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A importância do fortalecimento do músculo transverso do abdomen no tratamento de lombalgias
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FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
TATIANE ROBERTA DOS SANTOS QUINTILIANO
A IMPORTAcircNCIA DO FORTALECIMENTO DO MUacuteSCULO
TRANSVERSO ABDOMINAL NO TRATAMENTO
DAS LOMBALGIAS
BATATAIS 2005
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
TATIANE ROBERTA DOS SANTOS QUINTILIANO
A IMPORTAcircNCIA DO FORTALECIMENTO DO MUacuteSCULO
TRANSVERSO ABDOMINAL NO TRATAMENTO
DAS LOMBALGIAS
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Claretiano para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de graduado em Fisioterapia Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior
BATATAIS 2005
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
TATIANE ROBERTA DOS SANTOS QUINTILIANO
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Claretiano para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de graduado em Fisioterapia Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior
A IMPORTAcircNCIA DO FORTALECIMENTO DO MUacuteSCULO
TRANSVERSO ABDOMINAL NO TRATAMENTO
DAS LOMBALGIAS
Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior
Examinador(a) _______________________________________________
Examinador(a) _______________________________________________
Batatais ______ de __________________________ de 2005
Eu pedi forccedila E Deus me deu dificuldades para me fazer forte Eu pedi sabedoria E Deus me deu problemas para resolver Eu pedi prosperidade E Deus me deu ceacuterebro e muacutesculos para trabalhar Eu pedi coragem E Deus me deu perigo para superar Eu pedi Amor E Deus me deu pessoas com problemas para ajudar Eu pedi favores E Deus me deu oportunidades Eu natildeo recebi nada do que pedi Mas eu recebi tudo de que precisava
(autor desconhecido)
Agradeccedilo primeiramente a Deus por ter me dado forccedila para a conclusatildeo deste trabalho e mais esta etapa de minha vida Aos meus pais Felix e Ameir a minha avoacute Lourdes a minha irmatilde Emilze meu cunhado Artur que lutaram e estiveram do meu lado sempre me incentivando e ajudando a tornar real todos meus planos e sonhos Em especial meu avocirc Joaquim (in memorian) que mesmo natildeo estando fisicamente aqui tenho certeza que natildeo deixou de estar ao meu lado em todos os momentos espero estar dando o orgulho que ele sempre disse sentir A Tina que mesmo estando longe nos ajudou de todas as formas para a conclusatildeo deste trabalho A minha amiga-irmatilde Tati que conquistou mais esta etapa ao meu lado e concordou e ajudou em todas as minhas ideacuteias durante a realizaccedilatildeo deste trabalho A meu grupo de estaacutegio e os amigos que conquistei durante estes quatro anos e em especial a Luacute que nos auxiliou em um momento importante deste trabalho A meu orientador Edson pela atenccedilatildeo dedicaccedilatildeo e por cobrar sempre nosso melhor e a Carmem que nos ajudou em todas as fases deste trabalho Valeu
Flaacutevia Mafra de Lima
Agradeccedilo a Jesus Cristo que sempre me acompanhou nesta longa caminhada aos meus pais Joseacute Roberto e Flora e tambeacutem ao meu irmatildeo Tallis que me deram a oportunidade de realizar meu sonho profissional e que acima de tudo confiaram que eu seria capaz de vencer Agradeccedilo ao meu orientador Edson Barros que nos ajudou a desenvolver e concluir esse trabalho com sucesso Tambeacutem agradeccedilo as professoras Carmen Bia Marilia e Edson Verri que natildeo exitaram em ajudar com dedicaccedilatildeo e carinho em momentos de desespero nossos Natildeo poderia esquecer de agradecer as pessoas que fizeram parte do meu ciclo de amizades que aqui fiz e que nestes 4 anos foram amigas companheiras ouvintes e compreensivas para comigo satildeo elas Flaacutevia Eacuterika Erivacircnia Valeria Kelly Liacutelian e todos que me ajudaram e que estatildeo guardados com muito carinho no meu coraccedilatildeo De um modo especial agradeccedilo a Tina e a Flaacute minhas irmatildes do coraccedilatildeo que me fizeram entender o verdadeiro sentido da amizade e que mesmo estando longe me deram forccedilas para lutar pelos meus ideais confiando que eu iria vencer sendo como anjos em minha vida Adoro todos vocecircsDeus os protejam
Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano
Dedico a todos os pacientes que sofrem de lombalgia e principalmente os que fizeram parte de nosso trabalho A minha famiacutelia por serem minha base e incentivarem sempre Ao meu orientador Edson A Tati e a Tina que desde o primeiro ano fazem parte da minha vida e satildeo importantes para mim
Flaacutevia Mafra de Lima
Dedico este trabalho a Deus que me deu sabedoria e me ajudou a vencer mais essa etapa de minha vida a minha amiga-irmatilde Flaacute que durante toda a realizaccedilatildeo deste confiou em mim e sempre me deu forccedilas para lutar nos momentos de grandes dificuldades que eu passei me levando uma palavra de incentivo e otimismo e aos nossos pacientes que foram instrumentos abenccediloados na realizaccedilatildeo deste trabalho
Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano
RESUMO
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes com dor na coluna e
uma das principais causas de incapacidade funcional e dispensas do trabalho Segundo alguns
autores cerca de 60 a 80 da populaccedilatildeo sofreram ou sofreratildeo de dor lombar Neste trabalho
foi realizado uma revisatildeo bibliograacutefica sobre lombalgia e estabilizaccedilatildeo segmentar e um
estudo de casos que buscou comparar dois tipos de tratamento Estabilizaccedilatildeo Segmentar
especiacutefico para contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal e Exerciacutecios Globais de
Estabilizaccedilatildeo avaliando qual dos dois traria resultado em menor tempo e por maior duraccedilatildeo
A amostra foi composta por 11 pacientes com diagnoacutesticos de lombalgia mecacircnica
espondilolistese espondiloartrose com estenose do canal vertebral heacuternia discal em L4-L5
compressatildeo de raiz nervosa e escoliose lombar Foi utilizado como paracircmetros na avaliaccedilatildeo
fisioterapecircutica a escala de dor de Borg Os resultados demonstraram melhora nos dois
grupos sendo mais acentuada no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar
Palavras-chave Lombalgias Estabilizaccedilatildeo Segmentar Dor Tratamento
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 12
1 LOMBALGIA 14
2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19
211 Espondilolistese 19
212 Doenccedila de Paget 20
213 Tumores da coluna 20
214 Estenose do canal vertebral 20
215 Espondilite Infecciosa 21
216 Heacuternia discal 21
217 Siacutendrome Facetaacuteria 22
3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
23
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25
311 Anatomia e Biomecacircnica 25
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28
321 Anatomia e Biomecacircnica 28
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30
4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35
411 Sistema passivo 36
412 Sistema ativo 37
413 Sistema neural 37
4131 Sistema local 38
4132 Sistema global 39
5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE
LOMBAR
41
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE
MOVIMENTO
43
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43
6 MATERIAL E MEacuteTODO 45
61 AVALIACcedilAtildeO 46
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47
622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52
7 RESULTADOS 59
71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO
GRUPO 1 X GRUPO 2
64
8 DISCUSSAtildeO 67
CONCLUSAtildeO 69
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70
APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72
APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77
ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87
ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88
ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32
Figura 3 Sistema segmentar local 39
Figura 4 Sistema segmentar global 40
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase
inspiratoacuteria e expiratoacuteria
48
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado contralateral
48
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e
extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio
49
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com
coluna ereta
50
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta
51
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso
52
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da
pelve
53
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado sadio
55
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com
elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado
contra-lateral
56
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro
do lado doloroso
58
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o
tratamento 86
INTRODUCcedilAtildeO
As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto
jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos
e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do
fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento
fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos
abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma
melhora de sua qualidade de vida
O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada
a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos
muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas
pessoas teratildeo mais de um episoacutedio
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo
discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito
Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes
desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito
importante nesses casos
O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais
Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como
por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho
peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo
Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do
muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud
COSTA et al 2004)
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a
ligamentos e caacutepsulas
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
CAPIacuteTULO 1
LOMBALGIA
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores
da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et
al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e
cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar
(Indahl apud SALMELA et al 2004)
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida
80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA
2004)
Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a
lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos
Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre
de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano
Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta
aumenta com o avanccedilar da idade
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002)
No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades
natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE
PAULISTA 2002)
No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido
conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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35
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
TATIANE ROBERTA DOS SANTOS QUINTILIANO
A IMPORTAcircNCIA DO FORTALECIMENTO DO MUacuteSCULO
TRANSVERSO ABDOMINAL NO TRATAMENTO
DAS LOMBALGIAS
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Claretiano para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de graduado em Fisioterapia Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior
BATATAIS 2005
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
TATIANE ROBERTA DOS SANTOS QUINTILIANO
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Claretiano para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de graduado em Fisioterapia Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior
A IMPORTAcircNCIA DO FORTALECIMENTO DO MUacuteSCULO
TRANSVERSO ABDOMINAL NO TRATAMENTO
DAS LOMBALGIAS
Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior
Examinador(a) _______________________________________________
Examinador(a) _______________________________________________
Batatais ______ de __________________________ de 2005
Eu pedi forccedila E Deus me deu dificuldades para me fazer forte Eu pedi sabedoria E Deus me deu problemas para resolver Eu pedi prosperidade E Deus me deu ceacuterebro e muacutesculos para trabalhar Eu pedi coragem E Deus me deu perigo para superar Eu pedi Amor E Deus me deu pessoas com problemas para ajudar Eu pedi favores E Deus me deu oportunidades Eu natildeo recebi nada do que pedi Mas eu recebi tudo de que precisava
(autor desconhecido)
Agradeccedilo primeiramente a Deus por ter me dado forccedila para a conclusatildeo deste trabalho e mais esta etapa de minha vida Aos meus pais Felix e Ameir a minha avoacute Lourdes a minha irmatilde Emilze meu cunhado Artur que lutaram e estiveram do meu lado sempre me incentivando e ajudando a tornar real todos meus planos e sonhos Em especial meu avocirc Joaquim (in memorian) que mesmo natildeo estando fisicamente aqui tenho certeza que natildeo deixou de estar ao meu lado em todos os momentos espero estar dando o orgulho que ele sempre disse sentir A Tina que mesmo estando longe nos ajudou de todas as formas para a conclusatildeo deste trabalho A minha amiga-irmatilde Tati que conquistou mais esta etapa ao meu lado e concordou e ajudou em todas as minhas ideacuteias durante a realizaccedilatildeo deste trabalho A meu grupo de estaacutegio e os amigos que conquistei durante estes quatro anos e em especial a Luacute que nos auxiliou em um momento importante deste trabalho A meu orientador Edson pela atenccedilatildeo dedicaccedilatildeo e por cobrar sempre nosso melhor e a Carmem que nos ajudou em todas as fases deste trabalho Valeu
Flaacutevia Mafra de Lima
Agradeccedilo a Jesus Cristo que sempre me acompanhou nesta longa caminhada aos meus pais Joseacute Roberto e Flora e tambeacutem ao meu irmatildeo Tallis que me deram a oportunidade de realizar meu sonho profissional e que acima de tudo confiaram que eu seria capaz de vencer Agradeccedilo ao meu orientador Edson Barros que nos ajudou a desenvolver e concluir esse trabalho com sucesso Tambeacutem agradeccedilo as professoras Carmen Bia Marilia e Edson Verri que natildeo exitaram em ajudar com dedicaccedilatildeo e carinho em momentos de desespero nossos Natildeo poderia esquecer de agradecer as pessoas que fizeram parte do meu ciclo de amizades que aqui fiz e que nestes 4 anos foram amigas companheiras ouvintes e compreensivas para comigo satildeo elas Flaacutevia Eacuterika Erivacircnia Valeria Kelly Liacutelian e todos que me ajudaram e que estatildeo guardados com muito carinho no meu coraccedilatildeo De um modo especial agradeccedilo a Tina e a Flaacute minhas irmatildes do coraccedilatildeo que me fizeram entender o verdadeiro sentido da amizade e que mesmo estando longe me deram forccedilas para lutar pelos meus ideais confiando que eu iria vencer sendo como anjos em minha vida Adoro todos vocecircsDeus os protejam
Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano
Dedico a todos os pacientes que sofrem de lombalgia e principalmente os que fizeram parte de nosso trabalho A minha famiacutelia por serem minha base e incentivarem sempre Ao meu orientador Edson A Tati e a Tina que desde o primeiro ano fazem parte da minha vida e satildeo importantes para mim
Flaacutevia Mafra de Lima
Dedico este trabalho a Deus que me deu sabedoria e me ajudou a vencer mais essa etapa de minha vida a minha amiga-irmatilde Flaacute que durante toda a realizaccedilatildeo deste confiou em mim e sempre me deu forccedilas para lutar nos momentos de grandes dificuldades que eu passei me levando uma palavra de incentivo e otimismo e aos nossos pacientes que foram instrumentos abenccediloados na realizaccedilatildeo deste trabalho
Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano
RESUMO
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes com dor na coluna e
uma das principais causas de incapacidade funcional e dispensas do trabalho Segundo alguns
autores cerca de 60 a 80 da populaccedilatildeo sofreram ou sofreratildeo de dor lombar Neste trabalho
foi realizado uma revisatildeo bibliograacutefica sobre lombalgia e estabilizaccedilatildeo segmentar e um
estudo de casos que buscou comparar dois tipos de tratamento Estabilizaccedilatildeo Segmentar
especiacutefico para contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal e Exerciacutecios Globais de
Estabilizaccedilatildeo avaliando qual dos dois traria resultado em menor tempo e por maior duraccedilatildeo
A amostra foi composta por 11 pacientes com diagnoacutesticos de lombalgia mecacircnica
espondilolistese espondiloartrose com estenose do canal vertebral heacuternia discal em L4-L5
compressatildeo de raiz nervosa e escoliose lombar Foi utilizado como paracircmetros na avaliaccedilatildeo
fisioterapecircutica a escala de dor de Borg Os resultados demonstraram melhora nos dois
grupos sendo mais acentuada no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar
Palavras-chave Lombalgias Estabilizaccedilatildeo Segmentar Dor Tratamento
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 12
1 LOMBALGIA 14
2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19
211 Espondilolistese 19
212 Doenccedila de Paget 20
213 Tumores da coluna 20
214 Estenose do canal vertebral 20
215 Espondilite Infecciosa 21
216 Heacuternia discal 21
217 Siacutendrome Facetaacuteria 22
3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
23
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25
311 Anatomia e Biomecacircnica 25
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28
321 Anatomia e Biomecacircnica 28
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30
4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35
411 Sistema passivo 36
412 Sistema ativo 37
413 Sistema neural 37
4131 Sistema local 38
4132 Sistema global 39
5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE
LOMBAR
41
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE
MOVIMENTO
43
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43
6 MATERIAL E MEacuteTODO 45
61 AVALIACcedilAtildeO 46
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47
622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52
7 RESULTADOS 59
71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO
GRUPO 1 X GRUPO 2
64
8 DISCUSSAtildeO 67
CONCLUSAtildeO 69
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70
APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72
APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77
ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87
ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88
ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32
Figura 3 Sistema segmentar local 39
Figura 4 Sistema segmentar global 40
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase
inspiratoacuteria e expiratoacuteria
48
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado contralateral
48
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e
extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio
49
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com
coluna ereta
50
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta
51
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso
52
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da
pelve
53
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado sadio
55
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com
elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado
contra-lateral
56
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro
do lado doloroso
58
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o
tratamento 86
INTRODUCcedilAtildeO
As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto
jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos
e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do
fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento
fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos
abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma
melhora de sua qualidade de vida
O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada
a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos
muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas
pessoas teratildeo mais de um episoacutedio
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo
discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito
Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes
desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito
importante nesses casos
O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais
Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como
por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho
peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo
Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do
muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud
COSTA et al 2004)
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a
ligamentos e caacutepsulas
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
CAPIacuteTULO 1
LOMBALGIA
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores
da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et
al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e
cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar
(Indahl apud SALMELA et al 2004)
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida
80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA
2004)
Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a
lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos
Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre
de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano
Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta
aumenta com o avanccedilar da idade
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002)
No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades
natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE
PAULISTA 2002)
No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido
conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
TATIANE ROBERTA DOS SANTOS QUINTILIANO
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Claretiano para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de graduado em Fisioterapia Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior
A IMPORTAcircNCIA DO FORTALECIMENTO DO MUacuteSCULO
TRANSVERSO ABDOMINAL NO TRATAMENTO
DAS LOMBALGIAS
Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior
Examinador(a) _______________________________________________
Examinador(a) _______________________________________________
Batatais ______ de __________________________ de 2005
Eu pedi forccedila E Deus me deu dificuldades para me fazer forte Eu pedi sabedoria E Deus me deu problemas para resolver Eu pedi prosperidade E Deus me deu ceacuterebro e muacutesculos para trabalhar Eu pedi coragem E Deus me deu perigo para superar Eu pedi Amor E Deus me deu pessoas com problemas para ajudar Eu pedi favores E Deus me deu oportunidades Eu natildeo recebi nada do que pedi Mas eu recebi tudo de que precisava
(autor desconhecido)
Agradeccedilo primeiramente a Deus por ter me dado forccedila para a conclusatildeo deste trabalho e mais esta etapa de minha vida Aos meus pais Felix e Ameir a minha avoacute Lourdes a minha irmatilde Emilze meu cunhado Artur que lutaram e estiveram do meu lado sempre me incentivando e ajudando a tornar real todos meus planos e sonhos Em especial meu avocirc Joaquim (in memorian) que mesmo natildeo estando fisicamente aqui tenho certeza que natildeo deixou de estar ao meu lado em todos os momentos espero estar dando o orgulho que ele sempre disse sentir A Tina que mesmo estando longe nos ajudou de todas as formas para a conclusatildeo deste trabalho A minha amiga-irmatilde Tati que conquistou mais esta etapa ao meu lado e concordou e ajudou em todas as minhas ideacuteias durante a realizaccedilatildeo deste trabalho A meu grupo de estaacutegio e os amigos que conquistei durante estes quatro anos e em especial a Luacute que nos auxiliou em um momento importante deste trabalho A meu orientador Edson pela atenccedilatildeo dedicaccedilatildeo e por cobrar sempre nosso melhor e a Carmem que nos ajudou em todas as fases deste trabalho Valeu
Flaacutevia Mafra de Lima
Agradeccedilo a Jesus Cristo que sempre me acompanhou nesta longa caminhada aos meus pais Joseacute Roberto e Flora e tambeacutem ao meu irmatildeo Tallis que me deram a oportunidade de realizar meu sonho profissional e que acima de tudo confiaram que eu seria capaz de vencer Agradeccedilo ao meu orientador Edson Barros que nos ajudou a desenvolver e concluir esse trabalho com sucesso Tambeacutem agradeccedilo as professoras Carmen Bia Marilia e Edson Verri que natildeo exitaram em ajudar com dedicaccedilatildeo e carinho em momentos de desespero nossos Natildeo poderia esquecer de agradecer as pessoas que fizeram parte do meu ciclo de amizades que aqui fiz e que nestes 4 anos foram amigas companheiras ouvintes e compreensivas para comigo satildeo elas Flaacutevia Eacuterika Erivacircnia Valeria Kelly Liacutelian e todos que me ajudaram e que estatildeo guardados com muito carinho no meu coraccedilatildeo De um modo especial agradeccedilo a Tina e a Flaacute minhas irmatildes do coraccedilatildeo que me fizeram entender o verdadeiro sentido da amizade e que mesmo estando longe me deram forccedilas para lutar pelos meus ideais confiando que eu iria vencer sendo como anjos em minha vida Adoro todos vocecircsDeus os protejam
Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano
Dedico a todos os pacientes que sofrem de lombalgia e principalmente os que fizeram parte de nosso trabalho A minha famiacutelia por serem minha base e incentivarem sempre Ao meu orientador Edson A Tati e a Tina que desde o primeiro ano fazem parte da minha vida e satildeo importantes para mim
Flaacutevia Mafra de Lima
Dedico este trabalho a Deus que me deu sabedoria e me ajudou a vencer mais essa etapa de minha vida a minha amiga-irmatilde Flaacute que durante toda a realizaccedilatildeo deste confiou em mim e sempre me deu forccedilas para lutar nos momentos de grandes dificuldades que eu passei me levando uma palavra de incentivo e otimismo e aos nossos pacientes que foram instrumentos abenccediloados na realizaccedilatildeo deste trabalho
Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano
RESUMO
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes com dor na coluna e
uma das principais causas de incapacidade funcional e dispensas do trabalho Segundo alguns
autores cerca de 60 a 80 da populaccedilatildeo sofreram ou sofreratildeo de dor lombar Neste trabalho
foi realizado uma revisatildeo bibliograacutefica sobre lombalgia e estabilizaccedilatildeo segmentar e um
estudo de casos que buscou comparar dois tipos de tratamento Estabilizaccedilatildeo Segmentar
especiacutefico para contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal e Exerciacutecios Globais de
Estabilizaccedilatildeo avaliando qual dos dois traria resultado em menor tempo e por maior duraccedilatildeo
A amostra foi composta por 11 pacientes com diagnoacutesticos de lombalgia mecacircnica
espondilolistese espondiloartrose com estenose do canal vertebral heacuternia discal em L4-L5
compressatildeo de raiz nervosa e escoliose lombar Foi utilizado como paracircmetros na avaliaccedilatildeo
fisioterapecircutica a escala de dor de Borg Os resultados demonstraram melhora nos dois
grupos sendo mais acentuada no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar
Palavras-chave Lombalgias Estabilizaccedilatildeo Segmentar Dor Tratamento
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 12
1 LOMBALGIA 14
2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19
211 Espondilolistese 19
212 Doenccedila de Paget 20
213 Tumores da coluna 20
214 Estenose do canal vertebral 20
215 Espondilite Infecciosa 21
216 Heacuternia discal 21
217 Siacutendrome Facetaacuteria 22
3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
23
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25
311 Anatomia e Biomecacircnica 25
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28
321 Anatomia e Biomecacircnica 28
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30
4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35
411 Sistema passivo 36
412 Sistema ativo 37
413 Sistema neural 37
4131 Sistema local 38
4132 Sistema global 39
5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE
LOMBAR
41
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE
MOVIMENTO
43
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43
6 MATERIAL E MEacuteTODO 45
61 AVALIACcedilAtildeO 46
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47
622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52
7 RESULTADOS 59
71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO
GRUPO 1 X GRUPO 2
64
8 DISCUSSAtildeO 67
CONCLUSAtildeO 69
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70
APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72
APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77
ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87
ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88
ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32
Figura 3 Sistema segmentar local 39
Figura 4 Sistema segmentar global 40
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase
inspiratoacuteria e expiratoacuteria
48
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado contralateral
48
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e
extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio
49
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com
coluna ereta
50
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta
51
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso
52
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da
pelve
53
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado sadio
55
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com
elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado
contra-lateral
56
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro
do lado doloroso
58
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o
tratamento 86
INTRODUCcedilAtildeO
As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto
jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos
e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do
fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento
fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos
abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma
melhora de sua qualidade de vida
O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada
a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos
muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas
pessoas teratildeo mais de um episoacutedio
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo
discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito
Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes
desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito
importante nesses casos
O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais
Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como
por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho
peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo
Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do
muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud
COSTA et al 2004)
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a
ligamentos e caacutepsulas
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
CAPIacuteTULO 1
LOMBALGIA
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores
da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et
al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e
cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar
(Indahl apud SALMELA et al 2004)
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida
80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA
2004)
Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a
lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos
Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre
de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano
Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta
aumenta com o avanccedilar da idade
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002)
No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades
natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE
PAULISTA 2002)
No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido
conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Eu pedi forccedila E Deus me deu dificuldades para me fazer forte Eu pedi sabedoria E Deus me deu problemas para resolver Eu pedi prosperidade E Deus me deu ceacuterebro e muacutesculos para trabalhar Eu pedi coragem E Deus me deu perigo para superar Eu pedi Amor E Deus me deu pessoas com problemas para ajudar Eu pedi favores E Deus me deu oportunidades Eu natildeo recebi nada do que pedi Mas eu recebi tudo de que precisava
(autor desconhecido)
Agradeccedilo primeiramente a Deus por ter me dado forccedila para a conclusatildeo deste trabalho e mais esta etapa de minha vida Aos meus pais Felix e Ameir a minha avoacute Lourdes a minha irmatilde Emilze meu cunhado Artur que lutaram e estiveram do meu lado sempre me incentivando e ajudando a tornar real todos meus planos e sonhos Em especial meu avocirc Joaquim (in memorian) que mesmo natildeo estando fisicamente aqui tenho certeza que natildeo deixou de estar ao meu lado em todos os momentos espero estar dando o orgulho que ele sempre disse sentir A Tina que mesmo estando longe nos ajudou de todas as formas para a conclusatildeo deste trabalho A minha amiga-irmatilde Tati que conquistou mais esta etapa ao meu lado e concordou e ajudou em todas as minhas ideacuteias durante a realizaccedilatildeo deste trabalho A meu grupo de estaacutegio e os amigos que conquistei durante estes quatro anos e em especial a Luacute que nos auxiliou em um momento importante deste trabalho A meu orientador Edson pela atenccedilatildeo dedicaccedilatildeo e por cobrar sempre nosso melhor e a Carmem que nos ajudou em todas as fases deste trabalho Valeu
Flaacutevia Mafra de Lima
Agradeccedilo a Jesus Cristo que sempre me acompanhou nesta longa caminhada aos meus pais Joseacute Roberto e Flora e tambeacutem ao meu irmatildeo Tallis que me deram a oportunidade de realizar meu sonho profissional e que acima de tudo confiaram que eu seria capaz de vencer Agradeccedilo ao meu orientador Edson Barros que nos ajudou a desenvolver e concluir esse trabalho com sucesso Tambeacutem agradeccedilo as professoras Carmen Bia Marilia e Edson Verri que natildeo exitaram em ajudar com dedicaccedilatildeo e carinho em momentos de desespero nossos Natildeo poderia esquecer de agradecer as pessoas que fizeram parte do meu ciclo de amizades que aqui fiz e que nestes 4 anos foram amigas companheiras ouvintes e compreensivas para comigo satildeo elas Flaacutevia Eacuterika Erivacircnia Valeria Kelly Liacutelian e todos que me ajudaram e que estatildeo guardados com muito carinho no meu coraccedilatildeo De um modo especial agradeccedilo a Tina e a Flaacute minhas irmatildes do coraccedilatildeo que me fizeram entender o verdadeiro sentido da amizade e que mesmo estando longe me deram forccedilas para lutar pelos meus ideais confiando que eu iria vencer sendo como anjos em minha vida Adoro todos vocecircsDeus os protejam
Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano
Dedico a todos os pacientes que sofrem de lombalgia e principalmente os que fizeram parte de nosso trabalho A minha famiacutelia por serem minha base e incentivarem sempre Ao meu orientador Edson A Tati e a Tina que desde o primeiro ano fazem parte da minha vida e satildeo importantes para mim
Flaacutevia Mafra de Lima
Dedico este trabalho a Deus que me deu sabedoria e me ajudou a vencer mais essa etapa de minha vida a minha amiga-irmatilde Flaacute que durante toda a realizaccedilatildeo deste confiou em mim e sempre me deu forccedilas para lutar nos momentos de grandes dificuldades que eu passei me levando uma palavra de incentivo e otimismo e aos nossos pacientes que foram instrumentos abenccediloados na realizaccedilatildeo deste trabalho
Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano
RESUMO
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes com dor na coluna e
uma das principais causas de incapacidade funcional e dispensas do trabalho Segundo alguns
autores cerca de 60 a 80 da populaccedilatildeo sofreram ou sofreratildeo de dor lombar Neste trabalho
foi realizado uma revisatildeo bibliograacutefica sobre lombalgia e estabilizaccedilatildeo segmentar e um
estudo de casos que buscou comparar dois tipos de tratamento Estabilizaccedilatildeo Segmentar
especiacutefico para contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal e Exerciacutecios Globais de
Estabilizaccedilatildeo avaliando qual dos dois traria resultado em menor tempo e por maior duraccedilatildeo
A amostra foi composta por 11 pacientes com diagnoacutesticos de lombalgia mecacircnica
espondilolistese espondiloartrose com estenose do canal vertebral heacuternia discal em L4-L5
compressatildeo de raiz nervosa e escoliose lombar Foi utilizado como paracircmetros na avaliaccedilatildeo
fisioterapecircutica a escala de dor de Borg Os resultados demonstraram melhora nos dois
grupos sendo mais acentuada no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar
Palavras-chave Lombalgias Estabilizaccedilatildeo Segmentar Dor Tratamento
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 12
1 LOMBALGIA 14
2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19
211 Espondilolistese 19
212 Doenccedila de Paget 20
213 Tumores da coluna 20
214 Estenose do canal vertebral 20
215 Espondilite Infecciosa 21
216 Heacuternia discal 21
217 Siacutendrome Facetaacuteria 22
3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
23
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25
311 Anatomia e Biomecacircnica 25
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28
321 Anatomia e Biomecacircnica 28
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30
4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35
411 Sistema passivo 36
412 Sistema ativo 37
413 Sistema neural 37
4131 Sistema local 38
4132 Sistema global 39
5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE
LOMBAR
41
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE
MOVIMENTO
43
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43
6 MATERIAL E MEacuteTODO 45
61 AVALIACcedilAtildeO 46
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47
622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52
7 RESULTADOS 59
71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO
GRUPO 1 X GRUPO 2
64
8 DISCUSSAtildeO 67
CONCLUSAtildeO 69
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70
APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72
APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77
ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87
ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88
ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32
Figura 3 Sistema segmentar local 39
Figura 4 Sistema segmentar global 40
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase
inspiratoacuteria e expiratoacuteria
48
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado contralateral
48
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e
extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio
49
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com
coluna ereta
50
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta
51
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso
52
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da
pelve
53
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado sadio
55
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com
elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado
contra-lateral
56
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro
do lado doloroso
58
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o
tratamento 86
INTRODUCcedilAtildeO
As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto
jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos
e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do
fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento
fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos
abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma
melhora de sua qualidade de vida
O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada
a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos
muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas
pessoas teratildeo mais de um episoacutedio
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo
discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito
Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes
desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito
importante nesses casos
O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais
Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como
por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho
peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo
Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do
muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud
COSTA et al 2004)
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a
ligamentos e caacutepsulas
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
CAPIacuteTULO 1
LOMBALGIA
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores
da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et
al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e
cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar
(Indahl apud SALMELA et al 2004)
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida
80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA
2004)
Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a
lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos
Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre
de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano
Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta
aumenta com o avanccedilar da idade
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002)
No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades
natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE
PAULISTA 2002)
No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido
conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Agradeccedilo primeiramente a Deus por ter me dado forccedila para a conclusatildeo deste trabalho e mais esta etapa de minha vida Aos meus pais Felix e Ameir a minha avoacute Lourdes a minha irmatilde Emilze meu cunhado Artur que lutaram e estiveram do meu lado sempre me incentivando e ajudando a tornar real todos meus planos e sonhos Em especial meu avocirc Joaquim (in memorian) que mesmo natildeo estando fisicamente aqui tenho certeza que natildeo deixou de estar ao meu lado em todos os momentos espero estar dando o orgulho que ele sempre disse sentir A Tina que mesmo estando longe nos ajudou de todas as formas para a conclusatildeo deste trabalho A minha amiga-irmatilde Tati que conquistou mais esta etapa ao meu lado e concordou e ajudou em todas as minhas ideacuteias durante a realizaccedilatildeo deste trabalho A meu grupo de estaacutegio e os amigos que conquistei durante estes quatro anos e em especial a Luacute que nos auxiliou em um momento importante deste trabalho A meu orientador Edson pela atenccedilatildeo dedicaccedilatildeo e por cobrar sempre nosso melhor e a Carmem que nos ajudou em todas as fases deste trabalho Valeu
Flaacutevia Mafra de Lima
Agradeccedilo a Jesus Cristo que sempre me acompanhou nesta longa caminhada aos meus pais Joseacute Roberto e Flora e tambeacutem ao meu irmatildeo Tallis que me deram a oportunidade de realizar meu sonho profissional e que acima de tudo confiaram que eu seria capaz de vencer Agradeccedilo ao meu orientador Edson Barros que nos ajudou a desenvolver e concluir esse trabalho com sucesso Tambeacutem agradeccedilo as professoras Carmen Bia Marilia e Edson Verri que natildeo exitaram em ajudar com dedicaccedilatildeo e carinho em momentos de desespero nossos Natildeo poderia esquecer de agradecer as pessoas que fizeram parte do meu ciclo de amizades que aqui fiz e que nestes 4 anos foram amigas companheiras ouvintes e compreensivas para comigo satildeo elas Flaacutevia Eacuterika Erivacircnia Valeria Kelly Liacutelian e todos que me ajudaram e que estatildeo guardados com muito carinho no meu coraccedilatildeo De um modo especial agradeccedilo a Tina e a Flaacute minhas irmatildes do coraccedilatildeo que me fizeram entender o verdadeiro sentido da amizade e que mesmo estando longe me deram forccedilas para lutar pelos meus ideais confiando que eu iria vencer sendo como anjos em minha vida Adoro todos vocecircsDeus os protejam
Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano
Dedico a todos os pacientes que sofrem de lombalgia e principalmente os que fizeram parte de nosso trabalho A minha famiacutelia por serem minha base e incentivarem sempre Ao meu orientador Edson A Tati e a Tina que desde o primeiro ano fazem parte da minha vida e satildeo importantes para mim
Flaacutevia Mafra de Lima
Dedico este trabalho a Deus que me deu sabedoria e me ajudou a vencer mais essa etapa de minha vida a minha amiga-irmatilde Flaacute que durante toda a realizaccedilatildeo deste confiou em mim e sempre me deu forccedilas para lutar nos momentos de grandes dificuldades que eu passei me levando uma palavra de incentivo e otimismo e aos nossos pacientes que foram instrumentos abenccediloados na realizaccedilatildeo deste trabalho
Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano
RESUMO
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes com dor na coluna e
uma das principais causas de incapacidade funcional e dispensas do trabalho Segundo alguns
autores cerca de 60 a 80 da populaccedilatildeo sofreram ou sofreratildeo de dor lombar Neste trabalho
foi realizado uma revisatildeo bibliograacutefica sobre lombalgia e estabilizaccedilatildeo segmentar e um
estudo de casos que buscou comparar dois tipos de tratamento Estabilizaccedilatildeo Segmentar
especiacutefico para contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal e Exerciacutecios Globais de
Estabilizaccedilatildeo avaliando qual dos dois traria resultado em menor tempo e por maior duraccedilatildeo
A amostra foi composta por 11 pacientes com diagnoacutesticos de lombalgia mecacircnica
espondilolistese espondiloartrose com estenose do canal vertebral heacuternia discal em L4-L5
compressatildeo de raiz nervosa e escoliose lombar Foi utilizado como paracircmetros na avaliaccedilatildeo
fisioterapecircutica a escala de dor de Borg Os resultados demonstraram melhora nos dois
grupos sendo mais acentuada no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar
Palavras-chave Lombalgias Estabilizaccedilatildeo Segmentar Dor Tratamento
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 12
1 LOMBALGIA 14
2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19
211 Espondilolistese 19
212 Doenccedila de Paget 20
213 Tumores da coluna 20
214 Estenose do canal vertebral 20
215 Espondilite Infecciosa 21
216 Heacuternia discal 21
217 Siacutendrome Facetaacuteria 22
3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
23
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25
311 Anatomia e Biomecacircnica 25
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28
321 Anatomia e Biomecacircnica 28
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30
4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35
411 Sistema passivo 36
412 Sistema ativo 37
413 Sistema neural 37
4131 Sistema local 38
4132 Sistema global 39
5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE
LOMBAR
41
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE
MOVIMENTO
43
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43
6 MATERIAL E MEacuteTODO 45
61 AVALIACcedilAtildeO 46
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47
622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52
7 RESULTADOS 59
71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO
GRUPO 1 X GRUPO 2
64
8 DISCUSSAtildeO 67
CONCLUSAtildeO 69
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70
APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72
APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77
ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87
ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88
ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32
Figura 3 Sistema segmentar local 39
Figura 4 Sistema segmentar global 40
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase
inspiratoacuteria e expiratoacuteria
48
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado contralateral
48
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e
extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio
49
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com
coluna ereta
50
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta
51
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso
52
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da
pelve
53
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado sadio
55
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com
elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado
contra-lateral
56
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro
do lado doloroso
58
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o
tratamento 86
INTRODUCcedilAtildeO
As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto
jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos
e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do
fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento
fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos
abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma
melhora de sua qualidade de vida
O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada
a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos
muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas
pessoas teratildeo mais de um episoacutedio
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo
discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito
Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes
desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito
importante nesses casos
O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais
Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como
por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho
peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo
Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do
muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud
COSTA et al 2004)
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a
ligamentos e caacutepsulas
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
CAPIacuteTULO 1
LOMBALGIA
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores
da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et
al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e
cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar
(Indahl apud SALMELA et al 2004)
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida
80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA
2004)
Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a
lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos
Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre
de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano
Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta
aumenta com o avanccedilar da idade
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002)
No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades
natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE
PAULISTA 2002)
No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido
conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Dedico a todos os pacientes que sofrem de lombalgia e principalmente os que fizeram parte de nosso trabalho A minha famiacutelia por serem minha base e incentivarem sempre Ao meu orientador Edson A Tati e a Tina que desde o primeiro ano fazem parte da minha vida e satildeo importantes para mim
Flaacutevia Mafra de Lima
Dedico este trabalho a Deus que me deu sabedoria e me ajudou a vencer mais essa etapa de minha vida a minha amiga-irmatilde Flaacute que durante toda a realizaccedilatildeo deste confiou em mim e sempre me deu forccedilas para lutar nos momentos de grandes dificuldades que eu passei me levando uma palavra de incentivo e otimismo e aos nossos pacientes que foram instrumentos abenccediloados na realizaccedilatildeo deste trabalho
Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano
RESUMO
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes com dor na coluna e
uma das principais causas de incapacidade funcional e dispensas do trabalho Segundo alguns
autores cerca de 60 a 80 da populaccedilatildeo sofreram ou sofreratildeo de dor lombar Neste trabalho
foi realizado uma revisatildeo bibliograacutefica sobre lombalgia e estabilizaccedilatildeo segmentar e um
estudo de casos que buscou comparar dois tipos de tratamento Estabilizaccedilatildeo Segmentar
especiacutefico para contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal e Exerciacutecios Globais de
Estabilizaccedilatildeo avaliando qual dos dois traria resultado em menor tempo e por maior duraccedilatildeo
A amostra foi composta por 11 pacientes com diagnoacutesticos de lombalgia mecacircnica
espondilolistese espondiloartrose com estenose do canal vertebral heacuternia discal em L4-L5
compressatildeo de raiz nervosa e escoliose lombar Foi utilizado como paracircmetros na avaliaccedilatildeo
fisioterapecircutica a escala de dor de Borg Os resultados demonstraram melhora nos dois
grupos sendo mais acentuada no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar
Palavras-chave Lombalgias Estabilizaccedilatildeo Segmentar Dor Tratamento
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 12
1 LOMBALGIA 14
2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19
211 Espondilolistese 19
212 Doenccedila de Paget 20
213 Tumores da coluna 20
214 Estenose do canal vertebral 20
215 Espondilite Infecciosa 21
216 Heacuternia discal 21
217 Siacutendrome Facetaacuteria 22
3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
23
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25
311 Anatomia e Biomecacircnica 25
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28
321 Anatomia e Biomecacircnica 28
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30
4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35
411 Sistema passivo 36
412 Sistema ativo 37
413 Sistema neural 37
4131 Sistema local 38
4132 Sistema global 39
5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE
LOMBAR
41
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE
MOVIMENTO
43
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43
6 MATERIAL E MEacuteTODO 45
61 AVALIACcedilAtildeO 46
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47
622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52
7 RESULTADOS 59
71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO
GRUPO 1 X GRUPO 2
64
8 DISCUSSAtildeO 67
CONCLUSAtildeO 69
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70
APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72
APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77
ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87
ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88
ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32
Figura 3 Sistema segmentar local 39
Figura 4 Sistema segmentar global 40
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase
inspiratoacuteria e expiratoacuteria
48
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado contralateral
48
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e
extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio
49
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com
coluna ereta
50
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta
51
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso
52
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da
pelve
53
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado sadio
55
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com
elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado
contra-lateral
56
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro
do lado doloroso
58
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o
tratamento 86
INTRODUCcedilAtildeO
As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto
jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos
e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do
fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento
fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos
abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma
melhora de sua qualidade de vida
O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada
a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos
muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas
pessoas teratildeo mais de um episoacutedio
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo
discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito
Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes
desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito
importante nesses casos
O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais
Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como
por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho
peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo
Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do
muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud
COSTA et al 2004)
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a
ligamentos e caacutepsulas
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
CAPIacuteTULO 1
LOMBALGIA
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores
da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et
al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e
cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar
(Indahl apud SALMELA et al 2004)
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida
80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA
2004)
Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a
lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos
Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre
de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano
Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta
aumenta com o avanccedilar da idade
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002)
No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades
natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE
PAULISTA 2002)
No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido
conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
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TESTES ESPECIAIS
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EXAME DA MARCHA
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ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
RESUMO
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes com dor na coluna e
uma das principais causas de incapacidade funcional e dispensas do trabalho Segundo alguns
autores cerca de 60 a 80 da populaccedilatildeo sofreram ou sofreratildeo de dor lombar Neste trabalho
foi realizado uma revisatildeo bibliograacutefica sobre lombalgia e estabilizaccedilatildeo segmentar e um
estudo de casos que buscou comparar dois tipos de tratamento Estabilizaccedilatildeo Segmentar
especiacutefico para contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal e Exerciacutecios Globais de
Estabilizaccedilatildeo avaliando qual dos dois traria resultado em menor tempo e por maior duraccedilatildeo
A amostra foi composta por 11 pacientes com diagnoacutesticos de lombalgia mecacircnica
espondilolistese espondiloartrose com estenose do canal vertebral heacuternia discal em L4-L5
compressatildeo de raiz nervosa e escoliose lombar Foi utilizado como paracircmetros na avaliaccedilatildeo
fisioterapecircutica a escala de dor de Borg Os resultados demonstraram melhora nos dois
grupos sendo mais acentuada no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar
Palavras-chave Lombalgias Estabilizaccedilatildeo Segmentar Dor Tratamento
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 12
1 LOMBALGIA 14
2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19
211 Espondilolistese 19
212 Doenccedila de Paget 20
213 Tumores da coluna 20
214 Estenose do canal vertebral 20
215 Espondilite Infecciosa 21
216 Heacuternia discal 21
217 Siacutendrome Facetaacuteria 22
3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
23
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25
311 Anatomia e Biomecacircnica 25
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28
321 Anatomia e Biomecacircnica 28
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30
4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35
411 Sistema passivo 36
412 Sistema ativo 37
413 Sistema neural 37
4131 Sistema local 38
4132 Sistema global 39
5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE
LOMBAR
41
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE
MOVIMENTO
43
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43
6 MATERIAL E MEacuteTODO 45
61 AVALIACcedilAtildeO 46
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47
622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52
7 RESULTADOS 59
71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO
GRUPO 1 X GRUPO 2
64
8 DISCUSSAtildeO 67
CONCLUSAtildeO 69
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70
APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72
APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77
ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87
ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88
ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32
Figura 3 Sistema segmentar local 39
Figura 4 Sistema segmentar global 40
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase
inspiratoacuteria e expiratoacuteria
48
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado contralateral
48
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e
extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio
49
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com
coluna ereta
50
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta
51
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso
52
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da
pelve
53
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado sadio
55
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com
elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado
contra-lateral
56
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro
do lado doloroso
58
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o
tratamento 86
INTRODUCcedilAtildeO
As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto
jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos
e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do
fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento
fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos
abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma
melhora de sua qualidade de vida
O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada
a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos
muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas
pessoas teratildeo mais de um episoacutedio
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo
discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito
Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes
desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito
importante nesses casos
O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais
Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como
por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho
peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo
Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do
muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud
COSTA et al 2004)
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a
ligamentos e caacutepsulas
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
CAPIacuteTULO 1
LOMBALGIA
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores
da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et
al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e
cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar
(Indahl apud SALMELA et al 2004)
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida
80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA
2004)
Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a
lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos
Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre
de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano
Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta
aumenta com o avanccedilar da idade
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002)
No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades
natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE
PAULISTA 2002)
No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido
conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 12
1 LOMBALGIA 14
2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19
211 Espondilolistese 19
212 Doenccedila de Paget 20
213 Tumores da coluna 20
214 Estenose do canal vertebral 20
215 Espondilite Infecciosa 21
216 Heacuternia discal 21
217 Siacutendrome Facetaacuteria 22
3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
23
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25
311 Anatomia e Biomecacircnica 25
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28
321 Anatomia e Biomecacircnica 28
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30
4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35
411 Sistema passivo 36
412 Sistema ativo 37
413 Sistema neural 37
4131 Sistema local 38
4132 Sistema global 39
5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE
LOMBAR
41
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE
MOVIMENTO
43
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43
6 MATERIAL E MEacuteTODO 45
61 AVALIACcedilAtildeO 46
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47
622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52
7 RESULTADOS 59
71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO
GRUPO 1 X GRUPO 2
64
8 DISCUSSAtildeO 67
CONCLUSAtildeO 69
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70
APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72
APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77
ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87
ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88
ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32
Figura 3 Sistema segmentar local 39
Figura 4 Sistema segmentar global 40
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase
inspiratoacuteria e expiratoacuteria
48
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado contralateral
48
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e
extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio
49
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com
coluna ereta
50
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta
51
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso
52
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da
pelve
53
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado sadio
55
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com
elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado
contra-lateral
56
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro
do lado doloroso
58
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o
tratamento 86
INTRODUCcedilAtildeO
As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto
jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos
e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do
fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento
fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos
abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma
melhora de sua qualidade de vida
O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada
a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos
muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas
pessoas teratildeo mais de um episoacutedio
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo
discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito
Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes
desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito
importante nesses casos
O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais
Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como
por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho
peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo
Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do
muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud
COSTA et al 2004)
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a
ligamentos e caacutepsulas
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
CAPIacuteTULO 1
LOMBALGIA
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores
da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et
al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e
cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar
(Indahl apud SALMELA et al 2004)
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida
80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA
2004)
Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a
lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos
Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre
de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano
Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta
aumenta com o avanccedilar da idade
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002)
No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades
natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE
PAULISTA 2002)
No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido
conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35
411 Sistema passivo 36
412 Sistema ativo 37
413 Sistema neural 37
4131 Sistema local 38
4132 Sistema global 39
5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE
LOMBAR
41
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE
MOVIMENTO
43
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43
6 MATERIAL E MEacuteTODO 45
61 AVALIACcedilAtildeO 46
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47
622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52
7 RESULTADOS 59
71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO
GRUPO 1 X GRUPO 2
64
8 DISCUSSAtildeO 67
CONCLUSAtildeO 69
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70
APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72
APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77
ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87
ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88
ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32
Figura 3 Sistema segmentar local 39
Figura 4 Sistema segmentar global 40
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase
inspiratoacuteria e expiratoacuteria
48
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado contralateral
48
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e
extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio
49
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com
coluna ereta
50
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta
51
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso
52
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da
pelve
53
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado sadio
55
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com
elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado
contra-lateral
56
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro
do lado doloroso
58
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o
tratamento 86
INTRODUCcedilAtildeO
As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto
jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos
e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do
fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento
fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos
abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma
melhora de sua qualidade de vida
O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada
a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos
muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas
pessoas teratildeo mais de um episoacutedio
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo
discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito
Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes
desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito
importante nesses casos
O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais
Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como
por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho
peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo
Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do
muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud
COSTA et al 2004)
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a
ligamentos e caacutepsulas
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
CAPIacuteTULO 1
LOMBALGIA
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores
da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et
al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e
cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar
(Indahl apud SALMELA et al 2004)
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida
80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA
2004)
Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a
lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos
Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre
de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano
Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta
aumenta com o avanccedilar da idade
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002)
No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades
natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE
PAULISTA 2002)
No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido
conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
CONCLUSAtildeO 69
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70
APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72
APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77
ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87
ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88
ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32
Figura 3 Sistema segmentar local 39
Figura 4 Sistema segmentar global 40
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase
inspiratoacuteria e expiratoacuteria
48
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado contralateral
48
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e
extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio
49
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com
coluna ereta
50
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta
51
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso
52
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da
pelve
53
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado sadio
55
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com
elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado
contra-lateral
56
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro
do lado doloroso
58
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o
tratamento 86
INTRODUCcedilAtildeO
As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto
jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos
e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do
fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento
fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos
abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma
melhora de sua qualidade de vida
O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada
a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos
muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas
pessoas teratildeo mais de um episoacutedio
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo
discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito
Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes
desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito
importante nesses casos
O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais
Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como
por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho
peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo
Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do
muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud
COSTA et al 2004)
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a
ligamentos e caacutepsulas
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
CAPIacuteTULO 1
LOMBALGIA
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores
da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et
al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e
cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar
(Indahl apud SALMELA et al 2004)
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida
80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA
2004)
Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a
lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos
Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre
de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano
Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta
aumenta com o avanccedilar da idade
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002)
No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades
natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE
PAULISTA 2002)
No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido
conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32
Figura 3 Sistema segmentar local 39
Figura 4 Sistema segmentar global 40
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase
inspiratoacuteria e expiratoacuteria
48
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado contralateral
48
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e
extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio
49
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com
coluna ereta
50
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta
51
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna
ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso
52
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da
pelve
53
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior
do lado doloroso e membro superior do lado sadio
55
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com
elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado
contra-lateral
56
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro
do lado doloroso
58
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o
tratamento 86
INTRODUCcedilAtildeO
As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto
jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos
e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do
fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento
fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos
abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma
melhora de sua qualidade de vida
O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada
a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos
muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas
pessoas teratildeo mais de um episoacutedio
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo
discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito
Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes
desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito
importante nesses casos
O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais
Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como
por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho
peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo
Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do
muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud
COSTA et al 2004)
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a
ligamentos e caacutepsulas
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
CAPIacuteTULO 1
LOMBALGIA
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores
da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et
al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e
cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar
(Indahl apud SALMELA et al 2004)
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida
80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA
2004)
Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a
lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos
Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre
de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano
Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta
aumenta com o avanccedilar da idade
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002)
No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades
natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE
PAULISTA 2002)
No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido
conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o
tratamento 86
INTRODUCcedilAtildeO
As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto
jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos
e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do
fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento
fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos
abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma
melhora de sua qualidade de vida
O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada
a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos
muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas
pessoas teratildeo mais de um episoacutedio
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo
discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito
Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes
desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito
importante nesses casos
O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais
Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como
por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho
peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo
Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do
muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud
COSTA et al 2004)
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a
ligamentos e caacutepsulas
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
CAPIacuteTULO 1
LOMBALGIA
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores
da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et
al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e
cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar
(Indahl apud SALMELA et al 2004)
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida
80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA
2004)
Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a
lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos
Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre
de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano
Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta
aumenta com o avanccedilar da idade
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002)
No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades
natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE
PAULISTA 2002)
No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido
conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
INTRODUCcedilAtildeO
As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto
jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos
e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do
fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento
fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos
abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma
melhora de sua qualidade de vida
O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada
a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos
muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas
pessoas teratildeo mais de um episoacutedio
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo
discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito
Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes
desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito
importante nesses casos
O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais
Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como
por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho
peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo
Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do
muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud
COSTA et al 2004)
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a
ligamentos e caacutepsulas
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
CAPIacuteTULO 1
LOMBALGIA
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores
da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et
al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e
cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar
(Indahl apud SALMELA et al 2004)
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida
80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA
2004)
Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a
lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos
Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre
de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano
Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta
aumenta com o avanccedilar da idade
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002)
No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades
natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE
PAULISTA 2002)
No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido
conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho
peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo
Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do
muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud
COSTA et al 2004)
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a
ligamentos e caacutepsulas
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
CAPIacuteTULO 1
LOMBALGIA
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores
da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et
al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e
cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar
(Indahl apud SALMELA et al 2004)
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida
80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA
2004)
Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a
lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos
Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre
de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano
Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta
aumenta com o avanccedilar da idade
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002)
No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades
natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE
PAULISTA 2002)
No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido
conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
CAPIacuteTULO 1
LOMBALGIA
A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores
da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et
al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e
cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar
(Indahl apud SALMELA et al 2004)
Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos
adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida
80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA
2004)
Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a
lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos
Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre
de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano
Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta
aumenta com o avanccedilar da idade
No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN
2002)
No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades
natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE
PAULISTA 2002)
No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido
conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo
multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como
traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme
quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade
disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho
miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza
muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou
extraperitoniais podem causar dor lombar
Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como
manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de
peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna
lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA
1997)
Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira
alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na
raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas
articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas
Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com
lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite
reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila
e flexibilidade dos muacutesculos de postura
Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos
que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com
estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila
que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o
comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003
35
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ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004
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SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989
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SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel
de doente
Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo
lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45
anos
Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria
acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de
pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo
com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo
dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular
devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu
Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois
mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo
do diacircmetro do multiacutefido
Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando
informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do
muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular
Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a
artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia
cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)
Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-
quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo
reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido
(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do
complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para
compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)
Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta
neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)
Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas
ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno
gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
CAPIacuteTULO 2
LOMBALGIA MECAcircNICA
Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura
traumatismo discreto ou uso excessivo
A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que
exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito
Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises
anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por
isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)
Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem
espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e
forccedila e reflexos normais
A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto
limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice
O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das
siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees
disco intervertebral
O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica
de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral
A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila
de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia
dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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35
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
211 Espondilolistese
Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior
Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa
patoloacutegica
O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas
articulares que leva sustentabilidade do L5-S1
Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o
estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em
escolares
O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares
superior e inferior
Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica
levantamento de peso e esportes similares
A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna
causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral
A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo
espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A
formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda
equumlina
A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com
irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar
A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou
osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
212 Doenccedila de Paget
Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica
de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades
Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com
mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3
Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da
coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes
Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente
situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir
213 Tumores da coluna
Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos
Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor
suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas
membranas
O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes
A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex
vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas
fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula
espinhal
214 Estenose do canal vertebral
Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do
canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina
O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da
espondilose
Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor
e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute
melhorando ao sentar e deitar
215 Espondilite Infecciosa
Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e
staphylococus aureus
O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente
sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do
corpo vertebral
A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares
acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do
segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o
psoas eacute acometido
216 Heacuternia discal
Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja
expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal
Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso
Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a
parte central do disco
Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal
medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator
traumaacutetico desencadeante
Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-
S1
A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf
deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos
217 Siacutendrome Facetaacuteria
Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as
evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo
Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a
cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral
formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares
levando a ldquocoluna travadardquo
Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho
rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral
lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna
entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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34
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
CAPIacuteTULO 3
OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E
SUAS IMPORTAcircNCIAS
Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao
descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica
(HALL amp BRODY 2001)
Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de
lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos
com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica
um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um
fator de risco para dor lombar
Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de
eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre
sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do
tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas
e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia
contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator
predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para
estabilizaccedilatildeo da coluna lombar
Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos
abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na
presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al
2004)
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar
a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com
lombalgia
O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso
abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso
abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar
Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas
recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim
como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos
para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter
exerciacutecios mais eficazes
Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos
muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e
previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e
movimento
Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal
com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar
diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos
sintomas
Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees
independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
311 Anatomia e Biomecacircnica
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e
medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis
Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK
apud SALMELA et al 2004)
De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do
multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a
contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral
A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da
movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo
capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees
(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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35
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a
rotaccedilatildeo
Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea
desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a
extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a
rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas
veacutertebras
Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido
causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5
Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada
realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um
dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar
podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)
O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo
para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical
sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais
Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os
muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo
movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado
anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas
as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)
O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de
movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997
apud SALMELA 2001)
Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de
eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na
ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma
diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada
32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL
321 Anatomia e Biomecacircnica
Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando
com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra
forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular
ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud
PRENTICE 2003)
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se
interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento
inguinal inserindo-se na aponeurose ventral
Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente
na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos
muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da
horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da
coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na
face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar
O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma
funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta
Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras
auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)
O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos
raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros
Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo
isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um
aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo
abdominal e um aumento da lordose lombar
Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da
EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a
ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato
como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo
do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a
instabilidade que geraria a dor lombar
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em
indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores
do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do
movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da
direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e
isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE
2003)
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco
OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que
observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos
estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo
procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais
independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a
coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos
espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia
demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava
atrasado em indiviacuteduos com lombalgia
Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica
comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna
lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma
substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute
explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade
pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal
durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser
independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros
A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com
dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA
et al 2004) (Fig2)
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
CAPIacuteTULO 4
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os
muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave
ligamentos e caacutepsulas
O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade
e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular
iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e
promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos
sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo
compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo
O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional
integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e
oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente
distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud
PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo
normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal
das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril
Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de
um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada
(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante
equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-
quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia
neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT
2003)
Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da
estabilidade segmentar vertebral
Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas
do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam
a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides
2001 apud COSTA 2004)
Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso
atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)
Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez
muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave
perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor
com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo
A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo
coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo
capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et
Al 2004)
O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo
intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo
horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da
circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e
aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo
reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o
levantamento de cargas elevadas
Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc
mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos
das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo
A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do
controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos
intervertebrais
41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento
total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento
(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute
realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima
da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico
produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de
movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
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SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
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TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
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CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
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tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
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AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
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RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra
estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos
sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites
fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante
(SALMELA et al 2004)
Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade
segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando
uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em
dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas
De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo
da coluna eacute formada por trecircs sistemas
- Sistema passivo
- Sistema ativo
- Controle neural
A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode
aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade
411 Sistema passivo
Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas
articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo
tendiacutenea
O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica
Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila
fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
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EXAME DA MARCHA
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ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
412 Sistema ativo
Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees
Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que
a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na
estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral
As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do
abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo
Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo
mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL
contribuindo para estabilidade lombar
Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral
Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL
apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos
413 Controle neural
Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona
neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima
Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar
os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura
da coluna
Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo
interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na
antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas
Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da
rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a
estabilidade
Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do
sistema neuromuscular
Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco
em dois sistemas Local e Global
4131 Sistema local
O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso
abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os
segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas
veacutertebras lombares
Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos
espinhais e postura da coluna lombar
A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e
transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo
uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges
Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)
4132 Sistema global
Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo
estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre
caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas
aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam
ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)
De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a
estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado
recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais
para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica
Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram
a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa
compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a
demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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35
PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000
ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004
RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004
SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989
SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001
SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
CAPIacuteTULO 5
EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E
INSTABILIDADE LOMBAR
Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute
fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute
estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a
forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de
reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e
resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais
e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997
apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)
De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o
treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores
importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os
exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso
abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar
Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino
do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal
aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na
coluna lombar
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)
com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle
neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas
com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um
grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles
tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de
79 aos 9 meses
Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a
forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e
reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se
progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas
(HALL amp BRODY 2001)
Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo
muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando
se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo
para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)
Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios
51 ESTAacuteGIO COGNITIVO
Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo
dos muacutesculos globais
Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3
a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas
inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-
abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)
A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a
congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular
Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso
abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal
muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica
52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO
Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em
situaccedilotildees dinacircmicas
Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se
com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior
53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL
Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos
sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas
e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud
SALMELA et al 2004)
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na
reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das
lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila
Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da
coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do
aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna
Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a
pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o
sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com
isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras
e natildeo como geradores de forccedila
Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa
resultar em coluna instaacutevel
A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar
natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de
outros muacutesculos
Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante
trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no
intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar
Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees
biomecacircnicas
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
CAPIacuteTULO 6
MATERIAL E MEacuteTODO
Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio
Claretiano (CEUCLAR) de Batatais
Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos
portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes
foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento
Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso
abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo
realizado com 08 pacientes
Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de
estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle
foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os
grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes
Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde
foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado
o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da
pesquisa (Anexo C)
Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento
dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e
rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais
comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado
com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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34
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
61 AVALIACcedilAtildeO
Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica
(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de
forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de
dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e
posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais
A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo
transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na
posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o
terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida
uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal
No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma
maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem
atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o
quadro algico do paciente
62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO
O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas
que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados
Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de
isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes
O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp
Veight (2003) e Pardal et al (2003)
621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar
Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o
paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os
exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo
Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o
paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de
movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal
dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)
Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino
com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do
muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig6)
Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio
de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior
contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando
propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase
expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)
Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino
com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril
(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior
doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a
contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)
Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal
No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada
sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na
posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo
na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a
contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig9)
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
12
Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a
coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando
a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e
relaxando por 10 segundos (Fig10)
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
13
Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal
Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta
mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com
matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando
contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
14
Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal
622 Grupo de Exerciacutecios Globais
Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente
permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores
em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)
mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma
inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais
durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
15
Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e
quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta
solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e
contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10
segundos (Fig13)
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
16
Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal
A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em
apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio
terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de
expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20
segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)
Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal
A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3
membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo
com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo
profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global
mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
17
Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal
Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro
apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e
membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre
abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por
10 segundos (Fig16)
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001
BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000
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COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004
DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002
FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003
GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001
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KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986
LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005
MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12
MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996
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SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001
SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
18
Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal
Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola
suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de
ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo
do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta
solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos
abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001
BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000
34
CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004
COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004
DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002
FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003
GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001
KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998
KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986
LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005
MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12
MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996
NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989
PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003
PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003
35
PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000
ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004
RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004
SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989
SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001
SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
19
Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas
A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo
no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada
a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10
de relaxamento (Fig18)
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001
BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000
34
CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004
COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004
DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002
FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003
GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001
KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998
KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986
LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005
MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12
MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996
NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989
PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003
PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003
35
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RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004
SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989
SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001
SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
20
Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-
flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em
extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma
inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal
global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001
BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000
34
CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004
COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004
DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002
FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003
GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001
KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998
KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986
LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005
MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12
MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996
NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989
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PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003
35
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ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004
RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004
SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989
SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001
SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
21
Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
22
CAPIacuteTULO 7
RESULTADOS
71 CAUSAS DA LOMBALGIA
Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram
Causas da dor Grupo1 Grupo2
Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente
Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente
Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente
Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes
Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente
Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente
Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente
72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR
GRUPO 1
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
23
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior
valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 20)
5 5 5
8
10
0 0 0
2
00123456789
10
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04
Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1
GRUPO 2
No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior
valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente
No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior
valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
24
Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores
em cada grupo (Fig 21)
3
4
2 2
7
0
3
0
1
3
0
1
2
3
4
5
6
7
dor inicial dor final
pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5
Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14
Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2
Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos
abaixo
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001
BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000
34
CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004
COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004
DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002
FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003
GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001
KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998
KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986
LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005
MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12
MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996
NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989
PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003
PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003
35
PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000
ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004
RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004
SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989
SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001
SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
25
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 1
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 2
Grupo 1
8
2
0
2
4
6
8
dor inicial dor final
pac 4
5
00
1
2
3
4
5
dor inicial dor final
pac 3
10
00
2
4
6
8
10
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001
BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000
34
CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004
COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004
DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002
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PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000
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SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
26
Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50
Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1
3
0005
115
225
3
dor inicial dor final
Pac 1
4
3
0
1
2
3
4
dor inicial dor final
Pac 2
2
00
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 3
2
1
0
05
1
15
2
dor inicial dor final
Pac 4
Grupo 2
7
3
01234567
dor inicial dor final
pac 5
Dor inicial Dor final Meacutedia de dor
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001
BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000
34
CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004
COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004
DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002
FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003
GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001
KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998
KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986
LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005
MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12
MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996
NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989
PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003
PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003
35
PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000
ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004
RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004
SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989
SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001
SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
27
Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50
Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal
73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2
Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi
bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04
bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14
Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra
6111 apresentado pelo grupo 2
66
36
0414
02468
meacutediador
inicial
meacutediador final
grupo 1grupo 2
Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2
Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais
(Apecircndice B)
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001
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KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998
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SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
28
Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor
resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso
abdominal
Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0
Meacutedia 66 04 Desv Pad Da
Meacutedia 103 040
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
Meacutedia 66 04 test t 0003
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
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SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
29
Grupo 1
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1
Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5
Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia
Antes do Tratamento
Depois do Tratamento
36 14 Meacutedia0020 test t
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001
BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000
34
CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004
COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004
DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002
FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003
GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001
KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998
KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986
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MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12
MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996
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PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003
35
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RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004
SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989
SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001
SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
30
Grupo 2
0
2
4
6
8
10
Antes do Tratamento Depois do Tratamento
EVA
Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2
CAPIacuteTULO 8
DISCUSSAtildeO
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de
estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e
comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia
Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos
constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e
Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001
BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000
34
CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004
COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004
DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002
FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003
GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001
KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998
KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986
LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005
MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12
MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996
NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989
PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003
PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003
35
PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000
ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004
RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004
SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989
SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001
SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
31
Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para
registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes
Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na
escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma
reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o
controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A
avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute
influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento
Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)
possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se
reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar
quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser
acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com
lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses
pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que
realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal
(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar
Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos
que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os
exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da
repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade
O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o
esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os
testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados
satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001
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CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004
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DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002
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GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001
KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998
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LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005
MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12
MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996
NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989
PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003
PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003
35
PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000
ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004
RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004
SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989
SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001
SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
32
Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas
possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo
da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o
esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada
indiretamente pela performance demonstrada com o teste
Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem
atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito
importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de
proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do
numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no
tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo
Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por
tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e
Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora
CONCLUSAtildeO
Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios
especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na
reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado
Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do
grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001
BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000
34
CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004
COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004
DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002
FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003
GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001
KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998
KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986
LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005
MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12
MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996
NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989
PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003
PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003
35
PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000
ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004
RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004
SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989
SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001
SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
33
Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior
nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes
ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001
BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000
34
CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004
COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004
DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002
FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003
GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001
KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998
KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986
LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005
MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12
MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996
NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989
PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003
PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003
35
PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000
ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004
RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004
SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989
SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001
SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
34
CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004
COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004
DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002
FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003
GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001
KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998
KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986
LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005
MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12
MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996
NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989
PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003
PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003
35
PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000
ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004
RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004
SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989
SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001
SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
35
PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000
ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004
RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004
SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989
SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001
SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000
SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004
SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004
VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996
WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
36
APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS
Autoras do projeto Flavia M de Lima
Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais
Desenho Maacutercio Santana
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
37
SACOLAS PESO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)
Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo
coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo
CARRO OBJETO ALTO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna
Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto
Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
38
TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal
Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna
Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)
Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
39
CADEIRA SALTO
Fonte Arquivo Pessoal
Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado
Fonte Arquivo Pessoal
Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna
Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se
SUBIR ESCADA VARRER
Fonte Arquivo Pessoal
Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o
Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
40
tronco DEITAR LEVANTAR
Fonte Arquivo Pessoal
Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite
A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos
Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
Apoacutes o tratamento
Antes do tratamento
41
APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
42
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
43
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
44
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
45
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
46
EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
47
Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
Apoacutes o tratamento
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
48
Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
49
Apoacutes o tratamento
Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
50
Apoacutes o tratamento
Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
Antes do tratamento
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
51
Apoacutes o tratamento
Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal
ANEXO A
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
52
_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte BORG (2000)
ANEXO B
FICHA DE AVALIACcedilAtildeO
Data__________________
Nome_____________________________________________________________________
Idade__________________________ Telefone___________________________________
Endereccedilo__________________________________________________________________
Cidade____________________________________________________________________
Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
53
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Queixa Principal____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
HMA___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SINAIS VITAIS
PA____________________________mmHg
FC____________________________batmin
Tipo Respiratoacuterio_________________
Peso____________________________
Altura____________________________
Tipo de toacuterax_____________________
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
54
AVALIACcedilAtildeO POSTURAL
Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior
Artelhos Joelhos Calcacircneo
Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos
Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (
)
Prega Popliacutetea
Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (
)
Prega Gluacutetea
Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS
Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales
Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas
Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros
Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)
Deform Toraacutecicas Escoliose
PALPACcedilAtildeO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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MOBILIDADE
Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________
Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________
E________________________________________________________
Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________
E________________________________________________________________
TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR
___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
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TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
55
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
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TESTES ESPECIAIS
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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EXAME DA MARCHA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu _________________________________________________________________
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO
56
RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre
ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias
do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos
Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os
dados da pesquisa
Batatais ____ de _________ de 2005
_________________________________
PACIENTE
__________________________________
FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
__________________________________
TATIANE R S QUINTILIANO