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360 Maria Fumaça e Cantina Di Paolo: sucesso familiar Juntar negócios do mesmo setor e família não é uma tarefa das mais simples. Ainda mais em uma cida- de do interior como Frutal, em que as opções são poucas em relação às grandes cidades. Mas é isso que Jan- ne Mendonça Rodrigues, seu filho Eduardo Mendonça Rodrigues e sua nora Daniela Carballo Menezes Men- donça têm feito há 13 anos, desde que o casal abriu o restaurante Maria Fu- maça, na esquina da Praça da Matriz. Já Janne conta com longos anos de experiência na área da alimenta- ção. São 18 anos, preparando pizzas e massas na Cantina Di Paolo. Antes disso, ela já montava pizzas em casa. E, como não havia nenhuma choperia na cidade, surgiu a ideia de juntar o útil ao agradável. A pizzaria foi aberta no período do carnaval pela família. “A cantina era bem família mesmo. Quem trabalhava era pai, mãe e três filhos. Abrimos no carnaval e teve tan- to sucesso que a rua foi fechada com tantas pessoas”, fala Eduardo. O restaurante surgiu de uma ne- cessidade própria. Recém casados e com dificuldades para cozinhar ape- nas para os dois, o casal teve a idéia de montar um restaurante, que viria a ser o Maria Fumaça. Desde o prin- cipio, o restaurante funciona no sis- tema de alimentação por quilo, e no mesmo prédio. “Era muito difícil cozinhar para dois e Frutal era mui- to carente para quem queria comer fora de casa”, conta o casal. Os dois negócios tiveram grande aceitação da população frutalense e de pessoas que passam pela cidade a trabalho. Nesse tempo as duas casas fidelizaram clientes, que saem de cida- des vizinhas para uma boa refeição. Boa comida: negócio de família MARIANA NOGUEIRA @maricotanog 25/ABR 9 BIS 360 Com a chegada do campus da Universidade do Estado de Minas Gerais e os quase 1,5 mil estudan- tes que se instalaram em Frutal, os dois estabelecimentos ganharam clientes novos. Desses, muitos são freqüentadores diários. Edwaldo Costa é professor do curso de Comunicação Social na UEMG e desde o início almoça no restaurante, assim como Isabela Buzatto de Lima e Ruy Castro. Ela chegou este ano para estu- dar e residir na cidade; Ruy mora em Frutal há 10 anos, e ao longo desse período sempre freqüentou o restaurante. Ambos destacam a qualidade das refeições e o ótimo atendimento como fatores determi- nantes para o sucesso. Para Da- niela, proprietária, o serviço é im- portantíssimo e ela mesma treina seus colaboradores. Edwaldo, Izabela e Ruy acredi- tam que negócios do mesmo ramo em uma mesma família não preju- dicam um ao outro. “Acredito que abrir um negócio no qual a família já tenha experiência torna mais fá- cil porque você tem confiança no irmão, primo ou pai. Mas apenas este motivo não garante o sucesso da empresa. Precisa de uma admi- nistração transparente e de forma adequada. Definir funções e horá- rios são fatores fundamentais. Os locais tradicionais bem sucedidos acabam servindo de incentivo.” diz Edwaldo. Já Izabela é mais categórica: “acredito que o traba- lho pode ser realizado em conjun- to, sem que um se sobressaia ao outro”. Mesmo com o crescimento do número de serviços de alimenta- ção o restaurante Maria Fumaça se mantém forte no mercado. Sua localização estratégica em uma das esquinas mais populares da cidade fez com que o negócio prosperasse. Influenciados um pelo outro ou não, Maria Fumaça e Cantina Di Paolo são negócios que prosperaram em Frutal e con- tinuam servindo de referência para os novos comércios que abrem to- dos os dias acompanhando o cres- cimento acelerado da cidade. Novos clientes Foto/Eduardo Uliana Daniela Carballo Menezes Mendonça: empresária também coloca a mão na massa

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Caderno 2 do Jornal quinzenal produzido pela 360 Agência de Comunicação de Frutal/MG

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Maria Fumaça e Cantina Di Paolo: sucesso familiar

Juntar negócios do mesmo setor e família não é uma tarefa das mais simples. Ainda mais em uma cida-de do interior como Frutal, em que as opções são poucas em relação às grandes cidades. Mas é isso que Jan-ne Mendonça Rodrigues, seu filho Eduardo Mendonça Rodrigues e sua nora Daniela Carballo Menezes Men-donça têm feito há 13 anos, desde que o casal abriu o restaurante Maria Fu-maça, na esquina da Praça da Matriz.

Já Janne conta com longos anos de experiência na área da alimenta-ção. São 18 anos, preparando pizzas e massas na Cantina Di Paolo. Antes disso, ela já montava pizzas em casa. E, como não havia nenhuma choperia na cidade, surgiu a ideia de juntar o útil ao agradável. A pizzaria foi aberta no período do carnaval pela família. “A cantina era bem família mesmo.

Quem trabalhava era pai, mãe e três filhos. Abrimos no carnaval e teve tan-to sucesso que a rua foi fechada com tantas pessoas”, fala Eduardo.

O restaurante surgiu de uma ne-cessidade própria. Recém casados e com dificuldades para cozinhar ape-nas para os dois, o casal teve a idéia de montar um restaurante, que viria a ser o Maria Fumaça. Desde o prin-cipio, o restaurante funciona no sis-tema de alimentação por quilo, e no mesmo prédio. “Era muito difícil cozinhar para dois e Frutal era mui-to carente para quem queria comer fora de casa”, conta o casal.

Os dois negócios tiveram grande aceitação da população frutalense e de pessoas que passam pela cidade a trabalho. Nesse tempo as duas casas fidelizaram clientes, que saem de cida-des vizinhas para uma boa refeição.

Boa comida: negócio de famíliaMariana nogueira @maricotanog

25/ABR

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0Com a chegada do campus da

Universidade do Estado de Minas Gerais e os quase 1,5 mil estudan-tes que se instalaram em Frutal, os dois estabelecimentos ganharam clientes novos. Desses, muitos são freqüentadores diários.

Edwaldo Costa é professor do curso de Comunicação Social na UEMG e desde o início almoça no restaurante, assim como Isabela Buzatto de Lima e Ruy Castro. Ela chegou este ano para estu-dar e residir na cidade; Ruy mora em Frutal há 10 anos, e ao longo desse período sempre freqüentou o restaurante. Ambos destacam a qualidade das refeições e o ótimo atendimento como fatores determi-nantes para o sucesso. Para Da-niela, proprietária, o serviço é im-portantíssimo e ela mesma treina seus colaboradores.

Edwaldo, Izabela e Ruy acredi-tam que negócios do mesmo ramo em uma mesma família não preju-dicam um ao outro. “Acredito que abrir um negócio no qual a família já tenha experiência torna mais fá-

cil porque você tem confiança no irmão, primo ou pai. Mas apenas este motivo não garante o sucesso da empresa. Precisa de uma admi-nistração transparente e de forma adequada. Definir funções e horá-rios são fatores fundamentais. Os locais tradicionais bem sucedidos acabam servindo de incentivo.” diz Edwaldo. Já Izabela é mais categórica: “acredito que o traba-lho pode ser realizado em conjun-to, sem que um se sobressaia ao outro”.

Mesmo com o crescimento do número de serviços de alimenta-ção o restaurante Maria Fumaça se mantém forte no mercado. Sua localização estratégica em uma das esquinas mais populares da cidade fez com que o negócio prosperasse. Influenciados um pelo outro ou não, Maria Fumaça e Cantina Di Paolo são negócios que prosperaram em Frutal e con-tinuam servindo de referência para os novos comércios que abrem to-dos os dias acompanhando o cres-cimento acelerado da cidade.

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Maria Bethânia é a maior cantora brasileira. É o que eu penso. De nenhum ou-tro artista tenho tantos CDs. Não me agradou vê-la meti-da no imbróglio da autori-zação de busca de patrocí-nio de um valor de mais de um milhão e trezentos mil reais, por meio do recurso de renúncia fiscal.

Mas este fato é emblemá-tico de um comportamento típico brasileiro: o descaso com o dinheiro público. Al-guns se levantarão dizendo que não é verba pública, é apenas uma autorização para buscar financiamento priva-do. Ocorre que esta graninha “dada” pelos empresários será abatida do imposto de renda. Ou seja, é dinheiro meu, seu, nosso, sim senhor.

O mecanismo destas leis de incentivo fiscal preci-sa ser modificado. Não dá para o Estado abrir mão de uma arrecadação que fará falta na educação, na saúde ou em outros setores, para que artistas consagrados te-nham seus shows e espetá-culos financiados. Se gente do porte de uma Maria Be-thânia, de um Roberto Car-los, de um Caetano Veloso não conseguirem viabili-zar seus espetáculos, quem consegue?

A indústria cultural de-veria gerar receitas e não ficar dependente das tetas inchadas do Estado pater-nalista. Política de incenti-vo cultural deve existir, mas para financiar jovens artis-tas e projetos de vanguarda

ou experimentais, que re-almente não se autofinan-ciam.

Pior do que o fato em si foi a defesa apresentada pe-los partidários da correção da medida que beneficia Bethânia. Chegaram a su-gerir que, pela importân-cia da cantora e pelo que representa para a nossa cultura, o Estado não faz mais do que a obrigação de repassar estes caraminguás, coisa pouca, bobagem, de cinqüenta mil reais por mês para Bethânia se autodiri-gir em um blog no qual vai recitar poemas.

Esta gente está com o senso ético totalmente tor-to. É a herança maldita dei-xada pelo governo Lula: a ideia de que o Estado é

uma rede protetora capaz de abarcar tantos, em espe-cial os amigos do rei, e que, se está se fazendo o bem, não importam os meios. É a licença para delinquir por bons propósitos.

Livre iniciativa, riscos do negócio, empreendimen-to pessoal, são termos que esta turminha não quer co-nhecer. Vamos fazer cultura com o dinheiro garantido. Se ninguém comprar o cd, vir o espetáculo, assistir o filme, não há problema, não teremos nenhum prejuízo. E se for sucesso de público, a conta bancária do artista agradece. Lucros individu-ais, prejuízo socializado. Tudo defendido pelos pro-gressistas de plantão. As-sim, até eu.

Farinha pouca, meu pirão

primeiro

Sou muito esquecido. Perco bolsa, livros, celu-lares, chaves, o que tiver nas mãos, com a maior fa-cilidade. E sou um esque-cido que tem moto. E isso causa um problema.

Raramente, ao sair de moto, me lembro de levantar o suporte que a mantém de pé quando está estacionada, o po-

pular pezinho. E sempre que faço isso, não ando cem metros sem que es-cute uma voz caridosa gritar _ Olha o pezinho, olha o pezinho!

Em algumas ocasiões estes gritos são quase que desesperados. Gen-te absolutamente desco-nhecida, tentando evitar que eu me esborrache

logo à frente. Esta soli-dariedade genuína me comove. É gente verda-deiramente preocupada comigo, sem sequer sa-ber quem sou. Por isso digo que continuarei a ter fé na humanidade en-quanto houver alguém a alertar este esquecido: _ Olha o pezinho, olha o pezinho!

Solidariedade genuína

Por LausaMar HuMberto

Ponto Crítico

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Lixo eletrônico: pedras no meio do ambiente

No meio do caminho tinha uma pilha. Tinha uma bateria no meio do caminho. Tinham celulares, com-putadores, televisores, rádios e outros aparelhos ele-trônicos no meio do caminho. Você deve estar achan-do que tem alguma coisa errada com este poema de Carlos Drummond de Andrade. Não tem nada errado, ele foi apenas atualizado. As pedras drummondianas foram substituídas por utensílios eletrônicos descarta-dos no meio ambiente. Mas seja no texto original ou no modificado, o poema continua atual e as pedras ainda estão no caminho.

Se o poeta estivesse vivo, ia se deparar com uma produção anual de 40 milhões de toneladas de resí-duos eletrônicos gerados no mundo, sendo que cada habitante produz 2,6 quilos. Mesmo de forma modes-ta, o Brasil contribui com 1% dessa produção, o que não deixa de ser preocupante. “Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fa-tigadas”, com certeza essa seria a parte do poema “No meio do caminho”, que Drummond usaria para ex-pressar sua indignação com o rumo que a sociedade tomou.

E os números do e-lixo – nome dado para todo componente eletrônico que é descartado na nature-za sem tratamento – são alarmantes. De acordo com o estudo realizado pelo Pnuma (Programa da ONU para o Meio Ambiente), o Brasil é o mercado emer-gente que gera o maior volume de lixo eletrônico per capita. Por ano, cada brasileiro descarta o equivalente a meio quilo de e-lixo. Na China, com uma população bem maior, a taxa per capita é de 0,23 quilo, contra 0,1 quilo na Índia.

Todos os anos, abandonamos 96,8 mil toneladas métricas de microcomputadores, 115 mil toneladas de geladeiras e 17,2 mil toneladas de impressoras tam-bém vão parar no lixo. O Brasil é o segundo maior gerador de lixo proveniente de celulares, com 2,2 mil toneladas por ano e ainda o terceiro maior responsá-vel por lixo de aparelhos de TV, descartando 0,7 quilos por pessoa.

Em Minas Gerais, uma pesquisa da Feam (Funda-ção Estadual do Meio Ambiente) indicou que cada mineiro produz, em média, 1,2 quilo de lixo eletrô-

eduardo uLiana @eduardoulliana

nico por ano (ficando acima da média nacional), resultando em quase 25 mil toneladas de material que não tem mais utilidade. De acordo com dados da Feam, Minas Gerais não tem programas amplos de recebimento de materiais eletrônicos. Há casos isolados, como em Belo Horizonte, onde a Prefei-tura possui três locais que recebem computadores antigos. Algumas peças são reaproveitadas e outras seguem para a reciclagem.

Desde 2007 são comercializados mais computa-dores do que televisores e a expectativa é que o nú-mero de micros comercializados até 2012 deve ultra-passar a marca de 100 milhões de unidades. A rápida obsolescência desses equipamentos faz com que as empresas substituam suas máquinas a cada quatro anos e usuários domésticos a cada cinco anos.

E tem mais: a cada segundo, são fabricados 27 aparelhos celulares em todo o mundo. Nosso país já possui mais de 200 milhões de celulares e uma média de 104 aparelhos para cada grupo de 100 habitantes. O número de aparelhos habilitados já é maior do que a população brasileira (193 milhões de pessoas). O tempo médio de utilização desses aparelhos não ultrapassa 18 meses. Dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) demons-

tram que aproximadamente 20% dos celulares em uso não possuem certificação, ou seja, são ilegais.

Estima-se que 40% das pilhas comuns vendidas sejam falsificadas, produzidas sem controle, po-dendo conter um teor de metais pesados superior ao permitido pela legislação ambiental brasileira. Substâncias tóxicas como chumbo, cádmio, arsênio e mercúrio, presentes nas pilhas, baterias e placas eletrônicas podem entrar na cadeia alimentar por meio das águas utilizadas na irrigação de produtos agrícolas ou por organismos aquáticos, que servem de alimento para peixes, que por sua vez nos ali-mentam.

E agora, José? O que podemos fazer para dimi-nuir os impactos do lixo eletrônico nas nossas vidas? A reciclagem é a melhor saída para minimizar os efeitos pós-consumo. A coleta seletiva e a reutiliza-ção de todos os materiais eletrônicos podem gerar renda e mais qualidade de vida para todos. De um quilo de celular, por exemplo, pode-se reaprovei-tar de 100 a 150 mg (miligramas) de ouro, 400 a 600 mg de prata, 20 e 30 mg de paládio, 100 a 130 gramas de cobre e 200 gramas de plástico. Em um microcomputador, 94% de seus componentes são recicláveis.

Lixo extraordinário

Segundo estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), aproximadamente 64% dos municípios brasileiros de-positam seus resíduos em lixões a céu aberto e sem nenhum tratamento, sendo que somente 14% possuem aterros sanitários. Apenas 8% das cidades dizem ter coleta seletiva. Nossa maior taxa de reciclagem é, se-gundo a ABAL (Associação Brasileira do Alumínio), o alumínio, com 85% de lati-nhas recicladas.

A Lei Nacional de Resí-duos Sólidos, regulamenta-da em dezembro de 2010, prevê que os consumidores que não separarem o lixo seco do úmido estarão su-jeitos a multas.

Entre outras medidas, obriga os fabricantes, im-portadores, distribuidores e comerciantes de agrotóxi-cos, pilhas, baterias, pneus, lâmpadas fluorescentes e produtos eletrônicos e seus componentes, a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do ser-viço público de limpeza ur-bana e manejo dos resíduos sólidos. A punição pode vir

em forma de advertência e, em caso de reincidência, multas de R$ 50 a R$ 500.

Mas a melhor forma de mudar essa situação é por meio da educação ambien-tal, que deve começar cedo. Seja dentro de casa ou nas escolas, nossa população jo-vem deve aprender a sepa-rar os recicláveis e rever a própria maneira como con-sumimos, produzimos lixo e nos livramos dele.

A questão ambiental ocu-pa cada vez mais espaço em nossas vidas. Água, energia, lixo e aquecimento global são temas que vamos ter de encarar. A ligação de tudo isso com nosso estilo de vida, nossa saúde e nosso comportamento não é uma discussão tão óbvia, mas é fundamental.

Documentários como “Lixo Extraordinário”, que mostra a vida dos catadores de material reciclável no aterro sanitário do Grama-cho, e o clássico “Ilha das Flores” que, contando a saga de um tomate, faz uma crítica ácida à nossa socie-dade de consumo, são bons exemplos de como a arte pode ajudar nesse processo de reeducação, redescobri-mento e revisão de hábitos e conceitos.

O lixo eletrônico não é um pro-blema apenas dos grandes centros urbanos. As cidades de pequeno e médio porte também enfrentam dificuldades para encontrar uma solução eficaz. Em Frutal, a Secre-taria Municipal de Meio Ambiente desenvolve diversas atividades li-gadas à questão ambiental como o programa de reciclagem de óleo de cozinha usado e o programa de educação ambiental e arborização urbana.

Já para oferecer um destino correto para o lixo eletrônico, um projeto envolvendo a Prefeitura, os Correios e a Loja Maçônica Frater-nidade Mineira está sendo elabora-do. Por meio dessa parceria, pilhas e baterias de celulares serão co-letadas em pontos estratégicos da cidade e enviadas para empresas especializadas em reciclagem de componentes eletrônicos.

Diariamente, a cidade gera aproximadamente 30 toneladas de lixo, que são depositados no aterro sanitário do município, implantado recentemente. De acordo José de Souza e Silva Neto, secretário mu-nicipal de Meio Ambiente, o próxi-mo passo é a instalação da Usina de Triagem e Compostagem, que possibilitará a coleta seletiva.

O que está sendo feito em Frutal

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@rafinhabastos É impossível que o praticante de yoga não se sinta um idiota em pelo menos uma posição.

@ocriador Antes de convencer Eva a morder a maçã, a Serpente tentou Adão que respondeu: Vou não, quero não, posso não, minha mulher não deixa não.

@tiodino Depois de Ana Maria Braga e Hebe, Dil-ma recebe Shakira. Olha, não quero falar nada, mas acho que a Dilma vende AVON.

@bomdeassunto Descobriram a fórmula secre-ta da Coca-cola: investir 2 bilhões por ano em propaganda.

@microcontostoscos O que o Datena disse na loja de artigos religiosos? ME DÊ IMAGENS!

@MarceloTas Quem topa uma aposta: até 2014 Japão estará mais preparado para a Copa que o Brasil

@millorfernandes O mal da cultura é que ela amplia gigantescamente a nossa ignorância.

@millorfernandes As mulheres são mais irritáveis porque os homens são mais irritantes.

@cacarosset Até hoje a minha inspiração pouco me serviu. Vou partir para a lipoaspiração.

@SabioBrasileiro Monogamia é a capacidade de ser fiel por muito tempo. Poligamia é capacidade de ser infiel pelo mesmo período.

@omdt Brasil quer cadeira no Conselho de Se-gurança da ONU pra se abster de maneira mais poderosa.

@bomdiaporque Minha posição política: a Es-querda é vergonhosa, a Direita é lamentável e o Centro nem isso consegue ser.

@maricotanog O twitter é tão democrático que você twitta: ‘Vá a merda’ para ninguém, mas dez pessoas acabam indo.

@carpinejar No futuro, haverá o bullying do batismo; filhos vão processar os pais pelo nome que receberam.

@PatrickMaia Nunca vi morador de rua reclamar que não tem saído muito.

TwittadasInteligência, humor, mau-humor, lirismo,

cinismo e acidez em 140 caracteres

Por Carlos Teixeira

Carlos Teixeira é gaúcho, 43 anos, formado em jorna-lismo pela UFSM, é mestre por Harvard e doutor pela Universidade de Columbia.

O deputado Jair Bolsonaro anda reclamando pelos corredores da Câmara Federal do esquecimento da turma do CQC. “Já estou com saudades deles, especialmente do Danilo Gentili.” O humorista já mandou o recado: “Avisem a Vossa Excelência que eu sou espada.”

Saudade carinhosa

Outros querem o chapeuzinho legal

Instalou-se um debate feroz na tradicionalíssima Universidade de Coimbra. Após o tardio reconhecimento da inteligência superior brasileira com a entrega do título de Doutor Honoris Causa para Lula, especula-se quem será o próximo homenageado. Corre à boca pequena que Tiririca e Maguila são os favoritos.

Pombinhos

O astro Luan Santana abrirá este ano o prestigiado Festival de Jazz de Montreaux, na Suíça. A maior expressão da nova música brasileira confirma assim um grande ano profissional. E no amor? Questionado sobre a companhia constante da can-tora Maria Gadú, o jovem desconversa: “Somos apenas bons amigos”. Ami-gos, gente. E não se fala mais nisso.

Negociação complicada

Preocupado com o desaparecimento de seu bom futebol após o afastamento da Igreja Renascer, do apóstolo Estevam Hernandes e da bispa Sônia, Kaká planeja seu retorno. Nos bastidores, dizem que a negociação do dízimo já está em 30%. A Igreja faz jogo duro. Pede 40% e metade dos direitos federativos do jogador.

Barrabás, Barrabás, Barrabás

Furo de reportagem desta coluna. No seu discurso de estreia como candidato da oposição em 2014, o senador Aécio Neves foi censurado. Aécio apontava as ocasiões em que o PT teria agido contra os interesses do país: não apoiou a eleição de Tancredo, o início do governo Itamar, o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Proer... Lendo esta lista o senador percebeu que uma folha havia sido surrupiada do seu discurso. É fato. O senador José Agripino Maia achou melhor não apontar que na escolha entre Cristo e Barrabás os petistas optaram pelo segundo ou ainda que o traidor de Tiradentes, Joaquim Silvério, tinha carteirinha do PT. O senador democrata ponderou que não é hora de acirrar os ânimos.