3 Aula III- Relação de Trabalho e Relação de Emprego

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  • 7/24/2019 3 Aula III- Relao de Trabalho e Relao de Emprego

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    UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDADIREITO DO TRABALHO I- Profa. Benizete Ramos de MedeirosAULA III (resumo) RELAO DE TRABALHO E RELAO DEEMPREGOESTE RESUMO NO EXCLUI A LEITURA DAS OBRAS

    INDICADAS Todo grande progresso da cincia resultou de uma novaaudcia de imaginao John Dewey)

    CF- 7. Capute , inc.XXXIV; pargrafo nicoCLT -arts. 2, 3 e 4; CC-Leis- 6.494/77, alterado pela Lei 8.859/94 (estagirio); 6.019/74 / 7.102/83(terceirizao); Lei 9.608/98 (trabalho voluntrio)TST- S. 257, 309, 386 331, TST.

    I - DISTINO

    A relao de emprego resulta de um contrato de trabalho/emprego;No precisa ser escrito;Contratorealidade;

    Na relao de trabalho no existe a subordinao jurdica;Art. 114 da CRFB/88 c/c 45/2004;A diferena tem importncia porque a CLT s se aplica a empregados, embora, aoempregado, se aplique tambm algumas leis existentes (fora do catlogo celetista).

    IIREQUISITO DA RELAO DE EMPREGO

    II .1Subordinaoart. 3 da CLTsegundo Amaury Mascaro1, uma situaoem que o trabalhador, decorrente da limitao contratual de autonomia da suavontade, para o fim de transferir ao empregador o poder de direo sobre a atividadeque desempenhar.

    a) Subordinao jurdicadependncia de outrem para quem ela dirigida; o elemento mais importante da relao de emprego.

    b) Subordinao econmica Normalmente o empregado depende dosalrio e sempre recebe menos que o empregador.

    c)

    Dependncia tcnicaNormalmente o empregador sabe mais.Atualmente isso no ocorre mais.

    II.2ContinuidadeNo eventual. Atividade de modo permanente.

    II.3Salrio / OnerosidadeRetribuio. Se for gratuito no empregado. Ex. Trabalhovoluntrio em igrejas, creches;

    II.4Pessoalidade O servio tem que ser prestado por aquela pessoa. Ex. diarista quecoloca parente e seu lugar - descaracteriza.

    * H entendimentos que se a substituio pactuada pode valer.

    1NASCIMENTO. Amauri Mascaro. Curso de direito do Trabalho. 27. Ed. Saraiva

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    III ESPCIES DE TRABALHADOR SEM VNCULO DE EMPREGO- Se faz

    importante definir porque a CLT se aplica a empregados

    III.1 AUTNOMOArt.1.216 do CC- o que trabalha por conta prpria, fazendo suasprprias condies. No dizer de Mascaro Nascimento 2 aquele que no transferepara terceiro o poder de organizao de sua atividade. Trabalhar por conta

    prpria

    O autnomo trabalha por conta prpria e o subordinado por conta alheia; Quanto mais elevado o nvel do trabalhador mais tnue a subordinao.

    Exemplos: Corretor de imveis (nem sempre autnomo); taxista que alugaveculos; empreiteiro (contrato de resultado Art. 610 e seguintes do CC); vendedorsem exclusividade (L. 3.207/57; 4886/65, art. 1; 8.420/92 (veculo prprio, criaode empresa no impede o vnculo);

    III.2 EVENTUAL Conceito na L. 8.212/91, art. 12, alneas g VI - comotrabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vnculo empregatcio, servios de

    natureza urbana ou rural definidos no regulamento;S. 309-TSTTeorias

    Do evento admitido para um determinado evento, servio especfico.Ex. Garom de festa.

    Dos finsservios no coincidentes com os fins normais da empresa. Descontinuidadeespordica, ocasional. FixaoTrabalhador no se fixa a uma fonte de trabalho.

    Exs garom de festa, bia fria, chapa.

    um trabalhador com subordinao de curta durao diferente doautnomo.

    So segurados da previdncia.

    III.3 AVULSOS(porturio)Art. 7 XXXIV CRFB/88; Lei 8.630/93 o quepresta servios a inmeras empresas agrupados em entidades de classe (sindicatos ourgo gestor), por intermdio dessa e sem vnculo de emprego.

    Caractersticas: a) curta durao dos servios prestados a umbeneficirio;

    b)remunerao em forma de rateio;c) intermediao da mo-de-obra pelo sindicato dos

    trabalhadores ou rgo gestor;

    Avulso Sindical ou no sindical

    2Nascimento. Op cit. p 264

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    Avulso porturio e no porturioart. 18 da Lei 8.630/93Cada pontodeve constituir um rgo de gesto de mo-de-obra porturia, para administra ofornecimento da mo-de-obra;Tanto pode ser empregado como avulso art. 26 determina os trabalhos(estiva,conferncia, concertos a vnculo).Modo como prestado e no funo que vai definir se empregado ou avulso.

    III.4 COOPERATIVAS Art. 442 CLT, pargrafo nico, modificado pela Lei8.949/94, art. 9.Art. 174 2 CF ; Lei 5.764/71Segundo Pinto Martins3 so caractersticas fundamentais da cooperativa: adesovoluntria; variabilidade do capital social em cotas;limitao do numero de cotas

    para cada associado; impossibilidade de cesso terceiros estranhos; quorum parafuncionamento e outros

    Observar sempre o contrato realidadeexistem muitas fraudes. Pois a relao entre cooperativa e cooperado de associao e no com

    subordinao jurdica, como na de emprego Comprovada a fraude (art. 9. CLT), o vnculo com a empresa que usa a

    mo de obra.

    III.5TEMPORRIOSLEI 6.019/74, 7.102/83 , S. 331,IV TST.- conceito- art. 2. L. 6019/74- Art. 2 - Trabalho temporrio aquele prestado por pessoa

    fsica a uma empresa, para atender necessidade transitria de substituio de seu pessoal

    regular e permanente ou acrscimo extraordinrio de servios.

    empregado, s no se forma o vnculo com o tomador de servios. Conceito de temporrioArt. 2 Lei 6.019. Empresa de trabalho temporrioArt. 4 da Lei 6.019 ClienteTomador de serviosNo h vnculo com o cliente; o valor

    pago de forma global tomadora de servios; A diferena que aqui a subordinao e com a empresa de trabalho

    temporrio que tem o cadastro; Pode haver trabalho com empresa de servios temporrio e prazo. Pode haver contrato prazo direto com a empresa principal art. 443

    CLT, dependendo da situao, assim as necessidades transitrias de uma empresa

    podem ser satisfeitas de duas maneiras (direto 443 ou com empresa interposta Lei 6.019);

    Diferente do eventual O vnculo direto com o beneficirio dosservios;

    No se confunde com e agncia de colocao esta s coloca, noremunera, nem em vnculo;

    Diferente de locao permanente ambas locam mo-de-obra, esta,porm, com prazo indeterminado, como vigilncia (7.102/83).

    Terceirizao S. 331, VI TST. Ainda vedado no ordenamento, exceo devigilante, servios gerais e temporrios (6.019/74 / 7.102/83).

    3Martins. OP cit p. 172

    http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2719656/art-2-da-lei-6019-74http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2719656/art-2-da-lei-6019-74http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2719656/art-2-da-lei-6019-74
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    Pinto Martins 4Consiste na possibilidade de contratar terceiros para realizao deatividades que no constituem o objeto principal da empresa, tanto na produo de

    bens como de servios.s. 257 TSTvigilantes no bancrio.

    III.6 ESTAGIRIOSLei 6.494/77, alterado pela Lei 8.859/94 e atualmente Lei11.788 de 25.09.2008No empregado.A grande diferena que o contrato de estgio tem carter pedaggico, formao

    profissional, embora pessoalidade, subordinao, continuidadeAdmisso nas empresas ajustando-se condio com faculdade, escola tcnica-contrato de at dois anos (6h/30h).Intervenincia obrigatria da instituio;Aluno matriculado.Experincia de aprendizado compatvel;Bolsa ou outra forma de remunerar;Vale transporteSeguro acidenteINSS facultativo

    III.7 TRABALHO VOLUNTRIO Lei 9.608/98 - Prestado sem finslucrativos, gratuitos, sem salrios e para fins cvicos, culturais, # Lei 7.664/87Mesocial.Definio- Art. 1 Considera-se servio voluntrio, para fins desta Lei, a atividade noremunerada, prestada por pessoa fsica a entidade pblica de qualquer natureza, ou ainstituio privada de fins no lucrativos, que tenha objetivos cvicos, culturais, educacionais,

    cientficos, recreativos ou de assistncia social, inclusive mutualidade.

    III.8- Policial Militar- Reconhecimento de vnculo celetistaS. 386TST

    III-9- CABO ELEITORIAL- Lei 9.504/97- art. 100.

    SUMULAS

    SUM-257 VIGILANTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003O vigilante, contratado diretamente por banco ou por intermdio de empresas especializadas, no

    bancrio.

    SUM-309 VIGIA PORTURIO. TERMINAL PRIVATIVO. NO OBRIGATO-RIEDADEDE REQUISIO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003Tratando-se de terminais privativos destinados navegao de cabotagem ou de longo curso, no obrigatria a requisio de vigia porturio indicado por sindicato.

    SUM-386 POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VNCULO EM-PREGATCIOCOM EMPRESA PRIVADA (converso da Orientao Jurisprudencial n 167 da SBDI-1) -Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

    4Martins. Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 27a ed. Ed. Atlas

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    Preenchidos os requisitos do art. 3 da CLT, legtimo o reconhecimento de re-lao de empregoentre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidadedisciplinar prevista no Estatuto do Policial Mi-litar. (ex-OJ n 167 da SBDI-1 - inserida em26.03.1999)

    SUM-331 CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIOS. LEGALIDADE (novaredao do item IV e inseridos os itens V e VI redao) - Res. 174/2011, DEJTdivulgado em 27, 30 e 31.05.2011I - A contratao de trabalhadores por empresa interposta ilegal, formando-se o vnculodiretamente com o tomador dos servios, salvo no caso de trabalho tem-porrio (Lei n 6.019,de 03.01.1974).II - A contratao irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, no ge-ra vnculo deemprego com os rgos da Administrao Pblica direta, indireta ou fundacional (art. 37, II,da CF/1988).III - No forma vnculo de emprego com o tomador a contratao de servios de vigilncia(Lei n 7.102, de 20.06.1983) e de conservao e limpeza, bem como a de serviosespecializados ligados atividade-meio do tomador, desde que ine-xistente a pessoalidade e asubordinao direta.

    IV - O inadimplemento das obrigaes trabalhistas, por parte do empregador, implica aresponsabilidade subsidiria do tomador dos servios quanto quelas obrigaes, desde quehaja participado da relao processual e conste tambm do ttulo executivo judicial.V - Os entes integrantes da Administrao Pblica direta e indireta respondemsubsidiariamente, nas mesmas condies do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposano cumprimento das obrigaes da Lei n. 8.666, de 21.06.1993, especialmente nafiscalizao do cumprimento das obrigaes contratuais e le-gais da prestadora de serviocomo empregadora. A aludida responsabilidade no decorre de mero inadimplemento dasobrigaes trabalhistas assumidas pela em-presa regularmente contratada.VIA responsabilidade subsidiria do tomador de servios abrange todas as verbas decorrentes dacondenao referentes ao perodo da prestao laboral.