96
1 Fundamentos de Macro 1 Gestão Pública 2 Fundamentos de Micro 3 Jogo de Política Econômica 4 Políticas Econômicas 5 Os Dois Lados da Economia 6 Inflação 7 Introdução aos Mercados e Formação de Preços 8 Programa - Gestão Pública Programa - Gestão Pública

3 Equilíbrio Geral

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Page 1: 3 Equilíbrio Geral

1

Fundamentosde

Macro 1

Gestão Pública

2

Fundamentosde

Micro 3

Jogo de Política

Econômica 4

Políticas Econômicas

5

Os DoisLados daEconomia 6

Inflação7

Introdução aosMercados

e Formaçãode Preços 8

Programa - Gestão PúblicaPrograma - Gestão Pública

Page 2: 3 Equilíbrio Geral

2

Os DoisLados daEconomia 6

Lado Real

Lado Monetário

EquilíbrioGeral

Page 3: 3 Equilíbrio Geral

Fluxo Circular da Renda

3

SociedadeEmpresas

Setor Externo

SetorFinanceiro

Governo

Fatores de Produção

Bens e Serviços

Salários, Alugueis, Juros, Dividendos, etc

Pagamento dos Bens e Serviços

T GApl.

Empr.

X

M

5

1

3

2

4

LR

LM

Page 4: 3 Equilíbrio Geral

Economia

O ideal é Equilibrar ;

A Oferta com a Demanda interna de produtos e serviços; A Exportação com a Importação de produtos e serviços; As Aplicações com os Empréstimos financeiros; Os Gastos com a arrecadação de Impostos.

Diferença: O Lado Real trata dos bens tangíveis ( que se consegue

visualizar, a produção e prest. de serviços ) e o Lado Monetário, trata das variáveis financeiras (oferta e demanda de moeda).

4J. E. A. Balian

Page 5: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

Lado Real - (PIB) Lado Monetário - (Txi)

PIB * Txi (taxa de juros)

CONFLITO

Quanto maior a Txi = menor o crescimento e vice-versa Objetiva-se buscar o EQUILIBRIO entre essas variáveis .

5J. E. A. Balian

Page 6: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA A – O LADO REAL DA ECONOMIA : Mercado de bens e serviços

Modelo keynesiano simplificado

Nesta parte , estuda-se que variáveis não monetárias determinam o nível de renda agregada e como atuar sobre elas para conseguir que a economia opere a pleno emprego sem inflação ou recessão.

Variáveis não monetárias = Oferta e demanda de mão de obra, tecnologia, recursos naturais, bens e serviços.

Nível de renda = nível de produção (renda = PIB)Agregada = somada (da sociedade)Pleno emprego = sem ociosidade, produção ao máximo

6J. E. A. Balian

Page 7: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

OBJETIVO:Levar a oferta agregada ao máximo (pleno emprego) e fazer com que a demanda agregada (da sociedade) se iguale a oferta máxima.

Exemplos: 1. Oferta agregada (OA) = 60.000 Pleno emprego

Demanda agregada (DA) = 60.000 Situação ideal

2. (OA) = 60.000 Temos RECESSÃO , cai a produção e preços(DA) = 50.000 (deve-se incentivar a demanda)

7

Page 8: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

3. (OA) = 60.000 Temos INFLAÇÃO porque sobe o preço (DA) = 70.000 (No CP abaixa-se demanda e

NO LP incentiva-se a produção).

4. OA = 50.000 Trazer para pleno emprego, a OA e DA.5. DA = 50.000

OFERTA AGREGADA NO MÁXIMO = DEMANDA AGREGADA

8

Page 9: 3 Equilíbrio Geral

Objetivo:

9

.

OA.PE DA

.

DA= Excesso de Demanda

DA= Falta DemandaSobra de Produtos

Page 10: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

A 1 . CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

- OFERTA DE BENS E SERVIÇOS (OFERTA AGREGADA) = OA

OA = RENDA NACIONAL = PIB = Y = p.y

Onde: Y = renda nacional = PIB Yp = renda nacional de pleno emprego p = nível geral de preços y = quantidade produzida e vendida

10J. E. A. Balian

Page 11: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

OFERTA AGREGADA = OAÉ a quantidade de bens e serviços que os produtores estão dispostos a colocar no mercado.

OU

11

A B

C

P

OA

Yp

P

OA

YY = p.yYp

J. E. A. Balian

Page 12: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

• Deve ser observado que a oferta agregada é constante no curto prazo, pois não é possível aumentar o estoque do capital, mão de obra, e o nível tecnológico, se não, a um prazo relativamente longo.

- DEMANDA DE BENS E SERVIÇOS (DEM. AGREGADA) = DA É a quantidade de bens e serviços que os consumidores estão

dispostos a comprar.

DA = C + I + G + (x-m)

12J. E. A. Balian

Page 13: 3 Equilíbrio Geral

13

{Demanda agregada

COMPONENTES DA DEMANDA NO PIB

C = CONSUMO

I = INVESTIMENTO

G = GASTOS DO GOVERNO

T = TRIBUTOS (financiam G)

X = EXPORTAÇÃO

M = IMPORTAÇÃO

Demanda do setor privado

Demanda do setor público

Demanda do resto do mundo

Page 14: 3 Equilíbrio Geral

14

COMPONENTES DA DEMANDA NO PIB

Consumo: despesas das famílias com bens e serviços, exceto a aquisição de nova moradia.

Investimento: despesas com equipamento de capital, mão de obra, estoques e construções por parte das empresas, incluindo as aquisições de novas moradias pelas famílias.

Gastos do Governo: despesas com bens e serviços pelos governos federal, estadual e municipal (exclui pagamento de transferências).

Exportações Líquidas: exportações de produtos e serviços menos

importações de produtos e serviços

Page 15: 3 Equilíbrio Geral

Economia

• A demanda agregada é mais maleável, mais sensível a curto prazo, enquanto que a oferta agregada é mais rígida, exigindo políticas de longo prazo.

• Existe o PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA pelo qual, a procura determina o nível de produção.

15

Page 16: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA FUNÇÃO CONSUMO

C = Co + ( b .Yd )Onde:Co = consumo autônomo ( a parcela do consumo que não depende da renda)

b = propensão marginal a consumir ( PmgC) = variação do consumo em decorrência da variãção da renda

Yd = renda disponível (Y-T)T = tributos

b .Yd = consumo induzido (o consumo que depende da renda) b = variação de C / variação de Y = 90 / 100 = 0,9

16J. E. A. Balian

Page 17: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

0 < Pmgc < 1

17

C

C = C0 + b .Yd

Yd

C0

J. E. A. Balian

Page 18: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

FUNÇÃO POUPANÇA

S = So + ( b’ . Yd )Onde:So = poupança autônoma (endividamento, despoupar) , Co = - So

b’ = PmgS = Variação de S / Variação de Y = Variação da poupança em decorrência da variação da renda

b’ = Variação de S / Variação de Y = 10 / 100 = 0,1 b’.Yd = poupança induzida

18J. E. A. Balian

Page 19: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

PmgC + PmgS = 1

19

S

S = S0 + b’.Yd

Yd-S0

J. E. A. Balian

Page 20: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

O modelo simplificado que estamos estudando considera as demais variáveis que compõem a demanda agregada como autônomas, ou seja, independentes da renda, DA = C + I + G + (X-M).

Graficamente temos:

20

DADA = C + I + G + (x-m)

I + G

I

I + G + (x-m)

J. E. A. Balian

Page 21: 3 Equilíbrio Geral

21

Variáveis Autônomas em relação à Renda:

I = f (taxa de juros corrente, taxa de juros esperada, rentabilidade passada e futura, renda nacional, renda nacional futura, disponibilidade de crédito,

capacidade ociosa, ambiente regulatório, estabilidade de preços, expectativas de vendas, confiança, etc...)

G = f ( estratégia da política fiscal, estoque da dívida pública, etc...)

(X – M) = f ( estratégia da política cambial e comercial, oferta e demanda de dividas, etc...)

Page 22: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

A 2. EQUILÍBRIO GERAL

Podemos representar o equilíbrio da economia de duas formas; Igualando a OFERTA com a DEMANDA AGREGADA ou os VAZAMENTOS com as INJEÇÕES DE RECURSOS.

A principal contribuição de Keynes foi de mostrar que a economia pode estar em EQUILÍBRIO MESMO FORA DO PLENO EMPREGO.

22J. E. A. Balian

Page 23: 3 Equilíbrio Geral

23

RendaRenda

• SaláriosSalários

• LucrosLucros

• AlugueisAlugueis

• JurosJuros

O Sistema EconômicoModelo Simplificado

Aparelho ProdutivoAparelho Produtivo

AgentesAgentesEconômicosEconômicos

SetoresSetores

•D-1 Bens de CapitalD-1 Bens de Capital•D-2 Bens de D-2 Bens de Consumo DurávelConsumo Durável•D-3 Bens de D-3 Bens de Consumo Não DurávelConsumo Não Durável

•TrabalhadorTrabalhador•EmpresáriosEmpresários•ExecutivosExecutivos

AviõesAviões

Vagas em Vagas em EscolasEscolas

AlfaceAlface

CarrosCarros

--

AlfinetesAlfinetes

PIBPIB

MERCADODEMANDA OFERTA

Page 24: 3 Equilíbrio Geral

APARELHO PRODUTIVO(que aumenta lentamente)

Estoque de capitais.Classificação do Aparelho:- D1- Departamento de Bens de capitais.- D2 - Departamento de Bens de

Consumo duráveis.- D3 - Departamento de Bens de

Consumo não duráveis

24

Page 25: 3 Equilíbrio Geral

PIB RENDA

20 Cigarros 100,00

Salários 40,00

Lucros 30,00

Tributos 30,00

Total 100,00 Total 100,00

25

Page 26: 3 Equilíbrio Geral

26

APARELHO PRODUTIVO

DEPTO

1

DEPTO

2

DEPTO

3

TOTAL

L1 L2 L3 Lt

W1 W2 W3 WT

I C C Y

Page 27: 3 Equilíbrio Geral

27

APARELHO PRODUTIVO

D1 D2 D3 TOTAL

L1 L2 L3 Lt

W1 W2 W3 WT

I C C Y

PIBUS$ 100.000

RENDAUS$ 100.000

DEMANDAUS$ 100.000

Page 28: 3 Equilíbrio Geral

PIB, RENDA E DEMANDA

PIB(OFERTA)

US$ 100.000

PIB(OFERTA)

US$ 100.000

28

RENDAUS$ 100.000 RENDAUS$ 100.000

DEMANDAUS$ 100.000 DEMANDAUS$ 100.000

Page 29: 3 Equilíbrio Geral

PIB, RENDA E DEMANDA

Demanda Agregada - mensuração do fenômeno econômico através do gasto dos agentes econômicos.

DA = C + I + G + (X – M), onde,- Setor Privado- Setor Público- Setor Externo

29

Page 30: 3 Equilíbrio Geral

EQUILÍBRIO

(p . y) = (LT + WT + T) = (C + I + G + (X - M))

30

PIB RENDA DEMANDA

Page 31: 3 Equilíbrio Geral

EQUILÍBRIO

OA = Y = DAY = C + I + G + (X - M)

31

Page 32: 3 Equilíbrio Geral

Atuação dos instrumentos de política econômica

Y = C + I + G + (X - M)

32

JUROS CÂMBIOPOLÍTICA

FISCAL

Page 33: 3 Equilíbrio Geral

OBJETIVO: OA = DA

33

Ye

1000

Yp

1.200

Oa

Da

y

Oa, Da

Ye

1.200

=

Page 34: 3 Equilíbrio Geral

OBJETIVO: OA = DA

34

OA

DA

Ye

1.400

Yp

1.200

Y

OA, DA

Ye

1.200

=

Page 35: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIAVAZAMENTOS = INJEÇÕES

35

Y

I+G+X

inj; vaz

S+T+M

Ye

J. E. A. Balian

Yp

Page 36: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

HIATO É uma Deficiência em relação ao Pleno Emprego

HIATO DEFLACIONÁRIO ( HD )Medida de deficiência da procura

HIATO DE PRODUÇÃO ( HP ) Capacidade de produção não realizada

36J. E. A. Balian

Page 37: 3 Equilíbrio Geral

Economia

37

Ye Yp

Oa

Da

y

Oa, Da

hd

hp

Page 38: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

A procura é deficiente, está abaixo do nível da oferta ao pleno emprego. Existe a Variação Involuntária de estoque, ou seja, um investimento não planejado.

Para a Economia Voltar ao Pleno Emprego É PRECISO:

Aumentar os gastos do governo; Política Monetária no sentido de baixar as taxas de juros; Política Tributária no sentido de diminuir a carga dos

tributos.

38J. E. A. Balian

Page 39: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

HIATO INFLACIONÁRIO (HI) Inflação de demanda > maior procura em relação ao pleno

emprego, procura excessiva em relação à oferta. Esse é o único tipo de inflação explicada por Keynes, os planos de investir são maiores do que poupar no pleno emprego.

Hiato Inflacionário é um superávit em relação ao pleno emprego.

Excesso de renda monetária em relação ao pleno emprego Existe inflação de demanda sobre os preços Existe desestocagem de produtos Se utiliza todo o capital disponível

39J. E. A. Balian

Page 40: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

DA

OA

yeyp

hi

y (=DA)

OA, DA

hi = yd - yo = (+)hi = I - S = (+)

rym = YE - YP

40J. E. A. Balian

Page 41: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

NOS PERÍODOS SEGUINTES É PRECISO:

A Longo Prazo: Aumentar a oferta para atender a procura; Aumentar a mão de obra direta; Aumentar o capital existente . A causa da inflação é o excesso de demanda no pleno

emprego.

A Curto Prazo: Redução da demanda.

41J. E. A. Balian

Page 42: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

A 3 - Multiplicadores Keynesianos

• O efeito multiplicador é equivalente a um efeito propagador;

- Existe vários multiplicadores keynesianos, tais como: de gastos, de investimentos, de exportação, de importação, etc...

42J. E. A. Balian

Page 43: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

Por ex: Dados Ye1 = 100 ; Yp = 200 ; MG = 2, para a renda Ye1 chegar ao pleno emprego, o governo não precisa gastar G = 100, pois existe um efeito multiplicador dos gastos.

Var Y = Var G x MG

Var Y = 50 x 2 = 100, ou seja, o governo gastando 50 provoca uma variação do P.I.B (Y) de 100 e chega ao pleno emprego.

43J. E. A. Balian

Page 44: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

• Que tipo de Hiato nossa economia possui atualmente?

Que indicadores você pode utilizar para justificar sua resposta?

44

Page 45: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

B – O LADO MONETÁRIO DA ECONOMIA

B 1.CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

OFERTA DE MOEDA

A oferta de moeda pode ser analisada como composta de uma OFERTA PRIMÁRIA correspondente as emissões do governo e uma SECUNDÁRIA decorrente do fato dos bancos emprestarem mais do que captam em depósitos.

Desta forma, os bancos apesar de não emitirem moeda criam meios de pagamento.

45J. E. A. Balian

Page 46: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

A oferta primária não depende da taxa de juros mas apenas do tipo de política monetária adotada pelo governo.

Multiplicadores Monetários

O mecanismo multiplicador de depósitos depende de dois parâmentros:

a) da Relação entre moeda em Poder do Público e Depósitos à Vista e b) da Necessidades de Reservas dos bancos comerciais

46J. E. A. Balian

Page 47: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

Existem vários tipos de multiplicadores monetários, por ex:

Multiplicadores de Depósitos = multiplicador referente ao aumento múltiplo dos meios de pagamento derivado a um aumento nos depósitos à vista.

Multiplicadores de Base Monetária = a base monetária é também chamada moeda primária, por um mecanismo de multiplicação a moeda primária da origem aos meios de pagamento.

47J. E. A. Balian

Page 48: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

m = MP / BM

Exemplo em 12/2010: Saldo dos meios de pagamento (M1) = R$ 279,6 bilhões Saldo da base monetária (BM)= R$ 197,4 bilhões m = 279,6 / 197,4 = 1,41

Ou seja, uma expansão primária de moeda de 10% por exemplo, leva a um total de MP de 41% .

48J. E. A. Balian

Page 49: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

A DEMANDA DE MOEDA

Nesta parte queremos saber que motivos levam as pessoas a reter moedas, ou seja, guardar dinheiro, em vez de aplica-lo, por exemplo, em títulos públicos ou imóveis.

Segundo Keynes, existem três motivos pelos quais as pessoas demandam moeda e duas Teorias Econômicas para estuda-las:

- MOTIVO TRANSAÇÃO - TEORIA CLÁSSICA - MOTIVO PRECAUÇÃO - TEORIA KEYNESIANA - MOTIVO ESPECULAÇÃO

49J. E. A. Balian

Page 50: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

A DEMANDA DE MOEDA

Segundo a Teoria Clássica (voltada aos países desenvolvidos), prevalece apenas os motivos de Transação e Precaução por demanda de moeda, e:

Segundo a Teoria Keynesiana (voltada às economias em

desenvolvmento), prevalece os três motivos por demanda de moeda, ou seja, Transação, Precaução e Especulação.

50J. E. A. Balian

Page 51: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

51

DEMANDA DE MOEDA PELO MOTIVO DE TRANSAÇÃO

As pessoas retém moeda para efetuar pagamentos que vençam antes da data de recebimento da sua renda, ou seja, para fazer face a diferença de datas entre recebimentos e gastos diários com alimentação, saúde, transporte, lazer, etc…

Claramente , a demanda por moeda por transação depende do nível de renda : quando a renda melhora, os gastos sobem e os saldos para harmonizar esses fluxos também aumentam.

Page 52: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

Mdt = é a quantidade média de moeda retida (demandada);Y = é a renda nacional

A relação entre Mdt e Y é expressa pela equação:

K = Mdt / Y

K = Coeficiente Marshalliano ou de Cambrige = é a retenção média de moeda pela coletividade em proporção à renda nacional num determinado período de tempo.

52J. E. A. Balian

Page 53: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

Por exemplo: Mdt = 279.600 Ye = 3.382.000 K = 279.600 / 3.382.000 =

12,1%

A coletividade costuma reter 12,1%, de sua renda, com o objetivo de atender suas transações diárias.

O coeficiente é estável no curto prazo e depende de dois fatores:

53J. E. A. Balian

Page 54: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

- Hábitos da coletividade = no uso de cheques e cartões de crédito, dinheiro eletrônico, etc...

- Grau de verticalização da Economia = é a capacidade das empresas se juntarem para fazer negócios, sob a forma de parcerias, consórcios, Sociedades Anônimas ou Ltda, etc...

Ex: Ford comprou a PHILCO e diminui a necessidade de manter moeda em caixa, pois as operações das duas empresas passam a ser simples, por exemplo, através de lançamentos contábeis.

54J. E. A. Balian

Page 55: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

Temos que :

Mdt = K . (p . y)Onde:

Ye = renda monetária = PIB = p . y

p = nível geral de preços

y = qtde produzida ou renda real

55J. E. A. Balian

Page 56: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

56

Ye = p . y

k

Mdt

J. E. A. Balian

Page 57: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

- DEMANDA DE MOEDA PELO MOTIVO DE PRECAUÇÃO

A segunda razão para que pessoas e empresas retenham moeda é a incerteza quanto às datas de recebimentos e pagamentos.

Mdp = K .Ye = K . ( p . y )

Como Mdt e Mdp dependem de Y, podemos juntá-los:

Md (t + p) = K . Ye = K. ( p . y)57

J. E. A. Balian

Page 58: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

- DEMANDA DE MOEDA PELO MOTIVO DE ESPECULAÇÃO

Keynes deu nova dimensão a moeda, ao colocá-la como forma de riqueza, de patrimônio.

Segundo Keynes, as pessoas demandaram moeda não apenas para satisfazer suas transações correntes , mas também para especulação , pois esperam ganhar no futuro com esta decisão.

58J. E. A. Balian

Page 59: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

- DEMANDA DE MOEDA POR MOTIVO DE ESPECULAÇÃO

A Mde depende da comparação entre os ganhos futuros e os ganhos atuais de um investimento, ou seja, entre o rendimento futuro e o rendimento presente.

Pode-se estabelecer uma relação entre a Mde e a taxa de juros.

É DE SE ESPERAR QUE ESTA RELAÇÃO SEJA INVERSA.

59J. E. A. Balian

Page 60: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

Mde = f ( i ) Onde:Mde = demanda de moeda por especulaçãoi = taxa de jurosd Mde / d i < 1

60J. E. A. Balian

M d

i

Mde = f (i)

Page 61: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

- A função demanda de moeda total

Md = Mdt+p + Mde = K P y + f (i)

61J. E. A. Balian

M d t+p

iM t+p

Page 62: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

62

M d

i

M d

i

Mde = f (i)

J. E. A. Balian

Page 63: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

B 2. EQUILÍBRIO

Analisa-se separadamente a Visão Clássica da Visão Keynesiana ( que introduz o motivo especulação).

Nos dois casos, a oferta de moeda é constante em relação a taxa de juros ou seja, é fixada institucionalmente, depende da política do Banco Central.

63J. E. A. Balian

Page 64: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

TEORIA CLÁSSICA ( Monetarista)

Oferta de moeda: Mo = Mo Dem de moeda: Md t+p = K. (p.y)

64J. E. A. Balian

M 0

iMo

Equilibrio: Mo = Md

Mo = K. (p . y)

Page 65: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

Sendo V = Velocidade da moeda

É o número de giros que uma unidade monetária dá na economia, criando renda durante um certo período de tempo.

É o inverso do coeficiente Marshalliano. V = 1 / K ou k = 1 /V

K = Retenção de moeda V = Velocidade da moeda

65J. E. A. Balian

Page 66: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

EQUAÇÃO QUANTITATIVA DA MOEDA:

Mo = (1 / V) . (p.y) ou Mo . V = (p . y)

Podemos considerar que:

Ye = (p.y) é igual ao PIB e como V = velocidade é constante no curto prazo, temos desta forma UMA

RELAÇÃO DIRETA entre a oferta de moeda e o PIB.

66J. E. A. Balian

Page 67: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

Uma relação direta entre o aumento da oferta de moeda e o PIB, nos mostra que quando aumentamos Mo, o reflexo é um aumento imediato do PIB.

Graficamente, o Equilíbrio Monetário pode ser representado como:

67J. E. A. Balian

M

V = 1/K

Y = p.y

Y1 = p 1. y 1

Md t+p = K. (p.y)

Mo1

Page 68: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

Graficamente, o Desequilíbrio do Lado Monetário pode ser representado como:

68

MV

p.y = Y

Mo2

Md

Mo1

Mo1

Y 1 = p1 . y 1

Y 2 = p 2 . y 2

J. E. A. Balian

Page 69: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIASe:

se a economia estiver no Pleno Emprego: Mo Y = p.y p y

se a economia estiver com Desemprego: p y

Mas economias desenvolvidas a relação entre a oferta de moeda e o PIB é direta (não passa pela taxa de juros). Dado um aumento da oferta de moeda temos como consequência um crescimento do PIB

No entanto, se a economia estiver no pleno emprego sobe os preços (p), a produção (y) fica constante. Se a economia estiver com desemprego de recursos, os preços (p) ficam constantes e sobe a produção (y).

69J. E. A. Balian

Page 70: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

TEORIA KEYNESIANA

Oferta de demanda: Mo = M o Equilíbrio: Mo = Md Dem de moeda Md = f ( y , i ) Mo = f ( y , i )

70J. E. A. BalianM

i

Mdi 1

Mo

Page 71: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

Como se observa a Teoria Keynesiana da moeda depende da elasticidade ou sensibilidade da demanda moeda em relação à taxa de juros.

Essa é a principal diferença entre monetaristas e keynesianos, enquanto os monetaristas advogam que a demanda de moeda seria completamente ineslática em relação a taxa de juros, os Keynesianos filiados defendem uma alta elasticidade em relação a taxa de juros.

71J. E. A. Balian

Page 72: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

Segundo a Teoria Keynesiana:

72

M

iM o 1 M o 2

i 1

i 2

iI

I 1 I 2

S + T + M

p 1. y 1 = Y 1

p 2. y 2 = Y 2

I

Vaz, inj

YI 1 + G + X I 2 + G + X

Md

Page 73: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA Toma-se a Decisão de investir no Mercado Produtivo ou Financeiro ? Mo ; Txi ; DA ; I : Y

Se a economia estiver no Pleno Emprego: p y

Se a economia estiver com Desemprego e Recursos: p y

Relação entre a oferta de moeda e o PIB é indireta, ou seja, passa pela taxa de juros. A decisão de investir na produção ou não depende da taxa de atratividade do mercado financeiro.

73J. E. A. Balian

Page 74: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

• Suponha que você ganhou uma grande “bolada” de dinheiro na mega

sena.

Como você aplicaria esses recursos? Elabore uma carteira de investimentos.

74

Page 75: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

C – EQUILÍBRIO GERAL

LADO REAL X LADO MONETÁRIO

P.I.B. Taxa de Juros

75

Page 76: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA C1- INTRODUÇÃO

• A estabilidade econômica, social e política;• as taxas de inflação e câmbio sob controle;• as taxas de risco país e de juros baixas,

etc...

Enfim, a Conjuntura Econômica favorável é a condição necessária mas não suficiente para “levar” o país ao desenvolvimento econômico sustentado.

76

Page 77: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

Exigindo políticas microeconômicas eficazes conjugadas com modelos de gestão eficientes por parte das empresas.

77

Page 78: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA • Nestas condições, o Governo na direção

da economia e os Empresários nas empresas precisam cada um fazer a sua parte para o desenvolvimento do país.

• O padrão de vida (riqueza) de uma nação

é determinado pela produtividade com que usa seus recursos humanos, de capital e naturais.

78

Page 79: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

79

• A produtividade depende tanto do valor dos produtos e serviços quanto da eficiência com que são produzidos.

• Não é em quais setores uma nação, estado ou cidade compete, mas como as empresas competem nesses setores.

Page 80: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

80

• A Especialização, o Comércio e os Investimentos entre as Nações, Estados e Cidades são poderosas alavancas para melhorar a produtividade.

• Os Setores Público e Privado devem desempenhar papéis diferentes mas inter-relacionados na criação de uma Economia Competitiva..

• Uma moeda em desvalorização não é um sinal da competitividade da nação, mas sim, um declínio no

seu padrão de vida.

Page 81: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

• Competir com salários baixos ou explorando os recursos naturais perpetua a pobreza;

Os salários baixos restringem a renda; Os recursos naturais se exaurem..

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ECONOMIA

• A mão-de-obra barata e desqualificada perpetua métodos ineficientes, e a abundância de recursos favorece o desperdício dos mesmos.

• A proteção ao meio ambiente e o desenvolvimento econômico caminham de mãos dadas.

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Page 83: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

83

A poluição é uma manifestação do uso ineficiente A poluição é uma manifestação do uso ineficiente dos recursos e de uma tecnologia falha;dos recursos e de uma tecnologia falha;

A A abundância de fatores cria uma de fatores cria uma armadilha armadilha da qual da qual as nações tem dificuldade de escapar.as nações tem dificuldade de escapar.

As vantagens tradicionais dos países em desenvolvimento As vantagens tradicionais dos países em desenvolvimento

estão se tornando se tornando menos valiosas;menos valiosas;

Page 84: 3 Equilíbrio Geral

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Política Fiscal

5

Política Cambial

6

Política de Rendas

7 Taxa de Crescimento do PIB e do Nível de

Empregos4

Política Monetária

8

Produção(PIB)

1

Taxa de Juros de Mercado

2

+

+

REFORMAS: Fiscal, da Previdência, Política, Administrativa, Sindical eTrabalhista, do Judiciário, e das Pequenas e Médias Empresas.

3

Equilíbrio Geral e Políticas de Desenvolvimento

Page 85: 3 Equilíbrio Geral

85

Elevada Taxa de Juros

1

Endividamento Interno

2

Ineficiência Administrativa

do Governo3

Má Qualidade dos Gastos

Públicos4

Infra Estrutura Perto do Limite

Máximo6

Questões Ambientais

5

Superávit Fiscal

Insuficiente para

Investimentos em Infra Estrutura

7

Reformas Estruturais

Necessárias10

Redução dos Gastos com a

Máquina Administrativa

9

Necessidade de Aumento

da Carga Tributária

8

A Sociedade não aceita

mais aumento de tributos

11

O Governo não tem vontade

Política para enfrentar os Problemas

12

Baixo Crescimento do PIB e do

Nível de Empregos

13

““Amarras” de Nossa Economia (1)Amarras” de Nossa Economia (1)

Page 86: 3 Equilíbrio Geral

86

Má Qualidade dos Gastos

8

Baixo Investimento em Infra Estrutura

(2%) 1

Taxa de Câmbio ?

2

Taxa de Juros ?

3

BAIXOCrescimento do

PIB

7

BAIXO Investimento

Privado(16%)

6

PERDA da competitividade interna e externa

5

AUMENTO no Custo do

Transporte/Total(Infra Estrutura)

4

Educação10

Custeio da Máquina 11

Previdência12

Saúde9

Setor Privado (pequeno

déficit)13

Setor Público(grande déficit)

14

Transferências Obrigatórias(constituição

1988)(90%) 15

+ + =

Amarras (2)Amarras (2)

Page 87: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

C2 - Cinco Questões Macro e Microeconômicas Vitais para nossa Economia, hoje.

1 – O Problema da Taxa de Juros Elevada.

2 – A Redução das Taxas de Juros e o Crescimento Econômico.

87

Page 88: 3 Equilíbrio Geral

ECONOMIA

3 - A Sombra da Inflação no 1º. Sem. de 2011.

4 – O Crescimento, a Importação, os Investimentos e as Contas Externas.

5 – Custo Brasil, Reformas e Competitividade.

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Page 89: 3 Equilíbrio Geral

1 – O Problema da Taxa de Juros Elevada

89

Aparece em dois níveis

No Curto Prazo

No Longo Prazo

Reduz Re

Aumenta as Desp. Fin. Para as Empr.

Aumenta a DívidaPública.

Contribui para a

Valorização do Real

Reduz o Superávit

da BalançaComercial

Com mais Invest.

Estrang.

Reduz ReCom mais

Importações

Inviabiliza Invest. na Indr.

Com. e Infra Estrutura.

Page 90: 3 Equilíbrio Geral

90

Tx Juros Elevada:

Causa Principal

Política Fiscal

Ineficiente

Aumento de Gastos com

Consumo

Geração de Sup. Prim. insuficiente

Apesar de alta Carga Tributária

Aumento da Dívida

Interna

Aumento dos repasses ao

BNDES

Page 91: 3 Equilíbrio Geral

2 – A Redução da Taxa de Juros e o Crescimento da Economia

91

Para reduzir

as Taxas de Juros

Adoção Pol. FiscalEficiente,ou seja:

Reduzir gastos c/ Consumo

Gerar AltosSuperávits

Fiscais

Reduzir Dívida

Pública

Desta forma,

se:

Reduz entrada de Inv. Estr. no M.F.

Reduz Dem. Interna e

Importações

Deixa de Valorizar

a TaxaCâmbio

Reduz Déficit Conta

Corrente

Page 92: 3 Equilíbrio Geral

Com taxas de Juros baixas

Se diminui o Investimento

Estrangeiro no M.F.

O governo tem sobra de caixa para investir

(via Pol. Fiscal)

Aumenta o Investimento Privado

Cresce o investimento

em Infra e das

Empresas

Cresce o PIB e

Empregos

Page 93: 3 Equilíbrio Geral

3 – A “Sombra” da Inflação no 1º. Sem. 2011.

Causas do crescimento. da Inflação 4º.trim/10

Alta (37%)das Comodities agr.

e industriais.

Demanda interna super

aquecida

Uso da capacidade

Industrial alta (84,9%)

Aumento do Sal. Mínimo

(real)

Aumento do Crédito

Economia próxima ao

pleno emprego

+ 36 mil de

pessoas na cl.

Média e + 28 mil da E para D

Page 94: 3 Equilíbrio Geral

“Perigos” para o

1º.trim/11

Aumentos do IPA ir para o Varejo (33,5% de M.P. e 25,3% de

Prod. Agrícolas)

Não reduzir a Demanda

Interna

Não subir a Taxa Selic no Curto

Prazo

Page 95: 3 Equilíbrio Geral

4 – Crescimento, Importação, Investimentos e Contas Externas

De 1970 a 1993Tx. Invest. = 26% PIBImportação = 2% PIB

De 2002 a 2009

- Tx. Invest. = 18% PIB

- Cresc. Médio = 4% PIB

- Def. C. Corrente = 1% a 2% PIB

-Importação = 2% PIB

- Inflação do Centro da Meta

Em 2010- Tx. Invest. = 18% PIB- Def. C. Corrente = 2,8% PIB- Importação = 4,5% PIB- Crescimento = 7,5% PIB- Inflação FORA Centro da Meta

Para o crescimento (5,5%) sustentado o gov. precisa poupar mais, pois: a Tax. Invest. = 25%,

Def. C. Corrente = 1% a 2% PIB e as Importações = 2% PIB

Page 96: 3 Equilíbrio Geral

5 – Custo Brasil, Reformas e Competitividade

O Custo Brasil é muito Alto, pois, temos:

Altos encargos trabalhistas;

Taxa de juros elevada;

Alta carga tributária;

Muita burocracia/corrupção

Baixo nível educacional

Infra estrutura no limite

Falta vontade política dos três governos para resolver os problemas

com realismo sem populismo.

Que fazer as reformas:

Política, Fiscal, da Previdência,

Do Judiciário Da Pequena

Empresa, Etc...