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LAJES, 79 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA Antes de sua Emancipação Política, em 1923, a cidade de Lajes era uma fazenda de criação bovina pertencente ao agropecuarista Francisco Pedro de Melo. Desde o seu início, a cidade, que estava estrategicamente situada nos caminhos do sertão, tornou-se um importante ponto de encontro e de descanso de boiadeiros que viajavam em busca de negócios ao oeste do estado. O nome da antiga fazenda Lajes se dava por existir muitos lajedos de pedra ao seu entorno. Em 1914, a fazenda Lajes foi elevada à condição de Vila, que até então, pertencia ao município de Jardim de Angicos, em 03 de dezembro de 1923, o município foi emancipado, e em 1943 recebeu a denominação de Itaretama, que em tupi Guarani, significa Pátria das Pedras e voltou a se chamar Lajes em 11 de dezembro de 1953. O município tem a honra de ter sido governado por Alzira Soriano, grande ícone da história política latino americana. Alzira Soriano foi a primeira mulher prefeita da Améria Latina, conduzindo os destinos do município de Lajes no final dos anos 20. O foco inicial de progresso e de povoamento na sede do município deu-se pela construção da Estrada Férrea Federal nos anos 30, que como atrativos econômicos impulsionou a instalação de casas de comércio e de pequenas indústrias. Alguns anos depois, com a chegada do Batalhão de Engenharia e Combate, Lajes viveu mais um período de intensa aceleração econômica, pelo fato da construção da Rodovia BR – 304. Por aqui chegavam muitas famílias e trabalhadores de várias procedências, principalmente da região do Seridó, atraídos pelo ciclo áureo algodoeiro. Mais à frente vieram os anos dourados, com a exploração do mineral conhecido por xilita. Posteriormente, Lajes viveu um período promissor em se tratando de criação de gado bovino de leite, na segunda metade da década de 80. Também nos anos 80 foi instalada no município a agência do Banco do Brasil. Nos anos recentes, o município baseia sua economia na caprinocultura leiteira, por ser dotado de clima e solo apropriados à criação destes animais e já inicia o processo de implantação da criação de abelhas, tendo em vista, produzir mel para comercialização. Lajes Hoje Hoje o município de Lajes tem uma população aproximadamente de 10.000 habitantes, sendo a sua grande maioria residente na zona urbana. Na cidade, o setor que mais emprega é o de funcionalismo público e comercial. A sede do município possui vias pavimentadas, praças urbanizadas, comércio diversificado, pousadas, restaurantes,

A cidade de Lajes / RN

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Page 1: A cidade de Lajes / RN

LAJES, 79 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

Antes de sua Emancipação Política, em 1923, a cidade de Lajes era uma fazenda

de criação bovina pertencente ao agropecuarista Francisco Pedro de Melo. Desde o seu

início, a cidade, que estava estrategicamente situada nos caminhos do sertão, tornou-se

um importante ponto de encontro e de descanso de boiadeiros que viajavam em busca

de negócios ao oeste do estado. O nome da antiga fazenda Lajes se dava por existir

muitos lajedos de pedra ao seu entorno.

Em 1914, a fazenda Lajes foi elevada à condição de Vila, que até então, pertencia

ao município de Jardim de Angicos, em 03 de dezembro de 1923, o município foi

emancipado, e em 1943 recebeu a denominação de Itaretama, que em tupi Guarani,

significa Pátria das Pedras e voltou a se chamar Lajes em 11 de dezembro de 1953. O

município tem a honra de ter sido governado por Alzira Soriano, grande ícone da

história política latino americana. Alzira Soriano foi a primeira mulher prefeita da

Améria Latina, conduzindo os destinos do município de Lajes no final dos anos 20. O

foco inicial de progresso e de povoamento na sede do município deu-se pela construção

da Estrada Férrea Federal nos anos 30, que como atrativos econômicos impulsionou a

instalação de casas de comércio e de pequenas indústrias. Alguns anos depois, com a

chegada do Batalhão de Engenharia e Combate, Lajes viveu mais um período de intensa

aceleração econômica, pelo fato da construção da Rodovia BR – 304.

Por aqui chegavam muitas famílias e trabalhadores de várias procedências,

principalmente da região do Seridó, atraídos pelo ciclo áureo algodoeiro. Mais à frente

vieram os anos dourados, com a exploração do mineral conhecido por xilita.

Posteriormente, Lajes viveu um período promissor em se tratando de criação de gado

bovino de leite, na segunda metade da década de 80. Também nos anos 80 foi instalada

no município a agência do Banco do Brasil. Nos anos recentes, o município baseia sua

economia na caprinocultura leiteira, por ser dotado de clima e solo apropriados à criação

destes animais e já inicia o processo de implantação da criação de abelhas, tendo em

vista, produzir mel para comercialização.

Lajes Hoje

Hoje o município de Lajes tem uma população aproximadamente de 10.000

habitantes, sendo a sua grande maioria residente na zona urbana. Na cidade, o setor que

mais emprega é o de funcionalismo público e comercial. A sede do município possui

vias pavimentadas, praças urbanizadas, comércio diversificado, pousadas, restaurantes,

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farmácias, , posto de combustível, um dos mais estruturados do estado e um dos

melhores da BR-304, fábrica de sabão, indústria algodoeira, industria de extração de

granito, ginásios de esportes e Estádio de Futebol, Paróquia Nossa Senhora da

Conceição, Igrejas Evangélicas, Escolas Particulares, Escolas Estaduais, Escolas

Municipais, ofertando aos munícipes atividades nos níveis de educação: pré-escola,

creche, fundamental, ensino médio e Educação de Jovens e Adultos.

O município também dispõe de uma rádio FM-Comunitária, levando

entretenimento e informação à população e um jornal de periodicidade mensal, com

circulação em Lajes e nos municípios adjacentes.

Na saúde, destaca-se o Hospital Maternidade Aluízio Alves, entidade filantrópica,

que funciona através de convênio com a APAMI que tem estrutura de hospital regional

e a sede do município está sendo totalmente saneada.

A água chega ao município através da Adutora Sertão Central Cabugi, oriunda da

Barragem Engenheiro Armando Gonçalves, em Assú, e é controlada pela CAERN.

Hoje, 30% da zona rural é abastecida com energia elétrica. Contudo, existe um

projeto do Governo Federal para a exploração de energia alternativa, (eólica - de vento),

na Serra do Feiticeiro, um dos pontos turísticos do município.

Entre as festas tradicionais do município destacam-se a festa da Padroeira Nossa

Senhora da Conceição, realizada no Mês de dezembro, atraindo milhares de fiéis, a

Caprifeira, pioneira no Rio Grande do Norte, no mês de agosto, a Vaquejada de Lajes,

considerada uma das maiores da região, sempre no mês de setembro, o São João dos

idosos, no mês de junho e o grande Carnaval, um dos melhores do estado.