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PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR 22.MAI.2012 N.579 www.aese.pt OPINIÃO Internacionalização de PME’s Como será a quarta vida? NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO Aumenta o desemprego de longa duração Os que não abandonam a energia nuclear “Democracia Liberal – A Política, o Justo e o Bem” Negociar com eficácia Porto, 25 a 27 de junho As três epidemias modernas AESE e a formação de “cidadãos exemplares” em Moçambique As razões para ter dirigentes portugueses otimistas PGL: Um desafio pessoal e profissional “Não pedir à Wikipédia mais do que pode dar” Voluntária, eu? Lisboa, 21 de junho Alavancas de Sustentabilidade. Casos Reais Verge: É tempo para fazer Lisboa, 6 de junho AGENDA Uma escola para pais pela Internet Passaporte Porto, 6 de junho Corrupção e gestão danosa Lisboa, 25 de junho Novas Aventuras Empresariais em 2012 Simulador da HBS testa competência em Gestão de Projetos Warren Buffett e a Berkshire Hathaway “Battle Hymn of the Tiger Mother” Finanças Para Não-Financeiros Lisboa, 17 e 24 de setembro, 1 e 8 de outubro

22.MAI.2012 N.579

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NOTÍCIAS

22.MAI.2012 N.579

www.aese.pt

OPINIÃO

Internacionalização de PME’s

Como será a quarta vida?

NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO

Aumenta o desemprego de longa duração

Os que não abandonam a energia nuclear

“Democracia Liberal – A Política, o Justo e o Bem”

Negociar com eficácia Porto, 25 a 27 de junho

As três epidemias modernas

AESE e a formação de “cidadãos exemplares” em Moçambique

As razões para ter dirigentes portugueses otimistas

PGL: Um desafio pessoal e profissional

“Não pedir à Wikipédia mais do que pode dar”

Voluntária, eu?

Lisboa, 21 de junho

Alavancas de Sustentabilidade. Casos Reais

Verge: É tempo para fazer Lisboa, 6 de junho

AGENDA

Uma escola para pais pela Internet

Passaporte

Porto, 6 de junho

Corrupção e gestão danosa Lisboa, 25 de junho

Novas Aventuras Empresariais em 2012

Simulador da HBS testa competência em Gestão de Projetos

Warren Buffett e a Berkshire Hathaway

“Battle Hymn of the Tiger Mother”

Finanças Para Não-Financeiros Lisboa, 17 e 24 de setembro, 1 e 8 de outubro

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Seminário de Alta Direção de Empresas em Maputo

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AESE e a formação de “cidadãos exemplares” em Moçambique

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A AESE realizou em Maputo, nos passados dias 27 e 28 de abril, o 1º Seminário de Alta Direção da AESE. No encerramento dos trabalhos, o Ministro da Educação de Moçambique, Zeferino Martins, dirigiu-se aos participantes e professores, manifestando o desejo de que esta iniciativa de dois dias na cidade das acácias fosse proveitosa. Começou por frisar a grande impor-tância da educação no desenvol-vimento socioeconómico, e expôs amplamente os desafios do seu ministério, o “mais difícil” de todo o governo, a curto, médio e longo prazos, apresentando depois algu-mas das suas respostas mais relevantes. Entre outros dados expostos referiu, por exemplo, que se espera que um ano adicional de escolaridade da população possa

resultar no retorno de cerca de 10% em termos de crescimento do PIB. Com fundamentação teórica, defi-niu o desenvolvimento como a combinação de uma taxa elevada de investimentos, com uma distribuição ampliada dos seus resultados e o desenvolvimento de uma consciência cívica que se sinta responsável por um futuro comum. Abordando, em concreto, o papel do Estado no cumprimento deste desígnio, assumiu que este deve ter um papel facilitador, incluindo todas as partes interes-sadas nas várias iniciativas. Zeferino Martins recomendou que toda a formação dos executivos promovesse uma perspetiva de complementaridade e cooperação (não de competição), suscitando

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27 e 28 de abril de 2012

»» Zeferino Martins, Ministro da Educa-ção de Moçambique

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um compromisso coletivo (contrário ao individualismo) numa lógica de longa duração (não imediatismo) e fomentando o espírito empre-endedor (sem estar à espera de orientações). “O fator humano é decisivo num processo de desenvolvimento, por-que só as pessoas, principalmente os líderes, podem mobilizar em prol das mudanças”, o que exige formação, reflexão, participação em seminários como estes, pelo que foi com muito agrado que aceitou o convite para encerrar o 1º Seminário de Alta Direção da AESE em Maputo, congratulando-se com a presença nele de vários líderes representativos. “Esta é uma tarefa que exige perseverança, iniciativa e criativi-dade, estar focado, ter paixão e cultivar as relações interpessoais, em resumo, ser um cidadão exem-plar. Neste sentido, são bem-vindas e de apoiar todas as ações sus-cetíveis de contribuir para a forma-ção e capacitação dos gestores. Por isso está de parabéns a AESE

por organizar este evento de alta direção, e esperamos que não seja o último”. “O 1º Seminário de Alta Direção foi uma experiência valiosa.” Manuel Gamito (Assessor da Presidência da República) destacou a “grande utilidade e qualidade da formação, com pedagogia interativa e dinâmi-ca de transmissão de conheci-mentos, assim como de compe-tências e experiências de forma absolutamente cativante. Manuel Gamito acrescentou que “a convivência e partilha de pontos de vista por diferentes profissionais” foi “encantadora e profícua”. Fulgêncio Magaia, Administrador da Moçambique Capitais, considerou o seminário “com grande utilidade para Executivos e quadros superio-res de gestão, que no dia a dia se têm de confrontar com delicadas e cada vez mais complexas situa-ções, que exigem uma tomada de decisões rápida e eficiente, sendo para isso fundamental poder tam-bém dispor de instrumentos de análise rápida dos fatos que

rodeiam um problema específico de gestão. Estou absolutamente con-victo que nenhum participante sairá indiferente no fim de um programa destes.” .

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3 CAESE maio 2012

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“Democracia Liberal - A Política, o Justo e o Bem” é o título do mais recente livro do Prof. Pedro Ferro, Diretor do PADE - Programa de Alta Direção de Empresas da AESE, Professor na área de Fator Humano na Organização e Consultor. A obra consiste numa coletânea de ensaios que exprimem, segundo o Prof. João Carlos Espada, “um olhar sobre o fenómeno político, que escasseia na atual atmosfera intelectual.” “Este é um livro notável (…). Pos-sui uma coerência interna que não escapará ao leitor. Exprime uma atitude política (…). E, no entanto, essa atitude está entre as fundadoras das democracias libe-rais em que vivemos, ou que herdámos dos nossos antepas-sados. Talvez por isso mesmo, por ser fundadora, seja hoje quase esquecida. Mas o esquecimento

das fundações e dos fundadores é um risco para a democracia liberal.” Licenciado em Economia pela Universidade Católica Portuguesa, Pedro Ferro tem um Mestrado em Ciência Política (2006), pela mes-ma universidade. Realizou o Exe-cutive MBA, do Instituto Empre-sarial Portuense/ESADE, e uma Pós-graduação em Economia Euro-peia (UCP). É, desde 2009, Docente no ISEC - Instituto Superior de Educação e Ciências e regente da cadeira de Marketing, no Mestrado em Tecnologias Gráficas. Pedro Ferro é também autor da obra "A motivação dos funcionários públicos e a reforma administrativa - entre o bem comum e o interesse próprio", lançada em 2010.

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“Democracia Liberal - A Política, o Justo e o Bem”

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4 CAESE maio 2012

Novo livro do Prof. Pedro Ferro 8 de maio de 2012

“Democracia Liberal - A Política, o Justo e o Bem” encontra-se à venda na livraria da AESE.

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No último dia de aulas do 10º Executive MBA AESE/IESE, a AESE convidou o Prof. Gautam Ahuja, o especialista em estratégia da Ross School of Management que os participantes conheceram na semana internacional dos EUA. Perceber a vantagem competitiva das empresas e do país é funda-mental para avaliar os recursos e formular uma linha de ação. “Os fatores de sucesso variam razoa-velmente em função dos ambien-tes. Mas numa situação como a atual, de grandes constrangimen-tos, existe uma série de limitações ao poder de compra.” Nestas condições, o Prof. Ahuja indicou duas possibilidades de atuação. “Em primeiro lugar, a estratégia tem de ser inovadora no sentido de corresponder às necessidades dos consumidores que têm mais poder de compra. Isso implica a imple-

mentação de modelos que sejam extremamente rentáveis”. Uma vez que existe uma menor disponibi-lidade financeira, interessa investir em algo que garanta retorno. “Focar a atenção numa produção eficiente contribuirá para a defini-ção de uma estratégia bem suce-dida, no presente contexto.” Considerando a realidade portu-guesa e o elevado nível de compe-titividade que se vive globalmente, “as empresas portuguesas devem agarrar-se aos seus pontos mais fortes”, para garantirem uma vantagem competitiva.” A solidez das instituições e a expressão da língua portuguesa falada por cerca de 200 milhões de pessoas, colocam Portugal numa situação vantajosa que poderá ser potencia-da pelas tecnologias de informa-ção. “Portugal pode internaciona-lizar-se, expandir os seus negócios

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As razões para ter dirigentes portugueses otimistas

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5 CAESE maio 2012

Convidado da 10ª edição do Executive MBA AESE/IESE 4 de maio de 2012

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em países que não beneficiem de um enquadramento institucional tão forte como o vosso. O Prof. Gautam Ahuja deixou uma palavra de otimismo aos dirigentes portu-gueses, “porque nós sabemos que os tempos difíceis surgem, mas também sabemos a importância de consolidar e fortalecer a herança institucional de uma nação, com boa regulamentação e um bom lobby, que a sustente como via para o sucesso. Pode demorar, mas é o caminho a seguir.” O reecontro com o 10º Executive MBA AESE/IESE na reta final do programa foi uma oportunidade que o Professor acolheu com grande satisfação. “Foi um prazer contac-tar com os professores e alunos. Como tem vindo a ser hábito, aprendi muito com este encontro, (…) sobre Portugal e sobre o modo como a crise tem afetado o país. Depois de consultar muitos dados e observar em redor, concluo que, de fato, o futuro de Portugal é brilhante, ainda que a curto prazo tenha de passar por uma fase de sofrimento.”

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6 CAESE maio 2012

Galeria de Vídeos

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Entrega de diplomas ao 1º Programa de Gestão e Liderança

A primeira edição do programa paper less da AESE, chegou ao fim, a 3 de maio, em Lisboa. Os participantes no PGL – Programa de Gestão e Liderança receberam os seus diplomas depois de um dia intensivo que culminou com um jantar de convívio entre os agora Alumni, os seus cônjuges e os Professores. Durante o jantar, Duarte Freitas (1º PGL), Vogal do Conselho de Administração da CARAM, consi-derou que o programa do qual é Presidente, suscitou “um senti-mento transversal a todos nós, a consciência da utilidade deste PGL. Já todos nos demos conta de utilizarmos, no dia a dia, as ideias chave das sessões, os chamados “take away”.” As sessões de coaching desenvol-vidas na segunda metade do PGL

foram muito apreciadas. Trata-se de “um importante exercício de sistematização, de autoconhe-cimento e de compromisso, onde não existe um adversário externo. O desafio é de cada qual consigo próprio.” O PGL foi para Pedro Morais Barbosa do Activo Bank, eleito Vice-Presidente do Programa, ”talvez a grande experiência de ensino e de curso desde que terminei a faculdade”. No PGL, Cristina Rodrigues, da Lisgarante, aprendeu “a liderar e a orientar muito melhor as pessoas”, o que leva Tatiana Pereira da Iberlim a concluir que “saio daqui um boca-dinho “maior”: em conhecimentos e enquanto pessoa.”

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PGL: Um desafio pessoal e profissional

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3 de maio de 2012

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10º Executive MBA AESE/IESE apresenta

Na reta final do Executive MBA AESE/IESE, os participantes da 10ª edição submeteram os conhe-cimentos apreendidos em formato de plano de negócios à consi-deração de professores, colegas, investidores e jornalistas. Doze foi o número de start ups apresentadas, cuja área de atividade, missão, valores e plano de investimento foi detalhado em 15 minutos. Os planos de negócios cobriram áreas como: a Gestão Florestal (VSN); Vendas online e inovação em vendas (ytMarketplace); Consultadoria de redução de custos (Best Results); indústria transformadora (Dignus e Projeto Chicago); Publicações (Earn, AESE Business Review); Alimentação saudável (Easyfish); Turismo (Touch in); Marketing de

proximidade (iPoster); Cultura de milho para grão (Grain Growth); Alimentação e saúde (Pão São); Inovação na actividade farmacêutica (Pharma Label e Healthink); e Sistema de fidelização de clientes (Caash).

Relativamente aos anos anteriores, o Prof. Vasco Bordado, responsável pela área de empreendedorismo da AESE e Administrador não Exe-cutivo de NAVES Sociedade de Capital de Risco, congratulou-se pela qualidade técnica das apre-sentações que têm vindo a melhorar em cada edição. A conferência-colóquio que se seguiu à apresentação pública de NAVES do 10º Executive MBA AESE/IESE foi conduzida por Leonor Beleza, Presidente da Fundação Champalimaud.

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Novas Aventuras Empresariais em 2012

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27 de abril de 2012

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Com Agostinho Abrunhosa, Jorge Ribeirinho Machado e Pedro Leão

Decorreu a 17 e 18 de Abril a 1ª edição do Seminário de “Gestão de Projetos” da AESE intitulado “Gestão de Projectos: Uma aborda-gem prática”. Com base na discussão de casos de estudo reais, evidenciando situações práticas onde a temática da Gestão de Projetos assume particular relevo, o seminário incluiu conferências-colóquio, que assegu-raram o enquadramento concetual dos temas em debate, e a simula-ção de grupo da Harvard Business School que permitiu implementar os conhecimentos adquiridos. Os participantes, quadros médio/ altos de algumas das mais pres-tigiadas empresas do país, ins-creveram-se com a expetativa de consolidar os conhecimentos na

área de Gestão de Projetos e “arrumar” os conceitos relativos ao tema. Por isso, decidiram aproveitar o período de menor atividade económica, para apostar na melhoria das competências. Com o desenrolar do programa, foi notório o crescendo da dinâmica competitiva inter-grupos, onde três equipas competiam entre si para atingirem o melhor scoring no simu-lador, estando previsto um follow up pós-seminário na AESE, para sedimentar as principais aprendi-zagens do exercício. O nível de satisfação foi visível, tendo os participantes demonstrado particular entusiasmo pela introdu-ção da componente de simulação, para além de terem sugerido novas ideias para seminários dentro da

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Simulador da HBS testa competência em Gestão de Projetos

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17 e 18 de abril de 2012

Agostinho Abrunhosa

Pedro Leão e André Vilares Morgado »»

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temática da Gestão de Projetos. Para Carlota Albergaria, Senior Associate da Heidrick & Struggles, “o Seminário de Gestão de Projetos da AESE foi bastante interessante e útil do ponto de vista concetual, e proporcionou uma ótima expe-riência pessoal. Gostei sobretudo do método do caso e da ferramenta do Simulador de Gestão. Num contexto de aprendizagem alta-mente dinâmica, este método proporciona e permite-nos não só um envolvimento mais direto com a realidade, como ter uma visão mais abrangente e global do negócio. Deixo ainda os parabéns a toda a equipa da AESE, pela forma como envolvem os alunos e todo o entusiasmo transmitido ao longo do Seminário.” O Seminário esteve a cargo dos Professores Agostinho Abrunhosa, Jorge Ribeirinho Machado e Pedro Leão (4º Executive MBA AESE/ IESE).

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10 CAESE maio 2012

Participantes do Seminário “Gestão de Projetos” da AESE

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Investigação AESE

Escrito pelo Prof. Adrián Caldart e pelo Eng. Luís Lynce de Faria, “Warren Buffett e a Berkshire Hathaway” é o título do mais recente caso da AESE. "A Estrutura Corporativa da Berk-shire Hathaway para gerir oitenta negócios muito díspares e sem qualquer sinergia entre eles, cons-titui um caso único na história da organização de empresas e de Grupos empresariais em particular. A dimensão deste grupo mede-se pelo volume de negócios da ordem de 136.000 milhões de dólares, com a participação de 260.000 colaboradores, e apenas 21 dos quais na Corporação. O grande desafio que se coloca, é se a Berkshire e o seu modelo cor- porativo, que se identificam com a

vida do empresário Warren Buffett , de 80 anos, resistirá após a sua sucessão, que se adivinha para breve Um recente caso de "Inside Information" envolvendo um dos seus mais diretos colaboradores, o que não era muito comum na história do Grupo, levanta algumas questões de muito interesse para a análise desta organização. Embora o colaborador se tenha demitido, o assunto está a ser analisado ao nivel da SEC (U.S. Securities and Exchange Commission)."

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O Caso “Warren Buffett e a Berkshire Hathaway”

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Prof. Adrián Caldart

Eng. Luís Lynce de Faria

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Seminário Negociar com eficácia Porto, 25 a 27 de junho Saiba mais >

Seminário Corrupção e gestão danosa Lisboa, 25 de junho Saiba mais >

Sessão de Continuidade Internacionalização de PME’s Porto, 6 de junho Saiba mais >

Evento Verge: É tempo de fazer Lisboa, 6 de junho Saiba mais >

Seminário Finanças para Não- -Financeiros Lisboa, 17 e 24 de setembro, 1 e 8 de outubro Saiba mais >

Ciclo AESE-EDP Alavancas da Sustentabilidade. Casos Reais Lisboa, 21 de junho Saiba mais >

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AGENDA

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12 CAESE maio 2012

Seminários

Sessões de Continuidade

Eventos

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Como será a quarta vida? “Se vivemos mais, temos de trabalhar mais. É da mais elementar inteligência. Portugal precisa. E agradece. A diferença entre as receitas e as despesas da Segurança Social atingiu o mínimo histórico de 63 milhões de euros.. (…)“ Leia mais e comente Post publicado em Agenda Setting, a 4 de maio de 2012 José Manuel Diogo,

35º PADE e Diretor-Geral da Agenda Setting

Voluntária, eu? “Há coisas que não faço por dinheiro nenhum. Mas posso fazê-las porque sim, na minha casa, à minha família, aos meus amigos. Como posso fazê-las ao mais pobre dos pobres, maltrapilho e malcheiroso, doente ou incapaz.(..)” Leia mais e comente Publicado na revista “Aposta” nº105, de abril de 2012, e no Blog AESE.

Beatriz Abreu, 11º PDE e Diretora do GOS

BLOG

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Siga-nos em Blog AESE 13 CAESE maio 2012

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Nesta secção, pretendemos dar notícias sobre algumas trajetórias profissionais e iniciativas empresariais dos nossos Alumni. Dê-nos a conhecer ([email protected]) o seu último carimbo no passaporte.

PASSAPORTE

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14 CAESE maio 2012

Pedro Bord’ Água (3º Executive MBA AESE/IESE), defendeu com sucesso a sua tese de dou-toramento em Engenharia e Ges-tão, no Instituto Superior Técnico.

David Branquinho (9º Executive MBA AESE/IESE) é atualmente o Responsável de Estratégia e Planeamento da Brico Depot, do Grupo Kingfisher Plc. Rui Moreira (3º Executive MBA AESE/IESE) é o novo diretor financeiro da Caetano Coatings.

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PANORAMA

Aumenta o desemprego de longa duração A crise económica provocou uma grande perda de empregos mas, quase mais marcante do que o desemprego total, é o aumento do prolongado (superior a um ano), como destaca a OCDE no seu último relatório “Employment Out-look / Perspectives de l’ emploi”. Na OCDE, o número de desem-pregados subiu de 13 para 44 milhões desde o começo da crise (2008). É normal que, nesta situa-ção, aumente também a duração do desemprego. Agora, 32,4% dos desempregados estão nesta situa-ção mais de um ano, contra 25,5% antes da crise. Mas, em muitos países, a evolução do de-semprego prolongado não é pro-

porcional à taxa geral. Isto faz recear que se esteja a criar uma grande bolsa de pessoas que venham a ficar definitivamente fo-ra do mercado laboral. Os países com maiores percen-tagens de desemprego superior a um ano não são, necessariamen-te, os que têm mais altas taxas de desemprego. A Alemanha baixou o desemprego prolongado mas continua a estar muito acima da média da OCDE, com 47,3%, e antes da crise registava 52,6%. Em Espanha, onde a taxa de desemprego é muito elevada (21,2%), o prolongado não chegou tão alto, embora tenha subido muito: de 23,8% em 2008, para

40,5% em 2011. Mais desem-prego prolongado, em termos rela-tivos, têm outros países com taxas gerais inferiores à espanho-la, como Itália (8% de desempre-go total), Portugal (10,8%; hoje, superior a 15%), Irlanda (13,6%) ou Bélgica (7,5%), além da Alemanha (7%). O desemprego prolongado em França é igual ao de Espanha, embora a taxa geral seja menos de metade (9,9%). É também de salientar o caso dos Estados Unidos, onde noutros tempos os que perdiam o empre-go encontravam outro rapidamen-te: de facto, o desemprego supe-rior a um ano alcançava 9,5% em 2008. O desemprego total subiu,

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15 CAESE maio 2012

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certamente, durante a crise: de 5,8% para 9,1%; mas o prolon-gado triplicou, vindo a alcançar 30,4%. Contraste semelhante, mas me-nos marcado, acontece no Japão. Neste país, o desemprego total é baixo e subiu pouco durante a cri-se (de 4,0% para 4,7%); em con-trapartida, o prolongado, que já

era bastante alto, aumentou ainda mais (de 33,3% para 37,6%). No outro extremo da tabela, o desemprego total e o prolongado evoluem em paralelo. Os países onde menos de 10% dos desem-pregados são de longa duração (Coreia do Sul, México, Noruega e Polónia) têm taxas totais igual-mente baixas. A sul-coreana é de

apenas 3,3%, tendo lá o desem-prego prolongado um número mui-to reduzido de 0,3%, quase dois pontos e meio a menos que antes da crise.

(OCDE)

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PANORAMA

Os que não abandonam a energia nuclear A Alemanha não é o único país que rejeitou a energia nuclear devido ao acidente de Fukushima. No ano passado, a Suíça decidiu não substituir as suas centrais nucleaes quando terminarem a sua vida útil, pelo que dentro de

30 anos não restará nenhuma. Também no ano passado, os eleitores italianos aprovaram, em referendo, anular o plano de renascimento nuclear preparado pelo Governo de Silvio Berlusconi, que iria revogar o apagão decidido

em 1987, depois do acidente de Chernobil. No Chile, deficitário em energia, o governo suspendeu o seu projeto de construir centrais nucleares (agora não existe ne-nhuma).

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Mas essa não é a posição maio-ritária no clube nuclear. Atualmen-te, existem 29 países com rea-tores, e 14 deles têm centrais em construção (outro ainda, o Irão, está a construir a primeira). A maior expansão nuclear é a da China, que tem 13 reatores e está a construir mais 28. Esta pode ser uma boa notícia para a atmosfera, se dessa forma a China conseguir conter o seu consumo de carvão, que cresceu 185% na década passada, até alcançar quase me-tade do total mundial. O carvão é o combustível fóssil mais po-luente, ao qual se deve a maior parte (43%) das emissões mun-diais de CO2. Em segundo lugar aparece a Rússia, com 11 reatores em cons-

trução, que se vão juntar aos 32 já em funcionamento. Os outros paí-ses com mais reatores em cons-trução são a Índia (6) e a Coreia do Sul (5); os restantes têm um ou dois. Fukushima não vai fazer com que a Grã-Bretanha saia do clube. Depois de uma revisão da segu-rança das centrais, o Governo de Londres publicou em 2011 o novo plano energético nacional, que conta com a energia nuclear como um dos pilares para reduzir as emissões de CO2 na geração de eletricidade. Concretamente, pre-vê baixar para 20% a parte pro-duzida com combustíveis fósseis e obter o restante a partir de cen-trais nucleares e de fontes reno-váveis, em partes iguais. Isto pressupõe mais do que duplicar a

percentagem do nuclear, que agora é de 15,6%. Para isso, pre-tendem ter em 2025 oito centrais novas mais potentes, que irão substituir outras tantas das 19 atuais. A Holanda tão-pouco vai fechar a sua única central nuclear, que lhe possibilita cumprir a sua meta de emissões. Igualmente, a Argentina (com dois reatores operacionais e um em vias de inauguração) con-firmou que não renuncia, apesar de Fukushima. Há, além disso, países sem ener-gia nuclear que querem tê-la. A Polónia planeia erguer seis cen-trais, de modo a assegurar a autossuficiência energética e não depender da Rússia. A Arábia Saudita, embora seja o segundo

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produtor mundial de petróleo (a Rússia ultrapassou-a em 2010) e ter as maiores reservas, quer satisfazer a sua crescente procura de energia sem gastar mais do seu próprio crude. As instalações de refrigeração, as dessaliniza-doras para obter água potável do mar e a indústria solicitam cada vez mais eletricidade, e seria mau negócio gerá-la queimando barris de petróleo que dão mais dinheiro se forem exportados. A meta saudita é, portanto, construir 16 centrais nucleares até 2030, a um custo equivalente a 70.000 mi-lhões de euros.

R.S.

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18 CAESE maio 2012 »»

Panorama nuclear

Japão Desligou mais de 40 reatores

Alemanha Fixou o apagão nuclear para 2022

Suíça Não vai substituir as centrais existentes, que fecharão daqui a 30 anos

Itália Recusada em referendo a construção de centrais nucleares

China Está a construir 28 centrais

Rússia Tem 11 centrais em construção

Grã- -Bretanha

Quer duplicar a percentagem da eletricidade de origem nuclear

Arábia Saudita Prevê construir 16 centrais antes de 2030

Polónia Projeta construir 6 centrais

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PANORAMA

As três epidemias modernas Vivemos tempos de perda. Hoje convivem ao mesmo tempo três epidemias de grande enverga-dura: a depressão, o stress e a rutura conjugal. Não saberia dizer qual a ordem de chegada. A depressão é a doença da melancolia. A palavra passou para a linguagem coloquial e o seu uso e abuso está na ordem do dia. Há dois tipos, duas modalidades: as endógenas, que vêm de dentro e que se devem a uma desordem bioquímica cerebral complexa, que têm um fundo hereditário e que são sazonais (especialmente na primavera); têm bom prognós-tico, curam-se em cerca de 90 por

cento delas e hoje contamos com medicamentos que travam a re-caída. As outras são as exógenas, que podem ser chamadas reativas e que se devem a acontecimentos negativos da vida. Há duas moda-lidades: os traumas de grande dimensão, que são impactos mui-to fortes a deixar o ser humano prostrado à beira do precipício e dos quais poderíamos dizer que a mulher é especialmente sensível às frustrações sentimentais e familiares, enquanto que o homem o é às frustrações económicas e profissionais. Hoje isto está a mudar e haveria muitos matizes a

expor aqui. A outra, são os traumas de menor dimensão, que são factos negativos de pequena e média intensidade, mas que formam um somatór io, uma constelação de fatores nocivos que dão lugar a um estado de âni-mo de tristeza, apatia, ir abaixo, falta de vontade de viver, desilu-são e um longo et cetera nessa mesma linha. Estas depressões multiplicaram-se hoje devido ao tipo de vida que vivemos, e muitas delas arrancam, brotam, emer-gem, saltam aos pés da crise eco-nómica tão grave que estamos a viver e da rutura da família, com tudo o que isso acarreta. As de-pressões exógenas têm um »»

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prognóstico incerto e a sua evolu-ção depende dos factos que as desencadearam. A segunda epidemia é o stress, que consiste num ritmo trepidante de vida sem tempo para mais nada a não ser trabalhar. Há tam-bém duas modalidades: o stresse

real, que se deve a se estar sempre sobrecarregado e mesmo ultrapassado por inúmeras coisas e atividades, e que acontece com especial frequência nos executi-vos, nos homens de negócios, nos jornalistas e em todos aqueles que não sabem colocar limites à sua atividade profissional e que cedo ou tarde são apanhados pelos laços da profissionalite sem freio. A outra é o stresse psico-lógico, que não é tão objetivo co-

mo o anterior e que se dá em pessoas que se esgotam, que aceleram o seu ritmo de vida sem necessidade e que são autênticas fábricas de ansiedade. Por vezes, ambas as modalidades aconte-cem simultaneamente. Evitar o stress é saber trabalhar com ordem e vontade. Saber planificar as coisas que temos de efetuar e aprender a dizer não a pedidos, solicitações e pressões excessi-vas de trabalho. Diz o Eclesiates: «Ama o teu ofício e envelhece ne-le». A terceira epidemia, a das ruturas conjugais, podemos dizer que é mais recente no mundo ocidental. Hoje assistimos ao espetáculo de um casal desfeito e outro e mais outro. Aqui e ali. Quem nos ia di-

zer há apenas algumas décadas que este ia ser um dos piores males do nosso tempo? Que si-gnifica isto, o que se está a pas-sar, quais são as causas e mo-tivos que desencadearam este feroz tsunami de proporções gi-gantescas? São muitas as coisas que se foram sucedendo para que isto aconteça. Não é fácil dar uma resposta única, porque são nume-rosos os ingredientes que se acumulam aqui e levaram a que tantos casais se tenham esboroa-do e apareçam os chamados “filhos pingue pongue”, que vão daqui para acolá todas as sema-nas, com tudo o que significa essa transferência para a pessoa que ainda está em formação.

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Observo a palavra amor falsifi-cada. Há um uso, um abuso e uma manipulação da palavra amor. A qualquer coisa chama-se amor! Há que devolver a este termo a sua força, a sua qualidade e a sua exigência. Amar uma pessoa é dizer-lhe: vou tentar que tu nunca morras para mim, que sejas o meu primeiro argumento; vou colocar da minha parte para te dar, o melhor que tenho… vou tentar extrair o melhor da minha pessoa e da tua. O amor do casal constitui uma tarefa laboriosa que tem elevada percentagem de um

verdadeiro trabalho artesanal psi-cológico. E no meio deste ideal de vida, ao mesmo tempo realista e exigente, deparamos com uma sociedade em que se foram impondo de modo gradual e progressivo uma série de conteúdos, umas vezes claros e outras desfocados: o hedonismo, o consumismo, a permissividade e o relativismo, e todos eles alinhavados pelo materialismo e pela falta de espiritualidade. E o drama é servido em bandeja. Em face

dessa paisagem que temos diante dos olhos, há que saber ir em contracorrente e não se deixar levar pelas modas do momento. A epidemia de casais desfeitos é contagiosa.

E. R. (“ABC”)

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PANORAMA

“Battle Hymn of the Tiger Mother” Battle Hymn of the Tiger Mother Autora: Amy Chua Penguin Group 2011 240 págs. Os pais mais exigentes, que fazem dos seus filhos autênticos trabalhadores a partir da mais tenra infância, são os que depois conseguem universitários respon-sáveis, seguros e cheios de ener-gia, segundo Amy Chua, a autora sino-americana do livro “Battle Hymn of the Tiger Mother” que chocou o mundo educativo nos EUA pela sua defesa do regresso a posições autoritárias e exigen-tes.

Num encontro com os leitores do seu livro na Biblioteca Pública de Nova Iorque, Chua, que alcançou um grande sucesso de vendas nos Estados Unidos, louvou os efeitos da rígida educação de origem oriental que aplicou às suas filhas há já uma década, e assegurou que a chegada da sua filha à universidade, lhe mostrou que o resultado do seu esforço e acompanhamento não deram lu-gar a “um autómato nem a um robot”, mas a uma pessoa inde-pendente, criativa e corajosa. Segundo refere o diário “The Wall Street Journal”, a autora do polé-mico livro aproveitou o encontro para se defender das críticas re-

cebidas nos últimos meses e procurar responder aos pontos mais criticados pelos defensores de uma educação flexível. Na sua opinião, disseram-se muitas coi-sas acerca da instrução que ela propõe inexatas. O seu objetivo não é tanto conseguir metas, re-sultados ou boas notas, “mas ensinar aos filhos que são capa-zes de fazer muito mais do que pensam”. Chua, que compareceu ao encontro acompanhada de Sofia, a sua filha mais velha, e do seu marido – também professor universitário -, afirmou que talvez mesmo agora, ambos são dos pais menos intervencionistas na vida dos seus filhos universitários porque, simplesmente, os seus

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filhos não precisam desse inter-vencionismo depois de terem re-cebido uma rígida educação entre os 5 e os 12 anos, época em que se forma o caráter. Na sua defesa de uma maior exigência, Amy Chua comparou a severidade que propugna com a que praticaram os pioneiros norte--americanos, que inspiravam re-sistência nos seus filhos, e não tanto com a desenvolvida pelos seus antepassados chineses. Pelo contrário, ridicularizou os ‘pais helicóptero’, que sobrevoam cons-tantemente os filhos, protegendo- -os de possíveis ameaças, carre-gando as suas mochilas e incapa-citando-os para qualquer esforço,

algo que não tem nenhuma tra-dição nem raízes nos Estados Unidos da América. Por isso, considera que, ao chegar à uni-versidade, onde os filhos pela pri-meira vez se encontram sozi-nhos, é muito fácil que aqueles que ouviram mil vezes dos seus pais, palavras como “magnífico, és um génio” e foram educados com excessivos cuidados, sofram um autêntico trauma quando algo lhes corre mal. A promotora da exigência na educação recordou que hoje em dia é muito alargada a tendência para elogiar a criatividade, “como se Steve Jobs, o pai da Apple, t i vesse conseguido as suas

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invenções fugindo às aulas quando, na realidade, tanto ele como o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, são o protótipo do trabalho esforçado e souberam recuperar e resistir a situações limite”, justamente o que pretende obter a educação com autoridade que Amy Chua defende. “Ninguém inventaria um iPod sem lhe ter dedicado antes longas horas de trabalho”, salienta. O livro teve uma edição em castelhano com o título “Madre tigre, hijos leones”, ed. Temas de Hoy, 2011. Também no Brasil foi publicado: “Grito de Guerra da Mãe-Tigre”, ed. Intrínseca, 2011.

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Errata “Com as redes sociais, aumenta a dose diária de ecrã entre os jovens”: O slide 22 do nº 578, que volta-mos a apresentar, incluiu um lapso no final do último pará-grafo que aqui retificamos, relativo ao texto “Com as redes sociais, aumenta a dose diária de ecrã entre os jovens”. As nossas desculpas

Em conjunto, o consumo médio de Internet é de 1h 30m, o que já constitui o mesmo tempo consu-mido em televisão e mais 15 minutos do que o gasto nas videoconsolas. O aparecimento das RS fez aumentar a navegação pela rede, sem diminuir o tempo empregue nas outras formas de lazer. Que relação haverá entre o uso das tecnologias e os resultados académicos? Para 56% dos inquiridos, o computador ajuda-os a fazer as tarefas escolares. Também para os professores constitui uma ajuda a utilização de software didático e a melhoria na edição das suas notas e apresentações.

Mas, juntamente com isso, o excessivo consumo de tempo atribuído às tecnologias costuma levar a piores notas. Por exemplo, em face de 9% de não utentes das tecnologias que confessam não ler nada, há 13% de utentes avançados na mesma situação. Os alunos dizem que não lhes faz diminuir o tempo de estudo, mas o gráfico seguinte publicado na “Aceprensa” mostra como os resultados académicos baixam ligeiramente com o uso das tecnologias.

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DOCUMENTAÇÃO

“Não pedir à Wikipédia mais do que pode dar” Procurar no Google e acabar por conhecer as coisas através da Wikipédia, converteu-se num clás-sico da nossa cultura. A tecnologia 2.0 parece aproximar-nos da utopia de um saber universal e democrático. Enrique Banús, titu-lar da cátedra Jean Monnet de Cultura Europeia, atualmente diretor do programa de doutora-mento em Humanidades na Uni-versitat Internacional de Catalunya é, além disso, um dos maiores especialistas em Wikipédia de lín-gua castelhana. A Wikipédia é a primeira fonte de informação dos utentes da Internet. Mas uma sombra letal paira sobre a enciclopédia cole-

tiva: em que medida será fiá-vel? As investigações efetuadas, ofere-cem-nos resultados diferenciados. Numa delas, concluiu-se que tinha mais ou menos a mesma fiabili-dade da “Enciclopédia Britânica”, noutra o resultado não é tão favo-rável. Também se fizeram ensaios introduzindo erros ex profeso e ver por quanto tempo demoravam a ser corrigidos; o resultado foi bastante satisfatório: normalmen-te, ao fim de algumas horas, al-gum utente havia retificado a infor-mação. Em artigos de menor rele-vância, podem manter-se erros bastante tempo (mas são artigos muito pouco consultados).

O ritmo vertiginoso da Internet, também tem algo a trazer à sabedoria… Com efeito, podem fazer-se umas 15-20 edições por minuto. Isto significa que há várias dezenas de pessoas a trabalhar em simul-tâneo. Embora alguns se dedi-quem quase exclusivamente a fazer revisões, muitos estão a criar artigos novos ou a melhorar os existentes. A própria arquitetura efémera do meio facilita as emendas… Mas convém salientar que a quali-dade dos artigos é muito desigual: junto com alguns excelentes, há

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outros feitos por alguém com mui-to entusiasmo, mas poucos co-nhecimentos sobre o que é uma enciclopédia. Além disso, a Wiki-pédia não tem a mesma fiabili-dade nos seus diferentes idiomas. A Wikipédia aglutina as maiores realizações da Internet: parti-lhar desinteressadamente o co-nhecimento e construir o mun-do em comunidade. Estamos a assistir à ansiada democratiza-ção do conhecimento? Tenho as minhas dúvidas sobre o que significa “democratização do conhecimento”... Mas é verdade que muitas pessoas oferecem os seus conhecimentos à Wikipédia. Todavia, não são assim tantos os que colaboram assiduamente e de modo significativo. Também exis-

tem casos de editores muito sóli-dos que deixam o projeto, por cansaço, ou porque ficaram desi-ludidos com as normas de funcio-namento. A autorregulação dos utentes A Wikipédia baseia-se na boa fé dos utentes. A autorregulação será suficiente garantia de qua-lidade? Efetivamente, espera-se dos pró-prios utentes que acabem por modelar a enciclopédia, com inter-ações niveladoras. Para isso, estabeleceram-se algumas moda-lidades práticas, como a lista das últimas modificações, os últimos artigos criados… que permitem um acompanhamento quase em tempo real da criação e modifica-

ção de artigos. Há também uten-tes especializados nessas “tarefas de manutenção” e que fazem um grande trabalho. Será tudo isto suficiente? Como já o referi, o resultado é desigual, dependendo dos idiomas, das áreas de conhe-cimento... Se qualquer pessoa pode editar um artigo, qualquer pessoa é construtora de cultura. Mas a figura do bibliotecário parece contradizer-se com a própria definição que a Wikipédia faz de si mesma (“somos meros cole-tores de informação”). A Wikipédia trabalha com um conceito chave, que é o da “neu-tralidade”. Soa muito bem, mas não é fácil: por vezes, existem “guerras de edições”, mediações

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por parte dos "bibliotecários"... Tudo isso deve desenvolver-se na interação e no diálogo, mas entre os editores e mesmo os bibliote-cários, existem os mais dialogan-tes e os que o são menos. Um sistema complexo, tal como a própria sociedade. Sistema que põe em causa a democracia direta: isso porque todos podem participar, mas existem sempre mediadores. Na Wikipédia há uma certa hierarquia de controlo. Os bibliote-cários são pessoas com capacida-des especiais de edição de con-teúdos e administração do siste-ma. Muitos gozam de autoridade, como utentes de prestígio, cuja opinião tem um grande peso. Mas não devemos esquecer que são

escolhidos pela própria comuni-dade wikipédica, e que podem ser substituídos. Anonimato dos editores Talvez quem tenha mais a ofe-recer a este projeto sejam pes-soas com vasta experiência. Mas terão problemas com as barreiras tecnológicas? No âm-bito do saber na rede, pode acontecer que quem ganhe, se-ja mais o tecnólogo do que o sábio. Não tem de ser assim. Os conhe-cimentos necessários para editar na Wikipédia são simples. Se se quiser ir mais além (ser nomeado bibliotecário, por exemplo), aí a pessoa deve absorver as regras internas do sistema, jogar em mui-

tos campos: isso sim, é que é muito mais complicado. Também é verdade que, às vezes, utentes pouco experientes podem ser protegidos com argumentos for-mais: as regras wikipédicas (já bastante sofisticadas) que, bem geridas, proporcionam uma posi-ção de vantagem nítida. O facto de nenhum colaborador da Wikipédia ser remunerado pelo seu trabalho favorece que partilhemos gratuitamente o melhor de nós mesmos. No en-tanto, o anonimato dos edito-res, não será uma porta aberta à fraude? O anonimato tem certas vanta-gens e alguns – grandes – incon-venientes: às vezes, por exem-plo, nas discussões, dizem-se

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coisas bastante rudes e vigorosas, que seguramente se diriam mais moderadamente se fossem assi-nadas. Mas a percentagem dos que se dedicam ao “vandalismo” (termo wikipédico) é muito peque-na e existem instrumentos efica-zes para os neutralizar. Ponto de vista neutral Voltemos ao PVN (ponto de vista neutral), assumido pela Wikipédia como “absoluto e não negociável”. Para mim, trata-se de uma debili-dade da Wikipédia: a soma de muitas falsidades não dá uma verdade. No entanto, a busca consciente ou inconsciente de uma “inteli-

gência coletiva” esconde essa outra perspetiva: testar se a soma de opiniões ou o consen-so nas controvérsias garantem a verdade. “Neutralidade” significa, em princí-pio, que se exigem fontes confiá-veis, embora nos temas mais con-troversos se procure mencionar as diferentes posições, uma ao lado da outra. O erro reside em pensar que isso já é uma garantia de veracidade. Outro dos paradoxos da Wiki-pédia é a convivência do positi-vismo moderno com a tradição filosófica grega (na qual o diálo-go faz brilhar a sabedoria). Po-derão conciliar-se estas duas atitudes?

As enciclopédias são filhas do Iluminismo e incorporam em si toda a sua grandeza e os seus problemas. A Wikipédia, mantendo uma auréola iluminista, tem igual-mente uma certa fé na ação popular, que não é muito iluminis-ta. Não será pois totalmente coe-rente? Realmente não, mas trata- -se disso mesmo: um instrumento útil, desde que se esteja cons-ciente das suas limitações. Não se deve pedir à Wikipédia mais do que pode dar. Tantas culturas como wikipé-dias Esta enciclopédia carateriza-se por excluir a publicidade como fonte de financiamento. A fé no crowdsourcing traduz-se numa esperança de crowdfunding .

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Será que a filantropia justifica o sucesso das campanhas de donativos da enciclopédia? Penso que sim. Por detrás da Wikipédia está uma fundação, que dá emprego a 108 pessoas (a maioria delas engenheiros e pro-gramadores).Todos os anos fazem uma campanha para pedir dona-tivos... e conseguem-nos. Com efeito, pareceria contraproducen-te que aceitasse publicidade, por-que facilmente se iria compro-meter a independência nos ar-tigos. Paolo Massa desenvolveu um projeto chamado Manypedia, no qual se comparam artigos pu-blicados na Wikipédia em diver-sas línguas. É surpreendente como a idiossincrasia particular

de cada comunidade cultural se reflete no trabalho conjunto. Atualmente, muitos âmbitos do sa-ber têm-se vindo a igualar: cada vez se publica mais em inglês (por parte de pessoas de outras lín-guas), mas, além disso, o estilo anglo-saxónico impôs-se total-mente e afastou outros modos, rotulando-os de não científicos. A Wikipédia escapa a este fenóme-no. O modo de wiki-trabalhar conti-nua a revelar particularidades culturais. Por exemplo, a Wiki-pédia inglesa tem artigos mais breves que a Wikipédia em cas-telhano. Mas os debates cons-tituem parte intrínseca do pro-cesso de elaboração de um artigo, enquanto que em Espa-

nha apenas 20% dos tópicos suscitam discussão. Será que contamos com um novo méto-do de radiografia cultural? É uma evidência: as diferentes culturas científicas refletem-se na Wikipédia tão claramente como nas revistas académicas, nos congressos, nas aulas das univer-sidades… Na Wikipédia, essas diferenças vão manter-se muito mais tempo: uma grande notícia! O desaparecimento da versão impressa da “Enciclopédia Bri-tânica” parece constituir o do-bre de finados das enciclopé-dias clássicas. Além da Wikipé-dia, que outras enciclopédias

online valiosas recomendaria a um público geral?

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Não posso dizer nada: só conheço outras superficialmente. A sabedoria que nasce de reco-nhecer os limites é um bom fecho para uma conversa sobre a Wiki-

pédia. Sobretudo porque este gi-gantesco esforço de inteligência coletiva compete inevitavelmente com o Google; talvez o robot omni-englobante, se esteja a con-verter numa enciclopédia gigante,

fagocitadora mas útil para navegar pelo ilimitado oceano do conhe-cimento.

T.G. de C.

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Uma escola para pais pela Internet A Fundación PROFORPA, vincu-lada à Confederación Católica de Padres y Madres de Alumnos (CONCAPA) e dedicada à forma-ção de pais, apresentou “Escuela de Familiar”, um curso online para pais, pensado como guia orien-tador para educar os filhos. O curso consta de 9 módulos que abordam diversos temas: o desen-volvimento e crescimento dos fi-lhos desde que nascem até ao

final da adolescência; a família na sociedade; o centro escolar; a co-municação e o diálogo na família; a resolução de conflitos na convi-vência familiar; o lazer e os tem-pos livres dos filhos; os meios de comunicação social e as novas tecnologias; educar na responsa-bilidade, o esforço e a autonomia; e, por último, os transtornos mais frequentes na infância e na ado-lescência.

“Escuela de Familias” tem como principal objetivo ajudar os pais a envolverem-se de modo eficaz na educação dos seus filhos, dizem os promotores. Os temas são ana-lisados tendo em conta o con-texto social e educativo atual, que por vezes ajuda pouco a que os pais possam exercer de maneira eficaz a sua missão. “Escuela de Familias” foi elabo-rado por um grupo de professores

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e especialistas. Os temas são abordados em múltiplas perspeti-vas – médica, pedagógica, psico-lógica, legislativa...–, para propor-cionar orientações práticas de modo a que os pais possam levar a cabo o seu trabalho nos dife-rentes contextos em que têm de atuar. O curso é igualmente dirigido a outros agentes educativos, como tutores, avós ou associações de pais. Pode-se começá-lo a qual-quer altura e custa 100 euros.

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