A Previdência de Todos Nós

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  • A PREVIDNCIADE TODOS NS

  • A PREVIDNCIADE TODOS NS

    Paulo Csar de Souza

    2004

    Associao Nacional dos Servidores da Previdncia Social

  • Aos membros dos Conselhos Curador, Fiscal e Diretor daFUNPREV (Fundao ANASPS):Aos membros do Conselho Diretor da Anasps,composto de todos os diretores estaduais e vice-diretores;Aos membros da Diretoria Executiva e Suplentes;Aos membros do Conselho Fiscal e Suplentes;Aos Funcionrios e Empresas que prestam assessorias aANASPS em todo Brasil;O agradecimento especial famlia pela compreenso, pelocarinho, pelo apoio nos momentos de dificuldades e naausncia constante, devido aos longos deslocamentos deminha residncia em Florianpolis-SC a Braslia, sedes daANASPS e da FUNPREV.A Razo em continuar lutando por um Brasil melhor: onascimento de minha linda neta NICOLLE.

    Quando algum sonha temos apenas um sonho.Quando muitos sonham a realidade comea

    Gethe

    Agradecimentos

  • ANASPS - Associao Nacional dos Servidores da Previdncia Social

    Capa: HMP ComunicaoEditorao Eletrnica: HMP ComunicaoReviso:

    Todos os direitos reservados ANASPS - Associao Nacional dos Servidores da Previdncia Social

    2004Impresso no BrasilPrinted in BrazilISBN -

  • Os artigos que compem este livro, assinados pelo presidente da ANASPS, so de grandeatualidade para a reflexo sobre a Previdncia Social e seus problemas ao longo dos tempos, masparticularmente quanto aos decorrentes da polmica reforma aprovada pelo governo petista quemudou seu discurso dos tempos de oposio, em que se bateu corretamente contra a contribuiodos inativos - indita dos regimes previdencirios das democracias - a reduo perversa das pensesa 70% do seu valor, e extino da aposentadoria integral dos servidores pblicos, existente desdeGetlio Vargas.

    Detenho-me na tentativa de explicao dada pelo ento ministro da Previdncia Social,Ricardo Berzoini, em documento oficial inconvincente, publicado pela Universidade de Braslia.Ele escreve, referindo-se ao pagamento de aposentadorias e penses : Em 2002, a arrecadaotributria do setor pblico destinou R$56 bilhes ao pagamento desses benefcios nos dois sistemasprevidencirios existentes. O regime do INSS precisou de R$17 bilhes para fechar suas contas e cumprirseus compromissos com 19 milhes de beneficirios. O sistema do setor pblico precisou de R$39bilhes mais que o dobro, para pagar benefcios a 3,2 milhes de pessoas, menos que um quinto. ForamR$ 894 para cada beneficirio do INSS e R$12.187 para cada beneficirio dos regimes dos servidores.Reduzir essa desigualdade e a presso sobre os Oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federale dos Municpios significa liberar esses recursos oramentrios para outras finalidades, como moradia,saneamento, educao, sade e segurana, alm de melhor poltica de remunerao dos servidorespblicos e o aumento do salrio mnimo. A est, sob a capa de denncia da injustia social -favorecimento dos servidores pblicos em detrimento dos celetistas - o que o presidente Paulo Csarchama de saco de maldades com o roteiro e a produo da era de FHC .

    Vale aprofundar o exame dos rombos o dos 17 bilhes explica-se pelos benefciosconcedidos sem custeio, pela adoo da Seguridade Social e pela economia informal. Os benefciossem custeio foram gerados a partir de medidas de alto alcance social, que deveriam ter fonte prpriaou pagos pelo Tesouro. o caso da aposentadoria dos trabalhadores rurais. Em 1969, corretamente,no governo Costa e Silva, foi criado o Plano Bsico da Previdncia Rural, o que nenhum governoanterior fizera. Mas havia a fonte prevista de recurso, para os quatro nicos benefcios concedidos,

    Prefcio

  • a aposentadoria inclusive. No governo Mdici, fixou-se o valor da aposentadoria rural metade domaior salrio mnimo. A Constituinte de 87/88 duplicou para 1 salrio mnimo. O ex-presidenteFHC chegou a dizer publicamente que o Funrural ( como equivocadamente chamado) omaior programa de renda mnima do mundo. aposentadoria do trabalhador rural, o presidenteGeisel acrescentou a Renda Mensal Vitalcia, para atender aos maiores de 70 anos, residentes nasreas urbanas, sem poder prover sua subsistncia, isto , sem renda. Outro aumento de despesa-justa como assistncia social - mas paga pelos contribuintes do INSS. A Constituio agravou isso,com a adoo da Seguridade Social, um passo muito maior do que nossas pernas podem dar.Igualamos o Welfare State da Sucia, que assiste o povo do bero ao tmulo. Um pas de apenas8 milhes de habitantes, com renda per capita de 20 mil dlares Talvez at mais do que a Sucia,pois que com o conceito de Seguridade Social o INSS tem que assistir toda a populao brasileira,sem distino dos que contribuem ou no para ele, inclusive os 40 milhes da economia informal.

    O rombo do servio pblico uma decorrncia de uma irresponsabilidade. A ministrada Economia do governo Collor, em 1991, decidiu abusivamente retirar da responsabilidade doTesouro o pagamento da aposentadoria dos servidores pblicos civis e dos militares. Ambos nocontribuam, desde a era Vargas, para suas aposentadorias, mas apenas para penso, os civis para oIPASE, e os militares para suas Foras Singulares. Tratava-se de uma vantagem especfica, paraquem entrava no servio por concurso universal, no tinha sindicato, no ganhava horas extras detrabalho nem outras vantagens previstas na CLT editada por Getlio Vargas. Que fez a ministra daEconomia? Determinou - como se fosse seu direito - ao INSS que assumisse a despesa, outra vezsem custeio prprio. J eram mais de 900 mil os aposentados e pensionistas que o INSS teve debancar - sem nunca haverem contribudo - , ao mesmo tempo em que imps a contribuio pelosservidores ativos. Aumentando o problema, a Constituio criou o Regime Jurdico nico, que aministra implantou. Com isso, centenas ou milhares de servidores celetistas, no concursados,ingressaram no servio pblico gerando outro aumento com as aposentadorias integrais. Da o rombo, insisto. Mas no artigo do ento ministro da Previdncia, dizia ele ser um grande xito dareforma a diminuio de 10% das despesas com pessoal. Isso o ministro Berzoini, ainda novo naPasta, decerto assinou o artigo que seus assessores lhe levaram, para justificar as perversas medidastomadas na reforma previdenciria, a ttulo de justia social.

    O IPEA concluiu que a reforma em 20 anos daria ao Oramento da Previdncia umaeconomia de menos de 50 bilhes de reais, o que significa dizer que ser de 2 bilhes por ano,grosso modo. Logo, o dficit diminuir, em mdia, 2 bilhes por ano. Como atualmente de 56bilhes, o saco de maldades no se extinguir to cedo. O pagamento dos inativos contribuirpara diminuir o dficit com muito pouco, porque ele causado pelo estoque de cerca de 900 milinativos. A nica possibilidade de zerar o dficit ser pedir que esses prejudiciais aposentadosmorram mais depressa...

    No artigo do ento ministro, a economia seria resultado da reduo das despesas dessesistema previdencirio velho, ineficiente, injusto e concentrador para que, j no Oramento de 2004possamos ampliar os investimentos nas reas que garantam melhoria de indicadores sociais epropiciem crescimento econmico e gerao de empregos. o que estamos vendo...

    Jarbas Passarinho

    Ex-Ministro de Estado do Trabalho e da Previdncia Social, ex-Ministro de Estado daPrevidncia e Assistncia Social e ex-Ministro de Estado da Justia, ex-Deputado Federal, ex-Senador, ex-Presidente do Senado Federal e ex-Governador do Estado do Par, Membro doConselho de Notveis da FUNPREV.

    Braslia, maro de 2004.

  • Sumrio

    MUITAS LUTAS EM 11 ANOS DE ANASPS ........................................................................... 11APRESENTAO ...................................................................................................................... 29ARTIGOS 2004 ............................................................................................................................ 31DOLO DOS PS DE BARRO......................................................................................................................... 31APOSENTADO, IDOSO OU VAGABUNDO? ......................................................................................... 33COMO SALVAR NOSSA PREVIDNCIA .................................................................................................... 34OH! COMO O POVO SOFRE E COMO EU SOFRO! ............................................................................... 37REFORMA DA PREVIDNCIA: DEU BINGO NA CABEA ............................................................... 39AS CONTRADIES DO GOVERNO LULA ............................................................................................ 40O LADO BOM DA PREVIDNCIA PBLICA ........................................................................................... 43A MUDANA NO FINANCIAMENTO DA PREVIDNCIA SOCIAL ................................................. 44FILAS, DEMOCRACIA E DIGNIDADE ....................................................................................................... 46AINDA A QUESTO DO FINANCIAMENTO........................................................................................... 48PREVIDNCIA NO RIMA COM POLTICA ............................................................................................ 50A REFORMA DA PREVIDNCIA SOCIAL ................................................................................................ 52PREVIDNCIA SOCIAL ENTRA 2004 AMEAADA .............................................................................. 54

    ARTIGOS 2003 ............................................................................................................................ 56A REFORMA DA PREVIDNCIA SOCIAL ................................................................................................ 56A REFORMA DOS COMPANHEIROS ......................................................................................................... 58OS DADOS DO DIAGNSTICO DA PREVIDNCIA ............................................................................. 60MAIS ALGUNS PONTOS PARA A REFORMA DA PREVIDNCIA .................................................. 62SERVIDOR PBLICO; TODOS TRATAM MAL, TODOS PRECISAM DELE ................................. 64NO SE FALA DAS CAUSAS DA CRISE DA PREVIDNCIA .............................................................. 67PROMESSAS E BRAVATAS NA REFORMA DA PREVIDNCIA ....................................................... 69A DVIDA DO INSS E A 2 REFORMA DA PREVIDNCIA ................................................................ 71A 2 REFORMA DA PREVIDNCIA. QUE DECEPO! ..................................................................... 72A REFORMA QUE PREJUDICA 104 MILHES DE BRASILEIROS ................................................ 74RAZES DA GREVE DOS SERVIDORES ................................................................................................. 76A REFORMA DA PREVIDNCIA S FAVORECE A PRIVATIZAO ............................................ 78RAINHA DA INGLATERRA ............................................................................................................................ 80POR QUE NO AUMENTAR OS BENEFCIOS DO INSS? .................................................................. 82

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    SERVIDOR PBLICO APOSENTAR OU NO? .................................................................................... 84FUNDOS DE PENSO; RUIM PRA AMERICANO, BOM PRA BRASILEIRO! ............................. 86DESEMPREGO: REFLEXOS NA PREVIDNCIA SOCIAL ................................................................. 87GOVERNO DO UM POR CENTO ................................................................................................................. 89FATOR PREVIDENCIRIO ............................................................................................................................ 91A FALSA NOO DE PRIMOROSO ............................................................................................................ 92

    ARTIGOS 2002 ............................................................................................................................ 95A PREVIDNCIA PBLICA VIVEL ...................................................................................................... 95O SUPERVIT DA RECEITA FEDERAL E O DFICIT DO INSS ..................................................... 97A PREVIDNCIA DOS ESTADOS E MUNICPIOS ................................................................................ 99O QUE A PREVIDNCIA FAZ PELO PAS E OS BRASILEIROS DESCONHECEM ................ 102A PREVIDNCIA DE TODOS NS ........................................................................................................... 103A PRIVATIZAO DO INSS SEGUE SUA VIA RPIDA..................................................................... 105CONQUISTAS DA PREVIDNCIA ............................................................................................................. 107MAIS UMA CPI PARA A PREVIDNCIA .................................................................................................. 109A PREVIDNCIA E O DFICIT PBLICO .............................................................................................. 110A PREVIDNCIA DO SERVIDOR .............................................................................................................. 112UM NOVO DESENHO PARA O INSS ........................................................................................................ 113REFORMA DA PREVIDNCIA, MAS QUAL REFORMA? ................................................................. 115

    ARTIGOS 2001 .......................................................................................................................... 117A CONTRIBUIO DOS SERVIDORES INATIVOS ............................................................................. 117A REFORMA DO ESTADO NO PAS DOS BOTOCUDOS ................................................................. 119UMA PROPOSTA OUSADA PARA A PREVIDNCIA.......................................................................... 121A PREVIDNCIA PBLICA SEGUE RESISTINDO ............................................................................. 123A PREVIDNCIA DE ALTO RISCO ........................................................................................................... 125A FACE MAIS CRUEL DA CRISE DO INSS .............................................................................................. 127A ANASPS E A PREVIDNCIA MUNICIPAL .......................................................................................... 129ALERTA GERAL: ESTO ACABANDO COM A NAO! .................................................................. 131ANASPS QUER MELHORIAS SALARIAIS PARA SERVIDORES DO INSS .................................. 133A ANASPS E A DEFESA DO PCCS ............................................................................................................. 135APOSENTADORIA VIA INTERNET E A VIA DA SONEGAO .................................................... 137UMA NOVA PROPOSTA PARA O INSS .................................................................................................... 139AS PRXIMAS VTIMAS DO INSS ............................................................................................................. 141QUEM GANHOU E QUEM PERDEU COM A GREVE NA PREVIDNCIA. ............................. 142

    ARTIGOS 2000 .......................................................................................................................... 145A CRISE DA PREVIDNCIA ......................................................................................................................... 145O QUE A PREVIDNCIA FAZ PELO BRASILE QUE OS BRASILEIROS DESCONHECEM .......................................................................................... 147APOSENTADORIA COM A PREVIDNCIA ....................................................................................... 149A PRIVATIZAO DA PREVIDNCIA ..................................................................................................... 151O LADO ESQUECIDO DA PREVIDNCIA ............................................................................................. 152A RECEITA PARA UM BOM REGIME ...................................................................................................... 154A ANASPS E A GREVE DOS SERVIDORES FEDERAIS ................................................................... 156A PREVIDNCIA SOCIAL PODERIA ARRECADAR MAIS? .............................................................. 157O ROMBO DA PREVIDNCIA..................................................................................................................... 159O LADO BOM E ESQUECIDO DA PREVIDNCIA ............................................................................. 161A REVOLUO SILENCIOSA NA PREVIDNCIA SOCIAL ............................................................. 16328 DE OUTUBRO: DIA DO SERVIDOR ? ................................................................................................ 165A PREVIDNCIA SE MANTM DE P .................................................................................................... 166

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    Em 1992, a Diretora de Recursos Humanos do INSS, Maria Ceclia Landim, reuniu diversasentidades para formar uma comisso para estudo de um Plano de Carreira, Cargos e Salriosa ser apresentado ao ento Ministro da Previdncia e Assistncia Social, Reinhold Stephanes, e aoPresidente da Repblica, Fernando Collor de Mello.

    Ao solicitar que cada representante das entidades presentes se apresentasse com nome,categoria funcional e rgo de lotao, vimos que havia representantes dos Fiscais, dos Procuradoresdo INSS, e de entidades de servidores da Sade e Trabalho. Como estes ltimos poderiam discutirPlano de Carreira se sequer trabalhavam no rgo?

    As demais categorias de servidores do INSS de nvel superior, como Assistente Social,Mdicos Peritos, Engenheiros, Administradores, bem como servidores de nvel mdio, no tinhamrepresentantes.

    A Diretora de Recursos Humanos convocou uma reunio no seu gabinete para discutir oPlano com os membros de um Grupo de Trabalho que estava em Braslia trabalhando noRegimento Interno do INSS, Jos Mario Teperino, Mrcia Regina Horta Piva, Jos Luiz Francisco,Luiz Augusto do Esprito Santo, Vernica Pereira Gonalves, Vernica Maria Monteiro, JlioPinheiro de Carvalho, Francisco das Chagas Camara Rayol, Carmem Camilo, Luiz Carlos Boeting,Maria Emilce Alves Coelho, Paulo Csar de Souza e Maria Ceclia Landim.

    Na discusso nasceu a nova Associao Nacional dos Servidores da Previdncia Social ANASP, cuja diretoria provisria foi eleita e instalada em 18 de agosto de 1992, sendo eleito o Sr.Jlio Pinheiro de Carvalho presidente da Diretoria Executiva Provisria com durao de 180 diase aprovado o estatuto social.

    Iniciava-se ali uma trajetria vitoriosa daquela que seria a maior associao de servidores daPrevidncia Social.

    Sem uma sede prpria, a ANASP alugou o 15 andar do Edifcio Paulo Maurcio, totalmenteabandonado, de propriedade do INSS. L fizemos as primeiras reunies, sem as mnimas condies,pois no tinha mesa, cadeira, bebedouro, nada.

    Muitas lutas em 11 anos de Anasps

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    Dr. Paulo Csar de Souza -Presidente da ANASPS, Dr.Jos Mario Teperino - VicePresidente da ANASPS,Deputado Reinhold Stephanes- Ministro do MPAS, Dr.Francisco das Chagas CmaraRayol - Vice Presidente daANASPS.

    Dr. Paulo Csar de Souza -Aluizio Davis Filho, Chefe dogabinete do MPAS, Presidenteda ANASPS, Dra. Judith Ize- Auditora Fiscal da PrevidnciaSocial, Dr. Serra Gurgel -Coordenador de ComunicaoSocial do MPAS.

    Dr. Cresio de Matos Rolim -Presidente do INSS, Dr. SergioCutolo - Presidente da CaixaEconmica, Deputado ReinholdStephanes - Ministro do MPAS,Dr. Paulo Csar de Souza -Presidente da ANASPS.

    Reunio na Sededa ANASPS

    Reunio na Sededa ANASPS

    Lanamento do CartoAfinidade ANASPS/CEF

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    Como em toda primeira diretoria, os servidores do INSS, com muitos afazeres epraticamente todos de fora de Braslia , foi difcil registrar estatuto, pagar as despesas com cartrioetc. Tivemos que nos cotizar para fazer face s primeiras despesas.

    Paulo Csar de Souza foi encarregado para, em conjunto com Vernica Gonalves, registraro estatuto e convocar as reunies. Vernica era Diretora de Recursos Humanos no Esprito Santoe, tendo que retornar a Vitria, Paulo Csar ficou responsvel pela Associao.

    De incio, o primeiro problema, o nome ANASP j existia - era de uma associao quetrabalhava somente com emprstimos - ento resolvemos acrescentar mais um S mudando asigla para ANASPS.

    O grande desafio era dar credibilidade ANASPS para conquistar associados, pois stnhamos os 92 scios fundadores e contribuintes.

    Nossos primeiros colaboradores, sem remunerao, foram o Sr. Edmilson Cado deAlbuquerque que trabalhava com desenho e com quem criamos a primeira logomarca ANASPS,a Sra. Solange de Almeida Castro que datilografava todos os expedientes, aps o seu horrio detrabalho, inclusive todo o Estatuto e o Sr. Isac Martins dos Reis, que colaborou envelopando asprimeiras correspondncias e endereando mo para todos os postos do INSS.

    Nosso primeiro informativo teve a colaborao do Sr. Waldin Rosa de Lima e da nossa co-irm ANFIP, atravs dos amigos Pedro Dittrich, Vera Frana e Cyro Franca.

    Nos 180 dias da Diretoria provisria pouco se pde fazer por falta de associados e recursosoramentrios.

    No dia 17 de fevereiro de 1993, em Assemblia Geral, foi eleita a nova Diretoria Executivada ANASPS composta pelos seguintes membros:

    PresidentePaulo Csar de Souza;Vice-Presidente de Poltica de ClasseVernica Maria Monteiro da Rocha;Vice-Presidente de Aposentados e PensionistasJos Mario Teperino;Vice-Presidente de Planejamento, Oramento e FinanasMrcia Regina Horta Piva;Vice-Presidente de Administrao e PatrimnioJos Luiz Francisco;Vice-Presidente de Comunicao SocialFrancisco das Chagas Camara Rayol;Vice-Presidente de Relaes ParlamentaresLuiz Augusto do Esprito Santo;Vice-Presidente de Assuntos JudiciaisMaria Emilce Alves Coelho;Vice-Presidente de Servios AssistenciaisJlio Pinheiro de Carvalho;Vice-Presidente de Desenvolvimento Cultural e RecreativoIvone Resende Paniago;

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    Diretoria Executiva daANASPS.

    Posse da DiretoriaExecutiva

    Ministro Ubiratan Aguiar, Dr.Joaquim Jos de Carvalho - VicePresidente da ANASPS, Dr.Paulo Csar de Souza -Presidente da ANASPS.

    Entrega doPrmio Criatividade

    Diretoria Executiva da Anaspsconhece nova sede.

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    Suplentes:Zoroastro Torquato Arajo, Maria Ceclia Soares da Silva Landim, Jos Afonso Pires Ferreira

    Junior, Vernica Pereira Gonalves, Joo Alves da Costa, Zuila Pereira de Azevedo, Therezinha daA. Silva, Maria Regina Campos, Salvador Marciano Pinto.

    Conselho Fiscal:PresidenteEdson Dias Pinheiro;Membros:Joo Ricardo Arcoverde de Moraes, Elizabeth Custdio;Suplentes:Ronaldo Ren de Souza, Francisco Gomes de Arajo, Nilo da Luz Gutenberg.Com a nova Diretoria precisvamos ir busca dos scios, o que sabamos no seria tarefa fcil.A primeira providncia foi contratar assessorias que tivessem experincia no Congresso, no

    Judicirio, nos Ministrios da Previdncia e da Administrao, no movimento sindical, projetos delei, emendas, medidas provisrias, pessoal para ANASPS, enfim uma entidade representativa quetivesse uma estrutura gil, dinmica, em prol do associado.

    Contratamos na rea Jurdica o renomado escritrio de advocacia do Dr. Antonio TorreoBraz Filho para promover vrias aes na Justia.

    Contratamos a empresa Link Comunicao e Projetos Sociais para dar o suporteadministrativo ANASPS no Poder Executivo, Legislativo e outras atividades.

    As dificuldades eram muitas: no tinha recursos para hospedagem da Diretoria Executiva,para pagar as passagens do Presidente da ANASPS e sua Diretoria, para material de consumo eexpediente, ento o Presidente saa em busca de ajuda nas associaes co-irms munido de fichasde filiao para filiar todos os amigos dele e dos seus amigos fiscais, procuradores etc. Pernoitavaem hotis diferentes, sempre dividindo a diria ou gratuitamente quando a hospedagem era pagapor outras entidades.

    Procurava alimentar-se sempre nos bandejes do Ministrio da Sade e da Previdncia,quando no se convidava para almoar com seus amigos, naturalmente que gratuitamente.

    De pires na mo, procurava sempre de alguma maneira elaborar ofcios, informativos,fichas de filiao e outras comunicaes atravs de ajuda.

    Visitava diariamente o Congresso Nacional, o INSS, o MPAS, e o MARE, passando porvrias humilhaes no s de parlamentares com infindveis chs de cadeira, como tambm, decolegas que no acreditavam na associao, s vezes dando at informaes erradas criandodificuldade para a credibilidade do Presidente.

    Sem caixa, o Presidente s podia viajar para casa uma vez por ms para visitar sua famlia.

    Talvez a figura do Presidente da ANASPS, Agente Administrativo, decala jeans surrada, com um s palet azul, muito magro, no passasse aoscolegas o mesmo efeito que os representantes de outras entidades sempre emternos impecveis. Infelizmente, na capital do pas aparncia vale muito. Commeu traje me ofereciam o elevador de servio e horas de espera nas ante-salas.Com terno completo, j passava a ser chamado de Doutor.

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    Apartamentos Goinia (construo)Convnio ANASPS / VEGA.

    Reunio da Diretoria Executivada ANASPS no Bristol Hotel.

    Audincia noCongresso Nacional

    Dr. Paulo Csar de Souza -Presidente da ANASPS, Dr.Joaquim Jos de Carvalho - VicePresidente da ANASPS,Deputado Jos Anibal -Presidente PSDB, Dr.Alexandre Barreto Lisboa - VicePresidente da ANASPS, Dr.Loyola, Assessor Parlamentarda ANASPS.

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    Para ilustrar, elaboramos nossa primeira emenda a um projeto de Lei e fui ao CongressoNacional tentar obter a assinatura do Deputado Valdir Pires, nosso ex-ministro e deputado federaleleito pela Bahia. Como tinha trabalhado com o Presidente Paulo Macarini no IAPAS, no Rio deJaneiro, na gesto Waldir Pires, achei que era fcil a incluso da emenda. Fiquei na ante-sala durantequatro horas sem ser atendido. Para sorte minha chegou a Vera Frana, vice-presidente da ANFIPe minha conhecida atravs dos inmeros pedidos de hospedagem nos hotis conveniados ouapart hotel da Entidade, e imediatamente foi chamada pelo ilustre deputado. No me fiz derogado, entrei com ela e peguei a assinatura do homem.

    Mas nada disso me tirava da meta que estabeleci para o meu trabalho, sabia que os servidoresda previdncia estavam totalmente desamparados, exceto fiscal e procurador. Surgiu ento aprimeira luz no fim do tnel, uma gratificao de produtividade para a rea de engenharia propostapelo Joo Ricardo Diretoria de Recursos Humanos do INSS e que imediatamente foi encampadapela ANASPS.

    Num trabalho conjunto, eu e o Joo Ricardo, que era o Coordenador de Engenharia,encaminhamos as fichas de filiao a todos os servidores da rea e conseguimos assim um grandenmero de filiados, pois junto com eles tambm se filiaram os servidores da rea de Servios Gerais.

    Elaboramos ento o primeiro projeto de gratificao de produtividade para os servidoresdo INSS, chamada GDAP, em 1993, e o apresentamos como emenda a um projeto de lei quetramitava no Congresso. Fomos em seguida ao general Romildo Caim, ministro do MARE, econseguimos um aumento no vale-alimentao, depois um aumento no auxlio-creche, e entramosna Justia com vrias aes judiciais.

    Com a pequena quantia arrecadada mensalmente dos ainda poucos scios, samos entodo 15 andar para o 6 andar do mesmo edifcio Paulo Maurcio, compramos mveis, telefone eum fax, e comeamos mais uma empreitada difcil: conseguir com que algum colega nos estadosaceitasse ser representante da ANASPS. A primeira pergunta era o que eu ganho com isso.Diante das dificuldades, procuramos novamente a Diretora de RH do INSS para que nos socorressee indicasse os seus chefes de RH para serem nossos representantes. No satisfeitos, fomos buscarajuda dos superintendentes conhecidos para indicar o representante e tambm filiar seus conhecidos.Melhoramos um pouco, mas ainda no o suficiente para realizar minhas primeiras palavras quandode minha posse como presidente: A ANASPS se tornar uma entidade com papel marcante nombito do Servio Pblico Nacional.

    A partir da nomeao de alguns Diretores Estaduais, precisvamos de algum comconhecimento na rea de RH para responder as diversas solicitaes de informaes sobre processose aes judiciais. Ento convidamos a Elienai Ramos Coelho para colaborar conosco. Conhecia aEli trabalhando com a Neusa Vieira Lopes no RH do INSS, em Braslia, e com bom trnsito entretodos os colegas da Direo Geral bem como os servidores das Superintendncias.

    A Eli comeou respondendo as cartas dos associados, passando em seguida a gerenciar area administrativa da ANASPS, elegendo-se mais tarde Vice-Presidente.

    Precisvamos de algum na rea de projetos (plano de carreira, gratificao de produtividadeetc), tambm na rea de RH. Conseguimos ento a liberao de ponto e disponibilidade para aANASPS da Vernica Maria Monteiro da Rocha.

    Mesmo tendo contrato com o escritrio do Dr. Torreo ramos carentes na rea Jurdica.Precisvamos de algum que, sendo servidor, levantasse o prejuzo dos servidores, estudasse apossibilidade de ao e com que tipo de ao deveramos entrar. Fomos ento buscar o Dr. AlexandreBarreto Lisboa que tambm tinha trabalhado no RH do Rio de Janeiro. Conseguimos ento sualiberao de ponto e disponibilidade para a ANASPS.

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    Diretoria da ANASPS recebidapelo Deputado Inocncio Oliveira.

    Inaugurao daSede - Homenagem Dra.

    Cecilia Landim 1999Ministro Jarbas Passarinho, Dr.Alexandre Barreto Lisboa - VicePresidente da ANASPS, Dr.Paulo Csar de Souza - Presidenteda ANASPS.

    Inaugurao daSede 1999

    Dr. Paulo Csar de Souza -Presidente da ANASPS,Deputado Reinhold Stephanes -Ministro do MPS, MinistroArnaldo Prieto, Professor CelsoBarroso Leite.

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    Mas permanecia ainda o grande problema que era a busca de nossos representantes nosestados. Ningum queria, pois no acreditava numa associao nova. Todos pareciam acostumadoscom o sindicato. Resolvemos lanar uma campanha para indicao de representantes.

    Como no tnhamos recursos para ir aos estados, procurvamos participar de todos oseventos de RH, Arrecadao, Servios Gerais, Seguro Social, Financeiro, Auditoria, ComunicaoSocial e outros em busca do nosso representante. Sempre tnhamos alguns minutos para apresentara ANASPS e fazamos o convite aos colegas para serem colaboradores nos seus estados.

    A associao nacional mas sabamos da importncia de sua presena nos estados, com umservidor que tivesse credibilidade para repassar as informaes, participar de seminrios, representara ANASPS em solenidade, enfim, aparecer, existir, ser vista.

    Mas nosso nmero de associados era muito pequeno com arrecadao irrisria, parapodermos montar uma sede em cada estado. Novamente recorremos aos colegas superintendentespara colaborar conosco, permitindo que os representantes atuassem dentro dos prdios do INSS.Fomos atendidos por todos em uma reunio na Ermida Dom Bosco, onde estavam discutindooramento com a Presidncia do INSS.

    A partir da fiz uma boa amizade no s com os superintendentes, mas tambm com osfiscais, porque a maioria era fiscal e estavam sempre na ANFIP. Comecei ento a freqentar aANFIP todos os dias no s para fazer scios como para filar a bia, at que o Presidente de entodescobrisse que eu no era fiscal e estava usando o apart deles, lavando roupa no hotel, e, ainda,almoando. Fui logo cortado, mas continuei freqentando a sede e fazendo novos amigos e foi daque com a ajuda do Pedro, Cyro e Vera criamos o primeiro folder com ficha de filiao eencaminhamos a todos os servidores da Previdncia. Omito aqui, estrategicamente, comoconseguimos os endereos e como pagamos o correio, pois essas coisas no se confessa jamais, sposso dizer que no foi nada ilegal ou irregular.

    Criamos mais um problema: a ficha era com porte pago e para retirar tnhamos de pagar oCorreio. Utilizei ento o meu cheque especial pela primeira vez e paguei do meu prprio bolso asprimeiras, na esperana que com a arrecadao do ms seguinte pudesse retirar todas as fichas.

    Com uma proposta de Plano de Carreira, de gratificao de produtividade, algumas aesajuizadas e os scios que conquistava nas reunies, a associao comeou a ficar conhecida, oretorno foi surpreendente. Dos 92 scios fundadores, passamos para 360, logo aps 1360 com opessoal da Engenharia e Servios Gerais e com o folder explicando nosso trabalho recebemos maisde 5000 filiaes. Para quem tinha a pretenso em ser a maior associao era muito pouco numuniverso de 90 mil servidores. Contamos novamente com a colaborao da diretora de RH doINSS, que passou a divulgar nos contra-cheques as aes da ANASPS e solicitou aos coordenadoresde RH nos estados uma ao de filiao junto aos servidores aposentados. Chegamos a 23 milscios entre ativos e aposentados.

    Podamos contratar uma empresa de comunicao para elaborao do jornal, releases paraimprensa e divulgao de artigos de interesse da ANASPS, o que fizemos com a empresa JMMCCONSULTORIA, do jornalista Luiz Joca, comeando um novo meio de comunicao vitoriosocom os associados, o JORNAL DA ANASPS, levando a notcia mensalmente e prestao decontas dos trabalhos da Diretoria Executiva nos trs Poderes, Executivo, Legislativo e Judicirio.

    Nossa arrecadao era ainda pequena, pois s cobrvamos um percentual sobre o vencimentobsico, aproximadamente R$ 4,00 reais em mdia por associado, porm as despesas, medida quea associao crescia, aumentavam com a criao de uma Diretoria Estadual totalmente equipadacom, telefone, fax, computador, secretria, mveis etc e para o equipamento e pessoal necessriopara suporte. Na Nacional, contratao de servios de CPD, pagamento de correio de

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    Dr. Paulo Csar de Souzasaudando aos treinandos doINSS, no auditrio daANASPS.

    Lanamento FUNPREVProfessor Celso Barroso Leite,Ministro Arnaldo Prieto, JosCechin - Secretrio Geral doMPS, Jos Eduardo Sabo -Curador de Fundaes - DF, Dr.Paulo Csar de Souza - Presidenteda ANASPS/FUNPREV,Dr. Alexandre Barreto Lisboa -Presidente do Conselho Curadorda FUNPREV, Ministro JarbasPassarinho, Ministro ReinholdStephanes.

    Curso Formadoresem Previdncia Social

    Dr. Marcelo Viana - SecretrioExecutivo do MPS, Dr. PauloCsar de Souza - Presidente daFUNPREV, Dr. ViniciusCarvalho - Secretrio dePrevidncia Social, Dr. lvaroSolon, Assessor do Ministro doMPS, Dr. ALexandre BarretoLisboa - Presidente do ConselhoDeliberativo da FUNPREV.

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    encaminhamento de jornais, elaborao e grfica na confeco do jornal, ficando o correio em R$0,38 centavos por postagem e R$ 1,00 real por jornal na grfica. Comeamos ento uma parceriacom a Diretoria de Recursos Humanos do INSS nos diversos cursos com a confeco de pastas,blocos e canetas, onde poderamos dar palestras e levar aos nossos associados os trabalhos elevantar suas angstias e necessidades para apresentarmos ento projetos no Executivo e noLegislativo.

    Com a posse do Dr. Alexandre na rea jurdica iniciamos o ajuizamento de diversas aesjudiciais, algumas vitoriosas, como as do abono pecunirio, impedimento do aumento dacontribuio previdenciria para ativos e aposentados, do no corte do ponto dos grevistas, eoutras com liminares concedidas, aes com sentena transitada em julgado do 28,86%, ondenuma luta de Davi contra Golias enfrentamos a Procuradoria Geral do INSS, totalmente contrriaao pagamento de um valor j reconhecido pelo governo. Felizmente, encontramos um juiz srioque no se curvou grosseria de um procurador e o obrigou a encaminhar os clculos devidos atodos os scios da ANASPS e agora s depende dos clculos de juros e correo para pagamento.Alm dessas, entramos com mais de 62 aes no s para ganhar aumento salarial, mas tambmpara manter direitos que os diversos governos tentam sempre retirar dos servidores.

    Conseguimos ento credibilidade e aumentamos nosso quadro para 50 mil scios de todasas categorias funcionais da Previdncia Social.

    Apresentamos em diversas oportunidades, por intermdio da Vernica Maria Monteiro,vrios projetos de planos de carreiras, gratificao de produtividade e contestamos as vrias reformasque tentavam deformar a maior seguradora e distribuidora de renda do pas, a Previdncia Social.

    Trabalhamos incansavelmente no Congresso Nacional acompanhando nossos diretoresestaduais nas lutas pela manuteno dos direitos sociais e garantias constitucionais dos ativos,aposentados e pensionistas.

    Participamos de todos os eventos e palestras de todas as reas do INSS.Criamos o projeto VALORIZAO DO SERVIDOR, com cursos, palestras e convnios

    com Faculdades, Universidades, Sesc, Senac, Sebrae e outros para melhorar a formao dos nossosservidores.

    Lanamos o projeto CRIATIVIDADE, onde os servidores poderiam apresentar trabalhospara melhorar suas condies de trabalho ou contar seus causos ou estrias do seu dia-a-dia notrabalho.

    Procuramos, sempre em parceria com os dirigentes do MPS e do INSS, apresentar aoLegislativo projetos em benefcio dos servidores para melhorar ou manter seus direitos adquiridos.

    Contamos sempre com o apoio dos Superintendentes e Gerentes Executivos, respaldandoos projetos em favor do servidor.

    Nossas aes para os servidores associados da ANASPS eram grandes e demandavamtempo, porm no contvamos com governos tirando direitos.

    Tivemos ento que abandonar alguns planos para tentar na Justia manter o que tnhamosconseguido ao longo de 80 anos de Previdncia.

    Criamos a Fundao ANASPS de Previdncia - FUNPREV para dar ao servidor condiesde educao mais barata e com qualidade, criando a Escola de Previdncia. Porm, os intelectuaisdo INSS resolveram criar a UNIPREV e dar a uma empresa da Bahia o direito de treinar todos osservidores a preo muito mais caro que o de mercado, boicotando nossos sonhos, temporariamente.A idia era a de ministrar cursos profissionalizantes para servidores e seus filhos, nas diversasreas, com parcerias com as Escolas Tcnicas Federais, Cursos de Processamento de Dados com o

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    Deputado Roberto Pessoa falaaos dirigentes da ANASPS.

    Gratificao ProdutividadeMP 2093-23

    Negociao PCCSno Ministrio

    Dr. Paulo Csar de Souza -Presidente da ANASPS, Dr.Hamilton Silveira - Diretor deRecursos Humanos, Dr. Cresiode Matos Rolim - Presidente doINSS, Senador Waldeckrnelas - Ministro do MPS.

    Negociao Planode Carreira

    Dr. Paulo Csar de Souza -Presidente da ANASPS,Deputado Roberto Brant -Ministro do MPS, Dr.Alexandre Barreto Lisboa - VicePresidente da ANASPS.

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    Sesc, Cursos de Ps-Graduao, Doutorado, Mestrado com as Universidades Federais, Faculdades,Fundao Getlio Vargas, Universidade Mackenzie e outras, Cursos de ensino distncia. Demosum treinamento a 102 Gerentes do INSS, que foi um sucesso, elogiado no s pela diretoria doINSS e pelos gerentes treinados, mas tambm pelo Ministro, dada qualidade do contedo docurso.

    Criamos uma cooperativa de crdito, sem fins lucrativos, em fase final de aprovao peloBanco Central para ampliar os nossos servios; implantamos o microcrdito para darmosemprstimos a juros mnimos.

    Ao final de 1999, contratamos o prof. JB Serra e Gurgel, que acabara de se aposentar noMPS, entregando-lhe a misso de gerenciar a Comunicao Social da ANASPS.

    Nosso objetivo inicialmente era deixarmos de ser pauta para nos transformamos em fontede informao. Para isso, precisvamos de uma informao fluente, lgica, verdadeira, correta,isenta, imparcial, objetiva, impessoal, de interesse pblico. Quando tivssemos que emitir opinio,nos fundamentaramos em dados irrespondveis.

    Produzimos uma virada, atravs de um contato corpo-a-corpo com reprteres, editores,coordenadores, colunistas, editorialistas geralmente com a ajuda de uma estagiria de Jornalismo(tivemos cinco no perodo, Marcela, Beatriz, Camila, Luanna Lvia e Carla) - em rdios, televises,jornais, revistas e agncias de notcias.

    Somos hoje indiscutivelmente a associao mais consultada atravs do nosso site criado htrs anos e que j tem mais de 5 milhes de visitas, constituindo-se num megaportal, com mltiploslinks de informao sobre as questes estruturais da Previdncia e sobre as questes de interessedos servidores pblicos, em especial, da Previdncia Social.

    Alm do Jornal ANASPS, temos ANASPS On-Line, ANASPS ON LINE/extra, ANASPSBrasil, Clipping ANASPS, Notcias ANASPS, Artigos ANASPS e o Gex/ANASPS para beminformar nacional e regionalmente todos os associados e servidores do INSS. So informativosque, na sua verso eletrnica, so enriquecidos com as ferramentas disponveis, agregando valorcom sua qualidade editorial e de oportunidade.

    Nossos informativos tm credibilidade por s darem notcias devidamente documentadas.Em quatro anos, publicamos mais de 90 artigos com 480 publicaes nos jornais de todo

    Brasil. Nos jornais com circulao auditada fomos lidos por mais de 10 milhes de leitores/ano.Nos no auditados, 8 milhes.

    Em 2003, numa ao sem precedentes, lanamos o LIVRO NEGRO DA PREVIDNCIA ,para contraditar o LIVRO BRANCO DA PREVIDNCIA, publicado pelo Ministrio daPrevidncia Social, com informaes nada verdadeiras sobre os feitos e as glrias dos oito anos deFHC no mbito da Previdncia. Na mesma linha, lanamos uma publicao contra a 2 REFORMADA PREVIDNCIA.

    Criamos um site para cada Diretoria Estadual poder divulgar os projetos, convnios eoutras informaes do seu Estado.

    A ANASPS comeou ento sua nova luta a partir do governo FHC, luta que era s dossindicatos: reivindicar atravs de greve e ganhamos na Justia o primeiro mandado de seguranapara garantir o direito greve sem corte de ponto.

    Nossos sonhos continuam, alguns em andamento, outros a se realizar, como a casa doservidor, que seria basicamente um lugar para abrigar o grande nmero de servidores que diariamentevm Braslia para executar algum projeto, onde o servidor, com a diria baixa paga pelo governo,pagaria somente uma taxa de manuteno. Estamos tambm criando nossa cooperativa para que

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    Conselho Diretor da ANASPS(Diretoria Executiva e DiretoresEstaduais).

    Encontro do ConselhoDiretor da ANASPS

    Encontro AposentadosEntrega do Prmio em Manaus/AM.

    Inaugurao SedeOISS Brasil e Filiao da

    FUNPREV/OISSDr. Jos Cechin - SecretrioExecutivo do MPS, Dr. RenatoFollador - Representante OISS/Brasil, Deputado Roberto Brant- Ministro do MPS, Dr. CarlosGaravelli - Representante OISS,Dr. Paulo Csar de Souza -Presidente da ANASPS, Dr.Vinicius Carvalho - Secretrio dePrevidncia Social do MPS.

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    o associado fuja dos agiotas e consiga emprstimos a juros reais. Pretendemos tambm criar nossacooperativa educacional e habitacional.

    Trabalhamos muito para a melhoria da nossa antiga Patronal, hoje Geap, para que osnossos scios tivessem atendimento adequado e merecido, pois entendemos que o servidor pagaem dia sua contribuio, descontada mensalmente em seu contra-cheque.

    Infelizmente, administraes desastrosas levaram a Geap a uma interveno no menosdesastrosa e em seguida ao desmonte quase total do bom atendimento a sua clientela, abandonandoou descredenciando os melhores profissionais, clnicas e hospitais.

    Temos denunciado os desmandos dos administradores da GEAP com compras de sedemilionria em Braslia, sada dos prdios gratuitos do INSS para pagar aluguel, pssimaadministrao do peclio quase o levando falncia, superfaturamento de despesas, e incompetnciana assistncia mdica, hospitalar e ambulatorial. Denunciamos ao TCU, ao Ministrio PublicoFederal , Secretaria de Previdncia Complementar e de todos recebemos a promessa de apuraodas denncias. Estamos no aguardo e vigilantes.

    No INSS no foi diferente, nossas divergncias com a administrao foram vrias, entre elas: a luta contra a terceirizao de mo-de-obra e contra a portaria que permitia ao terceirizado

    e cedido conceder benefcio, prerrogativa somente de servidor concursado; a modelagem da gesto previdenciria, financiada com recursos externos, elaborada por

    tcnicos fora dos quadros e estranhos Previdncia, a peso de ouro, e sub-locada aservidores, por conta de passagens e dirias;

    a implantao de um Plano de Carreiras elaborado pelas entidades de servidores, jogadono lixo enquanto o governo contratou a FIA-USP, comprando um Plano que igualmentefoi abandonado;

    o concurso de Gerente Executivo, insistindo para que fossem todos da casa, acabandocom a farra poltica do QI (Quem Indica);

    a autorizao para que Correios e Prefeituras concedessem benefcios; a insistncia contra a ampliao da renncia contributiva atravs do SIMPLES, das

    filantrpicas e da baixa contribuio dos produtores rurais, a premiao dos caloteiros atravs do REFIS I e REFIS II, as inovaes restritivas de direitos, como o fator previdencirio; a no cobrana dos devedores; e o desmanche das estruturas de combate s fraudes; a no reposio dos quadros de

    pessoal, fazendo com que o INSS em dez anos tenha perdido 10 mil servidores e tenhamais de 17 mil vagas na sua lotao ideal.

    Nossa realidade hoje :1 - 27 Diretorias Estaduais com instalaes fsicas, secretria, equipamentos, mveis etc,

    para receber nosso associado e transmitir a todo o Estado as informaes sobre otrabalho da Nacional, inclusive com a criao de um Site Estadual;

    2 - duas sedes prprias em Braslia, uma da ANASPS e outra locada em comodato FUNPREV, todas devidamente equipadas para informar e atender bem nossosassociados;

    3 - trs sedes prprias nos estados da Paraba, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais;4 - 24 sedes alugadas;5 - um automvel Parati ano 2003;

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    Reforma da Previdncia2004

    ANASPS em manifestao noSenado.

    Entrega do PmioCriatividade em

    Manaus-AMDr. Alexandre Barreto Lisboa -Vice Presidente da ANASPS,Dra. Elzuila Ferreira, Diretorada ANASPS/PI, Dr. JosGonalves Campos, DiretorANASPS/AM, Dra. MariaLeide Cmara - DiretoraANASPS/RN, Dr. ViniciusCarvalho - Secretrio dePrevidncia Social MPS, Dr.Severino - Gerente ExecutivoANASPS/AM, Dr. PauloCsar de Souza - Presidente daANASPS, Dr. Jos JulioMartins de Queiroz - VicePresidente de Cultura e lazerANASPS.

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    6 - dois auditrios equipados com cadeiras, equipamentos de informtica, udio visualetc, para cursos e palestras aos associados da ANASPS e sempre disponveis para osservidores da Previdncia;

    7 - 62 aes Judiciais;8 - uma assessoria parlamentar atuando diariamente no Congresso Nacional

    acompanhando todos os projetos de lei e MPs de interesse do servidor;9 - uma assessoria de Comunicao para elaborar releases, acompanhar as informaes

    dos meios de comunicao impressos e eletrnicos, elaborar os informativos e mantercontatos para publicao dos nossos artigos e de matrias de interesse do servidor;

    10 - um setor de acompanhamento e informao jurdica sobre as vrias aes;11 - um setor financeiro para manter nossa contabilidade, informando ao Ministrio Pblico

    e registrando em cartrio nossos balanos;12 - um centro de processamento de dados que cuida de toda a vida do associado com

    equipamentos em rede de computadores;13 - uma empresa contratada (a LINK) de consultoria/assessoria, que d suporte ANASPS

    nas diversas reas de interesse do associado, tanto no Executivo quanto no Legislativo,e que presta bons servios entidade praticamente desde sua fundao.

    Paulo Csar de Souza, presidente.

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    Este livro representa um esforo da ANASPS no sentido de manter viva a discusso sobre aPrevidncia Social brasileira que cada vez mais ganha relevncia no pas, dada sua importnciapara milhes de pessoas de todas as idades, bem como para a prpria economia nacional, diantedo crescente vulto das receitas e despesas previdencirias.

    Trs objetivos so perseguidos nesta obra: contar, de forma sucinta, a partir do relato cheio de vida e dedicao, de quem desde o

    primeiro momento participou intensamente da histria da construo e consolidao da ANASPS; transcrever parte dos numerosos artigos publicados pela ANASPS na imprensa nacional

    e regional, versando sobre Previdncia Social, reforma previdenciria, previdncia complementar,servidores pblicos e outros temas de grande interesse pblico;

    publicar artigos de ex-ministros da Previdncia Social e de especialistas na rea, focados deforma especial no futuro dos regimes previdencirios no Brasil.

    A fundao da ANASPS e, posteriormente, a da FUNPREV, no relato do servidorprevidencirio Paulo Csar de Souza, busca caracterizar, especialmente, a capacidade de aglutinaodas pessoas em torno de objetivos comuns, embora as dificuldades que se apresentam a cadamomento o que, antes de desanimar o grupo, acaba por alavancar a vontade coletiva no rumo dosobjetivos (ou melhor, sonhos) colimados.

    Os artigos da ANASPS aqui transcritos foram publicados em importantes jornais de circulaonacional e regional, alcanando, segundo dados chegados Entidade, cerca de 10 milhes deleitores / ano, na imprensa auditada, e de 8 milhes / ano, nos jornais no auditados. Isso, por sis, revela o peso da opinio da ANASPS, entidade mxima de representao dos servidoresprevidencirios, relativamente a uma temtica de grande relevncia pblica.

    Por outro lado, importante que o leitor possa ter acesso palavra de ilustres dirigentes daPrevidncia, bem como de notrios especialistas na rea, relativamente ao futuro dos regimes

    Apresentao

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    previdencirios brasileiros e quais as providncias devam ser adotadas com vistas ao permanenteequilbrio financeiro e atuarial desses regimes, de forma que eles meream crescente credibilidade doconjunto da populao.

    A ANASPS procura, com esse livro, dar incio a uma srie de obras voltadas para umaintensa interao entre dirigentes, especialistas profissionais liberais, universidades, servidoresprevidencirios, sindicalistas e outros, com a finalidade de discutir ampla e democraticamente aPrevidncia brasileira.

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    DOLO DOS PS DE BARROPor Paulo Csar de Souza

    Em 15 de novembro de 2002 o Brasil elegeu o primeiro Presidente oriundo da classetrabalhadora o Sr. Luiz Incio Lula da Silva, metalrgico, sindicalista, ex-presidente e fundador daCUT e do PT, perseguido e preso no regime militar por liderar as maiores greves, no s no setormetalrgico, como por reivindicar em favor das minorias.

    Sua plataforma: aumento de salrio de acordo com a inflao do perodo; salrio mnimode U$ 100 dlares; jornada de trabalho condizente com as atribuies do trabalhador; previdnciasocial pblica para todos os trabalhadores; garantia dos direitos constitucionais; respeito ao serviopblico e ao servidor pblico; diminuio dos nveis de pobreza; gerao de empregos; melhordistribuio de renda; colocar na cadeia os devedores, sonegadores, corruptos; respeito aos direitosadquiridos; garantia de recursos para as empresas brasileiras concorrerem com as multinacionais;reviso dos processos de privatizao dos governos anteriores; incentivo a agricultura e reformaagrria para os sem-terra; habitao para os sem-teto; educao para tirar das ruas crianas, futurosinquilinos da FEBEM; segurana pblica; combate fome e aumento das exportaes.

    Com os 20 pontos acima elencados a populao brasileira votou em massa em LULA,acreditando que veria o espetculo do crescimento.

    LULA presidente tornou-se dolo das massas. Por onde passasse multides pediamautgrafos, tentavam agarr-lo, abra-lo, beij-lo. Esperavam horas em frente ao Alvorada s parav-lo. Nos estados , verdadeiros delrios quando passava, cumprimentava ou acenava.

    Seus discursos de Robin Hood inebriavam a todos, pela sinceridade e espontaneidade.Ganhou projeo alm mar e simpatia de governantes no mundo inteiro, pois reivindicava

    para os pobres, sendo agraciado inclusive pela ONU com uma quantia de fazer inveja a qualquerbrasileiro desempregado.

    Para ns brasileiros, tornou-se nosso Ghandhi, nosso DOLO, salvador da ptria, homemcom competncia para unir a situao e oposio, pois tinha o respaldo e apoio popular.

    Artigos 2004

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    Na Presidncia da Repblica, Lula mudou e como mudou!Nosso DOLO comeou ento suas viagens pelo mundo, sempre com o mesmo discurso

    da erradicao da pobreza, solicitando ao G-7 que ajudasse os pases do terceiro mundo e pediuajuda a Cuba, Venezuela, Lbia, Sria...

    Nosso DOLO encaminhou sem ouvir a populao a reforma da previdncia, montou abase aliada com verbas e cargos e passou o rolo compressor, tirou direitos sociais e conquistasconstitucionais dos servidores pblicos, no corrigiu automaticamente as aposentadorias dossegurados da previdncia, conforme prometido e mandou os velhinhos com mais de 90 anosprovarem que estavam vivos, amargando filas em sol escaldante;

    Nosso DOLO no consegue conter seus ministros que vivem se digladiando, inclusivecom palavras de baixo calo; um disse que no o aguenta e de outro falou que era mole.

    Nosso DOLO concordou em cassar o que tinha de melhor no PT, militantes antigos efundadores; associou-se aos seus antigos inimigos deixando de ouvir suas bases; abandonouaqueles que o projetaram.

    Nosso DOLO aumentou a nica comida barata do brasileiro, o FRANGO, de R$ 1,00para mais de R$ 3,00; elevou o nmero de desempregados para 12 milhes; no criou os 2,5milhes de empregos no 1 ano de governo.

    Nosso DOLO para salvar seu principal 1 ministro fechou bingos e caa-nqueis e nopermitiu a abertura de CPI para apurar irregularidades (propinas) do Sr. Waldomiro Diniz,funcionrio comissionado da Casa Civil, nas campanhas polticas e na Gethec/Caixa; no esclareceua morte do prefeito de Santo Andr e o massacre de garimpeiros em Rondnia; permitiu a invasoe a tenso no campo.

    Nosso DOLO manteve na Previdncia Social o FATOR PREVIDENCIRIO que diminuiaposentadorias, no colocou os 40 milhes de informais no INSS , que precisa de 8.000 fiscais etemos somente 3.500, necessitamos de 3.000 procuradores, foram todos para AGU, necessitamosde Mdicos Peritos, de 8.000 servidores de nvel mdio.

    Nosso DOLO fomentou vrias greves por no negociar com as categorias (MDICOSPERITOS, PREVIDENCIRIOS, ENGENHEIROS DA AGRICULTURA, POLCIAFEDERAL, AUDITORES FISCAIS, SERVIDORES DA AGU, UNIVERSIDADES, INCRA,DA SADE e etc).

    Nosso DOLO paga rigorosamente em dia o FMI quando prometeu priorizar a dvidaexterna e interna, o supervit fiscal e o arrocho salarial; no criou um emprego; no corrigiu a tabelado imposto de renda, prejudicando milhes de trabalhadores e aumentou os impostos.

    A vida dos brasileiros passou a ser bem mais difcil, pelo menos para alguns, excetobanqueiros e mais 10% de abastados protegidos pela poltica globalizada.

    Nosso DOLO tem os ps de barro e est se desmanchando, suas promessas foramtransformadas em bravatas, as pesquisas que antes demonstravam o descontentamento com ogoverno j o alcanam.

    A bem da verdade nosso DOLO criou um primeiro emprego. Parabns.

    Paulo Csar de Souza Vice-Presidente daAssociao Nacional dos Servidores da Previdncia Social-ANASPS.

    Jornal: Terceiro Tempo, Rio de Janeiro, RJ. Data de Publicao: 1 a 15.06.2004Jornal: A Gazeta, Cuiab/MT. Data de Publicao: 09.07.2004

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    APOSENTADO, IDOSO OU VAGABUNDO?Por Paulo Csar de Souza

    Essa deve ser a grande pergunta do idoso brasileiro.No governo FHC os aposentados e pensionistas, pblicos e privados, foram chamados de

    vagabundos pelo prprio, aps terem trabalhado 35 anos, contribuindo para a Previdncia Socialda Unio e do INSS para ter direito a uma aposentadoria e penso, no mnimo, de acordo com seusvencimentos e salrios.

    Os PHDs de planto do MPS, terceirizados j naquela poca, tinham proposto a 1 Reformada Previdncia para reduzir o dficit da Unio e do INSS. Como o dficit no caiu criaram no INSSo Fator Previdencirio, uma reforma dentro da reforma, com o objetivo de achatar aposentadoriasno INSS. Ningum receberia para o que pagou e o teto de 10 SM virou hiptese, reduzido nomximo a 7 SM.

    Com o Fator Previdencirio o trabalhador que sempre contribuiu pelo teto do salrio decontribuio no receberia o salrio de benefcio previsto.

    Usaram das variveis da idade e da contribuio para enganar e ludibriar os segurados.No h a menor dvida que colocaram um novo esqueleto no armrio, pois chegar o dia

    em que a Justia reconhecer o direito do segurado receber o valor para o qual contribuiu. umpassivo que vem do governo FHC e j gerou mais de 1 milho de benefcios na era Lula.

    Vejamos como funciona o Fator Previdencirio: a aposentadoria do trabalhador calculadaem duas etapas. Primeiro apurada a mdia dos 80% dos salrios de contribuio, os maiores apartir de julho de 1994 e sobre a mdia aplicado o fator previdencirio de acordo com idade,tempo de contribuio, alquota de recolhimento e expectativa de vida.

    Exemplo: Homem com 55 anos de idade e 35 anos de contribuio para o INSS.Seu Fator Previdencirio 0,7744.Aplicando a mdia dos 80% sobre o salrio contribuio de R$ 2.165,31, sua aposentadoria

    ser de R$ l.676,82.O aposentado ter uma perda de 22,55% do seu salrio exatamente quando ele mais precisa

    de renda para se manter e manter os seus, j que est fora de sua capacidade produtiva.Outro flagrante desrespeito: o idoso, aposentado ou pensionista que obteve sentena

    favorvel para a reposio do IRSM de fevereiro de 1994, de 39,67% o juizado Especial Federal spode julgar causas no valor de 60 SM (R$ 14,4mil) portanto para ter direito ao juizado o aposentadoter de renunciar ao valor superior.

    Se a previdncia e a justia reconhecem a dvida, o correto seria pagar os R$ 14,4 mil e adiferena poderia ser paga atravs de precatrio, que permite ao INSS saldar o dbito no anoseguinte.

    Os beneficirios do INSS que recebem o mnimo penaram oito anos para receber osreajustes pelo salrio mnimo recebendo os ndices oficiais de inflao. Os que recebem alm domnimo, acumularam perdas e foi colocado novo esqueleto no armrio, com um passivo que cedoou tarde ter que ser pago.

    No servio pblico, no foi diferente, os inativos e pensionistas tambm foram execradose apresentados como o grande nus da nao, ameaa estabilidade e ao dficit pblico.

    As tentativas de prejudic-los foram muitas. Tnhamos poca um defensor ferrenho, oPT, incansvel na manuteno do direito adquirido, das clusulas ptreas contidas na Constituio

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    onde os ativos e inativos tm os mesmos direitos. Deputados e senadores do PT protegiam osservidores, organizavam greves, incentivavam as aes do MOSAP e da COBAP.

    O governo para no dar o aumento devido conforme a inflao, criou vrios artifcios paraenganar a sociedade e esmagar os servidores. Foram oito anos de aumentos baixssimos para osativos, que acumularam perdas de 127%, e de recomposies nfimas para os inativos com perdassuperiores a 200%.

    Aposentado, idoso e vagabundo reagiram, vingaram-se votando em massa no PT elegendoLula, vrios senadores e deputados dando assim o troco ao governo FHC, o governo da privataria,dos grandes escndalos, da corrupo, da desnacionalizao, da globalizao.

    Lamentavelmente, Lula e PT deram as costas aos trabalhadores do setor pblico e privado,aos aposentados e pensionistas do INSS e do setor pblico, e aos militares ativos e reformados.

    A desesperana comeou quando classificou de bravatas o que antes eram promessas.Da pra frente foi um festival de decepes: aumento de 1% para os servidores, taxao de

    inativos em 11%, reduo das penses em 70%, manuteno do Fator Previdencirio, no pagamentodos passivos, entrega da mquina pblica a polticos sem passado nem futuro, criao de 35ministrios, represso da PM/DF no Congresso Nacional, convocao dos maiores de 90 anospara provar que estavam vivos, induo dos servidores e aposentados a se endividar, aprovaoturbulenta, com troca de verbas e cargos da 2 reforma da previdncia, nas madrugadas, fim daisonomia entre civis e militares, fim da paridade entre ativos e inativos e aumento de R$ 20 para osbeneficirios do INSS, de um mnimo. Um rosrio de crueldades cujo preo menor a vertiginosaqueda de popularidade de Lula.

    Mas outubro est chegando e, novamente, daremos o troco.Lembrem-se: as vtimas do futuro podero ser os senhores, seus filhos, seus netos, pois o

    tempo implacvel e Deus justo. Todos envelhecemos, aposentamos e seremos idosos, oumelhor, quase todos! Para eles a certeza: com o saco de maldades do PT morrer antes talvez fosselucro para a Unio e o INSS! Deus me perdoe! Deus me livre!

    Paulo Csar de Souza vice-presidente da Associao Nacionaldos Servidores da Previdncia Social, ANASPS,

    entidade de 53 dos 89 mil servidores do INSS.Jornal: Terceiro Tempo, Rio de Janeiro, RJ. Data de Publicao: 15 a 31.05.2004

    Jornal: A GAZETA, Cuiab/MT. Data de Publicao: 29.05.2004Jornal: O Liberal, Belm/PA. Data de Publicao: 31.05.2004

    Jornal: DIARIO DE NATAl, Natal/RN. Data de Publicao: 11.06.2004Jornal: O Estado do Maranho, So Lus/MA. Data de Publicao: 24.06.2004Jornal: Dirio da Amaznia, Porto Velho/RO. Data de Publicao: 10.07.2004

    Jornal: Folha de Pernambuco, Recife/PE. Data de Publicao: 09.07.2004Jornal: Dirio da Regio, So Jos do Rio Preto/SP. Data de Publicao: 11.07.2004Jornal: Folha de Londrina/Londrina/PR. Data de Publicao: 23.07.2004

    COMO SALVAR NOSSA PREVIDNCIAPor Paulo Csar de Souza

    Em 2001 elaboramos um projeto, que apresentamos como sugesto de quem h muitosanos trabalha na Previdncia Social e conheceu os antigos IAPS, que deram origem ao INPS, hoje INSS.

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    Nosso projeto tinha o intuito em ajudar as reformas que a previdncia necessitava, mas ospolticos no faziam, ou melhor, faziam remendos e estes s para prejudicar os segurados ebeneficirios.

    Nossa preocupao era com relao ao enorme dficit apresentado diariamente populao pelos nossos governantes sem nenhuma soluo.

    O quadro terrvel :1.SONEGAO:

    2003 R$ 24 bilhes.2004 = R$ 27 bilhes. (previso)

    2.RENNCIA FISCAL:2003 = R$ 12 bilhes.2004 = R$ l5, 4 bilhes (previso).

    3.DVIDAS A RECEBER:2003 = R$ 200 bilhes2004 = R$ 250 bilhes (previso)

    4.REVISO DE APOSENTADORIAS:R$ 12 bilhes

    5. REFIS II: Parcelamento da dvida de pessoa jurdica e fsica que pasmem, se confessarema dvida, tranca o processo penal por sonegao, quer dizer no vo para a cadeia e podempagar com 50% de desconto da multa e correo pela TJLP, em 15 anos.

    6. 40 MILHES DE INFORMAIS: So trabalhadores que no contribuem para o INSS,sem carteira de trabalho, mas que um dia vo querer se aposentar.

    7. CRIAO DE NOVOS BENEFCIOS: (aposentadoria para ndio, dona de casa, paide santo, me adotiva, homossexual inclusive penso etc.), SEM FONTE DE CUSTEIO.

    No projeto apresentado pela ANASPS crivamos inicialmente um nmero previdenciriopara todos os brasileiros com idade de 18 anos, ou no momento em que iniciasse sua contribuio,onde ele s poderia ter os benefcios dados pelo governo nas diversas reas com o seu carto, quepoderia ser o CIC adicionado de mais um digito. (Sade, Educao Pblica entre outros servios).

    Com uma Populao Economicamente Ativa de 87 milhes no podemos ter a metade detrabalhadores informais, ameaa real ao Tesouro e Previdncia, pois todos vo se aposentar oureceber um benefcio assistencial.

    Necessitamos, imediatamente, criar mecanismos de contribuio atrativa e com acredibilidade da Previdncia Social que durante 81 anos paga em dia seus beneficirios.

    Os trabalhadores que hoje no contribuem com nada passariam a recolher sobre um salriomnimo formando um peclio corrigido e resgatvel na aposentadoria, se prefervel, ou recebendouma aposentadoria de um salrio mnimo mensal, com direito ao seguro acidente, auxlios doena,maternidade, recluso e funeral, podendo ou no ser instituidor de penso.

    Noutra ponta, poderia ser criado o Ministrio da Seguridade Social, com um comandounificado, controlando todos os recursos oriundos do trabalhador pblico e privado para formarum caixa de garantia , transformando tudo em grande FUNDO DE SEGURIDADE SOCIAL,que poderia ser administrado pelo BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econmica Federal, agrupandoas diferentes fontes.

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    1.PREVIDNCIA SOCIAL PBLICA2.FGTS3.COFINS4.FAT5.PREVIDNCIA DO SERVIDOR PBLICOCobrar via banco toda a dvida passada e toda contribuio futura para com a Seguridade

    Social, depois de identificada e formatada por auditores e procuradores.Mais ainda:Permitir ao INSS operar no mercado de Previdncia Complementar aberta, inclusive

    oferecendo planos nas mesmas condies de bancos e seguradoras e com a garantia do Fundo deSeguridade Social e do governo federal.

    Fechar todos os ralos de renncia contributiva, tais como os do SIMPLES,FILANTRPICAS, RURAIS, CLUBES DE FUTEBOL, etc.

    Restabelecer a condio dos Procuradores Autrquicos do INSS , com poderes inclusive dequebrar sigilo bancrio de sonegador e de prender sonegador, apropriador indbito e depositrioinfiel, sem direito a fiana e se aumentaria o nmero de Procuradores (5.000) atravs de concursopblico especifico para o INSS, bem como de Auditores Fiscais (8.000) dando a eles tambm maispoderes especficos.

    Fazer com que a DATAPREV, melhore a qualidade dos servios e dados, interligando asplataformas da Previdncia Social (arrecadao, procuradoria, seguro social) e dos demais rgos dogoverno responsveis pela receita da Seguridade Social (Receita Federal, Caixa Econmica Federal)bem como os Cartrios etc.

    Criar uma Conta Previdncia para cada trabalhador e cobrar diretamente como consignaoem folha a parte do trabalhador, evitando que as empresas se apropriem dos 8% cobrados e norecolhidos.

    Profissionalizar a gesto da Seguridade Social, excluindo qualquer politizao oupartidarizao, estabelecendo carreiras e restabelecendo o imprio da meritocracia.

    Certamente, com mais ao e menos discurso, haveria diminuio da carga tributria, hojeuma das maiores. Para um empregado com salrio de R$ 100 reais a empresa paga de tributo R$ 103reais. Com mais as horas extras fica impossvel as empresas absorverem mais gente e gerar empregos.

    Paulo Csar de Souza vice-presidente da Associao Nacionaldos Servidores da Previdncia Social-ANASPS,

    entidade de 53 mil dos 89 mil servidores do INSS.

    Jornal: Terceiro Tempo, Rio de Janeiro, RJ. Data de Publicao: 1 a 15.05.2004Jornal: Dirio do Grande ABC, So Bernardo do Campo/SP.

    Data de Publicao: 16.05.2004Jornal: O Jornal, Macei/AL. Data de Publicao: 18.05.2004

    Jornal: Dirio de Nordeste, Fortaleza/CE. Data de Publicao: 24.05.2004Jornal: O GLOBO, Rio de Janeiro/RJ. Data de Publicao: 31.05.2004

    Jornal: SindJustia-RJ. Data de Publicao: maio de 2004Jornal: FATORAMA, Braslia/DF. Data de Publicao: 01.08.2004

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    OH! COMO O POVO SOFREE COMO EU SOFRO!

    Por Paulo Csar de Souza

    Greve na percia mdica do INSS, com milhares de segurados nas filas para obter suaaposentadoria ou outros benefcios, mas necessitava do sim ou no do mdico. O governo insensveldeixou a populao penando durante 76 dias sem atender aos mdicos peritos, com salrio aviltadodurante 10 anos e pagando altos salrios aos terceirizados. A greve s foi deflagrada por causa daintransigncia em no se cumprir promessas do PT, antes de ser governo e defendidas por eles noCongresso Nacional. Quem sofre o povo.

    Greve no INSS contra a reforma previdenciria que s tirou direitos adquiridos ao longodos anos todos, parte deles com apoio do PT. O governo do PT passou o rolo compressor sobreos servidores, rasgou a Constituio, aprovou tudo prejudicando os inativos, cobrando 11% deseus vencimentos, eles que pagaram durante 25/30 anos, tirando o direito adquirido dos ativos dese aposentarem pela legislao at ento em vigor, reduzindo as penses a 70% e rompendo ocontrato de trabalho. O governo do PT no negociou e no atendeu os grevistas seus antigosaliados. Quem sofre o povo.

    Greve na Polcia Federal, filas nos aeroportos, demora nos inquritos e na expedio dedocumentos. Quem sofre o povo.

    Greve dos fiscais agropecurios , prejudicando as exportaes. Quem sofre o povo.Greve dos procuradores federais, liminares concedidas no so defendidas pelo governo,

    devedores e caloteiros do errio pblico no so cobrados nem acusados. A roubalheira aumenta.Quem sofre o povo.

    Greve da Receita Federal. Quem sofre o povo.Altas taxas de desemprego, sade ruim, educao ruim, segurana ruim, sem terras invadindo

    fazendas. Quem sofre o povo.Taxa de juros em 16,25%, milhares de empresas pedindo concordata e falncia, filas nos

    bancos e nas financeiras com juros escorchantes. Quem sofre o povo.Compra de um avio por US$ 46 milhes de dlares, dinheiro suficiente para milhes de

    empregos e cestas bsicas para o fome zero. Quem sofre o povo.Passeata de centenas de prefeitos com pires na mo, em Braslia, tentando salvar seus

    municpios da falncia, pois a fatia do bolo dos Estados e Municpios diminui a cada dia enquantoa do Governo Federal s aumenta, transformando as cidades em ruas esburacadas, sem gua,esgotos e estradas. Quem sofre o Povo.

    Cadeias pblicas em estado deplorvel sem as mnimas condies, em celas para quatropessoas vivem 20 a 40, transformados em verdadeiros animais, com suas famlias passando porprivaes e necessidades. Quem sofre o povo.

    Guerra no Haiti, o governo anuncia o envio de 1.200 soldados s custas da sociedade,enquanto no Rio e em So Paulo seqestros relmpagos, guerra de traficantes, bloqueios deavenidas e bairros, toques de recolher, assaltos e assassinatos so maiores que a guerra do Iraque.Quem sofre o povo.

    Waldomiro negocia milhes no 4 andar do Palcio do Planalto em Braslia para o seubolso, projetos de interesse do Brasil no Congresso Nacional, prometendo no sei o que, contratosmilionrios para a Caixa Econmica Federal, e liberao do bingo e das loterias eletrnicas, emnome do governo que no quer CPI mesmo ele no sendo filiado ao PT. Quem sofre o povo.

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    Governo manda os velhinhos de 90 anos para uma fila no sol escaldante, muitos nempodiam andar, outros em cadeiras de rodas obrigados a provarem que esto vivos. Quem sofre o povo.

    Bancos tm os maiores lucros da histria do Brasil, mas as filas e o atendimento, pssimos,continuam apesar de leis determinando tempo mnimo de 15 minutos na fila. Quem sofre opovo.

    Fizeram uma reforma na previdncia prometendo acabar com as filas, o dficit, aumentar ovalor da aposentadoria porm querem criar nova contribuio para pagar dvida do INSS. A revisoautomtica dos benefcios que o Lula prometeu vai ser efetuada sem prazo e sem dinheiro. Quemsofre o povo.

    O Banco Central e as Universidades federais tiraram indicativos de greve reivindicandoplano de cargos e salrios, prometidos pelo atual governo antes de assumir. Quem sofre o povo.

    Uma nova greve dos servidores pblicos federais se avizinha em funo dos baixos salrios,10 anos sem aumento, 127% de perdas, pssimas condies de trabalho, excesso de trabalho porfalta de pessoal concursado, contratao de mo-de-obra terceirizada sem qualificao e com salrioacima dos servidores concursados, sem uma poltica salarial definida. Quem sofre o povo.

    Por incompetncia e intransigncia do governo do PT, que no cumpre promessas decampanha e que no tem projeto para o pas. Governo que deu apenas 1% de aumento salarial em2003 e oferece 2,67% em 2004.

    Os prejuzos de uma nova greve geral sero enormes para o governo, pois a previdnciapresta servio a 4 milhes de empresas, 28 milhes de segurados e 22 milhes de beneficirios, asade atende a milhes de brasileiros no SUS que humilha e degrada e o trabalho que no geraempregos, s aumenta o desemprego.

    Os prejuzos no sero s materiais, mas de credibilidade, pois as promessas do PT erammuitas, no entanto s vemos desemprego, violncia, greve e desesperana. Quem sofre o povo.

    Paulo Csar de Souza vice-presidente da Associao Nacional dosServidores da Previdncia Social-ANASPS.

    Jornal: Terceiro Tempo, Rio de Janeiro, RJ. Data de Publicao: 15 a 30.04.2004Jornal: A Gazeta, Vitria/ES. Data de Publicao: 28.04.2004

    Jornal: Tribuna do Brasil, Braslia/DF (1 parte). Data de Publicao: 29.04.2004Jornal: Tribuna do Brasil, Braslia/DF (2 parte). Data de Publicao: 30.04.2004

    Jornal: Tribuna da Imprensa, Rio de Janeiro/RJ. Data de Publicao: 11.05.2004Jornal: Jornal de Santa Catarina, Florianpolis/SC. Data de Publicao: 14.05.2004

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    REFORMA DA PREVIDNCIA:DEU BINGO NA CABEA

    Paulo Csar de Souza

    Suponhamos que Csar, to honesto quanto sua honestssima esposa, tivesse convocadoao Palcio um centurio amigo, para estreitar as relaes do Imprio com os senhores senadores.Tal cidado empolgado com a proximidade do poder entregou-se aos prazeres do trfico deescravos e de vendas de bens expropriados dos vencidos. O centurio agia em nome de Csar, nosnegcios e no Senado. Comprou casa, apartamento, chcara e foi flagrado com saco de dracmas.Surpreendido, jurou inocncia, mas foi entregue aos lees.

    Temos pensado muito seriamente sobre o que aconteceu durante a tramitao da propostade reforma da previdncia.

    No em funo dos dados falsos utilizados pelas equipes terceirizadas do Ministrio daPrevidncia. No por causa de um ex-ministro inimigo dos servidores e velhos, dos insensveisrelatores, deputado Jos Pimentel e senador Tio Viana, e dos comissrios prof. Luizinho eArlindo Chinaglia, das aprovaes na calada da noite, geralmente de madrugada, quando a platiatinha debandado, vencida pelo desprezo de senadores e deputados e pelo cansao do desencanto.

    No pela vexaminosa atitude do Senado de endossar, sem emendas, o projeto da Cmara,deixando de exercer sua funo revisora ou pela performance dos traidores dos servidores pblicosque agora pedem votos nas eleies municipais.

    O que nos leva a pensar sobre quanto custou a reforma, o seu preo, em termos de verbase cargos, de acertos e desacertos.

    Principalmente porque o processo foi conduzido pelo ministro chefe da Casa Civil, deputadoJos Dirceu, seu fiel escudeiro, ento Subchefe de Articulao Parlamentar, o saudoso, para muitossenadores e deputados, que o mimavam de ministro, Waldomiro Diniz, jogado s feras pelogoverno que o acolheu e lhe deu status, prximo ao gabinete presidencial, e hoje chamado deelemento, indivduo pelo Alto Comissariado do PT.

    Depois do que fizeram na previdncia, substituindo servidores nos postos, no fiscalizando,no cobrando, no prendendo, REFIS II, SIMPLES, filantrpicas, - mais de R$ 220 bilhes emjogo - como moeda de troca para aprovao da reforma, por presso da base aliada, custaacreditar que Waldomiro Diniz fosse um arrivista, que fora alado alta hierarquia do Planalto, semque ningum do PT o conhecesse e no fosse do Partido. A falha primria para ser verdadeira.

    Isto sem dvida coloca todo o processo da reforma da previdncia sob suspeio.Suspeio porque no sabemos o que efetivamente foi dado em troca. Imagina-se pelo

    fisiologismo da base aliada e pela goela dos envolvidos.A aprovao da reforma, exigida pelo FMI, bancos, seguradoras e mercado, igualmente

    ficou manchada.Como esto manchados os dedos, as mos, de todos que meteram os ps pelas mos, em

    verbas e cargos.Dificilmente uma CPI apuraria o que houve, os arranjos, o que foi dado, o que foi recebido,

    se a comisso foi de apenas 1% ou algo mais, etc.Ns servidores tivemos nossas conquistas constitucionais e nossos direitos sociais

    suprimidos pela batuta de Waldomiro Diniz que reunia seus comandados, acenando com asbenesses do Poder, e dava as ordens sobre texto, emendas aditivas, supressivas, substitutivas, que

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    Pimentel e Viana, sem desconfiar das perigosas ligaes de Waldomiro, acatavam em tomobediente, pois ignoravam tais suspeitas ligaes. Sabiam da fora que representava, pois falavaem nome do Chefe, do 1 Ministro, de Lord Cromwell, do Cardeal Richilieu, de Stalin, como eraconhecido na Esplanada o ex-todo poderoso Jos Dirceu.

    No queremos crer que a reforma tenha sido decidida num bingo qualquer.Muito menos que cada quadrinho das cartelas representou quanto ganhou cada poltico da

    base aliada.Menos ainda que a bolada tenha representado apenas 1% de todo o preo pago. O rdculo

    do prmio no atenua a prtica do crime de extorso.O que precisa ficar claro para a sociedade brasileira que no se pode minimizar o papel de

    um alto dignitrio do Planalto, exibido como um borra botas, quando lhe coube influir e decidirsobre a taxao dos inativos e da reduo das penses. Ele mexeu com geraes, acabou com aclusula ptrea do Direito Adquirido, varreu a expectativa de Direito, frustrou a vida de milhes debrasileiros que perderam esperana e dignidade. Foram dormir com sonhos e acordaramdesencantados. Convenhamos que foi muito longe o borra botas e s foi porque o dono dasbotas no era ele.

    As suspeitas que recaem sobre ele por seus gestos esprios em relao a bingos e loteriasso as mesmas que permearam seus entendimentos e negociaes para aprovao da reforma.

    Num pas srio, o chefe teria sido demitido junto. Punir o elemento ou o indivduono nada. O chefe do chefe no precisaria pedir desculpas pelos acertos feitos com senadores edeputados mas deveria ter convocado uma rede de rdio e tev e ido ao Congresso pedir desculpasaos contribuintes, aposentados e pensionistas, servidores e trabalhadores, pelo resultado expressopelos nmeros do globo, nas madrugadas da reforma. Deu bingo na cabea.

    Paulo Csar de Souza vice presidente da Associao Nacionaldos Servidores da Previdncia Social-ANASPS,

    a entidade dos 53 mil servidores da Previdncia Social.Jornal: Terceiro Tempo, Rio de Janeiro, RJ - Data de Publicao: 1 a 15.04.2004

    Jornal: Correio Popular, Campinas/SP - Data de Publicao: 11.04.2004Jornal: A Gazeta/Cuiab/MT - Data de Publicao: 15.04.2004Jornal: O Girassol, Palmas/TO - Data de Publicao: 20.04.2004

    Jornal: Tribuna do Norte, Maring/PR - Data de Publicao: 22.04.2004Jornal: Tribuna de Minas, Juiz de Fora/MG - Data de Publicao: 23.04.2004

    Jornal: Fatorama, Braslia/DF - Data de Publicao: 02.05.2004Jornal: O Estado, Porto Velho/RO - Data de Publicao:10.05.2004

    Jornal: Tribuna do Brasil, Braslia/DF. Data de Publicao: 27.06.2004

    AS CONTRADIES DO GOVERNO LULAPor Paulo Csar de Souza

    Lula melhora os salrios dos servidores. Deu 1% de aumento aos servidores em 2003 eameaa com 2,6% em 2004, elevando as perdas para mais de 128%.

    O FMI imps, Lula props e o Congresso imps cobrar 11% de inativos que esto h anossem aumento e com mais de 128% de perdas salariais. Alm disso, reduziu as penses 70%. O

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    Brasil se tornou o nico pas do mundo a cobrar contribuio de inativo, mas ele recebeaposentadoria de anistiado e se lhe atribuiu iseno de IR.

    Lula isentou caloteiros que devem mais de R$ 400 bilhes ao Tesouro e ao INSS e evitoua priso de sonegadores atravs do REFIS II.

    O espetculo do crescimento virou decepo. Haja desemprego, fome, misria, educao,sade, segurana e estradas foram reduzidas a escombros.

    Berzoini mandou cadastrar velhinhos de 90 anos para que provassem, em filas imensas,que estavam vivos! Um horror!

    Ainda Berzoini: aps tanta maldade contra os servidores pblicos, ativos e inativos, porsua fidelidade ao PT, demitido da Previdncia, foi realocado no Ministrio do Trabalho para fazera reforma do trabalho ou seja, diminuir o emprego, acabar com o FGTS, frias, 13, aumentar osinformais e acabar de matar os desempregados. Levou torta.

    Joo Paulo tornou-se o primeiro presidente da Cmara a autorizar a polcia invadir oCongresso e bater em funcionrio pblico em greve. Levou vaia.

    Aloizio Mercadante era o maior cobrador do governo FHC por uma poltica econmicacom mais e melhor distribuio de renda, menos impostos, juros baixos, crescimento , emprego.Tudo o que o governo do PT no fez.

    Cristvo Buarque, referncia no PT na educao, votou a favor da cassao da senadora edos trs deputados do PT, por ser homem de partido, e foi demitido, por telefone, num bar deLisboa, de tanto reclamar de falta de dinheiro para seus projetos.

    Humberto Costa transformou o INCA, instituio de referncia em balco de influncias.Professor Luizinho elegeu-se s custas das entidades de classe dos professores de So

    Paulo para proteger e melhorar o salrio dos professores to sofridos quanto ele, e tornou-se omaior inimigo de seus eleitores votando tudo contra eles na reforma da Previdncia, mas noesqueceu de aumentar o salrio dele de deputado e de receber um extra pela convocao extraordinriapara novamente trocar o giz pela caneta da maldade contra os servidores.

    Henrique Meirelles, do Banco Central, elegeu-se pelo PSDB a peso de ouro, porm foiescolhido a dedo pelo PT para atender os banqueiros internacionais com juros de l6,5% enquantonos Estados Unidos 1,5% ao ano!

    Paulo Paim finge que ajuda os servidores durante o dia com vrias reunies e noite votacontra alis todas as vitrias do PT no Congresso foram obtidas na calada da noite, ou nasmadrugadas - enquanto aproveita as entidades de servidores para divulgar o estatuto do idoso,amplamente desrespeitado pelo governo que aplaude de p.

    Eduardo Suplicy abraa e chora com senadora Heloisa Helena dizendo que a postura delaera certa, mas votou todos os projetos a favor do governo e todas as decises contra os dissidentes.

    Palocci disputa o poder com Jos Dirceu e criou a COFINS cumulativa, aumentando a cargatributria de 3% para 7.6%.

    Jos Dirceu, o superministro, o 1 ministro, algoz dos servidores pblicos, suspeito deenvolvimento no caso Celso Daniel, em Santo Andr. Segundo publicado pela Folha de SoPaulo, agora suspeito de ter o seu PC Farias de nome WD (Waldomiro Diniz) que cobravapropina de bicheiro, bingueiro e caador de nquel para a caixa de campanha do PT e sabe-se l maiso que Waldomiro passou de quase ministro a elemento.

    Jos Genoino, ex-guerrilheiro no Araguaia, agora passa por dedo duro de seus companheirosmortos. Levou torta.

    PT tinha o monoplio da tica na poltica. Privatizou tudo a taxa de 1%.

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    PT no corrigiu a tabela Imposto de Renda, o que era uma das bandeiras do Partido,punindo os assalariados.

    PT useiro e vezeiro em criar CPI agora contra todas (Banestado, bingos, Waldomiro,Santo Andr etc).

    PT criticava o uso de MP, no entanto usa a mesma para qualquer medida urgente degoverno.

    PT criticava a terceirizao no servio pblico agora a favor e mantm mais de 5000 sINSS, alm de ter criado um trem da alegria com 2 mil cargos e funes de confiana para atender base poltica.

    PT criticava o fatiamento do governo. No fez outra coisa, entregando verbas e cargos apolticos corruptos antes execrados por eles - de todos os partidos da base aliada.

    Na Previdncia Social apregoavam uma nova era:1 - Incorporar os 40.000 informais previdncia;2 - Aumentar o nmero de fiscais (3500) para poder fiscalizar melhor as quatro milhes de

    empresas;3 - Colocar na cadeia os caloteiros que no pagam o INSS especialmente os que cobram dos

    empregados e no recolhem (apropriao indbita);4 - Realizar concurso pblico para o INSS, preenchendo os mais de 20 mil cargos vagos;5 - Criar novos postos de atendimento do INSS, acabando definitivamente com as filas;6 - Ocupar todos os cargos e funes comissionadas do INSS com servidores da casa, que

    seriam treinados sem utilizar mtodos politiqueiros. Infelizmente a Previdncia foifatiada e ocupada por uma leva de pelegos sem o menor conhecimento em previdnciae que tem de legislar para 22 milhes de aposentados e os 28 milhes de segurados; e

    7 - Fortalecer a SPC para fiscalizar melhor a previdncia privada.Infelizmente criaram o REFIS 2, o rombo aumentou e beira os R$ 25 bilhes, a dvida a

    receber cresceu mais de R$ 50 bilhes e bateu os R$ 200 bilhes, a sonegao passou dos R$ 32bilhes, as renncias esto chegando a 15 bilhes .A previdncia virou um queijo suo, est naspginas policiais e teme-se sua privatizao.

    Estas so algumas das contradies do PT. Por enquanto, o que refora a tese segundo aqual nada mais se parece com o governo do que a oposio no governo.

    Paulo Csar de Souza presidente da Associao Nacional dosServidores da Previdncia Social-ANASPS

    Jornal: Terceiro Tempo, Rio de Janeiro, RJ - Data de Publicao: 15 a 31.03.2004Jornal: Tribuna do Norte, Natal/RN - Data de Publicao: 07.04.2004

    Jornal: Jornal da Cidade, Bauru/SP - Data de Publicao: 09.04.2004Jornal: Folha do Estado, Cuiab/MT - Data de Publicao: 14.04 .2004

    Jornal: o Progresso, Dourados/MS - Data de Publicao: 15.04.2004Jornal: Tribuna do Brasil, Braslia/DF - Data de Publicao: 15.04.2004

    Jornal: Dirio de So Paulo, So Paulo/SP - Data de Publicao: 03.05.2004Jornal: FATORAMA, Braslia/DF. Data de Publicao: 27.06.2004

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    O LADO BOM DA PREVIDNCIA PBLICAPor Paulo Csar de Souza

    A maioria dos brasileiros no tem uma imagem positiva do INSS e da Previdncia Social.Mesmo porque, o governo que o administra, muito mal, todos os dias colabora para que

    seja mostrado apenas o lado ruim. Tudo o que pblico, em princpio, ruim, complicado,suspeito, mal visto.

    Para ns servidores, o INSS tem mltiplos lados bons.Geralmente desconhecidos por seus 50 milhes de usurios (contribuintes, aposentados,

    pensionistas, servidores) quase um tero da populao brasileira. E igualmente por seus futurosusurios, para os quais se ressaltam em cores vivas e alegres da previdncia privada e apresentam oINSS como o centro de poder de governos incompetentes e corruptos!

    Vejamos entretanto o mundo bom da previdncia.Seus benefcios previdencirios: aposentadorias - por idade, invalidez, tempo de contribuio

    - penso por morte, auxlios - doena, recluso e acidente, salrios-maternidade, acidentrios,aposentadoria, penso por morte, auxlios - doena, acidente e suplementar.

    Temos 28,2 milhes de contribuintes. So 21,7 milhes de empregados, 1,6 milho detrabalhadores domsticos, 4,2 milhes de contribuintes individuais, 561,1 mil contribuintesfacultativos, 23,2 mil segurados especiais. Poucas seguradoras do mundo possuem uma carteiracom um estoque to exuberante.

    H uma lenda segundo a qual teramos 38/42 milhes de informais, excludos da previdncia.Temos 21,7 milhes de aposentados e pensionistas que mensalmente recebem seus

    benefcios, em dia e sem atraso. So 14,7 milhes urbanos e 7,0 milhes rurais.Temos ainda uma rede de prestadores de servios, constituda por bancos, cartrios, correios,

    lotricos, etc. superior a 40 mil unidades.O Banco de Dados dispe de 40 milhes de registros.Entre receitas e despesas globais, o INSS movimentou, em 2003, R$ 245 bilhes (US$ 80

    bilhes), sendo que, as receitas e despesas lquidas se situaram em torno de R$ 187 bilhes (US$ 60bilhes). um volume de recursos para deixar qualquer banco ou qualquer seguradora com umapetite ainda mais voraz.

    Em 2003, as receitas de contribuio chegaram a R$ 80,7 bilhes (5,37% no PIB) e asdespesas com benefcios alcanaram R$ 107,1 bilhes (6,6% no PIB).

    O valor mdio do benefcio ainda em 2003 foi de R$ 451,05. Os urbanos receberam, R$533,47 e os rurais, R$ 234,80.

    Nos estados mais ricos, o valor mdio dos benefcios sobe: chega a R$ 1.114,40 em SoPaulo e a R$ 1.048,26 no Rio de Janeiro. Nos Estados mais pobres, o valor mdio cai: R$ R$ 509,00em Tocantins e R$ 540,45 no Acre.

    O tempo de concesso de um benefcio no INSS est abaixo dos 30 dias, oscilando entre26/27 dias. J esteve em 18 dias.

    Em 2003, foram concedidos 3,5 milhes de benefcios. Mdia de 295,4 mil benefciosmensais ou de 13,4 mil por dia til.

    S em novembro de 2003, foram concedidos 263,5 mil, cessaram 264,9 mil, outros 25,5mil foram suspensos, 188,6 mil requerimentos de benefcios foram indeferidos, 404 mil estavamrepresados, 56 mil aguardavam percia mdica.

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    A PREVIDNCIA DE TODOS NS

    O conjunto de concesso, cessao, suspenso, indeferimento, represamento e percia mdicamovimenta mais de 1 milho e 400 mil processos em 1054 unidades de atendimento com 39 milservidores, com 40 horas semanais.

    Entre 199