11520-Funções Trigonométricas e Suas Inversas

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Funções trigonometricas e suas inversas.

Citation preview

  • 1

    INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA

    DIRETORIA DE ENSINO

    DISCIPLINA: CLCULO / MATEMTICA APLICADA

    PROFESSORES: JUAREZ AIRES E KALINA AIRES

    Funes Trigonomtricas:

    Arcos e ngulos:

    Definio: Dados dois pontos distintos A e B sobre uma circunferncia, esta fica dividida em duas partes, chamadas arco de circunferncia.

    Se os pontos A e B coincidem, eles determinam dois arcos: um deles o ponto, chamado arco nulo, e o outro a prpria circunferncia, denominado arco de uma volta.

    Medidas de Arcos:

    Para medirmos dois arcos AB e CD usamos duas unidades: o grau e o

    radiano.

    Grau (smbolo o ): Dividindo a circunferncia em 360 partes iguais, cada parte mede 1o . Ou seja, um arco de medida 1o equivale a um arco unitrio

    igual a 360

    1 da circunferncia.

    Radiano (smbolo rad): um arco unitrio que tem comprimento igual ao

    raio da circunferncia que contm o arco a ser medido. Ou seja, dizer que um

    arco AB que mede 1 rad, equivalente a dizer que esticando o arco sua medida igual a medida do raio da circunferncia que o contm.

    Ciclo Trigonomtrico:

    Definio: Consideremos um sistema cartesiano ortogonal uOv, e uma circunferncia de raio

    r =1, com origem no ponto A(1,0), e cujo sentido positivo, o sentido anti-horrio, a partir de A. Essa circunferncia denominada ciclo trigonomtrico. Como o comprimento de uma circunferncia qualquer dado por r2C , temos que o comprimento dessa circunferncia igual a 2 rad, que

    equivale a 2 , j que rad1r .

    Vamos definir uma aplicao de IR sobre , de tal forma que, a cada nmero real x associemos

    um nico ponto P da circunferncia , da seguinte maneira:

    Se x = 0, ento P coincide com A(1,0);

    Se x > 0, ento realizamos, a partir de A, um percurso de

    comprimento x, no sentido anti-horrio, e marcamos P como ponto final do percurso.

  • 2

    Se x < 0, ento realizamos, a partir de A, um percurso de comprimento |x|, no sentido horrio, e marcamos P como ponto final do percurso.

    Desta forma, temos que a cada nmero real x, possvel associar a sua imagem P no ciclo trigonomtrico . Assim, temos:

    A imagem de 2

    B A imagem de 2

    B

    A imagem de A A imagem de A

    Notemos ainda que, se P a imagem do nmero 0x , ento P tambm a imagem dos nmeros:

    ,4x,2x,4x,2x,x 00000 etc. De uma forma geral , P a imagem dos elementos do

    conjunto:

    ZZk,k2xx;IRx 0

    Funes Circulares:

    Considerando ZZk , temos:

    Se x pertence ao 1 quadrante, ento k22

    xk20 ;

    Se x pertence ao 2 quadrante, ento k2xk22

    ;

    Se x pertence ao 3 quadrante, ento k22

    3xk2 ;

    Se x pertence ao 4 quadrante, ento k22xk22

    3.

  • 3

    Observao: No que segue, utilizaremos a notao 1OP e 2OP , para representar, respectivamente,

    a ordenada e a abscissa de um ponto P, na circunferncia trigonomtrica.

    Seno e Cosseno de um nmero real:

    Dado um nmero real x, seja P a sua imagem no ciclo , como mostra a figura:

    Definio: Denominamos seno de x, e indicamos por )xsen( , a

    ordenada 1OP .

    Definio: Denominamos cosseno de x, e indicamos por )xcos( , a

    abscissa 2OP .

    Funo Seno:

    A funo IRIR:f , que associa a cada nmero real x, o tambm real 1OPxsen ,

    representada por f(x)=sen(x), denomina-se funo seno. O quadro abaixo mostra algumas caractersticas dessa funo:

    Quadrante 1 2 3 4

    Arco

    20

    2

    2

    3 2

    2

    3

    Sinal + + Variao 10 01 10 01

    crescente decrescente decrescente crescente

    Grfico:

    O grfico dessa funo uma curva denominada senide.

    Propriedades:

    Em relao funo f(x)= sen(x), temos que:

    1)O D(f) = IR e Im(f) = [1,1]. 2)Sempre que somamos 2 a um determinado valor de x, a funo

    seno assume o mesmo valor. Como 2 o menor nmero positivo para

    o qual isso acontece, dizemos que o seu perodo 2 , ou seja, .ZZke)f(Dx,)x(f)k2x(f

    3)A funo f mpar, visto que sen(x) = sen(x) .

    u x

    P1

    P2

    P

    O

    v

  • 4

    4)f contnua em seu domnio.

    Funo Cosseno:

    A funo IRIR:f , que associa a cada nmero real x, o tambm real 2OP)xcos( ,

    representada por f(x)=cos(x), denomina-se funo cosseno. O quadro abaixo mostra algumas caractersticas dessa funo:

    Quadrante 1 2 3 4

    Arco

    20

    2

    2

    3 2

    2

    3

    Sinal + + Variao 01 10 01 10

    decrescente decrescente crescente crescente

    Grfico:

    O grfico dessa funo uma curva denominada cossenide.

    Propriedades:

    Em relao a funo f(x)= cosx, temos que:

    1)O D(f) = IR e Im(f) = [1,1]. 2)A funo f peridica e seu perodo P 2 . 3)A funo f par, visto que cosx = cos(x). 4)f contnua em seu domnio.

    Relao entre o seno e o cosseno:

    Para todo x real , vale a relao: 1)x(cos)x(sen22

    .

    Prova:

    a) Se 2

    kx , ZZk , a imagem de x distinta de A, B, A e B . Ento

    existe o tringulo retngulo OP2P. Portanto,

    x

    P1

    P2

    P

    O

    v

    B

    A

    B

    A

    u

  • 5

    2

    2

    2

    1

    2

    OPOPOP , ou seja, 1)x(cos)x(sen22

    .

    b) Se 2

    kx , ZZk , ento:

    x sen(x) cos(x) sen2(x) + cos2(x)

    0 0 1 1

    2 1 0 1

    0 1 1

    23 1 0 1

    2 0 1 1

    Funo Tangente:

    Definio: Dado um nmero real x, k2

    x , ZZk , seja P

    sua imagem no ciclo. Consideremos a reta OP e seja T sua interseco com o eixo das tangentes. Denominamos tangente de x,

    e indicamos por tg(x), a medida algbrica do segmento AT , conforme mostra a figura ao lado.

    A funo IRD:f que associa a cada nmero real x,

    k2

    x , o real AT)x(tg , denominada funo tangente, e

    representada por f(x)= tg(x).

    Notemos que , para k2

    x , P est sobre B ou B , e ento, a reta OP fica paralela ao eixo

    das tangentes, logo, no existe o ponto T. Neste caso a tg(x) no definida.

    Em relao a funo f(x)= tg(x) , temos:

    Quadrante 1 2 3 4

    Arco

    20

    2

    2

    3 2

    2

    3

    Sinal + + Variao 0 0 0 0

    crescente crescente crescente crescente

    Grfico:

    O grfico dessa funo uma curva denominada tangentide.

    T

    P2 u

    P

    O

    v t

    A

    B

    B

    x

  • 6

    Propriedades:

    1) ZZk,k2

    x;IRx)f(D e Im(f)=IR.

    2)A funo tangente peridica , e seu perodo . 3)A funo tangente mpar, j que tg(x)= tg(x). 4)f contnua em seu domnio.

    Relao entre tangente, seno e cosseno:

    Para todo x real, k2

    x , ZZk , vale a relao: )xcos(

    )xsen()x(tg .

    Prova: a)Se ZZk,kx , a imagem de x distinta de A, B, A e B .

    Ento, temos:

    |)xcos(|

    |)xsen(||)x(tg|

    OP

    PP

    OA

    ATOPP~OAT

    2

    2

    2 (1)

    Analisando o sinal , temos: (2)

    Quadrante Sinal de tg(x) Sinal de

    )xcos(

    )xsen(

    1 + +

    2 3 + +

    4

    De (1) e (2) conclumos que )xcos(

    )xsen()x(tg .

    b) Se ZZk,kx , temos: )xcos(

    )xsen(

    )xcos(

    00)x(tg

    Funo Cotangente:

    Definio: Dado um nmero real x, kx , ZZk , seja P sua

    imagem no ciclo. Consideremos a reta OP e seja H sua interseco com o eixo das cotangentes. Denominamos cotangente de x, e

    indicamos por cotg(x), a medida algbrica do segmento BH , conforme mostra a figura ao lado.

    T

    P2 u

    P

    O

    v t

    A

    B

    B

    x

    A

    H

    P2 u

    P

    O

    v

    c

    A

    B

    B

    x

    A

    P1

  • 7

    A funo IRD:f que associa a cada nmero real x, kx , o real co BHtgx , denominada

    funo cotangente, e representada por f(x)= cotg(x).

    Notemos que , para kx , P est em A ou A e ento, a reta OP fica paralela ao eixo das cotangentes, logo, no existe o ponto H. Neste caso, a cotg(x) no definida.

    Em relao a funo f(x)=cotg(x) , temos:

    Quadrante 1 2 3 4

    Arco

    20

    2

    2

    3 2

    2

    3

    Sinal + + Variao 0 0 0 0

    decrescente decrescente decrescente decrescente

    Grfico:

    Propriedades:

    1) ZZk,kx;IRx)f(D e Im(f)=IR.

    2)A funo cotangente peridica , e seu perodo .

    3)A funo cotangente mpar e contnua em seu domnio.

    Relao entre cotangente, seno e cosseno:

    Para todo x real vale a relao: )xsen(

    )xcos()x(gcot .

    Prova:

    a)Se k2

    x , a imagem de x distinta de A, B, A e B .Ento,

    |)xsen(|

    |)xcos(||)x(gcot|

    OP

    PP

    OB

    BDOPP~OBD

    1

    1

    1 (1)

    Analisando o sinal, temos:

    D

    P2 u

    P

    O

    v

    c

    A

    B

    B

    x

    A

    P1

  • 8

    (2)

    Quadrante Sinal de cotg(x) Sinal de

    )xsen(

    )xcos(

    1 + +

    2 3 + +

    4

    Por (1) e (2), conclumos que : )xsen(

    )xcos()x(gcot .

    b) Se k2

    x , temos: )xsen(

    )xcos(

    )xsen(

    00)x(gcot .

    Funo Secante:

    Definio: Dado um nmero real x, ZZk,k2

    x . Seja P a sua

    imagem no ciclo e s a reta tangente ao ciclo em P. Considere S a interseo da reta s com o eixo dos cossenos. Denominamos secante de x,

    e indicamos, sec(x), a abscissa OS do ponto S. A funo IRD:f que associa a cada nmero real x,

    k2

    x , o real OS)xsec( , denominada funo secante, e

    representada por f(x)= sec(x).

    Notemos que , para k2

    x , P est em B ou B e ento, a reta s fica paralela ao eixo dos

    cossenos .. Neste caso, no existe o ponto S e a sec(x) no definida.

    Em relao a funo f(x)=sec(x) , temos:

    Quadrante 1 2 3 4

    Arco

    20

    2

    2

    3 2

    2

    3

    Sinal + + Variao 1 1 1 1

    crescente crescente decrescente decrescente

    Propriedades:

    1) ZZk,k2

    x;IRx)f(D e Im(f)=IR ] 1, 1 [.

    2)A funo secante peridica , e seu perodo 2 . 3)A funo f par e contnua em seu domnio.

    S

    P2 u

    P

    O

    v

    s

    A

    B

    B

    x

    A

  • 9

    Grfico:

    Relao entre sec(x) e cos(x):

    Para todo x real, ZZk,k2

    x , vale a relao : )xcos(

    1)xsec( .

    Prova: a)Se kx , a imagem de x distinta de A, B, A e B .Ento,

    |)xcos(|

    1|)xsec(|

    OP

    OP

    OP

    OSPOP~OPS

    2

    2 (1)

    Analisando o sinal, temos:

    (2)

    Quadrante Sinal de sec(x) Sinal de cos(x)

    1 + +

    2 3 4 + +

    Por (1) e (2), conclumos que : )xcos(

    1)xsec( .

    b) Se kx , ento: )xcos(

    11)xsec( , se k for par ou

    )xcos(

    11)xsec( , se k for mpar.

  • 10

    Funo Cossecante:

    Definio: Dado um nmero real x, ZZk,kx . Seja P a sua imagem

    no ciclo e s a reta tangente ao ciclo em P. Considere C a interseo da reta s com o eixo dos senos. Denominamos cossecante de x, e indicamos,

    cossec(x), a ordenada OC do ponto C. A funo IRD:f que associa a cada nmero real x, kx , o

    real OC)xsec(cos , denominada funo cossecante, e

    representada por f(x)= cossec(x).

    Notemos que , para kx , P est em A ou A e ento, a reta s fica paralela ao eixo dos senos. Neste caso, no existe o ponto C e a cossec(x) no definida.

    Em relao a funo f(x)=cossec(x) , temos:

    Quadrante 1 2 3 4

    Arco

    20

    2

    2

    3 2

    2

    3

    Sinal + + Variao 1 1 1 1

    decrescente crescente crescente decrescente

    Grfico:

    Propriedades:

    1) ZZk,kx;IRx)f(D e Im(f) = IR ] 1, 1 [.

    2)A funo cossecante peridica , e seu perodo 2 . 3)A funo f mpar e contnua em seu domnio.

    C

    P1

    u

    P

    O

    v

    s

    A

    B

    B

    x

    A

  • 11

    Relao entre cossec(x) e sen(x):

    Para todo x real, ZZk,kx , vale a relao : )xsen(

    1)xsec(cos .

    Prova:

    a)Se k2

    x , ento a imagem de x distinta de A, B, A e B .Logo,

    |)xsen(|

    1|)xsec(cos|

    OP

    OP

    OP

    OCPOP~OPC

    1

    1 (1)

    Analisando o sinal, temos: (2)

    Quadrante Sinal de sec(x) Sinal de cos(x)

    1 + +

    2 + +

    3 4

    Por (1) e (2), conclumos que : )xsen(

    1)xsec(cos .

    b)Se k2

    x , ento: )xsen(

    11)xsec(cos , se k for par ou

    )xsen(

    11)xsec(cos , se k

    for mpar.

    Outras relaes entre as funes trigonomtricas:

    Para todo x real, 2

    kx , valem as relaes:

    a))x(tg

    1)x(gcot b) )x(sec1)x(tg 22 c) )x(seccos)x(gcot1 22

    Prova:

    a))x(tg

    1

    )xcos(

    )xsen(

    1

    )xsen(

    )xcos()x(gcot .

    b) )x(sec)x(cos

    1

    )x(cos

    )x(cos)x(sen1

    )x(cos

    )x(sen1)x(tg 2

    22

    22

    2

    22 .

  • 12

    c) )x(seccos)x(sen

    1

    )x(sen

    )x(cos)x(sen

    )x(sen

    )x(cos1)x(gcot1 2

    22

    22

    2

    22

    Funes Trigonomtricas Inversas:

    Funo Inversa:

    Definio: Uma funo f com domnio D e contradomnio R uma funo injetora , se, para todo

    21 xx em D, temos )x(f)x(f 21 em R.

    Definio: Uma funo f com domnio D e contradomnio R uma funo sobrejetora , se, para

    todo Ry , existe um Dx tal que y = f(x).

    Definio: Uma funo f com domnio D e contradomnio R uma funo bijetora , se injetora e

    sobrejetora, isto , se, para todo Ry , existe um nico Dx tal que y = f(x).

    Exemplos:

    a)f(x)= x2 no bijetora, visto que, f(2) = f(2) e 22 , por exemplo. b)f (x) = x3 uma funo bijetora.

    Graficamente, temos que, se qualquer reta horizontal interceptar o grfico da funo f em mais de um ponto , ento f no bijetora.

    Se f uma funo bijetora com domnio D e contradomnio R, ento, para cada nmero y em R, existe exatamente um nmero x em D tal que y = f(x). Como x nico, podemos definir uma funo g de R em D tal que x = g(y), como mostra a figura.

    Definio: Seja f uma funo bijetora com domnio D e contradomnio R. Uma funo g com domnio R e contradomnio D a funo inversa de f, desde que a seguinte condio seja satisfeita:

    y = f(x) se, e somente se, x = g(y).

    Se uma funo g a funo inversa de f ento so vlidas:

    a) g(f(x)) = x , para todo x em D; b) f(g(y)) = y , para todo y em R.

    Uma funo bijetora f s pode ter uma funo inversa. Se g a funo inversa de f, ento f a funo inversa de g. Dizemos que f e g so funes inversas uma da outra. Costumamos

  • 13

    representar g por 1f . O 1 usado nessa notao no expoente, isto , )x(f

    1)x(f 1 . Alm disso,

    temos:

    domnio de 1f = contradomnio de f. ;

    contradomnio de 1f = domnio de f ;

    x))x(f(f 1 para todo x no domnio de f;

    x))x(f(f 1 para todo x no domnio de 1f .

    H uma relao interessante entre os grficos de duas funes inversas. Notemos que, b=f(a)

    equivale a )b(fa 1 . Assim, o ponto (a,b) pertence ao grfico de f, enquanto que, (b,a) pertence ao

    grfico de 1f . Com isso, temos que os grficos de f e 1f so reflexes um do outro em relao

    reta y = x .. Isto caracterstica de toda funo f que tem uma funo inversa 1f . A figura abaixo mostra os grficos de duas funes inversas:

    Teorema: Se f contnua e crescente em [a,b], ento f admite uma funo inversa 1f que contnua e crescente em [f(a), f(b)]. (O mesmo vale substituindo crescente por decrescente ).

    Funes Trigonomtricas Inversas:

    Como as funes trigonomtricas no so bijetoras, no admitem funes inversas. Mas,

    restringindo convenientemente os seus domnios, podemos obter funes bijetoras que tenham os mesmos valores das funes trigonomtricas e que tenham funes inversas nesses domnios restritos.

    A inversa da Funo Seno:

    Sabemos que o domnio da funo seno o conjunto IR e o conjunto imagem o intervalo [1,1] .

    Mas essa funo no bijetora, visto que , uma reta como 2

    1y intercepta o grfico em mais de um

    ponto. Restringindo o seu domnio a 2,2 , como mostra a parte slida do grfico, obtemos uma

    funo crescente que toma cada valor da funo seno somente uma vez. Esta nova funo, com

  • 14

    domnio 2,2 e contradomnio [1,1], contnua e crescente, logo, admite uma funo inversa,

    que tambm contnua e crescente.

    Esta funo inversa tem domnio [1, 1] e contradomnio 2,2 .

    Definio: A funo inversa do seno, denotada arcsen , ou 1sen definida como:

    y = arcsen(x) se, e somente se, x = sen y, para 2y2e1x1 .

    Grfico:

    Assim, temos:

    Se 2

    1arcseny , ento

    2

    1ysen e

    2y

    2. Logo,

    6y .

    Se 2

    1arcseny , ento

    2

    1ysen e

    2y

    2. Logo,

    6y .

    Propriedades do arcsen(x):

    Das relaes x))x(f(f 1 e x))x(f(f 1 , vlidas para qualquer funo inversa 1f , decorrem as

    seguintes propriedades:

    1) sen(arcsenx)=x , se 1x1 . 2) arcsen(senx)=x , se 2

    x2

    .

  • 15

    Exemplos:

    a)2

    2

    2

    2arcsensen , pois 1

    2

    21 ;

    b)66

    senarcsen , pois 262

    ;

    c) 3

    5

    2

    3arcsen

    3

    4senarcsen , pois

    3

    4 no est entre

    2e

    2, logo, no podemos

    usar a propriedade 2 acima.

    A inversa da Funo Cosseno:

    Restringindo o domnio da funo cosseno ao intervalo ,0 , obteremos uma funo contnua

    decrescente que tem uma funo inversa contnua e decrescente. Observe a parte slida do grfico abaixo.

    Definio: A funo inversa do cosseno, denotada arccos, ou cos-1 , definida como:

    y = arccos(x) se, e somente se, x = cos y, para y0e1x1 .

    O domnio da funo arco cosseno [1,1] e o contradomnio o intervalo ,0 .

    Grfico:

    Assim, temos:

    Se 2

    3arccosy , ento

    2

    3ycos e y0 . Logo,

    6y .

    Se 2

    1arccosy , ento

    2

    1ycos e y0 . Logo,

    6

    5y .

  • 16

    Propriedades do arccos(x):

    Sendo cos e arccos funes inversas uma da outra, valem as seguintes propriedades:

    1) cos(arccosx)=x , se 1x1 . 2) arccos(cosx)=x , se x0 .

    Exemplos:

    a)2

    2

    2

    2arccoscos , pois 1

    2

    21 ;

    b)6

    5

    6

    5cosarccos , pois

    6

    50 ;

    c) 32

    1arccos

    3cosarccos , pois

    3 no est entre e0 , logo, no podemos usar a

    propriedade acima.

    A inversa da Funo Tangente:

    Restringindo o domnio da funo tangente ao intervalo 2

    ,2

    , obteremos uma funo

    contnua crescente que tem uma funo inversa contnua e crescente.

    Definio: A funo inversa da tangente, denotada arctg, ou tg-1 , definida como:

    y = arctg(x) se, e somente se, x = tg y, para todo x e 2y2 .

    O domnio da funo arco tangente IR e o contradomnio o intervalo aberto 2

    ,2

    .

  • 17

    Grfico:

    Propriedades do arctg(x):

    So vlidas as seguintes propriedades:

    1) tg(arctgx)=x , para todo x 2) arctg(tgx)=x , se 2

    x2

    .

    Exemplos:

    a) 1717arctgtg

    b)33

    tgarctg , pois 232

    .

    c) 4

    71arctg

    4

    3tgarctg .

    A inversa da Funo Secante:

    Existem muitas maneiras de restringir o domnio da

    funo secante, de forma a obter uma funo bijetora que tome os valores da funo secante. Vamos restringir x aos

    intervalos 23,e2,0 , conforme mostra a parte

    slida do grfico, por tornar a frmula de diferenciao da funo inversa da secante mais simples.

  • 18

    Definio: A funo arco secante, denotada por arcsec (ou sec1 ), definida como:

    y = arcsec x se, e somente se, x = sec y para 1x e y em 23,emou2,0 .

    Grfico:

    Propriedades do arcsec(x):

    1) sec(arcsecx)=x , se 1x . 2) arcsec(secx)=x , se 2

    3xou

    2x0 .

    Exemplos:

    a) 2)2sec(arcsec , pois | 2 |= 2 > 1.

    b)6

    7

    6

    7secsecarc , pois

    2

    3

    6

    7.

    c) 3

    )2sec(arc3

    2secsecarc .

    Observao: As funes inversas da cotangente e cossecante, representadas por arccotg e arccossec, respectivamente, podem se definidas de maneira anloga, bastando restringir os domnios da seguinte forma:

    o domnio da funo cotangente ao intervalo ,0 ;

    o domnio da funo cossecante ao intervalo 2

    ,00,2

    .

    Bibliografia:

    IEZZI, Gelson ... [et al ] Fundamentos de Matemtica Elementar, volume 3 So Paulo: Editora Atual, 1985. GIOVANNI, Jos Ruy ; Jos Roberto Bonjorno Matemtica:uma nova abordagem, vol. 2 So Paulo : FTD, 2000. SWOKOWSKI. Earl W.,Clculo com Geometria AnalticaVolume 1. So Paulo: Makron Books, 1994.