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Grupo Educacional Uninter THIAGO JARDEL ALVES PINTO A ÉTICA EMPRESARIAL FRENTE À CRISE SOCIOECONÔMICA GLOBAL Itaúna – MG 2013

A ÉTICA EMPRESARIAL FRENTE À CRISE … · (IBPEX) mestranda em Administração - organização e mudança (Universidade Positivo(UP). 3 ... O artigo foi desenvolvido a partir de

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Grupo Educacional Uninter

THIAGO JARDEL ALVES PINTO

A ÉTICA EMPRESARIAL FRENTE À CRISE SOCIOECONÔMICA

GLOBAL

Itaúna – MG 2013

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A ÉTICA EMPRESARIAL FRENTE À CRISE SOCIOECONÔMICA GLOBAL

1 Thiago Jardel Alves Pinto

2 Prof. Mestranda Kelly A. Broliani Dalben

1 Graduado em Gestão Comercial (UIT Universidade de Itauna) e aluno do Curso de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão Estratégica da Faculdade Internacional de Curitiba – FACINTER – Grupo Educacional Uninter. 2 Orientadora de TCC do Centro Universitário UNINTER, Administradora de Empresas, Fisioterapeuta (Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC PR) Especialista em Administração, Gestão em Compras de Serviços e Materiais (Instituto Brasileiro de Pós-Graduação e Extensão (IBPEX) mestranda em Administração - organização e mudança (Universidade Positivo(UP).

3

AGRADECIMENTO

A Jesus, à minha família, Débora Leite, ao Grupo Uninter e especial à coordenação

pedagógica do Pólo Educacional de Itaúna o qual me apoiaram durante todo período

formativo.

4

"Você nunca sabe que resultados virão da sua

ação. Mas se você não fizer nada, não existirão

resultados." (Mahatma Gandhi)

5

RESUMO

O presente trabalho vem conceituar Ética, Ética Empresarial aplicada nas organizações, o contexto global cheio de crises socioeconômicas, disparidades existentes e comportamentos éticos que as organizações precisam realizar como a responsabilidade social para diminuir as lacunas sociais contemporâneas. O artigo foi desenvolvido a partir de pesquisas bibliográficas cujos diversos autores aprofundam a temática. A crise socioeconômica global é uma realidade. Ela é resultante da falta de recursos investidos na sociedade, a crescente globalização desmedida que além de enfraquecer o Estado destrói as comunidades locais e a omissão por parte de poderes públicos e privados diante da desigualdade social. Quanto mais a sociedade se desenvolver as conseqüências serão benéficas a todos gerando maior renda às populações carentes, reduzindo a desigualdade social e obtendo vantagem competitiva entre as empresas que colaborarão com esse quadro dada a relevância que o tema está angariando na contemporaneidade. Faz-se, portanto a necessidade de rever tais conceitos acerca da ética empresarial e sua aplicabilidade no contexto proposto haja vista que o mercado globalizado que não venha adquirir tais valores fundamentados em sua raiz, com o decorrer dos anos será atingido pelas consequências do próprio crescimento desmedido e a profunda degradação social contemporânea.

Palavras Chave: Ética Empresarial. Crise. Responsabilidade Social

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ABSTRACT

The present work comes to conceptualize Ethics, Business Ethics applied in organi-zations, the full global context of crisis socio-economic disparities and ethical beha-viors that organizations need to realize how social responsibility to lessen the gaps contemporary social. The article was developed from several authors whose litera-ture searches deepen thematic. The socio-economic crisis is a global reality. It is a result of the lack of resources invested in society, increasing globalization imbalance that while weakening the state destroys local communities and the omission of public powers and private on social inequality. The more the society is developing the consequences will benefit to all generating higher income needy populations, deducing social inequality and gaining competi-tive advantage among the companies who will cooperate with this framework given the importance that the theme is gaining in contemporaneity. There is therefore a need to review such concepts about business ethics and their applicability in the context proposed considering that the global market that will not acquire such values grounded in its roots, over the years will be affected by the con-sequences of their own growth and profound contemporary social degradation. Keywords: Business Ethics. Crisis. Social Responsibility

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................8

CAPÍTULO 1 CONCEITO DE ÉTICA E ÉTICA EMPRESARIAL.................................9

1.1 PRINCIPAIS TEORIAS ÉTICAS.........................................................11

CAPÍTULO 2 A CRISE E A CONJUNTURA SOCIOECONÔMICA GLOBAL............15

CAPÍTULO 3 A ÉTICA EMPRESARIAL E SUA PRÁXIS...........................................18

3.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL E SUA

APLICABILIDADE......................................................................................................20

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................22

REFERÊNCIAS..........................................................................................................23

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INTRODUÇÃO

Este trabalho explicita o conceito de Ética, Ética Empresarial, suas principais

teorias, a crise e a realidade socioeconômica global, a Ética Empresarial frente os

efeitos da crise, a responsabilidade social empresarial e sua aplicabilidade.

O primeiro capítulo aborda conceitos relacionados à Ética Empresarial e suas

principais teorias. O segundo capítulo está relacionado à questão da crise

socioeconômica global, o próximo aborda perspectivas da ética aplicada, o quarto

capítulo trata da responsabilidade social empresarial.

O atual cenário socioeconômico contemporâneo exige uma mudança de

comportamento por parte das organizações e sociedade que possam ser capaz de

analisar as causas dos problemas sociais e a partir disso transformar de maneira

responsável e ética as circunstâncias de cada região até alcançar patamares

maiores.

As situações de fome, pobreza e até violência decorre desse processo

globalizatório sem limites o qual se tem oprimido as comunidades locais favorecendo

o enriquecimento de pequenos grupos que utilizam dos territórios ocupados e

sequer valorizam as realidades culturais pré-existentes.

Faz-se necessário rever os conceitos que existem dentro das organizações e

comunidades locais acerca dos respectivos problemas oriundos da crise

socioeconômica global e buscar auxílios junto ao poder público e privado a fim de se

obter investimentos, recursos que otimizem a aplicação dos projetos sociais

reduzindo os efeitos das crises e gerando maior renda, potencial de

desenvolvimento das classes mais vulneráveis socialmente.

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1 CONCEITO DE ÉTICA E ÉTICA EMPRESARIAL

A Ética se dedica aos assuntos relacionados à moral. Ela é derivada do

grego e significa aquilo que pertence ao caráter. Ética está implícita no cotidiano

humano. Não se restringe apenas à Moral, que geralmente é vista como costume,

hábito. Ela se encontra num patamar superior haja vista que procura

fundamentações teóricas pelo melhor modo de viver.

As questões éticas parecem fazer parte de todos os setores da atividade humana. Decisões referentes ao certo e errado, bem e mal, permitido e proibido estão presentes na política, na economia, na educação, na religião, nos negócios, enfim, em tudo que diz respeito ao ser humano no mundo, à sua condição humana. (ALENCASTRO, 2010, p.31)

A Ética empresarial, consta por ser o estudo dos valores morais que se

devem observar no exercício de uma profissão, ou seja, no convívio empresarial. O

nascimento desse campo de estudos está relacionado à evolução da sociedade

como um todo assim como às transformações econômicas que permearam o último

século. Os exageros do sistema capitalista trouxeram indagações acerca da

sustentabilidade organizacional, sociedade e meio ambiente. A sociedade e as

corporações, em geral, sentem-se impelidas a rever os valores éticos e discussões

acerca de soluções dos problemas sociais fundamentais.

A nova preocupação diz respeito a como deve o lucro ser concebido no com texto mais amplo da produtividade e da responsabilidade social, e como podem as grandes empresas, enquanto comunidades complexas, servir tanto os seus empregados como a sociedade na qual se encontram. (SOLOMON, 2004, p. 03).

“Os lucros não são, em si, o fim ou o objetivo da atividade empresarial: os

lucros são distribuídos e reinvestidos. Os lucros são um meio para montar o negócio

e recompensar os empregados, os executivos e os investidores”. (SOLOMON, 2004,

p.04).

Peter Drucker reconhece a importância de se verificar o objetivo último das

organizações. Em seu livro “Inovação e espírito empreendedor” o mesmo conceitua

empreendedorismo e complementa que nem sempre este requer finalidade de lucro.

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Inúmeras organizações sem fins lucrativos têm-se utilizado de estratégias e

ferramentas gerenciais associadas ao empreendedorismo surgindo o conceito de

empreendedorismo social. O empreendedor social assume riscos tendo em vista o

seu comprometimento com a sociedade pois busca soluções éticas como agente

transformador da realidade aspirando a prática dos valores morais.

A Ética Empresarial avalia os costumes e valida as ações morais às quais

conduzem a valorização dos princípios que preservam a vida. Toda atitude ética

consta por escolher dentre os atos possíveis aqueles os quais a moral aspira

enquanto valores perenes e que conferem unidade.

O agente considerado sujeito livre, ou seja, passível de oportunidade de

escolha, capaz de deliberar a ação e responsável pelo ato ocorrido necessita

perceber-se enquanto membro de uma coletividade principalmente no âmbito

empresarial. O mesmo carrega consigo a representatividade da organização o qual

pertence.

[...]a abordagem normativa preocupa-se bastante em estabelecer o estatuto de ‘agente moral’ das empresas. Segundo a maioria dos autores que partilham deste ponto de vista, o ato corporativo não pode ser reduzido ao ato individual, visto ser a empresa uma coletividade que transcende a soma dos sujeitos que a compõem. (KREITLON, 2004, p. 07).

A Ética busca separar o bom do mau comportamento determinando juízos de

valor. “... a Ética ou Moral não é mero estudo descritivo dos costumes de uma

sociedade, mas estabelece juízos de valor sobre o que torna bom este ou aquele

proceder social”. (ACQUAVIVA, 2002, p. 26). A conduta correta seria aquela que

vislumbra o bem social.

O empreendedor social é aquela pessoa que busca o bem coletivo, o

desenvolvimento social, econômico e comunitário, investe recursos financeiros na

busca de solucionar problemas sociais, possui uma visão holística, portanto se

envolve no processo de desenvolvimento da sociedade num todo bem como o

comportamento socrático e o utilitarismo clássico altruísta.

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1.1PRINCIPAIS TEORIAS ÉTICAS

As principais teorias éticas são a ética das virtudes, a religiosa, do dever,

finalismo e utilitarismo as quais trazem a tona diversas perspectivas desde o período

socrático até o respectivo contemporâneo. A Ética das virtudes teve sua origem em

Sócrates (469-399 A.C). Virtude é um conceito que significa algo qualitativo, ou seja,

ser virtuoso significa fazer o bem para si e para os outros. “Sócrates, por exemplo,

defendia a idéia de que as demandas éticas só poderiam ser plenamente resolvidas

com o conhecimento de si mesmo”. (ALENCASTRO, 2010, p.34). A frase “conhece-

te a ti mesmo” reconhecidamente socrática, diz que o ser humano após alcançar

esse tipo de conhecimento teria a capacidade de exercer sua função político-social

de forma adequada.

Já na visão de Platão (427-348 a.C.) a virtude que em grego é “virtus” e

significa qualidade positiva de um indivíduo, é algo inato ao ser e ele carrega

consigo desde seu nascimento. Aristóteles, no entanto, (348-322 a.C.) pensava que

as virtudes poderiam ser aprendidas e a Ética tinha por tarefa resolver o problema

da felicidade humana, enfim, ensinar o humano a cultivar os atributos necessários

para lograr a felicidade.

Aristóteles apenas quis dizer que o objetivo de estudo da Ética é a ação humana (práxis) ou são as opiniões sobre a ação humana ou ainda as opiniões corretas sobre a ação humana ou, inclusive, a soma de todos esses tópicos. (FINNIS, 2012, p.01).

Aristóteles separou as virtudes em dianoéticas e éticas. A primeira são as

não-morais, intelectuais e as outras são constituídas pelo exercício contínuo do

hábito. As virtudes dianoéticas, portanto, as intelectuais, podem ser aprendidas

através do ensinamento. Dentre aquelas que são constituídas pelo hábito têm-se a

justiça, temperança, honestidade, lealdade e a fidelidade.

A coragem, a sapiência e a prudência poderiam ser ensinadas e, portanto,

aprendidas. Ambos grupos podem se apoiar mutuamente. “A coragem, por exemplo,

é uma virtude dianoética necessária para que alguém exija publicamente que se

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faça justiça (virtude ética)”. (ALENCASTRO, 2010, p.35). Aristóteles, em seu livro,

Ética a Nicômaco, reflete as problemáticas centrais da ética no caráter dos

indivíduos. O bem seria a atividade da alma em conformidade da prática das

virtudes. Em relação a virtude da coragem, por exemplo, deve-se encontrar o meio

termo entre o excesso e a carência.

Contudo, tanto a teoria geral da virtude quanto a descrição concreta das virtudes particulares são oferecidos por aquilo que veio a ser chamado de “ a doutrina da mediania[...} Perder-se na vida é não adquirir as habilidades de que precisamos para equilibrar nossas capacidades emotivas e cognitivas. (KRAUT, 2006, p. 15).

O filósofo Aristóteles, como bom seguidor de Platão, herdou muitas idéias

socráticas, tais como a maiêutica3. Na busca pela felicidade, percebe-se que o

objetivo da existência humana está na felicidade e para alcançar tal fim faz-se

necessário aperfeiçoar o caminho das virtudes, ou da excelência, o justo meio.4

A excelência é uma arte obtida com o treinamento e o hábito: não agimos corretamente porque temos virtude ou excelência, mas a temos porque agimos corretamente; essas virtudes se formam no homem enquanto ele vai agindo, nós somos aquilo que fazemos repetidas vezes. A excelência, então, não é um ato, mas um hábito: o bem do homem é a alma trabalhar no caminho da excelência uma vida inteira. (DURANT, 2000, p. 91).

Pode-se dizer que a ética religiosa 5 ou teológica tenta responder

problemáticas que desde a origem dos tempos inquietam o ser humano: questões

voltadas à felicidade, o acesso aos bens e sua repartição e as obrigações ditadas

por Deus. O não cumprimento dos mandamentos dados como Divinos, conforme a

ética cristã afastaria a possibilidade de ser feliz haja vista que junto ao pecado, o

sentimento de remorso e culpa negaria qualquer viés de felicidade.

Immanuel Kant (1724-1804), filósofo iluminista, defendeu duas posições

distintas sendo uma teórica e outra prática. A primeira, conhecida como pura,

3 O estar ciente da própria ignorância é condição determinante para o bom desenvolvimento do processo educacional formativo, corporificado na técnica da maiêutica socrática, que é alicerçada pelo logos.[...] o bom emprego de tal techne seria condição fundamental para o desenvolvimento da arete, o seja, da virtude humana. 4 Este justo meio não é uma média matemática, mas algo que só se revela à razão madura e flexível. 5 Na ética religiosa os deveres, mandamentos, são absolutos e ditados por Deus. A felicidade alcança-se pela conformidade do Homem com esses deveres. O amor a Deus é primordial em relação ao amor aos homens.

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permite ao sujeito construir seu conhecimento acerca das coisas naturais. Já a razão

prática pura consta ser também operações da mente, porém emissões de juízo

sendo que através do uso da razão, o ser racional ou humano entende como

obrigatório o cumprimento dos imperativos categóricos. “A razão prática, a

consciência moral e seus princípios, tem a primazia sobre a razão pura. (MORENTE,

1964, p. 258).

Dentre eles têm-se “[...]a necessidade imperativa, da qual nenhum homem

pode escapar, de respeitar todos os seres racionais na qualidade de fins em si

mesmos”. (ALENCASTRO, 2010, p.41). O sujeito não pode ser considerado um

meio, algo “descartável”, mas sempre como o fim.

Kant afirma: “Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa

como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente, como um fim e

nunca simplesmente como um meio”. (KANT, 1984, p.135). Segundo Kant, faz-se

necessário desenvolver práticas ou procedimentos que, verificados pela razão,

possam ser validados de forma universal. “[..]um ato bom é aquele que é praticado

por todos, indistintamente”.(ALENCASTRO, 2010, p.41).

A Ética do dever como é conhecida a Ética Kantiana vê os imperativos

categóricos como critérios do agir. O conceito moral Kantiano pretende determinar

como moral o dever pelo puro ato de realizá-lo. Esse é o elemento mais importante

porque aqui não se trata de cumprir algo porque é bom ou belo, visto que a ética

está implícita no ato de cumprir. “O paradigma ético deontológico não se ocupa com

o que se deve fazer para se ter uma vida boa ou feliz, mas com o como se deve agir

para que a ação seja correta[...]. (RAUBER, 1999, p.09).

Maquiavel (1469-1527), em sua ética finalista, não afirma que o ser humano

de uma forma geral deva ser oportunista, ou seja, que os meios são sempre

justificáveis ante os fins. Este pensamento foi deturpado no decorrer dos anos. Esse

filósofo de Florença aconselhava os príncipes sobre o uso de uma conduta que

fosse eficaz, cujo êxito político fosse garantido. Ele não julgou seus atos por sua

moralidade subjetiva, mas pela relevância dos governantes no cenário político de

sua época.

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Ao colocar o problema do conflito, aborda acerca das qualidades para o exercício do poder. É necessário agir de acordo com a conjuntura, a realidade tal qual se apresenta, levando em consideração a natureza humana e afastando-se de uma política idealizada, num mundo de boa vontade. (GUIMARAES, 2010, p. 39)

Enfim, os finalistas não desenvolveram sua ética a partir de regras, mas de

metas e analisam suas atitudes à medida que corrobore com suas finalidades.

Apesar de todo pensamento finalista ter utilizado o sistema político de Maquiavel, os

fins segundo os éticos finalistas deve ser sempre bom assim como os caminhos que

conduzem ao objetivo final.

Já o Utilitarismo clássico teve como principais expoentes Jeremy Bentham

(1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873). “O utilitarismo vê o bom como aquilo

que é útil para a maioria, tornando-se assim uma espécie de altruísmo ético, sempre

admitindo a possibilidade do sacrifício individual a favor da coletividade”.

(ALENCASTRO, 2010, p.43).

O utilitarismo é a doutrina sobre o qual o bem-estar de todo indivíduo tem

valor ético intrínseco sendo que quanto maior número de beneficiados maior o valor

ético. A escolha moral, conforme Mills é aquela que proporciona maior quantidade

de prazer e ausência de dor para maior número de pessoas possíveis. “[...]as ações

são boas na proporção com que tendem a produzir a felicidade; [...]Entende-se por

felicidade o prazer e a ausência de dor; por infelicidade, a dor e a ausência de

prazer.” (Mill, 1960, p. 29-30).

As éticas que tem como enfoque normas e deveres estabelecidos a priori, ou

seja, através da razão, são as deontológicas, (dever e religiosa) cujo nome, provém

do grego e significa dever. Há de se cuidar a fim de que não fomentem nas

organizações e na sociedade comportamentos fundamentalistas haja vista a rigidez

em sua práxis. As correntes teleológicas (finalismo e utilitarismo) tendem a tornar

flexíveis os caminhos para alcançar os objetivos. O nome telos significa fim. Faz-se

necessário mensurar, adequar e racionalizar a perda e a maximização dos

resultados nas organizações e na comunidade.

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2 A CRISE E A CONJUNTURA SOCIOECONÔMICA GLOBAL

A crise financeira que desencadeou em uma crise socioeconômica global,

teve sua origem em 2007 e no ano posterior passou a representar uma verdadeira

transformação no sistema capitalista. Nem a queda da bolsa de valores de Nova

York nos Estados Unidos em 1929 causou tanto sofrimento quanto a deste século

com o massacrante quadro de 50 milhões de desempregados em 2009.

Infelizmente com o nível alto de inflação dos alimentos, devido aos preços

internacionais de mercadorias, o número de pessoas desnutridas teve um acréscimo

de 11% alcançando lamentável quantia de um bilhão de seres humanos em todo o

planeta sofrendo de fome. A crise financeira teve seu início nas irregularidades dos

mercados financeiros e na especulação desmedida o qual abriu as portas para a

crise.

Com o capitalismo neoliberal nasceu um novo regime de acúmulo de

riquezas: a “financeirização” ou capitalismo comandado pelo setor financeiro. “Por

meio de inovações financeiras arriscadas, o sistema financeiro como um todo,

composto de bancos e investidores financeiros, pode criar riqueza fictícia e capturar

uma maior fatia da renda nacional, ou da riqueza real”. (PEREIRA, 2010, p.01).

O principal motivo impulsionador da crise de 2008 foi o mercado imobiliário

norte-americano. O efeito que os Estados Unidos causaram no planeta foram

desastrosos. Os desequilíbrios monetários e financeiros foram-se acumulando

durante os últimos anos através da atuação neoliberal absoluta sem a intervenção

estatal repercutindo nas estruturas produtivas.

a dinâmica recente de concentração de renda nos Estados Unidos, inclusive com a drástica redução de impostos pagos pelos ricos, geraram uma cultura do lucro fácil e uma estrutura de poder que de tudo fará para manter o sistema. Os ajustes terão de ser profundos. (DOWBOR, 2009, p.09).

A última grande recessão ou crise financeira de 2008 trouxe graves

conseqüências a nível global. Além dos países asiáticos, ficou evidente a

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necessidade de modificar a postura política e econômica no Brasil e corrigir as falhas

nas contas públicas e o setor externo. Soluções práticas precisavam ser tomadas

tais como aumento de receitas, corte de gastos e valorização dos produtos

brasileiros acelerando a competitividade anexa à melhora na taxa de câmbio real.

A exclusão social no mundo, principalmente no continente europeu cresceu

gradativamente concretizando a marginalização de grupos ameaçados pelo

desenvolvimento de uma minoria. A transformação tecnológica, digital fez parte

deste processo global o que ampliou ainda mais a desigualdade e discrepância

econômica.

Há fortes razões para inquietação quanto ao futuro do mercado de trabalho e ao crescimento da exclusão no início do próximo século, especialmente na periferia do capitalismo. O paradigma do emprego está em profunda mudança. Os desajustes causados pela exclusão de parte crescente da população mundial dos benefícios da economia global e a progressiva concentração de renda constituem-se no grande problema das sociedades atuais, sejam pobres ou ricas. (DUPAS, 1999, p.01).

Os ganhos socioeconômicos de alguns ocorrem muitas vezes em face de

desastres ambientais e perdas desastrosas de grupos menos favorecidos

socialmente. Conceitos tais como responsabilidade social aparecem neste quadro

enquanto resposta da sociedade civil perante tal realidade.

O desenvolvimento sustentável busca, portanto, alcançar o ideal do planeta harmônico (uso sustentado dos recursos naturais, com reparo e reposição) e da cidadania plena (paz e ausência de marginalidade psicológica, socioeconômica e cultural), tanto no contexto das presentes como das futuras gerações, reparando, nos limites do possível, os danos de toda ordem causados no passado. (ALMEIDA, 2000, p. 16).

O conceito de globalização já é uma realidade na atual conjuntura

sociopolítica. Ele impacta a sociedade e deveria ter maior atenção por parte da

opinião pública acerca das questões socioeconômicas. A primeira globalização

pode-se dizer que se caracterizou pelas ocupações territoriais que vieram das

conquistas no século XVI os quais ocasionaram em apenas um século 70 milhões de

mortes e 2 mil idiomas indígenas desaparecidos na América Latina; 10 milhões de

africanos que foram trazidos no período pós-colonial sofreram inúmeros tormentos e

posteriormente foram abandonados a própria sorte.

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A segunda globalização iniciou-se já no século XX caracterizada pela divisão

dos territórios e revoluções”. Milton Santos6 percebeu um modelo de globalização

autoritário injusto e desumano.

Em sua visão há um certo mundo de “fantasias” o qual facilita a integração

entre os povos concomitantemente o consumo exagerado fundamentalista levando a

homogeneização dos territórios e a heterogeneidade social, as divergências

socioeconômicas.

O processo globalitário provoca descontrução haja vista que os povos mais

sensíveis socialmente sofrem a indiferença desordeira dos princípios inerentes a

esse movimento geopolítico. As realidades locais das comunidades são ignoradas e

as aplicações brutais dos princípios da globalização perversa trazem transtornos e

danos à maioria das empresas e pessoas locais beneficiando um pequeno grupo de

atores sociais externos.

O Estado em virtude desse processo globalizatório perde sua capacidade de

intervir nas negociações comerciais e contudo se enfraquece. Conforme Milton

Santos existia uma versão midiática fantasiosa da globalização que enfraquecia as

culturas regionais. Milton Santos não é totalmente oposto à globalização mas se fez

contrário à versão globalizatória hegemônica oportunista e perversa que tira proveito

da economia local e visualiza somente o enriquecimento de multinacionais globais

capitalistas.

6 Milton Almeida dos Santos (Brotas de Macaúbas, 3 de maio de 1926 – São Paulo, 24 de junho de 2001) foi um geógrafo brasileiro. Apesar de ter se graduado em Direito, Milton destacou-se por seus trabalhos em diversas áreas da geografia, em especial nos estudos de urbanização do Terceiro Mundo. Foi um dos grandes nomes da renovação da geografia no Brasil ocorrida na década de 1970.

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3 A ÉTICA EMPRESARIAL E SUA PRÁXIS

O sistema capitalista enquanto força predominante no mundo contemporâneo

foi favorecido pelo ascetismo cristão protestante que adentrou no mercado da vida

segundo o pensamento do sociólogo Weber .

[...] há algo no estilo de vida daqueles que professam o protestantismo que favorece o espírito do capitalismo. [...] o ascetismo cristão se colocou no âmago (ou tornou-se o coração) do ‘mercado’[...]onde as pessoas também tem preço, tal como as mercadorias. (WEBER, 2006, p. 20)

O pensamento calvinista ou a conduta religiosa purinista vivencia o

ascetismo enquanto garantia de exito material através do qual a graça divina estaria

sobre os escolhidos, predestinados a se enriquecerem desenvolvendo

intelectualmente, profissionalmente e de maneira ética conforme suas doutrinas.

Isso teria favorecido ao surgimento do capitalismo cujo expoente principal

analogicamente seria a acumulação de riquezas por um grupo social seleto e

escolhido, em outras palavras predestinado.

Em A Ética Protestante, Weber traça detalhadamente o tipo ideal de conduta religiosa que contribuiu decisivamente para o desenvolvimento qualitativo do capitalismo. Trata-se do ascetismo intramundano vivenciado pelos seguintes segmentos do protestantismo: calvinismo, pietismo, metodismo e seitas batistas. (WEBER, 2006, p.21)

A Ética Empresarial é um estudo recente. Em termos cronológicos, faz pouco

mais de dez anos que é considerada como algo real e necessário. “A Ética

Empresarial evoluiu de um ataque totalmente crítico ao capitalismo e ao objetivo do

lucro para um exame mais produtivo e construtivo das regras e práticas subjacentes

ao comércio”. (SOLOMON, 2004, p. 03).

Esta nova forma de visualizar eticamente a realidade empresarial não se

ocupa fundamentalmente em criticar o comércio ou sua prática fugindo do mero

possível para algo real e prático e sim comprometer-se de forma honesta com todos

os envolvidos.

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Com a complexidade dos negócios, os empresários precisam adaptar-se à

realidade social cheia de disparidades. “A equação empresarial da atualidade está

relacionada como potencializar o desenvolvimento dos negócios considerando a

intervenção da organização no meio”. (ALMEIDA, 2002, p.57).

As organizações éticas e empreendedoras sociais que interagem com a

sociedade trazem melhorias para o meio, a coletividade investindo recursos

financeiros e aumentando as perspectivas de futuro principalmente dos jovens

menos favorecidos através principalmente da inclusão digital e cursos

profissionalizantes.

A necessidade de uma moralidade que vislumbre o bem social faz com que o

imperativo categórico Kantiano voltado ao sujeito se transforme numa teoria

sociológica positivista enquadrando o particular no todo.

A teoria sociológica (positivista) de Durkheim transforma o imperativo categórico de Kant no imperativo da sociedade: “Age conforme as normas sociais o prescrevem. A questão da moralidade é transformada em uma questão pedagógica. Como a sociedade é infalível, representando a materialização da verdade e da justiça, somente o indivíduo é suscetível do erro e da injustiça, e por isso precisa ser enquadrado, educado para o social. (FREITAG, 1989, p.06)

As instituições aparecem nesse contexto sociológico positivista enquanto

conceito que tira o foco crítico no indivíduo para uma perspectiva do ponto de vista

organizacional. Elas são constituídas por regras formais e informais seguidas por

sujeitos que obedecem razões normativas, cognitivas ou materiais.

Enquanto agentes éticos e praticantes da cidadania existem aqueles que são

empreendedores sociais que têm paixão pelo que faz, competência gerencial,

críticos, inovadores e focados nas soluções dos problemas sociais sustentando o

valor social e não somente o privado.

A responsabilidade social considera as necessidades de cada região.

Impensável pensar uma ética que não vislumbre as diferenças particulares e

riquezas culturais de cada região.

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3.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL

O conceito de responsabilidade social empresarial constitui-se a postura ética

e transparente com a qual as organizações relacionam com a comunidade e todos

os envolvidos no processo competitivo buscando metas alcançáveis e compatíveis

com o panorama socioeconômico o qual se vive na contemporaneidade.

O respeito à biodiversidade e aos direitos humanos já não são questão de

escolha, mas exigência sociopolítica cuja ação de todos envolvidos será

preponderante na garantia do futuro da vida no planeta. O empresariado

principalmente o brasileiro tem demonstrado interesse com relação a investimentos

na esfera social.

Em especial, nas últimas duas décadas vem aumentando o interesse e conseqüente investimento do empresariado brasileiro na área social. Discutem-se temas sobre o gerenciamento social, implementação de projetos sociais comunitários, o empresário ético e a responsabilidade social. (RICO, 2004, p. 73).

A responsabilidade social empresarial conduz às organizações a efetivar os

valores éticos promovendo a igualdade de oportunidades com a inclusão digital,

eventos culturais, cursos educacionais e profissionalizantes no país aproximando

das comunidades locais. Infelizmente, conceitos semelhantes como filantropia7 e

assistência do ponto de vista histórico não faziam parte da cultura empresarial

brasileira.

Até o início do processo de industrialização no Brasil e mesmo posteriormente

as ações sociais empresariais foram heterogêneas tuteladas pelo Estado. Não

existiam ações assistenciais sistemáticas aos mais necessitados. As práticas de tais

ações ocasionais eram uma forma de os ricos ascenderem aos valores na

aristocracia brasileira .

7 Filantropia trata das ações de benemerência da empresa por meio de participações em campanhas isoladas ou doações aleatórias que faz a instituições sociais.

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Foi a partir do processo de mudança democrática a partir dos anos 80 que

ações sociais empresariais despertaram-se junto ao objetivo político nacional de

desenvolvimento sustentável. A responsabilidade social empresarial surgiu em meio

a uma crise de identidade onde se presenciou uma relativa desconfiança da

sociedade quanto ao que realmente era responsabilidade do empresariado em geral.

Para tanto, as organizações empresariais começaram a promover um discurso politicamente correto, pautado na ética, implementando ações sociais que podem significar ganhos em condições de qualidade de vida e trabalho para a classe trabalhadora, ou simplesmente, podem se tornar um mero discurso de marketing empresarial desvinculado de uma prática socialmente responsável. (RICO, 2004, p. 74).

A efetivação do discurso empresarial em práticas concretas faz-se necessário

haja vista que a sociedade no geral passou a observar tal realidade que influenciado

pelo “jeitinho brasileiro” as promessas organizacionais de melhorias não

ultrapassavam o campo do discurso.

A transparência durante as atividades que envolvem o ambiente externo

como são por exemplo os projetos de inclusão digital, socioeducativos fazem

relevantes para reduzirem a fresta existente entre discurso e prática social e

posteriormente para que os stakeholders possam ter maior conhecimento das

empresas socialmente responsáveis afim de escolherem seus produtos, serviços,

ações e até investiduras nos cargos que venham a estar disponíveis no mercado.

Os caminhos para se elaborar a sociedade democrática onde as

oportunidades sejam iguais para todos são formados pelas relações Éticas e

transparentes entre Estado, mercado e sociedade civil e também pela influência que

corporações privadas e associações ocupam no contexto socioeconômico.

A democracia é condicionada pela atual realidade mundial e nacional, refletindo que para além de sua natureza política institucional , ainda frágil, deve avançar nas esferas econômica e social. A democracia se concretiza no cotidiano, exigindo regras de convivência, respeito, justiça social, direitos humanos, dissensos e consensos, gestão estratégica. (RICO, 2004, p. 74).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que a Ética Empresarial é um conceito teórico-prático à medida

que se absorve a idéia de combinar as diversas posições éticas e aplicá-las às

organizações e na sociedade na busca de ações sócio responsáveis

comprometendo com as necessidades das comunidades locais através de políticas

públicas, projetos sociais numa cadeia mais ampla cuja meta seja sempre o

desenvolvimento socioeconômico local e a lucratividade organizacional.

A fim de que isso aconteça, torna-se necessário a reflexão da realidade

desigual o qual se encontra o mundo globalizado e a partir disso considerar os

benefícios das práticas éticas nesse contexto para a mudança de paradigma na

sociedade conscientizando também a importância de todos os stakeholders

colaborarem

Em meio à crise no cenário mundial as organizações passaram a valorizar a

aplicabilidade de diversos conceitos tais como responsabilidade social empresarial

porque além de contribuir com a sociedade de forma transparente e aberta fortalece

a base das empresas que são os seus valores e princípios, pilares da cultura

organizacional. As teorias éticas empresariais entram aqui enquanto

fundamentações teóricas práticas para que as ações organizacionais não se percam

durante o processo de desenvolvimento econômico e social.

A práxis empresarial agrega valor à marca e a todos seus envolvidos. A

tendência é que as empresas socialmente responsáveis sejam parceiras do

desenvolvimento global num todo a partir do comprometimento regional a princípio.

Com o enfrentamento das desigualdades através de projetos sociais haverá uma

redução dos efeitos da crise como a exclusão social, a miséria, fome, violência.

Conclui-se que há necessidade de articular melhor os recursos públicos e

privados e somar aos esforços conjuntos da sociedade gerando condições objetivas

claras na luta pelo desenvolvimento econômico e social, desta forma gerando maior

renda principalmente às comunidades mais carentes.

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