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A revolução A revolução científica e científica e filosófica filosófica Razão” Razão”

A revolução científica e filosófica “Razão”. Grandes nomes:

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A revolução científica A revolução científica e filosóficae filosófica

““Razão”Razão”

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Grandes nomes:Grandes nomes:

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A revolução da modernidade foi A revolução da modernidade foi principalmente uma revolução intelectualprincipalmente uma revolução intelectual

Como o político e filósofo inglês Francis Bacon Como o político e filósofo inglês Francis Bacon proclamou num estágio bem inicial, proclamou num estágio bem inicial, conhecimento é poder;conhecimento é poder;

E, de fato, a ciência foi o primeiro grande poder E, de fato, a ciência foi o primeiro grande poder da modernidade nascente;da modernidade nascente;

O que Bacon proclamou, mas ainda quase sem O que Bacon proclamou, mas ainda quase sem fornecer qualquer base empírica ou experimental, fornecer qualquer base empírica ou experimental, foi iniciado metodologicamente por:foi iniciado metodologicamente por:– Galileu, Descartes e Pascal, que foram seguidos por Galileu, Descartes e Pascal, que foram seguidos por

Spinoza, Leibniz e Locke, Newton, Huygens e Boyle;Spinoza, Leibniz e Locke, Newton, Huygens e Boyle;– Estes todos lançaram as bases para a nova noção de Estes todos lançaram as bases para a nova noção de

superioridade da razão, que prometia uma certeza superioridade da razão, que prometia uma certeza quase matemática.quase matemática.

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Nicolau Copérnico:

O novo e verdadeiramente revolucionário sistema de mundo que o cônego de uma catedral, Nicolau Copérnico, apresentou, de forma puramente teórica e só como hipótese, parecia a princípio representar uma ameaça para a visão de mundo bíblica quando o italiano Galileu Galilei de maneira irrefutável confirmou-a com experiências.

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Galileu Galilei e Isaac Newton Tornou-se um dos fundadores da

ciência moderna, que demonstrou as leis da natureza e anunciou a ilimitada investigação das suas leis;

Duas gerações mais tarde, Isaac Newton construiu um novo sistema de mundo de forma bastante racional, a partir de muitos elementos fragmentários, e tornou-se o pai da física teórica clássica.

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René Descartes

Ao mesmo tempo que Galileu, lançou as bases da filosofia moderna;

A certeza da matemática era agora o novo ideal de conhecimento;

A base de toda certeza – especificamente na dúvida radical – é o fato da própria existência da pessoa, que pode ser experimentada no ato de pensar.

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Cogito, ergo sum:Cogito, ergo sum: Esta foi uma virada importante:Esta foi uma virada importante:

– O lugar da certeza original mudara de O lugar da certeza original mudara de Deus para os seres humanos;Deus para os seres humanos;

– O argumento já não ia, como na Idade O argumento já não ia, como na Idade Média ou na Reforma, da certeza sobre Média ou na Reforma, da certeza sobre Deus para a certeza sobre a pessoa, Deus para a certeza sobre a pessoa, mas, de uma maneira moderna, da mas, de uma maneira moderna, da certeza sobre a pessoa para a certeza certeza sobre a pessoa para a certeza sobre Deus – se isso é possível!sobre Deus – se isso é possível!

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Immanuel Kant

Numa grande síntese filosófica, conseguiu combinar o racionalismo continental com o empirismo grego e construir toda a realidade de forma consistente à luz do sujeito humano;

Em questões relativas ao conhecimento de Deus, Kant não apelava mais para a razão “teórica” e sim para a “prática”, que se manifesta na ação humana: A questão de Deus não é sobre um conhecimento

puramente científico, mas sim sobre a ação moral dos seres humanos, ação cuja condição de possibilidade é a existência de Deus.

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Que Mudança!!! Paradigma católico-romano:

A autoridade suprema era o papa e, na Reforma, a “Palavra de Deus”.

Paradigma Moderno: A autoridade suprema pertence a “ratio, raison”:

A razão humana é o principal valor da modernidade; A razão agora se torna cada vez mais o árbitro de

todas as questões de verdade; Só o racional é considerado verdadeiro, útil e

vinculante; A filosofia ganha precedência sobre a teologia; A natureza (ciência natural, filosofia natural, religião

natural, lei natural), sobre a graça; O humano, sobre o especificamente cristão.

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A revolução cultural e tecnológica: “Progresso”

As revoluções científicas e filosóficas tiveram efeitos de longo alcance na sociedade européia, onde, por tantos séculos, as autoridades da igreja dominaram todo o pensamento;

Elas ensejaram a revolução cultural do Iluminismo, que acabou resultando também numa revolução política;

Pela primeira vez na história do cristianismo, os impulsos para um novo paradigma do mundo, da sociedade, da igreja e da teologia não vieram principalmente de dentro da teologia e da igreja, mas sim de fora;

Agora, o ser humano como indivíduo foi colocado no centro e, ao mesmo tempo, o horizonte humano ampliou-se e diferenciou-se quase infinitamente: Geograficamente, pelas descobertas de novos

continentes; Fisicamente, através do telescópio e do microscópio.

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Agora, a (velha) palavra ‘moderno’ tornou-se moderna:

a designação de uma nova noção de tempo: Na mudança cultural de clima houve um acentuado esfriamento

em relação à religião;

É verdade que, no século XVII, ordem, autoridade e disciplina, igreja, hierarquia e dogma ainda eram assuntos muito conceituados;

Mas, por trás das fachadas reluzentes do Estado e da igreja, eram inescrupulosamente desrespeitados por governantes absolutistas e seus dedicados líderes eclesiásticos que queriam desenvolver seu próprio poder e esplendor;

Começou um processo de secularização e emancipação que se estenderia até a Alemanha, embora de forma diluída;

Cultura e religião, sociedade e igreja se afastaram de forma momentosa;

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O espirituoso e cético Voltaire

Rejeitava toda religião positiva, odiava a igreja e intercedeu de modo eficaz por tolerância em relação aos protestantes. Entretanto, não era ateu!!!

Promoveu a Encyclopédie de 35 volumes – obra monumental do Iluminismo francês – que, como a Summa do conhecimento moderno, buscava reunir a crítica iluminista do Estado e da igreja e começar a apresentar os seres humanos, a natureza e a sociedade de uma forma racional: Esta era a nova visão mecanicista do mundo de uma

perspectiva deísta; Havia ainda uma crença num Criador e Diretor do

homem-máquina (embora muito remoto).

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A crença na onipotência da Razão:

Desenvolveu-se a crença na onipotência da razão e na possibilidade de dominar a natureza: Esta crença tornou-se a base da idéia

moderna de progresso; No século XVIII, a idéia secular de progresso

da história parecia ser racionalmente progressista e progressistamente racional;

Só agora foram cunhadas novas palavras como progresso.

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A ideia de progresso:A ideia de progresso: Esta era uma crença mecanicista no progresso, Esta era uma crença mecanicista no progresso,

que podia ser entendido em termos de que podia ser entendido em termos de “evolução” como também de “revolução”;“evolução” como também de “revolução”;

Ao Progresso, atribuíam-se:Ao Progresso, atribuíam-se:– Qualidades quase divinas como eternidade, onisciência, Qualidades quase divinas como eternidade, onisciência,

onipotência e excelência;onipotência e excelência;– Em vez de uma ordem mundial imutável, estática, Em vez de uma ordem mundial imutável, estática,

hierárquica e eterna, havia agora uma nova visão hierárquica e eterna, havia agora uma nova visão unitária do mundo e da história como representando um unitária do mundo e da história como representando um progresso permanente;progresso permanente;

– A crença no progresso tornou-se o segundo valor moderno A crença no progresso tornou-se o segundo valor moderno mais importante, a realização da felicidade neste mundo;mais importante, a realização da felicidade neste mundo;

– Nasceram a autodeterminação humana e o poder humano Nasceram a autodeterminação humana e o poder humano sobre o mundo – uma religião substituta para um número cada sobre o mundo – uma religião substituta para um número cada vez maior de pessoas.vez maior de pessoas.

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As conseqüências do Iluminismo:

• A teologia cristã, especialmente a escolástica, não foi poupada da revolução cultural em nome do Iluminismo:– Crítica Bíblica:

• A Sagrada Escritura era examinada com as ferramentas da crítica histórica;

• O exegeta bíblico judeu Baruch de Spinoza e novo tipo de exegese;• O francês Richard Simon, discípulo de Spinoza, descobriu que os

“cinco livros de Moisés” (Pentateuco) na verdade eram compostos a partir de fontes diferentes;

• Esses livros não poderiam vir de Moisés, mas eram produto de um longo desenvolvimento histórico;

• A crítica histórica de Simon ao Antigo Testamento, de 1678, foi imediatamente confiscada por iniciativa do famoso bispo da corte e pregador Jacques-Bénigne Bossuet.

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