138
Prof. Dr. Patrick Menezes Prof. Dr. Patrick Menezes CT-Pro 2010.1 CT-Pro 2010.1 FUNÇÃO RENAL E DIAGNÓSTICO FUNÇÃO RENAL E DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS LABORATORIAL DAS NEFROPATIAS NEFROPATIAS

3ª aula RENAL E ELETRÓLITOS

Embed Size (px)

Citation preview

FUNO RENAL E DIAGNSTICO LABORATORIAL DAS NEFROPATIAS

Prof. Dr. Patrick Menezes CT-Pro 2010.1

HISTRICO

Bioqumica Clnica

2

13/02/2013

Histrico sobre funo renalO exame de urina uma das mais antigas formas de diagnstico - 1550 a. C. (STRASINGER, 2000). A anlise da urina remete-se ANTIGUIDADE.

Aprox.4000 a.C.: interpretao da urina por egpcios e mesopotmicos.

Bioqumica Clnica

3

13/02/2013

Histrico400 a.C.: HIPCRATES fez o primeiro relato racional das observaes da urina. Por volta do sc. XVII, a UROSCOPIA foi usada fraudulentamente por charlates que prediziam todo tipo de doena e tambm eventos futuros.

Bioqumica Clnica

4

13/02/2013

HistricoPor mais de 500 anos pinturas renascentistas retrataram mdicos inspecionando frascos de urina.

PARACELSUS (1493-1541), utilizou seus conhecimentos de alquimia para adicionar uma dimenso qumica anlise.Atualmente a urina o lquido biolgico mais utilizado na maioria dos propsitos diagnsticos.Bioqumica Clnica 5 13/02/2013

EXCRETAS

Bioqumica Clnica

6

13/02/2013

ANATOMIA DO SISTEMA URINRIO

Bioqumica Clnica

7

13/02/2013

ETIOLOGIASHIPERTENSO DIABETES Obstrues- clculos, tumores

Rins PolicsticosNEFRITES

OUTRAS: Lupus, rejeio crnica do transplante, ITU repetioAlexander Tsiaras: The Invision Guide to Lifeblood Bioqumica Clnica Chronic Kidney Disease and Anemia8 13/02/2013

EPIDEMIOLOGIAEstados Unidos anualmente35.000 mortes por doenas renais 750.000 cardiopatia 400.000 cncer 200.000 acidentes vasculares cerebrais Morbidade alta Infeces Clculos Obstrues 20 % das mulheres sofrem de infeces em algum momento de suas vidas Evoluo p/ Dilise e transplantes

Bioqumica Clnica

9

13/02/2013

Bioqumica Clnica

10

13/02/2013

EXAMES LABORATORIAIS NA F RENAL

urina I EAS urocultura funo renal hemograma hemoculturaBioqumica Clnica 11 13/02/2013

BACTRIAS - ITU

Bioqumica Clnica

12

13/02/2013

Bioqumica Clnica

13

13/02/2013

Bioqumica Clnica

14

13/02/2013

INSUFICINCIA RENAL AGUDA

Insuficincia Renal Aguda1. DEFINIO Perda sbita da funo renal. Reteno dos produtos catablicos. Volume urinrio varivel (400-500 mL/dia).

Agentes nefrotxicos e isqumicos.

Bioqumica Clnica

16

13/02/2013

O que IRA?A) Um aumento na creatinina de 0.5mg/dL. B) Uma reduo da depurao de creatinina (calculada) de 50%.

Bioqumica Clnica

17

13/02/2013

25. O exame de depurao da creatinina e da uria utilizado para medir:QUESTO DE CONCURSO

(A) a funo tubular do rim. (B) o valor da depurao da creatina. (C) a taxa de filtrao glomerular. (D) o quociente creatininemia/uria sangunea. (E) a concentrao de creatinina no soro.

Bioqumica Clnica

18

13/02/2013

Insuficincia Renal Aguda2. CLASSIFICAO

a)Pr Renais: Fluxo Sangneo(vasoconstrio ou presso perfuso renal) depleo volume (hemorragias, queimaduras) doenas cardacas (I.C.)

resistncia vascular renal (Ex.:cirurgias)

Bioqumica Clnica

19

13/02/2013

Insuficincia Renal Aguda2. CLASSIFICAO

b)Ps Renais: Obstruo do Fluxo Urinrio obstruo ureteral (clculos, cogulos). obstruo colo vesical bexiga-uretra

(hiperplasia prstata). obstruo uretral (clculos).Bioqumica Clnica 20 13/02/2013

Workup para IRAUrina

Sedimento urinrio: cilindros, clulas, proteina Eletrlitos da urina (Na Urinrio) e Creatinina Urina Protena urinria

US Renal ***

Bioqumica Clnica

21

13/02/2013

Insuficincia Renal Aguda

Bioqumica Clnica

22

13/02/2013

TRATAMENTO Exames laboratoriais para diferenciar IRA

Pr-renal, renal e ps renal Restrio hidroeletroltica, aporte nutricional e

cuidados gerais com o paciente.

Dilise

Bioqumica Clnica

23

13/02/2013

Complicaes da Insuficincia Renal AgudaHEMATOLGICAS anemia Observao de ditese hemorrgica: dilise = discrasia / Predisposio para hemorragia

INFECCIOSAS pneumonia septicemia infeco urinria outrosBioqumica Clnica 24 13/02/2013

INSUFICINCIA RENAL CRNICA

Insuficincia Renal Crnica 1,4 a 1,8 milhes de brasileiros com DRC 60.000 pacientes mantidos em dilise 25.000 pacientes transplantados renais

Reduzida qualidade de vida

Gastos de 1,8 bilhes de R$ a cada ano.

Bioqumica Clnica

26

13/02/2013

Doena Renal Crnica Alterao renal por mais de 3 meses1.Taxa de Filtrao Glomerular < 60mL/min/1,73m2 (estgios 3, 4, 5)

2. Proteinria sem perda de TFG(estgios 1 e 2)Alteraes de sedimento urinrio Alterao de imagem

DOENA RENAL CRNICAESTGIOS

FG

(mL/mi/1,73 m2)

V IV III II IBioqumica Clnica

FALNCIA RENAL

90

AJKD, 39 (2), Suppl 1, 2002 13/02/2013

Sociedade Brasileira de NefrologiaDepto de Nefrologia da Associao Mdica Brasileira

Mdicos no Brasil 240.859 ~1% Nefrologistas 2.785 Servios Cadastrados 575 Especialistas em Nefrologia 1.021

Bioqumica Clnica

29

13/02/2013

Diagnstico da Doena Renal Crnica1. Identificao dos Grupos de Riscoa) b) c) d) Diabetes Hipertenso Arterial Idoso Histria Familiar de DRC

2. Presena de alteraes urinrias

Proteinria, leucocitria, hematria Microalbuminria.3. Diminuio da Filtrao Glomerular

Bioqumica Clnica

30

13/02/2013 SBN - 2006

MICROALBUMINRIA - Amostra isoladaMaterial .: urina - amostra isolada Sinnimo .: Microproteinria

Coleta .: Coletar amostra isolada. Exerccios fsicos podem aumentar a excreo de albumina. Interpretao .: Uso: acompanhamento de diabetes mellitus. Considera-se a presena de microalbuminria quando a excreo urinria maior que 30 mg/24 horas; nveis maiores que 300 mg/24 horas indicam a presena de macroalbuminria. A presena de microalbuminria em diabticos indica comprometimento renal;

Bioqumica Clnica

31

13/02/2013

MICROALBUMINRIA - 6h Referncia .: Normal: < 15,0 mg/6h MICROALBUMINRIA - 12h Referncia .: Normal: < 15,0 mg/12h

MICROALBUMINRIA - 24h Referncia .: Normal : < 25,0 mg/24h

Bioqumica Clnica

32

13/02/2013

MEDIDA DE FILTRAO GLOMERULARMedida Indireta Medida Direta -

Creatinina plasmtica

Clearance Taxa de Filtrao Glomerular (TFG)

Bioqumica Clnica

33

13/02/2013

Avaliao LaboratorialClearance o volume de plasma por unidade de tempo que depurado pelo rim de uma determinada substncia Valor de normalidade = 100 20 ml/min/1,73m2

Bioqumica Clnica

34

13/02/2013

CLEARENCE /DEPURAO DE CREATININAUrina de 24 horas e uma amostra de soro coletada durante o perodo de coleta de urina.Amostra: Clculo: Depurao = (U X V / P) X 1,73 / S , onde:

VALORES DE REFERNCIA: Homens: 95,0 a 105,0 ml/min/1,73

U = creatinina na urina (mg/dl)

V = volume urinrio de 24 horas P = creatinina no soro (mg/dl) S = superfcie corporal do paciente

1,73 = superfcie corporal mdia para correo

~= 90 a 125 mL

Mulheres: 80,0 a 95,0 ml/min/1,73INTERPRETAO DOS RESULTADOS: Uma diminuio do clearence de creatinina indica uma menor velocidade de filtrao glomerular e, portanto, insuficincia renal. O parmetro permite um acompanhamento muito prximo da doena, especialmente nos pacientes renais crnicos.Bioqumica Clnica 35 13/02/2013

A coleta correta de urina para realizao do exame de urina de vinte quatro horas : a) coletar a primeira urina do dia e toda urina eliminada at completar 24 horas exatas b) coletar a partir da primeira urina do dia at a ltima do perodo (ao deitar) c) coletar a primeira urina do dia at a primeira do dia seguinte d) desprezar a primeira urina do dia e marcar a hora exata e a partir desta hora coletar toda urina eliminada at completar 24 horas exatas**QUESTO DE CONCURSOBioqumica Clnica 36 13/02/2013

OUTROS ELEMENTOS

Bioqumica Clnica

37

13/02/2013

A uria e a creatinina so filtrados no rim

Bioqumica Clnica

38

13/02/2013

Uria Sangnea Uria livremente filtrada pelos glomrulos renais, 40 a 50% so reabsorvidos no tbulo contornado proximal

Amnia

Uria

Creatinina

Creatina

Creatinina

Creatinina livremente filtrada pelo glomrulo, apresenta secreo tubular Apresenta variao intra e inter individual, e com o nvel de funo renal

Quanto ao valor normal para, respectivamente, uria e creatinina no soro de um indivduo adulto, assinale a alternativa correta.A) 60mg/dl 2,5mg/dL. B) 25mg/dl - 1,0mg/dL* C) 30mg/dl 10mg/dL. D) 50mg/dl 1g/dl.QUESTO Comentada

V.R.: U- 10 a 40 mg/dL. Cr- 0,8 a 1,3 mg/dL

Bioqumica Clnica

41

13/02/2013

CASOS CLNICOS 1 URIA CREATININA NI R A EXAMES SERIADOS

2 URIA I RC

CREATININA CREATININA

3 URIA

DILISE: DEP +LENTA( MACROMOLCULA)A creatinina o produto do catabolismo da fosfocretina muscular, e 100 % eliminada pela urina por filtrao glomerular. A uria um metablito de excreo sintetizado pelo fgado, como produto do catabolismo de compostos nitrogenados, em especial das protenas. filtrada livremente pelo glomrulo, e reabsorvida pelos tbulos renais em cerca de 40 a 50 %.Bioqumica Clnica 42 13/02/2013

URIAProduto do catabolismo de aminocidos e protenas. Gerada no fgado.Mtodo da Diacetilmonoxima e da Urease (enzimtico).

Indicador de funo renal. Uma abordagem mais moderna destas tcnicas utiliza a urease para a produo de amnia, e a quantificao desta amnia atravs da mudana de cor de um indicador de pH - mtodo empregado nos equipamentos de automao que utilizam qumica seca.

Valor de referncia: 10 a 40 mg/dL. Elevao UREMIA OU AZOTEMIABioqumica Clnica 43 13/02/2013

Em relao a uria, incorreto afirmar que:

A) formada nos rins a partir de protenas metabolizadas no fgado* B) pode ter seu teor aumentado no sangue, deviso reduo da eliminao renal C) se costuma classificar sua elevao em prrenal, renal e ps-renal D) o termo azotemia significa elevao da uria

QUESTO Comentada

Bioqumica Clnica

44

13/02/2013

CREATININAMTODOS: Reao de Jaff (reao da creatinina

com cido pcrico, em meio alcalino).1. o produto do catabolismo da creatina muscular, e 100 % eliminada pela urina. 2. A deteco de acmulo indicativa de insuficincia renal.VALORES DE REFERNCIA: HOMENS: 0,8 a 1,3 mg/dL MULHERES: 0,7 a 1,1 mg/Dl OBS: IDOSOS E POUCA MASSA MUSCULAR**

o Reao de Jaff a reao mais antiga ainda em uso na bioqumica clnica; foi descrita pela primeira vez em 1886.Bioqumica Clnica 45 13/02/2013

QUESTO ComentadaA creatinina importante no metabolismo do: A) LDL. B) Colesterol. C) Msculo. ** D) HDL. E) Triglicrides.Bioqumica Clnica 46 13/02/2013

QUESTO ComentadaEntre as substncias nitrogenadas no proticas, a que apresenta um ndice valioso no diagnstico da insuficincia renal : A) uria. B) cido rico. C) creatinina. ** D) bilirrubina. E) aminocido.

Bioqumica Clnica

47

13/02/2013

QUESTO ComentadaPara determinar se uma amostra realmente urina, deve-se medir a concentrao de: A) Uria e Creatinina. ** B) Glicose e Cetona. C) cido rico. D) Protenas e Glicose. E) Aminocidos.

Bioqumica Clnica

48

13/02/2013

CIDO RICOFonte endgena, a partir da destruio de tecidos do prprio organismo; Fonte exgena, proveniente da alimentao. ****SDROME METABLICA

MTODOS QUMICOS (utilizam a reao de reduo do CIDO FOSFOTNGSTICO a azul de tungstnio, em meio alcalino) e emMTODOS ENZIMTICOS (ao da URICASE, que tem capacidade de transformar o cido rico em alantona).VALORES DE REFERNCIA:Soro: Homens: de 3,6 a 7,7 mg/dl Mulheres: de 2,5 a 6,8 mg/dlUrina: De 250 a 750 mg/24 horas, para pacientes com dieta equilibrada. At 450 mg/24 horas para pacientes com dieta pobre em purinas. At 1,0 g/24 horas para pacientes com dieta rica em purinas.Bioqumica Clnica 49 13/02/2013

CIDO RICO URINRIOSinnimo .: Uricosria amostra isolada ou 24h Interpretao .: Uso: diagnstico da uricosria, principalmente em casos de litase renal de repetio por uratos; identificao de pacientes com risco de formao de clculos e defeitos genticos. Valores aumentados: dietas ricas em purinas (nem sempre acompanhado de hiperuricemia). Valores diminudos: insuficincia renal crnica ou aguda. Referncia .: 15,0 a 99,0 mg/dL *CIDO RICO URINRIO - 24h Referncia .: 150,0 a 990,0 mg/24hBioqumica Clnica 50 13/02/2013

QUESTO ComentadaSobre a dosagem de cido rico, todas as afirmativas esto corretas, EXCETO:a) O aumento da uricemia pode ocorrer por aumento da excreo renal ou pelo excesso de produo. b) A taxa normal de cido rico no soro ou plasma varia de 2 a 7mg/dL nos homens e 2 a 6,5mg/dL nas mulheres. c) Na gota, um distrbio metablico purnico, os ndices se situam acima de 10mg/dL, devido produo excessiva de cido rico. d) O cido rico o principal produto final do metabolismo das purinas no homem, sendo que alimentos ricos em purinas so bebidas contendo cafena, legumes e cogumelos. ******

Bioqumica Clnica

51

13/02/2013

Que soluo reagente utilizamos para dosagem de creatinina? a) Fosfotungstato alcalino QUESTO DE CONCURSO c) Biureto b) Bromocresol d) PicratoA creatinina reage com o picrato alcalino (reao de Jaffe) produzindo um cromogno que pode ser medido fotometricamente. Reagentes:cido Pcrico: soluo de cido pcrico 41,4 mmol/l. Reagente Alcalino: carbonato/NaOH pH 12,7.

Bioqumica Clnica

52

13/02/2013

Pergunta de reviso3. A melhora dos nveis de glicemia por meio do tratamento intensivo do diabetes diminuiu significantemente o risco de:a.

*Nefropatia Hipertenso Infarto do miocrdio AVCQUESTO Comentada

b.

c.

d.

Bioqumica Clnica

53

13/02/2013

O principal metablito proveniente do metabolismo de cidos nuclicos : a) cido rico; b) creatinina; c) bilirrubina; d) uria;QUESTO Comentada

Bioqumica Clnica

54

13/02/2013

Bioqumica Clnica

55

13/02/2013

CRISTAIS

Bioqumica Clnica

56

13/02/2013

Os Cristais so formados pela precipitao dos sais da urina, submetidos a alteraes de pH, temperatura ou concentrao, o que afeta sua solubilidade.Bioqumica Clnica 57 13/02/2013

CRISTAL FOSFATO TRIPLO

Bioqumica Clnica

58

13/02/2013

CRISTAL DE OXALATO DE CLCIO

Bioqumica Clnica

59

13/02/2013

Bioqumica Clnica

60

13/02/2013

CRISTAIS DE URINA CIDA (C. RICO)

Bioqumica Clnica

61

13/02/2013

1)

A gota uma patologia caracterizada pela deposio nas articulaes e em outros tecidos de: a) fsforo b) uria c) potssio d) cido rico

2) 3) 4) 5)

QUESTO DE CONCURSO

Bioqumica Clnica

62

13/02/2013

PRINCIPAIS DISTRBIO SISTEMA URINRIO HUMANO

GOTA Gota uma doena caracterizada pela elevao de cido rico no sangue e surtos de artrite aguda secundrios ao depsito de cristais deste cido (uratos).

O cido rico um resduo nitrogenado do metabolismo de purinas (lembrar das bases nitrogenadas). Mariscos, sardinha, salmo, bacon, fgado devem ser evitados por aqueles que sofrem de gota ou ARTRITE GOTOSA.

Bioqumica Clnica

63

13/02/2013

PRINCIPAIS DISTRBIO SISTEMA URINRIO HUMANOclculo renalCLCULO RENAL O depsito organizado de sais minerais nos rins ou em qualquer parte do aparelho urinrio.Clculos constitudos por clcio so os mais comuns. Outros minerais encontrados so: oxalato, fsforo, cido rico. Deficincia gentica para excreo desses sais. Dieta rica nesses sais: ex.: leite e derivados. Tratamento cirrgico ou no invasivo: ultra-som

Bioqumica Clnica

64

13/02/2013

Aspectos Epidemiolgicos Fatores Intrnsecos: Hereditrios: 1-incidncia maior em asiticos e brancos Gentico: Idade: Sexo: defeito multignico (Resnick,1968)

pico de incidncia 20-40a. (Pak,1987)

incidncia = na infncia (Kelalis,1975) incidncia no adulto H > M testosterona ? (Liao,1972) (Welshman,1975)

Bioqumica Clnica

65

13/02/2013

Aspectos EpidemiolgicosFATORES EXTRNSECOS:

Geogrficos

caloraltitude

Ingesta de lquidos

diluio e trnsito urinrio composio da gua

Ocupao

esforo fsico sedentarismo viagens espaciais !

Campbells Urology 7a. Ed.

Bioqumica Clnica

66

13/02/2013

Bioqumica Clnica

67

13/02/2013

60% dos pacientes que formaram o primeiro clculo renal entram em remisso de sua doena apenas com tratamento conservador -Aumento da ingesta hdrica-Correo de excessos dietticosHoslung, Erickson, Van den Berrg et al, J Urol 130:115,1983Bioqumica Clnica 68 13/02/2013

Bioqumica Clnica

69

13/02/2013

Protocolo de investigao bsicaSangue: Clcio, c.rico e creatinina Sdio, potssio, cloro, fsforo e PTH

Urina matinal: Parcial -EAS (pH / acidificao) e urocultura Urina de 24 horas: Volume, clcio, c.rico, creatinina ecitrato Sdio, oxalato, magnsio, fsforo etc

Anlise laboratorial do Clculo

Bioqumica Clnica

70

13/02/2013

CLASSIFICAOOs clculos podem ser agrupados em: Radiopacos*, aproximadamente 90% _ Oxalato de Clcio _ Fosfato de Clcio _Estruvita Radiotransparentes _cido rico*Visveis ao RxBioqumica Clnica 71 13/02/2013

CLCULO DE OXALATO

Bioqumica Clnica

72

13/02/2013

CLCULO DE FOSFATO (BEXIGA)

Bioqumica Clnica

73

13/02/2013

Consulte seu Mdico

Teste seu Rim

Bioqumica Clnica

74

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICASntese sobre Elementos Inorgnicos & Importncia Clnica

Contedo Programtico1- Metablitos Minerais / Eletrlitos:1.1-Semiologia bioqumica e funcional 1.2- Distrbios metablicos 1.3- Rotina Laboratorial 1.4- Propedutica laboratorial

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

76

ELEMENTOS INORGNICOSAtua na regulao de muitos processos metablicos celulares. Esto presentes na rotina laboratorial para avaliao de distrbios da homeostasia.

13/02/2013

BIOQUMICA77 CLNICA UFRJ

COMPOSTOS MINERAISINTRODUO: Compem apenas 4% do peso corpreo; Equivale a 1% em nmero de molculas do corpo; Seu fornecimento depende da alimentao;

80% de seu total se depositam nos ossos, e o restante no fgado e no plasma. **13/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ 78

COMPOSTOS MINERAIS CLASSIFICAO: de acordo com a sua funo no organismo. 1- Eletrolticos: Na , K , Cl 2- Plsticos: Ca , P , S , Si , Fe , Sr , F 3- Catalticos: Mg , Zn , Cu , Mn , I , Se , Mo , Co , V , Sn , Ni

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

79

1- SDIO: PropriedadesPropriedades do Elemento: Nome: Sdio Nmero Atmico: 11 Smbolo Qumico: Na DOSAGEM:Avaliar os equilbrios hidreletroltico e cido-bsico e as funes neuromuscular, renal e supra-renal relacionadas,

SDIO1- SDIO: (Na+) O ction extracelular mais abundante que influencia os nveis de reteno de gua no organismo e atua no equilbrio cido-base. Amostra: sangue Recipiente: tubo tampa tijolo (sem anticoagulante) Condies: jejum de 8 horas Valor de Referncia: 135 a 145 mEq/L.

NATREMIA - Eletrodo seletivo ** Influencia os nveis de cloreto e potssio.13/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ 81

SDIO* Hipernatremia- Provocada por desidratao, diabetes,sndrome de Cushing* ( cortisol ) e terapia excessiva com salina. Perda excessiva de gua atravs da pele, pulmes e rins. Resulta em reteno de lquidos e hipertenso.*Harvey Cushing,1932 -- aumento de peso, parte dos pacientes desenvolve hipertenso arterial e diabetes.

*Hiponatremia- Provocada por perda por sudorese,diurticos, diarria, vmitos, queimaduras, reposio inadequada, sndromes nefrticas. Causa disfuno neuromuscular. < 120 mEq/L = fraqueza < 100 mEq/L = paralisia bulbar13/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ 82

2 POTSSIO: PropriedadesPropriedades do Elemento: Nome: Potssio Nmero Atmico: 19 Smbolo Qumico: KO ction potssio: Intracelular- 98% do total Extracelular- 2% do total.* * atividade da bomba inica de Na+,K+13/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ 83

POTSSIO2- POTSSIO: (K) O ction intracelular mais abundante que atua em todo o funcionamento da clula, como de despolarizao e contrao muscular, principalmente miocrdio. (UTI)Amostra: sangue Recipiente: tubo tampa tijolo (sem anticoagulante) Condies: jejum de 8 horas Valor de Referncia: 3,5 a 5,0 mEq/L.

Eletrodo Seletivo**13/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ 84

POTSSIO* Hiperkalemia- provocada por oligria, choques,crises hemolticas, transfuses, disfuno renal, distrofia muscular. Causa graves disfunes miocrdicas. e at parada cardaca.

Hipokalemia- Provocada por perdas enterais(sondas ou via oral) ou parenterais(intravenosa) ou renais, reposio inadequada, como vmitos, diarria e uso de diurticos. Resultam em disfunes neuromusculares

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

85

TRANSPORTE ATIVO

CONTRA GRADIENTE DE CONCENTRAO A bomba de sdio/potssio encontrada na membrana de todas as clulas de um organismo, e transporta o on sdio para o lado externo da clula, ao mesmo tempo em que transporta o on potssio para dentro da clula. Note que este transporte realizado contra os gradientes de concentrao destes dois ons, o que ocorre graas energia liberada com a clivagem de ATP (transporte ativo).13/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ 86

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

87

IMPORTANTE - FLEBOTOMIA1- O plasma heparinizado pode ser utilizado para dosagem de potssio? Por que?O sangue heparinizado facilita a manipulao e conservao, alm de diminuir o risco de hemlise. EVITA A CONVERSO DA PROTROMBINA EM TROMBINA **No caso de utilizao do soro, necessrio um perodo de 30 a 180 minutos para a formao do cogulo e a completa obteno do soro.

ROTINA

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

88

Nas unidades intensivistas UTI e CTI importante controlar ons sanguneos dos pacientes internados atravs do mtodo de fotometria de chama, dosando dois principais elementos que so: (A) mangans e ferro. (B) ltio e clcio. (C) sdio e potssio. (D) hemoglobina e oxi-hemoglobina. (E) fsforo e nquel.

QUESTO DE CONCURSO

QUESTO DE CONCURSO

Qual o valor de referncia do sdio srico nos indivduos sadios? a) 10.5 a 135 mEq/L b) 13.6 a 14.5 mEq/L c) 105 a 135 mEq/L d) 135 a 145 mEq/L

QUESTO DE CONCURSO

O que significa hipercalemia? a) Aumento do clcio srico b) Aumento do potssio srico c) Diminuio do clcio srico d) Diminuio do potssio srico

CLORO3- CLORO: (CL) O principal nion extracelular influencia como o sdio nos nveis de reteno de gua e equilbrio cido-base no organismo e compem o suco gstrico. Amostra: sangue * Cloretos Recipiente: tubo tampa tijolo (sem Ac) Condies: jejum de 8 horas Valor de Referncia: 90 a 106 mEq/L.

Mtodo .: Eletrodo seletivo/automatizado13/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ 92

CLORETOSSo nions mais abundantes do liquido extracelular. Importante papel nos pulmes :Hematose (DPOC*) Possuem um papel fundamental manuteno e distribuio de gua no organismo. Volume sanguneo e P.A. Cloreto penetra na clula para manter o balano nion-ction. Equilbrio cido-bsico

O cloreto absorvido nos intestinos e o excesso excretado na urina e suor.13/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ 93

CLORETOSCloretos urinrios Avaliao do equilbrio hidreletroltico; Monitorar efeitos da dieta hipossdica; Ajudar a avaliar distrbios renais e supra-renais.

Cloretos no suor Importante para diagnosticar fibrose cstica ou Mucoviscidose.**Gentica, afeta as glndulas secretoras de muco. O cromossoma afetadocontrola uma protena q regula a passagem de cloro e de sdio pelas membranas celulares. Muco mais viscoso.13/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ 94

SUORRealizada para determinar eletrlitos ( sdio e cloretos); elevao** Confirma o diagnstico precoce da FIBROSE CSTICA** que se apresenta na infncia sendo uma doena metablica autossmica recessiva que afeta as glndulas secretoras de muco; 1 caso a cada 2000 nascimentos;

Coleta utiliza almofadas de gaze e papel de filtro; Pelo menos 75 mg de suor para mtodos de titulao, fotmetro de chama ou eletrodo de troca inica.BIOQUMICA CLNICA UFRJ 13/02/2013 95

CLORO Hipercloremia- provocada por desidratao,acidose metablica, alcalose respiratria, hemoconcentrao, diabetes inspidus, comprometimento renal.

Hipocloremia- Provocada por perdas enterais ,reposio inadequada, vmitos, diarria, acidose respiratria, alcalose metablica e uso de diurticos. Transpirao excessiva(diaforese)*

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

96

com ADH

sem ADH

Menos perda *http://www.mmip.mcgill.ca/

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

97

13/02/2013

CLCIO4- CLCIO: (CA) O principal mineral do organismo, atuante em diversas atividades do metabolismo.Amostra: sangue Sinnimo .:Calcemia Recipiente: tubo tampa tijolo (sem AC) Condies: jejum de 8 horas Valor de Referncia: 9,0 a 11,0 mg/dL. INDICAES: Avaliar a funo endcrina, o metabolismo do clcio Equilbrio cido-bsico.Insuficincia renal, Doenas cardacas e distrbios musculoesquelticos.

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

98

CLCIO MTODO DE BACHRA, MODIFICADO ou MTODOCOMPLEXIMTRICO (ORTO-CRESOLFTALENA)- 578NM:

O clcio titulado minimizando a interferncia do Magnsio. MOURA,2004

Alm das funes junto ao tecido sseo e dental, o clcio exerce ainda as seguintes importantes funes: Diminui a excitabilidade neuromuscular. Intervm no mecanismo da contrao muscular, influindo na tonicidade cardaca (como ativador enzimtico).13/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ 99

CLCIOimportante papel na coagulao sangnea. importante ativador de muitas enzimas do metabolismo intermedirio. cerca de 99% dele encontrado no tecido sseo, enquanto no nvel sangneo se mantm constante (9 a 11 mg/dL).13/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ 100

Alteraes: CLCIOHipercalcemia:

Hiperparatireoidismo Neoplasias com metstases sseas Hipervitaminose D Mieloma mltiplo Doena de Paget Uso de tiazdicos (diurticos) Uso de anticidos alcalinos Imobilizao (fraturas)BIOQUMICA CLNICA UFRJ 101

13/02/2013

CLCIOHipocalcemia:

Hipoparatireoidismo Osteoporose Insuficincia renal Deficincia de vitamina D (osteomalcia e raquitismo- Osteopenia) Pancreatite aguda Esteatorria GravidezBIOQUMICA CLNICA UFRJ 102

13/02/2013

CLCIO IONIZADOMaterial .: soroJejum de 4 horas .Coletar em tubo a vcuo ( tipo vacuntainer ) contendo gel separador.

Sinnimo .: Clcio inico, Ca ionizvel Uso: dosagem do clcio plasmtico bioativo.

V.R.: 1,15 a 1,32 mmol/L

A dosagem do clcio ionizado representa a concentrao do clcio livre e biologicamente ativo no soro. O clcio circula em quantidades quase iguais na forma livre e ligada a protenas (a albumina conta com cerca de 70% das protenas que ligam o clcio em condies normais). Na presena de concentraes de albumina anormais, a dosagem de clcio ionizado fornece dados mais adequados sobre o status de clcio, Melhor avaliao de estados hipo e hipercalcmicos.

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

103

QUESTO DE CONCURSOConsidere os dados laboratoriais abaixo destacados:I. clcio total normal e clcio ionizado alterado. II. clcio total alterado e clcio ionizado normal Com relao ao assunto, assinale a alternativa correta. a. ( X ) Ambos os conjuntos so possveis. b. ( ) Ambos os conjuntos so impossveis. c. ( ) O primeiro possvel, o segundo no. d. ( ) O segundo conjunto possvel, o primeiro no.

Doenas relacionadas com disfuno das paratireidesHiperparatireoidismo e clculos renais Hipoparatireoidismo contraes musculares osteoporose

tetania: fortes

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

105

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

106

MAGNSIOMAGNSIO: (MG) o quarto ction mais abundante no corpo, atuante no processo glicoltico como co-fator enzimtico, atua no transporte de Ca e Na na membrana celular e preserva a estrutura do DNA e RNAr.

Uso: avaliao de distrbios hidro-eletrolticos.

Amostra: sangue Mg, magnesemia Recipiente: tubo tampa tijolo (sem AC) Condies: jejum de 8 horas Valor de Referncia: 1,58 a 2,55 mg/dL. **A amostra estvel se ficar sob refrigerao.

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

107

MAGNSIOMTODO DE SKY-PECK: Forma um complexo decolorao vermelha, com o amarelo titan, na presena de uma base, cuja intensidade determinada espectrofotometricamente. ou MANN-YOE Corante, 505nm-verde

Importante on intracelular: metabolismo dos lipdios, protenas e carbohidratos. Encontrado nos ossos associado ao clcio e ao fsforo. Sntese das protenas celulares, pois responsvel pela manuteno da estrutura do ribossomo.13/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ 108

MAGNSIO*Hipermagnesemia- Est associada distrbios mentais,bradicardia, perda dos reflexos dos tendes, paralisia respiratria e parada cardaca. /// A hipermagnesemia suprime a secreo do PTH, com conseqente hipocalcemia.

* Hipomagnesemia- Est associada distrbios neuromusculares (debilidade, espasmotricidade e tetania), psiquitricos (trocas de personalidade) e cardacos (taquicardias). Provocada por alcoolismo crnico, pancreatite aguda, desnutrio e nefropatias.

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

109

MAGNSIO- AlteraesSintomas Irritabilidade neuromuscular severa(tetania) Convulses Arritmias cardacas Depresso Agitao13/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ 110

COMPOSTOS MINERAIS5- FSFORO: (P) Alm de ser um componente importante dos ossos, forma a molcula de fosfato. Sua homeostasia depende do intestino delgado (absoro), rins (reciclagem) e ossos (estocagem). Amostra: sangue Recipiente: tubo tampa tijolo (sem AC) Condies: jejum de 8 horas Valor de Referncia: 2,5 a 4,5 mg/dL. Crianas : 4,0 a 7,0 mg/dL

FSFORO - HistricoEm 1669, o alemo Hennig Brand isolou pela primeira vez, atravs de urina evaporada. O brilho emitido pela substncia no escuro est na origem de sua denominao: do grego phs, luz, e phros, transportador.

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

112

Regulao do FSFOROOs trs principais rgos so: Intestino Delgado; Rins; Esqueleto. Os fatores de regulao da fosfatemia so em muitos casos os mesmos que o do clcio. So eles:Hormnio Paratireideo (PTH) Vitamina D Hormnio de Crescimento (GH)

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

113

ABSORO DE CLCIO E FSFORO

: http://www.pediatric-orthopedics.com/Topics/Bow_Legs/bow_legs.html 13/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ

114

QUESTO DE CONCURSOO aumento da concentrao plasmtica de clcio e fsforo compatvel com: a) deficincia de vitamina C b) Insuficincia pulmonar crnica c) deficincia de vitamina D . d) diminuio de proteinemiaQUESTO DE CONCURSO

FSFOROO fsforo total no sangue encontra-se sob a forma de radicais em combinaes orgnicas com fosfoprotenas, fosfolipdeos, cidos nuclicos e derivados e nos steres fosfricos de vrios compostos.Os compostos que contm fsforo esto presentes em todas as clulas 2/3 do fsforo ingerido so excretados pela urina. Sua dosagem avalia insuficincia renal. Smbolo P e nmero atmico 1513/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ 116

FSFOROVALOR DE REFERNCIA: 2,5 a 4,5 mg/dL crianas 4,0 a 7,0 mg/dL Mtodo: FISKE E SUBBARROW**Aps precipitao das protenas com o cido tricloroactico forma o azul de molibdnio que medido fotometricamente.

Valores aumentados: casos de insuficincia renal crnica, hipoparatireoidismo, processos sseos, nas administraes de anticidos alcalinos, vitamina D, heparina (absoro). Valores diminudos: em casos de raquitismo, hiperparatireoidismo, insuficincia tubular congnita, aps administrao de hidrxido de alumnio, insulina.13/02/2013 BIOQUMICA CLNICA UFRJ 117

FSFORO Alm de ser um componente importante dos ossos, forma a molcula de fosfato.

Sua homeostasia depende do intestino delgado (absoro), rins (reciclagem) e ossos (estocagem).

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

118

EXAMES CORRELATOSNome Exame: FSFORO Material: Soro, Plasma Heparinizado Coleta: 1,0 ml de soro ou plasma heparinizado. Armazenamento: Refrigerar a amostra. Exames AFINS : Clcio, Fosfatase alcalina, Fosfatase cida, Calciria, Fosfatria, PTH, Vitamina D.

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

119

FSFORO Hiperfostatemia- provocada por hipoparatireoidismo,diabetes mellitus, comprometimento sseo, mieloma mltiplo, exerccios, desidratao.

* Hipofosfatemia- Provocada por avitaminose, esteatorria,hipoparatireoidismo, nefropatias, hepatopatias, alcoolismo. Resulta em raquitismo e osteomalacia.

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

120

LTIOInterpretao: Uso: monitoramento de doenas depressivas. A terapia de ltio demanda uma monitorizao diria dos seus nveis at que a dosagem seja apropriada. . A toxicidade do ltio ocorre quando os nveis sanguneos se tornam superiores a 1,5mEq/L, podendo ser grave com nveis superiores a 2,0 mEq/L. Os sintomas de intoxicao por ltio incluem nuseas, vmitos, diarria, sonolncia, fraqueza, ataxia, viso borrada, poliuria, confuso estupor, convulses e coma.Observaes: Coletar sangue 12 horas aps a ltima tomada do medicamento.

Valores de Referncia:

Faixa Teraputica : 0,5 a 1,5 mEq/l Limiar Txico : Acima de 2,0 mEq/l

COMPOSTOS MINERAIS6- FERRO: (FE)Alm de ser um componente importante da hemoglobina, forma enzimas. absorvido pelo intestino, transportado pela transferrina e depositado no fgado como ferritina e hemossiderina (M.O., BAO E FGADO) .Uso: diagnstico diferencial de anemias;

Amostra: sangue Colorimetrico/automatizado Recipiente: tubo tampa tijolo (sem AC) Condies: jejum de 8 horas Valor de Referncia: 35,0 a 150,0 g/dL. **Hemlise e lipemia atuam como interferentes.

FUNES METABLICAS DO FERROFuno Composto

Citocromos a,b,cProduo oxidativa de energia Citocromo P450 Catalase, peroxidase Hemoglobina Transporte de oxignio Respirao mitocondrial Mioglobina Succinato-desidrogenase

Inativao de radicais O2 nocivosSntese de DNA

Xantina-oxidaseRibonucleotdeo-redutase

COMPOSTOS MINERAIS Sua manuteno no organismo depende de etapas diversas de absoro, transporte, metabolismo e perda, em um complexo mecanismo de equilbrio.

Hiperferriemia- Est associada hiperhemlises,distrbios na sntese de hemoglobina, nas anemias: hemolticas, perniciosa, sideroblstica, e aplasia medular, hemocromatose, transfuses repetidas e tratamento com ferro.

* Hipoferriemia- Est associada anemia ferropriva,depleo nutricional, absoro defeituosa, infeco aguda, cirrose, policitemia, hemorragias crnicas.

TESTES LABORATORIAIS DE FERRO

FERRO SRICO (50 150 g/dL)

Representa o ferro ligado transferrina

O ferro livre plasmtico pouco representativo

P.C.NAOUM, 2008

TESTES LABORATORIAIS DE FERROTRANSFERRINA (220 400 mg/dL) Protena sintetizada no fgado Tem sntese gentica e polimorfismo protico Vida mdia de oito dias Funo principal: Transporte do ferro

P.C.NAOUM, 2008

TESTES LABORATORIAIS DE FERROCapacidade Total de Ligao do FerroC T L Fe: 300 360 g/dLVrias protenas do plasma transportam o ferro. Dessas protenas a transferrina a mais importante. O conjunto dessas protenas conhecido por CTLFe. O teste laboratorial do plasma consiste na adio de quantidade conhecida e excessiva de ferro ao soro. O ferro (excedente) que no se ligou transferrina dosado e obtm-se a CTLFe.P.C.NAOUM, 2008

Ferro emem excesso Ferro excesso adicionado ao soro adicionado ao soro

METABOLISMO DO FERROSEQUNCIA BIOLGICA INGESTO ABSORO TRANSPORTE UTILIZAO PRODUO ESTOCAGEM EXCREO REGULAOP.C.NAOUM, 2008

METABOLISMO DO FERROTRANSPORTE

O ferro transportado por um conjunto de protenas classificadas por beta-globulinas, das quais a transferrina a mais importante. O ferro distribudo para a medula ssea (eritropoiese), fgado (estoque) e outros tecidos.

P.C.NAOUM, 2008

METABOLISMO DO FERROESTOCAGEM

Cerca de 20% do total de ferro no organismo (0,5 a 1,5 gr) estocado como ferritina e hemossiderina no fgado, bao e medula ssea. Esse ferro pode ser rapidamente mobilizado para a sntese de hemoprotenas. Outros 20% so para formar mioglobina, e 60% so direcionados exclusivamente para hemoglobinas.P.C.NAOUM, 2008

Depsito de ferritina na medula ssea

METABOLISMO DO FERROEXCREO

Perda diria: 0,5 a 1,0mg de ferro

Vias de excreo:

Fezes Urina Suor Descamao da pele Desgaste das mucosas Menstruao

P.C.NAOUM, 2008

METABOLISMO DO FERROCARACTERSTICAS DOS PRINCIPAIS COMPONENTESFERRITINA: Protena principal de armazenamento do ferro. Consiste de 24 sub-unidades formando esferas ocas, cada uma com 4.500 tomos de ferro. A ferritina representa 25% do ferro total encontrado no corpo. A ferritina circulante, embora pequena, reflete diretamente o nvel de ferro estocado no organismo. A maior parte de ferritina encontra-se armazenada no fgado seguido do bao, medula, corao, pncreas e rins.

P.C.NAOUM, 2008

METABOLISMO DO FERROCARACTERSTICAS DOS PRINCIPAIS COMPONENTES

HEMOSSIDERINA

Protena de estrutura amorfa devido sua complexa ligao

H2O protena ferro.

encontrada predominantemente nos macrfagos.

P.C.NAOUM, 2008

METABOLISMO DO FERROCARACTERSTICAS DOS PRINCIPAIS COMPONENTES

TRANSFERRINA:

uma protena do grupo betaglobulina. O conjunto total de molculas de transferrina contm somente 4 mg de ferro. A sntese de transferrina inversamente proporcional ao estoque de ferro, ou seja, h elevao de transferrina quando o estoque de ferro est diminudo.

P.C.NAOUM, 2008

TESTES LABORATORIAIS DE FERROSaturao da Transferrina (20 45%) obtida da relao Ferro srico x 100 = X %CTLFe Ex: Fe srico: 60 CTLFe: 300 Saturao < 16% > 45% - 70% > 80% - 90% > 90 110%P.C.NAOUM, 2008

60 x 100 / 300 = 20%

Indicao de Patologia Anemia ferropriva Anemia hemoltica Eritropoiese ineficaz Sobrecarga de ferro

OUTROS MINERAIS DE IMPORTNCIA CLNICA:Cromo (Cr): aumenta o efeito da insulina. Cobalto (Co): forma a molcula da vit B12. Cobre (Cu): forma enzimas do entrecruzamento do colgeno. Flor (F): contribui para o enrijecimento sseo e dentrio. Iodo (I): componente de hormnios tireoidianos. Selnio (Se): componente da enzima deiodinase, que converte o T4 em T3.

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

137

GRATO PELA ATENO . Bibliografia por HENRY Diagnsticos Clnicos e TratamentoMtodos Laboratoriais - 20 edio Manole,2008. Principles of biochemistry by Albert L. LEHNINGER p.445-446 Tratado de Fisiologia Mdica by GUYTON E HALL p.392,749,901 Fundamentos de Patologia Estrutural e Funcional by Robins, COTRAN, KUMAR E COLLINS p.449-476 MOTTA, V. Bioqumica Clnica para o Laboratrio, 5 Edio, MedBook,2009.

13/02/2013

BIOQUMICA CLNICA UFRJ

138