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    7 E N C I C L O P D I A P R A T I C AD A C O N S T R U O C I V I L 1 7 S D E

    C K T R lII

    S U M R I O :M O L D U R A S PRELIMINARESCONSTRUO DE MO L D U R A SPILASTRASP I L A R E S C O L U N A S GA L B A ME NT O S C A NE L U R A S CAPITISANOTAES T R A A D O DA CICLIDE 42 FIGURAS

    2 . A E D I O

    E D I O D O A U T O RF. PEREIRA DA COSTAD I S T R I B U I O D A P O E T U G A L I A EDITOEAL I S B O A P R E O

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    1 7 ENCICLOPDI PRTICD CONSTRUO CIVIL 1 78XTOEDESENHOSDE F PEREIRADACOSTA

    O B R A S D E C A N T A R I AA s construes de pedra aparelhada exigem dos tc-

    nicos da arte de construir conhecimentos relativa-mente profundos dos traados da clssica arquitecturaa inda hoje absolutamente necessrios para que a obrano seu conjunto resulte convenientemente.A Arquitectura a famosa arte monumental, s con-segue atingir esta sublime designao quando a suaobra c o n s t r u d a de cantarias.

    Quando a edif icao conseguida de materiais po-bres, o seu valor artstico e a sua resistnciaficamsem-pre aqum da categoria que lhe seria atribuda masq ua n d o as construes so de pedra aparelhada resis-tem eternamente sobre as runas dos edifcios abatidos

    pelos cataclismos ou pela passagem secular do tempo.Basta um simples relancear davista para osvetustosm o n u m e n t o s da Grcia e de Roma noquerendo deter-

    -nos para as obras da gnesis arquitectural do remots-s imo vale do Nilo. para compreendermos abertamente adurao eterna das construes de pedra aparelhada .a cantaria.Desfaz-se a alvenaria no seu conjunto mas f ica im-ponente a cantaria a desafiar o tempo.

    So pois as Obras de Cantaria o tema deste Ca-derno depois de j termos estudado os preliminares det u d o o que diz respeito a este material e ao gnero deobras que nele se executam.

    Fig. l ~ ENTABLAMENTO DE CANTARIA(Alado e corte) l

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    O B R A S D E C N T R IM O L D U R A Selemento primriona decoraoarquitectnicaf iguram as molduras que por sua vez podem ouno, ser decoradas.As molduras so formadas pela combinaode ele-mentos rectilneos e curvilneos entre d u a s linhas para-lelas e tomam a designao da forma comoesse traadorene as s u a s extremidades.v

    As-tr FaixaV I Go af ix

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    , Faina,

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    Fig. 3 MOLDURAS DE CANTARIA(En tab lamen to)As principais molduras arquitectnicas com as quaisse constituem as cornijas capitis e bases debaixo dopon t o de vista clssico so nove. Ei-las:1Listeloou filete; f a i x a ;2 Toro; astrlago ou tondinho;3 Cavado ou quarto de crculo cncavo;4 Ovado ou quarto de crculo convexo;bEsccia;6 Gola outalo;7Garganta ou talo;8 Gorja ou meio redondo cncavo;9 Bocel.As caractersticas das molduras pela sua localizaona obra e grandeza so as seguintes:O filete ou listelo, quando tem grande altura tomaa designao defaixa, e quando colocado na parte su-perior dos capitis chama-se baco; a faixa quandoentra na composio das cornijas e provida de pin-gadouro designa-se por lacrimal.O toro, quando empregado compequenas dimen-ses, toma o nome de astrlago ou tondinho.O quarto de circulo cncavo quando toma lugar natransio dofuste das colunas para o capitel ou para abase chama-se escapo e particularmente inescapo se j u n t o base, e s o m e s c a p o se est junto docapitel; o

    c a v a d o diz-se directo q u a n d o a sua parte avanadaf icas u p e r i o r e diz-se reverso quando a salincia fica parabaixo.O ovado quando de traado alongado designa-sepor ovado alongado e q u a n d o a moldura reprimidachama-se ovado encurtado; q u a n d o o ovado decoradoco m vulos toma designao de va lo o ovado d i-recto quando o seu bojo fica para cima e diz-se reversoq ua n d o o bojo fica para baixo.A esccia uma moldura curva e graciosa e tomaas designaes deprofunda elptica e de centros con-f o r m e o seu aspecto e construo; a esccia aplicadacom a sua maior largura para c i m a , tem o nome dees-cc ia reversa e quando a sua maior largura ficaparabaixo chama-seesccia directa.A gola, diz-se directa se tem a convexidade do ladode cima e reversa se a convexidade fica do lado debaixo ; as golas podem ser alongadas encurtadas ouachatadas conforme forem largas estreitas ou baixas.A garganta directa se a sua concavidade fica su-perior convexidade e reversa se se der o contrrio;este talo tambm pode ser alongado encurtado e a c h a -tado de acordo com o seu traado.A gorja exactamente a oposio do toro.Praticamente nos meios da construo .civil desi-gnam-se algumas molduras por nomes que se vulgari-zaram atravs das geraes no passando alguns delesde simples corruptelas. Assim ao astrlago chamamc o r d o e algumas vezes redondo; ao cavado chamammeia-cana ou nacela; goladirecta, papo derola esim-p l e s m e n t e gula, se de pequenas dimenses e gar-ganta directa designam-na por pescoode cavalo.As molduras tanto podem ser construdas em can-taria como em madeira. Algumas mesmo como a . faixa.podem ser construdas em tijolo.Descritas as principais molduras clssicas, vamosproceder ao estudo dos seus traados, estabelecido o

    . J^Fig. 3CAPITEL E BASE DE COLUNA(Molduras)

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    O B R A S D E C N T R I

    Fig. CAVADO Fig. 5 OVADO ig. 6 GOLA i g . 7 G A E G A K T A

    princpio de que a altura das molduras deve estar sem-pre em relao com a sua salincia ou sacada. A pro-poro mais usada nas c ima lha s , na largura das suasm o l d u r a s , geralmente de 45sobre a sua altura masl e m b r a m o s que em arte s o bom gosto impera.

    C O N S T R U O D A S M O L D U R A Sc a v a d o ou quarto de circulo cncavo , como o seun om e indica um quarto de crculo inscrito entred u a s linhas paralelasO ovado o u quarto d e crculo convexo tambmpela sua designao um quarto de crculo inscritoentre as linhas paralelas mas ao contrrio damolduracncava.A gola ou talo um a resultante da ligao de doisquartos de crculo um cncavo e outro c on ve x o , entre

    as duas paralelas.A garganta ou talo uma gola em sentido contr-rio e tambm inscrita entre asparalelas.A gorja ou meio redondo cncavo um meio crculocncavo entre as duas linhas que o limitam eexacta-mente ao contrrio do toro.O t o ro obtido por metade de um crculo convexoe m ligao co m as duas paralelas.O tondinho ou astrlago apenas um toro de pe-quenas dimenses ou seja um pequenino meio crculoconvexo.O b o c e l &unio de dois quartos de crculo con-vexos um de maior raio de que outro. O quarto decrculo maior, pode ser mais ou menos alongado ouachatado e o menor sempre perfeito.

    O bt e m - s e o bo c e l dividindo a sua altura em t rspartes iguais cu j os pontos so a e b. De a tira-se u m alinha horizontal onde se i n s c r e ve m duas partes iguai sa a-b cujo centro b, de onde se centra dessamesmahorizontal para a paralela dando o quarto de crculomenor. De a centra-se deste quarto de crculo para aparalela snperior e tendo o quarto de crculo maior,f ica c o m p l e t a a moldura com o seu bojo perfeito.O listelo ou filete f o r m a d o apenas por uma per-pe n d i c u l a r entre as linhas paralelas, no tendo geral-mente, grandealtura.Afaixa exactamente como olistelo tendo apenasmaior altura.Todos os traados destas molduras so de uma sim-plicidade absoluta como os leitores podem observarpelos nossos desenhos.A escc ia a moldura de mais aplicada execuo,mui t ss imo usada na arquitectura clssica e de bonitoefeito. de feio cncava mais ou menos arredon-dada obtida por vrios mtodos sendo, namaioria dasvezes, traada por dois quartos de crculo ligados entresi e s duas paralelas que a delimitam.As esccias tanto podem ser aplicadas directa comoreversamente isto , tanto podem ter a maior largurapara baixo como para cima. De entre osvrios mtodosconhecidos para os traados das esccias . , estudamosseis, que nos parecem osmais prticos e que nos doas molduras de melhor efeito.

    1.Esccia de dois centrosDivide-se a alturatotal em 3 partes iguais onde marcamos os pontos102.Do ponto 2 tiramos umalinhahorizontal, ondetambm inscrevemos 2 partes iguais s da perpendi-cular e em cujo centro marcamos oponto3. Centrando

    Fig. 8 TORO Fig. 9GORJA Fig. 10BOCEL Fig.11 LISTELO3

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    Fig. 12 GARGANTAALONGADA Fig. 13 GOLA RECTAALONGADA Fig. 14 GOLAENCURTADA

    no ponto 3, tiramos umpedao de crculo daparalelasuperior at horizontal e d e po i s , centrando no ponto2, continuamos o quarto de crculo at paralela infe-rior, ficando terminada a moldara.2. Esccia de trs centros. Inicia-se este tra-ado dividindo a altura total da moldura em3 partesiguaise por ama dessas divises a superior traa--se uma linha horizontal que passa pela perpendicula rbaixada do filete superior, dandoo ponto1.Adistnciade a a trasladada para ahorizontalde l aaedivi-de-se em 3 partes iguais, e l dessas partes marca-sena mesma horizontal, para o seulado direito, dando-noso ponto 2.Da extremidade da moldura , cuja largura livre,onde se situa o ponto b, eleva-se uma perpendicularonde se inscreve uma distncia igua l a 2 -a1, o que nosd o ponto c. Seguidamente ligam-se os pontos2 e c,

    e a meio dessa recta traa-se uma perpendicularqueintercepta a linha elevada de b e estabelece o ponto 3.Deste ponto 3 tira-se umalinha a passar pelo ponto2que se prolonga at a baixo. Finaliza-se a escc ia cen-trando noponto l, de aat encontrarahorizontal par-tida de 2. Centra-se depois no ponto 2 e segue-se oarco at ao encontro da linha que de 3 passa por 2,e finalmente com o centro noponto 3 segue-se o arcoat ao ponto b.3. Esccia d e cinco centrosDada a altura damoldura a-b, d-se-lhe tambm a largura a-c,e seguida-mente divide-se a altura em 14 partes iguais e toma-se

    o comprimento dessas partes de bpara a extremidadesuperior da esccia, b1 , de onde se baixa umaperpen-dicular que h-de encontrar uma diagonal sada de b,estabelecendo-se assim o pon to l, que nos d o pri-meiro arco de crculo, que vai de b' at diagonal ecujo raio igual a 3 partes, em que se dividiu a a l turada moldara.O ponto 2 obtido no prolongamentod a l inha dia-gonal sada deb,medindo-se nessa linha 4partes iguaisdas da altura, desde o arco j traado. o novo raiodo arco de crculo, que termina n u m a linha tirada daterceira diviso da altura e tocando no prprio ponto2.

    Fig. 16 GARGANTAREVERSA Fig. 17 GOLAREVERSA

    Fig. 15 GOLA ALONGADA

    O ponto 3 marcado no prolongamento da linhatirada da terceira diviso, e que passa pelo ponto 2,medindo de comprimento7 das partes da altura, desdeo crculo acabado de traar. O novo arco centrado em3, vaidesde oanterior arco ata umalinha limite, obtidacom u m a corda, medindo 6 partes da altura daesccia.partindo do arco no pontoda linha que passapor2e 3.O ponto 4, que marcado no prolongamentodalinha, que parte do limite da c o r d a anteriormente des-crita e que passa por 3, obtem-se com 10 partes daaltura da moldura, de onde se centra um arco queligando com o anterior, termina tambm numcompri-mento de corda com 6partes. Desteponto do desenhoparte uma linha que passando por 4, vai interceptarum a perpendicular levantada da extremidade inferiorda moldura c, dando assim o ponto 5.Do ponto 5 centra se descrevendo umarco de cr-culo, que ligando com a construo anterior, fecha a

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    O B R A S D E C A N T A R I AAo mesmo tempo das divises da linha a -bt i ram-selinhas horizontais, paralelas aos filetes da moldura,c o r res p o ndendo s perpendicula res qu e tocam no arco.S eg u i da m ent e m a rc a m - s e nas linhas paralelas aosfiletes, distncias iguais s que vo da linha a -b ao arcode crculo, nas linhas que lhes c o r res p o ndem .Depois ligam-se todos o s p o n t o s de distncia mar-cados nas paralelas aos fi letes , por um a linha ex ecu tada molivre, dando-se assimfinalidade moldura .A aplicao da esccia nos conjuntos de molduras ,nem sempre, espec ia lmente na a rqui tec tura chamadam o derna , desenhada r igorosamente dent ro dosp r i n -cpios clssicos, muitas vezes para obteno de bonsresultados as es cc ias so desenhadas molivre.Art i s t i camente consegue-se melhor ha rmonia de li-nhas curvas, c o m a ausncia da rigidez do s traados..Todas as molduras podem ser rectas ou ci lndricas,conforme o locdl onde sejam construdas, ou assentes .Assim, em paramentos rectos, pi lares e pi lastras,

    as molduras so rectas e cilndricas, se socolocadasem colunas ou em p a ra m en t o s ro t u ndo s .O q u a r t o d e c i r c u l o c n c a vo te m t a m b m a designa-o particularssima de e s c a p o , quando toma lugar natransio do fus te das colunas para o capi tel ou p a ra abase, e de um p a ra m en t o recto para um a m o ldu ra .O e scapo toma o nome de in es capo se est na tran-sio do fuste para a base, e de so m e s c a po se est natransio do fuste para o capitel, isto no que se re fe rea colunas ,pilares e obras afins.A s caractersticas das molduras notam-se pela su alocalizao em plena luz ou na sombra, sendo de feioarredondada as que ficam luz e de arestas vivas asqueficam imersas na sombra .D E C O R A O D A S M O L D U R A S

    das nove molduras clssicas estabelecidapelos famosos arqui tectos do Renascimento i ta liano,designadas tambm po r mo l du ras s imp l e s , tiram-se todos

    os elementos necessrios composio da s chamadasm o l d u r a s c o m p o s t a se formao dos conjuntos salientesda arte m o d e r n a.Esses nove perfis que por si s formam belos e bemequi l ib rados c o n t o rno s , en t ra m a b u nda n t em en t e nocon-j u n t o a rq u i t ec t u ra l do s grandes e n t a b l a m e n t os e corni -jas, qu e c o ro a m m a g es t o s a m ent e as grandes obras decantaria .Vignola , Paldio, Serlio, S c a m o zi e tantos out rosinsignes criadores de a rq u i t ec t u ra na Itlia doR ena s c i-mento , como o f rancs Phi l iber t Delorme, todos mes t resgrandes da arte de cont rui r , t raa ram as obras m o n u -menta i s perenes de m o l d u r a s que se ta lharam na pedra .A cantaria por excelncia o mater ia l apropriadopara as construes de grandearquitectura.A s m o ldu ra s , c o m o j dissemos, so m u i t a s v ezesdecoradas com os mais variados ornatos, tanto de ori-gem grega c o m o ro m a na .A c t u a lm en t e com o des env o lv i m en t odom o d e r n is m ona arqui tec tura , as m o ldu ra s q u a s e que no t m d e c o -rao.Alguns a rqui tec tos m ode rnis tas decoram as suasobras com ornatos arrancados s antiqussimas artesdas desaparecidas civi lizaes americanas az e t eq u e s .maias, etc., ou ainda a out ras a rqui tec turas , como egpcia e assria.A grandeza das mold uras para que resul te uma agra-dvel apresentao do belo, deve ser sempre propor-cional grandeza da obra e isso, que t a m b mest foradas regras, ou no se tratasse de uma obra de arte, sse consegue com a intuio art s t ica .A riqu eza de um a edificao definida pela varie-dade da s suas molduras, esculpidas art is t icamente nascantarias das suas fachadas o u a lados , sempre dent roda escala e em bem achadas propores . A grande be-leza das molduras, consiste na pureza do traado dose u perfi l . A s m o ldu ra s bem perf i ladas , po r mais sim-ples que sejam, so semp re agradveis .Fora da decorao clssica a disposio das molda-ras absolutamente livre, presidindo sua compos ioapenas o critrio do artista.

    AFig. 24 PILASTRAS A ) Pi las t ra dejuntas re f end idas; B) Pilastra d ejuntaschanf radas; C) Pi las t ra U sa

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    O B R A 5 D E C A N T A R I AP I L A S T R A S

    Fig. 25 PILASTRAS D ) Pilastra lisa d epedras d e s e n con t r adas ; E) Pilastra d e a lhe ia s ;F) Pilastra a p a i n e l a d a

    A S pilastras s o salincias, no sentido vertical, no sparamentos das paredes, tanto exeriores c o m ointeriores. O seu balano ou sacada absolutamente vontade do arquitecto, quando no haja submisso aqualquer estilo.As pilastras como ospilares,podem tomar o aspectoe as posies das Ordens Arquitectnicas, ficando mui-tas vezes integradasnelas, possuindo base e capitel.Porm, os capiteis daspilastras tm menor balanodo que os que ornam as colunas.Fora das Ordens Arquitectnicas constroem-sepilas-tras de qualquer aspecto ou dimenso, com os seusfus tes decorados com ornatos ou caneluras. N as edifi-caes vulgares as pilastras so totalmente lisas e fa-ze m concordncia com asfaixas (*).Nas grandes construes, as pilastras indicam nasfachadas, a separao dos vrios corpos de que se com-

    pem. Quando as pilastras so construdas nas extre-m i d a d e s das fa cha da s , perdem classicamente na sualargura, um tero da largura daspilastras estabelecidasnos outros lugares das fachadas.Dentro deste princpio, quando as pilastras tm alargura de 0,60; d-se para aquelas que ficam em a m b o sos extremos da edificaoa largura de 0,40.A salincia dada s pilastras estabelecida dentrodas leis da convenincia, um dos princpios bsicos daArquitectura. Quando a salincia das pilastras rema-tada junto da parede por uma curva, so elasdesigna-das por pilastras adoadas.Q ua n d o o balano das pilastras assaz grande, d

    Ver caderno n. 16 desta Enciclopdia.

    ^HF i g S 6 PL NT SD SDIVERS SPIL STR S

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    O B R A S D E C N T R Iao edifcio um aspecto de grande robustez, o que noacontece se o balano limitadoe o seu fuste decorado .Nas cons t rues vulgares ou da Arquitectura M o -d e r n a , as pilastras so desprovidas dos portentosos ca-piteis e das largas bases, e tomam qua lquer aspec to .Nas fachadas providas de faixas na separao dospisos do edif c io, as pilastras d iminuem de la rgura , defaixa para faixa, at chegarem ao ac r o t r i o .Tambm na Arqu i t ec tu ra C lssica as pi las t ras cons-trudas de baizo a alto adelgaavam em c ima , pa ra seevi tar a iluso vista , de que eram maislargasemc imado que em baixo.As pi las t ras tanto podem ser cons t ru dasde cantariacomo de alvenaria; se so de pouca salncia podemsercons t ru das s implesmente de massa, e de tijolo se sode grande balano. No entanto, na cantaria que aspilastras tm o seu melhor material de execuo .

    As pilastras podem ser , quanto ao seu aspecto: defuste liso ou m o ldu ra do , de caneluras e de fundo deornatos, constitudas por tambores, alhetas e de j u n t a srefendidas de alhetas e triangulares, etc .O s re fend i do s ou ju n t a s r e fend i da s das pilcatnune m sempre, como acontece com outras obras de can-t a r i a , c o r res p o ndem aos espessos das di ferentes peasque compem apilastra. o caso q ue, por exe m plo, cada paralelo de fustepode ter de altura 0,45 e a pedra pode medi r 0,90:logo, abre-se a meio da pedra a ju nta refend ida qu enos dar a i luso de duas pedras . Isto facilita o apro -vei tamento das ped ras e t rs eco nom ia de m o d e ob ranoa s s en t a m en t o .O assentamento daspilastia sobedeceao mesmo prin-cpio do assentamento de todas as o b ra s de cantaria ,c o m oj des c rev em o s no nosso anterior caderno.

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    Fig. 27 COBOA ME NTO DEPILAR OU COL UNA Fig. 28 COBOA ME NTO DEPILAR O U COL UNA_ 8

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    P I L A R E Ss p i l a r e s q u e , c o m o as co lunas , so corpos des ta -cados da c o n s t r u o , mas de seces quadrada ,

    rectangular, sexta ou oi tavada , concordam co m elas nabase e no cap i t e l .Os pilares t o m a ndo o aspecto e as p ro p o r esdasO r d e n s Arquitectnicas, ficam a maior parte das vezesintegrados nelas.Quando os p i l a r e s tm as seces poligonais demaisde quatro lados, so geralmente confundidos com ascolunas. A funo do spilares pra t i camente a m e s m adas colunas: s u p o r t e de arcadas, de varandas, de cor-pos de edifcios, de pavimentos ,fim decorativo e inter-rupo de gradeamentos .N a cons t ruo de arcadas a distncia entrepilares am e s m aque a estabelecida para as colunas , apl i cando--se, portanto, o sistema dosintercalmos.O spilares p o d e m ser desprovidos do capi tel e dabase e ter a fo rm ae o aspecto quemaisconvier.O s pilares, como as colunas , quanto mais for tes ,mais robus tez do s edi f i caes , enquanto que deestreitas seces tornam leve uma cons t ruo pesadae em p res t a m - lh e , por vezes, graciosidade que semelesno comporta r iam.Os fustes dos pi lares podem ser dec o ra do s e p ro -vidos de caneluras . A sua cons t ruo pode ser elevada

    por paraleleppedos, pelo sistema de cubos ou por um aou mais pedras sem p r e o c u p a o especial.Gera lmente d-se ao s pilares um soco de p e q u e n aa l tura .Quando ospilares tm fim decorativo ou so erectosc o m o ombrei ras de por tes , so quase sempre enc ima-do s por ornatos, como vasos, pirmides, esferase o u t ro smot ivos .Aos pilares pequenos d-se o nome de pilaretes,Modernamente cons t roem-se pilares des p ro v i do s decapi teis e de bases, o que em certos casos de g r a n d einteresse.O aparelho das cantarias dos pi lares deve sempreser igual ao da restante obra em c o ns t ru o .O assentamento das pedras que c o m p em os pila-res, deve ser fei to por sobreposio de umas sobre asoutras, com a aplicao de argamassa de c i m e n t o eareia, que pode ter o trao de1:5. Se ospilaresfo-rem muito delgados, da maior convenincia q u e asdiferentes pedras sejam fixadas com pernes de b r o n z e .Quando a espessura dos pilares constituda porvrias pedras, ut i lizam-se gatos de bronze ou massa dec i m e n t o .Tambm se uti lizam para o bom assentamento detodas as pedras , pequeninas pa lmet inhas de madei ra .

    Fig. 29 DIVERSOS TIPOS DE PILARES(P i la r q uad r ado ,pilar o i t a v a d o ,pilar r e c t an g u l a r ) Fig. 30DIVERSOS TIPOS DE PILARES(P i la r d ej un t a s r e f end idas , pilar d eca ne l u ra s , p i la r chanfrado) 9

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    O B R A S DE C A N T A R I A

    C O L U N A SA s c o l u n a s , que so corpos destacados, so constru-

    das nas seces redonda e elptica. Des t inam-sea suporte de arcadas, frontarias , varandas , t er raos ea , fins meramentedecorativos.Fazem as colunas parte principal das O r d e n s Ar-q u i t e c t n i c as e so compostas por base, fuste e capitel.N as cons t rues vulgares , des integradas das O r -d e n s , podem as colunas ter o aspecto que se desejar,de acordo com a na tureza da obra .A s colunas podem s implesmente possui r o fus te ci-l ndrico, torcido, canelado e tambm g a l b a d o .Em geral as c o lu na sso cons t ru das por vr iaspe-dras : uma para a base, out ra para o capitel e duaspara o fuste. S com tipos e em casos especiais , assimse no pratica.Nas colunas obedientes s O r d e n s o fus te divididoem trs teros: o inferior fica cilndrico e os dois su-periores cnicos . O dimet ro superior , junto do capi te l ,perde s vezes umtero do dime tro inferior.O espesso do fuste deve coincidir com a transiodo tero inferior para os teros superiores. Seassimse no fizer, l em b ra m o s aos es tudiosos , que o efei toproduzido desastroso. S em grandes colunas, emqu e a sua altura atinge alguns metros, se espessa t a m -bm a meio dos dois teros superiores, para obviar aobteno de grandes pedras.

    A di ferena da la rgura dos d i m et ro s dos fustesdas colunas, entre o inferior e o superior, na verticalsubida do fuste junto base, d-se a designao deen t a s e s .C o m o neste estudo no observamos as colunas dasOrdens Arq u i t e c t n i c as , mas todas aquelas que entramna vulgar idade das cons t rues , d i remos que os seustraados podem ser absolutamente livres, desde queestejam sempre de acordo com a cons t ruo .A cons t ruo das colunas deve ser bastante perfei tae deve evi tar-se que as p edra s que as c o m p e m , m o r -m en t e no fus te , sejam de cores di ferentes . Assim, bas-tante aconselhvel a apl icao de colonas monol t icas .A s colunas, alm dos fustes descri tos acima, pode mt ambm ser consti tudas por t a m b o res (4) de dimetrosdesiguais , com a separao entre si fei ta por alheias.

    N os interiores das edificaes as colunas podem tera mesma cons t i tu io e aspec to , das colunas assentesnos exteriores. Porm, muitas vezes, as colunas de pe-dra erectas nosinteriores, so pulidase podem os tenta rornatosmetlicos.A os g r u p o s de colunas assentes numa mesma edifi-( ) As colunas de tambores foram criadas por Philiber De-lo rme , arquitecto francs,no Palcio do Louvre , emParis.

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    Fig. 31DIVERSOS TIPOS DE COLUNAS(Co l un a d e t a m b o r e s C o l u n a ga lhada C o l u n a d ejuntas r e f end i das )10

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    OB RA S D E C A N T A R I Acao d-se onome de colunata e aoespao entreelas,tanto de eixo a eixo, c o m o entre as suas faces, d-sea designao de intercolnio.Pelo que fica e x p o s t o , as fun es das colunase dospilaresso inteiramente iguais.s colunas pequenas do-se as designaes de c o l u -melas,colunelos e colunetas.

    G A L B A M E N T O D A S C O L U N A SA fim de dar s colunas toda a beleza que lhe in-dispensvel, faz-se o seu galbamento. O ga l bo da scolunas consiste em estabelecer, desde o dimetro su-perior ao inferior dos fustes, uma harmonia eleganteque permite disfararatransiodoconedosdois terossuperiores para o ci l indro do tero inferior.Fora do galbamento desenhado m o livre, h va-riados processos de galbar colunas, alm daquele que obtido por meio de umarco de grande raio.De entre os vrios processos, todos eles clssicos,destacamos dois mtodos criados a m b o s pelo insignearquitecto Vignola. Um para as colunas toscanas edricas e outro para ascolunas jnicas, corntias ecom-pstas.Qualquer destes processos pode ser aplicado indis-

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    tintamente a todas as colunas, especialmente quelasque no obedecem s ordens arquitectnicas estabele-cidas, pois, como se sabe, oarquitecto pode projectaro tipo de colunas que sua obra mais convenha.G a l b o das Colunas Toscanas e Dricas Desenha-

    -se ofuste nosseus dois teros superiores, cujalargurado dimetro a-b; a largura do dimetro inferior A-B e inscreve-se a linha de eixo e-E.Seguidamente divide-se a altura, desde o dimetroinferior ao superior, em qualquer nmero de partesiguais, no sendo, porm, conveniente menosde 8 ou 6,para maior facilidade do traado. Junto base A-Bfaz-se um arco com centro na linha de eixo E. De ae de baixaro perpendiculares que, tocandono arcodescrito, daro os pontos a e V.O arco deA a a' e deB a b ' serdividido no mesmon m e r o de partes iguais em que foi divididaaalturadoi

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    Fig. 32 GALBAMENTO DAS COLUNAS TOSCANASE DOBICAS

    Fig. 33 GALBAMENTO DAS COLUNAS JNICAS,CORNTIAS E COMPOSITAS

    fuste e-E, e de cada uma das divises doarco, partirolinhas paralelas aoeixo, queencontraro ashorizontaisde l para baixo.Finalmente u n e m - s e os pontosa-A e b-B por linhascontnuas, traadas m o livre ou com o auxlio decurvas, tocando todas as intersecesdas perpendicula-res com as horizontais.

    O a l bo d a s ColunasJnicas, Corintias e Comps i t osDesenha-se o fuste das colunas nos seus dois terossuperiores, sendo a-ba sualargura e A-B alargura dodimetro inferior.De btira-se umarco decrculo,de raioigual a me-tade do dimetro inferior, ouseja A-Et que, passando 11

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    OBRAS DE C A N T A R I Apela linha e-E do eixo, d o ponto C, e deste pontopara baixo divide-se o fuste em qualquer nmero departes iguais, n u n c a menos de 5 ou 6, para clareza dotraado.D e b traa-se um a linha que, passando por C , vaiencontrar o prolongamento da linhaB-A, dando-nos opon to O . Deste ponto partiro l inhas para as divisesda altura do fuste, inscritas na linha do eixo, e que seprolongaro at mais adiante.Das divises da linha do eixo marcam-se distnciasiguais a b-c,nos prolongamentos das linhas sadasdeO,dando os pontos ./ ' 2', etc.Finalmente unem -s e os pontos b -B por uma linhacont nua desenhada mo livre, ou por meio decurva,passando pelospontosl', 2',3', etc.O traado do lado oposto, a-A com os pontos l",2", -3 , etc., feito por simetria.A diferena entre as larguras dos dimetros, comoj vimos, chama-se en tas es .

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    Fig. 34 CANELUBA DO DOB1CO GREGO

    C A N E L U R A S

    Fig. 35CANELUBA DO DOBICO BENA8CBNTISTA(T raado d e Viynola . mtodo)

    tivamente, de A para e de c para B. Continuando,co m o compasso emA, tiramos deBumarco de crculopara a perpendicular C-D e com o compasso emB,ti-r a m os de um arco para o mesmo lugar, o que nos do ponto 3. Deste ponto3 fazemos partir para opontoaum a recta que, prolongada, nos da a' e que, passandopelo arco A-b, ma rca -nos o ponto /.Repetindo para o outro lado o mesmo traado, fa -zendo sair do pon to3 umalinha parad,temosoponto2sobre o arco c-B e o respectivo prolongamentod'.Terminada esta const ruo, vamos traar totalmentea canelura. Com o compassoem l tiramos umpedaode arco de A at a ' e com o compasso em2 tira-seigua lmen te um pedao de arco de B atd'.Agora fecha-se a canelura, ligando, c om ocompassono ponto 3 , os pedaos de crculo de a ' &d'.C a n e l u r a d e Jnico Grego f f i g . 37) Obtida pelalinha a-ba largura da canelura, dividimo-la em 4 partesiguais e ficamos com os pontos l, 2, eti.Doponto2levantamos uma perpendicular, que divide em 2 partesiguais a linhaa-b.Depois, com ocompassonoponto l,tiramos de um arco a interceptar a perpendicular,e com ocompasso no 3 elevamos tambmumarco queintercepta igualmente a perpendicular e oprimeiro arcoe temos destamaneira oponto O.

    A R A a execuo da s c a n e l u r a s h diversos traados,todos de origem clssica, deentre os quais desta-camos quatro, que sero talvez os maisprticos.U m do tipo Drico grego, outro do tipo Jnicoe dois doDrico renascentista, criadospor Vignola.Estes traados foram concebidos para colunas, masso perfeitamente adaptveis a pilares e a pilastras,quer sejam de cantaria quer de revestimento de massae at de madeira.

    Canelura d e Drico Grego (fig. 34 ) Estabelece-sea largura da canelura na linha A-B, que sedivideaomeio, dando-dos a perpendicular C-D. Depois dividi-mos a linhaA-B em 5partes iguais eobtemos os pon-tos,o,, c e d.D os pontos a e dtiramos arcos decrculo, respec- Fig. 36 CANELUBA DO DOBICO BENASCENT1STA(T raado d e Vignola 2" mtodo)12

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    O : B R A S D E S C A N T A R I ADeste pon to fazem os sair duas linhas rectas: umaa passar pelo ponto l e que se prolonga para baixo eoutra a passar pelo p o n t o 3 e que t a m b m prolonga-m o s . Terminada t o d a esta c o n s t r u o v a m o s traar f i-nalmente acaneiura.Centrando o com pas s o no p o n t o /, f a z e m o s partirde a um arco at ao p r o l o n g a m e n t o da linha 0-1 eco m o c o m p a s s o no p o n t o 3. f a z e m o s do mesmo modosair um arco de bat ao prolongamento da recta 0-3.Para c o n c l u i r m o s a caneiura tiramos, com ocompassono ponto O. um arco que liga os outros dois arcos jinscritos.Caneiura d o Drico Renascentista 1. Mtodo d eVigno l a (Fig. 30)Achada a largura da caneiuranalinha a-b,dividimo-la aomeio e estabelecemos opontoC.Deste ponto tiramos umarco de crculo deaparab,q u e , ao passar na perpendicular levantada de c, d op o n t o d.De s egu ida , centrando no ponto d, tiramos de a

    para bum arco e est concluda a caneiura.Caneiura d o Drico Renascentista 2. Mtodo d eVigno l a (Fig. 36) A linha a-b indica a largara desejada para a caneiura, a que se no deseja dar grandep r o f u n d i d a d e , o que torna o es tudobastante fcil.A s s i m , centrandocom ocompasso no pontoa, tira--se com o raio de b um arco para fora da coluna, eco m o compasso no ponto b levanta-se de a umoutroarco que vai interceptar oprimeiro, dando-nos o p o n t oc . Finalmente com o raio c-a tira-se um arco para b et e m o s terminado o traado desta caneiura.Expostos estes quatro curiosssimostraados deca-

    nduras, que podero ser aplicados vontade, em qual-q u e r obra fora das construes clssicas das O r d e n sArquitectnicas, incitamos osleitores a tirarem dequal-quer deles os resultados magnficos que nos sugerem.Diremos tambm que todos os traados, por maisclss icos que sejam, p o d e m ser aplicadoss novas con-

    ..-//i\V-,/' /Z;;j/;v\_\C L '., ]/ "\ ~~~'~\- i ' v - j * . . i J- *-f i ie . \3Fig. 37 CANELUSA DO JONICO-GREGO

    cepes do modernismo,sempre com vantagens, no ca-m i n h o para atingir o Belo a supremaciada Arte deConstruir.

    C A P I T E I SA construo dos capitis geralmente obtida numas pedra. Algumas vezes, porm, h quem tenhacons t ru do capitis com mais de uma pedra. Mas nonos parece que essa f o r m a de trabalhar seja deaplau-dir e de continuar. Tem-se separado o baco do res-tante conjunto da pea, apenas por razo deeconomia

    no preo da pedra, que no no seuassentamento,e atm e s m o no que respeita a execuo.A construo dos capitis numa s pedra, tem avantagem de seconseguir melhor perfeio notrabalhodeescultura, e encurtar de aprecivel maneira a custosaes t ima t iva de sobrepor uma pedra na outra, com todos

    r TF i g . 38 CAPITEL COBNTIO

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    O B R A S D E C A N T A R I AEst concludo o traado. Falta sligaro arco del a 4, de a m b o s os lados, tocando as i n t e r s e c e sdosarcos sados das l inhas das impostas com as horizontais .Terminadas todas as libaes por meio de curvasou m o livre, t e m o s a Ciclide concl u da , ou seja, comomelhor , t emos o arco t raado.Estearco de cicloide um dos mais belos arcos daconst ruo civil , conquanto o s arcos de asa de cestosejam relat ivamente sem elhantes .

    O R N A T O Sarqui tec tura moderna vem-se magnficas obrasesculpidas em cantaria, c o m o baixos-relevos eoutras esculturas de bem equilibrado gosto.N a arqui tec tura c lss ica encont ramos , porm, amaior variedade de motivos decorat ivos , que otalento

    criador dos arquitectos da Grcia e de Roma conce-b e r a m .E da decorao grega que a r r a n c o u natureza osseu principais motivos, que a arquitectura pelo decor-rer dos sculos , escolheu os seus mais interessantesfragmentos debeleza.O s ornatos clssicos a cons t ru i r emcantaria, so en-tre outros os vu los , figura semelhante aov os dispostosem fila entremeados com dardos, as palmas e aspal-metas, que lembram os ramos de palmeira, as pro las ,as r a z e s d e c o r a o , as o n d a s , as c o r d a s , asfo lhas degua, os r a m o s d el o u r e i r o atados com fitas em f o r m a deX, as f l o r es de ldo , as fo h s d e a c a n t o e as ros e tas .Decarcter geomtrico ainda adecoraogrega nosdeixou um aprecivel nmero de gregas,m e a n d r o s , d e n -

    teis, canduras, fo lhas abe r t as e e n t r e l a a d o s decuriosoaspecto e de simplicss imo traadoS o variadssimos os mot ivos de ornam entao ar -quitectnica, prontos a mltiplas aplicaes e tambm decorao das molduras , onde tom am lugar p repond e-rante, pela riqueza que e m p r e s t a m arte de cons t ru i r .Cada um dos ornatos que v i m o s de falar tem a suaaplicao nas mo lduras , como re levo , nos lugares ade-quados .As ra z es de c o r a o so aplicadas na moldura docimsio, nos en tab lamentos , as pro las e as c o r d a svem-se nos filetes e nos tondinhos, e na gola inferiorao lacr imal , empregam-se e legantemente os vu los .O lacrimal reveste se de canduras ou de fo lhasab e r t a s .A s f l o r es de ldo e a spalmeias decoram as a rqui -t raves , e as f o l ha s d e a c a n t o engrinaldam os capitiscorntios e compsi tos (figs. 38 e 39 ) .O s e n t r a n a d o s e os r a m o s d e l o u r e i r o reves tem ri-c a m e n t e os toros e osbocis; as g r e g a s e osm e a n d r o s

    cobrem as faixas.De um m odo gera l todos os o rnatos podem revestiras molduras , consoante as suas dimensese propores .O s t raados dos ornatos geomtricos , so uma c o m -binao de l inhas rectas e curvas , como as gregas , ose n t r e l a ad o s , e n t r an ad o s , f o l ha s ab e r t a s , etc., enquantoque os que copiam a natureza, como as f lores e as fo -ihas so c o m p o s t o s m olivre.Os ornatos de concepo mais moderna caracteri-zam-se por combina es de l inhas quebradas , p on t a sd e d i a m a n t e , que so um as pequena spirmides,estrelas,losangos, etc.Pelo expos to podem os principiantes e estudiososconclui r que os trabalhos a executar na p e d r a a p a r e -lhada so n u m e r o s o s e de valor artstico.

    Fig. 42 VO DE JANELA CO M ARCO DE CICLOIDE16

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    COLECO C O M P L E T A D O S C A D ER N O S D AE N C I C L O P D I A P R T I C A D A C O N S T R U O CIVIL1 Asnas d e Made i r a (27 fig.)2 Asnas d e Made i r a (13 fig.)3 Escadas d e Made i r a (1 8 fig.)4 Escadas de Made i r a (25 fig.)5 E sc ada s d e Made i r a (15 fig.)6 E sc ada s d e Made i r a (23 fig.)7 Pav imen t os d e Made i r a (34 fig.)8 Made i r am en t o s e Te lhados (2$ fig.)g Made i r am en t o s e Te lhados (2 1fig.)10 Made i r am en t o s e Te lhados (22 fig.)

    1 1 Made i r am en t o s e Te lhados (1 8 fig.)12 Tec tos Diversos (27 fig.)13 Obr a s d e A lv enar i a (32 fig.)14 Obras de A lv enar i a (29 fig.)15 Arcos e A bbada s (40 fig.)16 Obr a s d e Can t a r i a (27 fig.)17 Obras de Can t a r i a (42 fig.)18 Pavimentos Diversos (26 fig.)19 Vos d e Jane l as (2 1 fig.)20 Vos d e Jane l as (26 fig.)21 Por tas Ext er iores (24 fig.)22 Por tas In t er iores ( - 2 , 5 fig).23 Ins ta laes Sani tr ias (25 fig.)24 Ins ta laes Sani tr ias (27 fig,)25 Ins ta laes Sani tr ias (25 fig.)25 In t er iores e Ex t e r i o r e s (22 fig.)27 Chamins e Aquec imen t o (26 fig.)28 Traba lhos de F e r r o (26 fig.29 Vent i l ao e Acst ica (2 5 fig.)30 Diversos Traba lhos (23 fig.)

    U M G R O S S O E B E L O V O L U M E D E 44 P G I N A S E 7$ 9 G R A V U R A S