5 - assistencia social.pdf

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  • MANUAISDE GESTOPBLICAMUNICIPAL

    portalamm.org.br

    VOLUME 5

    5

    ASSISTNCIASOCIAL

    DOBRA

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  • PALAVRA DOPRESIDENTE

    NGELO RONCALLIPresidente da Associao

    Mineira de Municpios

    MANUAIS DE GESTOPBLICA MUNICIPAL

    volume 5

    ASSISTNCIASOCIAL

    Associao Mineira de Municpios - AMM

    Presidente:

    ngelo RoncalliSuperintendente Geral:

    Gustavo PersichiniCoordenador Tcnico:

    Rogrio Moreira

    ContedoJussara Vieira

    Projeto grfico e diagramao:Tamirys de Oliveira Freitas

    Tiragem:2.000 exemplares

    Distribuio gratuita

    Para mais informaes acesse

    www.portalamm.org.br

    EDITORIAL

    "a AMM vem desenvolvendo

    uma srie de instrumentos

    e mecanismos que

    possibilitAm o cumprimento

    de sua misso institucional,

    dentro dos valores da

    tica e da transparncia,

    de modo a fazer com que

    possamos levar a todos as

    mensagens, as bandeiras e as

    contribuies do movimento

    municipalista."

  • A Associao Mineira de Municpios AMM, maior associao de municpios do pas, tem como misso a representao dos inter-esses e dos direitos dos 853 municpios de Minas.

    Fundada em 17 de outubro de 1952, A AMM, nestes 60 anos de histria, participa ativamente das lutas e movimentos munici-pal istas que garantiram a melhoria na qualidade de vida dos ci-dados.

    Com o lema Somos 853. Somos Minas. E, juntos, somos muito mais, a AMM acredita que somente atravs da unio de todos possvel mudar a realidade dos municpios. Independentemente do porte e da pujana de cada municpio. A entidade parte da premissa de que isolados somos frgeis. Assim, necessrio fortalecer politica-mente os municpios e apoi-los na melhoria da gesto pblica, pois o municpio o principal ente transformador da real idade da sociedade, uma vez que nele que o cidado apresenta seus apelos e necessidades.

    Neste sentido, a AMM vem desenvolvendo uma srie de instrumentos e mecanismos que possibil itam o cumprimento de sua misso institucional, dentro dos valores da tica e da transparncia, e isso faz com que possamos levar a todos as mensagens, as bandeiras e as contribuies do movimento municipalista.

    Nesse cenrio, os Manuais para Gesto Pblica Municipal se consoli-dam como um instrumento de auxlio aos administradores munici-pais, na definio de programas, prioridades, metas, na execuo de projetos e aes na gesto localizada.

    Somando-se a essas preciosas informaes, fica, desde j, o convite para que o leitor possa de fato explorar e conhecer Minas, nos-sas riquezas e, principalmente, o que temos de mais valioso: nossa gente, nossa mineiridade.

    O municpio a nossa causa!

  • O Departamento de Assistncia Social fornece consultoria e as-sessoria em Poltica Pblica de Assistncia Social de acordo com as diretrizes do Sistema ni-co de Assistncia Social (SUAS); orienta na gesto administrativa e financeira do SUAS; orienta na implementao dos Cen-tros de Referncia de Assistn-cia Social (CRAS) e dos Centros de Referncia Especializados de Assistncia Social (CREAS);

    promove cursos e capacitaes na rea, por meio do Centro de Qualificao para Gesto Pblica (CQGP) da AMM articulado com outros rgos e departamentos. fundamental que voc tenha conhecimento da legislao es-pecfica, aproprie-se de informa-es referentes ao Sistema nico de Assistncia Social, conhea os instrumentos de planejamen-to na administrao pblica e os princpios oramentrios.

    Conhea odepartamento

    assistnciasocial

  • Ao elaborarmos esta cartilha, no temos a pretenso de esgotar todos os assuntos pertinentes a Poltica de Assistncia Social. A cartilha mais um instrumento para viabilizao dos nossos obje-tivos e servir como um conjunto de informaes bsicas para con-sulta, elaborada por meio de pes-quisa em diversas publicaes, sites e legislao da rea.Neste sentido, esperamos que esta publicao possa contribuir

    com o seu trabalho, para o for-talecimento do Sistema nico de Assistncia Social, para uma melhor qualidade de vida aos ci-dados e assim o desenvolvim-ento social em sua cidade e em todo o Estado de Minas Gerais. Quando damos as mos, quando unimos for-as, conseguimos promover condies para construirmos juntos, a partir do conhecimen-to de cada um, uma gesto democrtica e transparente.

    Coordenador

    LICNIO EUSTQUIO XAVIER(31) 2125-2418

    [email protected]@amm-mg.org.br

  • VOL.1Institucional AMM

    VOL.9Educao

    VOL.8Meio Ambiente

    VOL.7Captao de Recursos Pblicos

    VOL.4Sade

    VOL.2JurdicoVOL.3Desenvolvimento

    Econmico

    VOL.10Comunicao, Eventose e Cerimonial

    VOL.6Contbil e Tributrio

  • VOL.5Assistncia Social

    Editorial pg.4PALAVRA DO PRESIDENTE pg.4

    DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE pg.61. ORGANIZAO DO SISTEMA NICO DE ASSISTNCIA SOCIAL NO MUNICPIO pg.132. ASSISTNCIA SOCIAL pg.172.1. Assistncia Social e seus Objetivos pg.192.2. Assistncia Social e seus Princpios pg.192.3. Assist6encia Social e suas Diretrizes pg.193. Gesto da Assistncia Social pg.173.1. Comisso Intergestores Tripartite (CIT) pg.193.2. Comisso Intergestores Bipartite (CIB) pg.193.3. Conselho Municipal de Assistncia Social pg.193.4. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do

    Adolescente pg.193.5. Conferncia de Assistncia Social pg.193.6. Tipos e Nveis de Gesto pg.19

  • 3.7. Classificaes de Municpios por porte em MG

    pg.194. Sistema nico de Assistncia Social pg.174.1. Proteo Social pg.194.1.1. Proteo Social Bsica pg.194.1.2. Proteo Social Especial pg.195. Instrumentos de gesto pg.175.1. Plano de Assistncia Social pg.195.2. Oramento da Assitncia Social pg.195.3. Gesto da Informao, Monitoramento e Avaliao

    pg.195.4. Relatrio Anual de Gesto pg.19 6. financiamento da Assist6encia Social pg.176.1. Fundo Municipal de Assistncia Social pg.197. programas da unio pg.177.1. Programa Bolsa Famlia pg.197.2. Programa de Erradicao do Trabalho Infantil pg.197.3. Programa ProJovem Adolescente pg.197.4. Programa BPC na Escola pg.198. Programas governo de minas gerais pg.178.1. Programa Poupana Jovem pg.198.2. Programa Travessia pg.198.3. Programa de Proteo as Crianas e Adolescen-

    tes Ameaados de Morte pg.198.4. Programa Mocatu pg.198.5. Programa de Proteo a defensores de Direitos

    Humanos pg.198.6. Programa de Proteo a Vtimas e Testemunhas

    Ameaadas pg.19

  • 9. lista de siglas pg.1710. referncias bibliogrficas pg.17

  • 1 ORGANIZAO DO SISTEMA NICO DE ASSISTNCIA SOCIAL (SUAS) NO MUNICPIO

    Gestor Municipal de Assistncia Social voc o responsvel pela conduo da Poltica de Assistncia Social em seu municpio. im-portante ressaltar que o Sistema nico de Assistncia Social (SUAS), est em construo e o seu fortalecimento um desafio no s para voc que est iniciando, mas para todos os trabalhadores do SUAS dos 853 municpios de Minas Gerais.

    Ao iniciar a sua gesto, sugerimos que conhea a estrutura orga-nizacional administrativa e principalmente a equipe da Secretaria Municipal de Assistncia Social ou rgo equivalente, responsvel pelo SUAS no municpio. Aproprie-se da legislao municipal es-pecfica referente a criao do cargo e as atribuies do Gestor de Assistncia Social.

    Os recursos humanos constituem elemento essencial para a efetivi-dade do trabalho e para a qualidade dos servios prestados. Neste sentido, conhea os servidores que compem a Secretaria, cargos e as funes ocupadas. Recomenda-se que voc realize uma reunio com toda a equipe e se apresente. Compartilhar conhecimentos fator fundamental nesse momento.

  • importante que a equipe compreenda que voc est na gesto para somar. O objetivo prestar servios de qualidade aos usurios da Poltica de Assistncia Social e que estes, efetivamente, represen-tem transformao na qualidade de vida de quem deles necessitar.

    Para uma gesto de qualidade na Assistncia Social e para alca-nar os objetivos previstos fundamental tratar a gesto do tra-balho como uma questo de estratgia. A qualidade dos servios ofertados para a populao depende da estruturao do trabalho, da qualificao e valorizao dos trabalhadores atuantes no SUAS.

    Outro aspecto essencial que uma poltica pblica no se fortalece sem financiamento. imprescindvel que saiba como sero providos, distribudos e aplicados os recursos necessrios para a execuo da Poltica de Assistncia Social.

    O financiamento da Assistncia Social no SUAS deve ser efetuado mediante cofinancimanto dos trs entes federados, devendo os re-cursos alocados nos Fundos de Assistncia Social serem voltados operacionalizao, prestao, aprimoramento e viabilizao dos servios, programas, projetos e benefcios desta poltica.

    Destacamos que cabe ao ente federado responsvel pela utilizao dos recursos dos respectivos Fundos de Assistncia Social o controle e o acompanhamento dos servios, programas, projetos e benef-cios, por meio dos respectivos rgos de controle, independente-mente de aes do rgo repassador dos recursos, de acordo com o artigo 30-B da Lei 12.435/2011.

  • Seguem algumas atribuies do Gestor Municipal de Assistncia SociaL:

    Executar e formular a Poltica Municipal de Assistncia Social (PMAS);

    Planejar, organizar, controlar e dirigir o Sistema nico de Assistncia Social (SUAS) a nvel municipal;

    Gerenciar o Fundo Municipal de Assistncia Social (FMAS);

    Cofinanciar a Poltica de Assistncia Social;

    Executar os servios socioassistenciais, os benefcios, os programas e projetos de forma direta ou coordenar a execuo realizada pelas entidades e organizaes de Assistncia Social;

    Coordenar a rede socioassistencial do municpio;

    Coordenar a execuo dos recursos transferidos pelo Governo Federal e Estadual;

    Definir padres de qualidade e formas de acompanhamento e controle das aes de Assistncia Social;

    Supervisionar, monitorar e avaliar as aes de mbito local;

    Gerenciar os sistemas de informao e monitoramento do SUAS;

    Constituir e qualificar as equipes de referncia e demais trabalha-dores do SUAS.

    Assumir a interlocuo entre a Prefeitura, o Ministrio de Desen-volvimento Social e Combate Fome (MDS) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) para o Programa Bolsa Famlia e do Cadastro nico. O Gestor deve ter poder de deciso, de mobi-lizao de outras instituies e de articulao entre as reas envolvi-das na operao do Programa;

  • Apoiar s Instncias de Deliberaes;

    Assumir a interlocuo, em nome do municpio, com os membros da Instncia de Controle Social no municpio;

    Coordenar a interlocuo com outras secretarias e rgos vincula-dos ao prprio Governo Municipal, do Estado e do Governo Federal e ainda com entidades no governamentais, com o objetivo de fa-cilitar a implementao de Programas Complementares.

    2 ASSISTNCIA

    SOCIALA Poltica de Assistncia Social, legalmente reconhecida como direito do cidado e dever do Estado, institudo pela Constituio Federal de 1988 e pela Lei Orgnica da Assistncia Social (LOAS), poltica pblica de direito, capaz de alargar a agenda dos direitos sociais a serem assegurados a todos os brasileiros, de acordo com suas ne-cessidades e independente de sua renda.

  • A Assistncia Social faz parte da Seguridade Social, juntamente com a Sade e a Previdncia Social. uma poltica de Proteo Social articulada a outras polticas do campo social, voltadas garantia de direitos e de condies dignas de vida.

    A consolidao da Assistncia Social como poltica pblica de direito social no Brasil ainda exige o en-frentamento de importantes desafios dos gestores municipais: aprimorar e fortalecer o Sistema nico de Assistncia Social (SUAS).

    Deliberado na IV Conferncia Nacional de Assistn-cia Social o SUAS um sistema pblico que orga-niza, de maneira descentralizada e participativa, a oferta dos servios, programas, projetos, benefcios e aes da Assistncia Social, tendo como foco pri-oritrio a ateno s famlias, seus membros e in-divduos e o territrio como base de organizao.

    Neste sentido, outro fator importante a inter-setorialidade, que diz respeito articulao entre as diversas secretarias, entre os diversos saberes, visando a construo de polticas pblicas que pos-sibilitem a superao da fragmentao dos conhe-cimentos. Intersetorialidade realiza-se respeitando a diversidade e as particularidades de cada um e as competncias especficas de cada setor, com o objetivo de produzir efeitos mais significativos na vida da populao, respondendo com efetividade as demandas e as necessidades dos cidados.

    A Assistncia Social como Poltica de Proteo Social trabalha as vitimizaes, fragilidades, contingncias, vulnerabilidades, desprotees e riscos que a popula-o est exposta, na trajetria de vida, por decorrncia de imposies sociais e econmicas.

  • Gestor importante que voc conhea alguns princpios ticos que orientam a interveno dos trabalhadores da assistncia so-cial, de acordo com a Norma Operacional Bsica de Recursos Humanos do SUAS NOB-RH/SUAS, acreditamos que contribuir para a realizao de seu trabalho:

    Compromisso em ofertar servios, programas, projetos e bene-fcios de qualidade que garantam a oportunidade de convvio para o fortalecimento de laos familiares e sociais;

    Defesa intransigente dos direitos socioassistenciais;

    Promoo aos usurios do acesso a informao, garantindo conhecer o nome e a credencial de quem os atende;

    Proteo privacidade dos usurios, observando o sigilo profis-sional, preservando sua privacidade e opo e resgatando sua histria de vida;

    Compromisso em garantir ateno profissional direcionada para construo de projetos pessoais e sociais para autonomia e sus-tentabilidade;

    Pblico da Assistncia SocialConstitui o pblico usurio da Poltica de Assistncia Social, cidados e grupos que se encontram em situaes de vulnerabilidade e riscos, tais como: familias e indivduos com perda ou fragilidade de vnculos de afetividades, pertencimento e sociabilidade; ciclos de vida; identidades estigmatizadas em termos tnico, cultural e sexual; desvantagem pes-soal resultante de deficincias; excluso pela pobreza e , ou, no acesso s demais polticas pblicas; uso de substncias psicoativas; diferentes formas de violncia advinda do ncleo familiar, grupos indivduos; in-sero precria ou no insero no mercado de trabalho formal e in-formal; estratgias e alternativas de diferenciadas de sobrevivncia que podem representar risco pessoal e social.

    Poltica Nacional de Assistncia Social/2004

  • Reconhecimento do direito dos usurios a ter acesso a benef-cios e renda e a programas de oportunidades para insero pro-fissional e social;

    Incentivo aos usurios para que estes exeram seu direito de participar de fruns, conselhos, movimentos sociais e cooperati-vas populares de produo;

    Garantia de acesso da populao a poltica de assistncia so-cial sem discriminao de qualquer natureza (gnero, raa/etnia, credo, orientao sexual, classe social, ou outras), resguardados os critrios de elegibilidade de diferentes programas, projetos, servios e benefcios;

    Devoluo das informaes colhidas nos estudos e pesquisas aos usurios, no sentido de que estes possam us-las para o for-talecimento de seus interesses;

    Contribuio para a criao de mecanismos que venham des-burocratizar a relao com os usurios, no sentido de agilizar os servios prestados.

    2.1Assistncia Social eseus Objetivos

    De acordo com a Lei Orgnica da Assistncia Social (LOAS) os objetivos da Poltica de Assistncia Social so:

    I - a proteo social, que visa garantia da vida, reduo de danos e preveno da incidncia de riscos, especialmente:

    a) a proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia e velhice;

  • De acordo com a Lei Orgnica da Assistncia Social (LOAS) os objeti-vos da Poltica de Assistncia Social so:

    II - a proteo social, que visa garantia da vida, reduo de danos e preveno da incidncia de riscos, especialmente:

    a) a proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia e velhice;

    b) o amparo s crianas e aos adolescentes carentes;

    c) a promoo da integrao ao mercado de trabalho;

    d) a habilitao e reabilitao das pessoas com defi-cincia e a promoo de sua integrao vida comu-nitria;

    e) a garantia de 1 (um) salrio mnimo de benefcio mensal pessoa com deficincia e ao idoso que com-provem no possuir meios de prover a prpria ma-nuteno ou de t-la provida por sua famlia;

    III - a vigilncia socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famlias e nela a ocorrncia de vulnerabili-dades, de ameaas, de vitimizaes e danos;

    IV - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provises socioassistenciais.

  • 2.2Assistncia Social eseus PrincpiosEm consonncia com a Lei Orgnica da Assistncia Social (LOAS) e a Poltica Nacional de Assistncia Social (PNAS) a Assistncia Social rege-se pelos seguintes princpios:

    I - supremacia do atendimento s necessidades sociais sobre as ex-igncias de rentabilidade econmica;

    II - universalizao dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatrio da ao assistencial alcanvel pelas demais polticas pblicas;

    III - respeito dignidade do cidado, sua autonomia e ao seu di-reito a benefcios e servios de qualidade, bem como convivncia familiar e comunitria, vedando-se qualquer comprovao vexatria de necessidade;

    IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discrimina-o de qualquer natureza, garantindo-se equivalncia s populaes urbanas e rurais;

    V - divulgao ampla dos benefcios, servios, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Pblico e dos critrios para sua concesso.

  • 2.3Assistncia Social esuas DiretrizesBaseado na Constituio Federal de 1988 e na LOAS, a organizao da Assistncia Social tem as seguintes diretrizes:

    I - descentralizao poltico-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, e comando nico das aes em cada esfera de governo;

    II - participao da populao, por meio de organizaes represen-tativas, na formulao das polticas e no controle das aes em todos os nveis;

    III - primazia da responsabilidade do Estado na conduo da poltica de assistncia social em cada esfera de governo.

    Gestor mais informaes consultar:

    Constituio Federal 1988;

    Lei Orgnica da Assistncia Social (LOAS) n 8.742/1993 Lei n 12.435/2011 e alteraes;

    Poltica Nacional da Assistncia Social (PNAS/2004);

    Norma Operacional Bsica do SUAS 2005 (NOB/SUAS-2005);

    Norma Operacional Bsica de Recursos Humanos (NOB-RH/SUAS);

    Tipificao Nacional de Servios Socioassistenciais Resoluo 109 do Conselho Nacional de Assistncia Social;

  • Legislaes disponveis atravs do Portal AMM www.portalamm-mg.org.br/assistnciasocial/bibliotecavirtual

    Site do Ministrio de Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS) - www.mds.mg.gov.br

    Site da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) www.sedese.mg.gov.br

    3 GESTO DA ASSISTNCIA SOCIALA Gesto Municipal da Assistncia Social estabelecida de acordo com a Poltica Nacional de Assistncia Social (PNAS/2004), em trs nveis diferen-ciados, entre inicial, bsica e plena, e entre elas, o respeito diferenciao do porte dos municpios, das condies de vida de sua populao rural e urbana e da densidade das foras sociais que os compem.

    A instncia coordenadora da PNAS o Ministrio do Desenvolvimento So-cial e Combate Fome (MDS). Sua misso promover o desenvolvimento social, tendo como centralidade a articulao e a execuo do Fome Zero, a implementao de polticas, programas e aes que compem a estra-tgia do Governo Federal de enfrentar o problema da fome e da excluso social como questes de poltica nacional.

    No Estado de Minas o rgo responsvel pela gesto da Poltica de As-sistncia Social a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), que se subdivide em trs Subsecretarias que atuam de forma articulada e integrada:

  • Subsecretaria de Assistncia Social/SUBAS, Subsecretaria de Di-reitos Humanos/SUBDH e Subsecretaria de Projetos Especiais de Promoo Social/ SUBPROESP e possui vinte diretorias region-ais, distribudas pelo Estado.

    A Sedese tem por objetivo efetivar a implementao do SUAS, de forma descentralizada e participativa. Por competncias legais tem por atribuio executar aes voltadas para o en-frentamento das expresses sociais, cofinanciar, planejar, dirigir, executar, monitorar, avaliar e fomentar as aes da proteo so-cial bsica e especial, organizar e ampliar a oferta de servios socioassistenciais que visem garantia da promoo e proteo.

    O SUAS integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de assistncia social e organizaes de assistncia social.

    A organizao da gesto da Poltica de Assistncia Social, suas aes socioassistenciais seguem previstas na Norma Operacio-nal Bsica do SUAS 2005 (NOB/SUAS-2005), que disciplina a descentralizao administrativa do Sistema, a relao entre as trs esferas do Governo e as formas de aplicao dos recursos pblicos.

    Ressaltamos que a NOB/SUAS 2005 representa um marco fun-damental na estruturao da Poltica Pblica de Assistncia Social, possibilitou grandes avanos. Entretanto, no processo de implanta-o do SUAS, no cenrio de ampliao da cobertura dos servios ofertados, associados necessidade de aprimoramento da gesto do Sistema, exige que o desenho do SUAS seja aperfeioado.

    Sendo assim, a reviso da NOB SUAS 2005, est sendo negocia-da e pactuada com o objetivo de aprimorar a gesto e qualificar ainda mais os servios socioassistenciais ofertados em todo o territrio nacional.

  • O acompanhamento e avaliao da gesto da assistncia social brasileira so realizados tanto pelo poder pblico quanto pela sociedade civil, igual-mente representado nos Conselhos: nacional, do Distrito Federal, estaduais e municipais de assistncia social. Esse controle social consolida um modelo de gesto transparente em relao s estratgias e execuo da poltica.

    A transparncia e a universalizao dos acessos aos programas, servios e benefcios socioassistenciais, promovidas por esse modelo de gesto descentralizada e participativa, vem consolidar, definitivamente, a re-sponsabilidade do Estado brasileiro no enfrentamento da pobreza e da desigualdade, com a participao complementar da sociedade civil orga-nizada, atravs de movimentos sociais e entidades de assistncia social.

    A gesto das aes e a aplicao de recursos do SUAS so negociadas e pactuadas nas Comisses Intergestores Bipartite (CIB) e na Comisso Intergestores Tripartite (CIT).

    Sugestes para consolidar e aprimorar a gesto do SUAS no municpio:

    Institucionalizar a cultura do Planejamento;

    Resgatar a dimenso poltica do Plano Municipal de Assistncia Social;

    Acompanhar de forma continuada a gesto descentralizada do SUAS;

    Fortalecer o controle social;

    Aprimorar a gesto financeira do SUAS;

    Organizao territorializada dos servios socioassistenciais;

    Intersetorialidade com as Polticas de Sade, Educao, Cul-tura, Habitao e outras reas afins.

  • 3.1Comisso

    IntergestoresTripartite

    A Comisso Intergestores Tripartite (CIT) funciona no mbito fed-eral e composta por representantes dos Governos Federal, Es-taduais e Municipais. Os representantes municipais so indicados pelo Colegiado Nacional de Gestores Municipais (CONGEMAS).

    um espao de articulao e expresso das demandas dos ges-tores federais, estaduais e municipais, caracteriza-se como instn-cia de negociao e aspectos operacionais da gesto do SUAS.

    Entre suas principais funes esto pactuar estratgias para implantao e operacionalizao; estabelecer acordos sobre questes operacionais da implantao dos servios, programas, projetos e benefcios; atuar como frum de pactuao de instru-mentos, parmetros, mecanismos de implementao e regula-mentao; pactuar os critrios e procedimentos de transferncia de recursos para cofinanciamentos; entre muitas outras.

    As reunies so pblicas, em Braslia, acontecem ordinariamente uma vez por ms e, extraordinariamente, quando necessrio. O calendrio est disponvel no site: www.mds.gov.br/acesso-a-informacao/orgaoscolegiados/or-gaos-em-destaque/cit.

    O aperfeioamento da capacidade de gesto dos municpios, neces-sariamente passa pelo resgate e fortalecimento de Conselhos, Planos e Fundos de Assistncia Social e da institucionalizao de uma cultura de planejamento e acompanhamento continuado com instrumentos gesto descentralizada do SUAS.

  • O que o CONGEMAS?

    O Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistncia Social (CONGEMAS) representa os municpios brasileiros junto ao Governo Federal e aos Governos Estaduais. Seu objetivo fortalecer a rep-resentao municipal nos conselhos, comisses e colegiados de as-sistncia social em todo o Brasil.

    3.2Comisso IntergestoresBipartite A Comisso Intergestores Bipartite (CIB) constitui como espao de interlocuo de gestores, funciona no mbito estadual e composta por representantes da Secretaria de Estado e Desenvolvimento Social (Sedese) e por representantes Municipais de Assistncia Social, eleitos por meio do Colegiado de Gestores Municipais de Assistncia Social do Estado de Minas Gerais (COGEMAS-MG).

    Assim, para fazer parte da composio da CIB, representando mu-nicpios, necessrio fazer parte do COGEMAS-MG. A indicao feita por meio do voto ou do consenso, de acordo com o definido no Colegiado, sendo tambm observado alguns critrios como o nvel de gesto no SUAS, a representao regional e o porte do municpio.

    na CIB que se define o aprimoramento da gesto da Poltica de As-sistncia Social. A CIB responsvel pela negociao e pactuao dos aspectos operacionais que envolvem a execuo da poltica.

    A CIB dever observar, em suas pactuaes, as deliberaes do Con-selho Estadual de Assistncia Social (CEAS), legislao vigente perti-nente e orientaes emanadas da CIT e Conselho Nacional de As-sistncia Social (CNAS).

  • As reunies acontecem mensalmente, nas primeiras sextas-feiras, so pblicas e muito importante sua participao, verifique o calendrio e o endereo das reunies no site www.sedese.gov.br.

    O que o COGEMAS?

    O Colegiado de Gestores Municipais de Assistncia Social do Estado de Minas Gerais (COGEMAS MG) uma entidade civil de direito privado, tem como finalidade representar os interesses dos Mu-nicpios no que se refere Poltica de Assistncia Social; atua como rgo de articulao e de coordenao das aes comuns dos Ges-tores congregando os mesmos, em prol do fortalecimento da Polti-ca Pblica de Assistncia Social; rgo permanente de intercmbio de experincia e informaes.

    Para participar do Colegiado necessrio firmar um convnio, mais informaes consulte o site do Colegiado www.cogemasmg.org.br ou pelo telefone (31) 3213 4202, Rua da Bahia, 1148, 3 andar, sala 320, Edifcio Arcanjo Maleta, Centro, Belo Horizonte, CEP 30160-960.

    3.3Conselhos deAssistncia Social Os Conselhos de Assistncia Social esto regulamentados na Lei Orgnica da Assistncia Social (LOAS) e legislaes especficas, so instncias deliberativas dos SUAS, de carter permanente e com-posio paritria entre governo e sociedade civil, so:

    O Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS);

    Os Conselhos Estaduais de Assistncia Social (CEAS);

    O Conselho de Assistncia Social do Distrito Federal;

    Os Conselhos Municipais de Assistncia Social (CMAS).

  • Os Conselhos de Assistncia Social esto vinculados estrutura do rgo da administrao pblica responsvel pela coordenao da poltica de assistncia social e devem prover o apoio administrativo necessrio para o seu funcionamento, garantindo recursos materi-ais, humanos e financeiros, assegurando em dotao oramentria.

    O que o COnselho municipal de assistncia social?

    Conselho Municipal de Assistncia Social uma instncia de deliber-ao colegiada, de carter permanente e composio paritria entre governo e sociedade civil, acompanha a gesto e avalia a Poltica de Assistncia Social no municpio.

    As competncias so definidas na Lei Orgnica de Assistncia Social e legislao especfica que estabelece sua composio, o conjunto de atribuies e a forma pela qual suas competncias sero exerci-das.

    Ressaltamos que a sua ausncia ou o no efetivo funcionamento, impede que o municpio seja o responsvel pela execuo da Poltica de Assistncia Social no mbito municipal, sendo tambm condio para repasses de recursos Federal e Estadual.

    Algumas atribuies do CMAS:

    Apreciar e aprovar o Plano Plurianual de Assistncia Social;

    Apreciar e aprovar, fornecendo parecer, no Plano de Ao e no Demonstrativo Fsico-Financeiro no SUASWEB;

    Apreciar e aprovar a proposta oramentria para a Poltica de As-sistncia Social;

    O controle social no SUAS ocorre em espaos como conselhos e confer-ncias, com a participao de representaes governamentais e da so-ciedade civil. Os conselhos definem normas, acompanham e fiscalizam os servios e as conferncias avaliam e definem diretrizes para a poltica.

  • Apreciar e aprovar a proposta oramentria dos recursos destina-dos s aes de Assistncia Social alocados no Fundo Municipal de Assistncia Social (FMAS);

    Apreciar e aprovar a prestao de contas;

    Zelar pela implementao e pela efetivao do SUAS;

    Inscrever entidades e organizaes de assistncia social;

    Exercer o controle social da poltica municipal de assistncia social;

    Normatizar, disciplinar, acompanhar, avaliar e fiscalizar os servios de assistncia social prestados pela rede socioassistencial;

    Convocar, juntamente com o gestor, a Conferncia Municipal de Assistncia Social;

    Caso o Conselho acumule as funes de Controle Social do Pro-grama Bolsa Famlia, desempenhar as atividades inerentes Instn-cia de Controle Social do Programa;

    Acionar quando necessrio, o Ministrio Pblico, como instncia de defesa de garantia de suas prerrogativas legais.

    A forma em que os Conselhos utilizam para manifestar suas de-cises so por meio de resolues que so atos administrativos que expressam deliberaes ou recomendaes e tm fora de lei.

  • Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS)Site: www.mds.gov.br/cnas, E-mail: [email protected] Endereo: Esplanada dos Ministrios, Bloco F, Anexo Ala A 1 Andar, Braslia/ DF - CEP: 70059-900Central de Atendimento: (61) 3433-2422 e 3433-2431 Conselho Estadual de Assistncia Social de Minas Gerais (CEAS MG) Site: www.conselhos.mg.gov.br/ceasE-mail: [email protected]: Rua Guajajaras, 40, 24 andar, Centro, Belo Horizonte, MGCEP: 30180-100Telefones: (31) 3222-9826/9662/9562 Fax: (31) 3222-9673

    Conhea a Lei Municipal que criou o Conselho e seu Regimento Interno; Verifique a composio do CMAS; Providencie a nomeao dos novos membros representantes do poder pblico, de preferncia que tenham interfaces com a poltica de assistncia social; Verifique a Diretoria do Conselho em caso de vacncia de algum membro realize nova eleio de acordo com o Regimento Interno; Verifique quem foi indicado para ser o Secretrio (a) Executivo (a) do CMAS; Agende uma reunio com os membros do Conselho para que voc se apresente e os novos conselheiros governamentais; Atualize os dados na Rede Suas atravs do site www.mds.gov.br/assisten-ciasocial/redesuas, manuais sobre atualizao do CADSUAS no link http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/redesuas/cadsuas.

  • 3.4Conselho Municipal

    dos Direitos daCriana e doAdolescente

    O Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente um rgo criado por determinao do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), Lei Federal n 8.069/90, carter deliberativo e tem como principal atribuio fazer com que o ECA seja cumprido em mbito municipal.

    Em mbito nacional o Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente (Conanda) o rgo mximo, encarregado da formulao, monitoramento e avaliao das polticas de promoo, proteo e defesa dos direitos da criana e do adolescente no Brasil.

    Sua composio democrtica e paritria inclui 14 representantes dos vrios ministrios, bem como 14 representantes de organiza-es no governamentais com atuao nacional. A capilaridade do Conanda se concretiza por meio de uma rede de conselhos estad-uais e municipais de direitos da criana e do adolescente que hoje somam mais de 5.100 conselhos em todo pas, cobrindo em torno de 92% dos municpios brasileiros.

    Em Minas Gerais o Conselho dos Direitos da Criana e do Adoles-cente (CEDCA-MG) teve sua criao amparada no art. 88, inciso II, do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), Lei Federal 8.069/90, que, seguindo a Constituio Federal de 1988, introduziu no orde-namento jurdico a gesto pblica das polticas em diversas reas, por meio da coparticipao de entidades civis, representantes da sociedade, e do poder pblico.

  • Em 7 de janeiro de 1994 foi sancionada a Lei n 11.397, que criou o Fundo para a Infncia e Adolescncia (FIA), vinculado s deliberaes do CEDCA-MG, sendo regulamentado pelo Decreto 36.400, de 24 de novembro do mesmo ano. Posteriormente, em 17 de janeiro de 2000, a Lei 13.469 introduziu algumas alteraes na Lei 10.501/91.

    dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profission-alizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e con-vivncia familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, cruel-dade e opresso.

    Artigo 227 Constituio Federal/1988

    Fundo para a Infncia e Adolescncia

    O Fundo para a Infncia e da Adolescncia (FIA), criado em 1990 um Fundo Especial, nos moldes definidos pela Lei Federal 4.320/64, captam recursos provenientes de doaes de pessoas fsicas e ju-rdicas. Os recursos so destinados ao atendimento das polticas, programas e aes voltadas para promoo e defesa de direitos de crianas e adolescentes, distribudos mediante deliberao do CMDCA.

    O FIA controlado pelos conselhos municipais e estaduais dos direi-tos da criana e do adolescente.

    importante destacar que as liberaes realizadas sempre devem estar de acordo com as reais demandas e as priorizaes municipais.

    Conselho Tutelar

    De acordo com o Estatuto da Criana e do adolescente e Lei 12.696 de Julho/2012 artigo 132, em cada Municpio haver, no mnimo, um Conselho Tutelar como rgo integrante da administrao pblica local, composto por cinco membros, escolhidos pela populao lo-cal para mandato de quatro anos, permitida uma nica reconduo.

  • O Conselho Tutelar um rgo permanente e autnomo, no integra ao Poder Judicirio, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criana e do adolescente.

    O Executivo Municipal dever garantir ao Conselho Tutelar condies para o seu funcionamento como instalaes fsicas, equipamentos, apoio administra-tivo, transporte e outros suportes que devem ser definidos de acordo com as demandas e possibilidades de seu municpio.

    Conselho Tutelar

    Zelar pelo cumprimento de direitosGarantir absoluta prioridade na efetivao de direitosOrientar a construo da poltica municipal de atendimento

    Criana e Adolescente

    Conhea a Lei Municipal que criou o CMDCA, Fundo e Conselho Tutelar;

    Conhea o Regimento Interno;

    Verifique a composio do CMDCA;

    Providencie a nomeao dos novos membros representantes do poder p-blico para o CMDCA, caso esteja em falta;

    Agende uma reunio com os membros do CMDCA para que voc se apresente;

    Agende uma reunio com os Conselheiros Tutelares e se apresente;

    Conhea a estrutura fsica do Conselho Tutelar;

    Aproprie de informaes do Fundo Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente (FIA);

    Verifique a Diretoria do CMDCA em caso de vacncia de algum membro realize nova eleio de acordo com o Regimento Interno;

    Orientaes no Conselho Estadual dos Direitos da Criana e do Adolescente (CEDCA) e-mail [email protected] e site www.conselhos.mg.gov.br/cedca;

  • importante que verifique se existem outros conselhos vinculados Secretaria Municipal de Assistncia Social como: Conselho Municipal dos Direitos da Mulher; Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa; Conselho Municipal da Juventude; Conselho Municipal de Habitao; Conselho Municipal de Segurana Alimentar; Conselho Municipal Antidrogas e outros mais.

    Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente (Conanda)Site: www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sedh/conselho/conanda, E-mail: [email protected]: Setor Comercial Sul, Edifcio Parque Cidade Corporate, Bloco B, Quadra 09, Lote C, Torre A, 8 andar, Asa Sul, Braslia-DFCEP: 70308-200,Telefones: (61) 2025.3524/3525/9866/3534

    Conselho Estadual dos Direitos da Criana e do Adolescente (CED-CA-MG)Site: www.conselhos.mg.gov.br/cedca, E-mail: [email protected] Endereo: Rua Guajajaras, 40, 23 andar, Centro, Belo Horizonte, MGCEP: 30180-100Telefones: (31)3222-1223 (31)3222-9644

  • 3.5Conferncias deAssistncia Social

    As Conferncias de Assistncia Social so espaos de carter delib-erativo em que debatida e avaliada a Poltica de Assistncia Social. Tambm so propostas novas diretrizes, no sentido de consolidar e ampliar os direitos socioassistenciais dos seus usurios. Os debates so coletivos com participao social mais representativa, asseguran-do momentos para discusso e avaliao das aes governamentais e tambm para a eleio de prioridades polticas que representam os usurios, trabalhadores e as entidades de assistncia social.

    So realizadas conferncias municipais, estaduais e a nacional.

    Nas Conferncias estaduais, participam os delegados, eleitos nas Conferncias municipais, observadores e convidados credenciados. J na etapa municipal, podem participar todos os sujeitos envolvidos na Assistncia Social e pessoas interessadas nas questes relativas a essa Poltica.

    As conferncias acontecem de dois em dois anos e a prxima ser convocada, por meio do Conselho Nacional de Assistncia Social, em 2013, conjuntamente com o Ministrio de Desenvolvimento So-cial e Combate Fome MDS. O Conselho Estadual de Assistncia Social de Minas disponibilizar orientaes especficas para a realiza-o das conferncias municipais.

  • 3.6Tipos e Nveis deGesto O Sistema nico de Assistncia Social comporta quatro tipos de gesto de acordo com a NOB/SUAS - 2005: dos Municpios, do Dis-trito Federal, dos Estados e da Unio.

    Na Gesto dos municpios, trs nveis so possveis:

    I - Gesto Inicial

    O municpio executa os servios e administra as transferncias j efetuadas antes da implantao.

    II - Gesto Bsica

    O municpio assume a gesto da proteo social bsica, devendo o gestor, ao assumir a responsabilidade de organizar a proteo bsica, prevenir situao de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisies, ofertar programas, projetos e servios socioassistenciais que fortaleam vnculos familiares e comunitrios; que promovam os beneficirios do Benefcio de Prestao Continu-ada (BPC) e transferncia de renda e que vigiem direitos violados no territrio. O gestor, entre outros requisitos, dever estruturar os Centros de Referncia de Assistncia Social (CRAS), de acordo com o porte do municpio.

    III - Gesto Plena

    O municpio assume a gesto total das aes de assistncia social, organiza a proteo social bsica e especial. Entre outros requisitos, o municpio deve estruturar os Centros de Referncia Especializados de Assistncia Social (CREAS).

  • Tem a responsabilidade de prevenir situao de risco, por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisies, alm de prote-ger as situaes de violao de direitos existentes em seu municpio. Ofertar programas, projetos e servios socioassistenciais que for-taleam vnculos familiares e comunitrios; que promovam os bene-ficirios do Benefcio de Prestao Continuada (BPC) e transferncia de renda; que vigiem direitos violados no territrio; que potencializa a funo protetiva das famlias e a auto-organizao e conquista da autonomia de seus usurios.

    A mudana de nvel poder ser solicitada pelo municpio com aprovao do Conselho Municipal de Assistncia Social de acordo com os requisitos e instrumentos de comprovao na NOB/SUAS.

    Municpios que no esto habilitados nas condies de gesto ini-cial, bsica e ou plena, possuem a gesto dos recursos federais, na responsabilidade do Gestor Estadual. Em Minas todos os 853 mu-nicpios aderiram ao SUAS.

    Minas possui os 853 municpios habilitados ao SUAS, sendo 16 (dez-esseis) em gesto inicial, 783 (setecentos e oitenta e trs) em gesto bsica, 54 (cinquenta e quatro) em gesto plena, o que traduz a situ-ao de adequao do Estado ao SUAS, com 91% dos municpios habilitados em gesto bsica.

    Em todos os nveis de gesto necessrio que os municpios atendam os requisitos mnimos de acordo com o Artigo 30 da LOAS e Decreto n 7.788, de Agosto de 2012: Existncia e funcionamento do Conselho Municipal de Assistncia Social; Existncia e funcionamento do Fundo Municipal de Assistncia Social, dev-idamente constitudo como unidade oramentria; Elaborao do Plano Municipal de Assistncia Social; A comprovao oramentria de recursos prprios destinados assistn-

    cia social, alocado no Fundo Municipal de Assistncia Social.

  • Fonte : Sedese/SUBAS/Gesto do SUAS Dados de Setembro/2012

    Verifique em qual nivel de gesto o seu municipio est habilitado atravs dos sites: www.sedese.mg.gov.br ou www.mds.gov.br

    A desabilitao de um municpio poder ser solicitada, a qualquer tem-po quando ficar constatado o no cumprimento das responsabilidades e dos requisitos referentes condio de gesto em que se encontra.

    NVEIS DE GESTO DOS MUNICPIOS EM MINAS

    Gesto Inicial

    Gesto bsica

    Gesto Plena

  • 3.7Classificaes de Municpios por porteem Minas Gerais De acordo com o ltimo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE, em 2010, Minas Gerais possui uma populao de 19.597.330 habitantes, sendo que 79,12% de seus municpios possuem at 20.000 habi-tantes, um nmero significativo para o Estado.

    Fonte: IBGE/2010 e Departamento de Desenvolvimento Econmico da AMM

    A Gesto da Assistncia Social no Municpio

    Classificao dos Municpios

    Habitante s Municpios em MG Percentual

    Pequeno porte I

    Pequeno porte II

    Mdio Porte

    Grande Porte

    Metrpole

    At 20.000

    20.001 a 50.000

    50.001 a 100.000

    100.001 a 900.000

    superior a 900.000

    675

    112

    37

    28

    1

    79,12 %

    13,13%

    4,34%

    3,29%

    0,12%

    TOTAL 853 100%

    Fonte: Mterial de Capacitao SEDESE

    Usurio

    Rede de Servios Governamentais e no Governamentais de Assistncia Social

    Instncia de Financiamento

    Fundo Municipal de Assistncia Social

    Instncia deControle Social

    Conselho Municipal de Assistncia Social

    Instncia deGesto

    Secretaria Municipal de Assistncia Social ou

    congnere

  • Gestor, saiba mais:

    Lei Orgnica da Assistncia Social n 8.742/1993 Lei n 12.435/2011 e alteraes;

    Poltica Nacional de Assistncia Social (PNAS/2004);

    Norma Operacional Bsica do SUAS 2005 (NOB/SUAS-2005);

    Site do MDS - www.mds.mg.gov.br

    Site da Sedese www.sedese.mg.gov.br Endereo: Cidade Admin-istrativa Rodovia Prefeito Amrico Gianetti, s/n, 14 andar, Prdio Minas, Bairro Serra Verde, Belo Horizonte,

    Diretoria de Gesto do Sistema nico de Assistncia Social e-mail [email protected] Telefone (31) 3916 8029;

    Orientaes para Conselhos da rea de Assistncia Social Tribu-nal de Contas da Unio;

    Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) Lei Federal n 8.069/90 e Lei 12.696 de 25/07/2012 e suas alteraes;

    Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) site - www.mds.gov.br/cnas;

    Legislaes disponveis atravs do Portal AMM www.portalamm-mg.org.br/assistnciasocial/bibliotecavirtual

  • 4 SISTEMA NICO DE

    ASSISTNCIA SOCIAL

    O Sistema nico de Assistncia Social (SUAS) um sistema pblico que organiza, de forma descentralizada, os servios socioassisten-ciais no Brasil. Com um modelo de gesto participativa, ele articula os esforos e recursos dos trs nveis de governo para a execuo e o financiamento da Poltica Nacional de Assistncia Social (PNAS).

    Coordenado pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS), o Sistema composto pelo poder pblico e socie-dade civil, que participam diretamente do processo de gesto com-partilhada. Do mesmo modo, todos os Estados, comprometidos com a implantao de sistemas locais e regionais de assistncia so-cial e com sua adequao aos modelos de gesto e cofinanciamen-to propostos, assinaram pactos de aperfeioamento do Sistema.

    O SUAS organiza a gesto das aes de assistncia social que se destina aos cidados e grupos que se encontram em situaes de vulnerabilidade social e riscos.

    O Sistema constitudo pelo conjunto de servios, programas, pro-jetos e benefcios socioassistenciais no mbito da assistncia social. Por meio da Tipificao Nacional de Servios Socioassistenciais, Resoluo 109 do CNAS, foi criado um padro nacional de func-ionamento e qualidade para os servios, organizados por tipos de proteo e nveis de complexidade: Proteo Social Bsica e Pro-teo Social Especial de Mdia e Alta Complexidade, preservando as singularidades de cada realidade.

  • Gestor entende-se por servios socioassistenciais, as atividades continu-adas que visem melhoria de vida da populao e cujas aes, voltadas para as necessidades bsicas, observem os objetivos, princpios e dir-etrizes estabelecidas na Lei Orgnica da Assistncia Social.

    4.1Proteo Social A Proteo Social no Sistema nico de Assistncia Social ofertada por meio de um conjunto de aes, cuidados, atenes, benefcios e auxlios para reduo e preveno das vulnerabilidades sociais, dignidade humana e famlia como ncleo bsico de sustentao afetiva, biolgica e relacional.

    Articulada nas trs esferas de governo, a estratgia de atuao est hierarquizada em dois eixos: a Proteo Social Bsica e a Proteo Social Especial.

    Aes de Proteo Social

    BsicaE specialMdia Complexidade

    Alta Complexidade

    Estados e Municpios

    CRAS CREAS

    SUAS

  • 4.1.1

    Proteo Social Bsica

    Destinada preveno de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, servios e benefcios a indivduos e famlias em situao de vulnerabilidade social, atua com natureza preventiva.

    O pblico alvo a populao que vivncia situaes de fragilidades e privaes decorrentes da pobreza, ausncia de renda, acesso pre-crio ou nulo aos servios pblicos ou fragilizao de vnculos afeti-vos (discriminaes etrias, tnicas, de gnero ou por deficincias, dentre outras).

    Sua organizao pretende garantir o direito convivncia familiar e comunitria, contribuir para o processo da autonomia, da emanci-pao social, busca tornar famlias e indivduos mais fortalecidos para superar as diversas situaes de fragilidade em que se encontram.

    Os servios de Proteo Social Bsica so ofertados nos Centros de Referncia de Assistncia Social (CRAS).

    Centro de Referncia de Assistncia Social

    O CRAS uma unidade pblica estatal, responsvel pela organiza-o e oferta de servios da Proteo Social Bsica do SUAS, nas reas de vulnerabilidade e risco social, a porta de entrada do SUAS.

    Todo CRAS, obrigatoriamente, desenvolve a gesto da rede socio-assistencial de proteo social bsica do seu territrio (MDS, 2009, P.11) e oferta o Servio de Proteo e Atendimento Integral s Fam-lias (PAIF). Em conformidade com a Tipificao Nacional de Servios Socioassistenciais.

  • A equipe de referncia do CRAS constituda por profissionais re-sponsveis pela gesto territorial da Proteo Bsica, organizao dos servios ofertados no CRAS e pela oferta do PAIF. Sua com-posio regulamentada pela Norma Operacional Bsica de Recur-sos Humanos do SUAS (NOB-RH/SUAS) e depende do nmero de famlias referenciadas.

    Conhea a composio da equipe de referncia dos CRAS para a prestao de servios e execuo das aes, de acordo com o Porte de seu municpio:

    Servio de Proteo e Atendimento Integral Famlia (PAIF)

    Consiste no trabalho social com famlias, de carter continuado, com a fi-nalidade de fortalecer a funo protetiva das famlias, prevenir a ruptura de seus vnculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria da qualidade de vida. Prev o desenvolvimento de potencialidades e aquisies das famlias e o fortalecimento de vnculos familiares e comuni-trios, por meio de aes de carter preventivo, protetivo e proativo.Tipificao Nacional de Servios Sociassistenciais, 2009

  • Famlias referenciadas so aqueles que vivem no territrio de abrangncia do CRAS.

    Nas equipes de referncia devem sempre contar com um coorde-nador, devendo o mesmo, independente do porte do municpio, ter o seguinte perfil profissional: ser um tcnico de nvel superior, concursado, com experincia em trabalhos comunitrios e gesto de programas, projetos, servios e benefcios socioassistenciais.

    A equipe de referncia do CRAS interdisciplinar e os perfis devem convergir de forma a favorecer o desenvolvimento das funes do CRAS. O trabalho social com famlias depende de um investimento e uma predisposio de profissionais de diferentes reas a trabal-harem coletivamente, com objetivo comum de apoiar e contribuir para a superao das situaes de vulnerabilidade e fortalecer as potencialidades das famlias usurias dos servios ofertados.

    Tcnico de Nivel Mdio

    Perfil 1

    Agente Administrativo

    Atribues Perfil 1

    Agente Administrativo

    Escolaridade d e nvel mdio completo, com

    conhecimento p ara o desenvolvimento das

    rotinas administrativas do CRAS.

    Apoio ao trabalho dos tcnicos de nvel superior da

    equipe de referncia do CRAS, em especial no que se

    refere s funes administrativas;

    Participao d e reunies s istemticas de p laneja-

    mento de atividades e de avaliao do processo de

    trabalho com a equipe de referncia do CRAS;

    Participao das atividades d e capacitao (ou

    formao continuada) da equipe de referncia do CRAS.

    Perfil 2

    Agente Social e / ou Orientador Social

    Atribues Perfil 2

    Agente Social e/ ou Orientador Social

    Escolaridade d e nvel mdio completo, com

    experincia de atuao em programas, projetos,

    servios e/ou benefcios socioassistenciais; con-

    hecimento da PNAS; noes sobre d ireitos

    humanos e sociais; sensibilidade p ara a s

    questes sociais; conhecimento da realidade do

    territrio e b oa c apacidade r elacional e de

    comunicao com as famlias

    Recepo e o ferta de informaes s famlias

    usurias do CRAS;

    Mediao dos processos grupais, prprios dos ser-

    vios d e convivncia e f ortalecimentos d e vnculos,

    ofertados n o CRAS (funo d e orientador social do

    Projovem Adolescente, por exemplo);

    Participao d e reunies s istemticas d e planeja-

    mento d e atividades e de avaliao d o processo de

    trabalho com a equipe de referncia do CRAS;

    Participao das atividades d e capacitao (ou

    formao continuada) d a equipe de r eferncia do

    CRAS.

    Fonte: Guia de Orientaes Tcnisa Centro de Referencia de Assitncia Social/ MDS

  • Tcnico de Nivel Superior

    Perfil 1

    Atribues

    Escolaridade mnima de nvel superior, com formao em servio social, psicologia e/ou outra pro-

    fisso que compe o SUAS (dependendo do nmero de famlias referenciadas ao CRAS e porte do

    municpio, conforme a NOB-RH); com

    experincia de atuao e/ou gesto em programas, projetos, servios e/ou benefcios socioassisten-

    ciais; conhecimento da legislao referente poltica nacional de assistncia social; domnio sobre os

    direitos sociais; experincia de trabalho em grupos e atividades coletivas; experincia em trabalho

    interdisciplinar; conhecimento da realidade do territrio e boa capacidade relacional e de escuta das

    famlias.

    Acolhida, oferta de informaes e realizao de encaminhamentos s famlias usurias do CRAS;

    Planejamento e implementao do PAIF, de acordo com as caractersticas do territrio de abrangn-

    cia do CRAS;

    Mediao de grupos de famlias dos PAIF;

    Realizao de atendimento particularizados e visitas domiciliares s famlias referenciadas ao CRAS;

    Desenvolvimento de atividades coletivas e comunitrias no territrio;

    Apoio tcnico continuado aos profissionais responsveis pelo(s) servio(s) de convivncia e fortaleci-

    mento de vnculos desenvolvidos no territrio ou no CRAS;

    Acompanhamento de famlias encaminhadas pelos servios de convivncia e fortalecimento de vn-

    culos ofertados no territrio ou no CRAS;

    Realizao da busca ativa no territrio de abrangncia do CRAS e desenvolvimento de projetos que

    visam prevenir aumento de incidncia de situaes de risco;

    Acompanhamento das famlias em descumprimento de condicionalidades;

    Alimentao de sistema de informao, registro

    das aes desenvolvidas e

    planejamento do trabalho

    de forma coletiva.

    Articulao de aes que potencializem as boas experincias no territrio de abrangncia;

    Realizao de encaminhamento, com acompanhamento, para a rede socioassistencial;

    Realizao de encaminhamentos para servios setoriais;

    Participao das reunies preparatrias ao planejamento municipal ou do DF;

    Participao d e reunies sistemticas no CRAS, p ara planejamento das aes semanais a s erem

    desenvolvidas, definio de fluxos, instituio de rotina de atendimento e acolhimento dos usurios;

    organizao dos encaminhamentos,

    fluxos de informaes com outros setores, procedimentos, estratgias de resposta s demandas e

    de

    fortalecimento das potencialidades do territrio.

    Fonte: Guia de Orientaes Tcnisa Centro de Referencia de Assitncia Social/ MDS

  • Coordenador do CRAS

    Perfil 1

    Atribues

    Escolaridade mnima de nvel superior, com formao em servio social, psicologia e/ou outra pro-

    fisso que compe o SUAS (dependendo do nmero de famlias referenciadas ao CRAS e porte do

    municpio, conforme a NOB-RH); com

    experincia de atuao e/ou gesto em programas, projetos, servios e/ou benefcios socioassisten-

    ciais; conhecimento da legislao referente poltica nacional de assistncia social; domnio sobre os

    direitos sociais; experincia de trabalho em grupos e atividades coletivas; experincia em trabalho

    interdisciplinar; conhecimento da realidade do territrio e boa capacidade relacional e de escuta das

    famlias.

    Articular, acompanhar e avaliar o processo de implantao do CRAS e a implementao dos pro-

    gramas, servios,

    projetos de proteo social bsica operacionalizadas nessa unidade;

    Coordenar a execuo e o monitoramento dos servios, o registro de informaes e a avaliao das

    aes, programas, projetos, servios e benefcios;

    Participar da elaborao, acompanhar e avaliar os fluxos e procedimentos para garantir a efetivao

    da referncia e contrarreferncia;

    Coordenar a execuo das aes, de forma a manter o dilogo e garantir a participao dos profis-

    sionais, bem

    como das famlias inseridas nos servios ofertados pelo CRAS e pela rede prestadora de servios no

    territrio;

    Definir, com participao da equipe de profissionais, os critrios de incluso, acompanhamento e

    desligamento

    das famlias, dos servios ofertados no CRAS;

    Coordenar a definio, junto com a equipe de profissionais e representantes da rede socioassisten-

    cial do territrio,

    o fluxo de entrada, acompanhamento, monitoramento, avaliao e desligamento das famlias e indi-

    vduos nos servios de proteo social bsica da rede socioassistencial referenciada ao CRAS;

    Promover a articulao entre servios, transferncia de renda e benefcios socioassistenciais na rea

    de abrangncia

    do CRAS;

    Definir, junto com a equipe tcnica, os meios e as ferramentas terico-metodolgicos de trabalho

    social com famlias e dos servios de convivncia;

    Contribuir para avaliao, a ser feita pelo gestor, da eficcia, eficincia e impactos dos programas,

    servios e projetos na qualidade de vida dos usurios;

    Efetuar aes de mapeamento, articulao e potencializao da rede socioassistencial no territrio

    de abrangncia do CRAS e fazer a gesto local desta rede;

    Efetuar aes de mapeamento e articulao das redes de apoio informais existentes no territrio

    (lideranas comunitrias, associaes de bairro);

    Coordenar a alimentao de sistemas de informao de mbito local e monitorar o envio regular e

    nos prazos, de informaes sobre os servios socioassistenciais referenciados, encaminhando-os

    Secretaria Municipal (ou do DF) de Assistncia Social;

    Participar dos processos de articulao intersetorial no territrio do CRAS;

    Averiguar as necessidades de capacitao da equipe de referncia e informar a Secretaria de

    Assistncia Social (do municpio ou do DF);

    Planejar e coordenar o processo de busca ativa no territrio de abrangncia do CRAS, em consonn-

    cia com diretrizes

    da Secretaria de Assistncia Social (do municpio ou do DF);

    Participar das reunies de planejamento promovidas pela Secretaria de Assistncia Social (do mu-

    nicpio ou do DF), contribuindo com sugestes estratgicas para a melhoria dos servios a serem

    prestados;

    Participar de reunies sistemticas na Secretaria Municipal, com presena de coordenadores de

    outro(s) CRAS (quando

    for o caso) e de coordenador(es) do CREAS (ou, na ausncia deste, de representante da proteo

    especial).

    Fonte: Guia de Orientaes Tcnisa Centro de Referencia de Assitncia Social/ MDS

  • Gestor, necessrio lanar mensalmente no Sistema de Registro Mensal de Atendimentos dos CRAS, informaes relativas aos aten-dimentos prestados para a populao no CRAS, por meio do Siste-ma de Informaes do Sistema nico de Assistncia Social - Rede Suas do MDS. Os dados registrados e armazenados devem pro-duzir informaes que auxiliem o planejamento e aprimoramento da oferta dos servios no municpio.

    Orientaes disponveis no site: www.mds.gov.br/assistenciasocial/redesuas.

    Para uma melhor estruturao e oferta qualificada de servios no CRAS, necessrio um planejamento e depende de um bom conhecimento do territrio e das famlias que nele vivem, suas necessidades, potenciali-dades, bem como do mapeamento da ocorrncia das situaes de risco e de vulnerabilidade social e das ofertas j existentes no municpio.

  • 4.1.1

    Proteo Social Especial

    A Proteo Social Especial organiza a oferta de servios, programas e projetos de carter especializado, destinado a famlias e indivduos que j se encontram em situao de risco pessoal e social e que tiveram seus direitos violados por ocorrncia de abandono, maus tratos, abuso ou explorao sexual, uso de substncias psicoativas, cumprimento de medida socioeducativas, dentre outros aspectos, demandando ateno especializada.

    Atua com natureza protetiva por meio de aes que requerem o acompanhamento familiar e individual e maior flexibilidade nas solues. Comportam encaminhamentos efetivos e monitorados, apoios e processos que assegurem qualidade na ateno.

    Os servios de Proteo Social Especial exigem uma gesto ar-ticulada com o Sistema de Garantia de Direitos - Poder Judicirio, Ministrio Pblico, Conselhos Tutelares e outros rgos de defesa de direitos.

    A execuo dos servios de Proteo Social Especial realizada de forma direta nos Centros de Referncia Especializados de Assistn-cia Social (CREAS) e em outras unidades pblicas de assistncia so-cial, e de forma indireta nas entidades socioassistenciais da rea de abrangncia dos CREAS.

  • Centro de Referncia Especializado de assistencia social

    O Centro de Referncia Especializado em Assistncia Social (CREAS) a unidade pblica estatal, de abrangncia municipal ou regional que oferta servios da proteo especial, especial-izados e continuados, gratuitamente a famlias e indivduos em situao de ameaa ou violao de direitos.

    As atividades da Proteo Especial so diferenciadas de acordo com nveis de complexidade (mdia ou alta) e conforme a situa-o vivenciada pelo indivduo ou famlia.

    A equipe de referncia para o CREAS est constituda de acordo com o nvel de gesto e execuo das aes no mbito da Pro-teo Social Especial de Mdia e Alta Complexidade. Sua com-posio regulamentada pela Norma Operacional Bsica de Recursos Humanos do SUAS (NOB-RH/SUAS - 2005).

    Conhea a composio da equipe de referncia dos CREAS para a prestao de servios e execuo das aes da proteo social especial de mdia complexidade:

  • Todo CREAS, obrigatoriamente, dever ofertar o Servio de Pro-teo e Atendimento Especializado a Famlias e Indivduos (PAEFI), caber ao rgo gestor da Assistncia Social, observada a reali-dade local e demandas no territrio, a deciso quanto oferta de outros servios.

    necessrio lanar mensalmente no Sistema de Registro Mensal de Atendimentos dos CREAS, informaes relativas aos servios oferta-dos no CREAS, por meio do Sistema de Informaes do Sistema nico de Assistncia Social - Rede Suas do MDS. Os dados regis-trados e armazenados devem produzir informaes que auxiliem o planejamento e aprimoramento da oferta dos servios no municpio. No caso de CREAS regionais, sob a gesto da Sedese, o formulrio dever ser enviado a Secretaria de Estado. Orientaes disponveis no site: www.mds.gov.br/assistenciasocial/redesuas.

    Servio de Proteo e Atendimento Especializado a Famlias e Indivduos (PAEFI)

    Servio de apoio, orientao e acompanhamento a famlias com um ou mais de seus membros em situao de ameaa e violao de di-reito. Compreende atenes e orientaes direcionadas para a pro-moo de direitos, a preservao e o fortalecimento de vnculos famil-iares, comunitrios e sociais para o fortalecimento da funo protetiva das famlias diante do conjunto de condies que as vulnerabilizam e /ou as submetem a situaes de risco pessoal e social.

  • Servios de Proteo Social Especial de Mdia Complexidade

    Servios de Proteo Social Especial de Mdia Complexidade

  • Mais informaes consultar:

    Poltica Nacional de Assistncia Social (PNAS);

    Norma Operacional Bsica do SUAS 2005 (NOB/SUAS-2005);

    Norma Operacional Bsica de Recursos Humanos (NOB-RH/SUAS);

    Tipificao Nacional de Servios Socioassistenciais Resoluo 109 do CNAS;

    Orientaes Tcnicas Centro de Referncia de Assistncia Social CRAS / MDS;

    Orientaes Tcnicas sobre o PAIF Tipificao - Volume 01 MDS;

    Orientaes Tcnicas sobre o PAIF Trabalho Social com Famlias Volume 02 / MDS;

    Orientaes Tcnicas: Centro de Referncia Especializado de As-sistncia Social CREAS / MDS;

    Orientaes Tcnicas: Centro de Referncia Especializado Para Pop-ulao em Situao de Rua Centro POP/MDS;

    Materiais disponveis - Portal AMM www.portalamm-mg.org.br/assistnciasocial/bibliotecavirtual

    Site do MDS - www.mds.mg.gov.br

    Site da Sedese www.sedese.mg.gov.br

  • 5 INSTRUMENTOS DEGESTOOs instrumentos de gesto caracterizam-se como ferramentas de planeja-mento tcnico e financeiro da Poltica do SUAS, nas trs esferas de governo. Tem como parmetro o diagnstico social e os eixos de proteo social, bsica e especial.

    So instrumentos de gesto: o Plano de Assistncia Social; Oramento; Moni-toramento, Avaliao e Gesto da Informao; e Relatrio Anual de Gesto.

    5.1Plano de AssistnciaSocial O Plano de Assistncia Social um instrumento de planejamento es-tratgico que organiza, regula e norteia a execuo da Poltica de As-sistncia Social, sendo a expresso da autonomia do nvel de gesto na definio e conduo da Poltica.

    No campo social as desigualdades sociais e a pobreza exigem maior agilidade no processo de elaborao e implementao de polticas pblicas. Para isso, fundamental a modernizao e o aperfeioa-mento das tcnicas de gesto pblica. Considerando as fases consa-gradas do processo de planejamento: diagnstico/planejamento/ex-ecuo/monitoramento/avaliao, o diagnstico social de extrema importncia para o desenvolvimento das outras fases supramencio-nadas (MDS, 2008; Vol.3)

  • O Plano plurianual, abrange o perodo de 4 anos, contempla o segundo ano da gesto em que foi elaborado e o primeiro ano da gesto seguinte. Assim conhea o Plano de seu municpio que est em vigor, ele permite que voc visualize as prioridades, aes e metas previstas, recursos disponveis, bem como estratgias para sua imple-mentao.

    Sua elaborao de responsabilidade do rgo gestor e submete aprovao do Conselho Municipal de Assistncia Social, esse Plano de-ver se desdobrar anualmente em um Plano de Ao.

    Prepare-se para fazer o Plano Plurianual (PPA) em 2013.

    Plano de Ao

    O Plano de Ao o instrumento eletrnico de planejamento/pre-viso utilizado pela Secretaria Nacional de Assistncia Social (SNAS) para ordenar e garantir o lanamento e validao anual das informa-es necessrias ao incio ou continuidade da transferncia regular automtica de recursos do cofinanciamento federal dos servios so-cioassistenciais.

    Conforme estabelece a Norma Operacional Bsica NOB/SUAS, as informaes contidas no Plano de Ao devero estar coerentes com o Plano de Assistncia Social do Municpio.

    O Plano de Ao lanado no Sistema Nacional de Informao do Sistema nico de Assistncia Social - Rede Suas, por meio do SUAS-Web, atravs do site www.mds.gov.br/assistenciasocial/redesuas.

    O Plano no apenas uma ferramenta tcnica, mas tambm um instru-mento de planejamento que no deve ficar restrito ao mbito do rgo gestor, mas sim deve ser includo na agenda pblica local. Sua legitimi-dade tem articulao direta com a mobilizao e participao social, a construo do mesmo dever refletir as necessidades das populao

  • 5.2Oramento da Assistncia Social De acordo com a NOB/SUAS-2005 o financiamento da Poltica de As-sistncia Social detalhado no processo de planejamento atravs do Oramento plurianual e anual, que expressa a projeo das receitas e autoriza os limites de gastos nos projetos e atividades propostos pelo rgo gestor e aprovados pelo conselho, com base na legislao, nos princpios e instrumentos oramentrios e na instituio de Fundos de Assistncia Social.

    Instrumentos de Planejamento, Oramento e Gesto Na Administrao Pblica

    A Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) o elo entre o Plano Pluri-anual (PPA), que funciona como um plano de governo, e a Lei Ora-mentria Anual (LOA), que o instrumento que viabiliza a execuo dos programas governamentais. Uma das principais funes da LDO ser a de selecionar, dentre os programas includos no PPA, aqueles que tero prioridade na execuo do oramento subsequente.

  • 5.3Gesto da Informao, Monitoramento eAvaliaoA gesto da informao tem como objetivo produzir condies es-truturais para as operaes de gesto, monitoramento e avaliao do SUAS conforme a Norma Operacional Bsica do SUAS. Opera a gesto dos dados e dos fluxos de informao com a definio de estratgias referente produo, armazenamento, organizao, classificao e disseminao de dado por meio de componentes de tecnologia de informao, obedecendo padro nacional eletrnico.

    Rede SUAS

    O Sistema Nacional de Informao do Sistema nico de Assistn-cia Social - Rede SUAS, do Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS), surgiu para suprir necessidades de comu-nicao no mbito do SUAS e de acesso a dados sobre a implemen-tao da Poltica Nacional de Assistncia Social. A Rede serve como instrumento de gesto e divulgao a gestores, tcnicos, entidades, sociedade civil e usurios.

    A Rede organiza a produo, o armazenamento, o processamento e a disseminao dos dados. Com isso, d suporte a operao, fi-nanciamento e controle social do SUAS e garante transparncia gesto da informao.

    composta por ferramentas que realizam registro e divulgao de dados sobre recursos repassados; acompanhamento e processa-mento de informaes sobre programas, servios e benefcios so-cioassistenciais; gerenciamento de convnios; suporte gesto or-amentria; entre outras aes relacionadas gesto da informao do SUAS.

  • 5.4Relatrio Anual

    de GestoO Relatrio de Gesto avalia o cumprimento das realizaes, dos resultados ou dos produtos obtidos em funo das metas prioritrias estabelecidas no Plano Municipal de Assistncia Social e consolidado em um Plano de Ao Anual; bem como da aplicao dos recursos em cada exerccio anual, sendo elaborados pelos Gestores e sub-metidos avaliao do Conselho Municipal de Assistncia Social.

    De acordo com o Decreto de n 7.788, de agosto de 2012, con-sidera-se Relatrio de Gesto as informaes relativas execuo fsica e financeira dos recursos transferidos, declaradas no Demon-strativo Sinttico Anual da Execuo Fsico-Financeira do SUAS, dis-ponibilizado pelo Ministrio de Desenvolvimento Social e Combate Fome, preenchido eletronicamente na Rede SUAS.

    Ressaltamos o Censo SUAS feito anualmente desde 2007. Em 2010, passou a trazer tambm informaes sobre as secretarias estaduais e municipais, e faz um retrato detalhado sobre a es-trutura e os servios prestados nos equipamentos de assistncia social de todo pas, o que contribui para a qualificao do plane-jamento, acompanhamento e avaliao do SUAS.

    Para acessar algumas ferramentas da Rede SUAS necessrio que tenha login e senha. As orientaes do MDS so:

    Primeiramente atualize o CADSUAS (os manuais sobre atualizao do CADSUAS esto no link http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/rede-suas/cadsuas).Aps efetuar a atualizao, o Administrador Adjunto do rgo Gover-namental em questo (rgo Gestor ou Conselho) dever acessar o link http://aplicacoes.mds.gov.br/saa-web com o seu login e senha (Sistema de Autorizao e Autenticao). Depois da autenticao de senha o sistema

  • Mais informaes consultar:

    Lei Orgnica da Assistncia Social n 8.742/1993 Lei n 12.435/2011 e alteraes;

    Decreto n 7.788 / 15/08/2012;

    Poltica Nacional de Assistncia Social PNAS;

    Norma Operacional Bsica do SUAS 2005 NOB/SUAS-2005;

    Manual Tcnico de Oramento MTO, publicado anualmente pela Secretaria de Oramento e Finanas (SOF) disponvel: www.portalsof.planejamento.gov.br;

    Caderno SUAS Financiamento da Assistncia Social no Brasil MDS/Secretaria Nacional de Assistncia Social;

  • 6 FINANCIAMENTO DA ASSISTNCIASOCIALUm dos aspectos mais importantes para a realizao de uma poltica pblica a forma de financiamento. Uma poltica pblica no se fortalece sem financiamento. imprescindvel que saiba como sero providos, distribudos e aplicados os recursos necessrios para a ex-ecuo da Poltica de Assistncia Social.

    De acordo com a Constituio Federal, as Polticas Pblicas da Se-guridade Social: Previdncia Social, Sade e as da Assistncia Social devem ser financiadas com a participao de toda a sociedade, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, do Dis-trito Federal, dos Estados e Municpios e das diversas contribuies sociais.

    Neste sentido, estabeleceu o compromisso da sociedade brasileira em assegurar condies mnimas de sobrevivncia e dignidade populao contribuies sociais so base desse financiamento, embora outras tambm componham esse escopo.

    Garantir o direito assistncia social e o acesso a seus servios e benefcios exige, assim, um modelo de financiamento que contem-ple a ao articulada e a responsabilidade partilhada entre as trs esferas de governo (o chamado cofinanciamento).

    Com o SUAS planeja-se alcanar gradativamente um novo patamar em termos de oramento e de ofertas de servios para a assistncia social que produza impactos positivos efetivos no quadro de en-frentamento pobreza no estado e em todo pas.

  • Os recursos de cada ente federado para a execuo da Poltica Na-cional de Assistncia Social so alocados em seus oramentos, pelos quais se efetiva a gesto financeira da poltica.

    A gesto do financiamento se materializa na instituio e funciona-mento dos Fundos de Assitncia Social, nos trs nveis de governo. Nos municpios os recursos so alocados nos Fundos Municipais de Assistncia Social, constitudos como unidades oramentrias.

    A transferncia fundo a fundo um instrumento de descentralizao de recursos disciplinado em lei especficas que caracterizam-se pelo repasse diretamente de fundos da esfera federal para fundos da es-fera estadual, municipal e do Distrito Federal ou de fundo da esfera estadual para fundos de esfera municipal, dispensando a celebrao de convnios.

    A organizao e a gesto da execuo da PNAS acontecem por meio do Sistema nico de Assistncia Social que com a sua Norma Operacional Bsica 2005 (NOB/SUAS-2005), define as condies gerais, os mecanismos e os critrios de partilha para a transferncia de recursos federais para o Distrito Federal e os estados e municpios.

    No SUAS, as transfernciais dos recursos do Governo Federal e Es-tadual para os municpios so operacionalizadas por incentivos e pisos de proteo social, relacionados a gesto e a execuo dos servios de Proteo Social Bsica e Especial (de alta e mdia com-plexidade) e benefcios, assim alguns definidos:

  • Nome Finalidade Gesto / Benefcios / Custeio

    IGD M - ndice de Gesto Descentralizada Municipal

    Gesto do Programa Bolsa Famlia

    IGDSUAS ndice de Gesto Descentralizada do Sistema nico de Assistncia Social

    Gesto do Sistema nico de Assistncia Social

    PMAS Piso Mineiro de Assistncia Social

    Cofinanciamento do Governo de Minas, dos servios e benefcios, em complementaridade ao financiamento federal e municipal.

    Proteo Social Bsica

    PBF Piso Bsico Fixo Servio de Proteo e Atendimento Integral Famlia (PAIF) ofertado no CRAS

    PBVI Piso Bsico Varivel I Programa ProJovem Adolescente

    PBVII Piso Bsico Varivel II Servio de Convivncia e Fortalecimento de Vnculos

    PBVIII Piso Bsico Varivel III Equipe Volante - CRAS Proteo Social Especial

    PFMC Piso Fixo de Mdia Complexidade

    Servio de Proteo e Atendimento Especializado a Famlias e Indivduos (PAEFI); Liberdade Assistida (LA); Prestao de Servios Comunidade (PSC); Abordagem Social; Servio Espacial para a Populao em Situao de Rua;

    PFMC II Piso Fixo de Mdia Complexidade II

    PAEFI (mesmos servios do PFMC)

    PFMC III Piso Fixo de Mdia Complexidade III

    Servio de Proteo Especial a adolescentes em LA PSC

    PFMC IV Piso Fixo de Mdia Complexidade IV

    Servios Especializado para POP em Situao de Rua - CREASPOP

    PVMC Piso Varivel de Mdia Complexidade

    Servio de Convivncia do PETI

    PTMC Piso de Transio de Mdia Complexidade

    Servio de Proteo para Pessoas com Deficincia, Idoso e suas Famlias

    PAC I Piso de Alta Complexidade I Acolhimento Institucional (Albergue, Casa Lar, Famlia Acolhedora/substituta, Casa de Passagem e outros)

    PAC II Piso de Alta Complexidade II

    Acolhimento Institucional (Rede Temporria para pessoa em situao de rua, Idosos dependentes, e Adolescentes sob ameaa)

  • Os recursos do Fundo Nacional de Assistncia Social devem ser apli-cados das seguintes formas:

    Atendendo finalidade estabelecida pela NOB/SUAS-2005 (Por-tarias do MDS 440 e 442);

    Observando Tipificao Nacional dos Servios Socioassistenciais - Resoluo n 109 de 11/11/2009;

    Observando o Pargrafo 1 do artigo 12 da Lei 4.320/64, que dis-pe: Art. 12(...) 1 - Classificam-se como Despesas de Custeio as dotaes para manuteno de servios anteriormente criados (...), combinado com o artigo 23 da Lei 8.742/93, que estabelece o co-financimanto de servios e melhorias de vida da populao cujas aes sejam voltadas para as necessidades bsicas;

    Observando a relao direta dos servios adquiridos com a finali-dade estabelecida pela Unio e quanto ao cumprimento do ob-jetivo;

    Ressaltamos que o dever de prestar contas uma obrigao iner-ente a qualquer administrador pblico, conforme preconizado no Art. 70, pargrafo nico da Constituio Federal.

    No setor pblico, s podem ser gastos os recursos que esto previstos no oramento municipal. Caso o recurso seja usado antes disso, a despesa no ter legitimidade, ou seja, no ser configurada como despesa pblica e a prtica pode ser configurada como IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.

  • 6.1Fundo Municipal deAssistncia SocialOs Fundos de Assistncia Social, mais do que uma exigncia legal, so instrumentos fundamentais de gesto dos recursos destinados ao financiamento e para a garantia da oferta de servios do Sistema nico de Assistncia Social.

    A gesto do FMAS realizada pelo rgo responsvel pela execuo da Poltica de Assistncia Social, com orientao e fiscalizao do Conselho Municipal de Assistncia Social.

    Em conformidade com o Decreto n 7.788, de agosto de 2012, os recursos transferidos do Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS) aos Fundos Municipais de Assistncia Social (FMAS) sero aplicados segundo prioridades estabelecidas nos Planos de Assistncia Social, aprovados por seus respectivos conselhos.

    So condies para transferncia de recursos do FNAS aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, de acordo com o Artigo 30 da LOAS e Decreto n 7.788/Agosto de 2012:

    Existncia e funcionamento do Conselho Municipal de Assistncia Social;

    Existncia e funcionamento do Fundo de Assistncia Social, devi-damente constitudo como unidade oramentria;

    Elaborao de Plano de Assistncia Social;

    A comprovao oramentria de recursos prprios destinados assistncia social, alocados em seus respectivos Fundos de Assistn-cia Social.

  • Instituio, Organizao e Estruturao dosFundos de Assistncia Social

    Mais informaes consultar:

    Constituio Federal de 1988 (Artigos.165 a 169 - Oramentos);

    Lei Orgnica da Assistncia Social n 8.742/93 Lei n 12.435/2011 e alteraes;

    Lei n 4.320/64 Normas Gerais do Direito Financeiro;

    Lei n 9.604/98 Repasse automtico de recursos do FNAS aos FEAS, FMAS e ao Fundo do DF;

  • Lei n 9.720/98 Estabelece como condio de recebimento de recursos do FNAS a comprovao oramentria dos recursos prprios destinados Assistncia Social, alocados nem seus respec-tivos Fundos de Assistncia Social;

    Lei 8.666/93 - Institui normas para licitaes e contratos da Admin-istrao Pblica;

    Decreto n 7.788 / 15/08/2012;

    Poltica Nacional de Assistncia Social (PNAS);

    Norma Operacional Bsica do SUAS 2005 NOB/SUAS-2005;

    Tipificao Nacional de Servios Socioassistenciais Resoluo 109 do Conselho Nacional de Assistncia Social;

    Cartilha da Controladoria Geral da Unio Gesto de Recursos Federais;

    Portarias do MDS: n 440/2005; 442/2005; 754/2010; 843/2010; 337/2011;

    Portaria n 448/2002 Ministrio da Fazenda Dispe o detalha-mento das naturezas de despesas;

    Resoluo da Sedese n 459/2010 Regulamento o Piso Mineiro de Assistncia Social;

    Caderno do IGD-M MDS;

    Caderno de Orientaes sobre o IGDSUAS MDS e Secretaria Na-cional de Assistncia Social;

    Site do MDS - www.mds.mg.gov.br; Site da Sedese www.sedese.mg.gov.br;

  • 7PROGRAMAS DA

    UNIOOs Programas de Assistncia Social compreendem aes integra-das e complementares com objetivos, tempo e rea de abrangn-cia definidos para qualificar, incentivar, potencializar e melhorar os benefcios e os servios socioassistenciais.

    Os Programas Sociais do Governo Federal so realizados de acordo com a demanda e para que os usurios tenham acesso necessrio que estejam inseridos no Cadastro nico do Governo Federal.

    Apresentaremos nos prximos itens alguns Programas do Governo Federal.

    Cadastro nico

    O Cadastro nico para Programas Sociais do Governo Federal (Ca-dastro nico) um instrumento que identifica e caracteriza as fam-lias de baixa renda, entendidas como aquelas com renda familiar mensal de at meio salrio mnimo por pessoa ou trs salrios mni-mos de renda total.

    O Cadastro nico permite conhecer a realidade socioeconmica dessas famlias, trazendo informaes de todo o ncleo familiar, das caractersticas do domiclio, das formas de acesso a servios pbli-cos essenciais e, tambm, dados de cada um dos componentes da famlia.

    A partir destes dados, o poder pblico poder formular e imple-mentar polticas especficas, que contribuem para a reduo das vul-nerabilidades sociais a que essas famlias esto expostas.

  • No mbito federal, a Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc), do MDS, coordena, acompanha e supervisiona a implanta-o e a execuo do Cadastro nico. Inclui a avaliao contnua e a definio de estratgias para a melhoria da qualidade das informa-es; a elaborao e a divulgao de regulamentos e instrues, e o apoio financeiro a municpios e estados para fortalecer a capacidade de gesto do Cadastro nico.

    O Cadastro nico obrigatoriamente utilizado para seleo de ben-eficirios de programas sociais do Governo Federal, como exemplo o Programa Bolsa Famlia, Programa de Erradicao do Trabalho In-fantil (PETI), Programas Habitacionais (Ministrio das Cidades), Brasil Alfabetizado e outros.

    Em mbito estadual a Sedese responsvel em apoiar os municpios na gesto do Cadastro nico. Apoia na realizao de atividades de capacitao que subsidiem o trabalho dos municpios no cadastra-mento e na atualizao cadastral; no apoio melhoria da infraestru-tura municipal necessria boa gesto; no auxlio conduo de aes de cadastramento de populaes tradicionais e especficas, como famlias quilombolas, indgenas e pessoas em situao de rua.

    Gestor, voc o responsvel pela construo da base de dados do Cadastro nico. necessrio identificar as famlias que devem ser ca-dastradas, preencher os formulrios de cadastramento e registrar os dados coletados, agregando-os base nacional. fundamental que os dados contidos no Cadastro nico sejam os mais prximos pos-sveis da realidade, para isso, cada etapa de coleta de dados deve ser realizada com muito cuidado. A forma como a famlia abordada pode determinar a preciso dos dados fornecidos.

    O municpio poder executar excluso do cadastro da famlia se o responsvel familiar - RF se recusar a prestar informaes, omitir dados ou prestar informaes inverdicas que caracteri-zem m-f. Nesses casos, a excluso dever ser realizada aps a emisso de parecer, elaborado e assinado por servidor pblico vinculado gesto municipal do Cadastro nico, atestando a ocorrncia do motivo da excluso.Guia do Gestor Municipal/Cadastro nico para Programas Sociais /MDS/Senarc

  • Para garantir o sucesso dessas aes, o seu papel enquanto Gestor fundamental, visto que quem organiza e coordena toda a equipe envolvida neste trabalho, orientado pelas diretrizes definidas pelo MDS e considerando as especificidades locais.

    Neste sentido, no municpio onde ocorrem as aes essenciais que permitem dar visibilidade s caractersticas das famlias de baixa renda, possibilitando o acesso a programas sociais voltados ao aten-dimento de suas necessidades.

    Destacamos algumas responsabilidades do municpio, de acordo com a Portaria n 376/2008:

    Identificar as famlias que compem o pblico alvo do Cadastro nico e registrar seus dados nos formulrios de cadastramento;

    Registrar no Sistema do Cadastro nico os dados dos formulrios, de forma a registr-los na base nacional;

    Alterar, atualizar e confirmar os registros cadastrais;

    Promover a utilizao dos dados do Cadastro nico para o plane-jamento e gesto de polticas pblicas locais voltadas populao de baixa renda, executadas no mbito do governo local;

    Capacitar, em parceria com os estados e a Unio, os agentes en-volvidos na gesto e operacionalizao do Cadastro nico;

    Dispor de infraestrutura e recursos humanos permanentes para a execuo das atividades inerentes operacionalizao do Cadastro;

    Designar, formalmente, pessoa responsvel pela administrao da base de dados;

    Adotar medidas de controle e a preveno de fraudes ou incon-sistncias cadastrais, disponibilizando canais para o recebimento de denncias ou irregularidades;

  • Adotar procedimentos que certifiquem a veracidade dos dados;

    Zelar pela guarda e sigilo das informaes coletadas e digitadas;

    Permitir o acesso das Instncias de Controle Social (ICS) do Cadas-tro nico e do Programa Bolsa Famlia (PBF) s informaes cadas-trais, sem prejuzo das implicaes ticolegais relativas ao uso dessas informaes; e

    Encaminhar s ICS o resultado das aes de atualizao cadastral efetuadas pelo governo local, motivadas por inconsistncia de in-formaes constantes no cadastro das famlias e outras informaes relevantes para o acompanhamento da gesto municipal por essas instncias.

    O municpio deve manter uma infraestrutura adequada para o de-senvolvimento das atividades de gesto do Cadastro nico, deven-do haver no mnimo:

    Local para arquivamento dos formulrios;

    Local para o trabalho dos digitadores;

    Com computadores e acesso internet e impressoras;

    Local de atendimento para as famlias que desejarem se cadastrar ou atualizar seus dados. Esses postos de atendimento devem pos-suir condies mnimas para o recebimento das famlias: sanitrio, acessibilidade para deficientes, atendimento preferencial a idosos e gestantes, gua potvel, entre outras.

    As ICS representam a participao da sociedade civil nas aes governamentais, o que proporciona maior transparncia e con-fiabilidade gesto municipal. Todos os municpios ao aderirem ao Programa Bolsa Famlia e ao Cadastro nico, tiveram de indicar um conselho ou comit para o exerccio desse controle. Gestor, informe-se e conhea a ICS em seu municpio.

  • 7.1Programa Bolsa FamliaO Programa Bolsa Famlia (PBF) um programa de transferncia direta de renda que beneficia famlias em situao de pobreza e de extrema pobreza em todo o Pas, foi institudo pela Lei 10.836/04 e regulamentado pelo Decreto n 5.209/04.

    O Bolsa Famlia integra o Plano Brasil Sem Misria (BSM), com renda familiar per capita inferior a R$ 70,00 mensais, e est baseado na garantia de renda, incluso produtiva e no acesso aos servios p-blicos.

    Podem participar do Programa famlias com renda mensal por pes-soa de at R$ 140,00 (desde que tenham crianas ou adolescentes at 17 anos em sua composio) ou famlias com renda mensal por pessoa de at R$ 70,00 (independente da composio familiar).

    O Bolsa Famlia possui trs eixos principais focados na transferncia de renda, condicionalidades e aes e programas complementares. A transferncia de renda promove o alvio imediato da pobreza. As condicionalidades reforam o acesso a direitos sociais bsicos nas reas de educao, sade e assistncia social. J as aes e pro-gramas complementares objetivam o desenvolvimento das famlias, de modo que os beneficirios consigam superar a situao de vul-nerabilidade.

    A gesto do Bolsa Famlia descentralizada e compartilhada entre a Unio, estados, Distrito Federal e municpios. Os entes federados trabalham em conjunto para aperfeioar, ampliar e fiscalizar a ex-ecuo do Programa. A Portaria GM/MDS n 555/2005, define atri-buies e responsabilidades de cada um dos entes da federao em relao gesto dos benefcios.

  • Os gestores municipais, como executores locais do PBF, so re-sponsveis pela identificao e pelo cadastramento das famlias pobres e extremamente pobres em seu territrio. Tambm atri-buio da gesto municipal a verificao peridica da conformi-dade da situao das famlias beneficirias do Programa.

    A seleo das famlias para o PBF feita com base nas informa-es registradas pelo municpio no Cadastro nico para Pro-gramas Sociais do Governo Federal.

    Com base nesses dados, o MDS seleciona, de forma autom-atizada, as famlias que sero includas no PBF. No entanto, o cadastramento no implica a entrada imediata das famlias no Programa e o recebimento do benefcio.

    Para apoiar os municpios nas aes de gesto do Programa e do Cadastro nico, o MDS criou o ndice de Gesto Descentral-izada (IGD), um indicador que avalia a qualidade e a atualizao das informaes do Cadastro nico e a qualidade e a integri-dade das informaes sobre o cumprimento das condicionali-dades das reas de Educao e de Sade.

    Com base nesse indicador, o MDS repassa recursos financeiros aos municpios, de forma regular e automtica, para incentivar o aprimoramento da qualidade de gesto do Programa Bolsa Famlia.

    O IGD calculado com base em quatro fatores:

    Fator de Operao: a mdia aritmtica das seguintes variveis:

    Qualidade e integridade das informaes constante no Cadas-tro nico (taxa de cobertura de cadastros);

    Atualizao da base de dados do Cadastro nico (taxa de atu-alizao de cadastros);

    Informaes sobre as condicionalidades da rea de Educao (taxa de crianas com informaes de frequncia escolar);

  • Informaes sobre as condicionalidades da rea da Sade (taxa de famlias com acompanhamento das con