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2 O domínio das Relações Públicas

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I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

2. O DOMÍNIO DAS RELAÇÕES PÚBLICAS2. O DOMÍNIO DAS RELAÇÕES PÚBLICAS

II. II. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PÚBLICASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PÚBLICAS

III. III. RELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICARELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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As RP, como técnica de comunicação, são o meio para que entre

emissor e receptor se estabeleça o diálogo necessário à satisfação dos

interesses dos indivíduos e das instituições sociais, sejam elas em

empresas privadas, públicas ou a própria Administração Pública -

promoção da imagem da instituição junto do Público para o qual o seu

trabalho se realiza em conformidade com os seus interesses e

motivações e consequente aceitação social.

2. O DOMÍNIO DAS RELAÇÕES PÚBLICAS2. O DOMÍNIO DAS RELAÇÕES PÚBLICAS

Page 4: 2  O domínio das Relações Públicas

Todavia, uma questão se levanta ao profissional de RP - promover a

imagem das instituições exige, antes de mais, que se conheça a opinião

que a comunidade tem dessas mesmas instituições. Conhecer a opiniãoConhecer a opinião

da população sobre o tipo e qualidade do trabalho que as instituições

desenvolvem, os seus objectivos sociais, económicos e políticos, o

relacionamento existente entre os diversos sectores que formam a

instituição, o tipo de contactos entre o patronato e os trabalhadores ou

entre governantes e governados, etc., é, sem dúvida, uma tarefa difícil

dado que este tipo de pesquisa exige o recurso e o domínio de técnicas

ligadas às sondagens de opinião.

2. O DOMÍNIO DAS RELAÇÕES PÚBLICAS2. O DOMÍNIO DAS RELAÇÕES PÚBLICAS

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Uma outra dificuldade reside no facto de a opinião pública ser dinâmica opinião pública ser dinâmica

e exigir um estudo sistemático e contínuo da sua evoluçãoe exigir um estudo sistemático e contínuo da sua evolução.

Acontecimentos inesperados podem tanto beneficiar a imagem de uma

instituição, como denegri-la, pelo que o conhecimento permanente

dessa força imensa que é a opinião publica é fundamental.

Um último ponto a considerar será a especificidade de cada um dos a especificidade de cada um dos

tipos de instituições referidostipos de instituições referidos. Os objectivos, tipos de trabalho,

relacionamento com os diferentes públicos, etc., são, naturalmente

diversos pelo que não faria sentido promover a imagem de instituições

diferentes do mesmo modo.

2. O DOMÍNIO DAS RELAÇÕES PÚBLICAS2. O DOMÍNIO DAS RELAÇÕES PÚBLICAS

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A empresa privada ou pública que produz qualquer bem ou presta qualquer serviço terá interesse em que o produto que vende seja conhecido do público para que se destina - público consumidor. No entanto, pela concorrência que caracteriza o sistema capitalista, torna-se necessário que o público opte pelo produto dessa empresa ou que desvie o seu consumo de outras empresas para esta.

A Revolução Industrial permitiu a instalação do capitalismo industrial e consolidou o sistema capitalista como dominante.

Embora todo o sistema sócio-económico evolua, a empresa privada capitalista tem sempre um objectivo - realizar uma actividade económica que seja lucrativa. Independentemente do tipo de bem produzido ou de serviço prestado, que tanto pode ser de grande utilidade pública, como, simplesmente, de carácter supérfluo, o que interessa considerar é a possibilidade da empresa ter um lucro.

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Rapidamente se verificou que os princípios tayloristas de organização do trabalho não deram os resultados desejados. As críticas feitas, sobretudo a partir dos anos 30, referem-se à cientificidade do estudo feito sobre os movimentos dos operários e, sobretudo, ao facto de Taylor não ter considerado o operário capaz de responder a outros estímulos para além dos materiais.

A necessidade de participação do trabalhador em termos totais, e também o tipo do relacionamento existente no local de trabalho, foram factores só mais tarde tidos em conta.

I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

É nesta necessidade de obter a máxima produtividade, para poder retirar os seus lucros, que empresários e capitalistas se empenharam sempre. Nesse sentido, estudos sobre a maximização do lucro, rentabilização da actividade e produtividade têm sido efectuados no sentido de permitir que o empresário possa gerir a empresa segundo os cânones da racionalidade económica capitalista. Dentro desta perspectiva de racionalidade e cientificidade, também o trabalho humano foi objecto de estudo, tendo-se construído a célebre teoria tayloriana da "organização científica do trabalho".

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Se se pretende uma sociedade mais justa, mais equilibrada, com menos desigualdades sociais, teremos de humanizar a empresa, mostrar o seu novo rosto à comunidade e fazer com que esta o aceite. É nisto que consiste, em grande parte, a tarefa das Relações Públicas.

I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

Como conciliar a humanização da empresa com a sua produtividade e rendibilidade?

De acordo com os estudiosos desta problemática se se conseguir estabelecer uma comunicação bilateral, baseada numa política de verdade, entre a administração e os seus públicos sejam eles trabalhadores, accionistas, fornecedores, clientes ou mesmo a comunidade em geral será possível a empresa conhecer melhor as necessidades desses públicos e, mais articuladamente, promover a sua satisfação e, nesse sentido, ser melhor aceite.

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Efectivamente, muitos dos problemas que travam a produtividade nas empresas não são de ordem económica ou tecnológica mas de ordem psicossociológica: o trabalhador é um ser total e deverá ser tratado como tal. «Não somos, nem uma sociedade de máquinas, nem uma sociedade do capitais; somos uma sociedade do homens. A construção humana da empresa é tão importante como a sua construção técnica.»

I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

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I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

É, pois da necessidade do se recriar o ambiente da cooperação e de pertença da antiga estrutura artesanal que as RP vão surgir.

Concluamos, pois, que se o homem se sentir integrado na empresa, conhecer o seu lugar e a importância do seu trabalho para a consecução dos respectivos objectivos, tiver um bom relacionamento com os outros sectores e com os seus colegas do trabalho, tiver a noção do papel social da empresa na comunidade, o seu empenho no trabalho será maior e a produtividade subirá conseguindo-se, assim, alcançar a meta desejada por todas as empresas e condição indispensável à continuação da sua actividade. Não esqueçamos que empresa improdutiva é empresa falida com todas as consequências económicas e sociais que daí advém, nomeadamente, o desemprego.

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Mas não são só os trabalhadores que é necessário conquistar. Também os consumidores são determinantes para o funcionamento da empresa. Assim, as RP vão ter um papel determinante junto do público consumidor das empresas privadas.

A preocupação de projectar uma imagem prestigiada, quer da sua empresa quer de si mesmo, tornou-se uma constante no dia-a-dia dos gestores modernos.

Nunca se falou tanto em imagem empresarial, campanha de imagem, capital-imagem ou gabinetes de imagem como durante a última década nos países industrializados. Parecia que os responsáveis das empresas públicas e privadas e que os próprios governantes acordavam finalmente para uma realidade que, não sendo nova, não tinha, no entanto, merecido até então a devida importância.

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I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

As mudanças sociais e os acontecimentos políticos que abalaram o mundo inteiro durante esses anos vieram reforçar esta tendência para o culto da imagem, fosse ela individual, empresarial, nacional ou transnacional.

O mesmo se passa no universo empresarial, pois para uma instituição, não importando a sua dimensão, as pessoas que lá trabalham e os produtos que fabrica ou os serviços que presta passaram a ser uma preocupação constante das administrações quanto à imagem que possam projectar junto do público.

Abordemos agora os aspectos práticos e vejamos quais são os factores que compõem a imagem de uma empresa e que podem tornar esta positiva, negativa ou neutra junto do público, conforme a percepção que este terá dela.

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I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

Pode-se, desde logo, dividi-los em duas categorias, considerando, por um lado, os factores de posse e por outro os factores ditos dinâmicos: Os factores de posse abrangem todos os elementos que qualquer instituição, quer queira quer não, possui à partida e que lhe serão favoráveis ou desfavoráveis em termos de notoriedade, conforme os casos. Consideram-se como factores de posse: o elemento humano, o elemento físico, o elemento organizacional e o elemento-fim.Estes factores constituem, de certo modo, o património-imagem da empresa.

Para além do que a empresa tem, haverá a considerar o que ela faz (ou pode fazer) e que são os factores de acção também chamados dinâmicos. Não nos estamos aqui a referir a fazer no sentido de produzir um bem ou um serviço (aspecto englobado no elemento-fim), mas sim às actividades ligadas à política empresarial, à sua filosofia e à sua própria cultura. Estão englobados neste grupo, principalmente: a sua identidade visual (nome, logotipo, slogan); as campanhas de comunicação; as actividades institucionais (protecção do ambiente, defesa do património cultural, etc.); a sua inovação tecnológica (pesquisa e desenvolvimento).

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OS FACTORES DE POSSE

O elemento humano

É composto pelas pessoas que trabalham na empresa, desde o nível

hierárquico mais baixo aos dirigentes; com importância crescente na

escala hierárquica até chegar ao dirigente máximo, a quem, de certo

modo, em termos de imagem, caberá a maior quota-parte de

responsabilidade.

Esse aspecto é de tal forma flagrante que em muitos grupos económicos

é esse Top-Executive tornado figura carismática que, por si só,

personifica toda a organização.

Nas empresas de serviços é o elemento mais importante, já que é

sobretudo através do desempenho e comportamento dos empregados e

dirigentes que a empresa é julgada.

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OS FACTORES DE POSSE

O elemento físico ou material

É constituído pelas instalações, a maquinaria, os móveis, enfim, todo o

aspecto material da empresa. Certas áreas de actividade, como as

celuloses ou as cimenteiras e, de uma forma geral, toda a indústria

poluente, têm logo a partida um handicap quanto ao elemento físico, não

devendo, em princípio, tentar servir-se dele para a promoção da imagem,

o que não invalida que se tente melhorar o elemento físico no que diz

respeito, por exemplo, ao conforto de instalações.

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OS FACTORES DE POSSE

O elemento organizacional

Decorre da harmoniosa articulação entre o elemento humano e o

elemento físico. Quantas vezes empresas geograficamente bem situadas,

com boas instalações, equipadas com a mais moderna maquinaria e

possuindo funcionários à altura apenas conseguem projectar uma

péssima imagem devido à falta de organização.

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OS FACTORES DE POSSE

O elemento organizacional

Suponhamos o caso de um banco, com instalações modernas e

confortáveis e funcionários atenciosos, em que o cliente tivesse de

esperar meia hora para obter o saldo da sua conta porque os programas

introduzidos nos computadores não eram suficientemente rápidos para

dar uma resposta imediata. O resultado seria desastroso devido à relação

defeituosa existente a nível de organização. Apesar de ter bons

elementos materiais e humanos haveria uma falha a nível do elemento

organizacional. Mas a organização tem obrigatoriamente que ver,

também, com a estrutura empresarial.

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OS FACTORES DE POSSE

O elemento organizacional

A decisão quanto à estrutura e estratégia de posicionamento duma

empresa e seus produtos no mercado compete às administrações e

direcções dos núcleos empresariais que definirão os caminhos a seguir.

Qualquer campanha de comunicação ficará, de certo modo, subordinada

a estas delimitações de base, devendo ter o cuidado de não as infringir,

sob o risco de causar interferências na estratégia de gestão.

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OS FACTORES DE POSSE

O elemento-fim

Refere-se aos produtos ou serviços prestados pela empresa. É

importante a relação qualidade/preço daqueles produtos ou serviços,

pois uma forte componente da boa ou má imagem de uma empresa

advém dessa relação.

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OS FACTORES DE POSSE

Estes são os quatro elementos básicos que servirão para alicerçar a «boa

imagem» de uma empresa e que serão utilizados nas campanhas de

comunicação.

Se todos estes elementos são importantes para a composição da imagem

que se quer dar de uma empresa, dois deles são, todavia, fundamentais:

o elemento humano e o elemento-fim. Como disse Bertrand Canfield

"para o público as pessoas que estão ligadas a uma instituição são essa

instituição. O público aceita melhor as palavras e actos de um

empregado do que de um dos seus dirigentes ou do que ele possa dizer

no seu programa de Relações Públicas".

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OS FACTORES DE POSSE

Quanto à importância do elemento-fim, esta é demasiado óbvia para nos

determos muito tempo sobre ela. Bastará dizer que uma empresa que

produza bens ou serviços de má qualidade nunca conseguirá manter

uma boa imagem de si junto do público por muito tempo. Poderá

eventualmente e devido a certos artifícios conseguir criar essa boa

imagem, nomeadamente, através das campanhas de comunicação. Mas

por melhores que sejam as suas instalações e equipamentos, a sua

organização e o seu pessoal, se os seus produtos não estiverem à altura

do que preconiza, mais cedo ou mais tarde, acabará por perder a

confiança do mercado com todas as consequências implícitas. Vem

muito a propósito citar Benjamim Franklin quando disse que não é

possível enganar uma pessoa todo o tempo; pode-se enganar o público

uma vez mas não se consegue enganar o público o tempo todo.

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OS FACTORES DE POSSE

Competirá ao gestor e ao departamento de comunicação saber tirar o

máximo partido dos aspectos favoráveis, evitando, sempre que possível,

a projecção, por qualquer meio, ao nível da opinião pública dos aspectos

negativos.

É de notar, que não é frequente uma empresa ter a seu favor os quatro

elementos simultaneamente. Se se tentar fazer uma pequena lista de

empresas que tenham ao mesmo tempo funcionários atenciosos e

competentes, boas instalações, que estejam bem organizadas e que

produzam bens ou serviços de boa qualidade, depressa verificaremos a

dificuldade, quando não a impossibilidade de alinhar uma meia dúzia de

nomes.

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OS FACTORES DE POSSE

Não havendo "bela sem senão ...", a grande parte das empresas, em qualquer

país, possui efectivamente alguns elementos favoráveis e outros

desfavoráveis tentando logicamente tirar todo o partido dos primeiros.

Para uma empresa que se encontre em princípio de actividade, cujos

dirigentes estejam atentos a estes aspectos e com a colaboração adequada

de técnicos competentes não se afigura difícil “construir" a imagem que se

pretende.

Começar do zero tem muitas vezes as suas vantagens. Numa empresa com

muitos anos de existência e que já tem uma determinada imagem constituída

junto da opinião pública, os gestores que a vão herdar terão muito mais

dificuldade em desenvolver o seu trabalho, sobretudo, se essa imagem for

negativa.

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I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

OS FACTORES DE POSSE

Sempre que pretenderem introduzir algumas reformas, os novos directores

encontrarão inúmeras dificuldades, para além de terem de enfrentar as

naturais e inevitáveis resistências internas a qualquer mudança.

Neste tipo de situação é sempre conveniente, antes de lançar qualquer nova

ideia, o recurso a uma auditoria em comunicação. Esta actividade

desenvolvida, normalmente, por agências especializadas permitirá ao gestor

situar a empresa, em termos de imagem, junto do público. Por outras

palavras, deixá-lo-á informado quanto ao posicionamento que a sua

instituição tem no mercado (uma imagem positiva, neutra ou negativa) e

fornecer-lhe-á os indicadores necessários para o arranque da próxima

campanha de comunicação.

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OS FACTORES DE POSSE

Na posse desses elementos, o gestor poderá então, em conjunto com os

seus serviços de Marketing e de Relações Públicas, delinear e aferir as

próximas campanhas e acções de comunicação, assente em bases

sólidas.

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I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

OS FACTORES DINÂMICOS

Para a construção, projecção e manutenção de uma boa imagem

institucional, outros factores devem ser considerados para além dos

factores de posse.

Com efeito, quantas vezes não formamos inconscientemente uma boa

imagem de urna instituição sem nunca a termos visitado, nem termos

visto ou experimentado os seus produtos, nem nunca termos falado ou

conhecido alguém ligado a ela, apenas e somente porque vimos uma

aliciante campanha de publicidade na televisão, ou até um simples

cartaz, ou um anúncio de prestígio numa revista. Num caso destes, não

interferiu nenhum dos quatro elementos básicos, atrás citados, mas

unicamente a sua identidade visual e a própria campanha promocional.

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OS FACTORES DINÂMICOS

A identidade de qualquer instituição começa, em termos de

comunicação, pelo seu nome, pelo seu logotipo e também pelo seu

slogan, que são os elementos primários para a identificação e

reconhecimento desta junto do público.

Para alguns peritos, a identidade visual deverá fazer parte do elemento

organizacional por estar relacionada de perto com a estrutura da

empresa; outros consideram-na um factor dinâmico, dado que o slogan,

o logotipo e até o nome podem ser alterados em qualquer altura.

A identidade visual

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OS FACTORES DINÂMICOS

1. Nome individual, referente normalmente ao fundador da empresa e que

pode ser acoplado posteriormente com os nomes de outras pessoas que

herdam ou sucedem no cargo

2. Associação de nomes em função das pessoas que integram a sociedade

inicialmente constituída.

3. Nome descritivo, onde a actividade da empresa é de imediato deduzida

4. Nome abreviado.

5. lniciais, International Business Machines ou a Bayerische Motoren Werke

pouco dirão para a maioria das pessoas, no entanto, toda a gente conhece a

IBM ou a BMW.

6. Nome fabricado (ex.: Kodak, Nestlé).

7. Nome por analogia (ex.: Jaguar, Iglo).

A identidade visual - O Nome

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OS FACTORES DINÂMICOS

Os nomes também podem, por razões diversas, mudar ao longo da vida de

uma empresa. É uma situação pouco corrente, pois trata-se de uma decisão

de extrema responsabilidade, para além de muito dispendiosa. Pode

acontecer no caso de uma fusão ou aquisição, ou simplesmente por a política

ou a actividade da empresa se alterarem profundamente.

A identidade visual - O Nome

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OS FACTORES DINÂMICOS

Designa-se por logotipo o nome da instituição desenhado e colorido de

forma única e específica, de modo a tornar-se um sinal de reconhecimento

imediato.

A identidade visual - O logotipo

Imprescindível para qualquer empresa, a partir de uma certa dimensão, o

logotipo é tradicionalmente considerado como o ponto de partida da sua

política de comunicação institucional. Funciona, de certo modo, como o seu

bilhete de identidade visual, onde mediante um símbolo e uma forma

apresenta a personalidade e faz prova de existência da empresa.

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I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

OS FACTORES DINÂMICOS

Será a partir dele que se irá organizar todo o discurso da instituição, no

qual ele simbolizará a identidade e a personalidade desta. Um bom logotipo

deve resumir o que a empresa é, corresponder à sua imagem e inscrever-se

na sua política de comunicação.

No nosso universo concorrencial, repleto de sinais (existem para cima de

cinco milhões de marcas no mundo), uma instituição para subsistir tem de

sair do anonimato e um logotipo singular será, entre os demais, um sinal de

distinção e a sua primeira arma visual que lhe permitirá distinguir-se das suas

concorrentes.

A identidade visual - O logotipo

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OS FACTORES DINÂMICOS

A personalidade de uma empresa é edificada, em termos de comunicação,

por um conjunto de sinais, dos quais o logotipo é uma pedra fundamental.

Daí a sua importância, pois se for banal desaparecerá na selva dos outros

sinais, se for excessivamente complexo não conseguirá ser memorizado.

Ele deve poder falar por si só e ter um efeito evocador da empresa, sem que

seja necessário evocá-la de outra forma ou através de outros meios

complementares.

A identidade visual - O logotipo

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OS FACTORES DINÂMICOS

Apesar da sua importância, um logotipo não é, na comunicação

empresarial, um elemento isolado, nem um fim em si mesmo, devendo ser

considerado como a base de qualquer programa de identificação visual, onde

estará presente de forma constante nos diferentes suportes que serão

utilizados, quer no dia-a-dia quer nas campanhas.

Aquando da sua concepção, um logotipo deve ser encarado como um

símbolo duradoiro que permanecerá vivo mesmo quando a campanha

institucional terminar.

A identidade visual - O logotipo

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OS FACTORES DINÂMICOS

Deve, por isso, ter sempre em consideração os objectivos a longo prazo da

empresa e não a finalidade de responder a uma qualquer situação pontual.

Quanto maior for a longevidade de um logotipo mais a empresa poderá

capitalizar em percepção e memorização.

A vida média de um logotipo anda à roda dos vinte anos, sendo em geral

necessário modernizá-lo ou até substituí-lo. Algumas excepções notórias são

os casos da Coca-Cola, com mais de um século, e a concha da Shell que

apenas sofreu pequenos retoques ao longo de noventa anos de existência.

A identidade visual - O logotipo

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OS FACTORES DINÂMICOS

Qualquer gestor deverá, no entanto, estar consciente de que a decisão de

alterar a identidade visual da sua empresa é uma opção dispendiosa e

desestabilizante.

Dispendiosa em tempo gasto e fundos investidos, pois que tudo o que

ostentar o logotipo da empresa terá de ser modificado.

Desestabilizante, com a eventual perda do capital-imagem até então

acumulado junto dos públicos diversos e ao grande esforço de comunicação,

quer interna quer externa, necessário para divulgar essa nova identidade.

A identidade visual - O logotipo

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OS FACTORES DINÂMICOS

Para não ferir, com demasiada brusquidão, a sensibilidade da opinião

pública, essa mudança tem, por vezes, que ser feita em duas fases. A

primeira, associando o logotipo antigo e o novo, e numa segunda fase

fazendo desaparecer completamente o antigo. Esta forma, que é adoptada

muito correntemente, nem sempre tem bons resultados ao contrário do que

se poderá imaginar, dado que é mais difícil vencer certas inércias, sobretudo

a nível interno.

A identidade visual - O logotipo

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OS FACTORES DINÂMICOS

Para qualquer empresa, a importância de ter um bom logotipo não

reside, apenas, no facto deste ser um factor de imagem bem integrado

num conjunto de indicadores que constituem a pedra basilar da sua

personalidade institucional. Ele é também, quando bem concebido e

utilizado, um importante acelerador de notoriedade.

A identidade visual - O logotipo

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I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

OS FACTORES DINÂMICOS

Além de breve, claro, conciso e de fácil memorização, um slogan deve

ser sempre positivo. Em vez de «não gaste o seu dinheiro» dirá, por

exemplo, «poupe o seu dinheiro» e haverá que evitar o uso do

condicional que pode, por vezes, soar como dubitativo. Em vez de «você

poderia ganhar mais.. dirá «você ganhará mais». Na identidade

institucional, um slogan, tal como um logotipo, deve ser pensado para

durar muito para além de qualquer campanha, tendo sempre o longo

prazo por objectivo. Apesar de ser, de certo modo, como que um

complemento do logotipo, a sua importância é primordial, sobretudo,

quando uma empresa não é líder no mercado.

A identidade visual - O slogan

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I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

OS FACTORES DINÂMICOS

A diferença entre um slogan de marca e um slogan institucional é que o

primeiro está ligado à imagem do produto e destina-se a durar o tempo

de algumas campanhas. Algumas excepções são, no entanto, notórias,

como o caso do "Omo lava mais branco” que se mantém vivo após umas

boas décadas de utilização. Ele é a expressão concentrada de uma ideia

comercial, expressa de forma sugestiva, como um incentivo à compra.

Nele, o produto publicitado é geralmente evocado, enquanto no slogan

institucional isso muito raramente acontece.

A identidade visual - O slogan

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I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

OS FACTORES DINÂMICOS

Sejam elas de publicidade institucional, de Relações Públicas, de Direct

Marketing simples acções de imprensa ou um misto de todas elas, as

campanhas de comunicação têm um papel fundamental na imagem da

empresa. Elas são o factor dinâmico por excelência, que conseguirá nuns

casos posicionar a empresa em termos de imagem, noutros aumentar a

sua notoriedade e noutros, ainda, alterar totalmente a imagem

anteriormente instituída. Quando mal concebidas ou mal executadas, são

elas também que podem estragar por completo toda a estratégia que a

empresa pretendia implementar, com os prejuízos incalculáveis daí

decorrentes.

A identidade visual - As campanhas de comunicação

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I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

OS FACTORES DINÂMICOS

A definição de qualquer campanha institucional baseia-se nos factores

de posse favoráveis que uma empresa detenha, tomando sempre em

conta a sua estrutura.

Assim, numa empresa de estrutura monolítica em que, por exemplo, os

elementos humano e organizacional constituam os seus principais

trunfos, a campanha de imagem tornará esses aspectos como ponto de

partida, a volta dos quais irá girar toda a sua estratégia de comunicação.

A identidade visual - As campanhas de comunicação

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I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

OS FACTORES DINÂMICOS

Como é evidente, outros aspectos haverá que tomar também em conta

desde início. A identidade visual da empresa, as campanhas publicitárias

(ou promocionais) aos seus produtos, que estejam a decorrer nesse

momento ou que tenham tido lugar nos últimos seis meses, as notícias e

artigos que eventualmente tenham surgido na comunicação social, tudo

isto tem de ser analisado antes de se definir as linhas mestras da futura

campanha. Ignorar esses aspectos, é correr o risco de entrar em

contradições que irão gerar desconfianças e levantar dúvidas quanto à

credibilidade da campanha futura e da própria instituição.

A identidade visual - As campanhas de comunicação

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I. I. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PRIVADAS

OS FACTORES DINÂMICOS

Funcionando isoladamente ou integradas em campanhas de

comunicação, as actividades ditas institucionais são cada vez mais

utilizadas pelas grandes empresas para melhoria da sua imagem. A

multiplicidade de áreas em que estas actividades podem ser

desenvolvidas faz com que a sua utilização seja crescente nos países

industrializados.

A identidade visual - As actividades institucionais

É hoje muito raro encontrar uma grande empresa que não tenha estado

envolvida numa acção de mecenato cultural, de protecção do ambiente

ou de simples patrocínio, quer pontual quer de forma permanente.

Page 44: 2  O domínio das Relações Públicas

O Estado surge como entidade que:

produz bens ou presta serviços de utilidade pública, a preços sociais;

intervém em sectores estratégicos do economia não os deixando

sujeitos aos interesses lucrativos do iniciativa privada;

impede a formação do monopólios, sempre nefastos do ponto do vista

social;

intervém em empresas privadas em situação económica difícil

impedindo o desemprego dos seus trabalhadores;

actua em domínios específicos como a segurança, a educação e a

saúde;

promove o equilíbrio económico.

II. II. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PÚBLICASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PÚBLICAS

Estado pode e deve ter um papel produtivo do ponto do vista económico.

Page 45: 2  O domínio das Relações Públicas

Uma das formas da entidade estatal dar corpo a alguns dos

objectivos é através da criação e actividade das empresas

públicas, isto é, empresas onde o capital é na totalidade ou

maioritariamente do Estado e onde os seus gestores são

nomeados pelo Governo.

II. II. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PÚBLICASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PÚBLICAS

Page 46: 2  O domínio das Relações Públicas

Como deverá, então, o profissional de RP promover a imagem das

empresas públicas e promover a sua aceitação por parte da comunidade

e outros públicos?

Uma empresa relaciona-se com diferentes agrupamentos ou públicos.

Como exemplos desses conjuntos de indivíduos com características

específicas temos os trabalhadores da empresa, os seus fornecedores,

os consumidores, os órgãos do comunicação social, a comunidade em

geral, etc.

II. II. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PÚBLICASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PÚBLICAS

Page 47: 2  O domínio das Relações Públicas

Naturalmente que o primeiro passo a dar será auscultar junto de cada um

desses conjuntos humanos a opinião que eles têm da função social do

empresa pública em geral, e daquela que se estiver a considerar em

particular, da forma como a empresa funciona, do modo corno ela se

relaciona com cada um dos públicos em especial, etc.

Utilizando os meios de sondagem de opinião mais convenientes, tendo

em conta a especificidade de cada conjunto humano, poder-se-á avaliar a

impressão que os diferentes públicos têm da empresa e construir a

respectiva imagem. Caberá, então, ao profissional de RP encontrar a

justificação para a reacção dos públicos face à empresa e actuar no

sentido de clarificar a imagem dessa empresa.

II. II. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PÚBLICASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PÚBLICAS

Page 48: 2  O domínio das Relações Públicas

Mostrar os objectivos do funcionamento da empresa, a sua forma de

actuação, o carácter social da sua existência, etc., numa política de

comunicação bilateral e num clima de verdade, serão algumas das tarefas

prioritárias que o responsável pelas RP nas empresas públicas deverá

executar.

Enquanto o público em geral não compreender sem preconceitos os

objectivos das empresas públicas, qualquer trabalho mais complexo de

RP dificilmente será bem sucedido.

II. II. RELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PÚBLICASRELAÇÕES PÚBLICAS NAS EMPRESAS PÚBLICAS

Page 49: 2  O domínio das Relações Públicas

Todo o Governo que despreza a opinião pública do seu país ou é

irresponsável ou actua numa posição ditatorial.

Nas democracias ocidentais a opinião pública é um elemento vital a ter

em conta no actuação de qualquer dos órgãos de soberania ou mesmo

de qualquer departamento do Estado, autarquia, etc.

De facto, neste tipo de regime político, a população é chamada através de

processos vários, que vão desde a possibilidade de eleger os seus

representantes para os Parlamentos, órgãos autárquicos, Presidente da

República ou, como sucede noutros países, pronunciar-se sobre

determinadas questões que interessam à comunidade global, através de

referendo.

III. III. RELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICARELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Page 50: 2  O domínio das Relações Públicas

Assim sendo, os órgãos eleitos deverão, numa atitude de diálogo e de

esclarecimento da sua actuação, prestar contas da sua acção e auscultar

sempre a opinião das suas bases de apoio, e do país em geral, no sentido

de avaliarem a "nitidez" e "estado" da sua imagem.

Os órgãos estatais, mesmo representando o poder, não poderão

esquecer-se que esse poder lhes é emprestado pelo povo e que, por isso,

não se poderão recusar a comunicar com ele - "Não se pode não

comunicar”. Esta afirmação, indiscutível em termos gerais, é

particularmente importante no relacionamento governantes/governados,

nos países democráticos.

III. III. RELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICARELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Page 51: 2  O domínio das Relações Públicas

O modelo do actuação dos RP na Administração Pública é mais um

exemplo do vasto campo de actuação dos RP como forma do

comunicação capaz de cumprir os objectivos das sociedades

democráticas.

III. III. RELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICARELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Sempre que se trata do caso específico de RP na administração pública,

temos que distinguir dois aspectos fundamentais:

a informação administrativa,

e as RP propriamente ditas.

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III. III. RELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICARELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

a informação administrativa,

E quais são agora os métodos e os mecanismos de actuação em

informação administrativa?

esta relaciona sempre dois sujeitos específicos: a administração e o

público, incluindo neste conceito os administrados, quer sejam

considerados individual, quer sejam considerados colectivamente, o que

inclui todo o tipo de parceiros sociais.

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III. III. RELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICARELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

a informação administrativa,

métodos e mecanismos de actuação na via ascendente (do

administrado/público para a administração)

mecanismos de reclamações e queixas tanto dos funcionários como do público

mecanismos de selecção, tratamento, colocação e arquivo da informação

administrativa (apenas nos serviços)

Page 54: 2  O domínio das Relações Públicas

III. III. RELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICARELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

a informação administrativa,

métodos e mecanismos de actuação na via descendente (da

administração para o administrado/público)

ter à disposição do público e dos administrados toda a legislação que o regula ou

que directamente pode estar relacionada com a resolução dos seus problemas;

ter à disposição dos administrados e público as descrições concretas e

actualizadas de todos os procedimentos que podem ser empregues na tramitação

de determinados processos como sejam, por ex., tirar uma licença ou actuar numa

situação concreta, etc.

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III. III. RELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICARELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

a informação administrativa,

métodos e mecanismos de actuação na via descendente (da

administração para o administrado/público)

Temos que ter também esse outro mecanismo que nos informa ou nos ajuda a

definir qual é a organização e qual é a competência de cada uma das unidades

dentro das grandes macro-unidades político-administrativas;

uma informação administrativa na via descendente também deve preocupar-se no

fim de cada exercício, com os modos do esclarecimento sobre a gestão realizada

por cada um dos órgãos da administração;

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III. III. RELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICARELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

a informação administrativa,

métodos e mecanismos de actuação na via descendente (da

administração para o administrado/público)

Finalmente, a informação administrativa também compreende o aspecto da

informação administrativa interna, esta actividade destina-se a montar todos

aqueles mecanismos que sirvam de apoio informativo à actividade funcional dos

próprios funcionários.

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III. III. RELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICARELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

As RP propriamente ditas,

considera aqueles modos e conteúdos de informação tendentes a

melhorar a actuação da administração na sua zona de influência em

relação aos diferentes sectores da opinião pública, mas mais

concretamente em relação à sua zona de influência pública, promovendo

uma melhor integração, e uma melhor actuação da administração em

relação àquelas.

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III. III. RELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICARELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

métodos e mecanismos de actuação na via ascendente (do

administrado/público para a administração)

todos os mecanismos e todos os métodos de análise de conteúdo dos meios de

comunicação social;

as técnicas dos inquéritos e das sondagens de opinião;

As RP propriamente ditas,

a aplicação de escalas de atitude e do conhecimento dos níveis de aspirações do

público.

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III. III. RELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICARELAÇÕES PÚBLICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

métodos e mecanismos de actuação na via descendente (da

administração para o administrado/público)

Todas as técnicas de RP poderão ser aplicadas

As RP propriamente ditas,

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