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8/13/2019 2 - Avaliao de imoveis II parte Percia
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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
ANTONIA ROSA CINELLI
AVALIAO DE IMVEIS PARA ATIVIDADES
PERICIAIS DE ENGENHARIA CIVIL
SO PAULO2006
8/13/2019 2 - Avaliao de imoveis II parte Percia
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ORIENTADOR: PROFESSOR Dr. Wilson Shoji Iyomasa
ANTONIA ROSA CINELLI
AVALIAO DE IMVEIS PARA ATIVIDADES
PERICIAIS DE ENGENHARIA CIVIL
Trabalho de Concluso de Cursoapresentado como exigncia parcialpara obteno do ttulo de Graduaodo curso de Engenharia Civil Universidade Anhembi Morumbi.
SO PAULO2006
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ANTONIA ROSA CINELLI
T
r
Trabalho de concluso de curso apresentado em 11 de novembro de 2006
________________________________________
Wilson Shoji Iyomasa
Orientador
___________________________________________
Clio Daroncho
Professor convidado da banca
Comentrios:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_________________________________________________________
AVALIAO DE IMVEIS PARA ATIVIDADES
PERICIAIS DE ENGENHARIA CIVIL
Trabalho de Concluso de Cursoapresentado como exigncia parcialpara obteno do ttulo de Graduaodo curso de Engenharia Civil Universidade Anhembi Morumbi.
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Dedico esta pesquisa a algumas pessoas que marcaram
minha vida para sempre, umas porque nos vo ajudando
na construo, outras porque nos apresentam projetos de
sonho e outras ainda porque nos desafiam a constru-los.
A todos os educadores desde o iniciar da minha infncia
com suas aes e observaes, ao meu orientador
Wilson Shoj i Iyomasa que me deixou honrada em
dedicar parte do seu tempo no aprimoramento e a
reflexo sobre o papel de um tcnico.
Obrigada por sua dedicao e incentivo.
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AGRADECIMENTOS
A Deus em primeiro lugar por me dar coragem de recomear e ter essa
oportunidade.
A todas as pessoas que direta ou indiretamente contriburam para a realizao deste
objetivo, pois toda a escolha tem seu preo e ser um aprendiz faz com que nos
distanciamos dos nossos familiares e amigos. Obrigada, pela pacincia
especialmente quelas que, de uma forma ou de outra, acreditam ser possvel
realizao de um sonho atravs de um mundo melhor, mais justo e humano, com
mais igualdade para todos, contribuindo para o alcance e realizao de muitos
sonhos.
Obrigada a Universidade Anhembi Morumbi que sempre atendeu com detalhes
todas as minhas necessidades atravs das Coordenadoras Jane e Gisleine.
Aos colegas pela realizao de muitos projetos e momentos de confraternizao.
Agradeo ainda o incentivo que recebi dos meus filhos: Jeniff, Edgar e Amanda, do
meu sogro Aristides, do meu grande amigo Lo e em especial do meu companheiro
e esposo TIDE.
Muito obrigada a todos
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RESUMO
A Avaliao de Imveis objetiva a aplicao de tcnicas e procedimentos periciaissobre a potencialidade de um imvel sob o ponto de vista da sua valorao, e podeser solicitado pelo empreendedor, comprador, vendedor ou at mesmo pela justia.Constitui-se do conjunto do exame de suas caractersticas, que devero serverificadas com procedimentos realizados tecnicamente. Deve ser dado destaqueaos aspectos que, por sua complexidade, exigem mtodos, pesquisas sobre osterrenos urbanos, avaliao de benfeitorias, depreciao do imvel, e procedimentosjudiciais com normas de ordenamento territorial e ambiental, firmado entre pessoasfsicas e jurdicas de direito pblico, ou privado, ou pessoa jurdica de direito pblico.Este processo inexorvel e atinge rapidamente novos setores econmicos, como oda produo dos ambientes habitveis urbanos, tanto por exigncia dosconsumidores, como por estar incorporado ao pensamento e prtica de algunscompradores ou investidores. E at mesmo pela pessoa fsica que se acha lesadanos seus interesses e que v a possibilidade da real valorizao do imvel comapelo Justia. A realizao de uma na vistoria deve ser acima de tudo prudente,obrigando-se a uma minuciosa anlise das situaes, ainda que complexas edifceis, e deve contribuir para melhor segurana nas decises a serem tomadas,objetivando alcanar os verdadeiros valores, da melhor forma justa e imparcialidade.
Palavras chave: avaliao de imvel. Percia. Procedimentos tcnicos.
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ABSTRACT
The Valuation of the Potential from a Building intends to use experts techniques andprocedures about a building potentiality and thinking over its valorization, and can beask by a enterprising, buyer, or even by the court. This demands the examination ofcharacteristics that ought to be checked with technical procedure. It is necessary toget emphasis on complex aspects, which need method, research on urban or evenrural lots, improvement valuation, building undervaluation, judicial procedures aboutrule of territorial and environment ordinance in three levels of public law, and the lotdeed. This procedure is inexorable and quickly attains new economics sectors, as theproduction of urban environment to leave, as much by requirement of costumers, asby the thinking and practice of some buyers and undertaker. Even by that who feelswas damages and intents the possibility of a building valorization having recourse tothe court. The realization of a inspection must be, over all, prudent, it is necessary adetailed analysis of the conditions, even they are complexes and hard, and mustcontributes to better security to take decisions intending to obtain real worth, by thebest way to get a fairness and impartial inspection.
Key Worlds . Valuation of a building potential . expertness . techniques procedures.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 5.3.1:Terreno com testada irregular.................................................................32
Figura 5.8:Percentual desvalorizao.do terreno pela profundidade..........................43
Figura 5.8:1 Mtodo matemtico de Happer..............................................................44
Figura 5.8.2:Mtodo matemtico de Happer...............................................................45
Figura 5.8.3:Mtodo matemtico de Happer.............................................................46
Figura 8 :testada em declive do imvel .....................................................................68
Figura 8.1:Fachada do edifcio do imvel a ser avaliado............................................70
Figura 8.1.1 Quadra poliesportiva................................................................................72
Figura 8.1.2 Vista parcial da sala de visitas................................................................73
Figura 10.1 Elemento comparativo numero um..........................................................79
Figura 10.2:Elemento comparativo numero dois........................................................81
Figura 10.3:Elemento comparativo numero trs.........................................................82
Figura 10.4:Elemento comparativo numero quatro.....................................................84
Figura 10.5:Elemento comparativo numero cinco.......................................................85
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LISTA DE TABELAS
Tabela 5.2 Custo unitrio bsico de edificaes SIDUSCON.................................25
Tabela 5 3 zona de Normas do IBAPE.......................................................................29
Tabela 5.3.2 Fatores mxima e mnima de ajuste de profundidade ..........................34
Tabela 8 medidas principais do terreno avaliado........................................................69
Tabela 8.1 medidas efetuadas das reas do imvel...................................................74
Tabela 9 Coeficiente de fator panorama.....................................................................78
Tabela 9.1 Coeficiente relativo ao fator altura..............................................................82
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas
AR Aviso de Recebimento
ART Avaliao de Bens - Procedimentos Gerais
CONFEA Conselho regional de Arquitetura Engenharia e Agronomia
CUB Custo Unitrio Bsico
EMBRAESP Empresa Brasileira de Estudo do Patrimnio
FIPE Fundao Instituto da Universidade de So Paulo
IBAPE SP Instituto Brasileiro de Avaliao e Percias de Engenharia de SP
IEL Instituto de Engenharia Legal
RI Registro de Imveis
SGII Sistema de Gesto Imobiliria Integrado
ZN Lei de Zoneamento fornecida pelo IBAPE
ZP Lei Municipal de Zoneamento
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LISTA DE SMBOLOS
COEFICIENTES E TAXAS
f Taxa de inflao (por perodo ou mensal).
fi Frao ideal em condomnios horizontais ou verticais
i Taxa de juros (por perodo ou mensal).
Kp Coeficiente de vantagem da coisa feita
Kr Coeficiente do valor residual
r Coeficiente de proporcionalidade(Atu/Att )
ESTATSTICAS
Li Limite inferior de aceitao
Ls Limite superior de aceitao
n Numero de elementos da amostra
s Desvio padro da amostra
t Abscissa da distribuio de student
xi Elementos da amostra
Mdia aritmtica
Desvio-padro da populao
FATORES DE HOMOGENEIZAO E CORREO
Fa Fator de atualizao monetria
Fac Fator de acabamentoFat Fator de acidentao topogrfica
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Fc Fator de condomnio
Fd Fator de depreciao fsica e funcional ou idade
Ff Fator de fonte
Fh Fator de homogeneizao ou corretivo total
Fk Fator de comercializao
Flj Fator de loja ou de valorizao comercial
Fp Fator de profundidade
Fpd Fator de pedologia
Fpj Fator de projeto
Frl Fator de restrio legal
Ft Fator de frente ou testada
Ftc Fator devido ao tipo de construo
Ftm Fator de frentes ou testada mltiplas
Ftr Fator de transposio de local
Fx Fator genrico a ser usado conforme a necessidade
IDADE
Iap Idade aparente (ou estimada) do imvel
ip Vida til provvel (iap + ir)
ir Idade remanescente
MEDIDAS
A rea
Acp rea de construo privativa da unidade imobiliria
Ar Frente de referencia
Att rea total do terrenoMmin Profundidade mnima
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pe Profundidade equivalente
N Profundidade padro (ou lote padro).
Pmax Profundidade mxima recomendada para a zona segundo sua categoria
Pmin Profundidade mnima recomendada para a zona segundo sua categoria
qm Valor unitrio mdio
S rea do terreno
T Frente ou testada real
Tef Frente ou testada efetival
Tmin Frente ou testada mnima recomendada para a zona segundo sua
categoria
Tmin Frente ou testada mnima recomendada zona segundo sua categoriaTr Frente ou testada de referencia
VALORES E CUSTOS
Cr Custo de reproduoCub Custo Unitrio Bsico de Construo por m2
Dp Despesas em percentual do pgv
Li Lucro do incorporador
Lp Lucro percentual em relao ao Pvg
Mgd Global de despesas
Pa Percentual de aproveitamento para lotear glebas urbanizava
Pgv Produto geral de vendasRlef Receita liquida efetiva
Rlo Receita liquida operacional
Rlt Receita liquida total
Vad Valor adotado
Vb Valor das benfeitorias
Vd Valor declarado
Vg Valor genrico unitrio (por m2) do terreno para o trecho
Vl Valor lucrativo
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Vr Valor residual
Vti Valor total do imvel
Vtt Valor do terreno total
Yi ndice de valor do trecho de logradouro do i mvel pesquisado
Yip ndice de valor do trecho de logradouro do lote padro
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SUMRIO
1 INTRODUO...................................................................................................152 OBJETIVOS.......................................................................................................17
2.1 Objetivo Geral ......................................................................................................17
2.2 Objetivo Especfico.............................................................................................173 METODOLOGIA DA PESQUISA ......................................................................184 JUSTIFICATIVA ................................................................................................195 MTODOS PARA AVALIAO DE TERRENO E LAUDOS PERICIAIS.........21
5.1 Procedimentos avaliatrios preliminares .........................................................22
5.2 Mtodo para avaliao de terrenos ..................................................................24
5.3 Comparativo direto de dados do Mercado ......................................................27
5.3.1 Correo da elasticidade da informao pelo fator de fonte..................31
5.3.2 Clculos de profundidade equivalente e do fator profundidade.............31
5.4 Mtodo Involutivo ............................................................................................... .36
5.5 Mtodo Evolutivo .................................................................................................37
5.6 Mtodo de Avaliao de Servido ....................................................................38
5.7 Pesquisa de valores............................................................................................38
5.8. Avaliao de terrenos urbanos ........................................................................40
5.9 Aspectos que no sero avaliados..................................................................47
5.10 Avaliao expedita...................................................................................47
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5.11 Avaliao de benfeitoria..........................................................................48
5.12 Depreciao de imveis...................................................................................48
5.13 Rigor de uma Avaliao ...................................................................................496 PERCIA.............................................................................................................51
6.1.Atividades de um perito. ...................................................................................52
6.1.1Procedimentos na fase das diligencias .........................................................55
6.1.2 Requisitos para percias.........................................................................56
6.1.3 Percias especiais...................................................................................59
7LAUDOPERICIAL...................................................................................................627.1 Honorrios.................................................................................................65
7.2 Audincia...................................................................................................65
8.ESTUDO DE CASO................................................................................................67
8.1 Descrio do imvel...................................................................................69
8.1.1 descrio do acabamento das rea comuns..........................................71
8.1.2 Descrio da unidade avaliada...............................................................73
9 CRITRIOS DE AVALIAO ................................................................................75
9.1 Avaliao do terreno..................................................................................75
10.CLCULO AVALITORIO PELO MTODO COMPARATIVO ...........................79
ANALISE....................................................................................................................88
CONCLUSO.............................................................................................................90
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS...........................................................................92
APENDICE.................................................................................................................95
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1 INTRODUO
Este trabalho apresenta diretrizes para servir de parmetros na elaborao de umprocesso para a engenharia de avaliaes imobilirias, mostrando os procedimentos
bsicos para apreciar e estimar valores de imveis urbanos, bem como o papel real
de um perito na sociedade. Contm ainda informaes relativas de cada um dos
segmentos da percia imobiliria, como mtodos de avaliao, legislao pertinente
valor de honorrios praticados, e apresenta tambm a quesitao tpica de um
laudo, bem como o exerccio prtico de um laudo pericial por meio do estudo de
caso.
A Engenharia de Avaliao e Percias se tornou ao longo do tempo, uma atividade
bastante restrita, exigindo do profissional atualizao constante, acompanhamento
da tecnologia e critrios metodolgicos, elementos grficos e clculos. Exige ainda,
dedicao exclusiva que permite aprimorar e melhorar sempre o nvel tcnico e a
qualidade dos servios nos diversos tipos de avaliao de bens imveis urbanos,
que so prestados ao poder pblico e coletividade.
Quanto s atividades e atribuies de um perito esto ligadas as aes de
desapropriao, revisionais e renovatrias de um determinado processo, vistorias,
inventrios, partilhas, avaliaes de imveis industriais, de glebas, em fim inmeras
quantidades de atividades correlatas, que sero abordadas no decorrer do presente
trabalho.
Quando solicitado pelo juiz para executar uma avaliao pericial, cabe ao perito
localizar os autos e analisar o trabalho a ser desenvolvido, e caso perceba a
necessidade em realizar audincias s partes envolvidas, como tambm recorrer
aos tcnicos judiciais, deve manifestar-se por escrito.
As atividades de Engenharia Civil no apoio s questes judiciais, para que um juiz
possa fundamentar sua deciso, so necessrias, convvio harmonioso, de uma
sociedade, em especial, aberta e que busque continuamente a prtica da
democracia.
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Sob este contexto que foi desenvolvido o presente trabalho, na busca de um
entendimento tcnico que priorize a justia no que se refere aos trabalhos da
Engenharia Civil na avaliao imobiliria de terrenos e imveis urbanos.
Por meio da aplicao dos conhecimentos tericos adquiridos, em estudos prticos
de casos (terreno e imvel urbano), pretende-se registrar os resultados alcanados
no presente estudo.
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2 OBJETIVOS
O presente trabalho tem por finalidade descrever e discutir procedimentos que
conduzam a uma padronizao na execuo de atividades periciais de Engenharia
Civil.
2.1 Objetivo Geral
O objetivo geral desse trabalho estudar os diferentes procedimentos tcnicosexistente no campo da engenharia civil para avaliao pericial de imveis.
Ainda como objetivo geral o trabalho visa identificar os procedimentos mais
adequados ou mais utilizados na avaliao de imveis.
2.2 Objetivo Especfico
Como objetivo especfico o trabalho tem por finalidade aplicar um dos
procedimentos tcnicos na avaliao pericial de um imvel urbano,
constituindo-se em estudo de caso prtico dessa pesquisa.
O estudo, objetiva ainda a apresentar as tcnicas de avaliao pericial de um
terreno em rea urbanizada, inspeo tcnicas em edificaes visando identificao de patologias existentes ou oriundas dos processos construtivos
utilizados, reformas, alteraes de projetos, deteriorao de materiais, e outros
procedimentos para a concluso de um laudo pericial.
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3 METODOLOGIA DA PESQUISA
Para alcanar os objetivos propostos nesse trabalho, adotou-se a seguinte
seqncia de atividade:
Pesquisa bibliogrfica: levantamento de dissertaes, teses, artigos
publicados em eventos tcnicos e revistas cientficas;
Internet: coleta de artigos disponveis na rede Internet;
Organizao e anlise dos dados: armazenamento das informaes coletadasem banco digital;
Organizao por assunto e anlise das informaes direcionadas aos
propsitos desse trabalho;
Anlise dos procedimentos periciais: avaliao dos procedimentos tcnicos
existentes no campo da Engenharia Civil;
Anlise das informaes: estudo e anlise dos resultados obtidos decorrentes
da aplicao dos procedimentos tcnicos no estudo de caso;
Elaborao do relatrio tcnico: elaborao do texto com todas as
informaes obtidas no estudo para composio do TCC - Trabalho de
Concluso do Curso.
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4 JUSTIFICATIVA
A metodologia para avaliao de imvel vai desde o clculo do valor do bem imvel
at a sua classificao, verificando-se em toda a rea tcnico-cientfica (Engenheira
Civil, Agronomia e Arquitetura), dando ao magistrado subsdios suficientes para
decidir judicialmente sobre as avaliaes tcnicas de ambientes habitveis urbanos
provenientes de desapropriao, inventrios etc.
A preferncia do tema foi para buscar conhecimento numa das reas da Engenharia
Civil, que pudesse vir a auxiliar nas decises forenses referente s avaliaes de
edificaes e de terrenos urbanos efetuados por peritos judiciais.
Em funo do destaque dado em eventos tcnicos, devido complexidade do tema
que exige procedimentos em consonncia com as normas vigentes no pas, alm de
outras, como as judiciais e econmicas, despertou aluna o interesse no
desenvolvimento da presente pesquisa.
Na percia judicial o que se considera interessante que o perito,escolhido pelo juiz,
tem que se colocar como destinador e agente determinante dos valores imobilirios
que esto em discusso (laudo), que dever servir de parmetro para que o juiz por
meio de um comparativo com o parecer de dois tcnicos judiciais das partes
envolvidas, sentencie com justia.
Nesse sentido, fundamental que as avaliaes do patrimnio imobilirio sejam
feitas criteriosamente, adotando-se normas e diretrizes, e ainda, de forma
quantitativa, motivo pelo qual foi desenvolvido esse trabalho. Com efeito, o perito
judicial tem como preocupao a realidade dos fatos, sem duplo sentido para que se
possa julgar a verdade ou a falsidade, evitando ambigidade.
Avaliaes imobilirias so trabalhos essencialmente tcnicos. Atualmente, essas
atividades esto normalizadas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas
(ABNT) e pelo Instituto Brasileiro de Avaliaes e Percias (IBAPE), cujos preceitoss podem ser executados por profissionais que possuem formao acadmica de
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um curso de Engenharia Civil Agronomia ou Arquitetura. Em geral, o trabalho
coordenado por uma Diretoria Tcnica de Engenharia de Avaliaes e Percias,
abrigada no Comit Brasileiro de Construo Civil da ABNT (IBAPE, 2002).
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5 MTODOS PARA AVALIAO DE TERRENO E LAUDOS
PERICIAIS
Os primeiros artigos publicados sobre a avaliao de imveis no Brasil, datam de
1918 conforme consta no livro intitulado AVALIAO DE IMVEIS URBANOS
(FIKER, 1993). Aps essa data surgiram s primeiras investigaes sobre novos
mtodos de avaliao de terrenos,e j em 1923 foram introduzidos novos mtodos
de avaliao de terrenos, que a partir de 1929 comearam a ser sistematicamente
aplicados.
Um dos grandes nomes da rea, Luiz Carlos Berrini teve grande importncia para o
desenvolvimento de tcnicas de avaliao, desde 1928, atuando no Banco do
Estado de So Paulo. Autor de livros importantes, publicados em 1941 e 1953, este
profissional teve grande influncia sobre as tcnicas de avaliaes (GONZALEZ,
2000).
A partir da a engenharia de avaliao no Brasil recentemente, reformulados por
meio da ABNT (NBR 14653-1/2001) e Avaliao de Imveis Urbanos que expressa,
em termos relativos, as diferenas de atributos entre os dados de mercado e os do
bem avaliando e tratamento de fatores (NBR 14653-2).
A partir de ento, os estudos de Engenharia de Avaliao vm evoluindo
significativamente, como podem ser certificados nos inmeros cursos de extenso
de Engenharia Legal e de Avaliao, elaborados por universidades, como aUniversidade Federal Fluminense. Em geral, tais cursos visam formar Peritos
Judiciais e Assistentes Tcnicos propondo na prtica as abordagens de situaes
cotidianas no mbito da percia forense, considerando as normas de Avaliaes de
Bens oferecidos pelos rgos competentes, como IBAPE-SP - Instituto Brasileiro de
Avaliao Pericial do Estado de So Paulo, com filiais em outros estados seguindo
fatores que devem ser adaptados realidade local.
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Conforme glossrio especfico, avaliao de imveis a atividade que envolve a
determinao tcnica do valor quantitativo, qualitativo, monetrio de um bem, ou
ainda, a resultante de seus rendimentos, gravames, frutos, direitos, seguros de um
empreendimento, para uma data e um lugar determinado (IBAPE, 2002).
Porm, tratando-se de rea tcnico-cientfica especfica, como o caso da
Engenharia de Avaliaes, por solicitao do magistrado cujo conhecimento tcnico
a respeito no suficiente, necessita-se de uma percia apurada de todos os dados
que envolvem os autos para esclarecimento da verdade. em funo desses fatores
que existe a necessidade de se nomear um perito para tal evento, hoje normalizado
pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT).
De acordo com a normalizao, a percia s pode ser executada por aqueles que
possuem formao acadmica de um curso de Engenharia Civil, Engenharia
Agrnoma ou Arquitetura (MOREIRA, 1994). Segundo o autor, os imveis urbanos
devem ser avaliados por engenheiros civis e arquitetos, e imveis rurais, por
engenheiros agrnomos, podendo ainda, sob a sua responsabilidade, solicitar o
parecer de outro profissional especializado para apurar melhor o laudo, comoexemplo engenheiro eltrico.
5.1 Procedimentos avaliatrios preliminares
Ao iniciar o trabalho de avaliao de imvel (IBAPE, 2002) o avaliador dever seguir,para avaliao preliminar, os seguintes passos:
Coletar plantas e cortes do projeto arquitetnico do imvel e ou planta do
terreno;
Reunir e estudar a documentao do imvel, como ttulos de transferncia,
escritura, certides do Registro de Imveis (RI) e plantas;
coletar mapas da regio ou cidade, com indicaes dos principais pontosresidenciais, comerciais e industriais;
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Buscar informaes na prefeitura sobre os atuais servios de melhoramento
pblicos: gua, luz, esgoto, escoamento de gua pluvial, telefone,
pavimentao, iluminao pblica etc.;
Observar as posturas municipais: cdigo de obras da cidade, particularmente
quanto taxa de ocupao, gabaritos, afastamentos, recuos, plantas de
Planejamento Arquitetnico e Ambiental (PAA), aerofotogramtricas etc.;
Realizar levantamento detalhado in loco da propriedade: deve-se fazer uma
vistoria no imvel para constatar se a documentao est de acordo, fazendo
medies que julgarem necessrias, e em caso afirmativo, comunicar aos
setores competentes para as providncias cabveis;
Os laudos avaliatrios devem sempre ser ilustrado, em concordncia ao caso
em estudo por diversas fotografias legendadas, plantas de localizao dos
endereos dos elementos pesquisados e sob avaliao, pesquisas de valores
de mercados, guias de IPTU - Imposto Predial Territorial Urbano etc.;
As avaliaes imobilirias devem obedecer s diretrizes preceituadas na NBR
5.676/90 da ABNT e observncia dos postulados do CONFEA Conselho
Federal de Engenharia e Arquitetura, bem como do IEL Instituto de
Engenharia Legal, IBAPE etc.;
O arbitramento o ato de avaliar ou estimar valores de bens, feitas com o fim
de dirimir dvidas, como mediadores a qual se manifesta contrariando um
princpio de lei ou uma regra pr-estabelecida. Tambm o ato que se
pratica, no somente em atividade que envolve a tomada de deciso ou
posio entre alternativas tecnicamente controversas ou que decorrem de
aspectos subjetivos relativos a terrenos ou qualquer tipo de imvel, na
elaborao de avaliaes, ao menos, por duas metodologias avaliatrias. Afixao do valor da avaliao, em funo dos procedimentos adotados no
laudo, deve situar-se numa margem de erro de mais ou menos vinte por
cento, caso contrrio, os resultados devero sofrer reviso, preservando-se
os remanescentes de maior confiabilidade da pesquisa de mercado e de
estrutura.
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5.2 Mtodo para avaliao de terrenos
O valor do terreno decorre de seu potencial de uso conforme NBR 5676/89, no caso
de imveis urbanos, sendo quase sempre determinado pelo que se pode construir.
As edificaes tm valor pelas vantagens que oferece, e como no pode existir a
construo sem o terreno, o potencial deste tambm deve ser considerado nas
avaliaes (FIKER, 1996).
O conjunto terreno e construo ou terreno e benfeitorias representa um novo
imvel, e seu valor, na maioria dos casos, a soma dos valores do terreno e da
construo acrescida das vantagens decorrentes do bom aproveitamento do terreno
por um projeto arquitetnico ou por uma utilizao adequada. Este o conceito
citado pelo engenheiro Fiker, (1996).
A norma brasileira NBR 5676 (ABNT, 1989) trabalha com o conceito de que o valor
aquele fornecido para um dado instante, nico, no importando qual a finalidade da
avaliao. Esse valor corresponde ao preo que se definiria, para um determinadoimvel, em um mercado de concorrncia perfeito.
Na Engenharia de Avaliao se o terreno produz renda pelo seu aproveitamento,
sejam eles por meio de construo habitacional, comercial ou industrial, e se esse
aproveitamento est situado em locais adequados, conforme seu tipo de utilizao
ou dando nfase ao bairro, rua e quadra, distncia do centro comercial, influncias
geoeconmicas e das posturas municipais, deve-se considerar na avaliao doimvel.
Para a sua aplicao determinam-se os custos unitrios por metro quadrado por
meio de dados obtidos por pesquisa do prprio avaliador ou fornecida por estudos e
trabalhos publicados em revistas tcnicas custos unitrios de edificaes e
atendendo ao dispositivo legal, os sindicatos estaduais publicam mensalmente os
Custos Unitrios Bsicos (CUB), tendo o Sinduscon-SP dado a pblico a seguinte
tabela:
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Tabela 5.2 - Custo unitrio bsico de edificaes SIDUSCON 08/2006
MS: AGOSTO/2006
PROJETO - PADRO HABITACIONAL
R$/m2
N QUARTOS 2 3
PADRO BAIXO NORMAL ALTO BAIXO NORMAL ALTO
PAVIMENTO
H01 986,71 1.123,14 1.232,06 832,49 939,85 1.036,52
H04 733,82 851,63 1.044,80 648,07 746,7 897,43
H08 716,82 834,44 1.021,51 623,14 724,66 876,54
H12 698,82 820,8 1.004,42 612,88 715,61 866,69
H16 719,77 845,42 1.034,56 631,29 737,06 892,72
H20 740,75 870,02 1.064,72 649,68 758,52 918,72
H08-2N
N NDICE: 295,421 (Base Agosto/94=100)
VARIAO GLOBAL: 0,16%
VARIAO MATERIAL: 0,34%
PROJETO - PADRO COMERCIAL ANDARES LIVRES
R$/m2Pavto. 4 8
Padro Baixo Normal Alto Baixo Normal Alto
CL 522,1 595,7 738,82 570,03 643,58 789,09
Pavto. 12 16
Padro Baixo Normal Alto Baixo Normal Alto
CL 519,79 589,96 725,64 499,78 571,06 697,27
PROJETO - PADRO COMERCIAL SALAS E LOJAS
R$/m2
Pavto. 4 8
Padro Baixo Normal Alto Baixo Normal Alto
CS 565,43 638,06 795,45 607,23 677,68 835,33
Pavto. 12 16
Padro Baixo Normal Alto Baixo Normal Alto
CS 558,67 624,88 774,99 539,34 604,21 748,69
PROJETO - PADRO GALPO INDUSTRIAL E CASA POPULAR
R$/m2
CG CP1Q
348,31 592,56
Fonte Revista Pine Agosto de 2006 conforme site na Internet
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O custo unitrio desta tabela deve ser multiplicado pela rea equivalente do edifcio,
isto , rea dos diversos pavimentos ponderados segundo seu valor.
de fundamental importncia que a escolha de terreno seja a mais parecida
possvel, com o terreno a ser avaliado. No se devem comparar terrenos
residenciais com os comerciais, ou terrenos em zona de residncias horizontais com
outros em zona de empreendimentos verticais (edifcio), ou ainda, terrenos grandes
com terrenos pequenos, etc.
rea construda no caso de imvel isolado:
A verificao do aproveitamento do terreno dever ser observada dentre os
permitidos pela postura municipal.
rea construda fsica real do imvel:
Obtida em planta, com p-direito livre mnimo que atenda ao disposto no Cdigo de
Edificaes dever se levar em conta eventuais reas livres existentes dentro dessepermetro, como sacadas cobertas ou descobertas, terraos, garagens, coberturas
de tanques.
No caso de unidades autnomas de prdios em condomnio: a rea resultante do
somatrio da rea privativa da unidade, acrescida da rea de uso comum que lhe
couber, conforme estabelecido na ABNT 12721, e outras reas, cobertas ou
descobertas de uso privativo daquela unidade, situada em outros pavimentos.
rea non aedificandi: rea gravada por restries legais ou contratuais do
loteamento, desde que devidamente averbadas junto ao Registro de Imveis, onde
no permitido construir.
rea total de construo: resultante do somatrio da rea real privativa e comum
atribudas a uma unidade autnoma, definidas conforme ABNT 12721.
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Acabamento semelhante ao tipo considerado para avaliao ou se superior ou
inferior do custo global da construo observando dependncias soma das reas
cobertas padro e equivalentes da construo estimada, ou fictcia.
Os terrenos podem ser divididos em:
Gleba urbanizvel - Grande extenso de terreno, que, por sua
caractersticas fsicas e de localizao prxima rea urbana, ou a
loteamentos implantados, e destinao legal, permita aproveitamento
mais eficiente, com a sua transformao economicamente vivel
atravs de loteamento, desmembramento ou implantao de conjunto
habitacional, desde que sua escala de implantao simultnea nomercado local no resulte em inviabilizao. Conforme definio da
NBR 5676/90;
Grande extenso de terreno, passvel de receber obras de infra-
estrutura urbana, por sua localizao, seus aspectos fsicos, sua
destinao legal e existncia de mercado comprador (NB-899).
Lote- Lote-padro urbano aquele de forma retangular, com uma
s frente ou testada, com as medidas-padro adotadas pelamunicipalidade em que esteja localizada ou estabelecida, quando da
elaborao genrica de valores.
Lote urbano o terreno situado em zona urbana ou expanso
urbana, como tal definida na lei municipal de zoneamento urbano,
passvel de ser aceita com unidade autnoma conforme o disposto
da lei 6766 de 20/12/79, (citada no apndice) especialmente nos
artigos 2 4 e 6 na legislao local do uso do solo e cujoaproveitamento eficiente no dependa de parcelamento.
5.3 Comparativo direto de dados do Mercado
Comparativo de mercado refere-se pesquisa realizada de valores bsicos vigentesno mercado imobilirio, ou seja, confrontar os valores estabelecidos pelas
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imobilirias, administradoras de imveis, corretoras, empresa construtoras,
comerciantes, peritos do setor de imvel.
Existem duas formas de se comparar valores de imveis: o comparativo indireto e o
direto. Em geral, comum estabelecer comparativos entre valores de imveis
equivalentes (indireto), que possuam as mesmas caractersticas. Segundo Fiker
(2005), no estudo comparativo de preos necessrio especificar a data da
transao, do anuncio ou oferta.
Recomendam-se utilizar, no mnimo, duas fontes de pesquisa, e sempre utilizar as
informaes com prudncia quanto data de referncia e veracidade. Talprudncia decorrente, em alguns casos, do tempo que uma ao vem arrolando, e
nesse caso, necessrio buscar as informaes na data de quando foi feita a
petio inicial.
Segundo Fiker (2005), por se tratarem de informaes coletadas por meio de
transaes ou compromissos comerciais, sugere-se identificar os tabelionatos, o
cartrio ou registro de imveis, o nmero de transcrio, da inscrio ou de registro,nmero de livro e folhas e natureza do documento pesquisado.
Se as informaes forem coletadas por meio de anncio de jornais deve-se coletar a
data da publicao e o nmero da pgina. Em caso de oferta ou informao, o perito
necessita coletar o nome, o endereo e o telefone do informante.
Alm dessas informaes, necessrio anotar todos os dados dos imveispesquisados para as possveis comparaes, observando distncia da via mais
prxima, da esquina e verificando, tambm, as dimenses como a testada
profundidade e rea.
A comparao direta entre valores de imveis torna-se mais difcil, pois
freqentemente os terrenos ou edificaes no so idnticos com relaes s suas
formas, s dimenses ou at mesmo com relao topografia. Outro aspecto que
dificulta esse comparativo direto de valores diferena no tempo da poca da oferta
e da transao do imvel (FIKER, 2005).
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Na avaliao de imveis pelo mtodo comparativo (indireto ou direto) necessrio
homogeneizar todos os dados de pesquisa, principalmente, se as informaes foram
coletadas em outras localidades e com fatores diferentes. Nesses casos, devem-se
aplicar os coeficientes corretivos do preo do imvel que foi comparado para que os
dados possam ser transportados para o imvel objeto da avaliao.
A avaliao pelo mtodo comparativo deve levar em considerao, ainda, os fatores
de reduo do preo vista, segundo Fiker (2005), pratica-se a taxa de reduo de
doze por cento ao ano.
Na avaliao de terrenos loteados, no-industriais, devero ser levado emconsiderao os seguintes elementos: rea, profundidade, frente, topografia e
consistncia do solo e so separados por zonas de norma do IBAPE SP conforme
tabela abaixo
Tabela 5.3 Zonas de norma do IBAPE/SP
Grupo II zona comercial ou residncia de padro vertical
4 Zn prdio de apto Diversas regies Infra-estrutura bsica Baixarenda
s/elevador
padro popular
5 Zn prdio de aptoou escritrio p/mdio
Verificar a vocaolegal
Infra-estruturacompleta
Media oualto renda
c/ elevador
6 Zn prdio de apto Regies de Arquitetura Alta renda c/ mais deou escrit.de p/ alto alto padro diferenciada 2 elevadores
Grupo III zona de uso comercial ou de servios com ocupo preddominanatehorizontal
7 Zn com ou servio Periferia Padro popular Baixa rendade padro popular
8 Zn com. ouservio
Comercio commuita
Servio padro Mdia renda
de padro mdio concentrao
9 Zn comercio ou Comercio embairros
Arquiteturadiferenciada
Padro elevado
servio de altopadro
de alto padro
(fonte manual de avaliao de imveis)
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Para ilustrar o mtodo de avaliao comparativa, apresentam-se os seguintes
exemplos:
Exemplo 1
Local: Avenida Euclides Pacheco
Setor de zoneamento 01 Quadra 54
rea: 500 m2Testada: 23 m
Preo: R$ 456.000,00 com 50% vista e o restante em seis meses, sem juros.
Fonte: EMBRAESP (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimnio)
Informante A P Fonseca fone 1420-5116
Clculo, segundo Fiker (2005):
+=
n
FVA
A
VtVv 5,05,0 ...Eq. (1)
Onde
Vv = valor vista por metro quadrado do terreno da amostraVt= preo total por metro quadrado do terreno da amostra.
A = rea do terreno da amostra por metro quadrado (se a profundidade equivalente
for igual ou inferior usa-se a tabela 1)
FVA = fator de valor atual = 4,7665
0,5 = 50% e 50% em seis meses sem juros
n = nmeros de prestaes (meses) = 6
Substituindo os valores, tm-se:
+=
6
7665,45,05,0
500
00,456000vV
Vt = 818.254,00
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5.3.1 Correo da elasticidade da informao pelo fator de fonte
Para quaisquer ofertas, deve-se proceder a um desconto de no mnimo dez por
cento, admitindo-se todas super estimativas em funo da elasticidade da
informao tendo em vista o fator da fonte.
Utilizando o exemplo acima multiplicando o valor encontrado por 0,9 temos:
9,0= vt VV
9,000,254.818 =tV Eq. (2)
Vt = R$ 736.428,60 / m2
5.3.2 Clculos de profundidade equivalente e do fator profundidade
Clculos de profundidade equivalente (Pe) o resultado do fator profundidade que
resulta da diviso da rea do terreno pela sua frente efetiva (Fe)
Frente efetiva a projeo da frente real sobre a perpendicular a uma das divisas,
quando ambas so obliquas no mesmo sentido. a corda no caso de frentes
curvas. frente prolongada no caso de esquinas chanfradas.
A figura 5.1 demonstra um terreno de frente perpendicular, cujo um dos lados
maior que o outro sendo necessrio para tanto a utilizao da equao abaixo.
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Fig. 5.3.2 Terreno perpendicular a uma das divisas
Fe
SPe = Eq.(3)
Onde:
Pe = profundidade equivalente
S= rea
15,8
5,187=EP
Pe = 23 m
Mencionando o exemplo anterior a profundidade efetiva :
74,2123
500==Pe
Pe = 21,74
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As profundidades mxima e mnima recomendadas para cada regio encontrar-se
na tabela denominada zona de norma. Tabela.(5.1)
As profundidades recomendadas para o local (regio) so de trinta metros e quinze
metros No caso em exame essas profundidades soiguais a, vinte e um metros e
setenta e quatro centmetros, conforme esquema acima (Fig 5.1), respectivamente,
portanto no h o que se corrigir (FIKER, 2005).
Conforme a norma, no se recomendada utilizar ndices maiores que o dobro ou
menores que a metade do ndice do local da avaliao (FIKER, 2005).
Quando a investigao tem um amplo nmero de informaes podem-se abandonar
os fatores esquina ou frentes de homogeneizao duvidosa utilizando para o clculo
a tabela (5.2)
Ainda dever utilizar os clculos do fator de transposio como:
ndices de plantas genricas de valores Valor de lanamento fiscal.
Segue tabela (5.2) de ajuste de profundidade mxima e mnima segundo norma do
IBAPE que refere ao uso residencial horizontal e vertical.
Observaes gerais referentes tabela:
2 e 3 Zona para terrenos com reas fora do intervalo definido, dever ser estudada
a influencia da rea.
4 5 e 6 Observar as recomendaes das Normas do IBAPE /SP. Para terrenos
com reas fora do intervalo definido,
Estudar a influencia da rea. Analisar a eventual influencia da esquina ou frentes
mltiplas p/ esse grupo
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Tabela 5.3.2 - Fatores de ajuste de profundidade mxima e mnima
Frente e Profundidades Caractersticas e Recomendaes
Referencia
Zona FrentedeReferencia
P
rof..Mnima
P
rof..mxima
E
xp..defatorFrente.
E
xp..defatorProf.
M
lti.Frentesouesquina.
rea
readeref.Dolote(m2)
In
ter.caract.dereas(m2)
Fr Pmi Pma "f" "p" Ce "p"
1 Zona no se no se no se
Residencial 5 15 30 aplica aplica aplica 0,2 125 100-400
Horizontal Popular
2 Zona
Residencial 10 25 40 0,2 0 250 200-500
Horizontal Mdio 0,5
3 Zona
Residencial 15 30 60 0,15 0,5 600 400-1000
Zonasdeusoresidencialhorizontal
Grupo1
Horizontal Alto
noseaplica
4 Zona
Incorporaes 16 - - 1,1 2000 -1
Padro Popular mnimo
5 Zona
Incorporaes 16 - - 1,1 1500 800-2.500
Padro mdio mnimo
6 Zona
Incorporaes 16 - - 1,05 25001.200-4.000
Zonadeocupaovertic
al
GrupoII
Padro alto mnimo
noseaplica
noseaplica
n
oseaplica
Fonte Normas Manuall IBAPE
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Exemplo 2: - Clculos do fator de transposio
Local: Rua da Graa, 1025 entre Avenida Euclides Pacheco e Rua Pedro de Lima.
Setor 05- quadra 26 - fator local 7875
rea 16m x 28m = 448 m2
Preo = R$ 328.500,00 vista
Fonte: EMBRAESP
O que se pretende pelo clculo de transposio saber o valor do terreno se
estivesse localizado na avenida Rio Branco Setor 8 Quadra 81 fator local 14579.
9,0
=
f
trvt
F
F
A
VV
9,07857
14576
448
00,500.328
=tV Eq.(4)
Vt = R$ 1.224,30/ m2
Exemplo: Clculo do fator de atualizao
A avaliao datada de agosto de 1981.Para se obter o valor nessa data basta dividir
o valor atual pelo ndice de custo de vida FIPE (Fundao Instituto de Pesquisa
Econmicas da USP), e o resultado obtido deve ser multiplicado pelo ndice
estimado em agosto outubro de 1981.
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Fator de atualizao:
Em agosto de 1981 o ndice de custo de vida era de 3.480.000,00
Em outubro de 1981 o ndice de custo de vida era de 3.092.191,00
=00,191.092.3
00,000.480.340,225.1tV E q (5)
Vt = R$ 1.379,08/ m2
O clculo do fator de zona se d quando as pesquisas de valores abranger
elementos da mesma regio geoeconmicas devero ser evitadas elementos de
zonas de uso (previsto nas leis de zoneamento) diferentes das do imvel em
avaliao e de setores fiscais diferentes do terreno considerado, porm, se no forpossvel dever realizar media de preos de elementos de zonas diferentes, mas
que possua os mesmo elementos, justificar e proceder adequao, demonstrando
eventual valorizao ou desvalorizao de todos elementos pesquisados (FIKER,
2005).
5.4 Mtodo Involutivo
Pelo mtodo involutivo utilizado somente para glebas urbanas.
Obtm-se a quantia mais provvel pela qual se negociaria, voluntariamente e
conscientemente, um bem, numa data de referncia, dentro das condies do
mercado vigente (NBR 14653-1).
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O Mtodo involutivo definido pelo Engenheiro Fiker (2005) como valor de mercado
do bem alicerado no seu aproveitamento eficiente, baseado em modelo de estudo
de viabilidade tcnico-economica, mediante hipottico empreendimento compatvel
com as caractersticas do bem e com as condies do mercado no qual est
inserido, considerando-se, ainda, cenrios variveis para execuo e
comercializao do produto.
Geralmente o mtodo utilizado para a avaliao da gleba bruta adicionando todas
as despesas, determinao e apurao da receita total mensurada na venda de
todas as unidades de projeto (hipottico ou no), cujo aproveitamento mximo,
deduzindo-se todos os gastos diretos e indiretos, ou seja, as benfeitorias, bem comoos respectivos lucros.
Exemplificando o mtodo involutivo seguem citaes abaixo:
Lotes urbanos vazios quando na regio no possui mais terrenos nas
condies citadas torna o valor de mercado alto;
Local com predominncia de edifcios, mas existe apenas uma casa, essa
perde o valor de mercado, pois seu aproveitamento inadequado e acomercializao ser deficitria;
Gleba localizada em zonas urbanas ainda no loteadas o valor de mercado
alto;
5.5 Mtodo Evolutivo
o mtodo que identifica o valor do bem pelo somatrio das parcelas componentes
do mesmo. Caso a finalidade seja a identificao de mercado, deve ser considerada
o Fator de Comercializao, preferencialmente medido por comparao no mercado.
(FIKER, 2005).
Obtm-se o valor do terreno a partir da diferena entre o valor total do imvel e ovalor da benfeitoria, levando-se em conta o fator de comercializao (FIKER, 1997).
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5.6 Mtodo de Avaliao de Servido
Avaliao de servido a passagem, para uso do pblico, por um terreno que depropriedade particular tambm se pode ser encargos especficos que se impe a
uma propriedade em proveito coletivo ou outrem conforme glossrio IBAPE.Podem
ser classificados em:encargo imposto a um prdio ou terreno que fica sujeito a dar
ou permitir passagem livre, ar, luz ou qualquer outro tipo de proveito a outro prdio
ou terreno. Limitando o domnio pleno da propriedade em benefcio de outrem.
Podem ser classificadas:
Servido acessria: aquela necessria para que a principal possa surtir efeito:
Servido administrativa: aquela em que o titular o poder publico;
Servido aparente: aquela que se manifesta concretamente por interveno
fsica;
Servido mltipla: aquela que, embora instituda sobre a mesma parte de um
imvel destina-se a usos de naturezas diversas;
Servido no aparente: aquela que no se manifesta por interveno fsica;
Servido perptua ou permanente: aquela instituda por prazo indeterminado;
Servido predial: restrio imposta a um prdio para uso e utilidade de outro
prdio pertencente a proprietrio diverso;
Servido temporria: aquela instituda por prazo determinado;
Servido voluntria: a aquela que decorre de ato espontneo de vontade.
5.7 Pesquisa de valores
Trata-se do conjunto de dados relativos a imveis assemelhados ao avaliado, para
fornecer estrutura tcnica do laudo, obtido com procedimentos estatsticos de sua
identificao, investigao, coleta, seleo, processamento, anlise e interpretao,
conforme definido no glossrio Ibape (2002).
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O valor a ser determinado corresponde sempre a que, num dado instante, nico,
qualquer que seja a finalidade da avaliao. Esse valor corresponde tambm ao
preo que se definiria em mercado sendo o mtodo comparativo mais utilizado,
podendo, entretanto, em casos em que no haja na regio terrenos sem
benfeitorias, ser utilizado o mtodo residual.(SILVA, 2002).
Com relao ao conceito de preo, admite-se que este seja a expresso monetria
de um bem, ou seja, a quantia em dinheiro pela qualuma determinada mercadoria
pode ser vendida. Portando, mesmo que dois imveis possuam valores de mercado
diferentes, eles podem ser vendidos pelo mesmo preo, o que ir determinar essa
desigualdade ser localizao, tipo de zoneamento, fator testada, fatorprofundidade, fator esquina, etc.(MOREIRA, 1994).
Coletar dados dos rgos tributrios sobre valores venais cobrana de impostos
territoriais, prediais urbanos e desapropriao.
A pesquisa de valores incorpora conceitos matemticos estatsticos acessveis a
quem possua a formao adequada e tcnicas avaliatrias que dispe oengenheiro, no sentido de determinar com exatido quais so os parmetros
significativos na formao do valor e como estes se comportam.
Toda metodologia se baseia no uso da estatstica inferncial, uma tcnica eficaz na
busca da fundamentao do objetivo do trabalho avaliatrio, que permite concluses
sociais (HOCHHEIM, 2002).
Somente assim ser possvel eliminar dvidas surgidas em processos de
desapropriao, fuso, ciso e incorporao de empresas reavaliaes de ativos,
privatizao de estatais, garantias reais, arbitramentos de aluguis, clculo de
imobilirios, regulao de sinistros, percias judiciais dentre outros, onde muitas
vezes nos deparamos com avaliaes intuitivas baseadas no "bom censo", na
experincia ou ainda no "conhecimento do mercado" (HOCHHEIM, 2002).
Podero ser efetuadas pesquisas a revistas especializadas,sindicatos do mercado
imobilirio e rgos governamentais,como IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e
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Estatstica, IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliaes e Percias de Engenharia de
So Paulo, SECOVI - Sindicato da Habitao, FIPE - Fundao Instituto de Pesquisa
da Universidade de So Paulo, CEF - Caixa Econmica Federal etc.
5.8. Avaliao de terrenos urbanos
Processo com o qual um perito determina o valor do bem levando em considerao
os seguintes elementos: rea, profundidade, frente, topografia e consistncia do
solo, que devem subsidiar o magistrado numa ao judicial.
Para avaliar terrenos urbanos necessrio utilizar a Zona de Norma (ZN) do IBAPE,
que no deve ser confundida com a Lei de Zoneamento (ZP), nmero 7.805 de
01/11/72 e nmero 8.001 de 24/12/73. As zonas urbanas caracterizam-se pelo
aspecto geogrfico e infra-estrutura, como por exemplo, sistema virio, rede de
gua, esgoto, transportes coletivos, escolas, comrcio, tais que permitam
estabelecer um valor de referncia para um lote (FIKER, 1997).
No roteiro a ser seguido, sobre avaliao de terrenos, leva-se em conta o critrio da
Avaliao Expedita, ou seja, sem o rigor da avaliao de imveis feito por tcnico
credenciado, que leva em considerao os critrios estabelecidos na norma ABNT
12.721 que se refere ao acabamento padro. Portanto, a avaliao expedita deve
ser entendida como uma referncia de valores, sujeita a diversas flutuaes,
provocadas essencialmente pelas informaes apresentadas ao sistema (FIKER,1997).
O critrio bsico o da comparao. Para cada item apresentado o sistema atribui
um peso (fator) que servir para homogeneizar as amostra de valores. Uma vez
homogeneizadas, obtido o valor mdio do metro quadrado do terreno, bem como o
desvio padro produzido pela discrepncia das mesmas (FIKER, 2005).
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Em terrenos suscetveis de incorporao por permisso legal e vocao econmica,
o preo da rea mdia (Pma) pode ir at trs vezes a testada principal (ZN).
Em terrenos suscetveis de construo de conjuntos residenciais por permisso legal
e vocao econmica esse preo mdio (Pma ) pode atingir at duas vezes a testada
principal (ZN).
Os valores mximo e mnimo so obtidos a partir da aplicao matemtica do desvio
padro sobre o valor mdio obtido.
Para esses clculos levam-se em conta alguns dados obrigatrios como:
rea, testada padro (frente real ou efetiva que se define como projeo horizontal
da linha divisria do imvel com a via de acesso), testada verificada (parte da rua ou
da estrada que fica frente de um terreno), profundidade mnima, profundidade
mxima e valor que devero estar no limite recomendado pela zona de norma (ZN)
inferior a mnima ou superior a mxima atua como um fator desvalorizante.
A frente vai atuar como fator valorizante se for maior que a de referncia e
desvalorizante se for menor que frente padro (FIKER, 2005).
Segue abaixo uma descrio de cada um dos itens para a tomada de deciso sobre
a avaliao de um imvel:
Na pesquisa de valores: se um terreno com a mesma profundidade e testada nofor encontrado, deve-se avaliar um lote e identificar aspectos positivos ou
negativos, de maneira que permita a remoo ou acrscimo de valores para que
seja possvel obter um valor, como se o terreno fosse normal.
2
1
min
=
P
PevAV l Eq.(6)
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Onde Vt = valor total
A = rea
Pe = profundidade equivalente
Vl= valor residual
Pmin = profundidade mnima
Exemplo
Seja um terreno situado em uma rua de residncias horizontais padro mdio, com
frente efetiva de 10,00, rea de 200,a m2Com valor unitria de E$ 1.200,00/ m2
00,10
00,200=eP Eq. (7)
Pe = 20,00m ZN2
Assim
mPe 00,252
00,25
2
1
00,25
00,2000,200.1200
=TV Eq.(8)
Vt= R$ 214.660,00
Endereo: informar os endereos de cada imvel. Eles sero apresentados norelatrio, Tabela 1, porm no obrigatrio no Laudo Tcnico;
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rea: informar a rea (metros quadrados) do terreno necessrio para em caso
de terrenos irregulares a rea no ser igual testada pela profundidade;
Testada Padro: frente do imvel padro estabelecida pelo municpio,
necessita-se verificar o Plano Diretor do Municpio para obter essa
informao. Outra forma de fazer isso verificar a testada da maioria dos
lotes na regio;
Testada Verificada: a testada (frente real) do imvel muitas vezes diferente
do padro estabelecido pelo municpio. A testada verificada tem que estar
entre a metade da testada padro e o dobro da mesma. Por exemplo, se a
testada padro for de doze metros, a testada verificada na amostra deve estar
entre seis e vinte e quatro metros. Fora desse intervalo, o sistema no ir
considerar esse item de avaliao;
Profundidade mnima: (da mesma forma que a Testada Padro, esse um
dado fornecido no Plano Diretor) a metragem mnima de fundo que um
terreno pode ter em determinada zona;
Profundidade mxima, metragem mxima de fundo que um terreno pode ter
em determinada zona;
Profundidade verificada: metragem de fundo real do terreno. A profundidade
verificada tem que ser maior do que a metade da profundidade mnima e
menor do que 3 vezes a profundidade mxima. Por exemplo, se a
profundidade mnima for de 10 m e a mxima de 20 m, a profundidade
verificada na amostra tem que ter entre 5 m e 60 m. Fora desse intervalo, o
sistema no ir considerar esse item de avaliao;
13%
16%
21%
50%
Figura 5.8 Percentual de desvalorizao de Terreno em funo do fator profundidade
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O mtodo de Haper o utilizado para dimensionar a desvalorizao do terreno por
meio do percentual de profundidade (quanto mais no fundo maior a desvalorizao).
Se a profundidade equivalente for menor do que a metade da profundidade mnima
s se desvaloriza at a metade da mnima, isto , o valor de Peno pode ser inferior
a2
1M . Se a profundidade equivalente for superior mxima, s se desvaloriza at
trs vezes a mxima, isto o valor de Pe no pode ser maior que trs Ma. Neste
ltimo caso, a desvalorizao s atinge a rea que supera as profundidades
mximas, utilizadas.
Onde:
ar= frente de referencia
m1= profundidade mnima(sempre desvalorizante)
ma= profundidade mxima
qm= valor unitrio mdio (qm= R$ 100,00/m2 / 20m a 40m)
S = rea do terreno
mam
mRqm
4020
/00,100$ 2
= (origem de pesquisa valor) Eq. (9)
Terreno de nmero 1
Figura.5.8 1 Mtodo matemtico de Haper
MPeM
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2
1
1
1
=
M
PeSqV m Eq. (10)
2
1
120
15100100
=V
V1 = R$ 12.990,00
2/60,86150
00,990.12 mq f ==
Terreno dois
Figura 5.8.2 Mtodo matemtico de Haper
V2 = qm x S
V2 = 100 x 300
V2 = R$ 30.000,00 eq(11)
300
000.30
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46
qf = R$ 100.000,00/m2
Terreno trs
Figura 5. 8.3. Mtodo matemtico de Haper
aea MPM 3
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5.9Aspectos que no sero avaliados
Avaliar o imvel tem algumas limitaes que deve ser considerado para no obter
resultados irreais (Ibape 2002), como:
Documentao: o sistema no considera o fato de os imveis estarem
devidamente regularizados ou no. E esse um aspecto importante na
definio de preo de um imvel. Sugere-se que os imveis a serem
avaliados apresentem a mesma situao cadastral junto ao Cartrio de
Registro de Imveis (com ou sem registro) e, posteriormente, fazer a
avaliao dos valores a serem adicionados ou subtrados, decorrentes dessa
condio (Ibape, 2002).
Plo de Influncia: tambm um aspecto importante que o sistema no leva
em considerao. Um plo de Influncia uma condio que impacta no valor
final dos imveis, exemplo: estar prximo do mar, ou de um shopping, sos
plos de influncia positivos; e se localizado prximo de uma favela, plo de
influncia negativa. Devem-se escolher amostras que estejam em condies
equivalentes em relao a esses plos de influncia (seja positivo ou
negativo) ou fazer um ajuste ao final da avaliao.
Glebas: o sistema no faz avaliao de glebas, embora possa apoiar essa
tarefa. Para avaliar glebas necessrio considerar o ganho que se ter com o
desmembramento da mesma (transformar a gleba em vrios lotes), e,
portanto, um mtodo completamente diferente.
.5.10 Avaliao Expedita.
Avaliao expedita aquela obtida sem a utilizao de qualquer instrumento
matemtico, sem metodologia definida nas normas tcnicas, ou sem comprovao
expressa dos elementos ou critrios que levaram convico de valor (NBR
5676/89). Determinando que o valor seja atribudo arbitrariamente.
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.5.11 Avaliao de Benfeitorias.
Benfeitorias so obras ou servios que se realizam num bem com o intuito de
aproveit-lo, conserv-lo, melhor-lo ou embelez-lo, nele incorporados
permanentemente pelo homem, que no podem ser retirados, sem destruio,
fratura ou dano. (IBAPE, 2002).
As benfeitorias podem ser classificadas como necessrias quando so
indispensveis para conservar o bem ou evitar a sua deteriorao; teis so as
melhorias que aumentam o valor do bem ou facilita o seu uso, embora dispensveis;e as volupturias so as que tm exclusividade especifica para quem as fez, com a
finalidade de mero recreio ou deleite, sem aumentar o uso normal do bem.
5.12 Depreciao de imveis
Depreciao a perda de valor sofrida por um bem. E pode ser de ordem fsica ou
funcional (FIKER, 1997).
A depreciao de ordem fsica decorrente do desgaste nas partes constitutivas
desse bem. Esses desgastes podem ser resultado de avarias bruscas acidentais
como, um vendaval, uma coliso de um automvel, ou ainda o uso constante
durante anos provocando envelhecimento do material construtivo ou sua
decrepitude.(FIKER, 2005).
A depreciao de ordem funcional so aquelas provocadas, no caso de bens
imveis, por uma inadequao, superao ou anulao. D-se a inequao por falha
do projeto, ou na execuo em imveis populares que por no seremprojetados,
adequadamente,falta corredor fazendo com que para ir a sala passar pro dentro de
outros cmodos. (FIKER, 1997).
A superao atribuda ao imvel antigo que por conseqncia surgem novas
tcnicas ficando assim superado como exemplo o surgimento de novos azulejos,
revestimentos modernos, esquadrias etc.
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A anulao a conseqncia do imvel ter sido projetado e executado para uma
finalidade, e em funo da lei de zoneamento ser restringido o seu funcionamento,
como exemplo, um imvel comercial sendo construdo num zoneamento
restritamente residencial.
Algumas medidas de proteo, conservao ou adaptao podem determinar o
retardamento ou diminuio dos efeitos de depreciao, nunca, porm, elimin-lo
(FIKER, 1997).
A depreciao um fator relevante quando da avaliao de um imvel, levando-se
em conta a poca em que foi construda.
Uma residncia construda acinqenta anos, de caractersticas sofisticadas, ou seja,
o revestimento de luxo para poca, at mesmo importado, ou comdetalhamentos
artesanais cujos preos hoje seriam proibitivos, no pode ter o mesmo valor de
mercado de uma residncia recm construda, com caractersticas sofisticadas com
sistema central de ar condicionado ou modernos sistemas eletrnicos de controle
remoto.Sistemas de aquecimento central, sistemas de aspirao central, instalaes
de som, etc torna a residncia antiga depreciada em relao moderna.
Tudo isso deve ser medido e ponderado e a depreciao determinar os preos
finais, levando em conta o obsoletismo funcional e o desgaste fsico.
5.13 Rigor de uma Avaliao
Constatao de um fato em imvel, mediante exame por meio de perito, sobre
pessoa, coisas mveis e semoventes, para verificao de fatos ou circunstncias
que interessem causa. Quando o exame feito em imvel, denomina-se vistoria
circunstanciada, e contempla uma descrio minuciosa dos elementos que o
constituem, objetivando sua avaliao ou parecer sobre o mesmo (IBAPE, 2002).
Os nveis de rigor de uma avaliao esto condicionados qualidade e
confiabilidade, bem como ao tratamento dos dados pesquisados (NBR 5676/89). O
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numero (n) de dados de mesma natureza efetivamente usado no tratamento
inferncial, ou seja, a tcnicas analtica utilizada para se identificar e caracterizar
relaes a partir de amostras (NBR 14653-1).
Avaliao rigorosa um trabalho avaliatrio desenvolvido por meio de metodologia
adequada, com grande iseno e subjetividade, para atender com convico o
conjunto de dados coletados aleatoriamente, quanto possvel, usando toda as
evidncias disponveis (IBAPE, 2003).
A idoneidade e identificao das fontes de informao dos dados coletados tm que
ser recentes e bem detalhados com o mximo de descrio das caractersticas.
A convico do valor deve ser baseada em processo de inferncia estatstica para
que a base de clculo no seja tendenciosa considerando a desvalorizao real do
imvel inferida e justificada por equao de regresso.
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6 PERCIA
A percia a atividade concernente a exame realizado por profissional especialista,
legalmente habilitado, destinada a verificar ou esclarecer determinados fatos fsicos
reais que envolvem um imvel. Inclui, ainda, a apurao das causas motivadoras da
valorizao ou desvalorizao do mesmo, verificar as alegaes de direitos ou a
estimao da coisa que objeto de litgio ou processo, para dar subsdio ao
magistrado.
A resoluo de diversos problemas relacionados engenharia seja no campo
judicial ou fora dele, alcanada mediante a emisso de um parecer por
profissionais habilitados e capazes, que elabora um laudo pericial relativo a uma
situao encontrada, permitindo ao juiz, ou s partes em litgio, buscarem uma
soluo para as divergncias utilizando-se das concluses colocadas no parecer.
A percia judicial embasada em clculos e pesquisa em aes de desapropriao;
apurao de saldo residual em aes de desapropriao, liquidadas ou no,decorrentes de expurgos inflacionrios dos diversos planos econmicos; aes
indenizatrias por atos ilcitos, includos os danos materiais e morais; aes de
despejo por falta de pagamento; execues; e embargos do devedor.
A Lei n 5.194 de 24 de dezembro de 1966 a que regula o exerccio das profisses
de engenheiro, arquiteto e engenheiro agrnomo, (ver anexo).
Em funo do direito que tm as pessoas fsicas ou jurdicas de demandar ou
pleitear em juzo, perante os tribunais, o que lhes pertence ou o que lhes devido,
faz-se necessrio o exame ou vistoria, que tem por finalidade apurar os fatos e
estados de bens in loco, e a avaliao para determinar tecnicamente o valor
desses bens.
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Da mesma forma, tratando-sede aes de desapropriao,oudeoutranatureza,
que envolvam imveis,cabe a atuao do perito judicialparaesclarecer os fatos.
Nesse caso o requerente (autor) expe os fundamentos jurdicos do pedido
expressando sua pretenso (petio inicial) por meio de procurao outorgada a seu
advogado contra a parte requerida (ru) assistida por seu advogado de defesa.
Quando existem fatos controversos h necessidade de provas, e o juiz pode decidir
pela realizao de exame pericial, nomeando um perito e facultando as partes a
indicao de seus assistentes tcnicos. Posteriormente, o juiz designar a audincia
de instruo e julgamento, deferindo as provas que sero produzidas.
O objetivo da percia trazer aos autos provas materiais ou cientficos,obtidos por
meio de procedimentos como: exame vistoria, indagao, investigao,
arbitramento, mensurao, avaliao e certificao.
6.1 Atividades de um perito
Os peritos so profissionais legalmente habilitados, idneos e especialistas, que so
convocados para realizar uma percia. Esta convocao poder se dar por meio de
Termo de Audincia de Conciliao, onde no se havendo atingido acordo entre as
partes. solicitada por elas, a realizao de uma percia judicial.
O Juzo defere o pedido, entendendo ser necessria a presena de um expert notema da controvrsia, objetivando o esclarecimento.Assim,nomear um perito de
sua confiana cujo despacho se dar nos seguintes termos:..."Defiro a prova pericial
requerida... nomeio perito deste Juzo dos autos... e aceitando apresentar a
proposta de honorrios, faculto s partes a indicao de seus assistentes tcnicos e
apresentao de quesitos em 05 dias.
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As intimaes, inclusive da nomeao se dar atravs do "Mandato de Intimao"
por via postal - AR Aviso de Recebimento ou tambm por via telefone devidamente
certificado pela Diretora de Secretaria, junto aos autos. A falta de intimao do
despacho de nomeao do perito pode ser suprida pelo Juiz com ampliao do
prazo estipulado no Cdigo de Processo Civil, artigo 421, 1 "Incumbe s partes
dentro em (5) dias, contados da intimao do despacho de nomeao do perito".
Cabe ao perito:
Inteirar-se dos autos: (Designa todas as peas pertencentes ao processo
judicial ou administrativo, constituindo-se da petio, documentos, laudos,articulados, termos de diligncias, de audincias, certides, sentena, etc.)
justificando-a, sem prejuzo de posterior petio nesse sentido ao MM
(Meritssimo) Juiz; verificar se no h incompatibilidade e se realmente
encontra-se em condies de assumir o compromisso e de realizar o trabalho.
No caso de impedimento: o perito ao ser nomeado dever manifestar o seu
impedimento para execuo da percia contbil, nos termos do item 2.4.1, e
ou ainda escusar-se dos servios sempre que reconhecer no estarcapacitado altura do encargo confiado, conforme o item 2.2.3 da Resoluo
n 857; 2.4.1.(anexo)
Quando o Perito Judicial, submeter petio ao Juiz sobre seus honorrios, por
meio de petio adotar a Tabela de Honorrios (item 2.5.1 da Resoluo n
857 NBC P2), considerando dentre outros os fatores da relevncia, do vulto,
do risco, da complexidade interprofissional inerentes elaborao do
trabalho; que ter que ser realizado, dentro do prazo estabelecido,geralmente de cinco dias, recomendando-se a apresentao de um plano de
trabalho detalhado, estimando o nmero de horas previstas para a execuo
do trabalho, mediante avaliao de todas as atividades da vistoria, percia,
avaliao e arbitramento que dever ser objeto de Anotao de
Responsabilidade Tcnica ART.
Quando atuando como Perito ou Assistente Tcnico submeter Proposta por
escrito parte que o indicou, igualmente adotando Tabela de Honorrios e
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informando o valor por hora e o tempo previsto para elaborao da percia,
atravs de oramento prvio com os vencimentos respectivos, prevendo
eventual complementao de honorrios, se necessrio, e obtendo da parte
que o indicou seu "de acordo".
Quando atuando como Perito Assistente Tcnico comunicar parte que o
indicou, de preferncia por escrito, o mais breve possvel, a escusa
justificando-a sem prejuzo de posterior petio nesse sentido ao MM Juiz.
Aceita a nomeao ou indicao, respectivamente, devem o Perito Judicial e
o Perito Assistente Tcnico compromissar-se no prazo determinado,
qualificando-se no Termo de Compromisso informando de sua profisso
regulamentada, com nmero de registro, de sua categoria profissional o rgo
que fiscaliza e o exerccio.
Pedido de reduo ou parcelamento ou Arbitramento pelo Juzo - havendo
solicitao de reduo ou parcelamento da verba honorria pela parte
interessada, o Juzo submeter ao Perito que manifestar, por meio de
petio se aceita a contraproposta. No havendo acordo sobre o valor, o juiz,
considerando a necessidade da percia, poder arbitrar o valor ou ento
poder nomear outro perito, se assim o desejar; Havendo o acordo aps depsito dos Honorrios e Incio dos Trabalhos -
depsito total ou da parcela inicial dos honorrios, o perito ser intimado a
comparecer instalao da percia ou simplesmente ser intimado e retirar
(com carga de responsabilidade) o processo do Cartrio para o incio dos
trabalhos;
Retirada dos autos: dar-se- aps cumprimento do prazo estipulado pelo
Juzo, para indicao dos Assistentes e apresentao dos quesitos, o Peritoser notificado via intimao AR ou via telefone para conhecimento e
comparecer Secretaria para retirar o processo.
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6.1.1 Procedimentos na fase das diligncias
A partir do momento em que o Perito Judicial estiver com a atividade,
necessrio familiarizar-se com o processo, obtendo os autos e examinando-os,
colhendo os dados e demais elementos que julgarem necessrios, incluindo os
quesitos, e estudando a matria.
No caso de ter sido fixada pelo juiz diligncia em Cartrio para a prestao de
compromisso pelo Perito Judicial e pelos Peritos Assistentes Tcnicos, com eventual
retirada dos autos pelo primeiro, deve este aproveitar a oportunidade para manter
contato com aqueles, planejando em conjunto o trabalho e de modo especial,
combinando a utilizao dos autos e a prxima diligncia (IBAPE, 2002).
No tendo sido fixada pelo juiz diligncia em Cartrio, deve o Perito Judicial, aps a
retirada e o exame dos autos, entrar em contato com os Peritos Assistentes
Tcnicos, facultando-lhes o acesso aos autos em seu escritrio ou em outro local
que combinarem e deve ele, fixar, sempre que possvel, de comum acordo com osPeritos Assistentes Tcnicos, dia, hora e local para o incio efetivo das diligncias,
comunicando-lhes tais dados com a necessria antecedncia (IBAPE, 2002).
Para melhor garantir a veracidade das investigaes, deve-se conservar todos os
documentosde interesse doobjeto da percia,no mnimo pelo prazo de trs anos,
contados da data da apresentao do laudo respectivo. Exceto se o processo
encerrar-se antes deste prazo, (IBAPE, 2002).
No incio das diligncias, devem o Perito Judicial e os Peritos Assistentes Tcnicos
relacionar os documentos, livros e dados de que necessitem, solicitando-os por
escrito por meio de Termo de Diligncia, retendo cpia de solicitao, com o visto do
representante da parte ou do responsvel pela rea sob exame.
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A recusa da exibio ou qualquer dificuldade para o bom andamento do trabalho
pericial deve ser anotada, e sempre comunicar aojuiz mediante petio.
O trabalho pericial deve ser planejado e organizado, mantendo controle do tempo
despendido registrando as horas trabalhadas, locais e datas das diligncias, nome
das pessoas que os atenderam, documentos examinados, dados e particularidades
de interesse para a percia, rubricando eventualmente, e quando julgar necessrio,
os documentos examinados.
Admite-se assessoramento no trabalho pericial, desde que sob controle, reviso e
responsabilidade do Perito Judicial ou dos Peritos Assistentes Tcnicos, sendoindispensvel sua participao em diligncias e na preparao das respostas aos
quesitos.
O Perito Judicial e os Peritos Assistentes Tcnicos inserem no seu laudo os fatos e
atos examinados e estudados, no fundados em simples suposies ou
probabilidades, devendo apresentar suas concluses com toda a objetividade,
mantendo sempre a iseno e a imparcialidade.
6.1.2 Requisitos para percias
O requisito exigido em uma percia est ligado diretamente, com as informaes a
qual se pretende atingir. necessrio indicar o nvel de detalhamento e
profundidade da anlise, ou, no caso da especificao das avaliaes, os
respectivos graus de fundamentao e preciso (Ibape, 2002).
O desempenho do perito quando da elaborao do laudo pericial ser funo desses
requisitos e do nvel de aprofundamento pretendido no parecer, sem, contudo
garantir os graus de fundamentao e preciso final, em se tratando de avaliaes,
que independem da vontade do mesmo ou do requerente.
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Conforme consta no manual (Ibape, 2002) os requisitos de uma percia sero
condicionados abrangncia das investigaes confiabilidade e adequao das
informaes obtidas, qualidade das anlises tcnicas efetuadas e ao menor grau
de subjetividade empregado pelo perito, sendo esses aspectos definidos pelos
seguintes pontos:
Quanto metodologia empregada;
Quanto aos dados, informados e documentos levantados.
Quanto ao tratamento dos elementos coletados e trazidos ao laudo ou
parecer.
A metodologia empregada inicia-se pela identificao do solicitante, sejam pessoas
fsicas, jurdicas ou autoridade judicial; passa-se para a fase da indicao do
tribunal: vara, nmero dos autos e respectivo ano; objeto da percia, sendo esta
identificada pelo cadastro fsico; vistoria; exame e avaliao ou arbitramento.
Dever ser observada a data da diligncia em funo do prazo judicial, verificandonos autos se h parecer tcnico com data divergente, e se for o caso, explicit-la
claramente, observar o valor ou o respectivo fato de ocorrncia.
A identificao do objeto da percia se faz necessrio para estabelecer o grau de
detalhamento das atividades a serem desenvolvidas no trabalho.
Descrever sumariamente, todos os dados disponveis para fundamentar a convicoe concluso (dimenses, reas, utilidades, materiais construtivos, detalhamentos
tcnicos) devendo constar:
Descrio da situao do bem a ser avaliado se h danos ou eventos, e se
necessrio croqui, plantas, fotografias, etc.;
Se necessrio, o parecer de outro profissional especializado. recomendvel
utilizar etapas com datas e assinatura onde conste vistoria ou exame do objeto
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da percia, diagnstico dos itens objeto da percia, coletas de informaes,
anlise das ocorrncias e elementos periciais, condies de estabilidade imvel,
prognstico de evolues patolgicas quando possvel soluo propostas e
consideraes finais;
Requisitos envolvendo o imvel, como aspecto fsico, condies topogrficas e
relevo, natureza predominante do solo e subsolo, condies ambientais e clima,
ocupao existente e tendncias de modificao em curto e mdio prazo,
aspectos ligados a melhoramentos pblicos, vias de acesso, urbanizao e infra-
estrutura urbana, equipamentos e servios comunitrios e indicao de nveis de
atividades existente e aspecto ligados possibilidade de desenvolvimento local;
Requisitos sobre a caracterstica do imvel e de elementos: localizao e
identificao do bairro, logradouro, nmero, acesso e elementos de cadastro
legais e fiscais, equipamentos, servios e melhoramento pblicos que atendem
ao imvel, ocupao ou utilizao legais e reais, previstas e atuais, adequao
regio, condies de segurana, viabilidade econmica de aproveitamento, em
relao aos usos recomendveis para a regio e preservao do meio
ambiente, fotografias, croqui da situao;
Benfeitorias referentes construo informando detalhadamente, os aspectosfsicos construtivos, qualitativos e quantitativos, tecnolgicos, enfatizando as
fundaes, estruturas, vedaes, cobertura, acabamento, nmero de pavimento
ou dependncias, dimenses, reas, idade real ou aparente, estada geral de
conservao, instalaes mecnicas, eletromecnicas, eletrnicas de ar
condicionado, eltricas, hidrulicas, de gs, de lixo, equipamentos de
comunicao interna e externa, de sonorizao, tratamento acstico, etc.
Constatao de danos classificando e quantificando a extenso dos mesmos,observando e apontando as causas se forem conhecidas, com nvel de
detalhamento adequado s finalidades do parecer, cujas prprias dimenses
definiro a natureza das avarias, qualquer que seja a nomenclatura (fissura
trinca, rachadura, brecha, fenda, se h estabilidade no imvel, etc.).
Dependendo da natureza da percia podero ser anexados outros documentos como
plantas, cpias de escrituras, esquema e diagrama de esclarecimentos grficos e
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croqui de avarias progressivas, resultado de sondagens do terreno, grficos de
recalques, memria de clculo, resultado de ensaios no destrutivos, etc.
6.1.3 Percias especiais
A percia a atividade que envolve a apurao das causas que originaram
determinado evento, podem versar sobre os seguintes assuntos:
Arbitramento: A atividade que envolve a tomada de deciso ou posio
entre alternativas tecnicamente controvertidas, a estimativa, parecer, exame
ou avaliao, feita por peritos para determinar os valores pecunirios,
quantitativos, qualitativos, ou monetrio de um bem, ou de seus rendimentos,
gravames que representa frutos e direitos seguros ou de um
empreendimento, para uma data e um lugar determinado (FIKER, 1997).
Verificao do estado de conservao: tem como caracterstica classificarquantificar as alteraes das caractersticas originais e reforma, com
observao do estado de conservao.
Vistoria: atividade que envolve constatao de um feito, mediante exame
circunstanciado,e descrio minuciosa dos elementos que o constituem, sem
indagao das causas que o motivaram. a constatao do objeto em
verificao, solicitado pelo processo judicial,e sua classificao referente ao
local dos fatos, mediante observaes criteriosas em um bem e noselementos e condies que o constituem, ou o influenciam (NBR 14653-1).
Percia em aes de medidas Cautelares( um procedimento judicial para
prevenir direito), apresenta acrscimo ou variao em funo do objetivo da
medida e dos quesitos formulados. Quando a medida cautelar quer preservar
a prova do dia do fato dever ser includa fotografia, Os negativos destas
fotografias devem ser guardados para eventuais percias de verificao de
sua autenticidade, matria de jornal do dia. A foto deve ser revelada no
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mesmo dia, com declarao no verso de que ela representa a efetiva situao
do fato naquele dia, reconhecendo a assinatura do profissional responsvel
em tabelionato da cidade, podendo ainda ser arquivada em Registro de
Ttulos e Documentos.
Percia em aes possessrias de reintegrao de posse, de
Manuteno de Posse, de Interdito Proibitivo e Usucapio, Nas aes de
manuteno, de posse e nas de interdito proibitivo devero ser conclusivas,
constando quem est na posse, a que ttulo, por quanto tempo e as
evidencias da ameaa noticiada. Em toda as aes possessrias devero
constar quando cabveis
Apresentao sinttica das alegaes da inicial das contestaes;
Caractersticas da rea objeto do pedido atravs de levantamento topogrfico
elaborado por topgrafo ou especialista;
Descrio da rea, seu permetro e sua superfcie, indicando ainda os sinais
(ou vestgio) que revelem atos possessrios, cuja cronologia dever ser
comprovada, quando possvel, atravs de aerofotogrametrias ou outros meios
probatrios;
Anlise de ttulos juntados nos autos;
Reportagem fotogrfica com comentrios dos principais pontos de enfoque ou
formalizadores de concluses;
As percias, quando possvel, devero ser conclusivas, incluindo quem estaria
na posse anterior, por quanto tempo, e quais atos praticados pelo requerido e
sua datas,
Quais prejuzos sofridos com a invaso;
Nas aes de usucapio a posse deve ser investigada, visando. Situar os confrontantes;
Procurar identificar o detentor do domnio;
Analisar ttulos de propriedade, caso seja argida a
exceo do domnio em posio;
Investigar sobre o modulo de rea em face da lei:
Apresentar memorial descritivo;
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Aes dominiaisso as aes reivindicatrias, demarcatrias, divisrias,
extino de condomnio, retificao de registro e desapropriao. O per