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A cultura de um concelho para o mundo

Animação Sociocultural

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda

Instituto Politécnico da Guarda

A Cultura de um concelho

para o mundo RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Responsáveis Joana Rita Vieira Cunha Data Dezembro 2011

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A cultura de um concelho para o mundo

Animação Sociocultural

Ficha Técnica

Estagiário: Joana Rita Vieira Cunha

Número de aluno: 5006571

Estabelecimento de Ensino: Instituto Politécnico da Guarda

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Obtenção de Licenciatura: Animação Sociocultural

Docente Orientador: Professora Fátima Bento

Organização: Câmara Municipal de Aveiro – Departamento de Acção Cultural

Morada: Praça da República, Apartado 244, 3810-156 Aveiro

Tutor de Estágio: Dra. Catarina Isabel Figueiredo Martins de Almeida

Início de Estágio: 14 de Julho de 2011

Termo do Estágio: 14 de Outubro de 2011

Duração: Três meses

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A cultura de um concelho para o mundo

Animação Sociocultural

Agradecimentos

Ao longo destes quatro anos muitas foram as pessoas que passaram na minha

vida e que me deram força e coragem para continuar.

Em primeiro lugar quero agradecer ao Instituto Politécnico da Guarda, mais

propriamente à Escola Superior de Educação, Comunicação e Deporto da Guarda, pelo

apoio ao longo destes quatro anos.

Seguidamente, à professora Fátima Bento, pela disponibilidade e

profissionalismo na orientação deste estágio, o meu muito obrigada.

A todos os professores que ao longo destes quatro anos me deram formação em

todas as Unidades Curriculares do curso de Animação Sociocultural, obrigada pelos

ensinamentos transmitidos.

Ao Departamento de Acção Cultural da Câmara Municipal de Aveiro, mais

propriamente ao Dr. Cunha que me recebeu de braços abertos, à minha tutora Dr.ª

Catarina de Almeida pelos ensinamentos e principalmente pela confiança depositada em

mim, à Isabel Ramos e Alexandrina Ramos, pela força, pelo apoio, pela paciência, pelas

experiências e pela amizade, e à restante equipa da DAC, obrigada!

Agradeço aos meus pais e à minha irmã pela coragem, força nos momentos

menos bons, e fundamentalmente pela paciência que tiveram para mim ao longo destes

quatro anos, sem vocês nada seria possível.

Quero agradecer a toda a minha família que me apoiou, tios, tias, primos,

padrinho, avós, mas sobretudo à minha madrinha que foi a minha segunda mãe e a

minha melhor amiga durante estes quatro anos, pois acolheu-me como se eu fosse uma

filha, obrigada a todos do fundo do coração.

E por fim, não menos importantes, aos meus amigos fora e dentro da academia

da Guarda, aos meus padrinhos de curso e ao meu namorado, apoiaram-me e

aconselharam-me ao longo destes anos.

Obrigada a todos que de uma maneira ou de outra contribuíram para a minha

formação a nível pessoal e profissional!

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A cultura de um concelho para o mundo

Animação Sociocultural

Lista de Siglas

ASC – Animação Sociocultural

DAC – Departamento de Acção Cultural

ESECDG – Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda

IPG – Instituto Politécnico da Guarda

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A cultura de um concelho para o mundo

Animação Sociocultural

Índice Introdução ......................................................................................................................... 7

Capítulo I .......................................................................................................................... 8

I - Enquadramento Teórico: A Animação Sociocultural e a Organização e Gestão de

Eventos ............................................................................................................................. 9

1.1. O papel do Animador ....................................................................................... 11

1.2. Modalidades da Animação Sociocultural ........................................................ 13

1.2.1. A ideia de “Cultura” na Animação Sociocultural ..................................... 14

1.2.2. A animação sociocultural como tecnologia social ................................... 16

1.2.3. A animação sociocultural e a educação .................................................... 16

1.3. A Importância da Animação Sociocultural na Organização e Gestão de

Eventos ........................................................................................................................ 18

1.3.1. Conceito de Evento ................................................................................... 18

1.3.2. Tipologia de eventos ................................................................................. 19

1.3.3. Fases dos eventos ..................................................................................... 20

Capítulo II ....................................................................................................................... 22

Contextualização do meio .............................................................................................. 22

II - Contextualização do meio ........................................................................................ 23

2.1. Breve História do concelho de Aveiro ................................................................ 23

2.2. Caracterização geográfica do concelho .............................................................. 24

2.3. Caracterização da Divisão de Acção Cultural .................................................... 25

Capítulo III ..................................................................................................................... 26

O Estágio ........................................................................................................................ 26

III - O Estágio ................................................................................................................. 27

3.1. Objectivos ........................................................................................................... 27

3.2. Intervenção no contexto Institucional ................................................................. 27

3.2.1. 10ª Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro 2011 ................. 28

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Animação Sociocultural

3.2.2. Preparativos para a exposição da 10ª Bienal Internacional de Cerâmica

Artística de Aveiro 2011 ......................................................................................... 30

3.2.3. Actividades paralelas na 10ª Bienal Internacional de Cerâmica Artística de

Aveiro 2011 ............................................................................................................. 31

3.2.4. “La Pasta” – Exposição Itinerante de Cerâmica Contemporânea ................ 35

3.3. Newsletters ........................................................................................................... 36

3.4. Divulgação de eventos ......................................................................................... 37

Reflexão final ................................................................................................................. 39

Bibliografia ..................................................................................................................... 40

Sites consultados ............................................................................................................ 41

Anexos ............................................................................................................................ 42

Índice de Figuras

Figura 1 – Mapa de Portugal – Distrito de Aveiro ......................................................... 24

Figura 2 – Mapa do Concelho de Aveiro ....................................................................... 24

Figura 3 – Mapa das Ruas de Aveiro – Praça da República........................................... 25

Figura 4 – Imagem de marca da 10ª Bienal Internacional de Cerâmica Artística de

Aveiro 2011 .................................................................................................................... 28

Figura 5 – Imagem do Catálogo “La Pasta” ................................................................... 35

Índice de Tabelas

Tabela 1 – Funções da Animação Sociocultural ............................................................ 12

Tabela 2 – Modalidades na Animação Sociocultural ..................................................... 14

Tabela 3 – Tipos de cultura e suas diferenças ................................................................ 16

Tabela 4 – Exposições em vários locais da Cidade ........................................................ 32

Tabela 5 – Exposições das Galerias ............................................................................... 33

Tabela 6 – Exposição de peças em vários pontos da cidade .......................................... 34

Tabela 7 - Workshops ..................................................................................................... 35

Tabela 8 – Eventos Divulgados ...................................................................................... 38

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Animação Sociocultural

~ 7 ~

Introdução

O estágio curricular integrado no 3º Ano do Curso de Animação Sociocultural

teve a duração de três meses, iniciando-se a 14 de Julho e terminando a 14 de Outubro e

decorreu no Departamento de Acção Cultural da Câmara Municipal de Aveiro.

Durante os três meses trabalhei sempre na base da cultura e da educação para a

sociedade, divulgando eventos e organizando a 10ª Bienal Internacional de Cerâmica

Artística de Aveiro, que teve lugar de 1 de Outubro a 13 de Novembro.

Ao contrário do que muitos dizem, Animação não é um curso de “malabarismos

e de fazer rir os outros”, é sim educação, combate aos problemas da sociedade, cultura,

dinamismo, entre outros.

Como futura animadora sociocultural, tenho total consciência de que os três

meses de estágio contribuíram para que no futuro possa trabalhar directamente com a

população, tendo como objectivo dar resposta às suas necessidades e ambições,

tentando desenvolver e aplicar actividades que promovam o desenvolvimento social,

cultural e educativo.

O presente relatório testemunha a minha experiência como animadora

sociocultural, no contexto real do trabalho, e estrutura-se em três capítulos. O primeiro

capítulo é referente ao enquadramento teórico, onde abordo a Animação Sociocultural,

o papel do animador sociocultural, as modalidades da ASC. Mostro ainda a importância

da cultura e da educação na animação, enquanto tecnologia social. Neste capítulo

apresento também uma breve abordagem acerca da organização e gestão de eventos,

mais concretamente o conceito, a tipologia e as fases dos eventos, em particular o pré-

evento e o evento, que foram as duas fases que presenciei durante o estágio, bem como

os mecanismos de divulgação. Num segundo capítulo procedo à contextualização do

meio: breve história e caracterização geográfica do concelho e da Divisão de Acção

Cultural da Câmara Municipal de Aveiro.

Por fim, no terceiro e último capítulo descrevo e reflicto sobre todas as

actividades desenvolvidas durante os três meses de estágio.

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Animação Sociocultural

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Capítulo I

Enquadramento Teórico: A Animação Sociocultural e a Organização e Gestão

de Eventos

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Animação Sociocultural

~ 9 ~

I - Enquadramento Teórico: A Animação Sociocultural e a Organização e Gestão

de Eventos

Ao longo destes últimos anos de estudo abordaram-se os diversos conceitos de

Animação Sociocultural, podendo assim chegar à conclusão de que não existe um único

conceito para definir Animação.

A Animação Sociocultural tem o seu início ligado à Revolução Industrial e às

alterações que esta trouxe consigo, em particular, o êxodo rural, o crescimento

populacional urbano e a evolução da ciência e tecnologia que implicaram mudanças

demasiado rápidas, e às quais a sociedade teve dificuldades em se adaptar. Esta nova

realidade e o surgimento de novos problemas e necessidades formaram um ambiente

propício para a implementação da ASC. Sendo assim, podemos entender a Animação

como uma resposta às necessidades sociais, com vista a difundir a participação dos

cidadãos, desenvolvendo e melhorando a realidade em que nos inserimos.

“A Animação Sociocultural é o conjunto de práticas desenvolvidas a partir do

conhecimento de uma determinada realidade, que visa estimular os indivíduos, para a

sua participação com vista a tornarem-se agentes do seu próprio processo de

desenvolvimento e das comunidades em que se inserem. A Animação Sociocultural é um

instrumento decisivo para um desenvolvimento multidisciplinar integrado dos

indivíduos e dos grupos.” (UNESCO)1

Esta definição é corroborada por Ander-Egg (2003: 11-17) para quem a

animação sociocultural é o conjunto de actividades sociais, fundamentadas “A

Animação Sociocultural é um conjunto de práticas sociais, baseadas numa pedagogia

participativa, tem como finalidade actuar em diferentes âmbitos de desenvolvimento da

qualidade de vida, com o fim de promover a participação da população no seu próprio

desenvolvimento cultural, criando espaços para a comunicação interpessoal”. A partir

destas duas definições verificamos que a ASC tem como fim a promoção da

participação da comunidade no seu próprio desenvolvimento cultural, resultando numa

melhor qualidade de vida.

Apesar das várias concepções da Animação Sociocultural dos diferentes autores,

todas elas têm elementos comuns, nomeadamente:

1 In www.apdasc.com - acedido em 20-10-2011

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Animação Sociocultural

~ 10 ~

• A existência de um conjunto de práticas, actividades e relações que

expressam os interesses (artísticos, intelectuais, sociais, práticos e físicos) dos

indivíduos nos seus tempos livres, que respondem à necessidade de iniciação de grupo,

formação e acção;

• Existência de colectividades e grupos – porque o Homem vive em grupo;

• Carácter voluntário ao alcance de todos os indivíduos;

• Criação e promoção de processos de participação entre todos aqueles que

estão implicados;

• Métodos e técnicas de actuação, apoiadas numa pedagogia

participativa/activa;

• A presença do animador como dinamizador (promove actividades),

assistente técnico (dá apoio ao grupo e ao desenvolvimento das actividades), mediador

(tenta resolver os problemas) e transmissor (transmite os principais valores, proporciona

conhecimentos, técnicas).

Como podemos observar na tabela 1, a Animação Sociocultural teve como

principais funções: adaptação e integração, recriação, educativa, correctora, crítica e

culturais.

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Animação Sociocultural

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Tabela 1 – Funções da Animação Sociocultural

Funções Características Função de Adaptação e Integração Assegurar a socialização, ou seja, tornou

possível que o indivíduo faça parte de um grupo e com ele estabelecer relações.

Função de Recriação Ligada ao tempo livre e à sua organização. Criação de actividades nos diferentes âmbitos (social, cultural e desportivo).

Função Educativa Permite complementar a formação adquirida da escola/meios educativos. Através das actividades, o indivíduo consegue adquirir novos conhecimentos fora do vínculo escolar.

Função Correctora Reparar certas carências do tipo educativo, cultural na medida que a ajuda a proporcionar um certo equilíbrio e prevenir certos conflitos e comportamentos desviantes.

Função Crítica Permite o espírito crítico entre os indivíduos e grupos, consegue a participação activa do grupo na sociedade.

Funções Culturais Servem para difundir os valores que serviam para a integração dos indivíduos nos grupos.

FONTE: Adaptado a partir de: BERNARD, Pierre, 1991: 39

1.1. O papel do Animador

“O animador sociocultural é aquele que, sendo possuidor de uma formação

adequada, é capaz de elaborar e executar um plano de intervenção, numa comunidade,

instituição ou organismo, utilizando técnicas culturais, sociais, educativas, desportivas,

recreativas e lúdicas.” 2

Profissões agregadas à Animação:

• Animador Sócio – comunitário;

• Animador Social;

• Animador Socioeducativo;

• Animador Turístico.

As principais actividades a serem realizadas por estes profissionais são:

• Estudar, integrado em equipas multidisciplinares, o grupo alvo e o seu meio

envolvente, diagnosticando e analisando situações de risco e áreas de

intervenção sob as quais actuar;

• Planear e implementar em conjunto com a equipa técnica

multidisciplinar, projectos de intervenção sócio comunitária;

2 In www.apdasc.com - acedido em 20-10-2011

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Animação Sociocultural

~ 12 ~

• Planear, organizar e promover/desenvolver actividades de carácter

educativo, cultural, desportivo, social, lúdico, turístico e recreativo, em contexto

institucional, na comunidade ou ao domicílio, tendo em conta o serviço em que está

integrado e as necessidades do grupo e dos indivíduos, com vista a melhorar a sua

qualidade de vida e a qualidade da sua inserção e interacção social;

• Promover a integração grupal e social;

• Incentivar, fomentar e estimular as iniciativas dos indivíduos para que

estes organizem e decidam o seu projecto lúdico ou social, dependendo do grupo alvo e

dos objectivos da intervenção;

• Fomentar a interacção entre os vários actores sociais da comunidade;

• Acompanhar as alterações que se verifiquem na situação dos

clientes/utilizadores que afectem o seu bem-estar e actua de forma a ultrapassar

possíveis situações de isolamento, solidão, entre outras;

• Informar a equipa técnica caso se verifique a ocorrência de alguma

situação excepcional;

• Articular a sua intervenção com os actores institucionais nos quais o

grupo ou o indivíduo se insere;

• Gerir um espaço de ATL – Actividades de Tempos livres;

• Elaborar relatórios de actividades.

Contudo, o animador também deve fazer parte integrante do grupo e tem que

adaptar a sua actividade ao público-alvo. Como afirma Tracana (2006: 12) “o animador

é também um membro do grupo, e tem como função não só procurar a autonomia do

mesmo, como também fomentar o enriquecimento das catividades, tomando-as de

qualidade e enquadrando-as em função das necessidades e aspirações de todos, de

modo a que o conjunto de indivíduos possa beneficiar da criatividade de cada um”.

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Animação Sociocultural

~ 13 ~

1.2. Modalidades da Animação Sociocultural

A Animação sociocultural desenvolve-se a partir de três modalidades de

intervenção, conforme se pode verificar na tabela 2.

Tabela 2 – Modalidades na Animação Sociocultural

Modalidades Funções Metodologia

Espaço

Cultural

- Promoção cultural; - Desenvolvimento da expressão; - Participação cultural e artística.

Centrada da actividade.

- Casas da Cultura; - Centros e equipamentos culturais; - Escolas e oficinas artísticas e de expressão; - Museus e bibliotecas.

Social

- Vertente comunitária (participação, associativismo e desenvolvimento comunitário); - Vertente assistencial (Inserção e integração).

Centrada no grupo ou na comunidade.

- Associação e movimentos ou colectivos de cidadãos; - Centros cívicos - sociais ou serviços sociais.

Educativa

- Desenvolvimento da motivação para a formação permanente;

- Dinamização de recursos pessoais;

- Educação nos tempos livres.

Centrada na

pessoa.

- Universidades populares; - Centros de educação permanente de adultos; - Centros de ensino (actividades extra-escolares e complementares); - Centros de equipamentos de ócio.

Fonte: PÉREZ, Víctor J. Ventosa, 2004: 89

A modalidade cultural tem como principais objectivos fomentar a criatividade,

expressão e a criação cultural, é centrada na actividade como produto, ou seja, o

resultado assume uma especial importância em detrimento do processo.

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Animação Sociocultural

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A modalidade social, quer no seu aspecto comunitário (que pretende o

desenvolvimento da participação, o desenvolvimento local, a melhoria das relações

humanas, entre outras), quer no aspecto assistencial (que assenta em actuações do tipo

compensatório), tem como principal objectivo originar processos a nível individual e

colectivo. Esta modalidade é centrada no grupo, dada a sua importância no

estabelecimento de normas e aprendizagens.

A modalidade educativa tem como objectivos conseguir gerar o interesse para a

aprendizagem e formação ou a educação nos tempos livres. Por conseguinte, centra-se

na pessoa e nas suas particularidades.

1.2.1. A ideia de “Cultura” na Animação Sociocultural

Um dos principais conceitos em que assenta a Animação Sociocultural, é o de

Cultura.

Segundo Laraia (2003: 25), Edward Tylor (1871) afirma que cultura é “o modo

complexo que inclui conhecimentos, convicções, arte, leis, moral, costumes e qualquer

outra capacidade e hábitos adquiridos pelo homem na qualidade de membro de uma

sociedade”.

A ideia de Cultura, sob esta concepção antropológico cultural, refere-se a tudo

aquilo que é transmitido e se adquire através da aprendizagem. Podemos assim afirmar

que cultura é a informação que se transfere socialmente e não geneticamente, o que se

herda e o que se gera na vida social.

A animação sociocultural parte assim deste amplo conceito de “cultura” e não do

sentido estrito da palavra.

Quando falamos da ambiguidade entre animação sociocultural e o conceito de

cultura podemos falar de diferentes tipos ou classes de cultura.

Uma classificação simples, mas conveniente, é a que distingue três tipos de

cultura: cultura oficial ou dominante, cultura de massas e cultura popular (tabela 3).

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Animação Sociocultural

~ 15 ~

Tabela 3 – Tipos de cultura e suas diferenças

Tipo de cultura Diferenças

Cultura oficial ou dominante

- Tem capacidade para realizar elaborações de grande alcance (por exemplo, sistemas científicos ou filosóficos). - É normativa. - Recebe e estrutura contribuições individuais (especialistas, artistas). - Estabelece os padrões estéticos, legais, religiosos e económicos que dirigem a actividade dos outros sectores. - Tem poder de decisão e goza de prestígio.

Cultura de massas

- Baseia-se na produção e no consumo estandardizados. - Cumpre normas fixadas internacionalmente. - Apoia-se em relações impessoais. - É um produto gerado pela “cultura oficial” em determinada etapa do seu desenvolvimento. - Destina-se aos sectores da população que não têm acesso aos níveis mais elevados da cultura dominante. - Carece dos níveis mínimos de organização interna que permitiriam catalogá-la como cultura; é uma pseudocultura (pela falta de autonomia e de organização), independentemente dos conteúdos.

Cultura popular

- Baseadas em relações frente a frente. - Responde a especificações locais (ou, pelo menos, de menor extensão do que da cultura dominante). - É uma cultura desvalorizada, própria daqueles que não detêm o poder, das classes subalternas. - Carece de poder de decisão para estabelecer normas fora do seu âmbito limitado. - Tem um certo nível de organização própria (por isso, pode considerar-se cultura), mas o seu funcionamento está constantemente sujeito a ser redefinido ou manipulado de acordo com os interesses da cultura principal.

Fonte: Trilla, J., 1997: 21

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Animação Sociocultural

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A tabela 2 simplifica a híper-complexa realidade cultural e as inter-relações

dinâmicas que têm lugar no seu seio. O destaque é colocado na “cultura popular” e as

reticências nos outros dois tipos de cultura.

Por um lado, a prática da animação sociocultural definiu-se, tradicionalmente,

por oposição à chamada “cultura oficial ou dominante” e, frequentemente, por

acréscimo às produções ou manifestações que se consideram próprias dela. Por outro

lado, a animação sociocultural propôs-se como uma acção alternativa e combativa

perante a “cultura de massas”.

Um dos meios de batalha da ASC tem sido a luta contra uma série de conteúdos

e funções que se representaram na cultura de massas: consumismo, imperialismo

cultural, entre outros. Assim, se a ASC se tem mobilizado contra as culturas “oficial” e

de “massas”, a sua proposta afirmativa devia encontrar outro referente cultural; e este

foi, de uma maneira geral, a “cultura popular”.

1.2.2. A animação sociocultural como tecnologia social

A ASC constitui uma tecnologia social, na medida em que:

• É uma intervenção racional e sistematicamente planificada;

• É o resultado de um processo de reflexão sobre a realidade;

• Tenta responder às necessidades e problemáticas concretas de um grupo

social ou comunidade;

• Responde através da articulação sistemática dos conhecimentos

proporcionados pelas ciências (sociologia, psicologia, comunicação, pedagogia, etc.);

A ASC tem de gerar respostas novas para as necessidades/problemas emergentes

ou para situações habituais que não se resolvem com respostas conhecidas.

A isso damos o nome de CRIATIVIDADE, cujo conceito compreende o de

eficácia ou resultado, isto é, uma solução nova e imaginativa que não resolva o

problema não pode considerar-se criativa.

As grandes descobertas criativas podem ser processos graduais de ajustamento

permanente das respostas aos problemas/necessidades/desafios.

1.2.3. A animação sociocultural e a educação

A educação é uma das modalidades de intervenção pela qual se desenvolve a

Animação Sociocultural.

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Animação Sociocultural

~ 17 ~

Segundo Lopes (2008: 395-397 e 402-403), a educação constitui algo mais do

que proporcionar conhecimentos. Educar é ter em atenção os ritmos, a diversidade, a

ligação do indivíduo à comunidade e por isso, o acto de educar não deve estar limitado à

oferta das instituições educativas formais.

A educação deverá estar ligada à vida e comprometida com o desenvolvimento

global do ser humano e com as diferentes etapas de crescimento.

Antes de existir escola já existiam práticas educativas, e por isso mesmo a

educação é assimilada antes da entrada do indivíduo na escola. Nos últimos tempos, a

escola foi apontada como a principal responsável por todos os males da sociedade, a

educação parte de casa e portanto a escola não deve ser responsabilizada. O professor,

para além da sua função de docente, passou a ter que intervir e ter formação noutras

áreas, especialmente psicologia, animação, mediação, e por vezes, a substituir o papel

da família.

Uma educação aliada à animação rejeita o modelo de escola/armazém de jovens,

valorizando, antes, a partilha de saberes entre as educações formal, não-formal, a

interacção com o outro, o aprender fazendo, a valorização da diferença, o movimento, a

promoção da relação escola/meio, a crença que a vida educa e que é imprescindível

considerar-se a interacção entre a escola e as práticas educativas.

Ander Egg (2000: 53) considera que a Animação Sociocultural e a Educação

permanente constituem “duas caras de uma mesma moeda” e que a educação

permanente, para estabelecer uma acção válida, deve ser complementada por acções de

animação. Ander Egg afirma ainda que “esta questão de animação-educativa

permanente constitui o verso e o reverso de uma mesma realidade e pode resumir-se no

seguinte: a educação permanente está centrada na necessidade de uma capitação

contínua e no desenvolvimento de novas actividades culturais, de acordo com as

mudanças que se produzem na sociedade nas ciências e nas tecnologias. A Animação

sociocultural trata de superar e vencer atitudes de apatia e fatalismo em relação com o

esforço por «aprender durante toda a vida» que é o substancial da educação

permanente”.

Por isso a conclusão que retiramos é que a animação e a educação vão estar

sempre ligadas uma a outra, isto porque na animação é necessário sempre a educação e

o desenvolvimento do indivíduo e a educação pode ser exercida como uma animação

lúdico pedagógica.

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Animação Sociocultural

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1.3. A Importância da Animação Sociocultural na Organização e Gestão de

Eventos

1.3.1. Conceito de Evento

O significado do conceito evento, nos dias de hoje, é entendido como uma

celebração de um acontecimento especial, uma vez que quando falamos em evento,

referimo-nos a um marco representado, planeado e organizado.

No entanto, quando falamos em evento, podemos também aludir a um jantar de

aniversário, ao aniversário/abertura de uma empresa, jantar de natal, entre outros. O que

todos eles têm em comum é que são eventos.

Segundo o dicionário, podemos definir “evento” como “(…) acontecimento;

ocorrência; sucesso; eventualidade.”3 Enquanto no dicionário enciclopédico, o conceito

de evento vai mais além, ou seja é mais abrangente, uma vez que designa evento como

sendo uma ocorrência, um fenómeno aleatório, de um determinado conjunto que se

define a priori.

Existem diversas definições, segundo vários autores, do que realmente é o

conceito de evento.

Pedro et al. (2005: 13) definem evento da seguinte forma: “… decompondo a

definição de evento, vemos que o facto acontece, ou seja, tem uma data de realização,

bem como hora de início e fim, além de um local, como é óbvio (…) ”.

Para Zanella, (2003: 13) “evento é uma concentração ou reunião formal e

solene de pessoas e/ou entidades realizada em data e local especial, com o objectivo de

celebrar acontecimentos importantes e significativos e estabelecer contactos de

natureza comercial, cultural, desportiva, social, familiar, religiosa, científica, etc”.

Matias (2001: 75), baseando-se na experiência de vários autores, afirma que

evento significa:

• Acção do profissional mediante pesquisa, planeamento, organização,

coordenação, controle e implantação de um projecto, visando atingir o seu público-alvo

com medidas concretas e resultados projectados;

• Conjunto de actividades profissionais desenvolvidas com o objectivo de

alcançar o seu público-alvo pelo lançamento de produtos, apresentação de uma pessoa,

empresa ou entidade, visando estabelecer o seu conceito ou recuperar a sua imagem;

3 Dicionário Universal de Língua Portuguesa, Texto Editora, 1999

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• Realização de um acto comemorativo, com finalidade mercantil ou não,

visando apresentar conquistar ou recuperar o seu público-alvo;

• Soma de acções previamente planeadas com o objectivo de alcançar

resultados definidos perante o seu público-alvo.

Após estas várias definições do conceito de evento, podemos concluir que

“evento” é um acontecimento especial, planeado, organizado com um objectivo, num

determinado local e momento, para um público-alvo.

1.3.2. Tipologia de eventos

Existem diversos tipos de eventos, que podem ser divididos a partir das suas

características e particularidades.

Pedro et al diz-nos que os eventos podem ser divididos em nove tipos:

• Culturais;

• Técnico-científicos;

• Desportivos;

• Turísticos e de lazer;

• Comerciais/Industriais;

• Políticos;

• Sociais;

• Diversos;

• Religiosos.

No entanto, os que estão mais ligados ao meu estágio são os eventos culturais e

sociais.

Quando falamos de eventos culturais, estamo-nos a referir a todos os eventos

que possuem uma relação com um tema ligado a alguma das artes (música, pintura,

escultura cerâmica, cinema, etc.).

Os eventos sociais são aqueles que possuem uma componente de socialização e

de confraternização.

No caso da 10ª Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro 2011, de

que mais adiante abordarei, o evento foi considerado um evento Sociocultural, pois teve

a componente de socialização e de cultura cerâmica4 que desde sempre foi importante

para a Cidade de Aveiro.

4 A cerâmica na cidade de Aveiro tornou-se importante devido à tradição secular de olaria na região.

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1.3.3. Fases dos eventos

Quando pensamos em organizar um evento, devemos seguir uma estratégia geral

perfeitamente definida para que se possa obter o desejado. É nesse sentido que

Matias, (2001), afirma que qualquer evento deve atravessar quatro fases na sua

organização: Concepção; Pré-evento; Evento; Pós-evento.

Quando iniciei o meu estágio apenas estive presente em duas fases, o pré-evento

e o evento, e são essas duas que irei mencionar.

• Pré-evento

Na fase do pré-evento encontra-se o ponto fulcral de qualquer organização, que é

o planeamento do evento a vários níveis: estratégico, específico, estrutural,

administrativo e organizacional. Nesta fase define-se toda a preparação necessária para

o início da organização do evento, tal como a análise situacional, opções estratégicas e

coordenação executiva, o controlo técnico, financeiro, administrativo e social do evento.

Esta fase permite ainda a criação e definição de sistemas de controlo e

coordenação da implementação estratégica do evento.

• Evento

É nesta fase que se vai colocar em prática toda a fase de preparação e entra em

funcionamento o planeamento definido na fase anterior. Todas as etapas fazem-se

acompanhar de uma lista de verificação no sentido da sua completa execução.

Esta fase prende-se com a ocasião em que o evento se desenvolve. Esta é uma

das fases mais críticas de um evento, na medida em que é aqui que podem surgir

situações de crise, às quais a organização deve responder de forma rápida e eficaz,

activando (caso seja necessário) um plano alternativo, igualmente definido na fase do

pré-evento.

1.3.4. Mecanismo de divulgação de eventos

Actualmente vivemos uma era de forte competição, em todos os sectores da

economia, jamais houve tanta oferta de produtos e serviços.

A disputa pelo cliente é cada vez mais instigada e, para vencer nesse ambiente,

antes de tudo é fundamental tornar a empresa e os seus produtos conhecidos pelos

potenciais compradores.

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Quando nos referimos a mecanismos de divulgação, estamo-nos a referir a

estratégias de comunicação, o conteúdo da mensagem e como a “vender” aos públicos

previstos.

A divulgação de um produto tem como objectivo construir uma imagem

favorável na mente dos consumidores actuais e em potencial.

Além da influência do macro ambiente, a opinião de um consumidor é formada

principalmente pela forma como a empresa faz a sua divulgação, somada às

experiências com o produto e às recomendações de pessoas próximas.

Uma boa comunicação com o mercado deve influenciar a experimentação do

produto e com isso aumentar as suas possibilidades de venda.

Cada evento tem uma imagem de marca, ou seja uma imagem única que o

identifica, de modo a que possamos escolher os meios ou veículos a serem utilizados e

qual o tipo de relacionamento com a imprensa.

Existem diversas formas de divulgação, como por exemplo através da rádio, da

televisão, de panfletos, via e-mail, entre outros.

A divulgação de eventos ajuda na promoção de eventos culturais, desportivos,

sociais, entre outros.

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Capítulo II

Contextualização do meio

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II - Contextualização do meio

Conhecer o território é, sem dúvida um factor importante para que possamos

conhecer o público-alvo, com o qual iremos trabalhar. Neste capítulo irei abordar o

concelho de Aveiro e a instituição que me acolheu durante estes três meses de estágio, a

Câmara Municipal de Aveiro, mais concretamente, o Departamento de Acção Cultural.

2.1. Breve História do concelho de Aveiro

“Se a presença humana em Aveiro remonta, pelo menos, à Pré-História recente,

evidente nas mamoas e dólmens existentes não só no concelho como em toda a região,

o seu grande desenvolvimento surgiria em período histórico.”5

A cidade de Aveiro esteve sempre ligada à prática de actividades económicas,

nomeadamente a produção do sal (considerado como bem de troca) e comércio naval.

Foi no testamento da Condessa Mumadona, 959, que surgiu a forma mais antiga

da qual se conhece o topónimo Aveiro.

“Nos inícios do século XV, a edificação de um pano de muralhas em torno do

núcleo urbano espelha o prestígio e crescimento que Aveiro teria alcançado.

Posteriormente instalar-se-iam as instituições religiosas e assistenciais que, durante

séculos, dariam fulgor à urbe ajudando-a a ultrapassar os momentos menos bons

vividos, nos séculos XVII e XVIII, com o progressivo assoreamento da barra. Será a

abertura artificial desta, concretizada em 1808, que devolverá, paulatinamente, o

dinamismo a Aveiro, marcando o início de uma nova época.”6

Um dos contributos para essa nova época foi a construção de imóveis nos

séculos XIX e XX, revelando o desejo de acompanhar o gosto da época, evidente na

decoração com apontamentos Arte Nova de alguns edifícios. Hoje o estímulo está no

campus universitário, palco de actuação dos grandes arquitectos nacionais.

Ao mesmo tempo que o desenvolvimento da região, persiste a tradição em

algumas vivências etnográficas, bem como na arquitectura do meio rural da região, onde

se fundem várias vertentes da construção tradicional portuguesa. Aveiro preserva no

Alboi e, em particular, no bairro da Beira Mar casas térreas revestidas a azulejo,

testemunhos vivos de antigos marnotos7 e pescadores fiéis devotos de S. Gonçalinho e

S.Roque.

5 In www.cm-aveiro.pt – acedido em 9-11-2011 6 In www.cm-aveiro.pt – acedido em 9-11-2011 7 Marnotos – designação que se dá aos homens que trabalham nas salinas.

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Aveiro não vive só da prática da salinicultura e da prática naval, mas sim da

indústria cerâmica, que não é, apenas, um reflexo dos avanços tecnológicos, resultando

antes de uma longa tradição produtiva favorecida pela constituição geológica da região

e que remonta, pelo menos, ao período tardo-romano/medieval como o evidenciam os

fornos cerâmicos de Eixo.

2.2. Caracterização geográfica do concelho

A Cidade de Aveiro é sede de concelho e capital de distrito, fica situada na foz

do rio Vouga, que atravessa o distrito, sendo banhada por este rio e pelo oceano

Atlântico.

Figura 1 – Mapa de Portugal – Distrito de Aveiro8

O concelho localiza-se na Região do Centro (NUT II) e do Baixo Vouga (NUT

III), e abrange uma área de 199,9 km2, onde se distribuem 14 freguesias: Aradas, Cacia,

Eirol, Eixo, Esgueira, Glória, Nariz, Oliveirinha, Requeixo, São Bernardo, São Jacinto,

Vera Cruz, Santa Joana e Nossa Senhora de Fátima. (figura 2)

Figura 2 – Mapa do Concelho de Aveiro9

8 In www.google.pt – acedido a 9-11-2011 9 In www.google.pt – acedido a 9-11-2011

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2.3. Caracterização da Divisão de Acção Cultural

A Divisão de Acção Cultural da Câmara Municipal de Aveiro, encontra-se junto

ao antigo edifício da Câmara Municipal de Aveiro, na Praça da República (Figura 3),

mais propriamente ao Edifício Fernando Távora.

Esta divisão está a cargo da Vereadora dos assuntos culturais Dra. Maria da Luz

Nolasco. No entanto, é dirigida pelo Dr. Cunha, e coordenada pela Dra. Catarina de

Almeida10.

Nesta divisão são tratados todos os assuntos culturais: organização e gestão de

eventos, promoção dos mesmos, workshops, organização de exposições, etc.

Figura 3 – Mapa das Ruas de Aveiro – Praça da República11

10 Catarina Almeida – Tutor de Estágio 11 In www.google.pt – acedido em 17-11-2011

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Capítulo III

O Estágio

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III - O Estágio

3.1. Objectivos

No momento em que cheguei à Divisão de Acção Cultural da Câmara Municipal

de Aveiro, fui informada que o meu estágio iria estar directamente ligado a um evento

internacional de Cerâmica Artística, que se realizava desde 1989 na Cidade de Aveiro.

Ao mesmo tempo teria que cooperar com outros eventos/actividades que se iriam

realizar ao longo dos três meses de estágio.

Os objectivos estabelecidos para o estágio foram os seguintes:

• Promover eventos de âmbito cultural (workshops, actividades culturais,

exposições, etc.)

• Contactar diversas entidades com o intuito de angariar mecenato12

• Contribuir para a dinamização da cidade de Aveiro

• Dar a conhecer a importância da Cerâmica e da 10ª Bienal

No estágio não existiu um único público-alvo. Aliás, nem havia certezas de

quais seriam os públicos que procurariam os nossos eventos, visto que estes estavam

abertos a toda a comunidade.

3.2. Intervenção no contexto Institucional

No meu primeiro dia de estágio dirigi-me ao Edifício Fernando Távora, onde

funciona a DAC, onde me reuni com a minha tutora, com o intuito de perceber e saber

quais seriam as minhas funções durante os três meses de estágio. Fui apresentada à

restante equipa técnica, pois nesta divisão trabalham todas em conjunto, cada uma com

os seus objectivos, mas todas se ajudam e todas opinam.

No meu primeiro dia de estágio analisei a pasta geral do evento no qual fui

inserida, a 10ª Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro, para me integrar

em tudo o que até à data tinha sido feito, pois toda a preparação do evento tem início em

Abril. Para perceber o que era este evento, após a integração a nível do evento,

desloquei-me ao salão municipal, que se encontra no mesmo edifício, para fotografar as

peças que iriam fazer parte da Bienal.

12 Mecenato - é um termo que indica o incentivo e patrocínio de artistas e literatos, e mais amplamente, de actividades artísticas e culturais. Anexo I

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Durante a tarde reuni com a minha tutora e com a restante equipa técnica e

foram-me distribuídas funções para as primeiras três semanas do estágio. Assim teria

como funções adquirir material para os workshops que iríamos ter na 10ª Bienal, bem

como estabelecer contactos de mecenato e contactos com galerias de arte que quisessem

participar com exposições paralelas.

Ao longo dos três meses de estágio, além da 10ª Bienal, tinha também a

divulgação de eventos, a montagem de exposições, construção das Newsletter

(Setembro e Outubro), divulgação de workshops, contactos com diversas empresas

(empresas de madeira, de barro, de tinta, champanhe, ovos moles, hotéis, etc.)

3.2.1. 10ª Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro 2011

“O Fascínio da cerâmica é de natureza irresistível.

Não a queiram explicar. Segue a trajectória do Homem nos avanços da Ciência,

da técnica e da sua ascensão cultural.”

Júlio Resende13

Figura 4 – Imagem de marca da 10ª Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro 2011

13 Júlio Resende – Pintor e Pai da Bienal Internacional da Cerâmica Artística de Aveiro

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A primeira Bienal Internacional de Cerâmica de Aveiro ocorreu em 1989, tendo

como principal objectivo contribuir, de forma efectiva, para o desenvolvimento

sociocultural e estimular a experimentação e a criatividade.

A Bienal é um concurso que engloba diversos Países a nível mundial, onde os

artistas podem concorrer com o máximo de duas peças de cerâmica. Neste ano as suas

inscrições poderiam ser feitas a partir das fichas de inscrição14 que se encontravam na

página da internet da Câmara Municipal de Aveiro (www.cm-aveiro.pt), junto com o

regulamento15, e eram enviadas para a DAC. Quando as inscrições chegavam a DAC,

estas eram numeradas para que fosse mais fácil a sua escolha.

Neste concurso existiam três prémios (1º, 2º e 3º), a exemplo de anos anteriores,

e até um número máximo de seis menções honrosas. As classificações e escolhas das

peças foram realizadas por cinco elementos do júri, os quais se reuniram duas vezes de

modo a seleccionarem nas peças que iriam concorrer na Bienal, e seguidamente quais

seriam premiadas.

A Bienal procura ser um espaço aberto ao diálogo, à divulgação e ao confronto

de tendências e de contacto com os conceitos actuais de cerâmica artística, tendo ainda

como objectivo essencial divulgar os caminhos mais significativos da cerâmica artística

contemporânea que é realizada pelos cinco continentes, mostrando a diversidade formal

e a renovação estética que se vem processando, bem como as capacidades de novos

materiais e técnicas postas ao serviço da arte.

A principal razão que levou a Câmara Municipal de Aveiro a realizar a primeira

Bienal de Cerâmica Artística, foi o facto de ser tradição de vários séculos a olaria na

região de Aveiro.

Este ano a Bienal contou com 141 inscrições, 231 obras de 17 Países. No

entanto, após as duas reuniões dos júris, apenas 69 obras, 53 artistas de 13 Países foram

escolhidos.

A X Bienal teve lugar do dia 1 de Outubro até 13 de Novembro.

Além da exposição central da 10ª Bienal Internacional de Cerâmica Artística de

Aveiro, que se realizou no museu de Aveiro16, antigo convento de Santa Joana, foram

organizadas diversas actividades paralelas ligadas à cerâmica, em toda a cidade.

14 Anexo II 15 Anexo III 16 Anexo IV

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Alguns dos locais que receberam as actividades paralelas foram: o Museu da

Cidade, a Antiga Estação da CP, as Galerias Municipais (Paços do Concelho, Edifício

da Antiga Capitania, Edifício Morgados da Pedricosa) e Galerias Privadas (Bobogi-

espaço de arte, Galeria Enquadrar, Galeria Vera Cruz, Galeria Verarte Contemporânea).

Para além das mostras, foram desenvolvidas actividades paralelas como workshops de

cerâmica, orientados pela CEARTE, APPACDM de Aveiro e Atelier de Cerâmica da

ACAV e apontamentos musicais no Museu de Aveiro proporcionados pela Companhia

de Música Teatral “Gamelão de Cerâmica e Vidro”, Oficina de Música e Escola de

Música RIFF.

Integrado no programa Aveiro Empreendedor foi realizado, de 29 de Setembro a

27 de Outubro, no Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, o workshop Cerâmica

Inovadora. A Universidade de Aveiro recebeu o IV Congresso Luso-Espanhol de

Cerâmica e Vidro nos dias 16, 17 e 18 de Novembro.

3.2.2. Preparativos para a exposição da 10ª Bienal Internacional de

Cerâmica Artística de Aveiro 2011

A exposição principal do evento da 10ª Bienal, realizou-se no Museu de Aveiro,

antigo Convento de Stª Joana de Aveiro, como foi referido anteriormente.

Para que pudéssemos organizar a exposição, definindo locais e materiais a

utilizar, deslocámo-nos ao espaço da exposição no local acima indicado. Ao observar o

local, chegámos à conclusão de que precisaríamos de paredes, que pudessem ser

deslocadas, e também de plintos17 que suportassem as peças.

Ao chegar à DAC, e após analisarmos os nossos apontamentos, chegámos à

conclusão que era possível termos as paredes, mas não poderíamos construir plintos,

pois a nível financeiro estávamos limitados.

Comunicámos com a Srª Vereadora da Cultura, Drª Maria da Luz, e 30xpusemos

o nosso problema em relação aos plintos, para o qual arranjou a solução de nos

deslocarmos à ERSUC, e reutilizar electrodomésticos, aos quais a Drª deu o nome de

Monstros18.

Após a deslocação à ERSUC, escolhemos televisões, frigoríficos, arcas

frigoríficas, impressoras, entre outros equipamentos, para que servissem de plintos.

17 Plintos – suporte onde assentam as obras cerâmicas 18 Anexo V

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Utilizámos quatro cores ligadas à imagem da Bienal, para pintar os “monstros”,

roxo claro, azul, amarelo e antracite para as bases.

Ao mesmo tempo que se vai organizando os materiais da exposição, existem

outros elementos que precisam de ser enviados para diferentes entidades, tais como o

convite, que foi feito19 e enviado por mim, aos artistas e a diferentes entidades.

A exposição começou a ser montada 15 dias antes do evento (levar os monstros,

levar as peças para o museu e montagem da exposição). Enquanto a exposição era

montada, por motivos de saúde, fiquei na DAC. Foi lá que fiz as etiquetas

identificativas das peças20 e preparei os sacos com os prémios.

3.2.3. Actividades paralelas na 10ª Bienal Internacional de Cerâmica

Artística de Aveiro 2011

No Âmbito da 10ª Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro 2011,

foi inserido um programa paralelo, já referido no ponto anterior. Este programa paralelo

teve como objectivo de que a 10ª Bienal não se encontrasse num único local, mas sim

que se estendesse além das paredes do museu.

Para isso foram realizados contactos com diversos locais da cidade de modo a

que estes pudessem contribuir de alguma maneira. Deste modo contactámos

primeiramente com alguns artistas que se dispusessem a expor as suas obras em alguns

locais da cidade (tabela 4).

Tabela 4 – Exposições em vários locais da Cidade

Local Exposição Museu da Cidade Escultura Cerâmica.

“Cinco autores Portugueses” Antiga Estação da CP “La Pasta” – Exposição Itinerante

de Cerâmica Contemporânea Galeria do Edifício da Antiga

Capitania Zé Augusto expõe “Cerâmica”

Galeria dos Paços do Conselho “Corpos Visíveis” Exposição Cerâmica de Alberto Miranda

Galeria do AveiroArte/ Galeria do Edifício Morgados da

Pedricosa

“Retrospectiva”

Fonte: Própria

19 Anexo VI 20 Anexo VII

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Nos vários locais onde foram realizadas exposições importantes realizou-se uma

retrospectiva das várias Bienais desde 1989, onde foram expostas diversas peças.

Além destas exposições, não menos importantes que a Bienal, foram feitos

contactos com diversas galerias de modo a que também fizessem parte deste grande

evento. Algumas dessas galerias responderam favoravelmente ao nosso pedido (tabela

5).

Tabela 5 – Exposições das Galerias

Local Exposição Galeria Vera Cruz “Colectiva de Outono”

Pintura, escultura e cerâmica Cerâmica de José Abreu

Bobogi – Espaço de Arte Exposição de Cerâmica de Emilia Viana, Jesus Castañon Loché, Ossama Emam e João Carquejeiro

Galeria Enquadrar Exposição de Cerâmica de Sofia Beça e Rute Marcão

Galeria Verarte Contemporânea “Figuras e Personagens” Exposição de escultura, cerâmica e pintura

Fonte: Própria

Além destas exposições, sugerimos que outros pontos da cidade deveriam ter

uma peça de uma antiga Bienal com o intuito de divulgar o evento e de promover a

importância da cerâmica naquela cidade.

Para isso contactei com diversos locais, tais como hotéis, stands de automóveis,

fábricas de azulejo, universidades locais, entre outros.

Como podemos observar na tabela 6, apenas alguns locais se dispuseram a

colaborar.

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Tabela 6 – Exposição de peças em vários pontos da cidade

Local Resposta Turismo – Ria de

Aveiro

Turismo – do Centro

Hotel Arcada/Hotel Aveiro Palace

Hotel as Américas Hotel Imperial Hotel Moliceiro

Melia Ria Veneza Hotel Hotel Jardim

Hotéis Afonso V Hotel das Salinas

Hotel Aveiro Center IPAM

ISCA Reitoria da UA

ISCIA Tribunal

CTT Loja do Cidadão

Cliria BMW Audi

Mercedes - Mercentro

Revigres

Aleluia Recer

Primagera Labicer

Almas D’Areosa

Celticerâmica Cervouga

Gresart Barbotina

Lovetiles LEGENDA - Resposta Negativa

- Resposta Positiva Fonte: Própria

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A exposição em alguns locais não se realizou até ao fim devido a reclamações

por parte dos utentes, como foi o caso da Cliria.

Na Universidade de Aveiro e na empresa Revigrés foi necessária a entrega de

uma declaração21.

O programa paralelo contemplou, como foi referido anteriormente, quatro

workshops desenvolvidos por quatro instituições (tabela 7).

Tabela 7 – Workshops

Instituição Workshop Aveiro Empreendedor Workshop Cerâmica inovadora

Atelier de Cerâmica da ACAV Workshop CERAMIKARTE APPACDM Aveiro Workshop “Vamos dar forma ao

barro” CEARTE Workshop Raku

Fonte: Própria

Estes workshops foram pensados para diversas valências, de modo a que todos

tivessem de alguma forma contacto com a cerâmica.

Foi-nos enviado para o mail da DAC o programa dos workshops, à excepção do

workshop do Aveiro empreendedor (desenvolvido no Centro de Congressos). Nesse

programa explicava as sessões e o material que necessitavam.

Um dos materiais que nos foi pedido foi o barro e, por isso, tive que estabelecer

contactos com algumas fábricas de barro e azulejo para ver se estas poderiam contribuir

gratuitamente com algum material. Após os contactos procedemos à recolha do

material.

Além das diversas exposições e dos diversos workshops, o programa paralelo

englobou ainda performances e apontamentos musicais. A performance foi apresentada

pela Companhia de Dança de Aveiro, enquanto os apontamentos musicais ficaram a

cargo da Companhia de Música Teatral, Oficina da Música e Escola de Música RIFF.

Estas performances e apontamentos musicais foram uma sugestão da equipa da

DAC. Para que isso acontecesse foi necessário novamente estabelecer contactos, que

mais uma vez fui eu que os realizei.

21 Anexo VIII

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Para a divulgação do programa paralelo foi necessário construir um

desdobrável22, o que implicou ter o programa estruturado23, de modo a que fosse

distribuído pelos vários pontos da cidade, incluindo os locais de exposição. Este

desdobrável continha as exposições paralelas, as actividades paralelas e um mapa dos

vários pontos da cidade onde existiam exposições.

Este desdobrável foi enviado em formato digital, via e-mail para diversas

escolas, instituições, juntas de freguesia, câmaras municipais, entre outras.

3.2.4. “La Pasta” – Exposição Itinerante de Cerâmica Contemporânea

Apesar de durante o estágio estar inserida em todo o projecto da 10ª Bienal, mais

propriamente no programa paralelo, fiquei com a organização da exposição itinerante de

Cerâmica Contemporânea “La Pasta”.

Fonte: Catálogo da Exposição “La Pasta”

Iniciei um estudo sobre esta exposição para conseguir perceber o que era

exactamente.

A “La Pasta” é uma exposição que tem como objectivo estabelecer um diálogo

entre os artistas plásticos que se expressam através da cerâmica.

A ideia desta exposição surgiu em Pontevedra a partir do “ IX Encontro

Internacional de Cerámica Contemporánea ano 2007”. Esta cidade foi a primeira a

acolher esta exposição.

Neste projecto participam diversos ceramistas de variados países como Portugal,

Venezuela, Espanha, entre outros, tendo como elo de ligação a paixão pelo barro.

Depois de uma breve pesquisa sobre o “nascimento” desta exposição, tive uma

pequena reunião com duas das pessoas que fazem parte da exposição, os artistas

22 Anexo IX 23 Anexo X

Figura 5 – Imagem do Catálogo “La Pasta”

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Animação Sociocultural

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Joaquim Pombal e Mariza Alves. Dirigi-me com eles ao espaço onde foi realizada a

exposição, Antiga Estação da CP, de modo a que eles pudessem observar o espaço, para

ver como iriam montar a exposição, e assim informarem-nos do que precisariam, visto

que o edifício apesar de ser um dos ex libris da cidade de Aveiro, encontra-se bastante

degradado por dentro.

Uns dias após a reunião recebi um e-mail24 no qual fui informada do que

necessitariam no local de modo a que a exposição tivesse o efeito desejado por eles.

Após o e-mail, tentei arranjar alternativas de baixo custo, sendo assim dirigi-me

ao DSU da Câmara Municipal de Aveiro, à procura de material que pudesse ser

reutilizado, visto que as verbas para esta exposição não eram muitas.

Ao mesmo tempo que tinha que arranjar o material para a montagem da

exposição, foi-me solicitado que tratasse da estadia e refeição para alguns artistas.

Comecei pela estadia, fiz diversos contactos com vários hotéis da cidade. Após

esses contactos, fui contactada via telefónica pelo Hotel Moliceiro que disponibilizou

gratuitamente a estadia. De seguida, tive que contactar com diversos restaurantes, tendo

em conta que teriam de servir comida vegetariana a dois dos artistas. Após os contactos,

obtive resposta positiva do “Restaurante Mercado do Peixe” que se disponibilizou a

servir os almoços gratuitamente, e também a “Adega da Tia Micas” para servir os

jantares.

Sendo assim só faltava levar os materiais para a Antiga Estação da CP e montar

a exposição.

A montagem da exposição ficou a cargo dos vários artistas. Fiquei com a

responsabilidade da execução das etiquetas identificativas de cada peça25.

3.3. Newsletters

Durante o meu estágio e em conjunto com a minha tutora fomos fazendo as

newsletters26 (Setembro e Outubro).

As newsletters são boletins informativos que estão ao alcance de todos, seja em

panfletos, ou através de sites, ou até podem ser recebidos via e-mail.

Para que as newsletters fossem executadas, era necessário que tivéssemos a

informação sobre os eventos que se iriam realizar durante cada mês.

24 Anexo XI 25 Anexo XII 26 Anexo XIII

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Animação Sociocultural

~ 37 ~

Ao elaborar um boletim informativo é necessário ter atenção às datas, às horas e

aos locais, dando prioridade às datas. No boletim informativo é necessário ter os

contactos para onde se podem inscrever, se for o caso, por exemplo, de workshops.

As nossas newsletters estavam disponíveis no site da CMA on-line, e eram

enviadas via e-mail para diversas entidades.

A cada evento estavam associadas imagens para que fosse mais fácil distinguir

cada um dos eventos.

3.4. Divulgação de eventos

No âmbito do estágio ficou acordado entre mim e a minha tutora que eu faria a

divulgação de eventos (tabela 8), a partir do e-mail, das redes sociais e se necessário

através da distribuição de cartazes que se encontram nas newsletters.

Tabela 8 – Eventos Divulgados

Evento Tipo Animação no Rossio “Noites de Verão”

Actuações de ranchos locais

Exposição “Momentos” de Fernando Costa

Exposição

Exposição colectiva de Pintura e Escultura “Paisagens e Personagens” da galeria Verarte

Exposição

Exposição “Caricaturas Sérvias” Exposição Vestir Aveiro – Edição de Outono Concurso a nível de várias

instituições do concelho X Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro 2011

Exposição

X Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro 2011 – Programa Paralelo

Exposições e workshops

Mini curso “Despertar Artístico” - Jayr Peny

Workshop

Sons no Coreto Actuação de ranchos locais Bazar de Natal Actuação de cantares de

instituições

Fonte: Própria

A divulgação de um evento é algo importante, pois desse modo dá-se a conhecer

aos outros os eventos socioculturais que existem na cidade.

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Ao longo do estágio fiz a divulgação de vários eventos de diversos âmbitos, mas

principalmente de âmbito sociocultural e educativo.

A divulgação foi efectuada via e-mail, cartazes, newsletters, facebook, etc.

Quando a divulgação é feita via e-mail, podemos considerar que é restrita a um

grupo específica de participantes, quando é realizada via cartazes podemos afirmar que

corremos o risco de nem todas as pessoas a quem o evento se dirige o possam ver.

Quando nos referimos à divulgação de eventos através do facebook, temos a vantagem

de que milhares de pessoas de vários locais do mundo poderão ver o evento que se vai

realizar e caso estejam interessados nele participar.

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Reflexão final

A realização deste estágio foi uma experiência enriquecedora para a minha

futura vida profissional, pois permitiu-me estar em contacto com a cultura do meu

distrito, com diferentes faixas etárias, e acima de tudo participar activamente na

organização de um evento internacional.

Ao longo do estágio encetei contactos com pessoas com características distintas,

mas principalmente com artistas plásticos, que participaram no evento no qual estive

inserida: 10ª Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro 2011.

Durante este período tentei aplicar o que durante quatro anos aprendi na

ESECDG. No entanto, pude verificar que no mundo do trabalho, nem tudo o que

aprendemos é aplicado da melhor maneira, ou então simplesmente não é aplicado,

como, por exemplo, os procedimentos a ter em consideração na organização e gestão de

um evento.

Quanto à Bienal, apesar das dificuldades encontradas, o projecto decorreu de

forma positiva, pelo menos no que conta à participação da comunidade, tanto na Bienal

propriamente dita, como também nas actividades paralelas.

Encontrei algumas dificuldades ao longo do estágio, que felizmente consegui

ultrapassar com a ajuda da equipa da DAC, com quem aprendi novas formas de

trabalhar e de organização.

Apesar de todos os conhecimentos adquiridos, entendo que a duração do

estágio não é suficiente para que nos possamos integrar totalmente num projecto, ou

realizar algo que tenhamos em mente, e que não nos é “imposto” pela entidade

acolhedora. No meu caso não tive possibilidade de realizar qualquer actividade proposta

pois foram-me atribuídas actividades a decorrer na instituição acolhedora, a Bienal e

mais propriamente as actividades paralelas.

Com a conclusão do estágio sinto-me mais capaz de exercer a profissão de

animadora, visto que além da minha experiência com crianças, tenho agora a

experiência em organização e gestão de eventos, e com outras faixas etárias para além

das crianças.

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Bibliografia

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Elsevier-

ANDER-EGG, E. (2003). Metodologia y prática de la animacíon sociocultural,

Madrid: Editorial CCS.

BADESA, Sara de Miguel, (2004). Perfil del Animador Sociocultural, Madrid:

Narcea , S. A de Edicciones.

BERNARD, Pierre. (1991). Animação Sociocultural. Barcelona: Paidós

Educactor.

Dicionário Universal de Língua Portuguesa, Texto Editora, 1999.

GIACAGLIA, Maria Cecília (2006). Organização de Eventos: Teoria e Prática,

São Paulo, Thomson Learning.

LARAIA, Roque de Barros, (2003). Cultura: um conceito antropológico. 16ª ed.

Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.

LOPES, Marcelino de Sousa, (1978). Animação Socioeducativa. Revista de

Animação, nº 9.

LOPES, Marcelino de Sousa, (2008). Animação Sociocultural em Portugal.

2ª Edição: Amarante.

MATIAS, Marlene (2001). Organização de eventos – Procedimentos e técnicas.

São Paulo, Editora Manole.

PEDRO, Filipe et al, (2005). Gestão de Eventos, S/L, Quimera.

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Animação Sociocultural

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PÉREZ, Víctor J. Ventosa (s.d.), Perspectiva comparada da Animação

Sociocultural em TRILLA, Jaume (coord), (2004), Animação Sociocultural –

Teorias, programas e Âmbitos , Lisboa: Instituto Piaget.

SERRANO, Glória Pérez (2008). Elaboração de Projectos Sociais - casos

práticos; Porto: Porto Editora.

TRACANA, Maria Emília (2006). A importância do Animador na Sociedade

Actual. In Anim'arte: revista de animação sócio - cultural.

TRILLA, Jaume (1998). Animação Sociocultural – Teorias, Programas e

Âmbitos, Lisboa: Instituto Piaget.

ZANELLA, L. C. (2003). Manual de organização de eventos: planejamento e

operacionalização. São Paulo: Atlas.

Sites consultados

Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sociocultural –

www.apdasc.com/pt

Câmara Municipal de Aveiro – www.cm-aveiro.pt

Google – www.google.pt

Sofia Beça - http://sofiabeca.blogspot.com/

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Anexos

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Anexo I – Caderno de Mecenato

Anexo II – Ficha de Inscrição

Anexo III – Regulamento da Bienal

Anexo IV – Museu de Aveiro

Anexo V – “Os Monstros”

Anexo VI – Convite da Bienal

Anexo VII - Etiquetas das peças da exposição Bienal

Anexo VIII – Declarações

Universidades de Aveiro

Revigrés

Anexo IX - Desdobrável do Programa Paralelo

Anexo X – Programa Paralelo

Anexo XI – E-mail da “La Pasta”

Anexo XII – Etiquetas “La Pasta”

Anexo XIII – Newsletters/Divulgação de Eventos

Setembro

Outubro

Anexo XIV – Peças inscritas na Bienal

Anexo XV – Fotografias da Exposição Bienal

Anexo XVI – Cartaz da 10ª Bienal de Internacional de Cerâmica Artística de

Aveiro 2011

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Anexo I – Caderno de Mecenato

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Anexo II - Ficha de Inscrição

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Anexo III – Regulamento da Bienal

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Anexo IV – Museu de Aveiro

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Anexo V – Os “Monstros”

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Anexo VI – Convite da Bienal

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Anexo VII - Etiquetas das peças da exposição Bienal

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JESUS CASTAÑON Espanha

“Arquitectura en rojo” Dim.: 30 x 30 x 50 cm Tecn.: placas

Mat.: semi-refratário; temp. 1030 ºC

SABORIT Espanha “Cápsula” Dim.: 120 x 60 x 60 cm Tecn.: mixta-cerâmica, acrílico, plástico Mat.: grés, esmalte, acrílico, plástico

EMÍLIA VIANA

Portugal “Barby A” Dim.: 40 x 30 x 50 cm Tecn.: modulação, lastras, columbinas Mat.: barro refractário, óxidos, engobes, vidrados; materiais reciclados

EMILIA VIANA Portugal “Barby B” Dim.: 40 x 30 x 50 cm Tecn.: modulação, columbinas, lastras Mat.: barro refractário, óxidos, engobes, vidrados; materiais reciclados

ILCA BARCELLOS Brasil

“Embriões” Dim.: 130 x 120 cm Tecn.: peças modeladas à mão Mat.: argila, óxidos e esmaltes; queima 9800 forno eléctrico.

AYAKO FUNATO Espanha “Tree of life” Dim.: 43 x 22 x 32 cm Tecn.: feito à mão e com moldes, cozido entre 1000ºC – 1270ºC Mat.: Porcelana e grés

AYAKO FUNATO Espanha

“Colors of the World” Dim.: 65 x 11 x 27 cm Tecn.: feito à mão e com moldes, cozido entre 1000ºC – 1270º Mat.: porcelana, grés e barro branco majólica

JUANA Espanha “Creciente” Dim.: 110 x 17 cm Tecn.: modelado, engobe Mat.: porcelana e arame galvanizado

JUANA

Espanha

“Puente” Dim.: 55 x 50 x 40 cm Tecn.: modelado, engobe Mat.: porcelana e arame galvanizado

MONIQUE WUARIN Suíça “Djeraïne” Dim.: 85 x 27 x 50 cm Tecn.: construção manual, modelagem Mat.: grés, porcelana, vidrado branco, cozedura de redução 1300º

EMILIE FLOGE França “The body of Erzebeth” Dim.: 16 x 16 x 39 cm Tecn.: moldagem para a forma principal e os 2700 cones. Colagem dos cones sobre a forma com engobe de colagem enquanto está tudo molhado. Peça completa cozida a 1350º Mat.: porcelana

EMILIE FLOGE França “The anger of Erzebeth” Dim.: 34,5 x 19,5 x 9 cm Tecn.: moldagem para as taças e os 1300 cones. Colagem como no “The body of Erzebeth”. Primeira cozedura a 980ºc, esmaltado e segunda cozedura a 1350ºc.

Mat.: porcelana e vidrado transparente

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LUTZ TONKUNST

Alemanha “Outer sphere goes into the inner sphere and spreads out!” Dim.: Ø ca x18 cm Tecn.: construído a mão livre, modelagem, corte, parcialmente vidrado e ouro, óxidos. Cozedura a 1230ºc Mat.: porcelana, óxidos, vidrado, ouro

LUTZ TONKUNST Alemanha “,,Innen ist auβen, auβen ist innen” = ,,Interior is outside, outside is inside” Dim.: Ø ca x 20 x 25 cm

Tecn.: construído a mão livre, modelagem, cortado, douramento parcial, óxido, terceira cozedura de redução; “schmauchgrand” Mat.: porcelana com chamote

SOFIA BEÇA

Portugal

“Procurando o Impossível”

Dim.: 300 x 4 x 100 cm ecn.: Técnica da Lastra, cozedura a 1100ºc em forno de lenha Mat.: Grés de várias cores

VERA STANKOVIC Eslovénia “Red and blue little men flying” Dim.: 110 x 50 x 70 cm

Tecn.: cozedura a 1200ºc Mat.: barro branco, engobes, fio de nylon 0,25mm

KAREN GUNDERMAN USA “Gourd tea set”

Dim.: 19 x 23 x 20 cm Tecn.: vazamento de suspensão

Mat.: porcelana, queima oxidante

ÍHOR KOVALEVYCH Ucrânia “Caravellas” Dim.: 72 x 54 x 17 cm Tecn.: construído a mão livre, pintura Mat.: grés, esmaltes, forno eléctrico

JULIANE

FRESSYNET Portugal “Carimbo I” Dim.: 31x 38 cm Tecn.: Técnica de lastra e rolo Mat.: Grés chamotado

JULIANE FRESSYNET Portugal “Carimbo III” Dim.: 31x 39 cm Tecn.: Técnica de lastra e rolo Mat.: Grés chamotado

JOÃO COSTA GOMES Portugal “Subir para cima” Dim.: 30 x 34 x 65 cm Tecn.: modelação Mat.: paperclay , óxidos e vidros

ANTONELLA CIMATTI Itália “Essence and parfume of tea” Dim.: 34 x 19 x 33 cm Tecn.: porcelana em vazamento de suspensão e flor feita de porcelana a mão livre. Com a ajuda de uma seringa, o paperclay é trabalhado a mão livre num suporte convexo refractário e depois é cozido em forno a alta temperatura. Mat.: porcelana biscuit a 1280ºc. porcelana vidrada a 1280ºc. suportes em vidro de grés branco soprado

DANI Eslovénia “Abandoned” Dim.: 23 x 30 x 18 cm Tecn.: pequenas placas juntadas. Cozida a 1200ºc Mat.: porcelana chamote

ANISABEL Portugal “Histórias de criar bicho 1 “Delírios de Alice” Dim.: 285 x 15 x 30 cm Tecn.: azulejo em chacota de 15 x 15. Desenho a óxido de manganês vidragem a 1040º Mat.: azulejo industrial chacotado, óxidos naturais,

Ferro e manganês vidrados

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PEDRO MATOS FORTUNA Portugal

“Condição 1”

Dim.: 215 x 150 x 15 cm Tecn.: Modelação manual e por enchimento líquido. Vidrados múltiplos 1000ºc

Mat.: faiança, vidrados

NARCISO BRESCIANI Itália “Metamorphosis of dreams nº9” Dim.: 62 x 44 x 67 cm Tecn.: misto – cozedura a 1200º Mat.: semi-refractário, grés, óxido, vidrado

GABRIELLA SACCHI

Itália

“Febbraio 1970 (February 1970)”

Dim.: 180 x 180 x 6 cm Tecn.: modelação manual Mat.: grés, engobe, foto cerâmica (1260º). Suporte: caixa de papel

SIBYLLE MEIER Suíça “Leila” Dim.: 28 x 28 x 52 cm Tecn.: construído a mão livre, modelado. Cozido a 1100ºc em forno eléctrico. Mat.: grés – argila, vidrado transparente

SIBYLLE MEIER Suíça “Max” Dim.: 31 x 22 x 25 cm Tecn.: construído a mão livre, modelado. Cozido a 1100ºc em forno eléctrico. Mat.: grés – argila, vidrado transparente

V. SILVA SANTOS & SÓNIA BORGA Portugal “Serve-te” Dim.: 35 x 145 x 50 cm Tecn.: enchimento manual, moldes. Mat.: grés esmaltado, serigrafia

RAFA PEREZ

Espanha

“Salinas” Dim.: 48 x 32 cm Tecn.: Dilatação 1150º c Mat.: porcelana

RAFA PEREZ Espanha “Almendora” Dim.: 46 x 20 x 25 cm / 25 x 25 x 40 cm Tecn.: Dilatação 1150ºc Mat.: porcelana

NOÉMIA CRUZ Portugal “Estou de olho em ti II” Dim.: 23 x 60 x 37 cm Tecn.: Modelação directa com vazamento Mat.: Grés, caulino e borato de sódio

MÓNICA NUNES Portugal “Vestígios” Dim.: 40 x 40 x 40 cm Tecn.: Técnica do rolo, lastra e modelação Mat.: Grés

PAULO REIS Portugal

“Beijo I” Tecn.: Raku – peça em olaria com união de elementos de roda, decorada com engobes polidos. Após chacota é aplicada película de caulino e sílica e uma camada de vidrado Mat.: barro vermelho refractário, engobe branco e colorido, vidrado de 1000ºc, serradura, forno de raku a gás.

PAULO REIS Portugal “Beijo II” Dim.: 28 x 51 cm Tecn.: Raku – peça em olaria com união de elementos de roda, decorada com engobes polidos. Após chacota é aplicada película de caulino e sílica e uma camada de vidrado Mat.: barro vermelho refractário, engobe branco e colorido, vidrado de 1000ºc, serradura, forno de raku a gás.

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ANA CRUZ

Portugal “Mata-me de Amor” Dim.: 40 x 20 x 70 cm Tecn.: molde e modelação. Pintura sobre vidrado cerâmico, em cozedura de 1200º Mat.: grés médio, vidrados e tintas cerâmicas

BARRACA DOS OLEIROS (LIMA/XANA) Portugal “Herança dos nossos antepassados” Dim.: 125 x 20 x 19,5 cm Tecn.: peças moldadas à mão e esgrafitadas, cozedura em carbonação com lenha e resina.

Mat.: Barro verde regional, lenha, resina ANNE-FRANCE DE BRUYN Bélgica

“Nascimento” Dim.: 16 x 20 x 25 cm Tecn.: Construção em forma esférica, base escavada Mat.: barro

ANNE-FRANCE DE BRUYN Bélgica “Separação” Dim.: 16 x 16 x 25 cm Tecn.: Construção em forma esférica, base escavada Mat.: barro branco da Alemanha (1280ºc)

CAELLES Espanha

“Corte Geológico” Dim.: 38 x 25 cm Tecn.: Técnica pessoal, gretas e roturas controladas Mat.: Grés negro, grés branco, engobes

MARIA ORIZA Espanha “Pluma” Dim.: 65 x 25 x 16 cm Tecn.: grés modelado à mão com engobes e óxidos metálicos vermelhos. Cozido a 1250º em ambiente

oxidante a gás Mat.: grés e engobes com óxidos

INKE

LERCH-BRODERSEN Alemanha

“Vase” Dim.: 21 x 20 cm Tecn.: trabalho em roda de oleiro decorado com engobes coloridos Mat.: grés

ANA GÓMEZ México “Roundup 2” Dim.: 70 x 3 x 70 cm Tecn.: construção manual, grés e folha de ouro Mat.: barro vermelho, engobe e folha de ouro

LOURDES RODRIGUEZ Espanha “Tocame”

Dim.: 350 x 65 x 10 cm Tecn.: raku – sem moldes Mat.: barro refractário, cobre, alumínio

MARC COTTING Suíça “Plus jamais nue” Dim.: 34 x 20 x 50 cm Tecn.: placas estampadas, decoração monotipo

Mat.: porcelana

BETÂNIA VIANA

PIRES Portugal

“Bestiário Maltês” Dim.: 50 x 30 x 35 cm Tecn.: Escultura – modelação a partir de molde Mat.: Grés e porcelana, vidrados a

1200º - 1250º. Grés refractário.

BOLOTA Portugal “De-coração!” Dim.: 100 x 100 x 40 cm Tecn.: Olaria de roda, escultura, textura Mat.: grés chamotado, vidrados de baixa Temperatura/coloridos

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AHOZ Polónia

“Clouds 7 Element’s” Dim.: 14 x 22 x 3 – 5 x 6 x 9 cm Tecn.: modelação manual; 1300ºc Mat.: porcelana, corante em cores e branco

SUSANA S. JORGE Portugal “Cabeças Enamoradas” Dim.: 25 x 25 x 40 cm Tecn.: Roda de oleiro, modelação. Cozido alta temperatura Mat.: Mistura de barros - grés

FILOMENA ROCHA Portugal “Carrapato” Dim.: 29 x 33 x 37 cm Tecn.: Chacota Mat.: Grés

FILOMENA ROCHA Portugal “Bode expiatório” Dim.: 29 x 29 x 40 cm Tecn.: Chacota Mat.: Grés

MARA Espanha “Paisaje Urbano I” Dim.: 40 x 10 cm Tecn.: Cerâmica modelada e polida com posterior redução com sais. Cozedura 980º Mat.: Grés de chamote fino e sais, pregos de ferro

CHRISTOPHER DAVIS – BENAVIDES USA “Entre sueño, ceniza caida” Dim.: 19 x 10 x 90 cm Tecn.: modelado manual Mat.: grés, paperclay e engobes

SILVIA TAGUSAGAWA Brasil

“Articuladas” Dim.: 20 x 8 x 29 cm Tecn.: peças modeladas em porcelana, cozidas 1220ºc e ligadas com elásticos de silicone. Mat.: porcelana e elásticos de silicone.

SILVIA TAGUSAGAWA Brasil “Fragmentadas” Dim.: 12 x 12 x 42 cm Tecn.: peças com aplicações de imagens fotocopiadas e modeladas em porcelana Mat.: Porcelana e fotocópia

ÁNGELES SASTRE

LÓPEZ Espanha “Están ahí” Dim.: 27 x 22 x 30 cm Tecn.: modelado. Cozido a 1235ºc em forno de gás e atmosfera oxidante Mat.: Barro refractário branco com chamote fina; Óxidos

RICARDO CORDERO Espanha “Cuencos y ramas” Dim.: 50 x 18 x 7 cm Tecn.: modelagem. Cozido a 1260ºc Mat.: porcelana

RICARDO CORDERO Espanha

“Multiples” Dim.: 35 x 16 x 15 cm Tecn.: modelagem. Cozedura a 1260ºc Mat.: porcelana, acrílico

ELSA GONÇALVES Portugal “Ligações V” Dim.: 92 x 16 x 35 cm Tecn.: modelação directa, cor com engobes. Cozedura 1250ºc – forno eléctrico; Mat.:grés, engobes, porcelana, latão, plástico

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GREGORIO PEÑO VELASCO Espanha

“Untitled 1”

Dim.: 30 x 30 x 45 cm Tecn.: mista, argila de fusão Mat.: argila, engobes e vidrado

GREGORIO PEÑO VELASCO Espanha “Untitled 2” Dim.: 72 x 16 x 38 cm Tecn.: mista, argila de fusão Mat.: argila, engobes e vidrados; Suporte de Alumínio

XOHAN VIQUEIRA

Espanha “3 Sentidos 3 Direciones” Dim.: 2,84 x 10 x 94 cm Tecn.: construção de placas decoradas com decorações impressas Mat.: grés chamotado, porcelana, fainça, engobe e vidrados

XOHAN VIQUEIRA Espanha “Direcionando 37” Dim.: 300 x 200 x 37 cm Tecn.: construção de placas decoradas com decorações impressas

Mat.: grés chamotado, porcelana, fainça, vidrados, engobes

MIGUEL ÁNGEL GIL Espanha

“Instruciones de embalaje”

Dim.: 75 x 70 x 15 cm Tecn.: argila branca cozida e madeira Mat.: argila preta cozida e madeira

PO Espanha “Fat Red Trolldeg” Dim.: 28 x 22 x 29 cm Tecn.: cerâmica vidrada Mat.: argila vermelha de baixa cozedura, vidrado roxo, branco e preto,

vidrado bege craquelado

UMBELINA BARROS

Portugal “… os percebes…” Dim.: 120 x 121 x 247 cm Tecn.: roda, lastra, modelação Mat.: grés, vidrados cerâmicos tradicionais caldenses

MARISA ALVES & JOAQUIM POMBAL Portugal “Descontextualizar II” Dim.: 860 x 0,04 x 86 cm Tecn.: técnica mista: serigrafia, reservas, aerógrafo, estampilha, sobreposições, esgrafiados Mat.: vidrados, tintas e óxidos sem azulejos de faiança. Vidrado base cru e cozido. Temperatura – 980ºc em atmosfera oxidante

ANISABEL

Portugal “Histórias de criar

bicho 2 “O Medo – Azulejos avulsos do séc XXI” Dim.: 345 x 15 x 30 cm

Tecn.: azulejo chacotado industrial de 15 x 15. Desenho a óxido de manganês vidragem a 1040º Mat.: azulejo industrial chacotado, óxidos naturais, ferro e manganês vidrados

1º Prémio

2º Prémio

3º Prémio

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Menção Honrosa

Menção Honrosa

Menção Honrosa

Menção Honrosa

Menção Honrosa

Menção Honrosa

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VIII – Declarações

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Universidade de Aveiro

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Revigrés

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Anexo IX - Desdobrável do Programa Paralelo

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Anexo X – Programa Paralelo

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Anexo XI – E-mail da “La Pasta”

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De: centoecatorze espaço de criações artísticas [mailto:[email protected]] Enviada: segunda-feira, 18 de Julho de 2011 22:58 Para: bienalceramica Assunto: Expo Pasta

Bom dia

Como está?

Como combinado aqui vai o ponto da situação, mais as necessidades com que deparamos depois de termos visitado o espaço.

Antes do mais queremos em nome do Colectivo Internacional (Portugal, Espanha e Venezuela) que apresenta a exposição Pasta, agradecer à organização da Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro o facto de tornar possível a apresentação desta exposição ao público português (e não só), neste evento com estas características e único no nosso país.

Partindo do princípio de que quem recebe (Bienal de Aveiro) tem todo interesse que as exposições paralelas inseridas no seu circuito sejam expostas com toda a dignidade. Vimos por este meio, depois de termos visitado o espaço disponível, fazer o ponto da situação. Enumerando as necessidades com que deparamos para que sejam criadas condições, para que esta exposição seja apresentada da melhor maneira possível sem a descaracterizar. Indo assim ao encontro do interesse das partes envolvidas (Organização/ Artistas).

A antiga Estação

/ Tem a vantagem de ser um espaço emblemático da cidade. Estar toda a fachada revestida a painéis de azulejos (arte mural tão típica em Portugal e tão admirada por os nossos vizinhos!). Ter um pé direito alto para receber esculturas de 2m. Ser um desafio para quem expõem.

/ Tem a desvantagem de estar francamente afastado do circuito das outras exposições. Do seu interior estar bastante degradado. O espaço ser muito pequeno para as peças que inserem esta exposição, (tendo esta peças de escala muito diferentes) e para tal necessitar de várias paredes amovíveis.

[- tapar parcialmente (2/3) da bilheteira da esquerda, onde poderão ser expostas no seu interior as peças de menor escala. Necessita de luz.

- Tapar integralmente a bilheteira da direita, onde se poderá fazer uma projecção vídeo do projecto e percurso desta exposição itenerante. Necessita de projector + mais tela na janela que dá para o exterior.

- Duas paredes amovíveis para modelar espaço, criando assim mais espaço para todas as peças e fundos neutros para outras.

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- Possibilidade de colocação da peça/ totem no exterior. Necessidade de estrado para o efeito]

___________________________

Divulgação no Roteiro da Bienal e de todas as outras formas previstas para a exposições paralelas.

Faixa exterior identificativa da exposição inserida na Bienal

Faixa interior com imagem da exposição, lista de artistas participantes e ficha técnica.

Etiquetas identificativas das peças

Estadia e alimentação para grupo de artistas que venham participar no desembale e montagem da expo (4 a 6 – dependendo se há ou não funcionários da Câmara disponíveis para o efeito).

Destinando 4 dias para montagem com um grupo de (4 a 6 pessoas):

Alimentação – peq. Almoço/ almoço e jantar – duas das pessoas são vegetarianos

Dormidas – 3 noites (2 a 3 quartos duplos c/ camas separadas)

__________________________________________________

Ficamos a aguardar contacto.

Um abraço

--

Marisa Alves I Joaquim Pombal

--

centoecatorze-espaço de criações artísticas

R. D. frei Lourenço Esteves de Gyos,114

4465-672 Leça do Balio

Portugal

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Anexo XII – Etiquetas “La Pasta”

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Cristina Guzman Traver

Valência "Xemeneies

sense fum"

Cristina Guzman Traver Valência "Ulls de fang"

Lourdes Rodríguez Sevilha

"El enfado de los

baberos"

Lourdes Rodríguez Sevilha "El Aura de la pasta"

Joaquim Pombal, Marisa Alves,

Marc Brocal “Um de cada um”

Ângela Maria Crespo Sevilha “Juntas. Desarrollo y Evolución”

Luís Plaza Garcia

Sevilha "El Mundo de las ideas"

Arístides Martin Canárias "El horizonte se me hizo agua" .

Juana Fernandez Santiago

“Alrededor”

Juana Fernandez Santiago “Coral Colmena”

Jôao Lourenço Portugal “Sense títol”

Salvador Pardo Vigo "Ao amor, o setimento que nos une e unifica"

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Ainara Garay Bilbao “Ama Lur”

Magdalena Rodríguez Sevilha "Al Dente"

Magdalena Rodríguez

Sevilha “Maná”

Estefanía Sánchez Barreiro Asturias "En torno a la Pasta" Ano 2007

Andreina Franceschi Venezuela

"Esencial (de la

Serie Íntimas

conversaciones) "

Lourdes Zapata Corunha "S/ Título"

Sónia Abollo

Pontevedra " Três pares de botas"

Xela Área Pontevedra " Pasta al Dente"

Xela Área

Pontevedra " Non e ouro todo o que reloce "

Ângela Maria Crespo Sevilha " De Buena Pasta"

Estefanía Sánchez Barreiro

" Paisages"

Luís Plaza " Lunera"

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Anexo XIII - Newsletters/Divulgação de Eventos

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Anexo XIV - Peças inscritas na Bienal

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Anexo XV – Fotografias da Exposição Bienal

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Anexo XVI – Cartaz da 10ª Bienal Internacional de Cerâmica Artística de

Aveiro 2011

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