14 Teoria Do Consumidor Cap10 e 11 Cont

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  • Teoria do Consumidor

    (Cap. 10 e 11 Krugman & Wells

    Cap. 3 Pyndick & Rubinfeld

    Caps. 4 e 5 - Varian)

    2 SEMESTRE 2011

    Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Consumidor Racional

    Os consumidores escolhem a melhor cesta de bens que

    podem adquirir

    Questes:

    - como determinar as possibilidades de compra?

    => Restrio oramentria

    - como determinar a satisfao fornecida pelas

    cestas?

    Preferncias do consumidor

    -como determinar a combinao de mercadorias

    que maximizaro a satisfao do consumidor?

    Escolhas do consumidor

    Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Utilidade

    Krugman & Wells

    Segunda Metade do Sculo XIX

    => Utilidade indicador de satisfao.

    Utilidade: de um bem

    ou servio a sua

    capacidade de

    satisfazer as

    necessidades das

    pessoas. A utilidade

    representa o grau de

    satisfao que os

    consumidores atribuem

    aos bens e servios

    que podem adquirir no

    mercado.

    Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Utilidade

    Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Princpio da Utilidade Marginal Decrescente

    Krugman & Wells

    1870s Jevons, Walras e Menger

    Uma unidade adicional de um bem acrescenta, na margem, uma utilidade cada vez menor

    Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Utilidade Cardinal x Utilidade Ordinal

    Krugman & Wells

    - Utilidade ordinal: Utilidade como modo de descrever as preferncias do

    consumidor forma de ordenao e no de mensurao

    - Utilidade cardinal: mensurao precisa da utilidade (utis).

    Crticas: Carter subjetivo e escala O que significa dizer que uma cesta possui o dobro de utilidade da outra? Seria o caso

    de que o consumidor esta disposto a pagar o dobro do preco por ela? Ou que ele estaria

    disposto a trabalhar o dobro do tempo para obt-la, por meio de um segundo emprego

    que no paga o mesmo que o emprego original? E qual o sentido em comparar

    utilidades de pessoas diferentes?

    REFORMULAO DA TEORIA DO CONSUMIDOR

    UTILIDADE ORDINAL

    As preferncias do consumidor so a descrio fundamental para

    analisar a escolha, e a utilidade simplesmente uma forma de se

    descrever as preferncias

    Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Funo Utilidade

    - Funo de utilidade ordinal: Forma de atribuir um nmero a

    cada cesta de consumo possvel de modo tal que s cestas

    preferidas sejam atribudos nmeros maiores que as cestas

    menos preferidas

    (x1, x2) (y1, y2) se e somente se u(x1, x2) > u(y1, y2)

    Cesta U1 U2 U3

    A 3 17 195

    B 2 10 180

    C 1 5 150

    Varian Captulo 4 Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Funo Utilidade

    Transformaes Monotnicas

    Forma de transformar um conjunto de nmeros em outro conjunto de

    nmeros, porm, preservando a ordem original.

    Se u1 < u2 => f(u1) < f(u2)

    Ex: multiplicao por 2

    f(u) = 3u

    f(u) = u + 17

    f(u) = upotncia mpar

    Varian Captulo 4

    u u3 u5 u2 u4

    A -2 -8,00 -32,00 4,00 16

    B 1 1,00 1,00 1,00 1

    C 1,3 2,20 3,71 1,69 2,8

    D 1,5 3,38 7,59 2,25 5,0

    E 1,7 4,91 14,20 2,89 8,3

    F 2 8,00 32,00 4,00 16

    UMA TRANSFORMAO MONOTNICA DE UMA FUNO DE UTILIDADE UMA

    FUNO DE UTILIDADE QUE REPRESENTA AS MESMAS PREFERNCIAS QUE A

    FUNO UTILIDADE ORIGINAL

    Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Construo da Funo Utilidade

    Funo utilidade uma forma de atribuir ndices s curvas de indiferena

    de tal forma que curvas de indiferena mais altas recebam nmeros

    maiores

    Se as preferncias so

    monotnicas, a linha

    que passa pela origem

    deve interceptar cada

    curva de indiferena

    exatamente uma vez

    Varian Captulo 4 Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Construo da Funo Utilidade Dada u(x1,x2) => a curva de indiferena corresponder a todos os pontos (x1,x2)

    nos quais u(x1,x2) seja uma constante, o que, em matemtica, chamado de

    nvel.

    Para cada valor distinto da constante, voc ter uma curva de indiferena distinta.

    x1 k = 1 k = 2 k = 3

    x2 x2 x2

    1 1,00 2,00 3,00

    2 0,50 1,00 1,50

    3 0,33 0,67 1,00

    4 0,25 0,50 0,75

    5 0,20 0,40 0,60

    a) Se u(x1,x2) = x1.x2

    Curva de indiferena corresponder ao conjunto de x1.x2= k

    x2 = k/x1

    b) Se v(x1,x2) = x13.x2

    3 = (x1.x2) 3 =

    [u (x1,x2)]3

    => Funo de utilidade v(x1,x2) =

    x12.x22 deve ter a mesma forma

    que as curvas de indiferena

    traadas anteriormente, embora os

    rtulos sejam distintos.

    x1 k = 1 k = 8 k = 27

    x2 x2 x2

    1 1,00 2,00 3,00

    2 0,50 1,00 1,50

    3 0,33 0,67 1,00

    4 0,25 0,50 0,75

    5 0,20 0,40 0,60

    Varian Captulo 4 Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Construo da Funo Utilidade

    0,00

    0,50

    1,00

    1,50

    2,00

    2,50

    3,00

    3,50

    1 2 3 4 5

    k=1

    k=2

    k=3

    0,00

    0,50

    1,00

    1,50

    2,00

    2,50

    3,00

    3,50

    1 2 3 4 5

    k=1

    k=8

    k=27

    u(x1,x2) = x1.x2

    v(x1,x2) = x13.x2

    3

    Varian Captulo 4 Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Exerccio Suponhamos que Bridget e Erin gastem sua renda em duas mercadorias, alimento, A, e vesturio,

    V. As preferncias de Bridget so representadas pela funo de utilidade U(A,V) = 10AV, enquanto

    as de Erin so representadas pela funo de utilidade U(A,V) = 0,2A2V2.

    Colocando alimentos no eixo horizontal e vesturio no eixo vertical, identifique num grfico o

    conjunto de pontos que do a Bridget o mesmo nvel de utilidade que a cesta (10,5). Em outro

    grfico, faa o mesmo para Erin.

    Bridget e Erin tm preferncias iguais ou diferentes?

    Bridget obtm uma utilidade de 10*10*5=500 de sua cesta. A curva de indiferena representada pela equao 10AV=500

    ou AV=50. Algumas cestas nessa curva de indiferena so (5,10), (10,5), (25,2) e (2,25).

    Erin obtm uma utilidade de 0,2*10*10*5*5=500 da cesta (10,5). Sua curva de indiferena representada pela equao

    500=0,2A2F2C22, ou 2500 = A2V2, ou 50=AV.

    Essa curva de indiferena a mesma que a de Bridget. Ambas as curvas de indiferena tm forma normal e convexa.

    k

    Alimentos

    (x1)

    Vesturio

    (x2)

    50 2 25

    50 5 10

    50 10 5,0

    50 12 4,2

    50 14 3,6

    50 16 3,1

    50 18 2,8

    50 20 2,5

    50 22 2,3

    50 25 2,0

    0,0

    1,0

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    10 12 14 16 18 20 22

    x2

    x1

    Preferncia de Bridget e de Erin

    k=50

    Elas tm as mesmas preferncias, pois, para qualquer dada cesta, elas tm o mesmo nvel de utilidade. Isso significa que

    elas classificaro as cestas na mesma ordem. Observe, entretanto, que no necessrio que elas obtenham o mesmo

    nvel de utilidade para ter o mesmo conjunto de preferncias. Tudo que necessrio elas classificarem as cestas

    na mesma ordem.

    Pindyck & Rubinfeld = Captulo 3

    2006 by Pearson Education do Brasil Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Exemplos Funo Utilidade

    Substitutos Perfeitos: u (x1, x2) = x1 + x2 ou qualquer transformao

    monotnica, por exemplo, v(x1, x2) = (x1 + x2)2

    x1 k = 10 k = 20 k = 30

    x2 x2 x2

    1 9 19 29

    5 5 15 25

    10 0 10 20

    15 5 15

    20 0 10

    25 5

    30 0

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    1 5 10 15 20 25 30

    k=10

    k=20

    k=30

    Funo Utilidade para Bens Substitutos Perfeitos =>

    Frmula Geral:

    u (x1,x2) = ax1 + bx2

    (com declividade = - a / b)

    Varian Captulo 4 Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Varian Captulo 4 e krugman & Wells

    Exemplos Funo Utilidade

    Funo Utilidade para Bens Complementares Perfeitos

    => Frmula Geral:

    u ( x1, x2) = min { ax1, bx2 }

    Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Exemplos Funo Utilidade

    Funo Utilidade para Preferncias Quaselineares =>

    Frmula Geral: u (x1, x2) = v(x1) + x2

    Todas as curvas de

    indiferena so verses

    deslocadas de uma curva de indiferena.

    Exemplos:

    u (x1, x2) = x1 + x2

    u (x1, x2) = ln x1 + x2

    Varian Captulo 4 Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Exemplos Funo Utilidade Funo Cobb Douglas =>

    Frmula Geral: u (x1,x2) = x1c.x2

    d

    onde, c e d so nmeros positivos

    Curvas de indiferena

    monotnicas e convexas =>

    Preferncias bem

    comportadas

    Varian Captulo 4

    0,00

    0,50

    1,00

    1,50

    2,00

    2,50

    3,00

    3,50

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

    k=1

    k=2

    k=3

    Podemos sempre aplicar uma

    transformao monotnica

    funo de utilidade Cobb-

    Douglas de forma que a soma

    dos expoentes da funo

    resultante seja igual a 1

    Elevamos v (x1,x2) = x1c.x2

    d ,

    potncia 1/(c+d)

    Obtemos:

    x1c/c+d.x2

    d/c+d

    Consideremos que a = c/c+d.

    Assim,

    x1a.x2

    1-a

    Logo, v (x1,x2) = x1a.x2

    1-a

    Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Preferncias no Representadas por

    Funes Utilidade

    Preferncias Lexicogrficas

    (x1; x2) (y1; y2) {x1 > y1} ou {x1 = y1 e x2 y2}

    A lgica dessas preferncias assemelha-se a lgica de procurar uma palavra no

    dicionrio. O consumidor com preferncias lexicogrficas preocupa-se primeiro

    apenas com o bem 1: se a cesta x tem uma quantidade maior do bem 1 do que

    a cesta y, ento ele prefere a cesta x. Caso as duas cestas tenham a mesma

    quantidade do primeiro bem, ento ele compara o segundo bem: a cesta que

    tiver mais do segundo bem e a preferida. Note que a preferncia lexicogrfica

    completa, reflexiva e transitiva. Porem, no pode ser representada por nenhuma

    funo de utilidade.

    => A Curva de indiferena formada por apenas um ponto!! Cada cesta s

    indiferente a ela mesma e a mais nenhuma outra cesta.

    Lara Rezende, JG Notas de Aula 3 Graduao - UnB Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Utilidade Marginal

    Varian Captulo 4

    Definio: variao da utilidade medida que o consumidor recebe um

    pouco mais do bem 1, mantido a quantidade do bem 2 constante

    UM1 = U / x1 UM1 = [u(x1 + x1,x2) u (x1,x2)] / x1

    OBS 1: quantidade do bem 2 constante

    OBS2: U = UM1 . x1

    OBS 3: UM2 calculada de forma similar

    UM2 = [u(x1,x2+ x2) u (x1,x2)] / x2 e U = UM2 . x2

    OBS: A magnitude da UM depende da magnitude da Utilidade. Logo, depende

    de como definimos a utilidade. A magnitude da UM no tem significado especial.

    Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Utilidade Marginal e Taxa Marginal de Substituio

    Varian Captulo 4

    Ao longo da curva de indiferena => U = 0

    UM1 x1 + UM2 x2 = 0

    UM2 x2 = - UM1 x1

    x2/ x1 = - UM1/ UM2

    TMS

    Dada a funo utilidade, qualquer transformao monotnica outra funo

    de utilidade igualmente vlida, mas no altera a TMS, pois a UM tambm

    sofrer tal alterao

    A razo das utilidades marginais nos d uma magnitude observvel a TMS. Tal razo independe da transformao particular da funo de utilidade que

    voc queira utilizar.

    Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Exerccio

    Suponhamos que Bridget e Erin gastem sua renda em duas mercadorias,

    alimento, A, e vesturio, V. As preferncias de Bridget so representadas

    pela funo de utilidade U(A,V) = 10AV, enquanto as de Erin so

    representadas pela funo de utilidade U(A,V) = 0,2A2V2.

    As TMS (de vesturio por alimentos) de Bridget e Erin so iguais?

    TMS (Vesturio por Alimento) = UMgAlimentos/UMgVesturio

    TMSBridget = 10V / 10 A = V / A

    TMSErin = 0,4AV2 / 0,4A2V = V / A

    Pindyck & Rubinfeld = Captulo 3

    2006 by Pearson Education do Brasil Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Escolha tima

    Como determinar a combinao de mercadorias que

    maximizaro a satisfao do consumidor?

    Krugman & Wells

    O pacote de consumo timo o pacote de consumo que

    maximiza a utilidade total dada

    a restrio oramentria.

    Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Escolha tima

    A condio de tangncia entre a curva de indiferena e a linha oramentria - isto

    , quando a curva de indiferena e a reta oramentria se tocam determina o pacote de consumo timo.

    Krugman & Wells

    VA/P PTMS

    VAV A /P P /UMUM

    Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Utilidade Marginal por Dlar

    A utilidade marginal por dlar gasta com um bem ou servio a utilidade adicional de gastar mais um dlar nesse bem ou servio.

    Utilidade marginal por dlar gasto em um bem

    = Utilidade marginal do bem / Preo de uma unidade do bem

    = UMbem/pbem

    A regra do consumo timo:

    Quando um consumidor maximiza a utilidade, a utilidade marginal por dlar gasto deve ser a mesma para todos os bens e servios no

    pacote de consumo.

    UM1/p1 = UM2/p2

    UM1/UM2 = p1/p2

    Krugman & Wells Marta Lemme - IE/UFRJ

  • Exerccio

    Os consumidores na Gergia pagam por um abacate duas vezes mais do

    que pagam por um pssego. Entretanto, abacates e pssegos custam o

    mesmo na Califrnia. Se os consumidores nos dois estados norte-

    americanos maximizarem a utilidade, as taxas marginais de substituio de

    abacates por pssegos sero iguais para os consumidores dos dois

    estados? Em caso contrrio, qual delas ser mais alta?

    A taxa marginal de substituio de pssegos por abacates a quantidade de abacates de

    que uma pessoa est disposta a abrir mo em troca de um pssego adicional. Quando os

    consumidores maximizam a utilidade, eles igualam sua taxa marginal de substituio

    razo dos preos, que nesse caso Ppssego / Pabacate.

    Na Gergia, 2 Ppssego = Pabacate, o que significa que, quando os consumidores

    maximizam a utilidade, TMS = . Ppssego / Pabacate = .

    Na Califrnia, Ppssego = Pabacate, o que significa que, quando os consumidores

    maximizam a utilidade, TMS = . Ppssego / Pabacate = 1.

    Logo, a taxa marginal de substituio no igual nos dois estados e ser mais elevada na

    Califrnia.

    Pindyck & Rubinfeld = Captulo 3

    2006 by Pearson Education do Brasil Marta Lemme - IE/UFRJ