16,1%. Esse valor para o
fator-R, obtido com apenas 23% da densidade eletrônica esperada na
cela, indica o correto posicionamento dos átomos.
Estando esses átomos bem posicionados, deve-se agora 10
calizar os átomos restantes da estrutura •
Para se ter uma i'déia se um mapa de Fourier-diferença se
ria be m sucedido, foi calculada a razão-r· (eq. II-25) tendo no de
norninador a soma dos números atôrr,icosde todos os átorros não loca
lizados e no numerador a soma dos números atômicos de todos os áto
mos localizados (4 Eu e 12 As).
Obteve-se r=O,30, o que indica que um mapa de Fourier-d!
ferença deverá ser de difícil interpretação (ver seção II-3). De
fato foi o que aconteceu, sendo que esse mapa indicou apenas 5 p~
cos com algum sentido químico, a saber, um pico a 2,28 ~ do Eu cor
respondendo a único oxigênio cristalograficamente independente em
urna posição de simetria puntual 2, e 4.picos em posições gerais,(X)ffi
distâncias aos átomos de As variando de 1,.48 ~ aI, 77 ~ que foram
interpretados como átomos de fluor desordenados e
átomos de arsênio.
ligados aos
Esses átomos foram incluidos no modelo nas posições en
60
contradas no mapa, e seus parâmetros posicionais foram refinados
j.untanente com os seus parâmetros de vibração isotrópicos e os dos
átomos pesados, mas não se obteve convergência sendo que os parâ~
tros de vibração atingiram valores positivos elevados sem qualquer
sentido fíSico, que foram atribuídos à desordem dos átomos, a mes
ma que produz violações das extinções sistemáticas, e _que impede a
obtenção de um modelo atômico simples.
Por essa razão, decidiu~se refinar os fatores de ocup~
çao dos átomos de fluor, pois nas posições em~~estão {posições ~
rais} correspondem a 4x48=192 átoIDOs, sendo que na estrutura exis
tem apenas 72; esse fato é mais uma indicação da desordem do fluo r
na estrutura., Para esse refinamento, ,~suas posições foram fixadas
nos valores tirados do mapa de Fourier-diferença, e seus parâme
tros de vibração isotrópicas foram fixados em 0,09 ~~ Quanto aos
outros átomos (Eu, As, O) tiveram apenas seus parâmetros isotrópi
cos refinados. Após a conv~rgência, foram liberados os parâmetros
posicionais e fixados os fatores de ocupação nos valores atingidosi
no último ciclo, enquanto os outros átomos continuaram com os mes
mos parânetros liberados, sendo que o oxigênio também teve seu pa
râmetro posicional {x/a} liberado.
Alterando refinamentos desses tipos até que a convergên
cia fosse obtida, verificou-se, através dos fatores de ocupaçãodos
átomos de fluor, que eles correspondem a 55% da densidade eletrôni
ca devida a esses átomos por cela (12,6% da densidade eletrônica to
tal por cela), ou seja, a soma dos fatores de ocupação dos átomos
de fluor localizados foi de O,8~5 sendo que para toda a estrutura
deverá ser 1,5.
o fator-R calculado a,qui foi 13,6%, o qual é ligeiramente
abaixo ao atingido com o modelo constituido apenas por átomos pes~
<li.
dos. Essa pequena diferença era de se esperar já que apenas mais
61
19,4% da densidade eletrônica total foi incluida no modelo.
·A razão-·r calculada aqui foi 0,89. Embora esse valor ,próximo de 'I, indicasse que um mapa de Fourier-diferença com esse
modelo estrutural seria de :fácil interpretação: :(verseção 11'::3)ne
.n~um picÇ> que _pudesse .ser inteJ::j;1.retacb,com sen'tido químico apareceu.
Para completar o modelo, ainda existia a alternativa de
introduzir artificialmente nos refinamentos os átomos ~estantes (ex
ceto hidrogênios), restringindo as distâncias interatômicas (ver
seção 111-3) nos valores encontrados na International Tables(28),e
os ângulos interatômicos de acordo com a geonetria das ligações,co
mo na figura abaixo (fig. IV-2).
o
~o~ C-
~"N 1200,C
FIGURA IV. 2- DISTÂNCIA E ÂNGULOS INTERATÕ"MICOS DA MOLtCULA
DE TMU VALÔRES EXTRAIDOS DA BIBLIOGRAFIA (29).
Esse refinamento foi realizado com um desvio padrão esti
mado para as distâncias interatômicas igual a 0,05 R, mas infeliz
nente os parâmetros divergiram frustando mais essa tentativa de
completar o modelo estrutural.
Como tanto o refinamento livre quanto com restrições nao
apresentavam mais resultados que viessem complenentar o modelo es
62
trutural, admitiu-se que o restante da estrutura está altamente de
sordenada, e o refinamento foi considerado completo. Essa desordem
tornou impossível a localização de 57,6% da densidade eletrônica,
fazendo com que o fator-R final (=13,6%) seja da ordew de 10% sup~
rior ao R. (=4%) .ln
IV. 8. Descriç'ão da estrutura e discussão
o complexo cristaliza no grupo espacial F23, com o
európio ocupando a posição especial de simetria puntual 23 (0,0,0),
nos vértices do cubo, mais as translações ,para uma _ cela F
1(1/2, 1/2, O), (1/2, O, 1/2), (O, 1/2, 1/2) I nos centros das faces
do cubo.
Os arsênios ocupam as posições especiais (1/4,1/4,1/4) ,
(3/4, 3/4, 3/4) e (1/2, 1/2, 1/2), todas de simetria puntual 23,
mais as translações da cela F. Os arsênios das posições (1/4, 1/4,
1/4) e (3/4, 3/4, 3/4) estão no centro de tetraedros de arestas
"a/2/ 2"(=12.728 ~) formados por três átomos de Eu localizados no
centro das faces e num vértice da cela unitária, conforme se vê na
figura IV-3 • Vê-se ainda que estes mesmos átomos de arsênio es
tão também no centro do tetraedro formado por átomos de arsênio na
posição especial (1/2, 1/2, 1/2), ou seja, três localizados no
centro das arestas e uma no centro da cela unitária; as arestasdes
ses tetraedros também são iguais a "al2/2" (=12, 728 ~).
As distâncias do As do centro dos tetraedros aos
ces de qualquer um deles são iguais a a13/4 (=7,794 ~)
vérti
Os átomos de európio estão coordenacos aos átomos de
oxigênio pertencentes ao ligante (TMU) a uma distância aproxirrada
de 2,28~, os quais formam um octaedro regular de simetria puntual
63
FIGURAIV-3 - Tetraedros formados pelos európiose arsênios
.= európio 0= arsênio
cristalogrãfica 0h.' A figura IV-4 ir.ostra a orientação desses po
liedros de coordenação na cela unitãria.
FlGUPA IV-4 - Orientação dos poliedros de coorded E 3+ I . t- .nacao o u na ce a unl arla"
Os arsênios estão. ligados aos
64
átomos de fluor, os
quais, assim como o restante dos átomos (C,N ,H) estão altarrente de
sordenados na estrutura, não sendo, por isso, possível
suas posições específicas na cela.
definir
Os parâmetros posicionais para os átomos localizados,ju~
tarrente com os respectivos fatores de ocupação, estão na tabela IV
2. As distâncias interatõmicas estão na tabela IV-3.
Em outros dois complexos de lantanídeos com ligantes or
gânicos Ln(Cl04)3.6DPPA, Ln~La, Eu e DPPA~C12H12NOpl estudadosnes
se laboratório por Castellano & Oliva (27) ,verificou-se situações
similares a essa . o composto cristaliza em um grupo esp~
cial cúbico com os íons pesados ocupando posições especiais de al
ta simetria puntual. Pode-se especular que o fato do cátion se 10
calizar em posição especial de alta simetria, forçando parte da es
trutura a uma grande desordem, favorece a Irinimização da eneirgia
livre de Gibbs aumentando o termo de entropia e diminuindo a ener
gia interna da rede.
Os resultados aqui obtidos por difração de raios-X para
a coordenação do EU3+ confirmam os resultados obtidos por Jatah~6)
em que duas bandas relativas à transição 5DO~7F2 que aparecem no
espectro de emissão da fluorescência devem ser atribuídas à intera
ções vibracionais que anulam momentaneamente o centro de inversã~
já que são proibidas pela simetria octaédrica do cátion.
65
TABELA IV.l - FATOR DE ESCALA GERAL, PARAMETRO DE VIBRA('ÃO ISOTFO-
PICO M2DIO E DISTRIBUIÇÃO DE <I Fre~ 2) EM FUNÇÃO
DE SEN8/À PAPA O CO~1POSTO [E u(TMU) 6 ] (AsF 6) 3
FATCItDE EStALA 80Al c 2.19933
PMIlIE1IlG DE YIBRACAO ISOTftQPICO lDIOI U = 0.055
SEJUO)! 0.00 0.07 0.14 0.21 0.28 0.35 0.42 0.4' 0.54 0.63 0.70 0.77
< Frei) 0.935 0.864 0.932 0.817 0.932 1.022 0.881 0.588 0.427 0.409 0.468 0.488
n 0.5 4.' 11.5 24.1 40.5 60.1 84.4 112.8 142.5 170.'. 98.7 0.1
"
TABELA IV.2 - PARAMETROS POSICIONAIS E FATOR DE OCUPAÇ~.O DOSÂTO
MOS LOCALIZADOS NA ESTRUTURA COM EUROPIO.
4-
ato.ox/av/bz/ct.o.
Eu
0,0000,0000,0000,083
1\5(1)
0,2500,2500,2500,083
As(2) .
0,5000,5000,5000,083
As(3)
0,7500,750·0,7500,083
F(1)
0,2500,3.,50,2500,233
F(1')
0,224.__0,1780,3020,238
F(2)
0,0130,0070,4190,179
F(2')
0,0010.0580.4200,163
O
0.0000.0000,127,0,500
TABELA IV. 3 - DIST~CIAS INTEP.ATO~CAS PAPP. O [E u(T~Il{J) 6 1 (AsF 6) 3
66
As(l)-F(l) 1,72
As(l)-F(J') 1,67
As(2)-F(2) 1,48
As(2)-F(2') 1,77
<*)As - As 12,73
<t)As - Eu 7,79
(t)As - As 7,79
* Arestas dos tetraedros indicados na figura IV-3.
t Distancias dos yertices dos t.traedros ao atamode arsenio do centro.
67
CAP1TULO V
DETERMINAÇÃO DAS ESTRUTURAS CRISTALINAS DOS CO~2LEXOS
V.l. rntroduçã.o
No capítulo anterior foi aplicado o método de deterIl'ina
çao de estruturas cristalinas no estudo da coordenacão do íon Eu3+
no complexo[EU(T~m)~(ASF6)3 para verificar as previsões espectros
cópicas realizadas por Jatahi7) .
Nesse capítulo, esse método será aplicado-na determina
çao das estruturas dascompostos[Ln (H209)](CF3S03)3' Ln = Nd ouHo,
com o objetivo de esclarecer definitivamente o número de coordena
çao desses sais. Esse número foi dado Dor (7 ) como 8
para o caso de nodímio e 9 para o caso de holmio.
Esses sais foram sintetizados por L.C.Machado e G. Vicen
tini do Departamento de Química Fundamental do Instituto de Quím~
ca da USP a fim de serem utilizados na preparação de complexos de
lantanídeos tendo o trifluorometanosulfonato como ânion.
V.2. Obtenção dacel'a unitãriaelt'.atriz orientação
Os cristais, para ambos os sais, apresentam a forma~ de
longas agulhas sextavadas e de cores liláse anarela
te para o caso de Nd e Ho.
respectivamen
Para dada composto, agulhas com diâmetro aproximado de
68
0,20 mmforam clivadas até se obter um monocristal de conprimento
aproximado de '0,20 Irim,o qual foi colado em uma haste de vi'dro de
diâmetro igual a 0,15 mme fixado à cabeça goniométrica do difratô
metro automático CAD4na intersecção dos eixos ~, K e w (ver se
çao I-2).
Utilizando-se radiação Moka monocromoatizada com cristal
de grafite, 15 reflexões, para o caso de Nd, foram centradas~ as
forneceran-
~, b=c=quais forneceram a cela reduzida hexagonal a = 7,460(3)
13.,,851(4)~. Bara o sal de Ho, 19 reflexões centradas
t.ambémuma cela reduzida hexagonal de parâIr.etros a = 7,577(1)
b=c= 13,570(2) ~. Essas celas corresponceIT'. à conven<:ão nadrão
a cela primitiva nesse sistema cristalino (9) , de:·'modoque foi
~ ,nara
rea
lizada apenas uma transformação, em cada caso, para que o eixo úni
co pa_ssasse a ser o eixo-c.
V.3.' Coleta de dados
Para sistemas cristalográficos hexagonais, no máximo1/12
do espaço recíproco é suficiente para fornecer todas as :,-:-reflexões
únicas necessárias para a determinação da estrutura, mas devido à
presença da átomos anômalos, decidiu-se medir 1/4 do espaço reci
proco e calcular o valor médio das intensidades das reflexões equ!
valentes observadas e o índice de consistência interna, R. , ~efi~n
nidos no capítulo IV Ceq. IV-l e IV-2; respectivamente).
Na região do.'espaço recíproco escolhido para a medida de.
intensidades, o ângulo de BraggCe) variou'de 00 a 280~ Para o caso
de Ln = Nd, os índices variaram de -18<'h~I8, ·0~k<l8e·O<'.t~9t'e para
Ln = Ho os índices variaram de -16~'h~16,O~k~16 e ·0<t<9. A estabi
lidade de difração de cada cristal foi verificada através dasre
69
flexões (3 9 2), (8 8 O) e (2 2 8) para a estrutura de neodímio, e
(5 1 2), (O O 6) e (O 7 O) para a estrutura de holmio.
A varredura foi do tipo w-28, com uma velocidade final,
estabelecido por uma pré-varredura de 200 min-l, variando
S°min-l e 200min-1 e um limite de tempo de 15 se~nd~rara
entre
cada
reflexão medida. O ângulo de varredura variou de acordo com a equa
çãó O,i;>+O,]5C;>tg~.6s lImites da relaç~o sinal-ruido foram al=0>i30
a2 = O ,03(verseção I-4).
Foram medidas 2098 reflexões para Ln = Nd e 2400
Ln = Ho.
V.4. Determinação ddgrupoespecial
para
As análises das reflexões medidas, para ambos os casos,
forneceram as condições para ocorrer reflexões
h k. .t sem restrições
o O .t : .t = 2n, n=I,2,3,
que correspondem aos grupos espaciais P63 e p63/m, sendo o P63 um
subgrupo do P63/m(22). Decidiu-se determinar a estrutura no grupo
espacial de maior simetria pela seguinte razão: cálculos de densi
dade indicaram que o lantan~deo deveria estar localizado em posi
ção especial de simetria puntual, ao menos c3" Esse fato 'auuomáti
camente descarta coordenação 8 e sugere coordenação 9 cuja forma
mais comum é o poliedro de simetria puntual D3h, o qual possui um
plano perpendicular ao eixo ternário como no grupo especial P63/m.
A análise final confirmou essa previsão.
V.S. Osfatore's' de'estruturautili'zados' n'a det'ertctina'ç'ão'daestru-.
tura
V. 5 .l.Redu:çã'O''da''dados
As intensidades medidas foram corrigidas para os efeitos
de Lorentz e polarização ao serem transformadas em fatores de es
trutura~ Por serem, tanto as dimensões do cristal quanto o coefi
ciente de absorção dos sais muito pequenos, julgou-se desnecessá
rio corrigir os dados para os efeitos de absQrção. Para comprovar
ter sido essa uma decisão correta, está o fato de ambas as estrutu
ras terem refinadas a valores de R muito baixo, como será -,visto
mais adiante.
70
V. S.2. _Re_f_l_e_'_x_õ_e_s_'_e_qu..•_i_v_a_l_ta_n_'_t_e_s_e_J._~n_d_i_c_e__d_e_'_c_o_n_s_J._'_s_t_ê_n_c_J._'a_'_i_n_t_e_r_n_a(Rin>
~as reflexões medidas, são independentes apenas 685 para
o cristal de Nd e 763 para o cristal de Ho. Os valores médios para
os fatores de estrutura dessas reflexões foram calculadas de manei
ra descrita na seção IV.-S.2. Os índices de consistência interna,
definido na seção IV.S.3, foram 2,8% e 2,5% respectivamente para
Ln = Nd e Ho. Esses valores baixíssimos indicam que os dados .',obti
dos são excelentes, devendo, por isso, atingir valores de R muito
baixo no final do refinamento.
71
V. 6.'Dados: ·cris·talinos
o número de moléculas por cela unitária e· a densidade
dos cristais foram calculados pelas equações IV-3 e IV-4 respecti
vamente e estão na tabela abaixo, juntamente com os outros dados
cristalinos.
Extinções sistemáticas: O O l, l=2n+l, n=1,2, •••
Ln=Nd
a=13,85l(4)R
c= 7,460(3)R
V= 1240 (1)R3
pm=753,6g .mol-l
lJ (McK4)=23,2 cm,-l
-.3D =2,019g .cmcF(000)=738
Ln=Ho
a=1,3,570(2)~
c= 7,577(1)R
V=1208,5(9)~3
-1pm=774,3g •moI
-1lJ (M:;>ka>=34, 8 cm
-3D =2,128g.cmcF(000)=752
V. 7. Solução e refinamento de estrutura
Para a determinação das estruturas foram utilizadas ape
nas as reflexões com I>3 a(I), ou seja, 636 para o composto com Nd
e 686 para o de Ho.
O número de moléculas por cela unitária (z'= 2) indicou
que os átomos de Ln (Nd ouHo) devem ocupar alguma posição especial
com apenas duas posições equivalentes por cela. Para o grupo esp~
cial em consideração essas posições podem ser:
(Xl ' Yl'zl )(X2 ' Y2 ' z2 ~
2 (a)
(O, O,1/4) (O, O,··3/4)
2 (b)
(O, O, O) (O, O, 1/2)
2 (c)
(1/3, 2/3, 1/4)(2/3, 1/3, 3/4)
2 (d)
(2/3, 1/3, 1/4)(1/3, 2/3, 3/4)
72
Para se verificar qua:cdessas posições é ocupada pelo lan
tanídeo, foi calculado um mapa de Patterson onde se verificou a
existência de picos altos nas posições (1/3, -1/3, 1/2), (1/3, 2/3,
1/2), (-1/3, 1/3, 1/2). Essas coordenàdas deverão ser iguais à dif~
rença entre as cooidenadas (u= Xl-:K2,"v= Yl....Y2' w=zl-zi)',para, alguma
das Posições evidenciadas_ acima. V~rificw-se dessa,rraneira,que apen~s ~
poSições 2(c) e 2 (d)são CarpaUveis com essês picos de Patterson.
Observa-se, também, que a única diferença existente en
tre as posições 2{c) e 2(d) é que uma é deslocada de (1/2) z na
direção da aresta ~; por isso, decidiu-se pela posição 2{c) para
os lantanídeos, já que uma mudança de origem desse tipo ere nada a
fetaria a solução e o refinamento da estrutura.
V.7.2 .• Refinanento 'eloca'lizaçã'odos'át'omos' 'leves
Em ambas as estruturas, foi atribuido ao lantanídeo, co
mo valor inicial do parâmetro de vibração térmica isotrópica o va
lor do fator de temperatura isotrópico médio calculado pelo .méto
do de Wilson (ver apêndice I) e Ir. que (sen6) /À foi dividido em in
tervalos de 0,07, como pode-se ver nas tabelas V-I e V-2 :respecti
vamente para os sais de Nd e Ho. Os valores de Um e G sao
73
respec
tivarrenteO ,074 e '0,637 para o caso de Nd, e '0,073 e '0,810 para o
caso de Ho.
Nota-se que os valores de R. , G e Um para ambas as es1n
truturas são da mesma ordem de grandeza, razão pela qual era espe
rado que os refinamentos fossem serrelhantes.
Partiu-se para a localização dos átomos restantes de ca
da estrutura através de refinamentos mínimos-quadrados e sínteses
de Fourier-diferença. Para isso foi necessário encontrar os vaIo
res de h (eq. III-25) que são utilizados no cálculo do fator de-s
estrutura I Fc (~)I (eq. III-58).
As posições para o grupo espacial P63/m sao:
n
1
x,y ,z O
2
-x,x-y• z t =O
3
y-x,-x, z .0
4
-x,_y i,Z + 1/2 O
5
Y,y-x ,z + 1/2t =O
6
x-y,x,z + 1/2 1/2
e seus equivalentes centros'simétricos (~n)·.
Para a posição 1, s=l
A matriz rotação, R, é
100
então
R=IO 10
O O 1
h = (h k l)
l O O
h = (h k I) = h R = (h k I) I O 1 O-5 5 5 5 - - - -
o O 1
o
= (h b. I)
74
t = h,t = (h ~ ~)so
o
= O
posição -1, s = 2
t = Os
Posição 2, S = 3~
O -1 O
R = I 1 -1 O
O O 1
t = Os
Posição -2, S = 4
O 1 O
R=I-1 1 O
O O -1
h = (~ -h-~ l)-s
h = (-R h+R -t)-s
t = os
posição 3, s = 5
1R = l-I
o
t = Os
1o
o
o
o
1h = (h-h. h 1)JJ!
Posição -3, s = 6
-1 -1 OR = 1 O O , h = (h.-h -h -1)-s
O 0-1
t = Os
Posição 4, s = 7
-1 O O
R = O -1 O , h = (-h -h. 1)-s
O
t = 1/2s
O 1
Posição -4, s = 8
R =
1o
o
1o
o , h = (h k -L)-s
76
o ,o -1
t = 1./2s
Posição 5, s = 9
O 1 O
R = l-I 1 O , h = (-k h+k L)-s
O O 1
Posição -5, s = 10
O-1'OR = I 1
-1O I,~s = (k-h-k-L)O
O-1 I ~
t = 1./2s
posição 6; s = 11
1 -1 O
R= 1O
O
O
O
I':
, h = (h+k -h L)-s
\
77
-1R = l-I
1o
o
o
o O 71
t- = l/2s
No cálculo do fator de estrutura foram incluidas as con
tribuições do espalhamento anômalo l1 f 'el1 fll)produzido por todos
os átomos, sendo que a contribuição dos lantanídeos é muito supe- -rior à dos outros átomos, como pode-se ver na tabela V-3.
No caso do fator de estrutura ser calculado anenas com o
átomo pesado (Nd, Ho), fica:
sendo
I Pc ~ = (Ah·- Dh) cosa + (Bh + Ch) sena (V-I)
a = arctg(C/A)
2 2 12Ah = Gnf exp[2rr S u. J L cos 2rr(h /3+2k /3+l /4)
lSO s=l s s s
(V",""2.a)
Bh = Gnf exp( •••)L sen(...)
ch = Gn f1fllexp( ••.)L sen(..•)
D h = Q\ f1 f" exp (.••)L cos (••.)
(V-2b)
(V-2c)
(V-2. d)
e
78
(V-3)
onde S = (sene)/À e Uiso é o parâmetro isotrópico de vibração ter
mica do lantanídeo.
Os valores de a., b., c, lif', lifll,i=1,2,3,4, para o neo~ ~
dímio e o holmio estão na tabela V-3.
As derivadas do fator de estrutura com relação aos pa
râmetros a serem refinados: (fator de escala e o fator de temperat~
ra isotrópico do lan tanídeo J ficam
alFc h I .IFC..~.(V-4.a)
=aG
G
2:
2
a I Fc ~ I =IFc!! I· (V-4.b)
J
~GG
=
auiso
2
.. aIFC ~ I ~ 4w4 s4 IFC k
auiso
(V-4. c)
(V-4. d)
~.l-Fc ~ t
~ G
al·re ~ r
a 'Uiso
= .~2'rr2.'S2
·GI.FC f!: . ,2 (V-4.e)
Essas derivadas fornecem os termos da matriz normal, C,
e da matriz coluna di definidos na eq. III-12.b que deve ser re
<:!t"\hT; na oara se obter as correções dos parâmetros refinados. Fica:
E[~1'Fc !!Irf [ aIFc.!! IalFc !J, ! 1"
ha G a u.-, a G ~so
o oC
=
E [aIFc!!
I
alFc !! I ]f [aIFc!t Ir~ a G
a Uis- a u.
o o~so. oL --- •..- --
[IFe ~ lI:
E[22 /FC!! 1-27T Sh
G- '.' o=
I-
[ 47T2S4 IFc ~. ~]oE [_2,,2521 Fc !! I~ .
Ehh . G
-o
79
e (V-S)
E
[IIFO!t, I-IFC !t. IlalFc !! '} ~ [li!! IFc G!t '1haG oI
d = - I
I
E
['< IFo !! HFC!! P·3·1 F.c!tl]
~ [ f1~27T~S ., Fc, ~ ']•h- au.- o
~so o
(V-6)
onde f1h,.= IFO ~.-IFC !: I e o subscripto "o" indica que essas equa
ções são calculadas com os valores iniciais dos parânetros refina
dos.
Todos os cálculos foram realizados com um computador VAX
80
llj78,O.Resolvendo iterativamente a eq. 111-12 até se obter a con
vergência dos parâmetros refinados, atingiu-se para Ln = Nd o indi
ce de discrepância (fator-R, ver seção 111-8) igual a 37,1% e pa
ra Ln = Ho R = 31,6%. Esses valores indicam o correto posicionamen
to do átomo pesado, já que para grupos espaciais centrossimétrico'
esse índice calculado apenas com esse átomo corretamente localiza
. (30)do deve ser abalxo de 52%.
A razão pela qual o fator-R é menor para o caso de hol
mio é em virtude de que esse átomo possui uma capacidade de espa
lhamento por cela (CEC) 9,8% maior que a do Nd, ou seja, o Ho re
presenta 8,9% da CEC e o Nd representa 8,1% da CEC.
Com os parâmetros refinados foi realizado o cálculo das
fases utilizadas em urna síntese de Fourier-diferença (ver ,seçao
11-4) em que foram localizados os oxigênios coordenados ao lantaní
deo (dois átomos cristalograficamente independentes, um ocupando a
posição especial 6(h) e o outro em posição geral) e o enxofre (tam
bém na posição especial 6(h».
Esses átomos foram incluidos no modelo estrutural e refi
nados isotrópicamente juntamente com o lantanídeo~Após a conver
gência obteve-se R = 20,8% para a estrutura de Nd e R = 19,9% para
a estrutura de Ho, ou seja, o faéor-R abaixou de 16,3% para o caso
de Nd e 11,7% para o caso de Ho. Essa diferença,édevido ao fato de que,
a; 18 átonos de axi~o e 6 átonos 00 enmfre incluiCbsno nodelo de cada es
trutura representam proporções diferentes da CEC, ou seja, 32,5%p~
ra Ln = Nd e 31,9% para Ln = Ho, causando um abaixamento maior do
fator-R para o caso de maior CEC.
Cada modelo refinado foi utilizado no cálculo das fases
de lima nova sintese de Fourier-diferença em que foram localizados
os átomos restantes que não fossem hidrogênios, ou seja, os átomos
de oxigênio, fluar e carbono dos ânions (para o oxigênio e fluor'
81
sao dois átomos cristalograficarnente independente, urroem posição g~
ral e outra em posição especial 6(h), e o carbono ocupando posição
especial do tipo 6(h».
Em cada estrutura esses átomos foram refinados isotrópi
camente juntarrente com os outros átoIOOs do modelo atingindo R=6,97%
para Ln = Nd e R = '6,89% para Ln = Ho.
Novarrente o fator-R baixou de quantidade naior para a
estrutura de Nd em que a CEC dos novos átomos é maior que na estru
tura de Ho.
Até esse ponto o fator-R baix9u em grandes proporçoes,
por causa db aumento de átomos no modelo estrutural, roas passando
para o refinamento dos parârretros sem a inclusão de outros átomos
no cálculo do fator de estrutura, o valor de R deve baixar lenta
rrente de uIl'~quantidade de 6R da rresIra ordeIr de grandeza.
O refinamento das posições juntanente com os Uisodos a
tonos convergiu para R = 5,40% para· Ln = Nd e R = 5,32% para Ln =
Ho, sendo que 6R para ambos os ca90S foi 1,57%, que está de acordo
com o que foi dito acima.
~ Passou-se para o refinamento anisotrópico, e para os áto
mos em posições especiais (Ln, 0(1), C(2), S(l), 0(3)~ F(l) - ver
na tabela V-4 e V-6 as posições atômicas) OS' termos do tensor de
vibração para cada átomo ficam (21), em cada estrutura.
UllU22U332U132U232U12
Ln
2 (c)AA OO A
0(1) 6(h)
OO
C(l) 6 (h)
OO
S(l>' 6(h)
OO
0(3) 6 (h)
OO
F(l) 6 (h)
OO
82
ou seja, os lantanídeos tem 2U13 = 2U23- = -O, Ull = U22 = 2U12 e
U33 independentes, e para os outros átomos 2U13 = 2U23 = ° e os ou
tros termos são independentes. Após a convergência obteve-se R =
2,93% (Nd) e R =2,92% (Ho).
° esquema de pesos w = 1/cr2(~) foi aplicado ao -refina
mento, atingindo R =3,07% e Rw = 2,99% para o caso de Nd e R =2,85%
e Rw = 2,75% para o caso de Ho, onde Rw é o índice de discrepância
ponderado, dado pela eqe;.111-81.
Uma nova sÍntese de Fourier-diferença permitiu a loca
lização dos átomos de hidrogênio, os quais foram incluídos no mode
10 com seus parâmetros de vibraçãó isotrópicos fixados nos mesmos
valores dos átomos de oxigênio a que estão ligadoso e válido fazer
essa aproximação por serem esses átomos muito leves e estarem for
temente ligados aos átomos de oxigênio. Nos refinamentos de IDÍni
mos-quadrados as distâncias Q-H nas moléculas de água foram res
tringidas a ° ,950R com um desvio padrão estimado em-IO,OOl R (ver
seçao 111-3).
Após a;'~convergência, obteve-se os índices de discrepân
cia finais para as estruturas, onde não foram incluídas nos refint
mentos as reflexões com I~3cr(I), R = 2,25% e Rw = 2,11% para a es
trutura de Nd, e R = 2,28% e Rw = 2,03% pa~a a estruturâ de Ho.
As reflexões com I<3cr(1) que foram consideradas "não ob
servadas" ao se realizar a coleta de dados., devem ser incluidas no
refinamento, já que na verdade elas são observadas e originadas pe
Ia mesma distribuição êletrônica que ori ginou todas as out-ras····-re
flexões. Esse refinamento foi considerado conpleto quando os des
vios de todos os parâmetros (P.) refi~ados atingiram valores rnenoJ . --
res que 0,2cr(P.). Os índices de discrepância finais para as estruJ - -
turas com todas as reflexões incluidas foram R = 2,64%, Rw = 2,23%
para o composto Nd[(H20)9](CF3S03)3 e R= 3,02%, Rw = 2,18%
o composto HO[(H20)9] (CF3S03)30
para
83
Normalmente, 6 índice R é maior que R. devido a que oln
erro experimental é somado ao erro do modelo. Nesse trabalho, en
tretanto, eles são da mesma ordem de grandeza e isso pode ser en
tendido corno sendo muito próxima do real a aproximação esférica fei
ta para o fator de forma dos átomos, sendo o ITodelo obtido tão per
feito quanto os dados experimentais permitem. Isso contrasta com
o caSo Ja estrutura do [EU (TMU) 6] (ASF6) 3 (ver capo IV) onde, devi
do à alta desordem o R final é muito suoerior ao R .•ln
Para a estrutura do Nd, os parâmetros posicionais junt~
mente com os fatores de tenperatura isotróoicos equivalentes (B. )- 100
calculados segundo Hamilton (3l)estão na tabela V-4, e os parame
tros de vibração anisotrópicos expressos em termos da amplitude qua
drada média de vibração (U..), definidos na eq. 111-21, estão na1Jtabela V-S.
Para a estrutura de Ho, os parâmetros posicionais com os
B. estão na tabela V-6 e os U .. estão na tabela V-?1S0 1JA listagem dos fatores de estrutura observados e calcula
dos finais para as reflexões estão na tabela V-16 e V-I? respecti4
vamente para a estrutura de Nd e Ho.
o sistema de nomenclatura usado em arnbas as
está indicado a seguir.
estruturas
SISTEMA DE NOMENCLATURA
84
AOOniJk
N : nQmero de identifica~~o do itomon : ndmero da posição
i,J,k : transldç5es en x/a , ~/b , z/crespectivamente
p: número de identificação do oxisênioa ~ue está lisado
N: número de identificação do hidrosênio
H(22)niJk
/ H(21)0(2)---- nlJk
/niJk. ~H~~l)/ nl.Jk
L\ ~.~~~'"'" ' ~~~~)0(2)niJk -- H(21)
\ niJkH(22)niJ~.
0(4) F(2)\ /
O(3)-S(1)-C(J.}-F( 1)/ \
0(4) . F(2)
número da. '"
centro"translacão empOSlçaoposição
simétricox/an,/b,z/cn
-ni,J,k
1x,~,z -1i,J,k
2-'J,X-'J, Z -2i , J , k
3!:I-X, -x,z -3i , J , k
4-x , -':I , zH/2 -4i,J,k
5':I , ~-:( ,zU/2 -5i,J,~.
6x-~ ., x , zU/2 -6i,J,k
tlS
V.8.l. E"s"truuura:de· Nd
A figura V-I é uma perspectiva do poliedro de coordena
çao, juntamente com o Nd.
O cátion está sobre um eixo 6 e coordenado por 9 (nove)o
xigênios pertencentes a moléculas de água (duas cristalográficame~
te independentes) formando um prisma trigonal triencapuçado (PTTC)
de simetria puntual D3h a urna distância média de 2,49 R do lan
tanídeo. As bases do prisma são definidos pelos 0'.(2):fo (2),1000
0(2) acima e 0(2), 0(2), 0(2) abaixo]' e os vértices pelos3010 4001 5111 6001
0(2),2110
O~(l): [
0(1), 0(1), 0(1)], que estão localizados sobre um plano "m".1000 2110 3010
Esta
configuração também pode ser apreciada através da figura V-2, a
qual mostra um perfil doi poliedro qe coordenação, onde estão indi
cadas as distâncias e ângulos interatôrnicos. O comprimento médio
para as arestas "c" é"4· 2,86 R, para as arestas "h" é 2,99 R, e para
as arestas "v" é 3,48 R. A distância média dos oxigênios dos ânicns
aos das moléculas de "água é de 2,89 R e aos Tàntanideos é de 4,69
R, e seus valores estão nas tabelas V-8 e V-9 respectivamente. As
distâncias e ângulos interatômicos para as moléculas estão nas ta
belas V-lO e V-ll respectivamente.
V•.8;.2.·E"strutura 'de"Ho
O sal de holmio possui estrutura cristalograficamente i
somorfa à do sal de neodímio. A distância média Ho-O(n), n=l e 2,
FIGURA V. I - PERSPECTIVA Do POUEDRO DE COORDENACÃO PARAO COMPOSTO COM Nd •
•
86
o {\ 1
1000
O (I )1000
0(216001
0(211000
0(21211 O
o~q2110
(a )
( b )
87
. 1
FIGURA V-2 - Projeções de poliedro de coorde~ação CO Nd3+
(a) sobre um plano vertical e (b) ao longo
do eixo C3. Entre parenteses está o desvio~drão.
88
é de 2,42 5{. Urna perspectiva do poliedro de coordenação d.essa es
trutura está na figura V"';3,e um perfil com distância e ângulos
está na figura V-4.
As arestas 11c" tem comprimento médio de 2,79 R, arestas
"h" de 2,89 R e as arestas "v" de 3,36 R. A distância média entre
os oxigênios dos ânions aos das moléculas de água é de 2,88 R e
os seus valores estão na tabela V-8. O valor médio para as distân
cias dos lantanídeos aos oxigênios dos ânions é 4,65 R (tabelaV-9).
AS'~~stâncias e ângulos interatômicos para as moléculas estão nas
tabelas V-lO e V-lI e foram calculados da maneira descrita no ape~
dice lI.
V.8 ..3. poliedro de coordenação
Um poliedro de coordenação 9 pode ser descrito em termos
do prisma trigonal trie~capuçado (PTTC) de simetria puntual D3h .e
em termos do antiprisma quadrado monoencapuçado de simetria pu~
tual c4J3.2,33).Guggenberger e Muetterties (34) realizaram cálculos
para a energia de repulsão para os dois casos usando o "Hard Sph~
re Model" (HMS) teórico, onde a energia minimizada foi da forma
E = L ~'. ,i!j para n = 1,2,3,4,5,e 6i . ~J,J(V-7 )
e o poliedro de coordenação que forneceu a menor energia foiolpTTC
para todos os valores de n.
Se gundo Spedding (7), os sais hidratados de Nd devem ter
coordenaçãó 9 e os sais de Ho coordenação 8. Como se vê, os vaIo
res apresentados até então para o número de coordenação desses sais
sao conflitantes. ':Neste trabalho provou-se que a coordenação para
ambos os casos é de número 9, eliminando qualquer ambiguidade nes
FIGURA V.3 - PERSPECTIVA DO POLlEDRO DE COORDENACAO PARAO COMPOSTO COM Ho.
89
o (I)iõõõ
o (111000
0(2)3010
0(2)6001
0(2 )1000
O( 2)4001
0(2)2110
O( Z)
lS 111
Olll
2iTõ
(O )
( b )
90
FIGURA·V-4 - projeções do poliedro de coordenação do Ho3+(a)" sobre UM plano vertical e (b) ao longodo eixo C3. Entre parenteses está o desvio padrão.
91
se sentido.
Os valores encontrados aqui para os parâmetros caracte
rísticos dos poliedros de coordenação de ambos os sais diferem li
geiramente do PTTC idealizado por Guggemberger e Muetterties para
n = 6 (ver na equação V-7), como pOde-se notar nas tabelas V-12 e
V-13 que apresentam os ângulos diedros característicos e as ares
tas do poliedro de coordenação respectivamente.
As distâncias interatômicas para os poliedros de coorde
naçao de ambos os sais estão na-tabela V-14.
Em ambos os compostos as distâncias Ln-O(2) (prismática)
sao menores do que as distâncias equatoriais Ln-O(l). Ln-O(2) para
o caso de Ho é 0,084 R menor que no caso de Nd, o que é compatível
com a contração do raio iônico entre Nd3+ e H03+ de 0,09 R (35).
A contração equatorial Ln-O(l) é, por sua vez, somente a
metade da contração Ln-O(2), ou seja, 0,042 R. Isso provavelmente é
causado por repulsães de van derWaals entre 0(2) e 0(1) já que es
sas distâncias (arestas ,tipo-c, ver tabela V-14) são bastante cur
tas (2,86 R para Ln = Nd e 2,79 R para Ln = Ho).
A contração dos comprimentos Ln - ° é responsi.vel pela
contração dos PTTC. O decréscimo nas arestas-h e arestas-v entre
os compostos de Nd e Ho é o que era de se esperar por causa do de
~ . d . ,-. t Nd3+ H 3+creSC1mo o ra10 10n1CO en re e o •
A razão v/h para os valores dessas arestas normalizados
com relação ao valor médio Ln-O (1,17 para ambos os poliedros) e
compatível com os valores idealizados por Guggemberger e
ties.
Muetter
O decréscimo das arestas-c (do ca~uz), igual a 0,07 R, é
igual ao decréscimo encontrado para as distâncias médias Ln-O dos
poliedros de 'coordenação.
Na tabela V:;15encantram-se várias distâncias Ln-O do p~
liedro de coordenação para vários aquo-sais fornecidas por Sikk~3~
eHubbard, Quicksall e Jacobson (37) r Fitzwater & Rmd1e (38) , Albertsson
Elding(39) jootarrentemm os valores encontrados nesse trabalho. Na ta
bela, Ln-Oc é a distâncianédia do lantanídeoao oxigênioque fonm o ca
puz (distância equatorial) e Ln-Ob é a distância média entre o lan_
tanídeo e os oxigênios das bases do prisma (distância prismática).
Na tabela V-lS pode-se observar o fenômeno de diminuição
do raio iônico com o número atômico comurnente chamado de contração
lantanídica(4) .
V. 8.4. Ãnions
92
As distâncias interatômicas entre os átomos dos ânions es
tão todas dentro da faixa esperada, exceto para aquelas entre 09
átomos C(l)-F(l) e C(1)-F(2) que são um pouco curtas.
Essa anômalia não é consequência de um refinamentoinade
quado, pois foram refinados 28 parâmetros posicionais e 40 de vi
bração em cada caso, o que dá uma razão de 10,1 reflexões por oara
metro para o caso de Nd e 11,2 para o caso de RoCusando todas as~
reflexões independentes). Nota-se que esses átomos de fluor estão
associados a altos valores de B. , o que produz um encurtamento1S0 -
nas distâncias aparentes entre os átomos envolvidos, como foi des
crito por Busing e Levy(40) ~
V. 8.5. Pontes de hidrogênio_
Da análise dos valores encontrados para as distâncias e
ângulos interatômicos entre os átomos de oxigênio (das moléculas de
água e de ânion) e átomos de hidrogênio, verificou-se a forreaçãode
duas pontes de hidrogênio entre cada átoITO de oxigênio do poliedro
93
de coordenação com duas moléculas distintas do ânion. As .distân
cias e ângulos interatômicos correspondentes estão na tabela V- 8
para ambos os sais. As pontes de hidrogênio ~odereser observadas
através da figura V-5 e V-6 que mostram projeções estexeocó~icas
das moléculas nas respectivas celasunitárias, com os elipsóides de
vibração térmica desenhados numa escala de 50% de probabilidade(4~)
Observa-se, na tabela V-8, que as ~spectivas distâncias
0•••0 sao praticamente as mesmas para ambos os sais; o mesmo é ob
servado nas tabelas V-IO e V-lI para as distâncias e ângulos inte
ratômicos entre os átomos doân!on. Isso pode ser in
terpretado como sendo iguais as forças de-interação existentes en
tre o poliedro de coordenação e os ânions e entre os próprios áto
mos de ânion.
A variação nas dimensões das celas está pnDvaveLmentere
lacionada com a repulsão 0(1)-0(2) e com o sistema de pontes de hi
apeii) a contração:Ln-O(l)O
Ln-O(2) (=0,084 A) entre as duas estru
i) iguais as forças de interação entre as molécuo
(=0,042 A)Ias de água e do ânion ei
nas a metade da contração
drogênios. Sendo
turas; tem-se que Os ânions no caso de H~ , irãoo se
aproximar do poliedro de coordenação nas direções "x" e "y" e se
afastar do mesmo na direção "Z", mantendo a mesma distância nos
dois casos, causando uma contração das arestas a e b e uma elon
gação da aresta c.
Observa-se claramente nas figuras V-5 e V-6, que mostram
as projeções este~oscópicas das duas estruturas, que os átomos vi
bram com menor intensidade nas direções das ligações. Isso é, evi
dentemente, devido à interação com os átomos.vizinhos que dá menor
libérdade de movimento nessas direções.
94
~--------~------- --- .-- -----
FIGURA V.S - REPRESENTACÃO ESTEREOSCCPICA PARA O CO~POSTOCOM Nd
FIGURA V.6 - REPRESENTACÃO ESTElPEOSCOPICA PAPA. O COr.'POSTO COM Ha
95
V.9 - CONSIDERAÇÕES GERAIS E SUGESTÕES PARA_ TRABALHOS FUTUROS
A realização deste trabalho permitiu-nos aprender as
técnicas de determinação de estruturas cristalinas por difração
de raios-X, assim como de técnicas especiais de refinamento dos
parâmetros estruturais em casos de estruturas desordenadas. Este
último ponto é de fundamental importância em casos de complexos
envolven<fiolantanideos, dado que a maioria das'estruturas apresen
ta problemas de desordem.
As estruturas apresentadas neste trabalho'!Ítnscrevem-se
num plano de pesquisa mais amplo do grupo de cris,talografia de
são Carlos, relacionado com a resolução de estruturas de uma gran
de variedade de complexos envolvendo íons!lantanídeos.
O problema fundamental que se apresenta no caso de com
plexos com número de coordenaçao alto, como ê o caso dos comple
xos de lantanídeos, é que as técnicas de espectroscopia não permi
tem esclarecer de forma unI~o número e a forma da coordenação
ao redor do cátion, sendo que a melhor maneira de elucidar o pro
blema é mediante o uso das técnicas de difração de raios-X, as
quais dão uma visão clara da simetria pontual.
Dado que, como foi dito acima, as estruturas aqui qpre~
sentadas fazem parte de um estudo sistemático de complexos de
coordenação da lantanideos, nosso trabalho futuro será a determi
nação das estruturas de uma outra série de compostas que envolvem
lantanideos com outros tipos de ligantes.
TABELA V.I - FATOR DE ESCALA GEPJl.L, PAPÂMETRO DE VIBPAÇÃO ISOTPOPI
CO ~~DIO. PAPA O COMPOSTO COM Nd.
FATOR DE ESCILA 6ERM. = 0,637
PMAlETRO DE IJIBRACAO lSOTROPICO IEBIO: U = 0,074
SEN(O)/ 0,00 0,07 0,14 0,21 0.28 0,35 0,42 0,49 0,56 0,63 0,70
< Frei> 0,868 0,811 0,768 0,812 0,751 0,752 0,820 0,692 0,701 0,642 0,645
n 0,4 5,8 19,1 37,7 65,0 97,5 139,6 169,' 93,1 50,9 6,1
96
TABELA V.2 - FATOR DE ESCALA GERAL, PA~TRO DE \1IBBArp-.O ISOTR6PI
CO MeDIO. 'PAPA O COMPOSTO COt1 Ho~
FATOR DE ESCAlA GERÂl= 0,810
PMAHE1'RO DE IJIBRilCAO lSOTROPICO 1010: U = 0,073Sen(O)/
0,000,070,140,210,280,350,420,490.560,63
< Frei> 0.872 0,769 0,725 0,794 0,720 0,750 0,787 0,698 0,675 0,641n
0,45,618,536.8&3,295,6134,9 182,2 196,8 29.1
TABELA V. 3 - PAPÂ1-"ETP.oSDO FATOR DE ESPALHM1ENTO PARA. OS ÂTO~~OS.
Nd HoCQQFH..•
a
22,684526,90492,310003,048503,539206,905300,489918
b
2,662482,0705120,843913,277110,28251,4679020,6593
a
19,684717,29401,020002,286802,64120:;,203400,262003
b
0,2106280,1979410,20755,701104,2944022,21517,74039
a
12,774014,:::;5831,588601,546301,~17001,4379001196767
b
15,883011,44070,568700,323900,261500,2536049,5519
a
2,851373,638370,865000,867001,024301,586300,049879
b
137;90392,656651,6S1232,908926 r147656,17202,20159
c
1,984864,567960,215600,250800,277600,866900,001305
Af'
-0,535-0,6660,0020,0080,0140,110------
Af-
3,0184,6780,0020,0060,0100,124------
97
TABELA V. 4 - PARÂ~TROS POSICIONAIS PP._PA [NO.(H20) 9 J (CF 3S03) 3
ATaM X/AY/BZ/CBISO
NIt
0.3333(0)0.6667(0)0.2500(0)2.14(1)
O( 1)
0.1408(3)0.4893(3)0.2500(0)3.6(1)
o (2).0.3354(2)0.5431(2)0.4833(3)3.31(7)
S( 1)
0.3812(1)0.3190(1)0.2500(0)3.11(4)
0(3)
0.4320(3)0.2503(3)0.2500(0)'L1(1)
0(4)
0.3987(2)0.3812(2)0.4123(4)4.51(9)
C (1)
0.2313(6)0.2197(6)0.2500(0)5.8(3)
F (1)
0.1764(3)0.2742(4)0.2500(0)8.4(2)
F(2)
0.2048(3)0.1573(3)0.3923(5)10.8(1)H(lU
0.104(2)0.452(2)0.357(2)
H (21)
0.364(2)0.494(2)0.494(5)
H(22)
0.285(2)0.510(2)0.581(3)
ATOM X/A. Y/B Z/CBISO
HO
0.3333(0)0.66Ó7(O)0.2500(0)2.20 (1)
0(1)
0.1,109(3)~.1875(3)0.2500(0)3.,HU0(2)
0.3350(2)0.5445(2)O.4715(·t)3.09(8)
S (1)
0.3836 (1)0.3162(1)0.2500(0)3.10(4)
0(3)
0.4438(4)0.2542(4)0.2500(0)4.4(2)
0(4)0.3961(3)0.3779(3)0.4096(4)4.4(1)
C( 1)
0.2322(8)0.2052(7)0.2500(0)6.1(3)
F (1)
0.1700(1)0.2561(5)0.2500(0)9.0(2)
F(2)
0.2112(3)0.1431(3)0.3901(5)10.6(2)
H(l!)
0.101(3)0.417(3)0.352(3)H (21)
0.360(3)0.491(2)0.466(5)H(22)
0.287(2)0.511(3)0.571(3)
98
ATOM U<1.1)U(2,2)U(3,3)U(2,3)U(1,3)U(1,2i
r-/II
:>.0266C~)0.0266(2)0.0283(2)0.0000(0)0.0000(0)0.0133(1)0(1)
0.OH(2)0.038(2)0.03a(2)o.COOO(O)0.0000(0)0.005(2)Df :n
0.044(2)0.046(2)0.045(2)0.013(1)0.010(1)0.029(1).-, seu 0.0480(8)0.0473(8)0.0346(7)0.0000(0)0.0000(0)O.032:H7)O I: 3)
0.073(3)0.069(3)0.044(2)0.0000(0)0.0000(0)0.058(2)0(4)
0.078(2)0.067(2)0.047(2)-0.015(2)-0.012(2)0.052(2)C(1)
0.065(5)0.076(5)0.080(5)0.0000(0)0.0000(0)0.037(4)F(1>
0.066(3)0.130(1)0.112(:)0.0000(0)0.0000(0)0.065(3)F(2)
0.096(2)0.116(3)0.172(4)0.076(3)0.045(3)0.034(2)
TABELA V. 7 - PARÂMETP.OS DE VIBRArÃO Pl\PA °Hp[(H20)9 1 (CF3S03)3
ATOM
U<lr1)U(2,2)U(3,3)U(2,3)U(1r3)U<1,2)j HO
0.0287(2)0.0287(2)0.0263(2)0.0000(0)0.0000(0)0.014"(1)
c (1)0.044(3)0.036(2)0.039(3)0.0000(0)0.0000(0)0.006(2)
0(2)
0.042(2)0.042(2)0.010(2)0.011(1)0.011(1)0.027<1)
S(1)
0.0'521(9)0.0171(9)0.0312(8)0.0000(0)0.0000(0)0.0342(8)0(3)
0.086(3)0.078(3)0.038(3)0.0000(0)0.0000(0)0.068(3)
0(4)
0.090(2)0.069(2)0.041(2)-0.016(2)-0.011(2)0.054(2)
C(1)
0.076(6)0.079(6)0.067(6)0.0000(0)0.0000(0)0.031(5)
F(1)
0.062(3)0.155(:)0.132(5)0.0000(0)0.0000(0)0.060(4)
F(2)
0.124(3)0.102(3)0.135(4)0.060(3)0.040(3)0.023(2)
\
99
o oTl\..BELA V. 8 - PONTES DE HIDROGENIO [A., ]
1 O - H ••• O 11 0•••0 11 H•••O 11 J_O-H •••O 111 11 ~~~ 11_~ 11 111 11 Ln=Nd 1 Ln=Ho 11 Ln=Nd 1 Ln=Ho 11 ln~Nd 1 ln=Ho 111 11 111 O(1)-H(11) •••D(4) 112,98 1 2,98 112,014 1 2,05 11 167,5 1 166,1 111 1000 1000 1000 11 1 11 1 11 1 111 11 1 11 1 11 1 111 O(1)-H(11) •••O(1) 11 2,98 1 2,98 11 2,01 1 2,05 11 167,5 1 166,1 111 1000 -4001 6001 11 1 11 1 11 1 111 11 1 11 1 11 1 111 0(2)-H(21) •••O(4) 11 2,84 1 2,81 11 1,94 1 1,87 11 155,7 1 168,5 111 1000 1000 1000 11 1 11 1 11 1 111 11 1111 11 1 11
1 O(2)-H(22) •••O(3) 11 2,7~ 1 2,74 11 1,81 1 1,79 11 173,4 1 176,5 111 1000 1000 -3001 11 1 11 1 11 1 11---------------------------------------~---------------------------------
TABELA V.9 - DISTANCIAS Ln-O (ânions)' [~]
0(3)0(4)0(4)1000
1000-2010
••Nd 4,6894,6364,797
1000
Ho
4,6274,5704,7661000
100
TABELA V.I0- DISTANcIAS INTERATOMICAS [ ~ 1
Ln=Nd
Ln"'Ho
L'-,
- 0(1)215t.8(3)2,526(4)..1000
1000
Ln
- 0<2' 2,451(2)2,367(3)1000
1000
0(1) - H<11>
0,950(1)0,950 (1)1000
1')00
O(2) - ~H21)
0,950(1)O, 950( 1)1000
1000
0(2) - H (22)
0,950(1)O,950(1)1000
1000
S(1) - 0(3)
1,439(3)1,435(4)1000
1000
5(1) - 0(4)
1,435(3)1,432(3)1000
1000
S(1) -C(1)
1,830{l)1,8843(9)1000
1000
C(1) - FO)
1,311(8)1,33~1)1000
1000
C(1) - F(2)
1,301(5)1,296(5)1000
1000
O(U - 0(2),
2,973(4)2,884(4)1000
1000
0(1) - 0(1)
4,448(6)4,375(6).:I.1000 ~110
(1(1) - 0(2)
2,745(4)2,691<4)211.0
1000
nor'izontal 0(2)1 - 0(2)
2,988(4)2,891(4)1000
2110
vertical
0(2) - 0(2)3,480(5)3,357(6)1000
-4001
H(ll)- H(11)
1,60( 4)1,55(4)1000
-1001
0(3) - 0(4)
2,409(4)2,405(4)1000
1000
0(4) - 0(4)
2,421(5)2,418(6)1000
-4001
Fel) - F(2)
27130(5)27156(6)1000
1000
f(2) - F(2)
2,421(5)27122(8)1000
-4001
\
101
TABELA V.ll - ÂNGULOS INTERATOlA.ICOS [ o ]
Ln=NdLn=Ho
0(1)
- Ln -0(2)72,6(1)72,1(1)1000
10001000
hürl:::ü.-.tal 0(2)
- Ln -0(2)73 d (1)75,3(1)2110
10001000
aOi
- Ln -0('1'66,3 (1)66,6(1).'- )1000
10003010
vertical
0(2)- Ln -0(2)90,5(1)90,3 (1)
-400110001000
0(2)
- 0(1) - 0(2)71,7(1)71,2(1)
1000
10004001
0(2)
- 0(1) - 0(2)62,9 (1)62,4 (1)1000
10003010
0(2)
- 0(1) - 0(2)78,7 (1)77,2(1)
1000
21101001
H(ll) - 0(1) - H(ll)
114,3(8)109,1 (9)o
10001000-4001-H(21) - 0(1) - H(22)
93 (3) .95(3)1000
10001000
0(3)
- S(1) - 0(4)113,9(1)114,0(1)
1000
1000lQOO
0(4)
- S(1) - 0(4)l1Sd(3)115,2(4)
1000
1000-400140(3)
- S(1) - e(1)104,4(3)104,5(4)1000
10001000
0(4)
- S(1) - e(1)103,8(2)103,6(2)1000
1000 .1000
F(l)
- e(1) - 5(1)109,5(5)108,3(6)1000
10001000
F(2)
- C(1) - S(1)109,7(4)108,9(5)
1000
10001000
F( 1)
- C(1) - F(2)109,3(5)110,4(5)
1000
10001000
F(2)
- C(1) - F(2)109,4"(6)110,0(7),
10001000-4001: '-- --
102
103
TABELA V.12 - ÃNGULOS DIEDRAIS CARACTERISTICOS DOS POLIEDROS DE CO
Co.postos opostos(lC~ opostos(IIC3) vizinhos(IIC3) v/h
idealizados* 180 146,4 26,4 1,17
ln=Hd 180 140,4 22,S 1,17
Ln=Ho 180 138,8 21r4 irt7
*valores idealizados por Gussenberser I Huetterties
Planos opostos (lt): 0(2),0(2),0(2) e 0(2),0(2),0(2)3010 1000 2110 6001 4001 5111
Planos opostos (11)t
Planos vizinhos (1IC3>:
0(1),Q<2),0(2) e 0(1),0(2),0(2>1000 4001 1000 2110 1000 4001
0(1),0<2),0(2) e 0(1),0(2),0(2)1000 4001 1000 3010 2110 5111
TABELA V.13 - ARESTAS DOS POLIEDPOS DE COOPDENArÃO
'-~- --
Ln
tipo de~aloresvalores*valor **aresta
.ediosnoraalizadosteorico
Nd
2,86A!r15c
1,14Ho
2,791,15
Nd
Ho
Nd
Ho
h
vtr40
h39
1,22.
lr42
i-Nõr.ãiizãaã-cõ;-reiãcãõ-ãõ-vãiõ;-ãeaiõ-[õ=õ------------------** Correspondente a n=6,ver cap.V, secao V-5
TABELA V.14 - DISTANCIAS INTERATC~~CAS PARA OS POLIEDPOS DE COORDE
NArÃO DOS [L~ (H20)9 ](CP3S03)3 . [~1
Distanchs Ln-O
Ln
OU.) 0(2)distancia1000
1000aedia*
Nd
2,568(3)2,451(2)2,49
Ho
2,526(4)2,367(3)2,42
arestas tipo-cLn
0(2)0(2) .1000
3010,Nd
OU)2,973(4)2,745(4). _1000 ;,
Ho
OU)2,884(4)2,691(4):,1000
arestas tipo-h
104
Hd0(2) - 0(2) 2,988(4)1000 2110
arestas tipo-y
Hd
0(2) - 0(2) 3,480(5)1000 4001 )
Ho2,891(4) .
*Valor'aedio calculado entre o lanfanideo e osnove oxisenios do poliedro de coordenacao.
\
TABELA V.15 - ALGUMAS DISTÂNCIAS Ln-O ENCONTRADAS NA LITERATURA
[~]
ln[(Htl) rjJ(C2H 9'0i3 ln-Ocln-Obln-O
ln = Pr (39)
2,592(3)2,470(2)2,51
ln = Yb (39)
2,518(4)2,321(3)2,39
ln = E/38)
2,522,372,42
ln = Y (38)
2,552,372,43
(37)2,47(2)2,37(1)2,40ln = Ho
Pr > Ho > Y > Er > Yb
ln[ (~0>9] (Br03>:3
ln=Pr(39)
2,52(1)2,49(1) .2,50
ln = ~b(39)
2,43(1)2,32<1 )2,36
ln = Nd( 38)
2,51,
2,472,48
ln = S.( 36)2,55(1)
-2,46<1 )2,49
Pr > Nd > S. > Yb
105
ln = Nd
ln = Ho
Nd > Ho
* Neste trabalho
Obs: ln-O e' a distancia aedia do lantanideo a todos os oxiSenios
do poliedro de coordenacao.
COMPOSTO
106
TABELA V.16 - FATORES DE ESTRUTURP_ OBSERVADOS E CALCULADOS PARA O
~d(H20)9] (CF3S03}3
" KL 10FO 101" •••KL 10'0 10ft "li.L Ufa 18Ft HKL 101'0 10Ft "KL 101'0 10Ft
0
10571 .'5ft4•6 107]8 .711•••4 14•lI27414-6 1815'11~17 00a 111'1"-1814.1
i116U6U.5 115"515".111I4'18••-5 101au .i8e 1112177!T8• 2•757 .743 •••li56]11••1I1 U7Il.UU .4 101441 .444 .1é2]40 .341.a
)•141 .141 .1 10)11 .:SU021 12u-un .] li1447445 \!I2a10131183.1
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6 155174.2 11176 .IU051 llU·1211 .2 111512504 QJ52713115_4
li U7104"1 11606595.5liI un-I'" .1 111U-70 -562102104-J & 8]481'e 112U -254-4li1 1111' 1169 o 111271 ••274 _4&2708119'1-z
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7 296 .294••8 12\!I152 -lU 0li171138-8 li!1J49 -354 0•21107 -60S-5
7 '14193.5.•7 120••65-.715105611-7 12145345'1-117i!92105-4
7 161 -U9••6 li!elUlU_57I]&-51 .& 121115105.57265b -6111-] 7 4S11 -441-5 li!0116 .179 -471292 .il7 .5 li!1441 -4]'1 .4725b75&1-Z
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.1I- 7457i!6-8 1341]401-281fita621••7 1313&4 ••37] ••28i!7239
I8 441 .44i!-1 13179 -178-I81264i!1I1••li1311193490.182464 .•4ba
_89 2U -227.•li 13]U -3ll808164•• ft44 -5 13I174 -173 082308]0b
-79 488 .11911I.5 133763U_8'I144'1 •.448 .4 131351 .345 -8'Ii!71-811
••ft9 i711l27'••4 13243 -26'5-7913753U-3 131]48]411_7'I2b248
.59 '15".] 13 515&••ft91lU151••2 131134 -132 .&9"43b •.433
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..] 9 586'577"1 13140 .13&.4917721ft!-10 1415'1••&1••49213'11410.z
• 117 .171-11 14]11300..]'I1202199-'I 14I238 -2]4 ..]9i!531 .5i!6·1
9 &51 .639_9 14171 ••1&'1••2'I' 11158 -&61-8 141217205.2•i!la0123" 'I 530537-8 14291 -llll·1'I1411ft4••.7 141&e51!!"192i!b82ba_'I II
411 .42a_7 14417417-'I 181&lft609••& 14130i! .305' B9i259 -259.8 li
&94718••6 14••••72_8 11111'1 ••115 -5 141i!74281.'1 li~35'1350.7 l' 117 .2U.5 14i!Ift-i!06.7 II127'1 .211 _4 1415]29••8 10i!544 .'551
\
TABELA V.16 Continuacão (1)
107
~~L 1íl~O 10~C '4~LI~FO lilFC ".•.L I~!"O 10FC '1l(L 101'"0IMC~KL 101'"0\~I'"C
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230430'1••1"3109100.'1 11:s~b45b5 0li"048&ó2.5 12lilb3 -\52.2 10
2lb6 .155 0li3530 .522 ·8 113205 -205 .b14213 -\99 'O•• 124155 -151·1
10263••6'1.453290 -263 _7113111 -1il5 .51liJ'Io362.3 1242302/14o 10
22'11253·3539006'17.b 113"27b36.414020 ••&0b 01'5553550
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2be3 ••&'16 .'5b3770761-2 113375 -390 "74512 ••517 ••1355&e594.1> 11
i!50&52'l••li"3451l -454 .1113172\83••784e60b73Il3'5180161-5 11
í!]25321·3"3153 ••153 I! 11322'1234••ti84337 .338 .3"5329332.4 11
2'132 .'l4t1-2&3&84b'l5·11123326333.564342 ••325 ••245141153.3 11
2334335••1b3bb5 .b8\ ·10 123361 -364 ·48"588568.\45274 .280.a 11
22522510b3124 .114 .9 123U59.384337 ••345 0"520020/1.•1
11í!"53 .&50 ••&73731 -726 _6 123236240.211470.47.1,15572••75o 11
í!27527i!••573/1&14·7 U:52'l2 ••3"'4 -1847507&1.35557e ••5112••11
1221641711-473i!85285-& 12310'1-'15084402 ••404 ••255415423••10 12
21591&1••373490 .470 ••5 1233543&0••89441••20-155131 .141.'1 12
2H'l -402 .•273~7&272••4 1ji!32'10 -282 .794137 -t3e "55&30 _&20.11 12
217'1186-I73275283-3 1232&& -272 -e94379384••5&5544 .5&0.1 12
211& 'Ou" 0732'1'1.•3ill ••2 123414413-5942cl232-4b5580605.e 12
23&8 .377 _76310-lI6-1123238 .251 .494172 .1b8 .•3&5311••3••5 12
2310315.•&8382&635_'I 133424 ·42'1 ·39114e6475-2b519& .202." 12
2183177-563~16 -514 .8 133127tt8••2941"1 ••173 ••Ib5721732.3 12
2357 .370 ••463337337.7 11335&353••1'i43"2 ••3&3 0li5b1-17.ê! 12
2247213-3837511751>-& 1333b3 -3Sb 094473477-&75459452-I
12i!279285·2833b'l -355 -5 133133IlIb.'1 1042'15 -294 ••57568••b0o 12
2428 .438 ·183lill.7'1_li 133337342-8 10115&"5&0••475150 .148·11
13i!437 -430 '"832"e2/1&004 1140 17'1'1.7 104285 -2611 .37523523'1.11l 13
í!173le5-8'I32'14275 "14&52 _bS4 .•b 10434& ••34& .27510& -\17.•'I 13
225112&2.7'I:5142 .137 -1il473"723••5 104300302·175445 ••448·8 13
2403 .414 .&'I32&3 .•25e 024&13 -594 _4 104175 .172 07519&20&••7 13
2312312••5'I331'l317·2341>24&••3 104l74 •.37" -7858"73_b 13
21'1118!>-493571 .•580 ·134371 ••3bll ••2 10/I235243••b85b51 -ll47.5 13
2288 -286 .3'I3341 ••35'l 03li700715••1104. 471-&2 .5852'1il304.4 13
212'1130·2'I35'17598-344b8-&8 ° 10425" .25" .465115 .122.3 13
2133133·193lI65 .•4'13 ·244442lIb0"10 1143\7320-38'5481 ••488.2 13
225& .21>0 "'I3255 .•253 ·144248 .2113 .9 11/I234 .-231 -285322320-6 I"
2il33221.'1 lil:5573 .583 04"311 ·334 .8 114313 -3\'1 -185838O••7 14
2345 -3l16 -8 11l32721.45"435428·7 111144744""853b& .373.b 14
252••27·7 10318&185·3'54b&9 .•e7b .b 114148 ••141 .8'I5359 .•3el!0
13b26 .&4& -b 103773 .•77e -2'54732b·5 114374 -36" ••795lH3273••1
2344'l-5 103225224·154-8458&1.•4 114b5b&11-b9512&1290
23b'l'l70e-/I 103312300 05"1,193.117" .•3 114307 -308 _5953b0 .353.2
33 111I11100&-3 103/145 .•454 'Osb4278 -273 -2 1141&0 •.le'l.495448455
TABELAV. 16 - Continuação (2)
108
"KL. 101'0 UI"C w"L 10"0 UFC H"L. 10"0 181"C HKL. 10'0 10FC "I(l.u,a 10Ft
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TABELA V.I? - Continuação. (1)
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TABELA V.i? - Continuação (2 )
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420.20••375 3233••5 12529"28 ••896 88067 6"2.7 12
47•• ti .275 16·17••4 1252221••79111213-67730-30••li 12
/I313I:!-175 119••/1'1••3 1256/I••69626"29 -577 lt••2.5 12
420.20 0753131••2 125211.22 -596 9'I••4772J24.4 12
416.16 .78'5 1'112••11252122_496 1818-37725"211.3 12
43131~66573-73••9 1353335-39&30••31C1••277 63.2 12
'I2'1••30 _5853132-6 1356••'I.•296 1311-1772627"I121117-11 ••465 13"13 .7 13535-311••1'Ili2222 077 14-13
o 12'I3/1311••38553-53••b 1353231 091121-22 ••787 11·11
.1113'I302\-285 4141/1.•5 1359"10 ••9 10b2425••b87'11140
TABELA V.I? - Continuação. (3)
112
H KI.1'0FCH~I.1'0I'C HI(I.1'0FC 11KI.1'0FCHKI.'0FC
·5
8., ali.i!1I.59., li!33018i!3.i!3 048i!5.i!3·3li!3534.4
8., 8a.49., 41••Ai!.12•3l5]_45835311.2li810.•10-3
8.,3939.39., .,.5 Ii!li!822-i!1-358i5••24.1li824••23-i!
8.,2"_211_29.,2929••i!38 li••3·258 li!"12 0li83l31-I
87 10-til -I972i!·21 -I3829-i!8-I584342.5.,•323i!I
8., 1921i!l_li 111739.40 Ii!l]843UI58ZI.21 ••4.,•25••24.8
972122••5 11.,1918.34817-17 -5li8 9.7 ••37815,,111_7
9723-23 .4 11.,211211.2483150••li8li••li!••2'78i!828_flI
9., liIi!l0Ii!l8.,.,75.148i!]_2]
"
113
AP~NCIDE I
~TODO DE WILSON
O refinamento de um ~odelo estrutural obtido, por exem
plo, pelo método de Patterson, ou a aplicação de "Métodos Diretos"
de determinação de fases de fatores de estrutura, requerem o conh~
cimento aproximado do fator de temperatura médio e do fator de es
xala entre os fatores de estrutura observados e calculados (G).,
O valor do parâmetro de vibração isotrópico médio,
é uma boa aproximação para os parâmetros de vibração iniciais
Um'
dos
átomos. Esse valor é calculado juntamente com o fator de escala G,
supondo que todos os átomos vibram com a mesma intensidade na es
trutura, através do método de Wilson.
Método de Wilson
Considerando que, num cristal, os átomos vibram em tor
no da posição de equilíbrio, e a magnitude dessa vibração depende
da temperatura, tem-se que para um átomo real, o fator de esnalha
mento é dado pela expressão:
(AI-I)
onde
f .: e o fator de espalhamento para: o j9 átomo em repousoOJ
B: fator de temperatura isotrópico para o j9 átomo.
114
A amplitude quadrada média de vibração (ü2=U) re1aciona-
se com B da seguinte forma:
(AI-2)
Define-se a intensidade observada média, já corrigida p~
ra os efeitos Lp, como sendo
Se a cela unitária contém N átomos, a intensidade média
teórica é dada pela equação abaixo (eq. AI-4)
IabsN
= í:i=l
f~J (AI-4)
mas os f. requeridos nessa equação são os que descrevem os átomosJ . ,
como eles estão no cristal i. é, com o movimento térmico incluido,
portantoAI-4 fica:
(AI-S)
onde o termo exponencial será o mesmo oara todos os átomos e o va
lar de B deve ser encontrado.
Então,
Iabs
tem-se que,
(AI-6)
I = C IreI abs (AI-7)
onde "C" é uma constante de propriedade
logo,
fazendo
(AI-8)
llS
RI =IreINL:f2
O)'j=l
(AI-9)
e tomando os logaritmos de ambos os lados, fica
[I ]
reI 2 2
Ln N = Ln C -2B(sen e/À)L: f2.J=l oJ
" (AI~IO)
Para se obter C e B, constrói-se
RI X (sen2e/À2) da seguinte maneira:
um 'gráfico de
a) Divide-se os dados em intervalos de (sene/À)2.
b) Para cada intervalo calcula-se
n1 L: IF 2:
n j=l jrell (AI-lI)
onde n é o número de reflexões no intervalo em consideração.
e
Nii) I
j=lf .
OJ
onde
N. e o número de. átomos na cela unitária
f . é ó fator de espalhamento para o j9 átomo em repousoOJ
com relação ao valor médio de sen e/À no
em consideração.
intervalo
2< se~ e>
À
c) Lança-se em um gráfico
de cada intervalo.os valores de Ln[ IreI]
n. 2r f .j=loJ
contra
d) Traça-se por esses pontos, a melhor reta pelo método
dos minimos-quadrados e extrapola-se para (sene/À)2 = O para a.'ob
tenção de LnC. A inclinação da reta é -2B, e de (AI-2), tem-se
Um = (AI-12)
o valor de C está relacionado com o fator de escala, R,
necessário para converter IF 11 em IF b I, porre a s
K = ~IC
onde,
(AI-13)
(AI-14 )
117
AP~NDICE 11
CÂLCULO DA GEOMETRIA MOLECULAR
Uma vez obtidas as posições atômicas na cela e refinadas
suas coordenadas, resta o problema de interpretar quimicamente o
significado desse arranjo de atomos, e para isso existe a necessi
dade de calcular as distâncias interatômicas, os ângulos interatô
micos e os ângulos diedrais.
AlI. L cálculo das distâncias interatômicas
A distância entre os átomos (i) e (j) cujas coordenadas
sao (x.,y.,z.) e (x.,y.,z.) respectivamente é dada Dor:J. J. J. J J J - -
d .. = (x.-x.)a + (y.-y.)b + (z.-z.)c-J.J J. J - J. J - J. J-(AlI-I)
onde a,b,csão os vetores que definem a cela unitária.
Sendo:
2a.a = a -
b.b = b2- 2c.c = c -a.b = ab cosy
b.c = bc cosa
-a.c = ac cosS
onde
a, .:b,c,a,S,y,são os parâmetrosda cela unitária,de
(AII-l)
tem-se
118
2 22 22 22d .. = (x.-x.) a + (y.-y.) b + (z.-z.) c + ab cosy(x.-x.) (y.-y.)1J 1 J 1 J 1 J 1 J 1 J
+ bc cosa(y.-v.) (z.-z.) + ac cosB(x.-x.) (z.-z.)1 -J 1 J 1 J 1 J
utilizando o tensor métrico,D, definido como:
(AII-2)
D =
à.à
a.b
a.c
à.b
b.b
b.c
à.C
b.c
c.c
(AII- 3)
a equaçao AII-2 pode ser escrita como:
2 td .. = x D x
1J (AII-4)
onde ~ é o vetor formado pela diferença das coordenadas atômicas e
xt é o vetor transposto de x~
AlI. 2. cálculo dos ângulos interatõmicos
o ângulo entre três átomos (i,j,k) com distâncias d .. e-lJd'k é obtido por:-J
d ..•d'k = d ..d'k cose-lJ -J 1J J
sendo 8 o ângulo procurado.
utilizando o tensor métrico, D, tern-se
(AII-S)
cose = (AII-6 )
119
onde x é o vetor formado pela diferença entre as coordenadas atômi
cas dos átomos i e j, e 9 é o análélgo de x para os átomos j e k.
AlI. 3. cálculo dos ângulos diedrais
Supondo dois planos (TIle ,TI2),cada um descrito pelas p~
sições de três átomos. O ângulO diedral, ~, entre eles é dado por
(AII-7 )
onde A., B., c. sao as constantes da equaçao do olano dada na for~ ~ ~ .ma
A.x + B.y + C.z + D. = O~ ~ ~ ~ (AII-8)
Essa equaçao é encontrada resolvendo o determinante abai
xo r
x yz
x01 Yolz
01,=
O (AII-9)x02
Y02z02
x03
Y03z
03
120
onde x ., y ., z .; são as coordenadas ortogonalizadas para o i901 01 01 .
átomo, e são encontradas do modo descrito por Rolletl4~}.
121
AP~NDICE 111
RESOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES NORMAIS
Durante o processo de refinamento dos parâmetros atômi
COS, é necessário resolver o sistema de equações normais definido
na forma matricial pela equação 111-12 definido na seção 111-2.
Esse sistema é resolvido decompondo a matriz normal pelo
processo de Cholesky e a seguir encontrando as soluções para os de~
vios dos parâmetros pelo processo de eliminação de Gauss(42) (ver
seção 111-6).
O algoritmo para esses dois nrocessos são dados a se
guir.
A111.l. processo de Cholesky
1. Faça i = 1(para contar as linhas da matriz)
2.
Faça 111 =( )1/2all
3.
vá para 12.
4.
Faça j = 1(contador de colunas),m=a ..,vá para 9.1J
5. Faça k = i,m = a. '.1J6.
Faça m = m - 1ik 1jk.
7.
Avance k,vá para 6 até que k = j.
8. vá para 11 se j = i.
9. Faça 1.. = m/.e.. '.1J JJ
10. Avance j e vá para 5.
11. Faça .e.ii = ml/2 .
122
12. Avancei, vá para 4 até que i = n + 1.
AIIJ;:.2.Eliminação 'de Gauss
1. Introduza um contador i = 1, para contar as linhas da
matriz.
2. Coloque j =i, para contar os elementos da coluna i,.
va para 18 se i = n
3. Coloque um registrador L = O (zero) para guardar o
maior elemento da coluna i.
4. Compare L e I a ..1, se I a.·1 > L, faça L = I a ..Ie k =j.1J J.J J15. Avance j, e volte a 4, a menos que j = n + 1.
6. Faça j= i,vá oara 10 se k = i.L.
7.Troque os números de a. ,-com ak .•1J J
8.Avance j, e vá para 7 até que j= n + 1.
9.
Troque bi com bk.
Os passos de 1 a 9 asseguram que no estágio i a i9 equa
çao tenha um coeficiente de Pi tão grande quanto o de qualquer e
quação posterior, de modo que la .. 1 > la.. 1 para i>j>n. A i9 li11 - 1Jnha aqui é chamada de linha pivô.
10. Faça j = i + 1, vá para 18 se i = n (contador de li
nhas).
11. Faça m = (a .. )/(a .. )1J 1J (note que 1 ml <1).
12. Faça k = i (contador de colunas).
13.Faça ajk = ajk - maik
(note que a .. = O).-. J1
14.Avance k e vá para 13 até que k = n +1.
15.
Faça b.= b. - mb .•J
J116.
Avance j e vá para 11 até que j = n + 1.
17. Avance i e vá para 2 até que i = n + 1.
Os passos de 10 a 17 reduzem as equaçoes para U~ = c. O
número de multiplicações requerido é aproximadaIt'enten3/3.
18. Faça i = n.
19.
Faça d = b .•J.20.
vá para 24 se i = n.
2l.
Faça j = i + 1.
22.
Faça d = -a" p,+ d.J.J J
23. Avance j e vá para 22 até que j = n + 1.
24. Faça P. = d/a. '.J. J.J.
25. Subtraia 1 de i -e vá para 19 se i t- O.
Os passos de 18 a 25 executam a substituição regressiva
para P de UP = c. O número de multiplicações requerido é n2/2.
123
124
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