20
O país inteiro anda entretido a discutir a falta de dinheiro. Uns, os governantes, dizem que chega, mas não pagam! Outros, os que estão fora, afirmam que é preciso mais! Aqueles que no dia-a-dia têm que fazer pela vida e tocar as empresas para diante, aguentam! É uma discussão interessante, mas um pouco “ociosa”. Há o dinheiro que há e é esse que temos de gerir. Este é, de fato, o grande desafio que temos pela frente: gerir recursos que, afinal, como sempre soubemos mas tínhamos esque- cido, são escassos. Aliás, se o país tivesse sido bem gerido, assim como os bancos e a maioria das em- presas e, mesmo, os orçamentos familia- res, não tínhamos chegado a este ponto. O que lá vai, lá vai, mas as lições do pas- sado recente devem ser rapidamente apreendidas, sob pena de continuarmos a “bater na mesma tecla”. Este princípio aplica-se a todos, Estado e privados, tornando-se particularmente im- portante que cada um faça o que lhe cabe em termos de “boa gestão”, em vez de re- clamar, continuamente, dos outros que lhe proporcionem as facilidades que lhe con- vêm. Ainda mais importnte que a definição das grandes linhas estratégicas de orientação para o país, poucas e claras, ao contrário da profusão de ideias e projetos que temos alimentado nos últimos anos, é o advento de uma cultura de exigência e uma prática de rigor na gestão, baseada nos valores que efetivamente temos e focada em resul- tados tangíveis. Se submetemos as nossas decisões ao es- crutínio das mais elementares regras de bom senso e de eficiência, se enfrentarmos a realidade sem sofismas e preconceitos, se não escondermos a nossa ignorância atrás das “legitimidades” e apelarmos uni- camente à competência, certamente que vamos conseguir sair deste “pesadelo” mais depressa. Tudo o mais tresanda a cobardia e descul- pas esfarrapadas e não tem qualquer ponta de credibilidade. g NOTA DE ABERTURA Valorizar a gestão ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, 270, 31.JANEIRO.12 g LEGISLAÇÃO Governo e Parceiros Sociais ACORDO Trabalhadores independentes SEGURANÇA SOCIAL Código Contributivo ALTERAÇÕES EM 2012 g FISCALIDADE Software de facturação CERTIFICAÇÃO - NOVAS REGRAS IVA e RITI ALTERAÇÕES DECORRENTES DO OE 2012 IVA - Facturação IDENTIFICAÇÃO MANUAL DO ADQUIRENTE g DIVERSOS Programa Formação PME PROJECTOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL Veículos com caixa aberta AÇORES - TRANSPORTE DE PESSOAS Banca REFORÇO DA SOLIDEZ FINANCEIRA INFORMAÇÕES FISCAIS VINCULATIVAS PÁG. 8 RENOVAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DE CONTRATOS A TERMO CERTO PÁG. 3

270, 31. .12 NOTA DE ABERTURA - APCMC - Inicioantigo.apcmc.pt/publicacoes/boletim/2012/img/boletim_270.pdf · IDENTIFICAÇÃO MANUAL DO ADQUIRENTE g DIVERSOS ... de protecção social

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O país inteiro anda entretido a discutir afalta de dinheiro. Uns, os governantes,dizem que chega, mas não pagam! Outros,os que estão fora, afirmam que é precisomais! Aqueles que no dia-a-dia têm quefazer pela vida e tocar as empresas paradiante, aguentam!

É uma discussão interessante, mas umpouco “ociosa”. Há o dinheiro que há e éesse que temos de gerir.

Este é, de fato, o grande desafio que temospela frente: gerir recursos que, afinal, comosempre soubemos mas tínhamos esque-cido, são escassos.

Aliás, se o país tivesse sido bem gerido,assim como os bancos e a maioria das em-presas e, mesmo, os orçamentos familia-res, não tínhamos chegado a este ponto.

O que lá vai, lá vai, mas as lições do pas-sado recente devem ser rapidamenteapreendidas, sob pena de continuarmos a“bater na mesma tecla”.

Este princípio aplica-se a todos, Estado eprivados, tornando-se particularmente im-

portante que cada um faça o que lhe cabeem termos de “boa gestão”, em vez de re-clamar, continuamente, dos outros que lheproporcionem as facilidades que lhe con-vêm.

Ainda mais importnte que a definição dasgrandes linhas estratégicas de orientaçãopara o país, poucas e claras, ao contrárioda profusão de ideias e projetos que temosalimentado nos últimos anos, é o adventode uma cultura de exigência e uma práticade rigor na gestão, baseada nos valoresque efetivamente temos e focada em resul-tados tangíveis.

Se submetemos as nossas decisões ao es-crutínio das mais elementares regras debom senso e de eficiência, se enfrentarmosa realidade sem sofismas e preconceitos,se não escondermos a nossa ignorânciaatrás das “legitimidades” e apelarmos uni-camente à competência, certamente quevamos conseguir sair deste “pesadelo”mais depressa.

Tudo o mais tresanda a cobardia e descul-pas esfarrapadas e não tem qualquer pontade credibilidade.

g NOTA DE ABERTURA

Valorizar a gestão

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, Nº 270, 31.JANEIRO.12

g LEGISLAÇÃO

Governo e Parceiros Sociais ACORDO

Trabalhadores independentes SEGURANÇA SOCIAL

Código Contributivo ALTERAÇÕES EM 2012

g FISCALIDADE

Software de facturação CERTIFICAÇÃO - NOVAS REGRAS

IVA e RITI ALTERAÇÕES DECORRENTES DO OE 2012 IVA - Facturação IDENTIFICAÇÃO MANUAL DO ADQUIRENTE

g DIVERSOS

Programa Formação PME PROJECTOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

Veículos com caixa aberta AÇORES - TRANSPORTE DE PESSOAS

Banca REFORÇO DA SOLIDEZ FINANCEIRA

INFORMAÇÕES FISCAIS VINCULATIVAS PÁG. 8

RENOVAÇÃO EXTRAORDINÁRIA

DE CONTRATOS A TERMO CERTO PÁG. 3

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 2

g LEGISLAÇÃO

AJ 001 g JUROS DE MORA COMERCIAIS

DESCEM PARA 8%

Cumprindo o disposto no quadro legal relativo aos atrasos de

pagamento, nomeadamente no Decreto-Lei 32/2003, de 17 de

Fevereiro, e na Portaria 597/2005, de 19 de Julho, a Direcção-

Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) fixou em 8% a taxa su-

pletiva de juros de mora relativa a créditos de que sejam

titulares empresas comerciais, singulares ou colectivas.

Esta taxa, aprovada pelo AVISO Nº 692/2012, de 2 de Janeiro, pu-

blicado no D.R., 2ª série, de 17 de Janeiro, vigora no 1º SEMESTRE

DE 2012, conforme § 4º do artº 102º do Código Comercial.

AJ 002 g ACORDO ENTRE GOVERNO

E PARCEIROS SOCIAIS

A UGT, as Confederações

Patronais e o Governo assi-

naram no passado dia 18 de

Janeiro o «COMPROMISSO

PARA O CRESCIMENTO, COMPETITIVIDADE E CRESCIMENTO», que es-

tabelece linhas orientadoras de acção e medidas a promover

em termos de POLÍTICAS ECONÓMICAS (apoio à internacionaliza-

ção e investimento, criação do «passaporte para a exporta-

ção», QREN, promoção do empreendedorismo e inovação,

financiamento das empresas, aprofundamento do mercado in-

terno, apoio à revitalização do tecido empresarial, redução de

custos de contexto, reforma do Estado e administração pública,

reabilitação urbana…) e POLÍTICAS ACTIVAS DE EMPREGO E FOR-MAÇÃO PROFISSIONAL (apoio à contratação, acumulação com

subsídio de desemprego, cheque-formação…).

No campo da LEGISLAÇÃO LABORAL, SUBSÍDIO DE DESEMPREGO E

RELAÇÕES DE TRABALHO o Acordo prevê que sejam adoptadas

várias medidas, designadamente no âmbito da organização

do tempo do trabalho, férias, feriados, trabalho suplementar,

lay off, despedimento por extinção de posto de trabalho e ina-

daptação, indemnização de antiguidade, comunicações à

ACT e regime do subsídio de desemprego.

Tais medidas NÃO ESTÃO EM VIGOR, pois tal só aconte-

cerá quando, na sequência do seu processo legislativo pró-

prio, o ou os competentes diplomas forem aprovados e

publicados em Diário da República, do que daremos então

devida conta.

O Acordo pode ser consultado em www.apcmc.pt.

AJ 003 g TRABALHADORES INDEPENDENTES

- DECLARAÇÃO ANUAL

Os empresários em nome individual, os profissionais liberais

e outros abrangidos pelo regime dos trabalhadores indepen-

dentes devem declarar à segurança social, por referência ao

ano anterior (2011), conforme artigo 152º do Código Contri-

butivo:

- o valor total das vendas realizadas

- o valor total das prestações de serviços a pessoas singu-

lares que não tenham actividade empresarial

- e ou o valor total das prestações de serviços por pessoa

colectiva e por pessoa singular com actividade empresa-

rial.

A declaração é efectuada pela Internet, através da «Segu-

rança Social Directa» (www.seg-social.pt), mas dela estão

dispensados os advogados ou solicitadores, TI que exerçam

em Portugal uma actividade por conta própria com carácter

temporário e que provem o seu enquadramento em regime

de protecção social obrigatório de outro país, TI que se en-

contrem isentos da obrigação

de contribuir (artigo 157.º do

CRC) e TI cuja prestação de

serviços só possa ser desempe-

nhada como trabalho indepen-

dente por imposição legal (ex:

amas, mediadores imobiliários,

entre outros).

A declaração visa permitir a identificação das «entidades con-

tratantes», pessoas colectivas ou singulares com actividade

empresarial, que no mesmo ano beneficiaram de pelo menos

80% do valor total da actividade do trabalhador independente.

Tais «entidades contratantes» irão posteriormente ser notifi-

cadas pela segurança social para procederem ao pagamento

das contribuições por si devidas, até ao dia 20 do mês se-

guinte ao da emissão do documento de cobrança, que serão

iguais a 5% do valor total dos serviços que lhes foram pres-

tados (artºs 155º, 167º e 168º).

AJ 004 g MATRÍCULA DE MÁQUINAS INDUSTRIAIS

O IMTT, através da Deliberação nº 83/2012, de 23/01, pror-

rogou até ao próximo dia 30 de Junho de 2012 o prazo para

atribuição de matrícula às máquinas do tipo Retroescavadora

e Unidade de Transporte, que terminou no passado dia 31 de

Dezembro.

JUROS DE MORA COMERCIAIS

(EVOLUÇÃO DAS TAXAS SUPLETIVAS

DESDE 17 DE ABRIL DE 1999)

1º semestre de 2012 8,00% Aviso nº 692/2012, de 17/1

2º semestre de 2011 8,25% Aviso nº 2284/2011, de 14/7

1º semestre de 2011 8,00% Aviso nº 2284/2011, de 21/1

2º semestre de 2010 8,00% Despacho nº 13746/2010, de 12/7

1º semestre de 2010 8,00% Despacho nº 597/2010, de 11/1

2º semestre de 2009 8,00% Aviso (extracto) nº 12184/2009, de 10/7

1º semestre de 2009 9,50% Aviso (extracto) nº 1261/2009, de 14/1

2º semestre de 2008 11,07% Aviso (extracto) nº 19 995/2008, de 14/7

1º semestre de 2008 11,20% Aviso nº 2 152/2008, de 28/1

2º semestre de 2007 11,07% Aviso (extracto) 13665/2007, de 30/7

1º semestre de 2007 10,58% Aviso (extracto) 191/2007, de 5/1

2º semestre de 2006 9,83% Aviso 7705/2006 (2ª série), de 10/7

1º semestre de 2006 9,25% Aviso 240/2006 (2ª série), de 11/1

2º semestre de 2005 9,05% Aviso 6 923/2005 (2ª série), de 25/7

1º semestre de 2005 9,09% Aviso 310/2005 (2ª série), de 14/1

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 3

AJ 005 g RENOVAÇÃO EXTRAORDINÁRIA

DE CONTRATOS A TERMO CERTO

Foi aprovado pela LEI 3/2012, de 10 de Janeiro, em vigor

desde o dia seguinte, um regime extraordinário de renovação

de contratos a termo que atinjam o limite máximo da sua du-

ração ou o limite máximo de renovações até 30 de Junho de

2013.

São abrangidos por este regime apenas os contratos a termo

certo celebrados ao abrigo do Código do Trabalho, aprovado

pela Lei 7/2009, de 12/2 (em vigor desde 17.02.2009). São

excluídos os contratos a termo incerto e os contratos a termo

certo celebrados ao abrigo de regimes especiais (como é o

caso do trabalho doméstico, do trabalho a bordo, do trabalho

desportivo e do trabalho portuário).

Os contratos a termo certo que atinjam até 30 de Junho de

2013 os limites máximos de duração previstos no artigo 148º,

nº 1, do Código do Trabalho (que dispõe que o contrato a

termo certo pode ser renovado até 3 vezes mas sem exceder

3 anos, ou 2 anos quando justificado com o lançamento de

uma nova actividade de duração incerta, ou o início de labo-

ração de empresa ou de estabelecimento pertencente a em-

presa com menos de 750 trabalhadores, ou 18 meses quando

justificado com o facto de o trabalhador ser pessoa à procura

do 1º emprego) podem ser objecto:

- de 2 renovações extraordinárias,

- com a duração total máxima inferior ou igual a 18 meses,

- não podendo cada renovação extraordinária ser inferior a

1/6 da duração máxima do contrato ou da sua duração efec-

tiva (consoante o que for inferior).

O contrato objecto de renovação extraordinária não pode vi-

gorar para além de 31 de Dezembro de 2014.

Ultrapassados os limites supra referidos, o contrato a termo

converte-se em contrato sem termo.

A Lei 3/2012 aprovou igualmente o regime da compensação,

ou seja, a indemnização que é legalmente devida ao traba-

lhador quando a caducidade do contrato, a sua não renova-

ção, resulta da iniciativa do empregador:

1. A COMPENSAÇÃO RELATIVA AO PERÍODO DE VIGÊNCIA ATÉ À 1ª

RENOVAÇÃO EXTRAORDINÁRIA é calculada de acordo com o re-

gime aplicável aos contratos a termo celebrados à data do

início de vigência do contrato [exemplo: se o contrato teve iní-

cio em 1 de Janeiro de 2010 e a 1ª renovação extraordinária

ocorrer em 1.1.2013, a compensação devida relativa a este

período de 3 anos será igual a 2 dias da retribuição base e

diuturnidades x 36 meses, sendo o valor dos 2 dias apurado

pelo recurso ao salário/hora (rm*12 / 52*horário semanal) –

artº 344º, nº 2, do Código do Trabalho]

2. A COMPENSAÇÃO DEVIDA PELO PERÍODO DE VIGÊNCIA DO CON-TRATO A PARTIR DA 1ª RENOVAÇÃO EXTRAORDINÁRIA é calculada de

acordo com o regime aplicável a um contrato de trabalho a

termo celebrado à data dessa renovação [ou seja, e tomando

o mesmo exemplo supra, presumindo que o contrato é ob-

jecto de 2 renovações extraordinárias, prolongando-se o con-

trato de 1.1.2013 a 30.06.2014, a compensação relativa a

estes 18 meses já é calculada de acordo com o artigo 366º-

A do Código do Trabalho, aditado pela Lei 53/2011, de 14/10,

em vigor desde 01.11.2011: 20 dias de retribuição base e diu-

turnidades por cada ano completo de antiguidade, sendo a

fracção do ano calculada proporcionalmente (logo, orde-

nado/30*20*1,5)].

Tomando este exemplo, o trabalhador receberá, assim, uma

compensação pelos 4 anos e meio de contrato que será igual

à soma das referidas em 1 e 2.

AJ 006 g CÓDIGO CONTRIBUTIVO

- ALTERAÇÕES EM 2012

Como é do conhecimento geral, o Código Contributivo, em

vigor desde 1 de Janeiro de 2011, alterou algumas taxas con-

tributivas e a incidência contributiva de determinadas presta-

ções, estabelecendo um calendário de ajustamento

progressivo, anual, para algumas taxas e prestações que se

prolonga até 2018!

Assim, em 2012 sofrem ajustamentos as seguintes taxas con-

tributivas e prestações que passaram em 2011 a integrar a

base de incidência contributiva:

g FISCALIDADE

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 4

PRESTAÇÕES

(artigo 46º, alíneas…)

n) Valores atribuídos a título de DESPESAS DE REPRESENTAÇÃO desde que se en-

contrem pré-determinados e dos quais não tenham sido prestadas contas até

ao termo do exercício

p) Importâncias atribuídas a título de AJUDAS DE CUSTO, ABONOS DE VIAGEM, DES-PESAS DE TRANSPORTE e outras equivalentes (*)(**)

q) ABONOS PARA FALHAS (*)(**)

r) Montantes atribuídos aos trabalhadores a título de PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS

DA EMPRESA, desde que ao trabalhador não esteja assegurada pelo contrato

uma remuneração certa, variável ou mista adequada ao seu trabalho (só entraem vigor quando for regulamentada, regulamentação que será precedida de avaliaçãoefectuada em reunião da CPCS e não ocorre antes de 1.1.2014 - artºs 4º e 6º da Lei110/2009)

s) Despesas resultantes da UTILIZAÇÃO PESSOAL PELO TRABALHADOR DE VIATURA

AUTOMÓVEL QUE GERE ENCARGOS PARA A ENTIDADE EMPREGADORA nos termos do ar-

tigo seguinte

t) DESPESAS DE TRANSPORTE, pecuniárias ou não, suportadas pela entidade em-

pregadora para custear as deslocações em benefício dos trabalhadores, na

medida em que estas não se traduzam na utilização de meio de transporte dis-

ponibilizado pela entidade empregadora ou em que excedam o valor de passe

social ou, na inexistência deste, o que resultaria da utilização de transportes co-

lectivos, desde que quer a disponibilização daquele quer a atribuição destas

tenha carácter geral

v) COMPENSAÇÃO POR CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR ACORDO apenas

nas situações com direito a prestações de desemprego (*)(**)

x) VALORES DESPENDIDOS OBRIGATÓRIA OU FACULTATIVAMENTE PELA ENTIDADE EM-PREGADORA COM APLICAÇÕES FINANCEIRAS, a favor dos trabalhadores, designa-

damente seguros do ramo «Vida», fundos de pensões e planos de poupança

reforma ou quaisquer regimes complementares de segurança social, quando

sejam objecto de resgate, adiantamento, remição ou qualquer outra forma de

antecipação de correspondente disponibilidade ou em qualquer caso de rece-

bimento de capital antes da data da passagem à situação de pensionista, ou

fora dos condicionalismos legalmente definidos (só entra em vigor quando for re-gulamentada, regulamentação que será precedida de avaliação efectuada em reunião daCPCS e não ocorre antes de 1.1.2014 - artºs 4º e 6º da Lei 110/2009)

z) Importâncias auferidas pela UTILIZAÇÃO DE AUTOMÓVEL PRÓPRIO EM SERVIÇO DA

ENTIDADE EMPREGADORA (*)(**)

aa) PRESTAÇÕES RELACIONADAS COM O DESEMPENHO OBTIDO PELA EMPRESA quando,

quer no respectivo título atributivo quer pela sua atribuição regular e perma-

nente, revistam carácter estável independentemente da variabilidade do seu

montante (só entra em vigor quando for regulamentada, regulamentação que será pre-cedida de avaliação efectuada em reunião da CPCS e não ocorre antes de 1.1.2014 -artºs 4º e 6º da Lei 110/2009)

ENTRAM NA BASE

DE INCIDÊNCIA CONTRIBUTIVA EM 2012 APENAS POR…

66% DO SEU VALOR

(33% em 2011)

_________(*) Sujeitas a incidência contributiva nos mesmos ter-mos em que estão sujeitos a IRS(**) O limite previsto no CIRS pode ser acrescido até50%, se o acréscimo resultar da aplicação de CCT ououtro IRCT

SEGURANÇA SOCIALIntegração na base de incidência contributiva de:

Em 2012, a base de incidência contributiva dos TRABALHADORES DO SERVIÇO DOMÉSTICO passa para 100% do valor do IAS (419,22€),

quando foi de 85% (356,34€) em 2011 e de 70% (293,45€) em 2010.

TAXAS (entidade empregadora):

- praticantes desportivos profissionais: 19,5% (18,5%)

- IPSS: 20,4% (20%)

- Outras entidades sem fins lucrativos: 21,4% (21%)

- Igrejas, associações, confissões religiosas: 10% (9%) [tra-

balhador: 6% (5%)]

- trabalhadores das artes do espectáculo e do audiovisual:

20,55% (23,75%)

- seguro social voluntário: 19% (17,5%) (beneficiário)

- seguro social voluntário (bombeiros voluntários): 23%

(21.5%) (beneficiário)

g LEGISLAÇÃO

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 5

g FISCALIDADE

AF 007 g CERTIFICAÇÃO DE SOFTWARE

DE FACTURAÇÃO - NOVAS REGRAS

O Ministério das Finanças decidiu reforçar a certificação

dos programas informáticos de facturação como instru-

mento de combate à fraude e evasão fiscal, alargando o

universo dos contribuintes obrigados a utilizar software

certificado como meio de emissão de facturas ou docu-

mentos equivalentes e talões de venda.

A Portaria 22-A/2012, de 24 de Janeiro, que altera,

renumera e republica a Portaria 363/2010, de 23/6,

impede assim a utilização de equipamentos que, não

sendo certificáveis, dão menos garantias de inviola-

bilidade dos registos efectuados, para além de esta-

belecer regras a que os equipamentos ou software

não certificados de contribuintes não obrigados a uti-

lizar programas de facturação devem observar na

emissão de documentos entregues aos clientes.

PORTARIA 363/2010

Artigo 2.º

Certificação de programas de facturação

1 - Os programas informáticos, utilizados por sujeitos

passivos de imposto sobre o rendimento das pessoas

singulares (IRS) ou de imposto sobre o rendimento das

pessoas colectivas (IRC), para emissão de facturas ou

documentos equivalentes e talões de venda, nos ter-

mos dos artigos 36.º e 40.º do Código do Imposto sobre

o Valor Acrescentado (IVA), devem ser objecto de pré-

via certificação pela Direcção-Geral dos Impostos

(DGCI).

2 - Excluem-se do disposto no número anterior os pro-

gramas de facturação utilizados por sujeitos passivos

que reúnam algum dos seguintes requisitos:

a) Utilizem software produzido internamente ou por em-

presa integrada no mesmo grupo económico, do qual

sejam detentores dos respectivos direitos de autor;

b) Tenham operações exclusivamente com clientes que

exerçam actividades de produção, comércio ou presta-

ção de serviços, incluindo os de natureza profissional;

c) Tenham tido, no período de tributação anterior, um

volume de negócios inferior a € 150 000;

d) Tenham emitido, no período de tributação anterior,

um número de facturas, documentos equivalentes ou

talões de venda inferior a 1000 unidades.

PORTARIA 363/2010, APÓS PORTARIA 22-A/2012

Artigo 2.º

Utilização de programas de faturação

1 - Os sujeitos passivos de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares

(IRS) ou de imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC), para emissão

de faturas ou documentos equivalentes e talões de venda, nos termos dos artigos

36.º e 40.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), estão obriga-

dos a utilizar, exclusivamente, programas informáticos de faturação que tenham

sido objeto de prévia certificação pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

2 - Excluem-se do disposto no número anterior os sujeitos passivos que reúnam

algum dos seguintes requisitos:

a) …

b) Tenham tido, no período de tributação anterior, um volume de negócios inferior

ou igual a € 100 000;

c) Tenham emitido, no período de tributação anterior, um número de faturas, docu-

mentos equivalentes ou talões de venda inferior a 1 000 unidades;

d) Efetuem transmissões de bens através de aparelhos de distribuição automática

ou prestações de serviços em que seja habitual a emissão de talão, bilhete de in-

gresso ou de transporte, senha ou outro documento pré-impresso e ao portador

comprovativo do pagamento.

3 - São ainda obrigados a utilizar programa certificado:

a) Os sujeitos passivos referidos no n.º 1, ainda que abrangidos por qualquer das

exclusões constantes das alíneas b) a d) do n.º 2, quando optem, a partir da entrada

em vigor da presente portaria, pela utilização de programa informático de fatura-

ção;

b) Os sujeitos passivos que utilizem programa de faturação multiempresa.

«Artigo 6º-A

Documentos de transporte e outros

São ainda assinados nos termos do artigo 6.º:

a) Os documentos, nomeadamente, guias de transporte ou de remessa, que sir-

vam de documento de transporte, de acordo com o disposto no regime de bens em

circulação, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho;

b) Quaisquer outros documentos, independentemente da sua designação, suscetí-

veis de apresentação ao cliente para conferência de entrega de mercadorias ou da

prestação de serviços, nomeadamente as designadas consultas de mesa.

Artigo 6º-B

Utilização de faturas impressas em tipografias

Os sujeitos passivos referidos no artigo 2.º só podem emitir faturas impressas em

tipografias autorizadas em caso de inoperacionalidade do programa de faturação,

devendo ser posteriormente recuperadas para o programa.

Artigo 6º-C

Documentos emitidos por máquinas registadoras

1 - Os equipamentos ou programas de faturação não certificados que, para além

dos talões de venda, emitam quaisquer outros documentos suscetíveis de apre-

sentação aos clientes como comprovativo da transmissão de bens ou da presta-

ção de serviços, nomeadamente as designadas consultas de mesa, devem:

a) Numerar sequencialmente esses documentos, que devem conter ainda os se-

guintes elementos:

i) Data e hora da emissão;

ii) Denominação social e número de identificação fiscal do fornecedor de bens ou

prestador de serviços;

iii) Denominação usual e quantidades dos bens transmitidos ou dos serviços pres-

tados;

iv) O preço líquido de imposto e o montante de imposto devido, ou o preço com a

inclusão do imposto;

v) A indicação de que não serve de fatura;

b) Registar os documentos numa série específica, em base de dados, no rolo in-

terno da fita da máquina ou no jornal eletrónico, evidenciando igualmente os docu-

mentos anulados.

2 - Os documentos emitidos, em modo de treino, pelos equipamentos ou programas

de faturação não certificados, devem conter menção expressa de tal facto.

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 6

g FISCALIDADE

Com as alterações ora operadas, a Portaria 363/2010 passa a

regulamentar a emissão de documentos por equipamentos ou

programas não certificados, para além da utilização e certifi-

cação prévia do software de facturação.

Como se poderá verificar no quadro seguinte, passam a ser

obrigados a usar exclusivamente software certificado de factu-

ração os sujeitos passivos com um volume de negócios no

exercício anterior superior a 100.000 €, quando antes estavam

dispensados aqueles cujo volume de negócios fosse inferior a

150.000€. O novo limite só produz efeitos , porém, a partir de

01.01.2013, entrando entretanto em vigor o limite de 125.000

€ (a portaria produz efeitos a 1 de Abril de 2012).

Por outro lado, fica obrigado a utilizar software certificado

quem, estando excluído, opte pela utilização de software de

facturação e ainda quem use software de facturação multiem-

presa.

As guias de remessa, guias de transporte e outros documen-

tos de transporte são assinados, nos termos do artigo 6º, bem

como quaisquer outros documentos, independentemente da

sua designação, susceptíveis de apresentação ao cliente para

conferência de entrega de mercadorias ou da prestação de ser-

viços, nomeadamente as designadas «consultas de mesa»…

As facturas impressas em tipografias e os documentos emiti-

dos por máquinas registadoras são também objecto de aten-

ção do legislador.

AF 008 g IVA E RITI - ALTERAÇÕES DECORRENTES DO OE 2012

A AT, Autoridade Tributária e Aduaneira

(ex-DGCI…) procedeu ao esclareci-

mento, através do OFÍCIO-CIRCULADO Nº

30132/2012, de 13 de Janeiro, das al-

terações introduzidas no Código do

IVA e no regime do IVA nas Transmis-

sões Intracomunitárias (RITI) pela Lei

64-B/2012, de 30/12, que aprovou o

Orçamento do Estado para 2012, cor-

rigindo, e revogando, alguma informa-

ção transmitida através do Ofício-Circulado 30131/2011, de

30/12. (Poderá consultar em doutrina fiscal).

AF 009 g IES/DECLARAÇÃO ANUAL

- NOVOS MODELOS

A Portaria 26/2012, de 27 de Ja-

neiro, aprovou novos modelos da

FOLHA DE ROSTO da IES, Informa-

ção Empresarial Simplificada e do

ANEXO Q (Imposto do Selo – ele-

mentos contabilísticos e fiscais),

mantendo em vigor os demais

impressos.

A portaria estabelece ainda

que as declarações que in-

cluam ficheiros em for-

mato PDF não podem

exceder 5 Mb e que o

Anexo F (IRC - Benefícios

Fiscais) apenas deve ser utilizado

para os exercícios de 2010 e anteriores.

AF 010 g REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA

DE PATRIMÓNIO COLOCADO NO EXTERIOR

A Portaria 17-A/2012, de 19 de Ja-

neiro, aprovou o modelo de declara-

ção de regularização tributária de

elementos patrimoniais colocados no

exterior (RERT III).

Lembramos que o artigo 166º da Lei

64-B/2011, de 30/12, que aprovou o

Orçamento do Estado para 2012,

criou (prorrogou, aliás…) (artº 166º),

um regime excepcional de regularização tributária de ele-

mentos patrimoniais que não se encontrem em território por-

tuguês em 31 de Dezembro de 2010, que consistam em

depósitos, certificados de depósito, partes de capital, valores

mobiliários e outros instrumentos financeiros, incluindo apó-

lices de seguro do ramo «Vida» ligados a fundos de investi-

mento e operações de capitalização do ramo.

AF 011 g MODELOS E FORMULÁRIOS FISCAIS

E ADUANEIROS

Na sequência da fusão da Direção-Geral dos Impostos, da

Direção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais

sobre o Consumo e da Direção-Geral de Informática e Apoio

aos Serviços Tributários e Aduaneiros na «nova» Autoridade

Tributária e Aduaneira (AT), a Portaria 7-A/2012, de 3 de ja-

neiro, estabelece que os modelos e formulários aprovados e

em uso pelos contribuintes no seu relacionamento com as ex-

tintas DGCI e DGAEIC, designadamente para cumprimento

das suas obrigações declarativas, se mantêm válidos e em

vigor.

AF 012 g CAIXA POSTAL ELECTRÓNICA (VIACTT)- DOMICÍLIO FISCAL

A Lei 64-B/2011, de 30 de No-

vembro, que aprovou o Orça-

mento do Estado para 2012,

através de alterações operadas

na Lei Geral Tributária e no Có-

digo de Procedimento e Pro-

cesso Tributário, aprovou a

CAIXA POSTAL ELECTRÓNICA COMO

PARTE INTEGRANTE DO DOMICÍLIO

FISCAL DO SUJEITO PASSIVO.

São obrigados a possuir caixa postal electrónica (também co-

nhecida por ViaCTT) e a comunicá-la à administração fiscal,

os sujeitos passivos de IRC com sede ou direcção efectiva

em território português, os estabelecimentos estáveis de so-

ciedades e outras entidades não residentes e os sujeitos pas-

sivos residentes enquadrados no regime normal do IVA,

sendo regulado em portaria o regime de obrigatoriedade do

domicílio fiscal electrónico dos sujeitos passivos não referi-

dos supra.

A caixa postal electrónica deve ser criada e comunicada ao

fisco até:

- 30 DE MARÇO DE 2012, os sujeitos passivos de IRC e os su-

jeitos passivos de IVA do regime normal mensal com con-

tabilidade organizada;

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 7

g FISCALIDADE

- 30 DE ABRIL DE 2012, os sujeitos passivos de IVA não re-

feridos no parágrafo anterior.

A activação da Caixa Postal electrónica é gratuita e pode

ser efectuada directamente no portal das Finanças

(https://www.portaldasfinancas.gov.pt) durante o procedi-

mento de adesão às NOTIFICAÇÕES ELECTRÓNICAS no próprio

portal. A adesão é efectuada, em sessão segura (após in-

trodução do NIF/NIPC e da respectiva senha de acesso),

no primeiro ecrã do portal, no botão “NOTIFICAÇÕES ELEC-TRÓNICAS”. Em simultâneo, os contribuintes aderentes acti-

vam uma caixa na Via CTT onde poderão consultar, de

forma organizada e simples, quando entenderem, todas as

notificações electrónicas que lhes forem enviadas.

As citações e notificações fiscais, que deixam de ser

efectuadas em papel, consideram-se efectuadas no

momento em que o contribuinte acede à sua caixa pos-

tal electrónica. Não acedendo à sua caixa postal, a no-

tificação considera-se efectuada no 25.º dia posterior

ao seu envio (artº 39º, nº 10, CPPT).

Os CTT (entidade certificadora) garantem a integridade e a

confidencialidade dos documentos, utilizando certificados

digitais de autenticação, em obediência ao disposto no De-

creto-Lei n.º 290-D/99. Essa garantia consta expressamente

da legislação que regula a Caixa Postal Electrónica e asse-

gura que só os CTT colocam nela as notificações, citações

e outras comunicações enviadas pela AT. Está assim asse-

gurada a inexistência de phishing e garantida a autentici-

dade das comunicações efectuadas.

Na página de entrada do portal das finanças, em

«a AT no Youtube»

(http://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/dgci/dgci_you-

tube/, pode visualizar os vídeos de ajuda para cria-

ção e comunicação da Caixa Postal Electrónica.

AF 013 g IVA - FACTURAÇÃO. IDENTIFICAÇÃO MANUAL DO ADQUIRENTE

De acordo com a Informação Vinculativa disponibilizada no

passado dia 4 no portal da AT, Autoridade Tributária e Adua-

neira, as facturas respeitantes a transmis-

sões de bens (ainda que massificadas) que

sejam processadas através de programas

informáticos, que por características do

equipamento (no caso, teclado exclusiva-

mente numérico) impliquem o preenchi-

mento manual dos elementos de

identificação do adquirente (nome e domicílio), não são con-

sideradas passadas em forma legal nem conferem o direito à

dedução do imposto nelas contido. (ver informação mais de-

senvolvida neste Boletim em «Informações Vinculativas»)

AF 014 g SUBSÍDIO DE REFEIÇÃO SUJEITO A IRS E TSU A PARTIR DE € 5,12…

Na sequência da alteração operada no artigo 2º do CIRS

pela Lei 64-B/2011, de 30/12 (Orçamento do Estado para

2012), o SUBSÍDIO DE REFEIÇÃO PASSOU, desde o passado dia

1 de Janeiro, A ESTAR SUJEITO A IRS E TAXA SOCIAL ÚNICA NA

PARTE QUE EXCEDA € 5,12 (ou € 6,83, se for pago em vales de

refeição).

Abonos

- subsídio de refeição pago em dinheiro

(valor fixado para a função pública = €4,27)

- subsídio de refeição pago em senhas ou

vales de refeição

- transporte: (por km)

- em automóvel próprio

- em veículos adstritos a carreiras

de serviço público

- em automóvel de aluguer:

- 1 trabalhador em funções públicas

- 2 trabalhadores… (para cada)

- 3 ou + trabalhadores… (para cada)

- em veículo motorizado não automóvel (1)

Valor limite para

efeitos de isenção

ou não sujeição a

IRS e taxa social

única (€)

5,12 (6,41 em 2011)

6,83 (7,26 em 2011)

0,36

0,11

0,34

0,14

0,11

0,14

SUBSÍDIOS DE REFEIÇÃO E DE VIAGEM / 2012(Portaria 1553-D/2008, de 31/12, após Decreto-Lei

137/2010, de 28/12, e Lei 64-B/2011, de 30/12 (OE 2012)

DESLOCAÇÕES DIÁRIAS

- que abranjam o período

entre as 13 e as 14 h

- que abranjam o período

entre as 20 e as 21 h

- que impliquem dormida

%

25

25

50

DESLOCAÇÕES POR DIAS

SUCESSIVOS

DIA DE PARTIDA:- até às 13 h

- das 13 às 21 h

- após as 21 h

DIA DE CHEGADA:- até às 13 h

- das 13 às 20 h

- após as 20 h

RESTANTES DIAS

%

100

75

50

0

25

50

100

Cargo ou

vencimento

- Membros do Governo

- Trabalhadores em fun-

ções públicas:

- Com vencimento

superior ao nível 18

- Com vencimento

entre os níveis 18 e 9

- Outros

deslocações no

Continente e Re-

giões Autónomas

€ 69,19 (€69,19)

€ 50,20 (€62,75)

€ 43,39 (€51,05)

€ 39,83 (€46,86)

deslocações ao

e no estrangeiro

€ 133,66 (€167,07)

€ 119,13 (€148,91)

€ 111,81 (€131,54)

€ 95,10 (€111,88)

AJUDAS DE CUSTO / 2012(Portaria 1553-D/2008, de 31/12,

após Decreto-Lei 137/2010, de 28/12)

(entre parêntesis, os valores que vigoraram até 28.12.2010)

COEFICIENTES A APLICAR AOS VALORES DAS AJUDAS DE CUSTO, CONSOANTE HORAS DE PARTIDA E DE CHEGADA

Salário mínimo

- Continente

- R. A. Açores

- R. A. Madeira

IAS (Indexante de

Apoios Sociais)

UC (Unidade

de Conta)

485,00€

509,25€

494,70€

419,22€

102,00€

DL 143/2010, de 31/12DLR 8/2002/A, de 10/4 (SMN+5%)

(SMN+2%)

Leis 55-A/2010, de 31/12, e 64-B/2011, de 30/12

DL 34/2008, de 28/2 (alterado pelo DL181/2008, de 28/8, e

Lei 64-A/2008, de 31/12)

SALÁRIO MÍNIMO, IAS E UC / 2011 E 2012

Não está sujeito a IRS e a TSU (ta -

xa social única) o subsídio de refei-

ção de valor igual ou inferior a 120%

ou 160% do valor pago na função

pública (€ 4,27). Até 31.12.2011,

estas percentagens eram, respecti-

vamente, de 150% e 170%, não es-

tan do sujeito a IRS e TSU o

sub sídio de refeição de valor igual ou inferior a € 6,41 (€ 7,26,

se pago em vales de refeição).

AF 015 g IRS E TSU SOBRE INDEMNIZAÇÃO PAGA

POR CESSAÇÃO DE CONTRATO DE TRABALHO

Na sequência da alteração operada no artigo 2º, nº 4, do

CIRS pela Lei 64-B/2011, de 30/12 (Orçamento do Estado

para 2012), foi reduzido o limite de não sujeição a IRS da IN-DEMNIZAÇÃO PAGA POR CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO (a

quem não seja gestor público, administrador, gerente ou re-

presentante de estabelecimento estável de entidade não re-

sidente)

Desde 1 de Janeiro de 2012, a indemnização está sujeita a

IRS na parte que exceda o “valor médio das remunerações

regulares com carácter de retribuição sujeitas a imposto, au-

feridas nos últimos 12 meses, multiplicado pelo número de

anos ou fracção de antiguidade ou de exercício de fun-

ções…”, quando até 31/12/2011 só estava sujeita na parte

que excedesse tal valor acrescido de 50%.

JÁ QUANTO À TRIBUTAÇÃO DA INDEMNIZAÇÃO EM TSU, mantém-se

o regime (diferente…) que estava em vigor, consagrado nos

artºs 46º e 48º do Código Contributivo:

- ESTÃO EXCLUÍDOS DE TSU, seja qual for o seu valor, as im-

portâncias atribuídas ao trabalhador a título de indemniza-

ção, por força de declaração judicial da ilicitude do

despedimento, a compensação por cessação do contrato

de trabalho no caso de despedimento colectivo, por extin-

ção do posto de trabalho, por inadaptação, por não con-

cessão de aviso prévio, por caducidade e por resolução por

parte do trabalhador e, ainda, a indemnização paga ao tra-

balhador pela cessação, antes de findo o prazo convencio-

nal, do contrato de trabalho a prazo

- ESTÁ SUJEITA A TSU, nos mesmos termos em que está su-

jeita a IRS (na parte, por conseguinte, que exceda a valor

legal, ou até 1,5 este valor se o acréscimo resultar de ins-

trumento de regulamentação colectiva de trabalho), a com-

pensação por cessação do contrato de trabalho por acordo

apenas nas situações com direito a prestações de desem-

prego (mas a sua integração na base de incidência contri-

butiva é progressiva, ficando sujeita a TSU apenas 33% em

2011, 66% em 2012 e a totalidade a partir de 2012).

AF 016 g INFORMAÇÕES FISCAIS VINCULATIVAS

IVA - FACTURAÇÃO. PREENCHIMENTO MANUALDE ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CLIENTE(PROCESSO: F061 2007096, COM DESPACHO DE 13.04.2009 DO SUBDIRECTOR-GERAL, COMO SUBSTITUTO LEGAL DO DIRECTOR-GERAL. INFORMAÇÃO DISPONIBILIZADA

EM 04.01.2012)

«(…) Pelo exposto conclui-se que as facturas respeitantes a

transmissões de bens (ainda que massificadas) que sejam

processadas através de programas informáticos, que por ca-

racterísticas do equipamento (no caso, teclado exclusiva-

mente numérico) impliquem o preenchimento manual dos

elementos de identificação do adquirente (nome e domicílio),

não são consideradas passadas em forma legal nem confe-

rem o direito à dedução do imposto nelas contido.»

IVA - MONTAGEM DE SISTEMAS DE REGAINVERSÃO DO SUJEITO PASSIVO(PROCESSO: A109 2009062, COM DESPACHO DE 16.06.2009 DO SUBDIRECTOR-GERAL, COMO SUBSTITUTO LEGAL DO DIRECTOR-GERAL. INFORMAÇÃO DISPONIBILIZADA

EM 04.01.2012)

«(…) 7. Concluindo, temos que o

sujeito passivo fornece e instala tu-

bagem variada, unidades de bom-

bagem para elevação de água,

quadros eléctricos, bem como todo

o serviço de montagem e instala-

ção, com recurso, inclusivamente,

a abertura de valas. Trata-se, na

verdade, de um sistema de rega,

mais ou menos complexo, depen-

dendo das finalidades e terreno em

causa.

8. Por isso, tendo em consideração

que tais serviços constam, expres-

samente, do Anexo I ao Ofício-Circulado n° 30.101, já referido

anteriormente, não restam dividas que deve ser aplicada a

regra de inversão em causa aos serviços em apreço, pelo que

a facturação deve ser emitida sem a liquidação de IVA, e deve

conter a expressão "IVA devido pelo adquirente", nos termos

do n° 13 do artigo 36° do CIVA.»

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 8

g FISCALIDADE

Valor sobre que incide

o IMT

(euros)

Até 92.407

De mais de 92.407 até 126.403

De mais de 126.403 até 172.348

De mais de 172.348 até 287.213

De mais de 287.213 até 574.323

Superior a 574.323

Taxa Marginal

a

Aplicar (%)

0

2

5

7

8

Parcela a

abater

(euros)

0

1.848,14

5.640,23

9.087,19

11.959,32

IMT - TABELAS PRÁTICAS 2011/2012 (*)

(CONTINENTE - HABITAÇÃO PRÓPRIA E PERMANENTE)

Taxa Única de 6%

Valor sobre que incide

o IMT

(euros)

Até 92.407

De mais de 92.407 até 126.403

De mais de 126.403 até 172.348

De mais de 172.348 até 287.213

De mais de 287.213 até 550.836

Superior a 550.836

(*) Conforme Lei 55-A/2010, de 31/12

Taxa Marginal

a

Aplicar (%)

1

2

5

7

8

Parcela a

abater

(euros)

0

924,07

4.716,16

8.163,12

11.035,25

(CONTINENTE - HABITAÇÃO)

Taxa Única de 6%

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 9

g FISCALIDADE

IVA – FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÓVEISINVERSÃO DO SUJEITO PASSIVO(PROCESSO: A109 2009013, COM DESPACHO DE 31.03.2009 DO SUBDIRECTOR-GERAL, COMO SUBSTITUTO LEGAL DO DIRECTOR-GERAL. INFORMAÇÃO DISPONIBILIZADA

EM 04.01.2012)

«(…) 8. Caso os equipamentos fornecidos e instalados sejam

equipamentos móveis, isto é, não tenham sido instalados com

recurso a serviços de construção civil, de modo a que fiquem

materialmente ligados ao imóvel (p.ex. instalações indus-

triais/fabris) com carácter de permanência, não se deve apli-

car a regra de inversão do sujeito passivo nos serviços de

construção civil, cabendo ao fornecedor a liquidação do IVA

que se mostre devido.

9. Caso contrário, isto é, se forem fornecidos equipamentos

que sejam montados ou instalados com recurso a serviços

de construção civil, de modo a ficarem ligados materialmente

ao bem imóvel (p.ex. instalações industriais/fabris), nomea-

damente através de estruturas metálicas fixas, já deve ser

aplicada a regra de inversão em causa, pelo que, nestes

casos, a facturação deve ser emitida sem a liquidação de IVA,

e deve conter a expressão "IVA devido pelo adquirente", nos

termos do n° 13 do artigo 36° do CIVA.»

IVA - TRANSPORTE DE TERRASINVERSÃO DO SUJEITO PASSIVO(PROCESSO: A109 2009034, COM DESPACHO DE 31.03.2009 DO SUBDIRECTOR-GERAL, COMO SUBSTITUTO LEGAL DO DIRECTOR-GERAL. INFORMAÇÃO DISPONIBILIZADA

EM 04.01.2012)

«(…) 1. O sujeito passivo acima referido, encontrando-se en-

quadrado em IVA no regime normal mensal, vem expor e so-

licitar o seguinte:

1.1. Exerce a actividade de construção civil e obras públicas,

comercialização de materiais de construção, compra e venda

de imóveis e revenda dos adquiridos para esse fim, trans-

portes rodoviários de mercadorias, movimentação de terras,

terraplanagens e desaterros.

8. Em virtude do referido pode-se concluir que os serviços

prestados pela exponente e referidos no ponto 1.2.1, ou seja,

o mero transporte de terras, não se encontram abrangidos

pela regra de inversão do sujeito passivo, a que se refere a

alínea j) do n° 1 do artigo 2° do CIVA, cabendo ao prestador

de serviços a liquidação do IVA que se mostrar devido.

9. Os serviços prestados pela exponente e referidos no ponto

1.2.2, ou seja, a movimentação de terras em que se incluem

habitualmente operações de transporte de terras efectuadas

no âmbito de empreitadas de escavação, terraplanagem,

aterro, desaterro e outras movimentações de terras, já se en-

contram abrangidos pela regra de inversão em causa, desde

que, conforme já foi referido, o adquirente seja sujeito pas-

sivo do IVA em Portugal e aqui pratique operações que con-

firam, total ou parcialmente, o direito à dedução do IVA, pelo

que, nestes casos, não deve o prestador de serviços liquidar

o IVA nas facturas, as quais deverão conter a expressão "IVA

devido pelo adquirente", nos termos do n° 13 do artigo 36° do

CIVA.»

IVA - AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO. PRESTAÇÃO DESERVIÇOS ACESSÓRIOSINVERSÃO DO SUJEITO PASSIVO(PROCESSO: A100 2007568, COM DESPACHO DE 10.03.2009 DO SUBDIRECTOR-GERAL, COMO SUBSTITUTO LEGAL DO DIRECTOR-GERAL. INFORMAÇÃO DISPONIBILIZADA

EM 04.01.2012)

(…) «51. No caso de aquisição

de trabalhos que consistem na

instalação, manutenção e con-

servação de redes de telecomu-

nicações, sendo certo que o

objecto dos mesmos não é qual-

quer imóvel em que estejam ins-

taladas, mas tão só, assegurar a

funcionalidade e operacionali-

dade de um conjunto de ele-

mentos que constituem um sistema de telecomunicações, o

conceito de obra não se encontra verificado por falta de um

requisito essencial – o imóvel.

52. Porque apenas são considerados serviços de construção

civil os que tenham por objecto a realização de uma "obra",

não devem os trabalhos antes referidos, serem como tal con-

siderados, porquanto não preenchem o conceito exigido.

53. No caso em apreço a Requerente adquire apenas servi-

ços que consistem quanto aos contratos envolvidos, nos ser-

viços já identificados.

54. Tais serviços, são sujeitos a IVA e dele não isento, in-

cumbindo a liquidação do imposto devido aos respectivos

prestadores, em factura ou documento equivalente que de-

verá emitir na forma legal.»

IVA - CRÉDITOS INCOBRÁVEISREGULARIZAÇÃO(PROCESSO: R160 2008196, COM DESPACHO DE 13.04.2009 DO SUBDIRECTOR-GERAL, COMO SUBSTITUTO LEGAL DO DIRECTOR-GERAL. INFORMAÇÃO DISPONIBILIZADA

EM 04.01.2012)

«Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vin-

culativa, ao abrigo do art° 59°, n° 3, alínea e) e 68° da LGT,

apresentado por “A”, presta-se a seguinte informação.

1. O requerente, com base em certidões passadas pelo Tri-

bunal Judicial de ….., que anexa, vem solicitar informação

vinculativa relativa à possibilidade de proceder à regulariza-

ção do IVA a seu favor, nos termos do art° 78° do CIVA.

2. Nos termos do n° 7 do art° 78° do CIVA, os sujeitos passi-

vos podem deduzir ainda o imposto respeitante a créditos

considerados incobráveis em processo de execução, após o

registo da suspensão de instância a que se refere a alínea c)

do n.° 2 do artigo 806.° do Código do Processo Civil e em pro-

cesso de insolvência quando a mesma seja decretada.

3. Tal pressupõe a possibilidade do sujeito passivo recorrer ao

mecanismo da dedução quando existe uma decisão judicial

com relevância de uma sentença transitada em julgado, pro-

ferida em processos de execução ou insolvência.

4. Assim, para que possa ser recuperado o imposto liquidado

e entregue ao Estado, respeitante a créditos incobráveis, é

condição necessária que a sua incobrabilidade resulte de um

dos seguintes processos:

a) Processo de execução, após o registo da suspensão de

instância a que se refere a alínea c) do n.° 2 do artigo 806.°

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 10

g FISCALIDADE

do Código do Processo Civil.

b) Processo de insolvência, quando a mesma seja decretada

(com a publicação do Dec-Lei n° 53/2004, de 18 de Março, foi

aprovado o Código da Insolvência e da Recuperação de Em-

presas (CIRE), em vigor a partir de 18 de Setembro de 2004).

5. Nestes termos, o n° 7 do art° 78° do CIVA, impede, desde

logo, que os destinatários da norma possam obter a dedução

do IVA incidente sobre os créditos incobráveis sem que haja

recurso à via judicial.

6. No que se refere a créditos considerados incobráveis em

PROCESSO DE EXECUÇÃO cuja regulamentação legal

consta do Código de Processo Civil, tem sido entendido que:

a) Nos termos do n° 3 do art° 4° do C.P.C., o processo de

execução é um processo destinado a fazer actuar "as provi-

dências adequadas à reparação efectiva do direito violado":

se a obrigação não for voluntariamente cumprida, o credor

tem o direito de exigir judicialmente o respectivo cumprimento

e de executar o património do devedor com esse fim.

b) No processo declarativo, o tribunal declara o direito e con-

dena o réu a satisfazer uma prestação. Se este não cumpre

voluntariamente aquilo a que foi condenado, o autor tem de

recorrer à acção executiva para obter a efectiva realização

da obrigação.

c) O direito de execução abrange, em princípio, todos os bens

do executado (salvo os que a lei declara impenhoráveis e os

que, por convenção válida das partes, não possam ser pe-

nhorados) e os bens de terceiros, que se encontram vincula-

dos à garantia do crédito ou que tenham sido objecto de acto

praticado em prejuízo do credor e que ele haja impugnado.

d) Das diligências previstas no art° 833° do C.P.C. pode re-

sultar a inexistência dos mesmos ou a insuficiência dos bens

para cobrir os créditos em dívida. Tal facto deverá dar origem

a um despacho de suspensão da instância por não terem en-

contrado bens penhoráveis constantes do registo informático

de execuções, nos termos do art° 806° do C.P.C.. Ficando

demonstrado a insuficiência patrimonial do executado, só

resta ao exequente requerer, nos termos da alínea e) do n° 1

do art° 20° do CIRE, a declaração de insolvência do devedor.

e) A doutrina e a jurisprudência sobre a matéria têm enten-

dido que a insuficiência patrimonial do executado terá de ficar

demonstrada de forma convincente no respectivo processo

de execução, sendo neste processo que tem de ser averi-

guada e apurada a falta de bens do executado em número

suficiente para poderem ser pagos os créditos verificados.

f) Daí que, provando-se a impossibilidade do pagamento dos

créditos do exequente, tal prova, qualquer que seja a sua na-

tureza, deverá fazer fé suficiente para os efeitos previstos no

n° 7 do art° 78° do CIVA.

g) Nesta sequência, temos que a Certidão Judicial que com-

prova a inexistência de bens ou rendimentos penhoráveis,

apurada dentro do processo de execução bem como o seu

registo no processo informático de execução, consubstancia

prova bastante para preencher os requisitos do n° 7 do art°

78° do CIVA, dando, nesse caso, ao sujeito passivo a base

legal necessária para o exercício do direito à dedução aí con-

sagrado.

7. Nascendo o direito à regularização, nos termos do n° 7 do

art° 78° do CIVA, o sujeito passivo pode exercer tal direito (re-

gularizar o IVA incluído nas facturas ou parte delas, não

pagas, relativas ao crédito que deverá ser reclamado no caso

de insolvência) em qualquer declaração posterior, mediante a

inscrição do respectivo valor no campo 40 da declaração pe-

riódica, tendo em conta o disposto no n° 2 do art° 98° do CIVA

que refere o prazo de quatro anos para o exercício desse di-

reito, contado a partir do momento em que nasce (trânsito em

julgado da decisão).

8. Quanto ao valor da regularização, este deve ser o valor do

IVA, incluído nas facturas ou parte delas que se tornaram in-

cobráveis nos termos do n° 7 do art° 78° do CIVA.

9. Em todo o caso, atendendo ao disposto no n° 11 do art°

78° do CIVA, torna-se indispensável que seja comunicado ao

adquirente dos bens ou serviços a anulação do imposto para

efeito de rectificação da dedução inicialmente efectuada.

10. No entanto, atendendo ao disposto no n° 12 do artº 78° do

CIVA, fica o sujeito passivo obrigado a proceder à entrega do

imposto, nos casos em que se verificar a recuperação dos

créditos, total ou parcialmente, no período em que se verificar

o seu recebimento, sem observância, neste caso, do prazo

previsto no n° 1 do art° 94° do CIVA.

11. A Lei n° 60-A/2005, que introduziu incentivos excepcio-

nais e relativos ao "Descongestionamento das Pendências

Judiciais", veio permitir a dedução do imposto incluído nos

créditos reclamados em acções cíveis declarativas e execu-

tivas propostas até 30 de Setembro de 2005 ou que resultem

da apresentação à distribuição de providências de injunção

requeridas até à mesma data, e venham a terminar por ex-

tinção da instância em razão de desistência do pedido, de

confissão, de transacção ou de compromisso arbitrai apre-

sentados até 31 de Dezembro de 2006, desde que:

a) de valor inferior a € 10 000, quando o demandado seja par-

ticular ou sujeito passivo que realize exclusivamente opera-

ções isentas que não confiram direito a dedução;

b) de valor inferior a € 7 500, quando o demandado seja su-

jeito passivo com direito à dedução.

12. Nas situações previstas na alínea b) do número anterior,

deve ser comunicada aos demandados a anulação do im-

posto para efeitos da rectificação da dedução inicialmente

efectuada.

13. Encontrando-se reunidas as condições para efectuar a

dedução do imposto incluído nos créditos constantes do res-

pectivo processo, o qual terá de terminar com a extinção da

instância ao abrigo da Lei n° 60-A/2005, de 30 de Dezembro,

na parte referente a incentivos excepcionais para o descon-

gestionamento das pendências judiciais, o sujeito passivo

pode exercer tal direito (regularizar o IVA incluído nas factu-

ras não pagas, relativas ao crédito reclamado) em qualquer

declaração posterior, mediante a inscrição do respectivo valor

no campo 40 da declaração periódica, tendo em conta o dis-

posto no n° 2 do art° 98° do CIVA que refere o prazo de qua-

tro anos para o exercício desse direito, contado a partir do

momento em que nasce (trânsito em julgado da decisão).

14. Das certidões passadas pelo Tribunal Judicial de …….,

pode ler-se, nomeadamente o seguinte:

14.1 Tribunal Judicial de ……. - 2° Juízo Cível - Proc° …….

"...correm termos uns autos de Execução Ordinária ... em que

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 11

g FISCALIDADE

é exequente, “A” e executado “B” ...

Mais certifica narrativamente que a quantia exequenda é de

€ …….., e que dos autos consta, que a exequente já recebeu

€……., continuando em dívida a quantia de €…..... "

14.2 Tribunal Judicial de ….. - 2° Juízo Cível - Proc° ………….

"...correm termos uns autos de Acção Especial de Cump.

Obrig. D.L 269/98 ... em que é autor, “A” . e mandatário “C”,

...

Mais certifica narrativamente que a quantia em dívida é de

€….., e que dos autos não consta, até à presente data, que o

autor/exequente haja recebido qualquer importância para pa-

gamento total ou parcial da quantia em dívida, tendo sido pro-

ferida sentença homologatória da desistência do pedido ..."

14.3 Tribunal Judicial de …… - 4° Juízo Cível - Proc°

…………… "...correm termos uns autos de Execução Comum

em que é exequente, “A” . e executado, “D” ...

Mais certifica narrativamente que a quantia em dívida é de €

……, e que dos autos não consta, que o autor/exequente haja

recebido qualquer importância para pagamento total ou par-

cial da quantia em dívida ... que os autos de execução extin-

guiram-se por desistência do pedido requerida pela

exequente...".

15. Com base nas certidões supra, não é possível verificar

se estão ou não reunidos os requisitos do n° 7 do art° 78° do

CIVA, nomeadamente, porquanto não se verifica a existência

de qualquer decisão do Tribunal que demonstre a insuficiên-

cia patrimonial do devedor para pagamento dos seus crédi-

tos.

16. Todavia, note-se que a aplicação dos normativos em apre-

ciação, não carece de autorização destes Serviços para ser

efectuada (desde que esteja na posse de documentos pas-

sados pelo respectivo tribunal, de onde constem os requisitos

necessários para o exercício do direito à dedução/regulariza-

ção e amplamente explanados ao longo da presente infor-

mação), uma vez que decorre da própria lei.»

IVA - FORNECIMENTO DE MÓVEIS DE COZINHAINVERSÃO DO SUJEITO PASSIVO(PROCESSO: L121 2008413, COM DESPACHO DE 04.022009 DO SUBDIRECTOR-GERAL, COMO SUBSTITUTO LEGAL DO DIRECTOR-GERAL. INFORMAÇÃO DISPONIBILIZADA

EM 30.12.2011)

«(…) 11. Concluindo, temos:

- O fornecimento de móveis de cozinha, com instalação ou

montagem nas obras, quando o adquirente for um sujeito pas-

sivo do IVA em Portugal e aqui pratique operações que con-

firam, total ou parcialmente, o direito à dedução do IVA

(sujeitos passivos enquadrados no regime normal, mesmo os

sujeitos passivos mistos, independentemente do método uti-

2012 1,0319 1,0319 1,0319 Aviso INE19512/2011, de 30/9

2011 1,003 1,003 1,003 Aviso INE 18370/2010, de 17/9

2010 1,000 1,000 1,000 Aviso INE 16 247/2009, de 18/9

2009 1,028 1,028 1,028 Aviso INE 23 786/2008, de 23/9

2008 1,025 1,025 1,025 Aviso INE 19 303/2007, de 10/10

2007 1,027 1,027 1,027 Aviso INE 9635/2006, de 7/9

2006 1.021 1.021 1.021 Aviso INE 8457/2005 (2ª série), de 30/9

2005 1,025 1,025 1,025 Aviso INE 9277/2004 (2ª série), de 7/10

2004 1,037 1,037 1,037 Aviso INE 10280/2003 (2ª série), de 3/10

2003 1,036 1,036 1,036 Aviso INE 10012/2002 (2ª série), de 26/9

2002 1,043 1,043 1,043 Aviso INE 13052-A/2001 (2ª série), de 30/10

2001 1,022 1,022 1,022 Aviso INE 1062-A/2000 (2ª série), de 31/10

2000 1,028 1,028 1,028 Portaria 982-A/99, de 30/10

1999 1,023 1,023 1,023 Portaria 946-A/98, de 31/10

1998 1,023 1,023 1,023 Portaria 1089-C/97, de 31/10

1887 1,027 1,027 1,027 Portaria 616-A/96, de 30/10

1996 1,037 1,037 1,037 Portaria 1300-A/95, de 31/10

1995 1,045 1,045 1,045 Portaria 975-A/94, de 31/10

1994 1,0675 1,0675 1,0675 Portaria 1103-A/93, de 30/10

1993 1,080 1,080 1,080 Portaria 1024/92, de 31/10

1992 1,1150 1,1150 1,1150 Portaria 1133-A/91, de 31/10

1991 1,11(1) 1,11(2) 1,11(3) Port. (1) 1101-A/90, (2) 1101-B/90, (3) 1101-E/90, 31/10

1990 1, 10 (1) 1, 10 (1) 1, 10 (2) Portarias (1) 965-A/89 e (2) 965-D/89, de 31/10

1989 1,073 (1) 1,073 (1) 1,073 (2) Port. (1) 715/88, de 28/10, e (1) 725-A/88, de 31/10

1988 1,074 (1) 1,074 (2) 1,074 (3) Port. (1) 845/87, (2) 846/87, (3) 847-A/87, de 31/10

1987 1,085 (1) 1,090 (2) 1,090 (3) Port. (1) 604/86 e (2) 605/86, de 16/10, e (3) 617/86, de 23/10

1986 1,13 (1) 1,14 (2) 1,14 (3) Port. (1) 179/86, 6/5; (2) 29/86, 22/1; (3) 926/85, 3/12

1085 - 1,18 (1) 1,18 (2) Portarias (1) 842-C/84 e (2) 842-B/84, de 31/10

1984 - 1,17 (1) 1,17 (2) Port. (1) 1007/83, 30/11; (2) 43-B/83, 2/3; (2) 1006/83, 30/11

1983 - 1,17 (1) 1,17 (2) Portarias (1) 1014-B/82, e (2) 1014-A/82, de 30/10

1982 - 1,15 (1) 1,17 (2) Portarias (1) 63/82 e (2) 62/82, de 15/1

COEFICIENTES DE ACTUALIZAÇÃO DAS RENDAS PUBLICADOS ATÉ À DATA

(1982 - 2012)

Ano

Habitação,

renda

condicionada

Comércio,

indústria…

(não habitação)

DiplomasHabitação,

renda livre

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 12

g FISCALIDADE

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lizado para a dedução - afectação real ou prorata) encontra-

se abrangido pela regra da inversão do sujeito passivo, a que

se refere a alínea j) do n° 1 do artigo 2° do CIVA, pelo que as

facturas deverão conter, simplesmente, a indicação "IVA de-

vido pelo adquirente", nos termos do n° 13 do artigo 36° do

CIVA.

- O eventual fornecimento de electrodomésticos é excluído

da regra de inversão, devendo, na facturação dos referidos

fornecimentos, proceder-se à sua separação em relação aos

restantes trabalhos, devendo o fornecedor liquidar o IVA que

se mostrar devido.

- O fornecimento de móveis de cozinha, ainda que com ins-

talação ou montagem nas obras, com ou sem electrodomés-

ticos, quando o adquirente for um não sujeito passivo

(particular) ou sujeito passivo que pratica exclusivamente

operações isentas (vulgo sujeitos passivos abrangidos pelo

artigo 9° ou pelo artigo 53° do CIVA) não está abrangido pela

referida regra de inversão, cabendo ao fornecedor a liquida-

ção do IVA que se mostrar devido.»

IVA - BENS EM CIRCULAÇÃO(PROCESSO: F254 2008071, COM DESPACHO DE 21.01.2009 DO

SUBDIRECTOR-GERAL, COMO SUBSTITUTO LEGAL DO DIRECTOR-GERAL. INFORMAÇÃO DISPONIBILIZADA EM 30.12.2011)

«Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vin-

culativa efectuada ao abrigo do artigo 68° da Lei Geral Tribu-

tária pela empresa “A”, informa-se o seguinte:

1. No âmbito da sua actividade, o sujeito passivo dedica-se a

instalação de sistemas de ar condicionado, ventilação ou de

segurança electrónica.

2. Refere o sujeito passivo que, durante a instalação, são

transportados para a obra todos os materiais necessários

para o efeito, pelos técnicos responsáveis pela sua aplica-

ção. Quando termina a obra, os técnicos preenchem na guia

de transporte os materiais sobrantes, que são transportados

e devolvidos ao armazém da empresa.

3. Refere, ainda, ser seu entendimento que o "(...) enquadra-

mento mais adequado à nossa actividade é o transporte dos

materiais do nosso armazém principal para a obra (estaleiro),

sendo neste caso as guias de transporte preenchidas com o

destinatário igual ao remetente e respectivo NIF (...)".

4. Questiona, ainda, se no documento de transporte o "(...)

destinatário pode ser o próprio remetente”.

5. O Regime de Bens em Circulação, aprovado pelo Decreto

- Lei 147/2003, de 11/07, estabelece as normas sobre os do-

cumentos de transporte que devem acompanhar os bens em

circulação.

6. Nos termos do art° 1° do citado regime, "Todos os bens em

circulação, em território nacional, seja qual for a sua natureza

ou espécie, que sejam objecto de operações realizadas por

sujeitos passivos de imposto sobre o valor acrescentado de-

verão ser acompanhados de documentos de transporte", en-

tendendo-se como tal, a factura, guia de remessa, nota de

venda a dinheiro, nota de devolução, guia de transporte ou

documentos equivalentes [alínea b) n°1, art° 2°].

7. Os documentos de transporte devem ser processados de

harmonia e com os elementos elencados nos art°s 4°, 5°, 6°

e 8° do citado diploma.

8. A obrigatoriedade do processamento do documento de

transporte não está condicionada à efectiva transmissão dos

bens, bastando apenas que esses bens se encontrem fora

dos locais de produção, fabrico, transformação, exposição...,

etc..., por motivo de transmissão onerosa, incluindo a troca,

de transmissão gratuita, de devolução, de afectação a uso

próprio, de entrega à experiência ou para fins de demonstra-

ção, ou de incorporação em prestações de serviços, de re-

messa à consignação ou de simples transferência [alínea a)

n°2 do art° 2° ] .

9. Por sua vez, deter-

mina o n° 1 do art° 6° do

citado Regime que, os

documentos de trans-

porte devem ser proces-

sados pelos sujeitos

passivos referidos na alí-

nea a) do n° 1 do art° 2°

do Código do IVA e

pelos detentores dos

bens, antes do início da

sua circulação.

10. Deste modo, havendo necessidade de documentar o

transporte de bens destinados a utilização em obras e, na

conclusão desta, do retorno ao armazém da consulente dos

"materiais sobrantes" a exponente deve proceder à emissão

de documento de transporte com todos os requisitos exigi-

dos.

Efectivamente, sendo conhecido o local de destino e o desti-

natário, não existe justificação para a emissão de documento

global a que se refere o n° 4 do art° 6° do Regime de Bens em

Circulação.

11. No que diz respeito à identificação do destinatário dos

bens, a alínea g) do n° 1 do art° 2° do citado regime estabe-

lece o conceito de "destinatário ou adquirente" entendendo,

como tal, a pessoa singular ou colectiva ou entidade fiscal-

mente equiparada a quem os bens em circulação são postos

à disposição.

12. No entanto, no caso em apreço, apesar de se conhecer o

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 13

g DIVERSOS

destinatário dos bens (dono da obra), o facto é que os bens

transportados se destinam a ser incorporados pelo próprio re-

metente na realização da referida obra, pelo que a identifica-

ção do destinatário a mencionar no documento de transporte

é a do próprio remetente, devendo, no entanto, ser identifi-

cada a obra em causa.»

IVA - CESSÃO DA POSIÇÃO CONTRATUAL COM TRANSMISSÃODE PATRIMÓNIO(PROCESSO: A100 2006307, COM DESPACHO DE 30.03.2009 DO

SUBDIRECTOR-GERAL, COMO SUBSTITUTO LEGAL DO DIRECTOR-GERAL. INFORMAÇÃO DISPONIBILIZADA EM 04.01.2012)

«Conteúdo: A sociedade “A” vem, ao abrigo do Art.° 68.° da

Lei Geral Tributária, solicitar informação vinculativa quanto à

qualificação tributária da aquisição da totalidade de um patri-

mónio, através de contrato de cessão da posição contratual,

susceptível de constituir um ramo de actividade indepen-

dente.

Sobre o assunto cumpre informar.

CONSIDERANDOS DA CONSULENTE E CONTRATO PRO-

MESSA

1. A consulente pretende adquirir à sociedade “B”, o direito

de utilização de quatro espaços comerciais, situados em cen-

tros comerciais, atra-

vés de contrato de

cessão, a título one-

roso e definitivo, de

posição contratual

nos contratos de utili-

zação das lojas.

2. A referida cessão

inclui a transmissão

do património consti-

tuído pelos equipa-

mentos, mobiliário,

etc., de que é pro-

prietária a cedente, conferindo a cada um dos quatro espaços

comerciais "vida própria" enquanto actividade económica.

3. Questiona, concretamente, se esta operação poderá ser

enquadrável na norma de delimitação negativa da incidência

de IVA, consagrada no n.° 4 do art.° 3.° do CIVA.

4. A consulente fez chegar a esta Direcção de Serviços uma

cópia do contrato de promessa de compra dos quatro espa-

ços comerciais, celebrado entre esta, na qualidade de promi-

tente adquirente e a sociedade “B”, na qualidade de

promitente cedente.

5. Da leitura do contrato verifica-se que as partes acordam

na cedência da posição contratual a título definitivo dos qua-

tro estabelecimentos, incluindo os equipamentos e mobiliá-

rio.

6. O preço acordado é de X euros, a que acresce o montante

correspondente ao apuramento das existências transmitidas

ou deixadas à consignação à data de entrega das lojas, nos

termos contratualizados.

7. O contrato-promessa em causa foi assinado em 2006.

ENQUADRAMENTO EM IVA E CONCLUSÃO

8. De harmonia com o disposto no n.° 4 do art.° 3.° do CIVA,

"Não são consideradas transmissões as cessões a título one-

roso ou gratuito do estabelecimento comercial, da totalidade

de um património ou de uma parte dele, que seja susceptível

de constituir um ramo de actividade independente, quando,

em qualquer dos casos, o adquirente seja, ou venha a ser,

pelo facto da aquisição, um sujeito passivo do imposto de

entre os referidos na alínea a) do n.° 1 do artigo 2º".

9. A norma legal estabelece duas condições para que se ve-

rifique a exclusão da incidência do imposto. A primeira é a de

que o estabelecimento comercial, ou o património transmi-

tido, seja susceptível, por si só, de constituir um ramo de ac-

tividade independente. A segunda impõe que o adquirente

exerça, ou passe a exercer por via da aquisição, de um modo

independente e com carácter de habitualidade, uma das ac-

tividades referidas na alínea a) do n.° 1 do art.° 2º.

10. Por outro lado, o n.° 5 do mesmo art.° 3.° introduz uma

terceira condição a observar, para que se possa aplicar a de-

limitação negativa da incidência prevista no n.° 4, que é a de

que “a administração fiscal adopta as medidas regulamenta-

res adequadas, nomeadamente a limitação do direito à de-

dução, quando o adquirente não seja um sujeito passivo que

pratique exclusivamente operações tributadas”. Neste sen-

tido, emitiu a então Direcção de Serviços de Concepção e Ad-

ministração do IVA o Ofício-Circulado n.° 134 850, de

1989.11.21, que determina que o disposto no n.° 4 do art.°

3.° não se aplica quando o adquirente é um sujeito passivo

isento ou abrangido pelo regime dos pequenos retalhistas,

uma vez que, nestes casos, não pratica operações tributadas

a jusante.

11. Relativamente à primeira condição, não se afiguram dú-

vidas de que a operação descrita, ainda que se verifique a

facturação das existências de forma autónoma e de acordo

com o plano contratualmente definido, configura a transmis-

são de um conjunto de estabelecimentos susceptíveis, cada

um, de constituir um ramo de actividade independente.

12. Quanto à segunda condição, com a limitação imposta pelo

referido ofício-circulado, verifica-se, por consulta ao sistema

de cadastro, que o sujeito passivo adquirente se encontra en-

quadrado para efeitos de IVA no regime normal de tributação,

pela realização de operações tributadas que conferem o di-

reito à dedução do imposto, desde data anterior à da cele-

bração do contrato-promessa.

13. Conclui-se, assim, que a operação, nos contornos paten-

tes no presente pedido de informação vinculativa, se enqua-

dra na delimitação negativa da incidência prevista no n.° 4 do

artigo 3.° do Código do IVA, não recaindo sobre a mesma ob-

rigação de liquidação do imposto.»

AF 017 g DOUTRINA FISCAL

IVA E RITI - ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012(OFÍCIO-CIRCULADO Nº 30132/2012, DA DSIVA, DE 13 DE JANEIRO)

«Através do Ofício-

Circulado nº 30131,

de 2011.12.30, foram

transmitidos esclare-

cimentos sobre as al-

terações introduzidas

ao Código do IVA

(CIVA) e às listas I e II

que lhe são anexas,

bem como ao Regime

do IVA nas Transa-

ções Intracomunitárias (RITI) que, por força da Lei n.º 64-

B/2011, de 30 de dezembro (Orçamento do Estado para

2012), entraram em vigor em 1 de janeiro de 2012.

Constata-se, no entanto, que aquele Ofício-Circulado contém

uma imprecisão no que respeita ao alcance do n.º 18 aditado

ao artigo 29.º do CIVA.

Paralelamente, este Serviço tem vindo a ser questionado

sobre a interpretação de algumas das alterações ocorridas

nas listas anexas ao CIVA, pelo que, sendo conveniente re-

fletir num único ofício as instruções relativas às normas alte-

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 14

radas, aproveita-se a oportunidade para introduzir tais escla-

recimentos, revogando o Ofício-Circulado n.º 30131, de

2011.12.30.

Nestes termos, comunica-se o seguinte:

PARTE I - ALTERAÇÕES AO CIVA E AO RITI

I.I CÓDIGO DO IVA

1. Artigo 9.º, n.º 16

O n.º 16 do artigo 9.º passa a ter a seguinte redação:

16) A transmissão do direito de autor e a autorização para a

utilização da obra intelectual, definidas no Código de Direito

de Autor, quando efectuadas pelos próprios autores, seus

herdeiros ou legatários, ou ainda por terceiros, por conta

deles, salvo quando o autor for pessoa colectiva;

Face à redação anterior, é

acrescentada a expressão

“ou ainda por terceiros,

por conta deles, salvo

quando o autor for pessoa

colectiva”, circunscre-

vendo a isenção à indis-

pensabilidade de o autor

da obra intelectual, definida no Código de Direito de Autor,

ser uma pessoa singular e, por outro lado, estendendo a apli-

cação da isenção a terceiros agindo por conta dos próprios

autores, seus herdeiros ou legatários.

2. Artigo 16.º, números 1, 10, 11 e 12

São aditados os números 10, 11 e 12 ao artigo 16.º, com as

seguintes redações:

10 - O disposto no n.º 1 não tem aplicação nas transmissões

de bens ou prestações de serviços efectuadas por sujeitos

passivos que tenham relações especiais, nos termos do n.º 4

do artigo 63.º do Código do IRC, com os respectivos adqui-

rentes ou destinatários, independentemente de estes serem

ou não sujeitos passivos, caso em que o valor tributável é o

valor normal determinado nos termos do n.º 4, quando se ve-

rifique qualquer uma das seguintes situações:

a) A contraprestação seja inferior ao valor normal e

o adquirente ou destinatário não tenha direito a deduzir inte-

gralmente o imposto;

b) A contraprestação seja inferior ao valor normal e

o transmitente dos bens ou o prestador dos serviços não

tenha direito a deduzir integralmente o imposto e a operação

esteja isenta ao abrigo do artigo 9.º;

c) A contraprestação seja superior ao valor normal e

o transmitente dos bens ou o prestador dos serviços não

tenha direito a deduzir integralmente o IVA.

11 - A derrogação prevista no número anterior não será apli-

cada sempre que seja feita prova de que a diferença entre a

contraprestação e o valor normal não se deve à existência de

uma relação especial entre o sujeito passivo e o adquirente

dos bens ou serviços.

12 - Para efeitos do n.º 10, consideram-se ainda relações es-

peciais as relações estabelecidas entre um empregador e um

empregado, a família deste ou qualquer pessoa com ele es-

treitamente relacionada.

Em consequência, a redação do n.º 1 do mesmo artigo passa

a contemplar, além da referência ao n.º 2, também a menção

à derrogação prevista no novo n.º 10.

As normas aditadas visam regular as regras de determinação

do valor tributável das operações, quando estejam em causa

operações praticadas entre sujeitos passivos que tenham re-

lações especiais, nos termos do n.º 4 do artigo 63.º do Código

do IRC.

3. Artigo 27.º, n.º 2

O n.º 2 do artigo 27.º passa a ter a seguinte redação:

2 - As pessoas referidas na alínea c) do n.º 1 do artigo 2.º, bem

como as que pratiquem uma só operação tributável nas con-

dições referidas na alínea a) da mesma disposição, devem en-

tregar nos locais de cobrança legalmente autorizados o

correspondente imposto nos prazos de, respectivamente, 15

dias a contar da emissão da factura ou documento equivalente

e até ao final do mês seguinte ao da conclusão da operação.

Com a nova redação são harmonizados os locais de co-

brança onde pode ser efetuado o pagamento do imposto re-

lativo às situações nela referidas.

4. Artigo 29.º, n.º 18

É aditado um n.º 18 ao artigo 29.º, com a seguinte redação:

18 - Os sujeitos passivos a que seja aplicável o regime de

normalização contabilística para microentidades ficam dis-

pensados da obrigação de entrega da declaração de infor-

mação contabilística e fiscal e anexos respeitantes à

aplicação do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de Agosto.

Introduz-se, no Código do IVA, a dispensa de certas obriga-

ções declarativas, na esteira da simplificação que se encon-

tra contemplada no artigo 3.º da Lei n.º 35/2010, de 2 de

setembro, relativa às normas e informações contabilísticas

das microentidades. Estas entidades ficam, assim, dispensa-

das da apresentação dos Anexos L e M da declaração anual,

cuja obrigação se encontra prevista na alínea d) do n.º 1 do

artigo 29.º do Código.

5. Artigo 32.º, n.º 3

A alteração da redação desta norma harmoniza o texto da lei,

substituindo a palavra “contribuinte” pela expressão “sujeito

passivo”.

6. Artigo 58.º, n.ºs 1, 3 e 5

6.1 O n.º 1 passa a ter a seguinte redação:

1 - Os sujeitos passivos isentos nos termos do artigo 53.º são

obrigados ao cumprimento do disposto na alínea i) do n.º 1 do

artigo 29.º e nos artigos 31.º, 32.º e 33.º.

É, assim, estabelecida, para os sujeitos passivos enquadra-

dos no regime especial de isenção, a obrigação de envio da

declaração recapitulativa, quando efetuem prestações de ser-

viços a sujeitos passivos que tenham noutro Estado membro

a sede, um estabelecimento estável ou, na sua falta, o domi-

cílio para o qual os serviços são prestados, quando tais ope-

rações não sejam tributáveis no território nacional, em

resultado da regra de localização prevista na alínea a) do n.º

6 do artigo 6.º do Código.

Tendo em consideração o disposto no n.º 17 do artigo 29.º do

CIVA, os sujeitos passivos abrangidos pelo n.º 1 do artigo 58.º

devem enviar a referida declaração no prazo mencionado na

alínea a) do n.º 1 do artigo 30.º do RITI, sempre que, no mês

de referência, realizem operações daquela natureza.

6.2 O n.º 3 é revogado por se tratar de norma desprovida de

atualidade, cujo alcance foi, ao tempo, estabelecer a obriga-

ção de registo para os sujeitos passivos enquadrados no re-

gime de isenção que, com a entrada em vigência do Código,

haviam sido dispensados dessa obrigação.

Em consonância, o n.º 5 deixa de conter a referência à norma

agora revogada, passando a ter a seguinte redação:

g FISCALIDADE

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 15

5 - É devido imposto com referência às operações

efectuadas pelos sujeitos passivos a partir do mês seguinte

àquele em que se torne obrigatória a entrega das declara-

ções a que se referem os n.os 2 ou 4.

7. Artigo 88.º, n.ºs 1, 2 e 4, alínea b)

7.1 O n.º 1 passa a ter a seguinte redação:

1 - Se a declaração periódica prevista no artigo 41.º não for

apresentada, a Direcção-Geral dos Impostos, com base nos

elementos de que disponha, relativos ao sujeito passivo ou

ao respectivo sector de actividade, procede à liquidação ofi-

ciosa do imposto, a qual tem por limite mínimo um valor anual

igual a 6 ou 3 vezes a retribuição mínima mensal garantida,

respectivamente, para os sujeitos passivos a que se referem

as alíneas a) e b) do n.º 1 daquele artigo.

É, por um lado, clarificado o critério de determinação do valor

da liquidação oficiosa, que tem em conta os elementos rela-

tivos ao sujeito passivo e ao setor de atividade. Por outro

lado, é estabelecido um limite mínimo anual para a mesma

(igual a 6 ou 3 vezes a retribuição mínima mensal garantida),

que tem em conta o volume de negócios, de acordo com os

critérios estabelecidos nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo

41.º do Código.

7.2 O n.º 2 passa a ter a seguinte redação:

2 - O imposto liquidado nos termos do número anterior deve

ser pago nos locais de cobrança legalmente autorizados, no

prazo mencionado na notificação, efectuada nos termos do

Código de Procedimento e de Processo Tributário, o qual não

pode ser inferior a 90 dias contados a partir da data da notifi-

cação.

O prazo para pagamento do imposto liquidado, anteriormente

contado desde a data do envio da notificação, passa a ter iní-

cio na data em que a mesma se considera efetuada, nos ter-

mos do Código de Procedimento e de Processo Tributário.

7.3 Finalmente, a alínea b) do n.º 4 passa a ter a seguinte re-

dação:

b) Se a liquidação vier a ser corrigida com base nos

elementos recolhidos em procedimento de inspecção tributá-

ria ou outros ao dispor dos serviços.

Esta alteração visa estabelecer, de forma mais precisa, a ade-

quação de competências, afastando da norma a remissão

para o artigo 89.º.

I.II REGIME DO IVA NAS TRANSAÇÕES INTRACOMUNI-

TÁRIAS

8. Artigo 30.º, n.º 2

O n.º 2 do artigo 30.º do RITI passa a ter a seguinte redação:

2 - Não obstante o disposto na alínea b) do n.º 1, os sujeitos

passivos aí referidos devem enviar a declaração recapitula-

tiva até ao dia 20 do mês seguinte àquele a que respeitam as

operações, quando o montante total das operações referidas

na alínea c) do n.º 1 do artigo 23.º, durante o trimestre civil em

curso ou em qualquer dos quatro trimestres civis anteriores,

seja superior a € 50 000.

É reduzido para € 50 000 o limite do montante total das ope-

rações, no trimestre civil em curso, ou em qualquer dos qua-

tro anteriores, para apresentação trimestral da declaração

recapitulativa. Note-se que esta alteração tem repercussões

na periodicidade de entrega da declaração pelos sujeitos pas-

sivos enquadrados em IVA no regime normal trimestral, apli-

cando-se-lhes de imediato o prazo previsto na alínea a) do

n.º 1, nos casos em que, em qualquer dos trimestres civis de

2011, tenham tido um volume de operações a que se refere

a alínea c) do n.º 1 do artigo 23.º do RITI, superior a € 50 000.

Exemplificando:

O sujeito passivo teve um volume de transmissões intraco-

munitárias de € 55.000 no segundo trimestre de 2011, mas

não ultrapassou o novo limiar de € 50.000 em qualquer dos

restantes trimestres daquele ano - fica obrigado ao envio

mensal da declaração recapitulativa, relativa às operações

efetuadas a partir de 1 de janeiro de 2012, no prazo previsto

no n.º 2 do artigo 30.º do RITI, não necessitando de retificar

as declarações recapitulativas correspondentes às operações

realizadas em 2011.

PARTE II - ALTERAÇÕES ÀS LISTAS ANEXAS AO CIVA

Lista I

1. São alteradas as redações das verbas 1.4.9, 1.7 e 1.11.

1.1 A verba 1.4.9 passa a ter a seguinte redação:

1.4.9 – Bebidas e iogurtes de soja, incluindo tofu.

São suprimidas da verba as sobremesas de soja, que pas-

sam a estar sujeitas à taxa normal do imposto;

1.2 A verba 1.7 passa a ter a seguinte redação:

1.7 – Água, com excepção das águas de nascente, minerais,

medicinais e de mesa,

águas gaseificadas ou adicionadas de gás carbónico ou de

outras substâncias.

A tributação da água, em sede de

IVA, sofreu uma reformulação por

via das alterações introduzidas pela

Lei do Orçamento do Estado para

2012, passando a estar sujeita à

taxa reduzida, apenas, a água para

consumo, disponibilizada pelas

redes de abastecimento de água po-

tável.

As águas de nascente, minerais, medicinais e de mesa, bem

como as gaseificadas ou adicionadas de gás carbónico, pas-

sam a estar sujeitas à taxa intermédia.

As águas adicionadas de outras substâncias continuam su-

jeitas à taxa normal.

1.3 A verba 1.11 passa a ter a seguinte redação:

1.11 – Sumos e néctares de frutos ou de produtos hortícolas.

São afastados desta verba,

passando a estar sujeitos à

taxa normal do imposto, os re-

frigerantes, bem como os xaro-

pes, bebidas concentradas e

produtos concentrados de

sumos.

2. São revogadas as seguintes verbas:

1.4.8 – Bebidas e sobremesas lácteas.

Estes bens passam a estar sujeitos à taxa normal;

1.7.1 – Águas, com excepção das águas adicionadas de ou-

tras substâncias.

1.7.2 – Águas de nascente e águas minerais, ainda que re-

forçadas ou adicionadas de gás carbónico, sem adição de ou-

tras substâncias.

A revogação destas duas verbas resulta da reformulação da

tributação da água, conforme referido no ponto anterior;

g FISCALIDADE

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 16

1.10 – Batata fresca descascada, inteira ou cortada, pré-frita,

refrigerada, congelada, seca ou desidratada, ainda que em

puré ou preparada por meio de cozedura ou fritura.

Estes bens passam a estar sujeitos à taxa normal. A revoga-

ção desta verba não prejudica o enquadramento da batata

fresca descascada, inteira ou cortada, refrigerada, seca ou

desidratada na verba 1.6.1, ou congelada, ainda que previa-

mente cozida, na verba 1.6.2, ambas da lista I;

2.15 – Espectáculos, provas e manifestações desportivas e

outros divertimentos públicos (…).

As entradas em espetáculos de canto,

dança, música, teatro, cinema, tauromaquia

e circo, com exceção dos de caráter porno-

gráfico ou obsceno, passam a estar sujeitos

à taxa de 13%, por aditamento da verba 2.6

à lista II. As entradas em outros espetáculos,

bem como em provas e manifestações des-

portivas e outros divertimentos públicos, passam a estar su-

jeitas à taxa normal;

3.11 – Ráfia natural.

Este bem passa a estar sujeito à

taxa normal.

Lista II

3. A verba 2.3 passa a ter a seguinte redação:

2.3 – Petróleo e gasóleo, coloridos e marca-

dos, e fuelóleo e respectivas misturas.

É, assim, suprimido o gasóleo de aqueci-

mento, que passa a estar sujeito à taxa nor-

mal do imposto.

4. São aditadas as verbas 1.11 e 2.6.

4.1 A verba 1.11 tem a seguinte redação:

1.11 – Águas de nascente, minerais, medicinais e de mesa,

águas gaseificadas ou adicionadas de gás carbónico, com

excepção das águas adicionadas de outras substâncias.

4.2 A verba 2.6 tem a seguinte redação:

2.6 - Entradas em espectáculos de canto, dança, música, tea-

tro, cinema, tauromaquia e circo. Exceptuam-se as entradas

em espectáculos de carácter pornográfico ou obsceno, como

tal considerados na legislação sobre a matéria.

5. São revogadas as seguintes verbas, cujos bens e serviços

passam a estar sujeitos à taxa normal:

1.3 – Frutas e frutos:

1.3.1 – Conservas de frutas

ou frutos, designadamente

em molhos, salmoura, ou

calda, suas compotas, ge-

leias, marmeladas ou pastas;

1.3.2 – Frutas e frutos secos,

com ou sem casca.

1.4 – Produtos hortícolas:

1.4.1 – Conservas de produ-

tos hortícolas, designadamente em molhos, vinagre ou sal-

moura e suas compotas.

1.5 – Gorduras e óleos comestíveis:

1.5.1 – Óleos directamente comestíveis e suas misturas

(óleos alimentares);

1.5.2 – Margarinas de origem animal e vegetal.

1.6 – Café verde ou cru, torrado, em grão ou

em pó, seus sucedâneos e misturas.

1.7 – Aperitivos à base de produtos hortícolas

e sementes.

1.8 – Produtos preparados à base de carne, peixe, legumes

ou produtos hortícolas, massas recheadas, pizzas, sandes e

sopas, ainda que apresentados no estado de congelamento

ou pré-congelamento e refeições prontas a consumir, nos re-

gimes de pronto a comer e levar ou com entrega ao domicí-

lio.

1.9 – Aperitivos ou snacks à base de estrudidos de milho e

trigo, à base de milho moído e frito ou de fécula de batata,

em embalagens individuais.

2.4 – Aparelhos, máquinas e outros equipamentos exclusiva

ou principalmente destinados a:

a) Captação e aproveitamento de energia solar, eólica e geo-

térmica;

b) Captação e aproveita-

mento de outras formas al-

ternativas de energia;

c) Produtos de energia a

partir da incineração ou

transformação de detritos,

lixo e outros resíduos;

d) Prospecção e pesquisa

de petróleo e ou desenvol-

vimento da descoberta de

petróleo e gás natural;

e) Medição e controlo para

evitar ou reduzir as diversas formas de poluição.

3 – Prestações de serviços:

3.1 – Prestações de serviços de alimentação e bebidas.

6. Relativamente à revogação da verba 1.8 da Lista II, no-

meadamente no que se refere à inclusão, ou não, na verba

1.1 da mesma lista, de certos bens que se encontravam con-

templados na verba revogada, esclarece-se que a verba 1.1

da Lista II apenas enquadra os bens nela referidos que não

tenham sofrido qualquer transformação ou sido incluídos num

preparado, para além do mero processo de conservação.

REVOGAÇÃO DO OFÍCIO-CIRCULADO N.º 30 131, DE

2011.12.30

As presentes instruções aplicam-se desde 2012.01.01 e re-

vogam o ofício-circulado n.º 30131, de 2011.12.30.

O Diretor-Geral,

(José A. de Azevedo Pereira)»

IVAI – REVOGAÇÃO DO REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃODE COMBUSTÍVEIS GASOSOSORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012(OFÍCIO-CIRCULADO Nº 30130/2011, DA DSIVA, DE 30 DE DEZEMBRO)

«O artigo 127.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro (Or-

çamento do Estado para 2012), revoga o regime especial de

tributação dos combustíveis gasosos previsto no artigo 32.º

da Lei n.º 9/86, de 30 de Abril, determinando, a partir de 1 de

Janeiro de 2012, a aplicação do regime normal de tributação

em IVA às transmissões de combustíveis gasosos, nomea-

damente de gás em botija.

As presentes instruções visam esclarecer o âmbito de apli-

cação das novas regras de liquidação/dedução às operações

em causa, bem como os procedimentos a observar na tran-

sição do regime especial cessante a 31 de Dezembro de

2011, para a disciplina geral do Código do IVA (CIVA).

APLICAÇÃO DA DISCIPLINA GERAL DO CIVA

A transmissão de combustíveis gasosos, nomeadamente de

gás em botija, passa a estar sujeita à disciplina geral do CIVA.

Sem prejuízo do disposto nos artigos 53.º e 60.º do CIVA, os

sujeitos passivos revendedores passam, assim, a liquidar IVA

nas transmissões efectuadas a partir de 1 de Janeiro de 2012,

à taxa prevista na alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º do Código,

podendo exercer o direito à dedução do imposto que onera as

g FISCALIDADE

aquisições daqueles produtos, nos termos dos artigos 19.º e

seguintes do CIVA.

RENÚNCIA AO REGIME ESPECIAL DE ISENÇÃO – AR-

TIGO 53.º

Sem prejuízo do disposto no artigo 55.º do CIVA, os sujeitos

passivos revendedores que, à data de 31 de Dezembro de

2011, se encontrem enquadrados no regime especial de isen-

ção do artigo 53.º podem, de harmonia com o n.º 7 do artigo

127.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, optar pelo

regime normal de tributação, com efeitos a partir de 1 de Ja-

neiro de 2012, mediante a apresentação, durante o mês de

Janeiro de 2012, da declaração prevista no artigo 32.º do

CIVA. Tendo exercido o direito de opção referido, o sujeito

passivo fica obrigado a permanecer no regime normal de tri-

butação durante um período de, pelo menos, cinco anos, de

harmonia com o disposto no n.º 3 do artigo 55.º do CIVA.

RENÚNCIA AO REGIME ESPECIAL DOS PEQUENOS RE-

TALHISTAS – ARTIGO 60.º

Sem prejuízo do disposto no artigo 63.º do CIVA, os sujeitos

passivos revendedores que, à data de 31 de Dezembro de

2011, se encontrem enquadrados no regime especial dos pe-

quenos retalhistas previsto no artigo 60.º do CIVA podem, de

harmonia com o n.º 7 do ar-

tigo 127.º da Lei n.º 64-

B/2011, de 30 de Dezembro,

optar pelo regime normal de

tributação, com efeitos a par-

tir de 1 de Janeiro de 2012,

mediante a apresentação,

durante o mês de Janeiro de

2012, da declaração prevista

no artigo 32.º do Código.

Tendo exercido o direito de

opção referido, o sujeito pas-

sivo fica obrigado a perma-

necer no regime normal de

tributação durante um período de, pelo menos, cinco anos,

de harmonia com o disposto no n.º 3 do artigo 63.º do CIVA.

DIREITO À DEDUÇÃO DO IMPOSTO QUE ONERA AS

EXISTÊNCIAS EM 2011.12.31

Os sujeitos passivos revendedores enquadrados no regime

normal de tributação, bem como aqueles que exerçam a

opção por este regime, nos termos do no n.º 7 do artigo 127.º

da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, que pretendam

exercer o direito à dedução do imposto correspondente às

suas existências na data da cessação do regime especial de

tributação, estão obrigados a elaborar um inventário das res-

pectivas existências, a submeter, durante o mês de Janeiro

de 2012, por transmissão electrónica de dados, para

www.portaldasfinancas.gov.pt, preenchendo o formulário IN-

VENTÁRIO DAS EXISTÊNCIAS DE COMBUSTÍVEIS GA-

SOSOS, de acordo com as instruções de preenchimento que

dele fazem parte, segundo os procedimentos referidos no

Portal das Finanças.

Para efeitos do exercício do direito à dedução, o imposto apu-

rado no referido inventário deve ser incluído no campo 22 do

quadro 06 da declaração periódica de IVA correspondente ao

mês de Janeiro de 2012, relativamente aos sujeitos passivos

do regime normal com periodicidade mensal, ou da declara-

ção correspondente ao primeiro trimestre de 2012, relativa-

mente aos sujeitos passivos do regime normal de

periodicidade trimestral.

O Director-Geral dos Impostos

(José A. de Azevedo Pereira)»

IMI - AVERBAMENTOS MATRICIAIS DE HERANÇAS INDIVISASSEM PARTILHA(OFÍCIO-CIRCULADO Nº 40103/2012, DA DSIMI, DE 11 DE JANEIRO)

«Tem esta Direção de Serviços vindo a ser confrontada com

a informação que alguns serviços de finanças estão a proce-

der ao averbamento matricial de imóveis, pertencentes ao

acervo de herança indivisa, na proporção das “quota-parte”

dos herdeiros, sem que se mostre realizada escritura de par-

tilha. Tendo em vista a necessária uniformidade de procedi-

mentos, foi determinado que:

1. Enquanto não se efetuar a partilha, os sucessores de “de

cujus” apenas detêm uma quota ideal na universalidade que

é a herança. Deste modo, os averbamentos matriciais não

podem ser efetuados com base na quota ideal de cada her-

deiro, porque a mesma não corresponde a “coisa certa”. Não

deve, também, esse direito confundir-se com o regime de

compropriedade que lhe subjaz.

2. Assim, o averbamento, na matriz, de prédio que faça parte

do acervo de herança indivisa, e até à partilha desta, deve

ser efectuadoem nome do autor da herança com o adita-

mento “cabeça-de-casal de herança de ….”, e NIF da herança

indivisa, nos termos do artigo 81º do CIMI.

g FISCALIDADE

3. Mais se informa que, apenas para efeitos de manutenção

da isenção concedida para “habitação própria e permanente”,

ao cônjuge sobrevivo, e quando for caso disso, se prevê que

seja efetuado o averbamento do “valor isento” com base na

respetiva quota-parte (sem contudo se proceder ao averba-

mento do seu NIF na matriz predial).

A Subdiretora-Geral,

(Maria Angelina Tibúrcio da Silva)»

OF 002 g PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES FISCAIS

FEVEREIRO/2012SUMÁRIO

ATÉ AO DIA 10- IVA - DECLARAÇÃO PERIÓDICA - PERIODICIDADE MENSAL (DEZ.11)

- SEGURANÇA SOCIAL - REGIME GERAL - ENTREGA DE DECLARAÇÕES

(JAN.12)

ATÉ AO DIA 15- IVA - DECLARAÇÃO PERIÓDICA - PERIODICIDADE TRIMESTRAL (4º TRIM.11)

ATÉ AO DIA 20- SEGURANÇA SOCIAL - REGIME GERAL - PAGAMENTO (JAN.12)

- SEGURANÇA SOCIAL - INDEPENDENTES - PAGAMENTO (JAN.12)

- IRC/IRS - RETENÇÕES NA FONTE (JAN.12)

- SELO - PAGAMENTO DO RELATIVO A JAN.12

- IVA - DECLARAÇÃO PERIÓDICA - PEQUENOS RETALHISTAS (4º TRIM.11)

- IVA - DECLARAÇÃO RECAPITULATIVA - REGIMES MENSAL E TRIMESTRAL

ATÉ AO DIA 29- IUC - PAGAMENTO - VEÍCULOS COM ANIVERSÁRIO DE MATRÍCULA EM

FEV.12

- IRC/IRS - DECLARAÇÃO MODELO 10 - RENDIMENTOS PAGOS EM 2011

g ATÉ AO DIA 10IVA - PERIODICIDADE MENSAL

Os sujeitos passivos enquadrados no REGIME NORMAL DE PE-RIODICIDADE MENSAL devem proceder à entrega, via Internet,

da declaração periódica relativa ao IVA apurado no mês de

DEZEMBRO DE 2011, acompanhada dos anexos que forem de-

vidos, e efectuar, se for caso disso, o competente pagamento.

SEGURANÇA SOCIAL - REGIME GERAL - DECL. DE REMUNERAÇÕES

Devem ser entregues, através da Segurança Social Directa,

as declarações de remunerações relativas ao mês de JANEIRO

DE 2012 (o empregador que seja pessoa singular e com ape-

nas um trabalhador ao seu serviço pode enviar a declaração

em suporte papel).

g ATÉ AO DIA 15IVA - PERIODICIDADE TRIMESTRAL

Os sujeitos passivos enquadrados no REGIME NORMAL DE PE-RIODICIDADE TRIMESTRAL deverão proceder ao envio, através

da Internet, da declaração periódica relativa ao IVA apurado

no 4º TRIMESTRE DE 2011 (meses de Outubro a Dezembro) e

efectuar, se for caso disso, o competente pagamento.

Se no mesmo período tiverem efectuado transmissões intra-

comunitárias de bens (vendas a operadores situados noutros

Estados membros), deverão ainda enviar com aquela decla-

ração o anexo recapitulativo.

SEGURANÇA SOCIAL - INDEPENDENTES - DECLARAÇÃO ANUAL

Os empresários em nome individual, os profissionais liberais

e outros abrangidos pelo regime dos trabalhadores indepen-

dentes devem declarar à segurança social, por referência ao

ano anterior (2011), conforme artigo 152º do Código Contri-

butivo:

- o valor total das vendas realizadas

- o valor total das prestações de serviços a pessoas singula-

res que não tenham actividade empresarial

- e ou o valor total das prestações de serviços por pessoa co-

lectiva e por pessoa singular com actividade empresarial.

A declaração é efectuada pela Internet, através da «Segu-

rança Social Directa» (www.seg-social.pt), mas dela estão

dispensados os advogados ou solicitadores, TI que exerçam

em Portugal uma actividade por conta própria com carácter

temporário e que provem o seu enquadramento em regime

de protecção social obrigatório de outro país, TI que se en-

contrem isentos da obrigação de contribuir (artigo 157.º do

CRC) e TI cuja prestação de serviços só possa ser desem-

penhada como trabalho independente por imposição legal

(ex: amas, mediadores imobiliários, entre outros).

A declaração visa permitir a identificação das «entidades con-

tratantes», pessoas colectivas ou singulares com actividade

empresarial, que no mesmo ano beneficiaram de pelo menos

80% do valor total da actividade do trabalhador independente.

Tais «entidades contratantes» irão posteriormente ser notifi-

cadas pela segurança social para procederem ao pagamento

das contribuições por si devidas, até ao dia 20 do mês se-

guinte ao da emissão do documento de cobrança, que serão

iguais a 5% do valor total dos serviços que lhes foram pres-

tados (artºs 155º, 167º e 168º).

g ATÉ AO DIA 20SEGURANÇA SOCIAL - REGIME GERAL - PAGAMENTO

Deve ser efectuado o pagamento das contribuições relativas

ao mês de JANEIRO DE 2012.

Nos termos do artº 43º do Código Contributivo, o pagamento

das contribuições e quotizações é mensal e deve ser efec-

tuado entre os dias 10 e 20 do mês seguinte àquele a que

dizem respeito.

Este mesmo prazo aplica-se aos trabalhadores do SERVIÇO

DOMÉSTICO e aos beneficiários do regime do SEGURO SOCIAL

VOLUNTÁRIO.

SEGURANÇA SOCIAL - INDEPENDENTES - PAGAMENTO

Deve ser efectuado o pagamento das contribuições relativas

ao mês de JANEIRO DE 2012.

Nos termos do Código Contributivo, as contribuições são cal-

culadas pela aplicação da taxa de 29,6%, tendo como base

de incidência o escalão comunicado (…) pela segurança so-

cial e que é válido desde Dezembro passado e por 12 meses.

A taxa é de 28,3% se o trabalhador independente for produ-

tor agrícola e respectivo cônjuge, ou proprietário de embar-

cação da pesca local ou costeira, ou apanhador de espécies

marinhas e pescador apeado, cujos rendimentos provenham

em exclusivo destas actividades.

As ENTIDADES CONTRATANTES, aquelas a quem um TI

preste serviços que representem 80% ou mais dos seus

rendimentos (…), são obrigadas, a partir já deste ano de

2012, a efectuar o pagamento das contribuições por si

devidas (5% sobre o valor total dos serviços…), mas ape-

nas após comunicação competente da segurança social,

efectuando o pagamento de uma só vez e até ao dia 20

do mês seguinte ao dessa comunicação/documento de

cobrança.

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 18

g FISCALIDADE

www.apcmc.pt [email protected]

IRS/IRC - RETENÇÕES NA FONTE

Deve ser declarado através da Internet e entregue o IRS re-

tido pelas entidades que, possuindo ou devendo possuir con-

tabilidade organizada, atribuíram no mês de JANEIRO DE 2012rendimentos enquadráveis nas CATEGORIAS B (empresariais e

profissionais), E (capitais) e F (prediais).

Também as entidades, com ou sem contabilidade organizada,

que tenham pago ou colocado à disposição no mês de JA-NEIRO DE 2012 rendimentos enquadráveis nas CATEGORIAS A(trabalho dependente) e H (pensões), deverão declarar pela

mesma via e entregar o IRS retido na fonte.

O mesmo se diga para as importâncias retidas no mês de JA-NEIRO DE 2012 sobre rendimentos sujeitos a IRC.

IMPOSTO DO SELO - PAGAMENTO

Deve ser declarado através da Internet e entregue pelas em-

presas e outras entidades sobre quem recaia tal obrigação o

imposto do selo liquidado no mês de JANEIRO DE 2012.

IVA - PEQUENOS RETALHISTAS

Os sujeitos passivos enquadrados no REGIME ESPECIAL DOS PE-QUENOS RETALHISTAS deverão proceder ao pagamento, na te-

souraria de finanças competentes, do IVA apurado no 4º

TRIMESTRE DE 2011 (meses de Outubro a Dezembro).

Não havendo imposto a pagar, deverão apresentar, no

mesmo prazo, declaração adequada (mod. 1074).

IVA - DECLARAÇÃO RECAPITULATIVA

- TRANSMISSÕES INTRACOMUNITÁRIAS

Os sujeitos passivos enquadrados no REGIME NORMAL DE PE-RIODICIDADE MENSAL que tenham efectuado transmissões in-

tracomunitárias de bens e ou prestações de serviços noutros

Estados membros no passado mês de JANEIRO DE 2012,

quando tais operações sejam ai localizadas nos termos do

artigo 6º do CIVA, deverão proceder à entrega, via Internet, da

declaração recapitulativa a elas respeitante.

Também os sujeitos passivos enquadrados no REGIME NORMAL

DE PERIODICIDADE TRIMESTRAL que tenham efectuado, no TRI-MESTRE EM CURSO OU EM QUALQUER DOS QUATRO TRIMESTRES AN-TERIORES, transmissões intracomunitárias de bens e ou

prestações de serviços noutros Estados membros, de valor

global não superior a 100 000€, deverão proceder à entrega,

via Internet, da declaração recapitulativa relativa a essas ope-

rações.

Relativamente a estes últimos sujeitos passivos, refira-se

que, nos termos do nº 2 do artº 30º do RITI, os mesmos são

obrigados a entregar a declaração MENSALMENTE, até ao dia 20

do mês seguinte àquele a que respeitam as transmissões in-

tracomunitárias, quando o montante total destas ultrapasse

100.000€ no trimestre em curso ou em qualquer um dos qua-

tro trimestres anteriores (a mudança da periodicidade de tri-

mestral para mensal é definitiva, salvo se não tiver havido

condições para tal e for autorizada pela DSIVA a correcção,

e ocorre no mês seguinte àquele em que o limite de 100 000€

é excedido).

g ATÉ AO DIA 29IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO

Deve ser liquidado e pago o Imposto Único de Circulação

(IUC) relativo a 2012 pelos veículos cujo aniversário de ma-

trícula ocorra no mês de FEVEREIRO.

Os VEÍCULOS NOVOS ADQUIRIDOS EM 2012 devem liquidar e

pagar o IUC nos 30 dias posteriores ao termo do prazo legal

para o registo.

A liquidação do IUC é efectuada pelo próprio sujeito passivo

através da Internet (obrigatório para as pessoas colectivas),

podendo também sê-lo em qualquer serviço de finanças, em

atendimento ao público.

IRS/IRC - DECLARAÇÃO MODELO 10RENDIMENTOS PAGOS EM 2011As entidades obrigadas a efectuar a retenção total ou parcial

do imposto e que em 2011 tenham pago ou colocado à dis-

posição dos respectivos titulares, mesmo que não residen-

tes, rendimentos sujeitos a IRS ou IRC deverão comunicar à

DGCI, através da Internet ou por meio de impresso de mo-

delo oficial (DECLARAÇÃO MODELO 10), os rendimentos que pa-

garam e as retenções que efectuaram - artºs 119º, nº 1, alínea

c), do CIRS e 128º do CIRC.

A declaração modelo 10 incluirá igualmente as contribuições

obrigatórias para regimes de protecção social e subsistemas

legais de saúde e as quotizações sindicais pagas pelos tra-

balhadores, assim como as importâncias retidas a título de

sobretaxa extraordinária de IRS.

A entrega da declaração modelo 10 pela INTERNET é obriga-

tória para os sujeitos passivos de IRC e para os sujeitos pas-

sivos de IRS titulares de rendimentos empresariais ou

profissionais.

IRS / 2011 - PRAZOS DE ENTREGA DEC. RENDIMENTOS MOD. 3De acordo com o disposto no artº 60º do CIRS, na redacção

dada pela Lei 3-B/2010, de 28/4, a entrega da declaração de

IRS relativa a 2011 é efectuada nos seguintes prazos:

* Contribuintes que receberam exclusivamente rendimentos

das categorias A (trabalho dependente) e ou H (pensões):

* Durante o mês de MARÇO - em suporte papel

* Durante o mês de ABRIL - pela Internet

* Contribuintes que receberam rendimentos de outra(s) cate-

goria(s):

* Durante o mês de ABRIL - em suporte papel

* Durante o mês de MAIO - pela Internet

ESTÃO DISPENSADOS DE APRESENTAR A DECLARAÇÃO os sujeitos

passivos que, cumulativa ou isoladamente, apenas tenham

auferido rendimentos do TRABALHO DEPENDENTE de montante

inferior ao da dedução específica referida no artº 25º/1/a) (€

4104), ou pensões pagas por regimes obrigatórios de pro-

tecção social de montante inferior ao da dedução específica

referida no artº 53º/1 (€ 6000), ou RENDIMENTOS TRIBUTADOS

PELAS TAXAS LIBERATÓRIAS do artigo 71º CIRS e não optem, se

permitido, pelo seu englobamento.

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 19

g FISCALIDADE

Livrete Individual de Controlo Solicite-o à APC!PARA PESSOAL AFECTO À EXPLORAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS E PARA TRABALHADOR MÓVEL

NÃO SUJEITO AO APARELHO DE CONTROLO NO DOMÍNIO DOS TRANSPORTES RODOVIÁRIOS.

OBRIGATÓRIO

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 20

g PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

- PROGRAMA FORMAÇÃO PME

No âmbito do programa Formação

PME estão em curso vários projetos de

responsabilidade social desenvolvidos

pelas empresas intervencionadas.

LUSOCLIMA

Na Lusoclima o projeto de responsabilidade social teve como

objetivo a recolha de materiais didáticos necessários para as

crianças do serviço de pediatria do IPO - Instituto Português

de Oncologia.

Por intermédio da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que en-

viou informação do que era necessário e de como deveria ser

entregue, foi possível angariar bens que ajudarão as crian-

ças a divertirem-se um pouco nos tempos que têm de passar

neste serviço.

CENTROCAR

Na Centrocar o projeto de responsabilidade social, com o

nome de “Calor Humano”, visava participar em atividades de

apoio aos sem-abrigo.

Assim, os colaboradores da Centrocar juntaram-se à CASA,

uma associação que apoia os sem-abrigo, numa das noites

que antecederam o Natal e distribuíram donativos.

Mas não querem parar por aqui. Depois da intensa experiên-

cia que viveram, a equipa que distribuiu os donativos pre-

tende dar continuidade a esta iniciativa. A partir de agora, em

todas as primeiras quartas-feiras de cada mês irão distribuir

donativos e apoiar a equipa de voluntários da CASA. O con-

vite estende-se a todos aqueles que pretendam participar!

g AÇORES - TRANSPORTE DE PESSOAS

EM VEÍCULOS COM CAIXA ABERTA

O Decreto Legislativo Regional 1/2012/A, de 11 de Janeiro,

estabelece as condições excepcionais para o transporte par-

ticular de trabalhadores de empresas, pessoas colectivas ou

singulares, dos sectores da construção civil e obras públicas,

extracção de massas minerais, agrícola, pecuário, florestal e

piscatório.

O novo regime (excepcional) mantém assim o regime (ex-

cepcional) que vigorou até 31 de Dezembro de 2005, por

força do DLR 17/2002/A, de 15/5, prorrogado até 31 de De-

zembro de 2010 pelo DLR 6/2006/A, de 21/2…

g REFORÇO DA SOLIDEZ FINANCEIRA DA BANCA

A Lei 4/2012, de 11 de Janeiro, aprovou medidas de reforço

da solidez financeira das instituições de crédito no âmbito da

iniciativa para o reforço da estabilidade financeira e da dis-

ponibilização de liquidez nos mercados financeiros.

g DIVERSOS

g FORMAÇÃO PROFISSIONAL (OBRIGATÓRIA)

TACÓGRAFOS E LIVRETES

- REGRAS DE UTILIZAÇÃO

OBJECTIVOS GERAIS

.:: Utilizar correctamente o Tacógrafo e o Livrete Individual

de Controlo

.:: Conhecer as obrigações e responsabilidades decorrentes

dos mesmos

.:: Conhecer os limites de condução, pausas e repousos

DESTINATÁRIOS

.:: Motoristas/condutores

.:: Responsáveis recursos humanos/logística

CUSTO DE PARTICIPAÇÃO

.:: 45 Euros - Associados

.:: 60 Euros - Não associados

Inclui documentação e certificados* Preço especial para grupos / nas empresas

PROGRAMA

.:: Legislação nacional e comunitária

.:: Tempos de condução, pausas e repousos

.:: Razões de ser e funções do tacógrafo

.:: Modalidades e funcionamento do tacógrafo

.:: Responsabilidades do motorista e da empresa

.:: Publicidade dos horários de trabalho dos trabalhadores

afectos a viaturas

.:: Livretes individuais de controlo

LOCAL E DATA

A definir, conforme solicitações

MAIS INFORMAÇÕES

IFORMA | Lurdes Figueiredo

Pr. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º

4200-313 Porto | tel.: 225 074 210

E-mail: [email protected]