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Bento Gonçalves :: Sábado :: 15 de novembro de 2014 REPRODUÇÃO Faça do damasco seu aliado Página 4 O damasco previne contra várias doenças e auxilia no emagrecimento O paladar e o ganho de peso As preferências pessoais podem interferir na sua dieta Página 5

15/11/2014 - Saude - Edição 3.080

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Bento Gonçalves :: Sábado :: 15 de novembro de 2014

REPRODUÇÃO

Faça do damasco seu aliado

Página 4

O damasco previne contra várias doenças e auxilia no emagrecimento

O paladar e o ganho de pesoAs preferências pessoais podem interferir na sua dieta

Página 5

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O chocolate pode ser bom para a saúde

Sua matéria-prima, o cacau, era considerada por maias e astecas o alimento dos deu-

ses. Tamanha veneração talvez tenha se originado da dedução de que as sementes do fruto do cacaueiro escondiam diversas propriedades. Se eram realmen-te divinas, isso ainda carece de comprovação. No entanto, qua-se cinco séculos depois de os es-panhóis enriquecerem o paladar europeu com um dos sabores do Novo Mundo, sobram evidências científicas de que o chocolate amargo, guloseima com um gos-to peculiar justamente por ter maior teor de cacau na sua com-posição, promove uma série de benefícios para a nossa saúde.

Os resultados de uma das pesquisas mais recentes sobre esse chocolate confirmam que ele protege o coração. O estu-do revela que seu consumo roti-neiro reduz os níveis da pressão arterial. O trabalho avaliou 44 pacientes entre 56 e 73 anos, pré-hipertensos ou no estágio inicial do problema. Durante 18 semanas parte deles consumiu 30 calorias diárias, ou 6,3 gramas de chocolate amargo, algo equiva-lente a um único pedaço de uma barrinha. Os demais participan-tes ingeriram o tipo branco.

Aqueles ínfimos 6,3 g derru-baram a pressão que o sangue exerce sobre os vasos a máxi-ma, ou sistólica, em 1,6 mm de mercúrio e a mínima, a diastóli-ca, em 1 mm de mercúrio. Além disso, a prevalência da hiper-tensão problema que acomete cerca de 1 bilhão de pessoas no globo e é responsável por milhares de casos de infarto e derrame caiu de 86% para 68%.

A queda de cada 2 milímetros de mercúrio na medida da pres-são máxima já diminui bastante o risco de AVC ou infarto. No es-tudo, provou-se ainda que tudo isso pode se dar sem alterações no peso e nas taxas de açúcar e gordura na circulação.

O segredo do chocolate amar-go está na altísssima concen-tração de certos flavonóides, como as catequinas, substâncias encontradas no cacau. São elas que agem nas artérias, promo-vendo a queda da pressão.

Esses compostos elevam a produção de óxido nítrico, um vasodilatador natural. O endo-télio, a camada interna das ar-térias, fica mais flexível, assim o sangue passa por ali gerando menos pressão.

Fonte: mdemulher.abril.com.br

Para que isso ocorra é preci-so que o consumo do alimento seja diário. Bastam de 30 a 40 gramas, ou quatro quadradi-nhos daqueles tabletes grandes. Outra boa notícia: o chocolate amargo não contribui para a su-bida do colesterol. Os polifenóis impedem a oxidação do LDL, o tipo ruim da gordura. Eles se-questram essa molécula, for-mando um complexo solúvel que é eliminado pela urina.

Uma pesquisa japonesa in-vestigou o papel da prociani-dina, outro componente do chocolate amargo, no contro-le do diabete tipo 2. Roedo-res obesos e com o mal con-sumiram uma beberagem de cacau rica na substância. Pas-sado um tempo, os níveis de açúcar no sangue dos bichos caíram. Segundo os pesquisa-dores, isso pode ter ocorrido porque as tais procianidinas melhorariam a eficiência da insulina, o hormônio que bota a glicose dentro das células.

Esse tipo de suple-mentação preveniu o diabete em camundon-gos obesos. Pesquisas com o chocolate amargo cheio de flavonóides mostra-ram que a ingestão de 100 gramas diários pode-ria garantir o mesmo be-nefício aos humanos, algo que ainda requer mais evidências. Portanto, se você é diabético, é cedo para sair se em-panturrando.

Na Espanha, uma pesquisa também fo-cou sua mira nos fla-vonóides do cacau, mas dessa vez com o objetivo de ava-liar sua ação no sistema imune de ratos jovens, princi-palmente em célu-las do batalhão das defesas, como os linfócitos e os macrófagos. Os animais re-ceberam uma dieta enrique-cida com o alimento du r an te três sema-nas. Depois os especialis-tas chegaram à conclusão de que

houve um aumento na atividade de certas áreas envolvidas com a imunidade.

Isso se verificou com maior intensidade no timo, órgão si-tuado no tórax e responsável pela maturação dos linfócitos T, nossos guardiões contra vírus e bactérias. Descobriu-se também que o cacau protege os neu-rônios dos efeitos dos radicais livres. Mas e o chocolate com isso? Ele é feito com massa de cacau, onde se encontram os flavonóides do fruto. E repete o que todos os estudos já apon-tam: Dentre todos os tipos, o chocolate amargo é o que mais contém esse tipo de composto. Assim, ele é o único que pode ter um bom impacto na saúde.

Além de não deixar o orga-nismo fraco e vulnerável, o alimento mantém o humor da gente em alta.

Sem falar na fenilalanina e na tirosina, dois aminoácidos que

são precursores da no-radrenalina e da dopamina, outra dobradinha envol-

vida no estado de felicidade natural.

Quer motivo melhor para curtir esse sabor

amargo? Bom apetite!É importante sa-

lientar que o con-sumo desse doce deve ser feito com

muito controle e cuidado, espe-cialmente para diabéticos.

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REPRODUÇÃO

Segundo dados da Organiza-ção Mundial da Saúde, 50% dos casos de depressão não

são diagnosticados corretamen-te. E isso não ocorre apenas com essa doença, mas também com transtornos de ansiedade, psico-ses e outros problemas psiquiá-tricos. E um dos motivos é que muitos problemas de origem fí-sica podem apresentar sintomas semelhantes a essas doenças.

Justamente por isso, é fun-ção do psiquiatra fazer exames físicos em seus pacientes. Se a alteração comportamental é se-cundária a um problema orgâni-co, é essa causa que tem uma prioridade de tratamento e não seguir isso pode colocar a vida da pessoa em risco. Até porque o problema original não é trata-do e ainda o paciente se expõe aos efeitos colaterais dos medi-camentos sem necessidade.

Então, só depois de excluir causas de doença física ou consequência do uso de drogas que o psiquiatra vê a possibi-lidade dos sintomas em con-junto corresponderem a um adoecimento mental.

Hipotireoidismo e hipertireoidismo

Problemas endocrinológicos normalmente mexem não só com o nosso físico, como com a nossa mente. E o caso mais expressivo são as alterações na tireoide: o hipotireoidismo, em que os hormônios dessa glândula são produzidos em menor quan-tidade, e o hipertireoidismo, em que eles são feitos em maior es-cala. É muito comum o primei-ro quadro apresentar sintomas depressivos e ser confundido com uma depressão. O mesmo ocorre com o hipertireoidismo que pode levar a sintomas de ansiedade e confundir com uma doença psiquiátrica funcional como transtorno de pânico e transtorno de ansiedade genera-lizada. Tanto que o normal, e in-dicado na Diretriz de Manejo do Hipotireoidismo, é que todos os pacientes com depressão façam

Fonte: minhavida.com.br

Não confunda tumores com depressãoo exame para diagnosticar seus níveis de hormônios tireoidea-nos, pois eles podem ter alguma alteração inclusive subclínica, ou seja, em que não há tanta variação nas taxas.

Excesso de cortisol

Quando o hormônio cortisol está em excesso no nosso corpo, temos como resultado alguns sintomas comportamentais. Isso ocorre porque a substância tem efeito agressivo sobre o cérebro. Os sinais podem ser tanto de-pressivos quanto ansiosos, com excesso de energia e pensamen-tos grandiosos, sintomas psicó-ticos, como alucinações visuais (típicas de quadros com causas orgânicas) e quebras de reali-dade, e depressivos, tais quais prostração e perda de energia.

Esse excesso de hormônio pode ocorrer tanto pelo uso de corticoides quanto por alguma alteração física. Mas é mais di-fícil confundirmos o segundo caso, pois ele tem sintomas fí-sicos mais marcantes, como o ganho de peso.

Tumores

Alguns tumores, dependendo da localização, podem também trazer esse tipo de sintoma. É o caso principalmente dos tumo-res que aparecem no sistema nervoso central. Nessas situa-ções, o tipo de sintoma depende muito da parte do sistema ner-voso central que é afetada e do tamanho do tumor. Um desses tipos é a doença de Cushing, em que um tumor produz hormônios o mesmo das glândulas adrenais, causando também esse efeito no organismo, causando sintomas relacionados à depressão.

Por outro lado, existe um tu-mor chamado feocromocitoma, que ataca a glândula adrenal, e aumenta a produção de no-radrenalina. Isso causa grande irritabilidade, e crises ansiedade intensa que se confundem com pânico, mas esses eventos têm como característica um aumen-to na pressão arterial.

Além disso, câncer na cabeça do pâncreas em idosos também manifestam sinais depressivos antes mesmo dos sintomas físi-cos. Normalmente essas mani-festações demoram mais tempo para aparecer.

Doença de Parkinson

Antes mesmo dos típicos tremores aparecerem, a do-ença de Parkinson apresenta também sintomas depressivos. Entre eles temos dificuldades com memória, atenção e con-centração, baixa estima e alte-rações dos padrões de sono e apetite. Outros padrões, como a redução da expressão facial e movimentação mais lenta tam-bém podem se confundir com a depressão catatônica, em que há comprometimento dos movimentos. Quase 50% dos pacientes com Parkinson tem sintomas depressivos.

Medicamentos

É sempre essencial que o psi-quiatra se atente aos medica-mentos que o paciente toma. Já sabemos, por exemplo, que os corticoides causam sintomas de origem psiquiátrica. Também

é clássico que os moderadores de apetite e os medicamentos para câncer e para hepatite com frequência levem à depressão. Remédios usados para trata-mento de hipertensão, gastrite, doenças inflamatórias, doenças cardiovasculares, infecção, en-tre outros, também podem pro-vocar sintomas semelhantes à ansiedade e depressão.

Delirium

Muitos idosos hospitalizados têm como primeiro sintoma de interações medicamentosas, eventos infecciosos ou desi-dratação, um quadro chamado delirium. O paciente apre-senta desorientação e dificul-dade de atenção, passa a ter momentos de confusão com intervalos lúcidos e inverte o ciclo de sono. Apesar de espe-cífico, esse é o distúrbio psi-quiátrico mais incidente em idosos que estão nos hospitais.

Infecções

Bactérias chamadas de es-treptococos causam também alguns tipos de infecções no nosso corpo que podem apre-sentar manifestações com-

portamentais, que podem ser confundidos com transtorno obsessivo compulsivo. Crian-ças que tiveram infecção por estreptococos, como a febre reumática, têm maior risco de apresentar sinto-mas obsessivos compulsivos e tiques. Mas são quadros um pouco mais raros.

Concussão

Essa é uma lesão cerebral decorrente de alguma panca-da ou queda que pode alte-rar a função do cérebro por um tempo. Entre os sintomas comuns após a queda estão episódios depressivos e ansio-sos. Eles são sempre acompa-nhados por convulsões, inter-caladas com depressões ou alucinações. É preciso tomar cuidado, porém, pois muitas vezes é necessário mesmo administrar medicamentos para os sintomas psicóticos, mas eles podem piorar as convulsões. A boa notícia, no entanto, é que a tendência é que esses sintomas só perma-neçam por um tempo após a concussão cerebral.

A ansiedade pode ser confundida com outros transtornos, procure um médico para o diagnóstico correto

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FOTOS REPRO

DUÇÃO

Fonte: minhavida.com.br

Damascos são frutas pe-quenas de cor amarelo--dourada e pele avelu-

dada, com sabor adocicado e um leve toque de acidez. O damasco é botanicamente relacionado com amêndoa, ameixa, pêssego e nectarina. O damasco é fonte de vários nutrientes incluindo fibras, vitaminas A, C, E, comple-xo B, potássio, ferro, fósfo-ro, magnésio e antioxidantes como carotenoides e flavo-noides. Embora o processo de desidratação reduza o con-teúdo de vitaminas solúveis em água e sensíveis ao calor, como a vitamina C, outros nu-trientes tornam-se mais con-centrados. O damasco seco possui uma concentração de minerais e de vitamina A muito superior à do damas-co fresco. Por outro lado 100 gramas da fruta fresca têm 50 calorias enquanto 100 gramas de damasco seco têm 240.

Fonte de fibras

O damasco é boa fonte de fibra dietética. Ele contém fibras solúveis que ajudam a reduzir os níveis de colesterol, aumentam o bolo fecal, acele-ram o trânsito intestinal, pre-vinem a constipação e doenças do cólon como a diverticulose. Uma porção de 100 gramas for-nece 7 gramas de fibra.

Potássio

Cem gramas de damascos secos contêm 33% da dose recomendada diária de po-tássio, enquanto a versão fresca tem 7%. O potássio combate câimbras e ajuda a manter a pressão arterial saudável, e quem não ingere o mineral de forma suficien-te tem maior risco de desen-volver hipertensão.

Damasco é aliado dos olhos e do trânsito intestinal

Catequina combate a inflamação

Damasco é uma ótima fon-te de catequina, um polifenol com ação anti-inflamatória potente, pois inibe a ativida-de de uma enzima, presente no processo inflamatório. Os estudos têm mostrado que alimentos ricos em catequi-nas podem proteger os vasos sanguíneos de danos relacio-nados com a inflamação, e ainda ajudam no controle da pressão arterial.

Vitamina A e carotenoides

Em 100 gramas de damas-co seco estão 72% da dose diária recomendada para a vitamina A. Ela funciona como um antioxidante e é essencial para o crescimen-to celular, para o sistema imunológico e para a saúde dos olhos, ossos, pele, cabe-los, gengiva e glândulas. Os carotenoides presentes no damasco dão a bela cor do fruto: luteína, zeaxantina, alfa e betacaroteno. Eles protegem a retina (a parte do olho que capta a imagem visual) dos danos causados pela luz ultravioleta. A lute-ína e a zeaxantina ajudam a prevenir a degeneração ma-cular senil, a maior causa de cegueira na idade avançada.

Licopeno contra o câncer

Damascos também são ri-cos em licopeno, um pode-roso antioxidante da família dos carotenoides, que prote-ge contra o câncer, particu-

larmente de próstata, mama, laringe, esôfago e pulmão.

Bioflavonoides e polifenois

O damasco é rico em ou-tros bioativos com poder an-tioxidante, os flavonoides ou compostos fenólicos. Estes polifenois estão associados à redução de doenças por seu efeito protetor contra a ação de radicais livres, e ainda ajudam a prevenir a forma-ção de catarata.

Quanto comer

Uma porção corresponde a 10 unidades de damasco seco (uma média de 35 gramas), e isto equivale a 80 calorias. Ele pode ser consumido dia-riamente ao natural, ou pode ser acrescentado no iogurte, na salada de frutas, no suco ou vitamina.

A fruta também combate as câimbras, controla a

pressão arterial e previne o câncer. Mas mesmo com todos esses

benefícios deve ser consumido com controle

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REPRODUÇÃO

Fonte: minhavida.com.br

E stamos comendo muito, cada vez mais, e com muita dificuldade em

parar. Começamos a comer e só paramos ao ver o fim, em pouco tempo percebemos que devoramos tudo. Ansie-dade, estresse, compulsão, o que esta acontecendo? Doenças da ansiedade e até mesmo transtornos alimen-tares podem justificar esse comportamento, mas, na maior parte das vezes, é apenas o paladar a nos pas-sar uma rasteira. Nosso paladar tem predileção pelo doce e o salgado e se afasta do azedo e do amargo.

Vários mecanismos fisio-lógicos estão associados ao controle do consumo alimen-tar. Reguladores hormonais estão envolvidos na sinali-zação de fome e saciedade e tende a manter o balanço energético neutro, estimu-lando ou inibindo o apetite de acordo com a necessidade do corpo humano. Sobressai--se ao controle hormonal, o mecanismo de recompensa. Esse mecanismo nos conduz ao alimento guiado pelo pra-zer, memória e aprendizado, e conta com a ajuda funda-mental dos nossos sentidos.

Visão, audição, aroma junto com o paladar nos con-duzem na busca pelo alimen-to. Nossa língua apresenta receptores específicos iden-tificados para cinco sabores: doce, amargo, salgado, aze-do e umami. A predileção ao doce é inata, nascemos já gostando desse sabor. Somos

capazes de perceber a pro-teína a partir de receptores, há uma sensação prazerosa e suave em resposta ao con-sumo de fontes de aminoáci-dos, que são derivados pro-teicos, em especial ao sabor do glutamato. Aprendemos a gostar do salgado e quanto maior a quantidade de sal, maior o consumo. Nos afas-tamos do azedo e amargo por estarem relacionados a alimentos de potencial risco à saúde, como veneno e ali-mentos estragados.

Quanto à gordura, ainda não foi identificado um re-ceptor especifico para seu gosto, mas a composição em gordura dos alimentos pare-ce afetar o consumo através de seu aspecto, textura e possivelmente o seu aroma. A combinação dessa textura agradável da gordura com açúcar ou sal nos deu ali-mentos irresistíveis e certa-mente fazem parte do nosso consumo cotidiano unica-mente pelo prazer e não por necessidade nutricional.

A indústria de alimentos soube usar todo esse conhe-cimento a serviço do consu-mo. Combinou sabores, jun-tou sal e glutamato; açúcar e gordura; sal, gordura e glutamato. Essas associações aumentam nossas respostas de prazer e podem justificar nossa incapacidade de inter-romper o consumo, mesmo estando já satisfeitos. Pou-cas pessoas são capazes de parar de comer espontane-amente alimentos ricos em

sal, como salgadinhos de pa-cote ou pipoca temperada, assim como é quase impro-vável abandonar uma barra de chocolate pela metade.

Esse descontrole não esta associado à compulsão. O sal fica na língua estimulando o centro os receptores gusta-tivos. Assim como o açúcar e a textura do chocolate con-ferida pela gordura impreg-nam por toda a boca e nos fazem querer mais. Nossa história de aprendizado do alimento, somado à resposta intensa de prazer promovido pelo paladar, dominam nosso consumo nesses momentos.

Esse sistema de recom-pensa pode ser modulado ao longo da vida e iniciativas de mudança de hábito e reedu-cação alimentar nos ajudam a controlar esse consumo desenfreado. Nossos senti-dos conseguem se adaptar e, após pouco tempo sem receber estímulos intensos, rejeitam muito sal ou muito açúcar. Há neutralidade no paladar quando passamos a comer alimentos mais sua-ves como frutas. Não deixa-mos de receber sinalizações de prazer, só modificamos a fonte estimulante e vol-tamos a ter controle sobre nossas escolhas. Escolher alimentos saudáveis é sem-pre a melhor escolha.Esse é um caminho não muito tran-quilo, mas é uma rota segura que vai de encontro à saúde e vida longa!

O paladar contribui para o ganho de peso

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Nova técnica que reduz gordura localizada

A criolipólise possibilita a perda de até 25% de gordura corporal localizada

A Criolipólise é um pro-cedimento que conge-la e mata as células

de gordura para destruir os “pneuzinhos”. Essa técni-ca usa baixas temperaturas para acabar com a gordu-ra localizada. O aparelho é colocado na superfície da pele, fazendo as células de gordura serem congeladas a temperaturas negativas para serem destruídas.

A médica Andressa Fra-re Pauletto explica que, em contato com a baixa tempe-ratura, as células de gordura - chamadas de adipócitos - se rompem totalmente. Em con-sequência, o corpo entende que elas não fazem mais par-te do organismo e as expele naturalmente. O tratamento vem fazendo tanto sucesso que está sendo chamado de “a nova lipoaspiração”, com a diferença de que diferen-temente desse método, a Criolipólise não é um proce-dimento cirúrgico.

Indicado para

• Tratamento da gordura localizada

• Tratamento da celulite

PHOTO ART

6 Sábado | 15 de novembro de 2014

Dra. Andressa Frare Pauletto

(principalmente na região dos glúteos, coxas, abdome e braços.)

Como funciona

A Criolipólise é um método no qual o tecido gorduroso vai sendo resfriado lentamente pelo equipamento. O pacien-te fica aproximadamente 1 hora congelando cada área a ser tratada, podendo realizar até 4 horas de procedimento, ou seja, quatro áreas distin-tas. Ao final deste período, terá ocorrido um resfriamen-to importante da área a qual a gordura está sendo tratada, até chegar a menos 15 graus.

O tratamento provoca um edema (inchaço) importan-te, aumentando o volume da pele, que se torna averme-lhada. O processo provoca a apoptose, ou seja, morte das células gordurosas, eliminadas pelo organismo. O paciente deve fazer o programa de pré e pós-procedimento proposto pela clínica para que os resul-tados sejam potencializados.

Os estudos mostram que o método é seguro e que este novo conceito na redução da gordura localizada é efetivo, podendo o paciente perder até 25% de gordura corporal na área trabalhada, e o que é melhor, de forma total-mente segura, não invasiva, e o paciente pode voltar as suas atividades normais logo após a sessão. Após 2 meses

da realização do tratamen-to, caso necessário e após avaliação de profissional ha-bilitado, o paciente poderá realizar nova sessão.

Perda de medidas

Pode ser realizados no ab-dômen, flancos, interior das coxas, culotes, costas etc.

Após a Criolipólise, a médica indica para melhor resultado associar o algumas sessões de Manthus;.

O Manthus é tecnologia que associa o ultrassom de alta potência a um gera-dor de estímulos elétricos e correntes polarizadas es-tereodinâmicas capazes de reduzir medidas e melhorar o aspecto de ondulação da pele, como celulites e es-trias, além de tratamento pré e pós-operatório. Nesse caso potencializa o efeito da criolipólise, acelerando o processo.

Sua potência é cinco ve-zes maior que um ultrassom comum e a área de atuação é nove vezes maior, obtendo resultados mais rápidos em menor tempo.

Resultados esperados

Perda de até 25% da gordura

corporal localizada.

Médica Responsável Técnica Visualitté

Clínica Médica3055.4405

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Uma dupla nutritiva e saborosa

Fonte: einstein.br

REPRODUÇÃO

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O arroz e o feijão quando consumidos juntos formam uma dupla perfeita

Na mesa dos brasileiros, um prato típico e muito apreciado traz mais do

que sabor. O tradicional ar-roz com feijão também é uma combinação perfeita do ponto de vista nutricional. Historica-mente, uma das hipóteses da origem do prato no cardápio brasileiro se deu por meio da miscigenação.

Arroz e feijão são uma dupla nutritiva e saborosa. O arroz branco foi incluído na alimen-tação devido à forte influência portuguesa. Já o feijão, incor-porou-se à culinária primeiro com os indígenas - que comiam a leguminosa com farinha, e depois com os negros escravos, que tinham o hábito de ingerir feijão em todas as refeições.

Nutrição em alta

Arroz e feijão são, de fato, uma dupla inseparável devi-do à riqueza de nutrientes. Aminoácidos que um não tem o outro possui, por exemplo. Esses alimentos se comple-mentam. Segundo a Embrapa, um prato de arroz com feijão garante a absorção de mais de 80% da sua proteína.

Além de ser uma excelente fonte de proteína, o arroz ofe-rece carboidratos, vitaminas e sais minerais.

B1: garante o bom funcio-namento do sistema nervoso e muscular e do coração;

B2: importante para olhos, células nervosas e metabolismo de carboidratos, das gorduras e das proteínas;

B3: fundamental para man-ter a pele saudável, o sistema

nervoso e o aparelho digestivo em bom funcionamento, além de contribuir para a diminuição do colesterol.

Combinação saudável

O consumo desses alimentos juntos, traz mais benefícios à saúde que quando ingeridos separadamente. Apesar de ser uma rica fonte proteica, o fei-jão guarda certa desvantagem, pois o organismo não consegue digerir todas as proteínas que ele oferece. Porém, quando

o alimento é consumido com outro cereal, como o arroz, o organismo consegue fazer a di-gestão de todas as vitaminas e proteínas.

O Guia Alimentar do Minis-tério da Saúde prevê a inges-tão de arroz e feijão todos os dias. A dica da nutricionista para uma proporção ideal é uma porção de feijão para duas de arroz. O consumo diário desses alimentos tam-bém ajuda a prevenir doen-ças. A fibra do arroz e a do feijão reduzem o risco de

distúrbios cardiovasculares, diabetes, câncer de cólon, entre outros. E mais: contri-buem para um melhor fun-cionamento do intestino.

Outro prato que pode se tornar um inimigo nutricional é a famosa feijoada, com sua mistura de carnes: linguiça, toucinho, orelha de porco, rabo, pé, carne-seca, costeli-nha e lombo. A grande quanti-dade de gorduras se sobrepõe à riqueza dos nutrientes do feijão preto com arroz.

Uma boa notícia para aqueles que não conseguem abrir mão do prato é que já existe a versão light da feijoada. Basta eliminar a carne de porco e substituí-la pela carne seca magra. Evita a gordura sem perder o sabor.

A fibra do arroz e a do fei-jão reduzem o risco de distúr-bios cardiovasculares, diabe-tes, câncer de cólon, entre outros. E mais: contribuem para um melhor funciona-mento do intestino.

A dupla mais consumida pe-los brasileiros no dia-a-dia é o arroz polido - popularmente conhecido como arroz branco - e o feijão carioca - com tom próximo ao bege, de grãos menores e mais claros que o tipo rajado (marrom).

O arroz polido, porém, depois de descascado para tornar-se branco perde vita-minas e minerais. Já o feijão carioca, cujo nome nasceu das listras que lembram o calça-dão de Copacabana, é rico em proteína, zinco, ferro e cálcio, entre outros minerais.

Embora menos populares, existem outros tipos do grão e

da leguminosa que podem incre-mentar o cardápio sem deixar de lado a tradição e, sobretudo, os benefícios ao organismo.

Arroz parbolizado: ainda na casca, passa por um processo, sem agente químico, no qual é imerso em água aquecida sob pressão e exposto ao va-por e secagem. Desse proce-dimento resulta um grão com mais nutrientes em relação ao arroz polido, como vitami-nas e sais minerais.

Arroz integral: não passa pela etapa de polimento, pois apenas sua casca é retirada. Daí sua coloração mais escu-ra, o gosto mais acentuado e a textura mais dura após o co-zimento. é mais nutritivo que o arroz tradicional por reter grande parte dos nutrientes que são eliminados no proces-so de polimento.

Feijão-branco: é a varieda-de ideal para preparar saladas ou pratos mais elaborados, graças aos seus grãos de ta-manho grande. Possui, em sua composição, amido resistente, ideal para queimar gorduras.

Feijão-preto: ajuda a con-trolar o colesterol e a hiper-tensão arterial. é bastante consumido na Região Sul e nos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Feijão-de-corda: também conhecido como feijão-caupi ou fradinho, é fonte de prote-ína e energia, razão pela qual faz parte da dieta alimentar da população de países sub-desenvolvidos. O Brasil está entre os maiores produtores e consumidores mundiais.

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O ronco é um ruído pro-vocado por estreita-mento ou obstrução

nas vias respiratórias supe-riores durante o sono. Esse estreitamento dificulta a passagem do ar e provoca a vibração dessas estruturas. Isso pode ser um sintoma da síndrome da apneia obstru-tiva do sono (SAOS), patolo-gia caracterizada por parada respiratória com duração de pelo menos dez segundos nos adultos, e dois ou três segundos nas crianças. O ronco é também um fator de desagregação familiar, mui-tas vezes levando a pessoa que ronca a dormir em quar-to separado, bem como tor-na a pessoa que ronca moti-vo de criticas entre amigos, família ou quando tem que dividir quarto de hotel.

A Apneia Obstrutiva do Sono é um mal que atinge uma grande parcela da po-pulação, sendo mais presen-te nos homens que nas mu-lheres e na faixa dos 30 aos 60 anos. É um problema que traz riscos à saúde do pa-ciente. Estudos afirmam que as pessoas com apneia têm 30% mais chance de sofrer enfarto e acidentes vascula-res cerebrais (AVC). A quali-

Ronco e síndrome da apneia do sono

Fonte: dentistadosono.com.br

FOTOS REPRO

DUÇÃO

Aparelho intra oral PLG, evita o ronco

O ronco acaba afetando a relação entre o casal, levando até a dormir em quarto separado

dade do sono também é afe-tada e as pessoas que sofrem deste mal podem apresentar sintomas como ronco alto, falta de ar durante a noite, dores de cabeça matinais, esquecimentos frequentes, irritação e nervosismo du-rante o dia, sonolência diur-na excessiva e dificuldade de concentração, o que faz com que as chances de so-frer acidentes de carro e no trabalho subam cerca de sete vezes.

Para a indicação do trata-mento adequado, a presença da apneia do sono deve ser determinada e sua severidade quantificada objetivamente, através da polissonografia.

Os tratamentos mais eficazes para o tratamento da apneia

do sono são

O primeiro passo para a resolução do problema é evitar o fumo, álcool e se-dativos e, principalmente, controlar o peso, pois a obe-sidade é um fator que deter-mina ou agrava a apneia.

• Os aparelhos de pres-são positiva (CPAP, imagem abaixo) que são compostos

de um compressor de ar, de um tubo e uma máscara que, injetando ar nas vias aéreas, mantém as paredes da farin-ge afastadas e impede o co-lapso da via aérea. Tem sua indicação principal nos casos de apnéias moderadas ou graves. São adaptados pelo médico especialista em sono.

• As cirurgias, que po-dem ser a redução dos te-cidos da garganta (uvulopa-latofaringoplastia) através da remoção da úvula e parte do palato mole, e das ci-rurgias para avanço uni ou bi-maxilar (CIRURGIAS OR-TOGNÁTICAS) que consistem no avanço da parte óssea bucal (maxila e mandíbula). São realizadas pelo Otorrino (Uvulopalatofaringoplastias) ou pelo Cirurgião Bucomaxi-lofacial (Ortognáticas).

• Os aparelhos orais (ima-gem abaixo) que são placas presas aos dentes, que se articulam entre si avançan-do a mandíbula e com isso afastam os tecidos da gar-ganta, aumentando a passa-gem do ar e evitando o ronco e a apneia do sono. De fá-cil adaptação, são indicados nos casos de ronco primário (sem apneia) e nas apnéias obstrutivas leves e mode-

radas. Também não deixa que a boca se abra quando a pessoa dorme e relaxa a musculatura, possibilitando um sono de qualidade, refle-tindo na melhora do seu hu-mor, na qualidade de vida, na energia e na concentra-ção para os afazeres do dia a dia. Tem sido a alternativa mais conservadora no trata-mento do ronco e da apnéia do sono. São adaptados por dentistas com conhecimento e treinamento em medicina do sono.

O tratamento com apa-relho intra oral do Sistema PLG desenvolvido pelo mé-dico Luiz Roberto Godolfim baseia-se num diagnóstico adequado, alicerçado na multidisciplinaridade, se-guindo os preceitos e pro-tocolos desenvolvidos pelas principais entidades interna-cionais (American Academy of Sleep Medicine, American Sleep Disorders Association, Academy of Dental Sleep

Medicine, Sociedade Brasi-leira de Sono).

Os aparelhos intra orais vão ajudá-lo no tratamento da apneia obstrutiva do sono e do ronco, aumentando sua qualidade de vida e melho-rando suas relações pessoais e matrimoniais.

Em caso de identificação com esses sintomas procure pelos profissionais capacita-dos para sanar suas dúvidas e se for seu caso, lhe pro-porcionar um tratamento de excelência.