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GRUPO DE VERTEBRADOS 1. PEIXES RÉPTEIS E ANFÍBIOS 2. AVES E MAMÍFEROS Consistem os vertebrados a classe de espécies mais conhecida pelo ser humano. Os vertebrados têm em característica comum a coluna vertebral, no qual se distribui pelo corpo. Peixes São a maior espécie de vertebrados: mais de 20 mil espécies. *Forma, Revestimento, Esqueleto, Alimentação e digestão A forma dos peixes está adaptada à natação. Possuem nadadeiras ao invés de braços ou pernas: 1 ou 2 nadadeiras dorsais, 2 ventrais, 2 peitorais, 2 laterais uma caudal e talvez uma anal *O Revestimento na maioria das vezes é de escamas. A pele do peixe produz uma substância pegajosa que facilita nadar e deslizar

(7º Ano) Ciências - Vertebrados I e II

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Ciências 7ºano - Hoje iremos falar sobre os vertebrados. O que eles têm em comum? Peixes, Aves, Anfíbios, Répteis e Mamíferos...

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GRUPO DE VERTEBRADOS

1. PEIXES RÉPTEIS E ANFÍBIOS2. AVES E MAMÍFEROS

Consistem os vertebrados a classe de espécies mais conhecida pelo ser humano. Os vertebrados têm em característica comum a coluna vertebral, no qual se distribui pelo corpo.

Peixes

São a maior espécie de vertebrados: mais de 20 mil espécies.

*Forma, Revestimento, Esqueleto, Alimentação e digestão

A forma dos peixes está adaptada à natação. Possuem nadadeiras ao invés de braços ou pernas: 1 ou 2 nadadeiras dorsais, 2 ventrais, 2 peitorais, 2 laterais uma caudal e talvez uma anal

*O Revestimento na maioria das vezes é de escamas. A pele do peixe produz uma substância pegajosa que facilita nadar e deslizar

Também há os cromatóforos, estruturas com células pigmentadas que facilitam do peixe se esconder no ambiente, pois altera a sua cor.

*Alguns peixes têm esqueleto ósseo ou cartilaginoso. No esqueleto ósseo o esqueleto sofre impregnação de cálcio e se torna muito mais rígido.

EC: Tubarões, cações, arraias, etc.

*Alimentação consiste em algas e plânctons para os peixes menores.

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Os peixes maiores como tubarões a alimentação consiste em carne como a de pequenos animais.

*O tubo digestório é completo: vai da boca à cloaca nos cartilaginosos. Nos ósseos vai da boca ao ânus.

Os peixes cartilaginosos têm uma prega espiral que facilita a digestão: o processo pelo qual os alimentos digeridos passam do intestino para o sangue e daí para o corpo onde serão aproveitados.

Circulação, respiração e excreção

*A circulação é fechada, o coração têm 1 átrio e 1 ventrículo. O átrio recebe o sangue venoso do corpo e passa-o para o ventrículo, este bombeia o sangue venoso até as brânquias para serem oxigenadas.

A respiração é branquial, as brânquias ficam dentro de câmaras que possuem muitos vasos sanguíneos.

Quando a água entra pela boca, não entra pela boca, mas sai do corpo do peixe atravessando as brânquias. O gás oxigênio fica retido no sangue e o gás carbônico é eliminado na água.

Os peixes ósseos possuem uma placa óssea chamada opérculo, que protege as brânquias. A maioria dos cartilaginosos não as possuem.

A excreção é feita com um par de rins que retiram do sangue tudo o que deve ser eliminado.

Sistema nervoso, órgãos e temperatura.

*Os peixes são heterotérmicos, ou seja, sua temperatura pode mudar de acordo com o ambiente.

*A reprodução dos peixes pode ser interna ou externa, os órgãos sexuais são separados. Os ovos possuem uma substância gelatinosa que não têm casca. Após pouco tempo saem os alevinos, pequenos filhotes.

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Os peixes vivíparos são os que ocorrem dentro da mãe como o tubarão.

*Na flutuação, peixes ósseos possuem uma bolsa de ar denominada vesícula gasosa, que fica em cima do estômago que fica com maior ou menor quantidade de gás proveniente no sangue.

De acordo com a quantidade, o peixe pode subir, descer ou boias.

Nos peixes cartilaginosos não há essa bolsa. Eles têm que ficar em constante movimento para não afundar.

Anfíbios

Os anfíbios passam parte de suas vidas na água: para se reproduzirem e quando são pequenos, porém nenhuma espécie vive somente no mar.

Os anfíbios são classificados em 3 tipos: Anuros, Urodelos e ápodes.

Os anuros são os sapos e pererecas, que não apresentam cauda na vida adulta e não têm pescoço.

Os urodelos são os de corpo alongado com 4 pernas e uma calda. Exemplos são as salamandras e o tritão.

Os ápodes são os que têm o corpo dividido em anéis, sem membros, como as cobras-cegas ou as cecílias.

Revestimento Os anfíbios possuem a pele nua, isto é sem pelos, penas ou escamas.

Tem somente um muco que ajuda a manter a pele úmida. Alguns anfíbios têm glândulas de veneno na parte dorsal do corpo.

Esqueleto e locomoção

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*Os anfíbios têm esqueleto ósseo, as pererecas podem subir em árvores graças as ventosas adesivas.

*Os anfíbios em geral se alimentam de insetos, os girinos se alimentam de pequenas plantas aquáticas. O intestino é completo, da boca até a cloaca.

*A maioria dos anfíbios têm respiração pulmonar, esses anfíbios não viveriam se não houvesse a respiração cutânea, isto é, pela pele. Girinos vivem da respiração branquial.

Os anfíbios tem circulação fechada e 3 cavidades: 2 átrios e 1 ventrículo.

A excreção é feita pelos rins.

Sistema nervoso, órgãos e temperatura

Nos anfíbios o sistema nervoso é dorsal e um pouco mais desenvolvido que os peixes. O sentido mais importante é a visão. O sapo possui o corpo frio. Os anfíbios também são heterotérmicos assim como os peixes, adaptando-se a temperatura do ambiente.

Na reprodução, os anfíbios possuem reprodução sexuada e têm sexos separados.

Na lagoa, o sapo coaxa para atrair a fêmea, o macho abraça a fêmea liberando seus espermatozoides, enquanto a fêmea elimina os óvulos. A fecundação é externa e as fêmeas são chamadas de “ovulíparas”. Os ovos são recobertos por uma fita gelatinosa que se prende a plantas aquáticas.

RÉPTEIS

Os répteis que rastejam estão representados por cerca de 7 mil espécies, como o jacaré, crocodilo, o lagarto, a serpente e a tartaruga.

Estes foram os primeiros animais vertebrados que se adaptaram completamente à vida no ambiente terrestre.

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Classificação

Os répteis tem 4 grupos: quelônios (tartarugas), escamados, crocodilianos e rincocefálios.

Os quelônios, que são as tartarugas, cágados e jabutis, possuem um bico duro na boca que é desprovida de dentes. Podem ser herbívoros ou carnívoros.

Têm uma carapaça dorsal e um plastrão ventral, que protegem o corpo como se fosse uma caixa.

As tartarugas e os cágados são aquáticos e os jabutis no entanto são terrestres.

Os escamados são os répteis que possuem escamas, subdivididos em 2 grupos: lacertílios e ofídios.

Os lacertílios são representados por lagartos como o camaleão, o iguana, lagartixas, cobras-de-duas-cabeças, etc. Diferenciam-se dos ofídios pela presença de 4 pernas.

Os ofídios são escamados porém sem pernas. Estão representados pelas serpentes. Há serpentes peçonhentas e não-peçonhentas. As peçonhentas injetam veneno quando picam as vítimas. Elas têm um par de dentes ocos ou sulcados ligados à glândula de veneno. A jararaca é a serpente que mais vítimas causa no Brasil (90% das picadas)

Os crocodilianos estão representados no Brasil pelos jacarés. Crocodilos, aligátor e gavial são outros crocodilianos espalhados pelo mundo.

Possuem placas duras e hábitos semiaquáticos. Têm o corpo alongado e as pernas dispostas lateralmente, por isso quando se locomovem é como se estivessem fazendo flexões com o corpo.

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Os jacarés podem expelir pela boca as “maçãs de jacaré”, espécies de bolas com os pelos das vítimas que comem. Cada maçã chega a ter até 3 quilos.

Os rincocefálios são representados apenas por uma espécie, a tuatara, um verdadeiro fóssil vivo. É um lagarto com aspecto de dinossauro que vive em algumas ilhas da Nova Zelândia.

Revestimento e proteção

Os répteis possuem uma pele grossa, que pode apresentar-se com escamas. Com placas duras como nos jacarés e casco como numa tartaruga.

Não há glândulas na pele e, da mesma forma que nos atrópodes, alguns répteis sofrem fenômenos da muda para crescer, é o caso da serpente, que sem a troca de pele não teria como crescer.

Esqueleto e locomoção

O esqueleto dos répteis é ósseo. O número de vértebras que as serpentes têm pode chegar a mais de trezentas.

As costelas não se prendem ao osso esterno, o que permite às serpentes comer animais muito maiores que si mesma.

A musculatura é bem desenvolvida. As pernas, são curtas e conectadas ao corpo na sua lateral. As serpentes rastejam por causa da ausência de pernas.

*Na alimentação, a maioria dos répteis é carnívora. Para matar as presas, o jacaré usa grande força de seus músculos. As serpentes usam veneno, e os lagartos já que não têm dentes, usam a língua para capturar insetos.

O intestino dos répteis termina numa cloaca, orifício único para saída de fezes, urina e ovos.

O jabuti tem hábitos herbívoros.

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O iguana-marinho ingere pequenas pedras para poder mergulhar, depois de afundar volta a subir nadando e comendo algas pelo caminho.

Circulação, Respiração e excreção.

A respiração deles é pulmonar, a pele seca e grossa, não ajuda na espiração, mas os pulmões são bem mais eficientes que os dos anfíbios.

As serpentes e os lagartos não têm espaço para 2 pulmões, então possuem o pulmão esquerdo atrofiado enquanto o direito é mais comprido.

A circulação é fechada e o coração têm 2 átrios e 1 ventrículo parcialmente dividido. Como nos anfíbios, o sangue chega ao corpo misturado, isto é, não totalmente oxigenado. Alguns répteis como o jacaré, já apresentam uma separação nítida, tendo assim dois átrios e dois ventrículos, mas o sangue oxigenado continua misturando-se ao venoso quando eles deixam o coração.

Sistema nervoso, órgãos e temperatura

O sistema nervoso é dorsal.

O sentido do olfato é bem mais desenvolvido que o paladar e a audição. As serpentes são praticamente surdas. Assim, a explicação para a “dança” das serpentes que saem dos cestos ao ouvir a flauta tocas não é rigorosamente correta.

Nas serpentes peçonhentas, com exceção das corais e de algumas outras, há um par de órgãos termorreceptores, as fossetas loreais, capazes de perceber variações mínimas de temperatura. Uma serpente pode sentir calor de um rato antes de ataca-lo.

Os répteis são heterotérmicos, para se aquecerem precisam se expor ao sol. Se o calor aumentar, procuram sombras, já que não possuem glândulas sudoríferas, que ao produzir suor, permitem abaixar a temperatura do animal.

Como sua temperatura acompanha a do ambiente, esses animais dormem profundamente no frio intenso (hibernação) ou no calor excessivo (estivação).

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*Na reprodução, nos répteis é sexuada e os sexos separados. Existem répteis ovíparos, vivíparos e ovovivíparos, nestes últimos, os embriões se desenvolvem dentro da mãe, mas alimentam-se dos próprios ovos em que estão contidos.

Se os répteis já possuem pulmões com uma superfície interna razoável e não dependem mais da pele para respirar, a conquista definitiva do ambiente terrestre dá-se pelos ovos com casca e com estruturas que permitem a sobrevivência do embrião dentro do ovo por vários dias.

Ovo

No ovo geralmente encontramos:

Casca, resistente e porosa que permite a entrada e saída de ar impedindo que este seque.

Clara, Formada por albumina, um tipo de proteína.

Gema, formada por várias substâncias nutritivas, como proteínas e gorduras que, com a clara, servirão de alimento para o embrião se desenvolver.

Calaza, porção mais consistente da clara e que prende a gema.

Disco Germinativo, ponto na gema em que está o embrião, desde que o ovo tenha sido fecundado.

Enquanto o embrião se desenvolve, ele conta com outras estruturas que garantem a sua sobrevivência por vários dias, uma vez que durante esse período ele está fechado no ovo.

Saco de gema ou saco vitelínico, relaciona-se com a nutrição.

Bolsa-d’água ou âmnio, evita que o embrião seque e protege contra choques mecânicos.

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Alantoide, faz as trocas gasosas entre o ambiente e o embrião, além de acumular as substâncias tóxicas e excreção.

Com a fecundação interna e o ovo, os répteis não dependem mais da água para a reprodução e o desenvolvimento.

Algumas espécies de tartaruga põem grande número de ovos, mas não os chocam. Elas deixam os ovos enterrados na areia, e o calor do sol substitui a mãe nessa tarefa.

Apenas umas poucas espécies de lagarto no mundo, talvez 2 no Brasil, se reproduzem por um fenômeno raro nos vertebrados. As fêmeas põem ovos que, sem fecundação, originam filhotes sempre do sexo feminino. É a partenogênese.

A jararaca-ilhoa, serpente que vive na Ilha da queimada Grande, em SP, é um caso curioso: essa espécie possui no mesmo indivíduo, os dois sexos, embora não sejam funcionais ao mesmo tempo. É um caso de hermafroditismo.

Animais e o ser-humano

Os répteis podem auxiliar no controle de pragas que atacam lavouras. As serpentes alimentam-se de ratos. A aplicação inadequada desse tipo de manejo pode levar a um grave desequilíbrio ecológico.

Diversos répteis são utilizados na alimentação humana. Dependendo da cultura local, tartarugas, répteis podem compor o cardápio. A criação em cativeiro é importante para evitar a caça predatória desses animais.

Os anfíbios, ao se alimentarem de insetos, auxiliam na manutenção do equilíbrio da natureza.

Alguns anfíbios são muito apreciados na culinária. Atualmente a criação de rãs ou ranicultura encontra um número cada vez maior de consumidores.

Certas substâncias retirada da pele de anfíbios estão sendo estudadas para a fabricação de medicamentos, principalmente para combater ataques cardíacos e queimaduras.

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Os peixes são importante fonte de alimento, ricos em proteína, sais minerais e vitaminas. Mas a pesca predatória e a poluição ameaçam a existência da espécie.

Os peixes também são importantes no controle biológico, por exemplo, das larvas aquáticas de mosquitos da malária.

Acreditamos que o ideal seria que todo pescado fosse obtido de reservas de peixe sob manejo sustentável, criados apenas para este fim, como é feito com jacarés e árvores.

*Alguns acidentes com ofídios (serpentes):

A maioria das serpentes peçonhentas caçam de noite e tem fossetas loreais entre as narinas e os olhos. Por isso, em algumas regiões do Brasil, são denominadas “serpentes de quatro ventas”.

As serpentes não peçonhentas não têm dentes capazes de inocular veneno. Algumas possuem veneno, mas este fica nos dentes do fundo da boca e só é injetado, como se fosse uma saliva, depois que a presa já foi abocanhada. Nesse caso, não são peçonhentas, embora sejam venenosas.

Fosseta loreal

Pres: Jararaca-cauda lisa, surucucu-cauda com escamas arrepiadas, cascavel-cauda com chocalho.

Aus: Com anéis pretos, brancos e vermelhos-coral. Outras: Não peçonhentas

No Brasil há quatro tipos de veneno de serpentes: crotálico, botrópico, laquético e elapídico.

O veneno crotálico é das cascavéis. Tem efeito neurotóxico, isto é, com ação no sistema nervoso, e miolítico, isto é, com ação destruidora da musculatura.

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A Cascavel, do gênero Crotalus, tem mamis de 1 metro de comprimeito, possui um chocalho e costuma viver em terrenos pedregoso e acidentados. Ao ser picada, a pessoa deve tomar quanto antes o soro anticrotálico.

O veneno botrópico é o das serpentes do gênero Bothrops, ao qual pertencem a jararaca, urutu a cotiara, jararacuçu e outras.

Trata-se de um veneno com grande efeito local, pois é proteolítico, hemorrágico e coagulante. A ação proteolítica significa que o veneno digere as proteínas. Por isso os tecidos atingidos podem ser bastante prejudicados, chegando à destruição progressiva da pele, dos músculos e tendões.

O soro antibotrópico deve ser tomado.

O veneno laquético tem efeito conjunto dos dois anteriores. A única serpente brasileira que tem esse veneno é a Lachesis muta, a surucucu.

Trata-se da maior serpente do Brasil, por isso são raros os acidentes com essa serpente.

Antilaquético (...)

O veneno elapídico tem efeitos neurotóxicos, é o veneno das corais, da mamba-negra africana e das serpentes marinhas.

As corais são pequenas e seus dentes mal chegam a morder a vítima. Entretanto sua peçonha causa perturbação visual, comprometimento respiratório e morte por asfixia. O soro a ser tomado é o antielapídico

Botrópico-Antibotrópico, laquético- (antilaquético ...), crotálico-Anticrotálico elapídico-antielapídico.

Existem os grupos de serpentes, boídeas, que se caracterizam não só pelo seu diâmetro, como também pelo comprimento.

Tais serpentes não são venenosas, mas caracterizam-se pelo hábito de enroscar-se em torno de presas grandes, quebrando-lhes os ossos e sufocando

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até a morte para depois engolir o animal abatido. São chamadas de constritoras.

Um exemplo é a jiboia, com 3 metros de comprimento, vive na América do sul mas não costuma atacar os seres humanos.

Outra boídea é a sucuri ou anaconda, vivípara encontrada na américa do sul e central. Tão grandes como as sucuris e as boídeas são as pítons da África e da Ásia, principalmente a

Píton da Índia, com até 8 metros e mais de 100 quilos.

Aves e mamíferos

Aves:

São grupos de vertebrados bípedes encontrados no mundo todo e com capacidade de voar. Além das aves, os morcegos e os insetos conseguem voas. O corpo da ave é adaptado ao voo, mas algumas perderam essas adaptações e ganharam outras para correr ou nadas. O Brasil é um país com várias espécies de aves.

Revestimento e proteção

Uma das principais características é o corpo coberto por penas. Trata-se de uma característica exclusiva, pois só elas têm penas.

Uma pena é formada por um eixo flexível e leve que saem filamentos menores e destes outros filamentos menores ainda. Todas as penas se prendem umas às outras por meio de minúsculos ganchos.

A pele das aves possui uma camada de gordura por baixo, o panículo adiposo. Isso ajuda na manutenção do calor no corpo. As penas, além de ajudar no voo, também permitem a formação de uma camada de ar entre elas e o corpo da ave. Como o ar é um isolante térmico, a temperatura da ave tende a permanecer a mesma também graças as penas.

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Há na pele algumas aves, na região da cauda, uma glândula que produz um óleo lubrificante. A ave passa o bico nesse óleo e espalha nas penas que ficam impermeáveis. No caso de aves aquáticas, esse processo evita que a água se misture às penas encharcando-as e dificultando a flutuação.

*Adaptações ao voo

Uma ave tem várias adaptações ao voo:

*Presença de muitos ossos ocos, porém resistentes, que permitem à ave se tornar mais leve para voar, são os ossos pneumáticos

*Sacos aéreos, bolsas de ar ligadas aos pulmões que ajudam a ave ficar leve.

*Forma aerodinâmica, que ajuda a perfurar o ar com mais facilidade

*Presença de quilha ou carena, expansão do osso esterno, na qual se prendem poderosos músculos que movimentam as asas.

*Diversos ossos são soldados, isto é, ligados uns aos outros, possibilitando uma estrutura mais compacta à ave.

*Asas recobertas por penas

*Ausência de bexiga, outro fator que auxilia no voo.

Classificação

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As aves são classificadas em muitos grupos, conforme diversos critérios, entre os quais hábito alimentar e tipo de bico.

Inicialmente podemos dividir aves ratitas e carinatas.

*Ratitas são as que não possuem carena no osso esterno e portanto não voam. Como o pinguim e a ema.

*Carinatas são todas as outras aves, elas possuem carena e podem voas, metade das milhares de espécies dessas aves são passariformes. São aves pequenas e irrequietas, muitas são coloridas e geralmente canoras, isto é, capazes de cantar.

Como o tico-tico, pardal, sanhaço, pintassilgo, etc.

Alimentação e digestão

A alimentação é bem variada: Carnes, grãos, frutas, peixes, insetos, lesmas, néctar, serpentes e outros alimentos.

As aves não possuem dentes, mas têm um bico bem adaptado ao tipo de alimento mais comum a cada espécie. O bico duro e retorcido de um gavião não serve para pegar animais no brejo e o de um flamingo não serve pra comer carne.

À boca, segue-se a faringe, e no esôfago é encontrada uma dilatação denominada inglúvio. Nele o alimento amolece e avança para o estômago químico, que lança sucos digestivos para a digestão. Depois passa para um segundo estômago: a moela, que tem forte musculatura para amassar o alimento. O tubo digestório termina na cloaca. O fígado e o pâncreas ajudam a formar sucos digestivos.

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Circulação, respiração e excreção

A circulação das aves é fechada e o coração apresenta 2 átrios e 2 ventrículos. O sangue que percorre o corpo chega ao coração, vai ao pulmão para ser purificado, volta ao coração e daí segue para o corpo novamente. Não há mistura de sangue oxigenado com venoso, que permite ao organismo receber gás oxigênio continuamente.

A respiração sempre é pulmonar. Os pulmões estão ligados a sacos aéreos que facilitam o voo. Por sua capacidade de voar, os órgãos das aves trabalham muito e sua temperatura é muito alta.

Na base da traqueia fica o órgão canoro (do canto) das aves, a siringe. Quando a ave canta, faz o ar sair dos pulmões e dos sacos aéreos e, quando o ar passa pela siringe, as membranas de seu interior vibram, emitindo sons, assim como vibram as nossas pregas vocais quando falamos

Os rins são os órgãos excretores. A urina com pouca água é lançada na cloaca. Não há bexiga, pois seria desvantajoso para um ser que voa armazenar líquido.

Sistema nervoso, órgãos e temperatura.

O sistema nervoso é dorsal, sendo particularmente desenvolvida a área responsável pelo equilíbrio do corpo. As aves são os animais que mais se destacam, uma vez que conseguem voar.

Os sentidos do olfato e paladar são pouco desenvolvidos, em compensação as aves escutam e enxergam muito bem.

As aves são endotérmicas, insto é, geram calor por mmeio de seu metabolismo e com isso se esquentam. Podem ser chamadas homeotérmicas, ou seja, mantêm constante a temperatura do corpo. A temperatura do corpo da ave chega a 40 graus em condições normais.

Peixes, anfíbios e répteis são heterotérmicos.

*Na repdrodução, as aves possuem reprodução sexuada e sexos separados. É comum encontras o dimorfismo sexual, isto é, grande diferenciação entre os 2

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sexos. Essa diferença pode ser vista no tamanho, nas cores das penas, na crista e no canto.

As aves são ovíparas, e os ovos muitas vezes postos em ninhos feitos de diversos materiais. Os ovos das aves são iguais aos dos répteis, porém as aves permanecem ao lado deles após a postura para cuida-los.

Há necessidade de fecundação anterior para se desenvolver uma ave. Galinhas mantidas em galinheiros sem galos, põem ovos que não se desenvolvem. São ovos assim que comemos.

Quando ocorre a fecundação, o ovo de galinha passa a ser chocado, isto é, recebe calor e após 21 dias, o disco germinativo se desenvolve em pintinho.

A célula inicial resultante da fecundação, cresce e se divide muitas vezes até formar o disco germinativo em que está o embrião. Em volta desse embrião junta-se muito nutriente produzido pelo organismo da galinha.

É esse alimento que forma a gema, que depois é envolvida pela clara e por fim, por um líquido que seca logo e forma a casca, sempre com muito mais cálcio do que nos ovos dos répteis.

Os nutrientes do ovo alimentarão o embrião até ele se tornar um pintinho. Para isso acontecer, é preciso que o ovo fique numa temperatura de 37 graus. E que a umidade não seja baixa. O gás oxigênio do ar, necessário a vida do embrião, passa através da casca do ovo, que é porosa. Na natureza, o calor para os ovos é fornecido pela fêmea e numa granja numa chocadeira elétrica.

Aves e o ser humano.

As aves têm importância ecológica, por caçar ratos e outras pragas. Um único tico-tico come dezenas de insetos por dia.

Muitas aves servem como alimento, como a galinha, peru e a codorna. Os ovos das aves também são um alimento muito importante.

Mamíferos

Os mamíferos são a classe dos vertebrados mais complexa, no qual está inserida a espécie humana. Há mamíferos distribuídos do Polo norte ao Polo Sul, mares, rios, florestas, desertos, etc.

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Revestimento e proteção

O corpo do mamífero é parcial ou totalmente revestido por pelos. Trata-se de uma característica exclusiva. Os pelos protegem contra a perda de calor e podem ajudam a camuflar o animal contra predadores.

Os mamíferos assim como as aves possuem um panículo adiposo, que ajuda a manter o calor do corpo. Possuem glândulas sudoríferas e sebáceas, estas lubrificam a pele.

Outra característica exclusiva são as glândulas mamárias da mãe, seu principal alimento.

Classificação

Os mamíferos são classificados em 3: Monotremos, marsupiais e placentários

Os monotremos são os mais primitivos, pois têm características de répteis como bico, nadadeiras e que são ovíparos. São os ornitorrincos e a equidna.

Os marsupiais, em sua maioria vivem na Austrália, como os cangurus, diabo da tasmânia, coalas, vombates, etc. Os gambás e cuícas são marsupiais que vivem nas américas.

Nesses animais os filhotes se desenvolvem no útero, e como não estão bem presos, nascem logo, prematuros, de modo que as fêmeas passa a transportá-los dentro de uma bolsa, o marsúpio. Aí cada um deles, agarrado a uma teta mamária, completa o desenvolvimento.

Os placentários têm fecundação também interna e o desenvolvimento do embrião também.

Os embriões desenvolvem-se até nascer, presos no interior do útero pela placenta, que se solta somente na ocasião do nascimento.

A placenta substitui o ovo, pois permite a comunicação entre a mãe e o filho. Traz o alimento e o gás oxigênio para o embrião e leva para a mãe as excretas e o carbônico. Por isso os placentários dispensam o uso do saco de gema e do alantoide, porém necessitam da bolsa-d’água que oferece proteção mecânica.

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A orca é um delfínideo e não um cetáceo

O Panda não é Urso, é da família dos coalas.

Alimentação e digestão A alimentação é variada, existem carnívoros, insetívoros, herbívoros e

onívoros. Eles possuem diversos dentes como incisivos, caninos e molares. Para sugar o leite, os lábios são bem desenvolvidos.

O tubo digestório vai da boca ao anus, alguns têm cloaca como o ornitorrinco e a equidna.

Nos ruminantes, o alimento é engolido sem ser mastigado e volta do estômago para boca para ser mastigado depois.

Existem 4 câmaras: pança, barrete, folhoso e coagulador. O alimento engolido vai pra pança onde fica armazenado e é modificado pela ação de bactérias. Seguindo para o carrete e daí para a boca onde é mastigado, depois desce para o folhoso e para o coagulador onde recebe sucos digestivos

Circulação respiração excreção

A circulação dos mamíferos é fechada com 2 átrios e 2 ventrículos. Aqui não há mistura de sangue oxigenado com venoso.

A respiração dos mamíferos é sempre pulmonar. Dada a presença de milhares de alvéolos, pequenas estruturas membranosas em que o sangue libera o gás carbônico e absorve oxigênio. Os pulmões dos mamíferos são os mais eficientes dos vertebrados.

O musculo diafragma, que separa o tórax do abdome e auxilia na respiração é exclusivo dos mamíferos.

Os rins são os excretores.

Situam-se no abdome e retiram do sangue substancias tóxicas que estão em excesso. A bexiga armazena a urina produzida pelos rins. A eliminação da urina pode ter outra função, como a marcação de território. É importante para

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algumas espécies delimitar o seu espaço, pois isso assegura o seu espaço e a chance de deixar descendentes.

Sistema nervoso, órgãos temperatura.

O sistema nervoso é dorsal e dos mamíferos atinge o máximo de complexidade. O cérebro é o mais desenvolvido, o que lhes confere grande vantagem nas disputas com outros animais.

Os mamíferos possuem os 5 sentidos, mas a eficiência varia de grupo pra grupo. O mais desenvolvido nos cães é o olfato, nos gatos e morcegos é a audição, no macaco e no ser humano é a visão.

Os mamíferos, assim como as aves, são animais homeotérmicos. Sua temperatura corporal entretanto costuma ser um pouco menos que a das aves, por volta de 36,5 graus. Animais como o camelo têm temperatura interna inferior a 35 graus pois assim economizam água.

Reprodução e o ser humano e outros mamíferos.

A reprodução é sempre sexuada e os sexos separados. Quase todos são vivíparos.

Para comunicar o organismo da mãe com o feto, os mamíferos possuem a placenta. Através dela, o feto recebe nutrientes e oxigênio e elimina carbônico e substancias toxicas.

O tempo de gestação varia muito. Na espécie humana, é de 9 meses, no elefante lega 2 anos e num rato 3 semanas.

Útero e placenta são estruturas exclusivas dos mamíferos.

O ser humano interage com os animais mamíferos. Essa interação se dá de diferentes formas e em alguns casos é bastante prejudicial uma vez que diversas espécies estão ameaçadas de extinção.

O ser humano utilizou animais mamíferos como alimento, alguns são utilizados para o trabalho e locomoção, arando a terra, puxando carroças, etc.

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Outros mamíferos são usados em laboratórios, mas infelizmente são usados para cobaias.

Por ação de ONGs lutam pelos direitos dos animais e fazem campanhas.

Os governos criam áreas de preservação.

Golfinhos podem ser utilizados em tratamentos de crianças com problemas cerebrais.