48539969 Ponto Dos Concursos Contabilidade Publica TCU 2010

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    AULA 01: TPICOS DA LRF - LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL E GESTO ORGANIZACIONAL DA CONTABILIDADE PBLICA NO BRASIL Caro estudante! Muito obrigado pela escolha do curso! Que a sua mente esteja sempre ILUMINADA para a conquista de seus sonhos e o pleno alcance de suas metas. Agradeo pela oportunidade do convvio virtual nessa jornada de estudos. Fique tranqilo porque at o final do curso voc assimilar todos os contedos necessrios para que realize uma excelente prova e conquiste a sua merecida vaga no TCU. nimo e muita fora de vontade para a conquista de seu sonho! Nunca desista de conquist-lo! Ateno! No fim desta nota de aula estamos apresentando uma bateria de exerccios com a lista com todos os exerccios nela comentados, para que o aluno, a seu critrio, os resolva antes de ver o gabarito e ler os comentrios correspondentes. Ateno! Tendo em vista o limitado nmero de questes de concursos recentes elaborados pelo CESPE estamos inserindo questes de outras organizadoras de concursos. Esta nota de aula contempla o seguinte contedo editalcio:

    Aula 01

    Tpicos selecionados da Lei Complementar n. 101/2000: conceitos de dvida pblica e restos a pagar, escriturao e consolidao das contas. 2 Gesto organizacional da contabilidade pblica no Brasil: papis da Secretaria do Tesouro Nacional e dos rgos setoriais de Contabilidade constantes da Lei n. 10.180/2001.

    Nesta aula iremos discorrer, em realidade, sobre os principais conceitos de contabilidade pblica inseridos na LRF. Isso porque esses conceitos esto constantemente visitando as provas de concursos. Portanto, serei mais abrangente do que o solicitado no edital, porm, procurei ser o mais objetivo possvel. Reflexo! Toda conquista determinada a partir da autoconfiana. Quando temos conscincia das nossas habilidades, do nosso potencial, nos tornamos mais confiantes e percebemos que somos capazes de crescer. Bom estudo!

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    INTRODUO A LRF uma Lei Complementar (LC n 101/00) que estabelece normas gerais sobre finanas pblicas para todos os entes da Federao, seus rgos e entidades, objetivando regulamentar artigos da Constituio Federal no captulo relativo s finanas pblicas e ainda acrescenta normas especficas destinadas Contabilidade Pblica, conforme previso em seus artigos 50 e 51. enftica nos aspectos relativos transparncia na gesto fiscal, controle e fiscalizao dos atos pblicos. A LRF disciplina, especificamente, as matrias inseridas nos artigos 163 e 169 da Carta Magna de 1988, prev, ainda, normas e conceitos de contabilidade pblica, escriturao e consolidao das contas pblicas e tambm estabelece regras de transparncia, controle e fiscalizao dos atos de gesto. Nesta aula iremos estudar os conceitos de contabilidade pblica estabelecidos na LRF, conforme exigido no edital, como tambm conceitos de administrao financeira e outros relacionados, alm de alguns procedimentos contbeis especficos, que porventura tambm possam ser exigidos neste concurso. 1. CONCEITO DE EMPRESA CONTROLADA Sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertena a ente da federao. LRF: Art. 2, II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertena, direta ou indiretamente, a ente da Federao; Portanto, tal controle pode ocorrer de forma direta ou indireta: Controle direto: ocorre quando o investidor (poder pblico) possui a maioria do capital social com direito a voto (aes ordinrias) da sociedade de economia mista. Controle indireto: quando o investidor (poder pblico) exerce o controle da sociedade de economia mista atravs de outra empresa, que tambm controlada por ela. 2. CONCEITO DE EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE

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    Estatal Dependente a empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excludos, no ltimo caso, aqueles provenientes de aumento de participao acionria. Esse novo conceito de empresa estatal dependente inovao da LRF. LRF: Art. 2, III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excludos, no ltimo caso, aqueles provenientes de aumento de participao acionria; Ateno! A Portaria STN n 589/01 melhorou um pouco mais o conceito da LRF, determinando que estatal dependente a empresa controlada pela unio, pelo estado, pelo distrito federal ou pelo municpio, que tenha, no exerccio anterior, recebido recursos financeiros de seu controlador, destinados ao pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excludos, neste ltimo caso, aqueles provenientes de aumento de participao acionria, e tenha, no exerccio corrente, autorizao oramentria para recebimento de recursos financeiros com idntica finalidade. 3. CONCEITO DE DVIDA PBLICA MOBILIRIA LRF: Art. 29, II - dvida pblica mobiliria: dvida pblica representada por ttulos emitidos pela Unio, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municpios; Para apurar a dvida pblica basta o ente somar seus respectivos ttulos emitidos, sendo que, no clculo da Unio, devero ser somados os ttulos emitidos pelo Banco Central. Ateno! A LRF proibiu que o Banco Central do Brasil emita ttulos da dvida pblica a partir de dois anos aps a sua publicao, ou seja, a partir de 2003 (art. 34, da LRF). Mas o que so ttulos pblicos? Os ttulos pblicos so ativos de renda fixa e possuem como finalidade principal a captao de recursos para o financiamento do estado, seja para cobrir a dvida pblica ou para utilizao em suas atividades, tais como sade, segurana, educao etc.

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    Assim, os ttulos pblicos so comprados (do ente) com prazo de resgate e condies de remunerao do capital (juros e correo monetria) pr-fixados. O estado consegue captar recursos oferecendo juros mais baratos e os investidores efetuam uma aplicao de longo prazo garantida e rentvel. Normalmente os ttulos pblicos so negociados atravs de instituies financeiras. Todavia, atualmente o Governo Federal tambm efetua venda de ttulos pblicos atravs do chamado Tesouro Direto, possibilitando que qualquer pessoa fsica possa comprar ttulos diretamente do Tesouro Nacional online pela internet, com investimento mnimo a partir de apenas R$150,00 (www.tesouro.fazenda.gov.br). 3.1. Refinanciamento da Dvida Mobiliria Refinanciar uma dvida, como o prprio nome indica, fazer um novo financiamento da dvida que deveria ser paga, objetivando, com tal operao, postergar o pagamento LRF: Art. 29, V - refinanciamento da dvida mobiliria: emisso de ttulos para pagamento do principal acrescido da atualizao monetria. Ateno! Observe que, para o refinanciamento da dvida mobiliria, no admitido incluir os juros devidos, mas apenas o principal da dvida e a respectiva atualizao monetria. 4. CONCEITO DE DVIDA FUNDADA OU CONSOLIDADA Questionamento inicial! Existe conflito entre as matrias tratadas na Lei de Responsabilidade Fiscal e na Lei n 4.320/64? No, as duas normas diferem quanto matria, haja vista que a LRF trata basicamente de contedo relacionado s finanas pblicas e a lei n. 4.320/64 sobre normas gerais de direito financeiro para elaborao e controle dos oramentos e balanos dos entes federados. Contudo, em alguns pontos tratam de matria semelhante, a exemplo do Captulo IX, Seo II da LRF, que versa acerca da escriturao e consolidao das contas pblicas. Portanto, importante entender que a LRF tambm estabelece normas de direito financeiro. Analisando as normas em referncia verifica-se

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    que a LRF implementou sutilmente pequenas alteraes na Lei 4.320/64. Em sntese, o que difere entre essas normas que o da Lei n 4.320/64 estatuir normas gerais de Direito Financeiro para elaborao e controle dos oramentos e balanos da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal e o da LRF estabelecer normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal. O objetivo do legislador infraconstitucional ao instituir a LRF foi fazer com que as informaes contbeis passem a interessar no apenas administrao pblica, tcnicos ou gestores, mas sim que haja participao da sociedade no processo de acompanhamento e fiscalizao das contas pblicas atravs dos diversos instrumentos que a o legislador infraconstitucional colocou nossa disposio para esta finalidade. A Lei n 4.320/64 foi aprovada como lei ordinria e recepcionada pela Constituio Federal de 1988 com status de lei complementar. Portanto, atualmente ambas as normas somente podem ser alteradas por lei complementar aprovada pelo Congresso Nacional. Ateno! Existindo algum dispositivo conflitante entre as duas normas jurdicas, prevalece a vontade da lei mais recente (LRF). Conceito de dvida fundada: Para a Lei n 4.320/64 a dvida fundada compreendida somente pelas dvidas com prazo de resgate superior a doze meses. A LRF inovou nesse ponto e estabeleceu que tambm integram a dvida pblica consolidada as operaes de crdito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do oramento. Lei n 4.320/64: Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contrados para atender a desequilbrio oramentrio ou a financeiro de obras e servios pblicos. LRF, art. 29: I - dvida pblica consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses. 2o Ser includa na dvida pblica consolidada da Unio a relativa emisso de ttulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil.

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    3o Tambm integram a dvida pblica consolidada as operaes de crdito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do oramento. Ateno! A LRF proibiu que o Banco Central do Brasil emita ttulos da dvida pblica a partir de dois anos aps a sua publicao, ou seja, a partir de 2003 (art. 34, da LRF). Foi cobrado em concurso! (Procurador Ministrio Pblico/SC - 2005) Enquanto a Lei n. 4.320/1964 considera como dvida pblica fundada apenas aquela com vencimento superior a doze meses, a Lei Complementar n. 101/2000 inclui nessa categoria tambm as operaes de crdito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do oramento. Resoluo assim mesmo que vem sendo cobrado em concursos. As bancas de concursos gostam de novidades, portanto, o candidato deve estar atento s inovaes. A opo est CERTA. 5. DENOMINAO DE PATRIMNIO LQUIDO PARA O SETOR PBLICO AO INVS DE SALDO PATRIMONIAL A Lei 4.320/64 no utiliza a expresso patrimnio lquido, mas sim saldo patrimonial, quando se refere ao Balano Patrimonial. O saldo patrimonial previsto na Lei n. 4.320/64 um grupo de contas do Balano Patrimonial, classificado no lado do passivo, ou seja, semelhante ao patrimnio lquido da contabilidade geral. A LRF, todavia, acompanhando a nomenclatura utilizada pela contabilidade geral, utiliza da denominao patrimnio lquido (art.4, 2, III, LC. 101/00). O Conselho Federal de Contabilidade, atravs da NBC T 16.2 Patrimnio e Sistemas Contbeis (Resoluo CFC n 1.129/08, alterada pela n 1.268/09), tambm conceituou patrimnio lquido para a contabilidade pblica: 4. O patrimnio pblico estruturado em trs grupos: (a) Ativos so recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefcios econmicos futuros ou potencial de servios; (b) Passivos so obrigaes presentes da entidade, derivadas de eventos passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a entidade sadas de recursos capazes de gerar benefcios econmicos ou potencial de servios; c) Patrimnio Lquido o valor residual dos ativos da entidade depois de

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    deduzidos todos seus passivos Assim sendo, atualmente, o correto a utilizao da denominao patrimnio lquido. Todavia, em provas de concurso, ainda encontramos questes com a denominao saldo patrimonial, por serem expresses sinnimas. 6. CONCEITO DE OPERAES DE CRDITO A LRF ampliou de forma relevante o conceito de operaes de crdito, considerando-a como: Art. 29, III - operao de crdito: compromisso financeiro assumido em razo de mtuo, abertura de crdito, emisso e aceite de ttulo, aquisio financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e servios, arrendamento mercantil e outras operaes assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros; A partir do conceito acima se conclui que os fatos econmicos abaixo relacionados se enquadram no conceito de operao de crdito: Compromisso financeiro assumido em razo de mtuo; Abertura de crdito; Emisso e aceite de ttulo; Aquisio financiada de bens; Recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e servios; Arrendamento mercantil; Outras operaes assemelhadas; Equipara-se ainda a operao de crdito a assuno, o reconhecimento ou a confisso de dvidas pelo ente da Federao; Anlise dos eventos econmicos do conceito de operao de crdito: Compromisso financeiro assumido em razo de mtuo: Mtuo o emprstimo de coisa fungvel para consumo, durante certo prazo, e posterior devoluo de coisa do mesmo gnero, equivalente em quantidade e qualidade, depois de findado o prazo do emprstimo. Exemplo: emprstimo de dinheiro, de uma saca de feijo etc. O art. 586 do Cdigo Civil estabelece que mtuo o emprstimo de coisas fungveis. O muturio obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gnero qualidade e quantidade. Portanto, o compromisso financeiro assumido em razo de mtuo , em realidade, um emprstimo para consumo, mesmo considerando que o muturio no obrigado a devolver a prpria coisa, mas sim coisa

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    equivalente, uma vez que concludo o contrato de mtuo, passa, de fato, a ser o proprietrio da coisa. No contrato de mtuo o mutuante transfere ao muturio o domnio do bem emprestado. A partir da tradio o muturio passa a responder pelos riscos da coisa recebida Abertura de crdito: o contrato pelo qual um banco se obriga a colocar disposio do cliente (poder pblico), por prazo certo ou indeterminado, uma importncia em dinheiro no limite previamente estipulado. Tal contrato pode exigir ou no garantia real. Exemplo: na realizao de um emprstimo se paga uma tarifa bancria de abertura de crdito. Esse valor pago considerado pela LRF como uma operao de crdito. Emisso e aceite de ttulos: A emisso de ttulos representada pelos ttulos pblicos emitidos pelos governos ou os ttulos privados de responsabilidade do governo emitidos pelas entidades estatais. Exemplo: Ttulos da Dvida Agrria TDA emitidos em conformidade com o que estabelece o artigo 184 da Constituio Federal, Ttulos emitidos pela Secretaria do Tesouro nacional STN e os Ttulos emitidos pelo Banco Central. O aceite de ttulos o ato pelo qual o governo se vincula obrigao cambial, apondo sua assinatura no ttulo contra a administrao pblica, denominada de sacado. Exemplo: aceite de duplicatas emitidas por entidades privadas. Aquisio financiada de bens: Representa simplesmente a aquisio de bens mveis ou imveis mediante financiamento pela prpria empresa vendedora ou atravs de instituio financeira. Recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e servios: Representa o recebimento antecipado da alienao de bens mveis ou imveis pertencentes ao poder pblico. Exemplo: recebimento antecipado pela venda de um imvel pertencente ao INSS ou pela venda de bens de consumo (estoque regulador do governo).

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    Arrendamento mercantil: Arrendamento mercantil ou leasing um tipo de aluguel de um ativo fixo (equipamentos, veculos, computadores etc.) por um prazo determinado. uma operao em que o cliente pode fazer uso de um bem sem necessariamente t-lo comprado. O bem, neste caso, deve ser entendido em seu sentido mais amplo: imveis, automveis, mquinas, equipamentos, enfim, qualquer produto cuja utilizao seja capaz de gerar rendas e seja para uso prprio do arrendatrio (governo). Ao final do contrato, o governo pode adquirir definitivamente o bem arrendado mediante o pagamento de um valor residual definido no contrato. Outras operaes assemelhadas: Poderamos citar como exemplo a encampao de dvidas de estatais ou concessionrios de servios pblicos pelo governo. A anlise dos conceitos acima possibilita-se verificar a amplitude e abrangncia da definio de operao de crdito inserida na LRF. Foi cobrado em concurso! (Procurador Ministrio Pblico/SC - 2005) Segundo o art. 29 da Lei n 101/2000, o compromisso financeiro assumido em razo de mtuo, abertura de crdito, emisso e aceite de ttulo, aquisio financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e servios, arrendamento mercantil e outras operaes assemelhadas, considerado: (A) Operao de crdito. (B) Concesso de garantia. (C) Dvida pblica mobiliria. (D) Dvida pblica fundada. (E) Dvida pblica consolidada. Resoluo Esse o novo conceito de operao de crdito da LRF. Esse conceito j foi cobrado em diversos concursos. Nessa questo foi exigido conhecimento do conceito literal de operao de crdito, excluindo apenas a parte final que menciona: inclusive com o uso de derivativos financeiros. Opo A. O art. 37 da LRF ainda ampliou o conceito de operao de crdito: I - captao de recursos a ttulo de antecipao de receita de tributo ou contribuio cujo fato gerador ainda no tenha ocorrido, sem prejuzo do disposto no 7o do art. 150 da Constituio; II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Pblico

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    detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislao; III - assuno direta de compromisso, confisso de dvida ou operao assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou servios, mediante emisso, aceite ou aval de ttulo de crdito, no se aplicando esta vedao a empresas estatais dependentes; IV - assuno de obrigao, sem autorizao oramentria, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e servios. 7. CONCEITO DE RECEITA CORRENTE LQUIDA - RCL Representa o total das receitas correntes, diminudas de algumas receitas estabelecidas pela prpria lei. A RCL constitui parmetro para quase todos os clculos relacionados execuo oramentria, elaborao de relatrios e adequao dos poderes e rgos aos limites de austeridade estabelecidos pela norma. Como se apura a receita corrente lquida na Unio? A receita corrente lquida ser apurada somando-se as receitas arrecadadas no ms em referncia e nos onze anteriores, excludas as duplicidades (art. 2, 3, da LRF). O que se entende por ms de referncia? O ms de referncia, ou atual, o ms imediatamente anterior quele em que a receita corrente lquida estiver sendo apurada (art. 6, Pargrafo nico, da Portaria STN n 589/01). Exemplo: se a RCL estiver sendo apurada em dezembro, o ms de referncia ser novembro do mesmo ano. Para obter a RCL deve-se considerar no clculo todas as receitas correntes dos onze meses anteriores e as do ms de referncia e excluir, para a Unio: 1. Os valores transferidos aos Estados e Municpios por determinao constitucional ou legal; 2. As contribuies sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio e do trabalhador e dos demais segurados da previdncia social; 3. A arrecadao decorrente das contribuies para o Programa de Integrao Social e para o Programa de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico (art. 239, Constituio Federal); 4. A contribuio dos servidores para o custeio do seu sistema de previdncia e assistncia social e as receitas provenientes da compensao financeira citada no 9o do art. 201 da Constituio

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    Federal. importante destacar que as receitas que compem o oramento pblico de qualquer ente da federao so classificadas nas seguintes categorias econmicas:

    As receitas correntes so, via de regra, aquelas provenientes de arrecadaes de tributos, contribuies, de aluguis de prdios pblicos, servios, e de alguma outra atividade estatal, ou seja, so as receitas operacionais arrecadadas de forma contnua e quase permanentes. J as receitas de capital, normalmente so representadas por ingressos de recursos financeiros oriundos de alienaes de bens e de operaes de crditos (emprstimos, financiamentos, emisso de ttulos pblicos, amortizaes de emprstimos etc.) contratadas junto a instituies financeiras internas ou externas, ou seja, so receitas no operacionais e arrecadadas de forma mais espordicas. importante distinguir as receitas correntes das receitas de capital para corretamente interpretar o conceito literal de receita corrente lquida estabelecido na LRF. Foi cobrado em concurso! (ESAF - Analista Contbil-Financeiro - SEFAZ - CE 2006) Com base na Lei Complementar n. 101/2000, a receita corrente lquida compreende o somatrio de todas as naturezas de receitas correntes, deduzida(s): a) as transferncias a Estados, Distrito Federal e Municpios destinadas ao custeio do Sistema nico de Sade. b) as parcelas entregues por Municpios aos Estados e Distrito Federal por determinao constitucional. c) a contribuio dos trabalhadores e empregadores para o custeio do regime geral da previdncia social. d) as receitas correntes prprias arrecadadas pelas autarquias e fundaes pblicas. e) as contribuies dos entes pblicos para os fundos de penso das empresas estatais. Resoluo Conforme exposto detalhadamente no quadro anterior, especificamente no item 2, deduz-se tambm da RCL a contribuio dos trabalhadores e empregadores para o custeio do regime geral da previdncia social. Opo C.

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    Abaixo exemplificaremos de forma sucinta essa diferena e o conceito de RCL, sem apur-la de forma detalhada. Receitas $ RECEITAS CORRENTES (I) 400.000 Tributrias 200.000 Contribuies sociais 150.000 Servios 50.000 RECEITAS DE CAPITAL (II) 100.000 Operaes de Crdito 80.000 Alienaes de Imveis 20.000 TOTAL DAS RECEITAS (I+II) 500.000 Com base nos dados do quadro acima, para se calcular a Receita Corrente Lquida, utilizaremos apenas $ 400.000, que o total das receitas correntes. Segregando-se as receitas correntes das de capital, iremos efetuar as dedues estabelecidas pela LRF, conforme demonstrado abaixo. Vamos considerar que a Unio tenha realizado as seguintes transferncias obrigatrias, ou seja, as transferncias constitucionais ou legais: $15.000 para o Fundo de Participao dos Estados; $10.000 para o Fundo de Participao dos Municpios; $15.000 da contribuio descontada dos servidores, para custeio do plano de seguridade social. TTULOS $ Total das receitas correntes 400.000 (-) Transferncias Constitucionais (25.000) (-) Receitas da Previdncia Social dos Servidores (15.000) = Receita Corrente Lquida - RCL 360.000 Observe que, embora o total das receitas seja $ 500.000, para fins de apurao da receita corrente lquida, no clculo considera-se apenas as receitas correntes, pois as receitas de capital no fazem parte desse clculo. Exemplo de clculo da RCL: Clculo da Receita Corrente Lquida - Unio Discriminao $ I- Receitas Correntes 6.600.000 Receita Corrente da Administrao Direta 6.000.000 Receita Corrente da Administrao Indireta 600.000 II- Dedues 500.000 (-) Transferncias Constitucionais aos Municpios 300.000 (-) Transferncias Constitucionais aos Estados 100.000 (-) Compensao Financeira (art. 201, 9 CF) 50.000

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    (-) Contribuies sociais descontadas dos servidores 50.000 3. Receita Corrente Lquida - RCL (I - II) 6.100.000

    Ateno! A RCL praticamente a base de clculo para todas as despesas oramentrias, em especial, as com pessoal e encargos sociais. Foi cobrado em concurso! (ESAF AFC/STN 2002) Com base nos seguintes dados, todos hipoteticamente registrados pela Unio, assinale a opo que indica o valor correto da receita corrente lquida, de acordo com o disposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal:

    a) $ 110 b) $ 115 c) $ 120 d) $ 125 e) $ 130 Resoluo Para encontrar o valor da RCL devemos somar todas as receitas correntes e subtrair as receitas dedutveis, ou seja, as despesas com transferncias, conforme previsto na LRF. Portanto, no clculo da RCL no so computadas as receitas de capital. Clculo: Receitas correntes $ 160 Tributria $ 120 Patrimonial $ 10 De servios $ 30

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    (-) Despesas ou receitas transferidas $ (45) Transferncias obrigatrias a Estados $ 35 Transferncias obrigatrias ao Distrito Federal $ 10 = Receita corrente lquida RCL $ 115 Observe as regras legais acerca do clculo da RCL: IV - receita corrente lquida: somatrio das receitas tributrias, de contribuies, patrimoniais, industriais, agropecurias, de servios, transferncias correntes e outras receitas tambm correntes, deduzidos: a) na Unio, os valores transferidos aos Estados e Municpios por determinao constitucional ou legal, e as contribuies mencionadas na alnea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituio; b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municpios por determinao constitucional; c) na Unio, nos Estados e nos Municpios, a contribuio dos servidores para o custeio do seu sistema de previdncia e assistncia social e as receitas provenientes da compensao financeira citada no 9o do art. 201 da Constituio. 1o Sero computados no clculo da receita corrente lquida os valores pagos e recebidos em decorrncia da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias. 2o No sero considerados na receita corrente lquida do Distrito Federal e dos Estados do Amap e de Roraima os recursos recebidos da Unio para atendimento das despesas de que trata o inciso V do 1o do art. 19. 3o A receita corrente lquida ser apurada somando-se as receitas arrecadadas no ms em referncia e nos onze anteriores, excludas as duplicidades. Opo B. 8. RESULTADOS NOMINAL E PRIMRIO Resultado primrio: a diferena entre receitas e despesas primrias, delas excludos os juros, receitas financeiras (aplicaes), receita de privatizaes, encargos e o principal da dvida pblica (pagos e recebidos) etc. Exemplo:

    Receitas primrias Total das receitas correntes $ (-) Aplicaes financeiras (+) Total das receitas de capital (-) Operaes de crdito (-) Amortizao de emprstimos (-) Alienao de bens = Total das receitas primrias (-) Despesas primrias

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    Total das despesas correntes (-) Juros e encargos da dvida Total das despesas de capital (-) Concesso de emprstimos (-) Aquisio de ttulos de capital j integralizado (-) Amortizao da dvida (+) Reserva de contingncia (+) Reserva do RPPS = Total das despesas primrias Apurao do resultado primrio: Total das receitas primrias (-) Total das despesas primrias Resultado primrio

    Comentrios: 1. As receitas primrias correspondem ao total das receitas oramentrias deduzidas as operaes de crdito, as provenientes de rendimentos de aplicaes financeiras e retorno de operaes de crdito (juros e amortizaes), o recebimento de recursos oriundos de emprstimos concedidos e as receitas de privatizaes. 2. As despesas primrias correspondem ao total das despesas oramentrias deduzidas as despesas com juros e amortizao da dvida interna e externa, com a aquisio de ttulos de capital integralizado e as despesas com concesso de emprstimos com retorno garantido. Resultado nominal: a diferena entre todas as receitas arrecadadas e todas as despesas empenhadas, incluindo os juros e o principal da dvida e ainda acrescentando as receitas financeiras. O resultado nominal pode ser apurado da seguinte forma:

    Total da dvida consolidada $ Dedues: Ativo disponvel Haveres financeiros (-) Restos a pagar processados = Total da dvida consolidada lquida (+) Receita de privatizaes (-) Passivos reconhecidos = Dvida fiscal lquida

    Observaes: 1. O saldo da dvida fiscal lquida corresponde ao saldo da dvida consolidada lquida somado s receitas de privatizao, deduzidos os

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    passivos reconhecidos, decorrentes de dficits ocorridos em exerccios anteriores. 2. A dvida consolidada lquida corresponde ao saldo da dvida consolidada, deduzida do ativo disponvel e dos haveres financeiros, lquidos dos restos a pagar processados. Os ttulos de emisso do Banco Central do Brasil compem a dvida consolidada da Unio. 3. A dvida pblica consolidada corresponde ao montante total apurado: Das obrigaes financeiras do ente da Federao, inclusive as decorrentes de emisso de ttulos, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados; Das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude da realizao de operaes de crdito para amortizao em prazo superior a doze meses, ou que, embora de prazo inferior a doze meses, tenham constado como receitas no oramento; Dos precatrios judiciais emitidos a partir de 5 de maio de 2000 e no pagos durante a execuo do oramento em que houverem sido includos. Ateno! Fique atento aos conceitos literais de resultado primrio e nominal, haja vista que nos questionamentos de concursos geralmente so exigidos conhecimentos conceituais. At o presente tenho observado pouqussimas questes prticas. Foi cobrado em concurso! (ESAF - Analista Contbil-Financeiro - SEFAZ - CE 2006) O demonstrativo da execuo oramentria do Setor Pblico, em um determinado exerccio, apresentou o seguinte resultado em unidades monetrias: Receita Receita Tributria-$ 3.000.000 Receita de Aplicaes Financeiras-$ 600.000 Receita de Operaes de Crdito-$ 500.000 Despesa Despesas Correntes-$ 2.000.000 Despesa de Juros da Dvida Pblica-$ 350.000 Despesa de Capital-$ 500.000 Despesa de Amortizao da Dvida Pblica-$ 700.000 Identifique, nas opes abaixo, o montante que corresponda ao resultado primrio desse exerccio. a) $ 1.050.000 b) $ 550.000 c) $ 700.000

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    d) $ 500.000 e) $ 200.000 Resoluo Clculo: Receitas primrias Receitas correntes (tributria + aplicaes financeiras) $ 3.600.000 (-) Receita aplicaes financeiras $ (600.000) (+) Total das receitas de capital $ 500.000 (-) Receita de operaes de crdito $ (500.000) = Total das receitas primrias $ 3.000.00 Despesas primrias Total das despesas correntes $ 2.350.000 (-) Despesa de juros da dvida $ (350.000) (+) Total das despesas de capital $ 1.200.000 (-) Despesa de amortizao da dvida $ (700.000) = Total das despesas primrias $ 2.500.000 Total das receitas primrias $ 3.000.000 (-) Total das despesas primrias $(2.500.000) = Resultado primrio $ 500.000 Clculo direto: Receitas primrias Receitas correntes $ 3.000.000 (-) Despesas primrias Despesas correntes $ (2.000.000) Despesas de capital (1.200.000 700.000) $ (500.000) = Resultado primrio $ 500.000 Comentrios: 1. importante conhecer e entender quais as receitas e despesas que no sero includas no clculo do resultado primrio. 2. A apurao completa do resultado primrio serviu apenas para demonstrar a memria de clculo. Clculo do resultado nominal: o resultado nominal a diferena entre todas as receitas arrecadadas e todas as despesas empenhadas, incluindo os juros e o principal da dvida e ainda acrescentando as receitas financeiras. Supondo-se que todas as despesas em questo foram empenhadas e liquidadas, o resultado nominal seria:

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    Total das receitas arrecadadas $ 4.100.000 (-) Total das despesas empenhadas $ (3.550.000) = Resultado nominal $ 550.000 Opo D. 9. CONCEITO DE GARANTIA E CONTRAGARANTIA Garantia e contragarantia podem ser definidos como compromisso de pagar obrigao financeira de outro ente. LRF: Art. 29, IV - concesso de garantia: compromisso de adimplncia de obrigao financeira ou contratual assumida por ente da Federao ou entidade a ele vinculada

    Qualquer garantia exige que o seu beneficirio oferea contragarantia, em valor igual ou superior garantia a ser recebida, e, adicionalmente, a plena adimplncia para com o ente garantidor. A contragarantia exigida pela Unio a Estados ou Municpio, ou pelos Estados aos Municpios, poder consistir na vinculao de suas receitas tributrias prprias, ou das transferncias constitucionais. A garantia e a contragarantia podero ser realizadas atravs da vinculao da receita de impostos ou outro tipo de receita. uma das excees ao princpio da no-afetao ou no-vinculao da receita de impostos previstos na Constituio Federal (art. 167, IV, c/c art. 167, 4, da CF). Foi cobrado em concurso! (ESAF - Analista Jurdico SEFAZ/CE 2006) Indique a definio que foi adotada pela Lei Complementar n. 101/2000. a) Dvida pblica consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses, excludas as operaes de crdito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do oramento. b) Operao de crdito: compromisso financeiro assumido em razo de mtuo, abertura de crdito, emisso e aceite de ttulo, aquisio financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e servios, arrendamento mercantil e outras operaes assemelhadas, excetuadas as que envolvam o uso de derivativos financeiros.

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    c) Dvida pblica mobiliria: dvida pblica representada por ttulos emitidos pela Unio, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municpios. d) Concesso de garantia: compromisso de adimplncia de obrigao financeira ou contratual assumida apenas por entidade vinculada a ente da Federao. e) Refinanciamento da dvida mobiliria: emisso de ttulos para pagamento do principal, excluda atualizao monetria. Resoluo A LRF, em seu artigo 29 e incisos, estabelece as definies exigidas nessa questo. Tais definies foram detalhadamente acima relacionadas no quadro resumo de conceitos importantes estabelecidos pela LRF. Ateno! Equipara-se operao de crdito a assuno, o reconhecimento ou a confisso de dvidas pelo ente da Federao. Conforme o 2 do artigo 29 em comento, deve-se incluir na dvida pblica consolidada da Unio a operao relativa emisso de ttulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil. Importante! Estabelece o 3 do artigo 29 que tambm integram a dvida pblica consolidada as operaes de crdito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do oramento. Opo C. 10. CONCEITO DE DESPESA TOTAL COM PESSOAL Em razo de grande parte dos entes da federao comprometerem quase todas as suas receitas com o pagamento de pessoal, o legislador ordinrio deu ateno especial a essa rubrica de despesas, estabelecendo restries, limites de gastos e prazos para reconduo da despesa com pessoal. Para a LRF, despesas com pessoal so apenas aquelas relacionadas a espcies remuneratrias, bem como despesas com a manuteno da seguridade social dos servidores dos entes federados. Dessa forma, despesas com auxlio-alimentao, assistncia pr-escolar, vale-transporte, indenizaes de bagagem, transporte, reparaes econmicas e outras assemelhadas, bem como as aposentadorias e penses pagas pelo regime geral da previdncia social no so consideradas despesas com pessoal.

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    A LRF parte do princpio de que verbas indenizatrias no so consideradas espcies remuneratrias, ou seja, no so computadas no clculo do percentual de gasto com pessoal. LRF: Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o somatrio dos gastos do ente da Federao com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funes ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espcies remuneratrias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variveis, subsdios, proventos da aposentadoria, reformas e penses, inclusive adicionais, gratificaes, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuies recolhidas pelo ente s entidades de previdncia. 1o Os valores dos contratos de terceirizao de mo-de-obra que se referem substituio de servidores e empregados pblicos sero contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal". Ateno! As despesas provenientes de terceirizao de mo-de-obra em substituio a servidores e empregados pblicos so consideradas despesas com pessoal. Portanto, so includas na rubrica de despesa com pessoal, sendo contabilizadas em item parte, de maneira destacada da despesa total com pessoal do rgo, no grupo outras despesas de pessoal. Caso a terceirizao no seja para substituio de servidores e empregados pblicos, tal despesa no ser classificada como despesa de pessoal, mas sim como outra despesa corrente: DESPESA CORRENTE 1- Pessoal e Encargos Sociais (terceirizao COM substituio) 2- Juros e Encargos da Dvida 3- Outras Despesas Correntes (terceirizao SEM substituio) Portanto, muita ateno! As despesas provenientes de terceirizao de mo-de-obra em substituio a servidores e empregados pblicos so computadas na despesa total com pessoal do ente, porm, destacadas no subgrupo outras despesas de pessoal. Foi cobrado em concurso! (ESAF - Analista Contbil-Financeiro - SEFAZ - CE 2006) Para os efeitos da Lei Complementar n.101/2000, considera-se despesa com pessoal: a) as reparaes econmicas a anistiados polticos no membros da administrao pblica.

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    b) o auxlio-alimentao dos servidores. c) a terceirizao de atividades no previstas nos planos de carreira dos servidores. d) as aposentadorias e penses relativas a ex-chefes de poder executivo. e) as aposentadorias e penses pagas pelo regime geral da previdncia social. Resoluo a) As reparaes econmicas, quaisquer que sejam, so espcies indenizatrias. ERRADO. b) Auxlio-alimentao dos servidores pblicos no se considera como despesa com pessoal. ERRADO. c) As despesas com pessoal referentes terceirizao de mo-de-obra e que NO seja substituio de atividades previstas nos planos de carreira dos servidores no se considera como despesa de pessoal, mas sim despesa com servios de terceiros pessoa jurdica. ERRADO. d) Aposentadorias e penses relativas a ex-chefes de quaisquer dos poderes so computadas nas despesas com pessoal inativo. So consideradas despesas com inativos dos chefes de poderes. CERTO. e) As aposentadorias e penses pagas pelo regime geral da previdncia social NO ENTRAM no clculo das despesas com pessoal. ERRADO. Excluso de rubricas de despesa com pessoal Importante! Na verificao do atendimento dos limites para a despesa total com pessoal (estabelecidos na LRF), no sero computadas as seguintes: 1. Indenizao por demisso de servidores ou empregados; 2. Relativas a incentivos demisso voluntria - PDV; 3. Convocao Extraordinria do Legislativo em caso de urgncia ou interesse pblico relevante (art. 19, 1, inciso III, da LRF, c/c o art. 57, inciso II, 6, CF). Ateno! Com a aprovao da Emenda Constitucional n 50/2006, no mais existe pagamento de hora-extra pela convocao extraordinria do Congresso Nacional. 4. Decorrentes de deciso judicial e da competncia de perodo anterior ao da apurao a que se refere o 2 do art. 18 desta LRF. 5. Com pessoal do Distrito Federal e dos Estados do Amap e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela Unio; 6. Com inativos, quando custeadas com recursos proveniente da arrecadao de contribuies dos segurados e de compensao financeira entre os diversos regimes de previdncia social; 7. Das demais receitas diretamente arrecadas por fundo vinculado a tal

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    finalidade, inclusive o produto da alienao de bens, direitos e ativos, bem com seu supervit financeiro. 11. DESPESAS COM A SEGURIDADE SOCIAL A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social. Portanto, a seguridade social brasileira compreende as seguintes aes:

    Sade; Previdncia social; Assistncia social.

    A constituio brasileira estabelece que a sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao. Quanto assistncia social, estabelece a Carta Magna que ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuio seguridade social. Portanto, para que o povo tenha direito sade e assistncia social, no existe necessidade de contribuio. Porm, quanto previdncia social, somente ter direito aos benefcios previdencirios os contribuintes, ou seja, as pessoas vinculadas ao Instituto nacional do Seguro Social INSS. A Constituio Federal estabelece que compete ao Poder Pblico, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: Universalidade da cobertura e do atendimento; Uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais; Seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios; Irredutibilidade do valor dos benefcios; Eqidade na forma de participao no custeio; Diversidade da base de financiamento; Carter democrtico e descentralizado da gesto administrativa, com a participao da comunidade, em especial de trabalhadores, empresrios e aposentados.

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    Carter democrtico e descentralizado da administrao, mediante gesto quadripartite, com participao dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos rgos colegiados. 12. TRANSFERNCIAS VOLUNTRIAS Para fins da Lei de Responsabilidade Fiscal, transferncias voluntrias compreendem a entrega de recursos provenientes da arrecadao de receitas correntes ou de capital a outro ente da federao, a ttulo de cooperao, auxlio ou assistncia financeira, que no decorra de determinao constitucional, legal ou os destinados ao Sistema nico de Sade - SUS. LRF: Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferncia voluntria a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federao, a ttulo de cooperao, auxlio ou assistncia financeira, que no decorra de determinao constitucional, legal ou os destinados ao Sistema nico de Sade. Ateno! Conforme demonstrado no conceito acima as transferncias voluntrias so movimentaes de recursos realizadas s entre os entes da federao. LRF: Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como: I - ente da Federao: a Unio, cada Estado, o Distrito Federal e cada Municpio; Portanto, as transferncias de recursos que se destinem a instituies pblicas ou privadas de carter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa ou as que se destinem a empresas pblicas ou privadas de carter industrial, comercial, agrcola ou pastoril no se enquadram no conceito de transferncias voluntrias. Cuidado para no confundir transferncias voluntrias com as subvenes previstas na Lei n. 4.320/64. As subvenes previstas na norma mencionada so transferncias destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como: Subvenes sociais, as que se destinem a instituies pblicas ou privadas de carter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa; Subvenes econmicas, as que se destinem a empresas pblicas ou privadas de carter industrial, comercial, agrcola ou pastoril.

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    Foi cobrado em concurso! (FCC Tcnico de Oramento/MPU 2007) As transferncias efetuadas pelo ente pblico destinado a cobrir despesas de custeio de instituies pblicas ou privadas de carter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa, so denominadas (A) subvenes sociais. (B) suprimentos de fundos. (C) variaes passivas. (D) restos a pagar. (E) transferncias de capital. Resoluo O 2o do art. 12 da Lei n 4.320/64 prev que: Classificam-se como Transferncias Correntes as dotaes para despesas s quais no corresponda contraprestao direta em bens ou servios, inclusive para contribuies e subvenes destinadas a atender manuteno de outras entidades de direito pblico ou privado.

    O 3o do art. 12 da Lei n 4.320/64 estabelece ainda que: Consideram-se subvenes, para os efeitos desta lei, as transferncias destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como: I - subvenes sociais, as que se destinem a instituies pblicas ou privadas de carter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa; II - subvenes econmicas, as que se destinem a empresas pblicas ou privadas de carter industrial, comercial, agrcola ou pastoril.

    Conforme se observa, o comando da questo foi literalmente copiado da norma citada. Opo A. 13. ESCRITURAO CONTBIL LRF: Art. 50. Alm de obedecer s demais normas de contabilidade pblica, a escriturao das contas pblicas observar as seguintes: I - a disponibilidade de caixa constar de registro prprio, de modo que os recursos vinculados a rgo, fundo ou despesa obrigatria fiquem identificados e escriturados de forma individualizada; II - a despesa e a assuno de compromisso sero registradas segundo o regime de competncia, apurando-se, em carter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa; III - as demonstraes contbeis compreendero, isolada e conjuntamente, as transaes e operaes de cada rgo, fundo ou entidade da administrao direta, autrquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente; IV - as receitas e despesas previdencirias sero apresentadas em demonstrativos financeiros e oramentrios especficos;

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    V - as operaes de crdito, as inscries em Restos a Pagar e as demais formas de financiamento ou assuno de compromissos junto a terceiros, devero ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variao da dvida pblica no perodo, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor; VI - a demonstrao das variaes patrimoniais dar destaque origem e ao destino dos recursos provenientes da alienao de ativos. 1o No caso das demonstraes conjuntas, excluir-se-o as operaes intragovernamentais. 2o A edio de normas gerais para consolidao das contas pblicas caber ao rgo central de contabilidade da Unio, enquanto no implantado o conselho de que trata o art. 67. 3o A Administrao Pblica manter sistema de custos que permita a avaliao e o acompanhamento da gesto oramentria, financeira e patrimonial. 14. CONSOLIDAO NACIONAL DAS CONTAS PBLICAS A consolidao nacional das contas pblicas uma regra que tem por finalidade demonstrar a situao econmico-financeira dos entes da federao. Assim sendo, o poder pblico disponibiliza sociedade viso de conjunto das finanas pblicas brasileira. LRF: Art. 51. O Poder Executivo da Unio promover, at o dia trinta de junho, a consolidao, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federao relativas ao exerccio anterior, e a sua divulgao, inclusive por meio eletrnico de acesso pblico. 1o Os Estados e os Municpios encaminharo suas contas ao Poder Executivo da Unio nos seguintes prazos: I - Municpios, com cpia para o Poder Executivo do respectivo Estado, at trinta de abril; II - Estados, at trinta e um de maio. Art.50, 2o A edio de normas gerais para consolidao das contas pblicas caber ao rgo central de contabilidade da Unio, enquanto no implantado o conselho de que trata o art. 67. O rgo central de contabilidade da Unio a Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O Poder Executivo da Unio promover, at o dia trinta de junho, a consolidao, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da federao relativas ao exerccio anterior, e a sua divulgao, inclusive por meio eletrnico de acesso pblico.

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    Os Estados e os Municpios encaminharo suas contas ao Poder Executivo da Unio nos seguintes prazos: Municpios, com cpia para o Poder Executivo do respectivo Estado, at trinta de abril; Estados, at trinta e um de maio. Portanto, os municpios encaminham seus demonstrativos contbeis ao Estado onde esteja situado e Unio, at 30/04 de cada ano. Lembre-se! Na consolidao dos balanos pblicos, realizada pela Unio, as contas sero classificadas no 3 nvel (subgrupo). Exemplo: 1. ATIVO REPRESENTA A CLASSE 1 NVEL. 1.4 PERMANENTE REPRESENTA O GRUPO 2 NVEL 1.4.1 INVESTIMENTOS REPRESENTA O SUBGRUPO 3 NVEL 15. RESTOS A PAGAR EM FINAL DE MANDATO A LRF trouxe novidades ao estabelecer em seu art. 42 que vedado ao titular de Poder ou rgo, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. LRF: Art. 42. vedado ao titular de Poder ou rgo referido no art. 20, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Pargrafo nico. Na determinao da disponibilidade de caixa sero considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar at o final do exerccio. A LRF ainda estabeleceu limites e condies para a inscrio em Restos a Pagar, estabelecendo que as operaes de crdito, as inscries em Restos a Pagar e as demais formas de financiamento ou assuno de compromissos junto a terceiros, devero ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variao da dvida pblica no perodo, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor. 16. GESTO ORGANIZACIONAL DA CONTABILIDADE PBLICA NO BRASIL: PAPIS DA SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL E DOS

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    RGOS SETORIAIS DE CONTABILIDADE CONSTANTES DA LEI N. 10.180/2001 Primeiramente deve-se entender que a Lei Federal n 10.180/2001 organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento e de Oramento Federal, de Administrao Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, e d outras providncias. As atividades de planejamento e de oramento federal, de administrao financeira federal, de contabilidade federal e de controle interno do Poder Executivo Federal sero organizadas sob a forma de sistemas. Os referidos sistemas so: 1. SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE ORAMENTO FEDERAL 2. SISTEMA DE ADMINISTRAO FINANCEIRA FEDERAL 3. SISTEMA DE CONTABILIDADE FEDERAL 4. SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO FEDERAL Conforme previso no edital do concurso anterior, para o concurso do TCU o mais importante conhecer o SISTEMA DE CONTABILIDADE FEDERAL, porm, para evitar surpresas, irei discorrer sucintamente sobre os outros sistemas. 16.1. SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE ORAMENTO FEDERAL

    O Sistema de Planejamento e de Oramento Federal tem por OBJETIVO:

    I - formular o planejamento estratgico nacional;

    II - formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econmico e social;

    III - formular o plano plurianual, as diretrizes oramentrias e os oramentos anuais;

    IV - gerenciar o processo de planejamento e oramento federal;

    V - promover a articulao com os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, visando a compatibilizao de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e municipal.

    ATIVIDADES DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE ORAMENTO FEDERAL:

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    Esse sistema compreende as atividades de elaborao, acompanhamento e avaliao de planos, programas e oramentos, e de realizao de estudos e pesquisas scio-econmicas. Portanto, no SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE ORAMENTO FEDERAL compreende as seguintes atividades: Elaborao Acompanhamento DE Avaliao

    Planos, programas e oramentos e MAIS a realizao de estudos e pesquisas scio-econmicas.

    rgos integrantes do Sistema de Planejamento e de Oramento Federal: I - o Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto - MPOG, como rgo central; II - rgos setoriais: unidades de planejamento e oramento dos Ministrios, da Advocacia-Geral da Unio, da Vice-Presidncia e da Casa Civil da Presidncia da Repblica III - rgos especficos: aqueles vinculados ou subordinados ao rgo central do Sistema, cuja misso est voltada para as atividades de planejamento e oramento. Importante! Os rgos setoriais e especficos ficam sujeitos orientao normativa e superviso tcnica do rgo central do Sistema, sem prejuzo da subordinao ao rgo em cuja estrutura administrativa estiverem integrados. 16.2. SISTEMA DE ADMINISTRAO FINANCEIRA FEDERAL Funo do Sistema de Administrao Financeira Federal: Manter o equilbrio financeiro do Governo Federal, dentro dos limites da receita e despesa pblicas. ATIVIDADES DO SISTEMA DE ADMINISTRAO FINANCEIRA FEDERAL: Esse sistema compreende as atividades de programao financeira da Unio, de administrao de direitos e haveres, garantias e obrigaes de responsabilidade do Tesouro Nacional e de orientao tcnico-normativa referente execuo oramentria e financeira. Portanto, o SISTEMA DE ADMINISTRAO FINANCEIRA FEDERAL compreende trs atividades bsicas: 1. Programao financeira da Unio; 2. Administrao de direitos e haveres, garantias e obrigaes de responsabilidade do Tesouro Nacional; 3. Orientao tcnico-normativa referente execuo oramentria

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    e financeira rgos integrantes do Sistema de ADMINISTRAO FINANCEIRA FEDERAL:

    I - a Secretaria do Tesouro Nacional - STN, como rgo central; II - rgos setoriais.

    Os rgos setoriais so as unidades de programao financeira dos Ministrios, da Advocacia-Geral da Unio, da Vice-Presidncia e da Casa Civil da Presidncia da Repblica. Os rgos setoriais ficam sujeitos orientao normativa e superviso tcnica do rgo central do Sistema, sem prejuzo da subordinao ao rgo em cuja estrutura administrativa estiverem integrados. 16.3. SISTEMA DE CONTABILIDADE FEDERAL D importncia a esse assunto! Finalidade do Sistema de Contabilidade Federal: O Sistema de Contabilidade Federal visa a evidenciar a situao oramentria, financeira e patrimonial da Unio. Portanto, o Sistema de Contabilidade Federal tem como funo primordial EVIDENCIAR (demonstrar): A situao

    Oramentria; Financeira; E Patrimonial da Unio.

    A FINALIDADE especfica do Sistema de Contabilidade Federal : Registrar os atos e fatos relacionados com a administrao oramentria, financeira e patrimonial da Unio. Deve EVIDENCIAR: I - as operaes realizadas pelos rgos ou entidades governamentais e os seus efeitos sobre a estrutura do patrimnio da Unio;

    II - os recursos dos oramentos vigentes, as alteraes decorrentes de crditos adicionais, as receitas previstas e arrecadadas, a despesa empenhada, liquidada e paga conta desses recursos e as respectivas disponibilidades;

    III - perante a Fazenda Pblica, a situao de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados;

    IV - a situao patrimonial do ente pblico e suas variaes;

    V - os custos dos programas e das unidades da Administrao Pblica

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    Federal;

    VI - a aplicao dos recursos da Unio, por unidade da Federao beneficiada;

    VII - a renncia de receitas de rgos e entidades federais.

    Importante! As operaes de que resultem dbitos e crditos de natureza financeira no compreendidas na execuo oramentria (fatos extra-oramentrios) sero, tambm, objeto de registro, individualizao e controle contbil. Assim sendo, pode-se dizer que o Sistema de Contabilidade Federal compreende as atividades de registro, de tratamento e de controle das operaes relativas administrao oramentria, financeira e patrimonial da Unio, com vistas elaborao de demonstraes contbeis. rgos integrantes do Sistema de Contabilidade Federal:

    I - A Secretaria do Tesouro Nacional - STN, como rgo central; II - rgos setoriais.

    Os rgos setoriais so as unidades de gesto interna dos Ministrios e da Advocacia-Geral da Unio.

    Ateno! O rgo de controle interno da Casa Civil exercer tambm as atividades de rgo setorial contbil de todos os rgos integrantes da Presidncia da Repblica, da Vice-Presidncia da Repblica, alm de outros determinados em legislao especfica.

    Os rgos setoriais ficam sujeitos orientao normativa e superviso tcnica do rgo central do Sistema (STN), sem prejuzo da subordinao ao rgo em cuja estrutura administrativa estiverem integrados.

    COMPETNCIA das unidades responsveis pelas atividades do Sistema de Contabilidade Federal: I - manter e aprimorar o Plano de Contas nico da Unio; II - estabelecer normas e procedimentos para o adequado registro contbil dos atos e dos fatos da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e nas entidades da Administrao Pblica Federal; III - com base em apuraes de atos e fatos inquinados de ilegais ou irregulares, efetuar os registros pertinentes e adotar as providncias

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    necessrias responsabilizao do agente, comunicando o fato autoridade a quem o responsvel esteja subordinado e ao rgo ou unidade do Sistema de Controle Interno; IV - instituir, manter e aprimorar sistemas de informao que permitam realizar a contabilizao dos atos e fatos de gesto oramentria, financeira e patrimonial da Unio e gerar informaes gerenciais necessrias tomada de deciso e superviso ministerial; V - realizar tomadas de contas dos ordenadores de despesa e demais responsveis por bens e valores pblicos e de todo aquele que der causa a perda, extravio ou outra irregularidade que resulte dano ao errio; VI - elaborar os Balanos Gerais da Unio; VII - consolidar os balanos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, com vistas elaborao do Balano do Setor Pblico Nacional; VIII - promover a integrao com os demais Poderes e esferas de governo em assuntos de contabilidade. 16.4. SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO FEDERAL O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal visa avaliao da ao governamental e da gesto dos administradores pblicos federais, por intermdio da fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial, e a apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional. Portanto, funo do Controle Interno do Poder Executivo Federal: Ao Forma de execuo Avaliao dos atos e fatos governamental e da gesto dos administradores pblicos federais

    Por intermdio da fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial

    Cabe ainda ao Controle Interno apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional, ou seja, apoiar o Tribunal de Contas da Unio TCU, para melhor desempenhar sua funo constitucional e institucional.

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    Finalidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas de governo e dos oramentos da Unio; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e eficincia, da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e nas entidades da Administrao Pblica Federal, bem como da aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da Unio; IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional. O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal compreende as atividades de avaliao do cumprimento das metas previstas no plano plurianual, da execuo dos programas de governo e dos oramentos da Unio e de avaliao da gesto dos administradores pblicos federais, utilizando como instrumentos a auditoria e a fiscalizao. Integram o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal: I - a Secretaria Federal de Controle Interno, como rgo central; II - rgos setoriais. A rea de atuao do rgo central do Sistema abrange todos os rgos do Poder Executivo Federal, exceto os seguintes: Ministrio das Relaes Exteriores; Ministrio da Defesa; Advocacia-Geral da Unio; E a Casa Civil da Presidncia da Repblica. Portanto, o Controle Interno do Poder Executivo Federal no fiscaliza: Ministrio das Relaes Exteriores; Ministrio da Defesa; Advocacia-Geral da Unio; E a Casa Civil da Presidncia da Repblica.

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    Os rgos acima possuem seus prprios controles Internos, a exemplo do Exrcito Brasileiro, que possui as Inspetorias de Contabilidade e Finanas.

    Os rgos setoriais so aqueles de controle interno que integram a estrutura do Ministrio das Relaes Exteriores, do Ministrio da Defesa, da Advocacia-Geral da Unio e da Casa Civil. O rgo de controle interno da Casa Civil tem como rea de atuao todos os rgos integrantes da Presidncia da Repblica e da Vice-Presidncia da Repblica, alm de outros determinados em legislao especfica. Os rgos central e setoriais podem subdividir-se em unidades setoriais e regionais, como segmentos funcionais e espaciais, respectivamente. Os rgos setoriais ficam sujeitos orientao normativa e superviso tcnica do rgo central do Sistema, sem prejuzo da subordinao ao rgo em cuja estrutura administrativa estiverem integrados Observadas as disposies contidas no art. 117 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, vedado aos dirigentes dos rgos e das unidades dos Sistemas: PLANEJAMENTO E DE ORAMENTO FEDERAL, ADMINISTRAO FINANCEIRA FEDERAL de CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO FEDERAL e de CONTABILIDADE FEDERAL exercerem: I - atividade de direo poltico-partidria; II - profisso liberal; III - demais atividades incompatveis com os interesses da Administrao Pblica Federal, na forma que dispuser o regulamento. Importante! Nenhum processo, documento ou informao poder ser sonegado aos servidores dos Sistemas de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no exerccio das atribuies inerentes s atividades de registros contbeis, de auditoria, fiscalizao e avaliao de gesto.

    Ateno! O agente pblico que, por ao ou omisso, causar embarao, constrangimento ou obstculo atuao dos Sistemas de Contabilidade Federal e de Controle Interno, no desempenho de suas funes institucionais, ficar sujeito pena de responsabilidade administrativa, civil e penal.

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    O servidor dever guardar sigilo sobre dados e informaes pertinentes aos assuntos a que tiver acesso em decorrncia do exerccio de suas funes, utilizando-os, exclusivamente, para a elaborao de pareceres e relatrios destinados autoridade competente, sob pena de responsabilidade administrativa, civil e penal. Entendo que essa regra aplicvel aos servidores pblicos em geral. Aos dirigentes dos rgos e das unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e dos rgos do Sistema de Contabilidade Federal, no exerccio de suas atribuies, facultado impugnar, mediante representao ao responsvel, quaisquer atos de gesto realizados sem a devida fundamentao legal. QUESTES DE CONCURSO RESOLVIDAS 1. (CESPE Auditor TCU 2007) Publicada em 2000, a LRF, lei complementar federal cuja edio j estava prevista no texto originrio da Constituio Federal, estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal. Seus dispositivos obrigam a Unio, os estados, o DF e os municpios, abrangendo: o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste includos os tribunais de contas, o Poder Judicirio e o Ministrio Pblico; as respectivas administraes diretas, os fundos, as autarquias, as fundaes e as empresas estatais dependentes. Resoluo A edio da LRF prevista inicialmente na CF/88 objetivou regulamentar dispositivos do artigo 163 e todo o contexto do art. 169 da Constituio da Repblica no texto destinado s finanas pblicas, bem como estabelecer regras de responsabilidade fiscal, transparncia dos atos pblicos, prestao de contas e normas especficas destinadas Contabilidade Pblica. A LRF aplicvel Unio, aos Estados, Distrito Federal e Municpios, extensiva a todos os Poderes, Ministrio Pblico, Tribunais de Contas, Autarquias, Fundaes Pblicas, Empresas Pblicas, Sociedades de Economia Mista, fundos, entidades estatais dependentes, ou seja, esto excludas, parcialmente, apenas as empresas que no dependem de recursos do tesouro do ente ao qual se vinculam. LRF: Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal, com amparo no Captulo II do Ttulo VI da Constituio.

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    1o A responsabilidade na gesto fiscal pressupe a ao planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilbrio das contas pblicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obedincia a limites e condies no que tange a renncia de receita, gerao de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dvidas consolidada e mobiliria, operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita, concesso de garantia e inscrio em Restos a Pagar. 2o As disposies desta Lei Complementar obrigam a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios. 3o Nas referncias: I - Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, esto compreendidos: a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judicirio e o Ministrio Pblico; b) as respectivas administraes diretas, fundos, autarquias, fundaes e empresas estatais dependentes; II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal; III - a Tribunais de Contas esto includos: Tribunal de Contas da Unio, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municpios e Tribunal de Contas do Municpio.

    Item CERTO. 2. (ESAF - Analista Contbil-Financeiro - SEFAZ - CE 2006) Segundo a Lei Complementar n. 101/2000, a responsabilidade na gesto fiscal no pressupe a) ao planejada e transparente. b) preveno de riscos e correo de desvios. c) cumprimento de metas de resultado entre despesas e receitas. d) obedincia s condies para a inscrio de restos a pagar. e) observncia aos limites para a despesa com servios de terceiros. Resoluo Veja o que dispe o 1 do art. 1 da LRF: A responsabilidade na gesto fiscal pressupe: A ao planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilbrio das contas pblicas, Mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e A obedincia a limites e condies no que tange A renncia de receita, Gerao de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, Dvidas consolidada e mobiliria, Operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita, Concesso de garantia e Inscrio em Restos a Pagar. Observe que a questo pede a resposta ERRADA. Sendo assim:

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    a) A responsabilidade na gesto fiscal pressupe ao planejada e transparente. CERTO. b) A responsabilidade na gesto fiscal pressupe preveno de riscos e correo de desvios. CERTO. c) A responsabilidade na gesto fiscal pressupe cumprimento de metas de resultado entre despesas e receitas. O mai correto seria entre receitas e despesas, haja vista que no planejamento primeiro prevem-se as receitas para depois fixar as despesas. CERTO. d) A responsabilidade na gesto fiscal pressupe obedincia s condies para a inscrio de restos a pagar. CERTO. e) A responsabilidade na gesto fiscal NO pressupe observncia aos limites para despesas com servios de terceiros. ERRADO. Portanto, letra E. 3. (ESAF - Analista de Controle Externo - ACE - 2005/2006) A Lei de Responsabilidade Fiscal adotou regras referentes Dvida Pblica Fundada. Entre as opes abaixo, identifique qual a opo correta com relao Dvida Pblica Consolidada e a LRF. a) Integra a dvida pblica fundada o refinanciamento da dvida pblica imobiliria. b) Integram a dvida pblica consolidada os depsitos e os servios da dvida a pagar. c) Integra a dvida pblica consolidada da Unio a dvida relativa emisso de ttulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil. d) Integram a dvida pblica fundada as dvidas de curto prazo, como os restos a pagar processados. e) Integra a dvida fundada o resultado de operaes de carter financeiro que se refletem no Patrimnio Financeiro. Resoluo a) Para a LRF, dvida pblica consolidada ou fundada montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses e ainda a dvida pblica proveniente das operaes de crdito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do oramento. O refinanciamento da dvida mobiliria a emisso de ttulos para pagamento do principal acrescido da atualizao monetria. uma espcie de rolagem da dvida de curto ou longo prazo, ou seja, pode ser tanto da dvida consolidada quanto da flutuante. ERRADO. b) Os depsitos e os servios da dvida a pagar NO integram a dvida consolidada, mas sim a dvida flutuante (curto prazo). Essas contas

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    referem-se a obrigaes de curto prazo e assim so classificadas no passivo financeiro do balano patrimonial. ERRADO. c) Conforme o 2 do art. 29 da LRF, ser includa na dvida pblica consolidada da Unio a relativa emisso de ttulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil. Ateno! A LRF proibiu que o Banco Central do Brasil emita ttulos da dvida pblica a partir de dois anos depois de sua publicao, ou seja, a partir de junho de 2002. CERTO. d) e) Os restos a pagar processados ou no e as operaes de carter financeiro que se refletem no Patrimnio Financeiro fazem parte da dvida flutuante (curto prazo). ERRADO. 4. (ESAF-TCE/ES-2001) O compromisso financeiro assumido em razo de mtuo, abertura de crdito, emisso e aceite de ttulo, aquisio financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e servios, para efeito da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n 101/2000) considerado: a) dvida pblica consolidada b) dvida pblica mobiliria c) operao de crdito d) dvida pblica fundada e) concesso de garantia Resoluo importante ressaltar que nas opes a e d, os termos dvida pblica consolidada e dvida pblica fundada so sinnimos. Dvida pblica consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses. Tambm integram a dvida pblica consolidada as operaes de crdito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do oramento. Dvida pblica mobiliria: dvida pblica representada por ttulos emitidos pela Unio, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municpios. Operao de crdito: compromisso financeiro assumido em razo de mtuo, abertura de crdito, emisso e aceite de ttulo, aquisio financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e servios, arrendamento mercantil e outras operaes assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros Equipara-se a operao de crdito a assuno, o reconhecimento ou a confisso de dvidas pelo ente da Federao. Esse fato gera aumento de despesa, portanto, dever estar acompanhado da estimativa do impacto

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    oramentrio-financeiro no exerccio em que deva entrar em vigor e nos dois subseqentes e a declarao do ordenador da despesa de que o aumento tem adequao oramentria e financeira com a lei oramentria anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes oramentrias. Concesso de garantia: compromisso de adimplncia de obrigao financeira ou contratual assumida por ente da Federao ou entidade a ele vinculada. Opo C. 5. (CESPE Analista Judicirio/TRT/DF/2007) Refinanciamento da dvida mobiliria consiste no pagamento de um ttulo que est vencendo, com o acrscimo da atualizao monetria, mediante a utilizao de recursos provenientes da emisso de outro ttulo. Resoluo Para os efeitos da LRF, refinanciamento da dvida mobiliria consiste na emisso de ttulos para pagamento do principal acrescido da atualizao monetria. Assim, antes do vencimento de uma obrigao o governo emite ttulos pblicos (captao de recursos) para pagamento de outra dvida juntamente com a atualizao monetria. Item CERTO. 6. (CESPE - Analista Judicirio TJDFT/2008) A operao de crdito, mesmo que tenha prazo de vencimento inferior a doze meses o que a caracterizaria como dvida flutuante , deve ser classificada no passivo permanente quando a receita correspondente tiver sido includa no oramento. Resoluo Para os efeitos da LRF, dvida pblica consolidada ou fundada o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do Ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses. Tambm, a Lei n. 4.320/64 estabelece em seu art. 98 que a dvida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contrados para atender a desequilbrio oramentrio ou financeiro de obras e servios pblicos. Portanto, em princpio, a dvida pblica consolidada ou fundada aquela contratada com prazo de amortizao superior a doze meses.

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    A LRF no conceitua dvida flutuante. Porm, tal conceito encontra-se no art. 92 da Lei n. 4.320/64, onde assim estabelece: Art. 92. A dvida flutuante compreende: I - os restos a pagar, excludos os servios da dvida; II - os servios da dvida a pagar; III - os depsitos; IV - os dbitos de tesouraria.

    Todas as contas mencionadas no art. 92 acima so evidenciadas no passivo financeiro do balano patrimonial. Esse grupo de contas (passivo financeiro) compreende as obrigaes de curto prazo (at 365 dias). Assim sendo, conclui-se que a dvida flutuante seria aquela com obrigao de pagamento (resgate) no prazo de at 12 meses. Porm, o 3 do art. 29 da LRF estabeleceu que tambm integram a dvida pblica consolidada as operaes de crdito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do oramento. Com essa determinao a LRF incluiu as operaes de crdito contratadas com prazo para pagamento inferior a 12 meses na dvida fundada, desde que as respectivas receitas tenham constado na LOA. Item CERTO. 7. (ESAF AFC SFC/2000) Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, a escriturao e consolidao das contas, alm de obedecer s demais normas de contabilidade pblica, observar o seguinte: a) A disponibilidade oramentria constar de registro prprio, de modo que as dotaes vinculadas a rgo, fundo ou despesa obrigatria fiquem identificadas e escrituradas de forma individualizada. b) A despesa e a assuno de compromissos, bem como, em carter complementar, o resultado dos fluxos financeiros, sero registrados segundo o regime de competncia. c) As demonstraes contbeis compreendero, isolada e conjuntamente, as transaes e operaes de cada rgo, fundo ou entidade da administrao direta, autrquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente. d) As receitas e despesas previdencirias sero apresentadas em conjunto com os demonstrativos financeiros e oramentrios do oramento fiscal. e) Apenas as operaes de crdito e as inscries em Restos a Pagar devero ser escrituradas de modo evidenciar o montante e a variao

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    da dvida pblica no perodo, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor. Resoluo a) O Inciso I do art. 50 da LRF estabelece que a disponibilidade de caixa constar de registro prprio, de modo que os recursos vinculados a rgo, fundo ou despesa obrigatria fiquem identificados e escriturados de forma individualizada. LRF: Art.50, I - a disponibilidade de caixa constar de registro prprio, de modo que os recursos vinculados a rgo, fundo ou despesa obrigatria fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;

    Assim sendo, essa opo possui dois erros: 1. Existe diferena entre disponibilidade oramentria e de caixa. As disponibilidades oramentrias excluem os recursos extra-oramentrios e as disponibilidades de caixa inclui todo e qualquer tipo de recurso (oramentrio e extra-oramentrio). 2. O termo dotao significa crdito consignado na lei oramentria anual LOA. Assim, dotao sinnimo de crdito oramentrio e este no pode ser confundido com recurso (dinheiro). Crdito e recurso so faces da mesma moeda, o primeiro (crdito) significa autorizao de gasto, o segundo (recurso), numerrio para fins de pagamento de despesas. Item ERRADO. b) LRF: Art.50, II - a despesa e a assuno de compromisso sero registradas segundo o regime de competncia, apurando-se, em carter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;

    Ateno! importante observar a diferena entre despesa e a assuno de compromisso (conceito da LRF). As LDOs da Unio tm estabelecido que ocorre assuno de compromisso no momento da assinatura de um contrato, posto que a partir desse momento o contratado poder sofrer nus (logstica para prestao do servio). O art. 58 da Lei n. 4.320/64 estabelece que empenho de despesa o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigao de pagamento pendente ou no de implemento de condio. Prev em seu art. 63 que a liquidao da despesa consiste na verificao do direito adquirido pelo credor tendo por base os ttulos e documentos comprobatrios do respectivo crdito. Interpretando os artigos 58 e 60, a despesa realizada, de fato, pela sua liquidao, haja vista que somente o empenho no garante ao

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    fornecedor o direito ao recebimento, posto que ainda lhe falta o implemento de condio (liquidao). Item ERRADO. c) LRF: Art.50, III - as demonstraes contbeis compreendero, isolada e conjuntamente, as transaes e operaes de cada rgo, fundo ou entidade da administrao direta, autrquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente;

    CERTO. d) LRF: Art.50, IV - as receitas e despesas previdencirias sero apresentadas em demonstrativos financeiros e oramentrios especficos;

    As receitas e despesas previdencirias sero apresentadas em demonstrativos financeiros e oramentrios especficos, ou seja, segregado dos demais. ERRADO. e) LRF: Art.50, V - as operaes de crdito, as inscries em Restos a Pagar e as demais formas de financiamento ou assuno de compromissos junto a terceiros, devero ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variao da dvida pblica no perodo, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor;

    No apenas as operaes de crdito e as inscries em restos a pagar devero ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variao da dvida pblica no perodo, mas tambm as demais formas de financiamento ou assuno de compromissos junto a terceiros. ERRADO. 8. (Analista de Finanas e Controle - AFC - STN 2005) A Lei Complementar n 101/2000 LRF, entre outras disposies, define normas de escriturao e consolidao das contas. Assinale a opo falsa em relao a essas disposies. a) Cabe ao rgo central de contabilidade da Unio, a edio de normas gerais de consolidao das contas pblicas, enquanto no for implantado o Conselho de Gesto Fiscal. b) Os fluxos financeiros devem ser apurados pelo regime de caixa. c) O sistema de custo da administrao pblica exclui a gesto oramentria. d) As despesas e receitas previdencirias devem constar de demonstrativo especfico. e) Cabe ao Poder Executivo da Unio a consolidao das contas nacionais. Resoluo O comando da questo pede a opo ERRADA em relao s normas de escriturao e consolidao das contas pblicas.

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    1. A edio de normas gerais para consolidao das contas pblicas caber ao rgo central de contabilidade da Unio (STN), enquanto no implantado o conselho de gesto fiscal, constitudo por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministrio Pblico e de entidades tcnicas representativas da sociedade. 2. Todos os fluxos financeiros devero ser apurados pelo regime de caixa (art. 50, II, LRF). 3. As receitas e despesas previdencirias sero apresentadas em demonstrativos financeiros e oramentrios especficos e cabe ao Poder Executivo da Unio a consolidao das contas pblicas nacionais para que a sociedade tenha viso de conjunto das finanas pblicas. importante saber que: I) O Poder Executivo da Unio promover, at o dia trinta de junho, a consolidao, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federao relativas ao exerccio anterior, e a sua divulgao, inclusive por meio eletrnico de acesso pblico; II) Os Estados e os Municpios encaminharo suas contas ao Poder Executivo da Unio nos seguintes prazos: 1. Municpios, com cpia para o Poder Executivo do respectivo Estado, at trinta de abril; 2. Estados, at trinta e um de maio.

    Quanto opo C, a LRF estabelece que a Administrao Pblica deva manter sistema de custos que permita a avaliao e o acompanhamento da gesto oramentria, financeira e patrimonial. Portanto, no verdade afirmar que o sistema de custo da administrao pblica exclui a gesto oramentria. Opo C. 9. (CESPE Auditor TCU 2007) Antes mesmo da vigncia da LRF, o legislador j se preocupava com as transferncias de encargos na transio de mandatos. Uma das vedaes aplicveis aos municpios o empenho, no ltimo ms do mandato do prefeito, de mais que o duodcimo da despesa autorizada para o oramento do exerccio subseqente. Resoluo A LRF inovou ao criar normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal, no tendo o legislador antecedente se preocupado com as transferncias de encargos na transio de mandatos. A LRF veda ao titular de Poder ou rgo, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. LRF:

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    Art. 42. vedado ao titular de Poder ou rgo referido no art. 20, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Pargrafo nico. Na determinao da disponibilidade de caixa sero considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar at o final do exerccio. A vedao atual aos municpios no prev a limitao de empenho, no ltimo ms do mandato do prefeito, de mais que o duodcimo da despesa autorizada para o oramento do exerccio subseqente. Item ERRADO. 10. (FCC Analista de Oramento/MPU 2007) A receita cujo valor reduzido para o clculo da receita lquida de ente pblico, cujo conceito consta do art. 2 da Lei Complementar n101/2000(Lei da Responsabilidade Fiscal), a receita.

    (A) De aluguis de imveis de propriedade do ente pblico. (B) Da contribuio para o financiamento da seguridade social. (C) Decorrente das atividades industriais e agropecurias do ente

    pblico. (D) Da contribuio dos servidores para o custeio do seu sistema

    de previdncia. (E) Da dvida ativa do ente pblico.

    Resoluo A LRF estabelece que deva ser deduzido do clculo da receita corrente lquida RCL da Unio, dos Estados e dos Municpios, a receita de contribuio descontada na fonte (contracheque) dos servidores e destinada ao custeio do sistema prprio de previdncia e assistncia social. Tambm devero ser deduzidos os valores transferidos aos Estados e Municpios por determinao constitucional ou legal. Exemplo: fundo de participao dos estados e municpios, FUNDEB etc. Opo D. 11. (CESPE ACE/TCU 2004) Considere a seguinte situao hipottica. No decorrer do segundo semestre do ltimo exerccio do mandato, determinado titular de poder realizou despesas que, por no terem sido pagas at o dia 31 de dezembro, foram inscritas em restos a pagar. Nessa situao, considerando que no houvesse suficiente disponibilidade de caixa para essa finalidade, a inscrio em restos a pagar foi irregular. Resoluo

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    Primeiramente observe o que prescreve a LRF acerca do assunto: Art. 42. vedado ao titular de Poder ou rgo referido no art. 20, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Pargrafo nico. Na determinao da disponibilidade de caixa sero considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar at o final do exerccio.

    O comando da questo apresenta as seguintes situaes: 1. A situao hipottica informa que houve realizao de despesa no segundo semestre do ltimo exerccio do mandato e que essa despesa no foi paga e, em conseqncia, inscrita em restos a pagar em 31/12; 2. Informa ainda que o candidato deve considerar que no houve suficiente disponibilidade de caixa em 31/12 para pagamento da referida despesa no ano subseqente. Analisando a situao hipottica acima e comparando com as regras da LRF, pode-se concluir que a inscrio em restos a pagar foi completamente irregular, portanto, item CERTO. 12. (FGV Contador Ministrio da Cultura 2006) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece diversos limites que tm como parmetro a Receita Corrente Lquida (RCL), que deve ser apurada, sempre, considerando-se o perodo de doze meses, ou seja, o ms em referncia e os onze anteriores. Na composio do clculo da RCL no devem ser computados os valores