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A Voz da Escola | 1 EDITORIAL A Escola é um patrimó- nio comum de uma sociedade em mudança. Hoje, as mudanças pare- cem mais rápidas e tal- vez mais profundas - e a escola adapta-se à evolu- ção social, assumindo sempre um papel funda- mental na construção e interpretação dos objec- tivos e valores constituti- vos de cidadania e de progresso. É neste con- texto que, projectos como “A Voz da Escola” , ganham pertinência. Move-nos a força de acreditar que a escola ainda é um espaço que promove, na sua diversi- dade, o livre pensamen- to, a equidade e a efi- ciência; move-nos a determinação por uma igualdade de oportunida- des como principio fun- damental de todo o pro- cesso educativo. Uma palavra final de gratidão para todos quantos con- tribuíram da “A Voz da Escola” se cumprissem na globalidade. Organização do Jornal A Voz da Escola AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE VILA COVA - BARCELOS II Feira das Colheitas No passado 25 de Outubro de 2009, realizou-se na EBI de Vila Cova a actividade “II Feira das Colheitas”, inserida no projecto “Escola Promotora de Saúde”. Esta iniciativa, foi da responsabilidade das Associações de Pais do Jardim de Infância e da EBI de Vila Cova, que para além destas, contou com uma ampla e entusiástica participa- ção dos pais e encarregados de educação, alunos em geral, sendo de louvar o excelente trabalho realizado pelos alunos dos cursos EFA, auxiliares da acção educativa, docentes e da Direcção deste Agrupamento. Regista-se também a colaboração de alguns estabe- lecimentos comerciais/empresas que contribuíram com os seus donativos. Um reconhecimento especial para a colaboração da Câmara Municipal de Barcelos que facilitou, para animar este even- to, a participação da Banda do Galo e do Rancho Folclórico de Sta. Eulália de Oliveira, assim como a presença dos vários artesãos que, com as suas exposições, tornaram este dia mais enriquecedor. Foi aliciante ver o Momento Musical apresentado pelos alunos do 1º ciclo e a participação do Grupo de Concertinas e Cavaquinhos de Vila Cova, que muito engalanaram esta actividade. Apesar da chuva, o que implicou alguns ajustes na organização, a Feira contou com uma enorme participação da comunidade em geral, onde uns doaram e outros compraram a grande variedade de produtos agrícolas e naturais da época. Um bem-haja a todos quantos colaboraram e fizeram com que este dia se tornasse um exemplo de convívio, partilha de experiências, de camaradagem, tolerância, respeito e determinação, enfim… uma verdadeira articulação entre Escola e a Comunidade. Professoras da EB1 de Vila Cova

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Jornal A Voz da Escola

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A Voz da Escola | 1

EDITORIAL

A Escola é um patrimó-nio comum de uma sociedade em mudança. Hoje, as mudanças pare-cem mais rápidas e tal-vez mais profundas - e a escola adapta-se à evolu-ção social, assumindo sempre um papel funda-mental na construção e interpretação dos objec-tivos e valores constituti-vos de cidadania e de progresso. É neste con-texto que, projectos como “A Voz da Escola” , ganham pertinência. Move-nos a força de acreditar que a escola ainda é um espaço que promove, na sua diversi-dade, o livre pensamen-to, a equidade e a efi-ciência; move-nos a determinação por uma igualdade de oportunida-des como principio fun-damental de todo o pro-cesso educativo. Uma palavra final de gratidão para todos quantos con-tribuíram da “A Voz da Escola” se cumprissem na globalidade.

Organização do Jornal

A Voz da Escola

AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE VILA COVA - BARCELOS

II Feira das Colheitas

No passado 25 de Outubro de 2009, realizou-se na EBI de Vila Cova a actividade “II Feira das Colheitas”, inserida no projecto “Escola Promotora de Saúde”. Esta iniciativa, foi da responsabilidade das Associações de Pais do Jardim de Infância e da EBI de Vila Cova, que para além destas, contou com uma ampla e entusiástica participa-ção dos pais e encarregados de educação, alunos em geral, sendo de louvar o excelente trabalho realizado pelos alunos dos cursos EFA, auxiliares da acção educativa, docentes e da Direcção deste Agrupamento. Regista-se também a colaboração de alguns estabe-lecimentos comerciais/empresas que contribuíram com os seus donativos. Um reconhecimento especial para a colaboração da Câmara Municipal de Barcelos que facilitou, para animar este even-to, a participação da Banda do Galo e do Rancho Folclórico de Sta. Eulália de Oliveira, assim como a presença dos vários artesãos que, com as suas exposições, tornaram este dia mais enriquecedor. Foi aliciante ver o Momento Musical apresentado pelos alunos do 1º ciclo e a participação do Grupo de Concertinas e Cavaquinhos de Vila Cova, que muito engalanaram esta actividade. Apesar da chuva, o que implicou alguns ajustes na organização, a Feira contou com uma enorme participação da comunidade em geral, onde uns doaram e outros compraram a grande variedade de produtos agrícolas e naturais da época. Um bem-haja a todos quantos colaboraram e fizeram com que este dia se tornasse um exemplo de convívio, partilha de experiências, de camaradagem, tolerância, respeito e determinação, enfim… uma verdadeira articulação entre Escola e a Comunidade.

Professoras da EB1 de Vila Cova

A Voz da Escola | 2

Vamos dar ao pedal! No passado dia 10 de Maio de 2009, conforme previsto e já divulgado, realizou-se a actividade “Vamos dar ao Pedal”, inserida no projecto “Escola Promotora de Saúde”. Esta iniciativa, que vinha sendo preparada há já algum tempo, foi da responsabilidade dos professores do 1º ciclo e educa-dores de infância de Vila Cova, no entanto, o seu êxito só foi possível com o apoio e colaboração das associações de pais do agrupamento, funcionários, professores e educadores das várias escolas. Tivemos também a colaboração especial dos alunos do curso CEF-Bombeiro que deram provas de grande sentido de responsabilidade e espírito de colaboração. Foi muito importante a colaboração das Juntas de Freguesia do Agrupamento com os seus donativos para ajudar a suportar as despesas. Salientamos a colaboração de alguns estabeleci-mentos comerciais e/ou empresas que cederam prémios e outro tipo de ajudas. Foi um dia de grande alegria, convívio e partilha de experiên-cias entre todos os que decidiram aparecer. Foi uma festa e uma lição, um exemplo de camaradagem, de tolerância, de respeito, de partilha, de colaboração e determinação. Mais do que o exercício físico, a pintura, a leitura, a expressão plásti-ca, o almoço ou a música, foi maravilhoso constatar a alegria e boa disposição de pais, filhos, famílias, professores, educa-dores, funcionários… enfim de todos os que participaram e até aqueles que estavam já bem cansados de tanto trabalho. A todos quantos escolheram participar nesta actividade como forma de passar o seu domingo, o nosso muito obrigado, é sempre uma alegria e um prazer receber-vos. A escola é de todos nós e estas experiências dignificam todos quantos nelas participam.

A Direcção

Dia Internacional da Declaração dos Direitos Humanos Assinalámos este dia com um enor-me painel preenchido com as mãos dos alunos e formandos de todo o Agrupamento, cuja construção ini-ciámos ontem, na Biblioteca Escolar. Muito Obrigada a quantos ajudaram na preparação deste grande símbolo da nossa preocupação com os Direi-tos Humanos!

A Equipa da BE/PNL

Agrupamento Vertical de Escola de Vila Cova - Barcelos

A Voz da Escola | 3

À conversa com Aida Sousa Na manhã de 4 de Janeiro de 2010, na BE, esteve Aida Sousa para nos falar sobre Braille e as suas vivências como pessoa invisual. Aprendemos mui-to com a sua alegria e a sua coragem.

Muito Obrigada, Aida.

Ser Diferente Dia a dia, passo a passo, uma vida que corre sem saber onde ir. Um não gelado, um grito mudo, E uma voz interior que me impede de cair num poço de desilusão, acreditando que Viver é bem mais do que existir. Com a ponta dos dedos que vejo o mundo. Na palma da mão há um sol a queimar. Na canção do mar eu vejo a beleza, E o meu ser é chama que me faz sonhar, Com o futuro onde a voz seja eco, E cada toque o reflexo de um curioso olhar. Pois: Ser diferente não é ser menos; Ser diferente é ser capaz de aceitar que cada ser, nesta vida depende da diferença do outro para se completar! Sinto na pele o pulsar do planeta; E dentro de mim um espelho me diz: Cada ser merece a sua existência, Descobre a tua essência e crê que és feliz! Mas: Se o mundo teima em recusar o meu ver, A minha voz será grito que me fará vencer.

Aida Sousa

Dia da Alimentação

Também na EBI se assinalou o Dia da Ali-mentação. Para tal os Grupos de Ciências da Natureza, de Ciências Naturais e a Bibliote-ca Escolar associaram-se e no átrio da Biblioteca expuseram cartazes alusivos ao tema, projectaram pequenos filmes e distri-buíram panfletos. Os mais pequeno, os alunos do 4º ano, retribuíram a visita aos utentes do Centro Social e Paroquial de Vila Cova. Aí ouviram falar sobre a alimentação de outros tempos, surpreenderam-se ao saber que foram mui-tas as dificuldades vividas por muitos dos idosos; ao ouvirem falar de comidas dife-rentes. Tiveram, ainda, oportunidade de fazer flores com folhelho de milho – uma experiência diferente, um saber de outra geração – que levaram felizes para casa. Cantaram, riram, aprenderam muito mais… Para finalizar uma tarde bem passada, parti-lharam um lanche saudável.

Dia do Idoso

1 de Outubro de 2010 Foi especial esse dia. Recebemos, na Biblioteca Escolar, a visita dos utentes do Centro Social e Paro-quial de Vila Cova. Partilhamos expe-riências e ouvimos aqueles a quem não dei-xaram ir à escola; quem nunca entraram numa biblioteca. Os meninos do 4º ano, sur-presos com os testemunhos, quiseram saber como era possível ter existido um tempo em que as crianças eram impedidas de ir à escola, em que saber ler e escrever não era importante. Temos novos amigos!

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A Voz da Escola | 4

Os Filhos de Montepó (no âmbito do Plano Nacional de Leitura)

Este livro relata-nos uma história de três irmãos que viviam numa terra com poucos habitantes chamada Montepó. Certo dia chegou a Montepó um povo estranho (ciganos), os três irmãos nunca tinham visto ciganos, mas sentiram logo medo deles. Vinham a pé acompanhados por uma carroça que era puxada por um burro esquelético. Abílio, que era o irmão mais velho, mostrava não temer os ciganos, mas era só para não dar parte fraca. O Toninho, era baixo e medroso e sentia – se tris-te por não ter a força e a altura do seu irmão Bilo, que era apenas onze meses mais velho. O Bilo, sendo o irmão mais velho, tinha as tarefas de casa todas por conta dele: como cortar lenha, ir

buscar água à fonte, cozinhar, dar o comer aos animais…e raramente saíam de Montepó, só quando se deslocavam à feira do Cavalinho que ficava a mais de quinze quilómetros. Os pais dos três irmãos chamavam – se Miguel e Amélia e o Abílio já era tratado como se fosse adulto. O Bilo era um sonhador e a família vivia com grandes dificuldades, e a única forma de realizar os seus desejos era sonhando. Nunca receberam prendas que não fossem vestuário. Quando o Abílio terminou a quarta classe, recebeu do seu padrinho Sebastião, irmão de sua mãe, um livro chamado Pinóquio, era o primeiro livro de histórias que apareceria em sua casa. O Sebastião era curioso e insatisfeito, nunca estava bem com nada. Certo dia, estando os três irmãos em casa, e como os seus pais nunca mais chegavam, eles ficaram preocupados pois já era muito tarde. O Abílio e o Toninho deram de comer à sua irmã Rosinha e puseram-na a dormir e foram procurar os seus pais. Percorreram os caminhos todos de Montepó e como não os encontraram, voltaram para casa, mas o Toninho como já estava cheio de sono ficou em casa com a Rosinha e o Abílio continuou à procura dos seus pais. Encontraram a mãe no moinho com uma cigana à porta que não o deixou entrar. A mãe, lá de dentro mandou o Abílio chamar seu pai, mas ele respondeu que não sabia dele e ela então pediu que chamasse a tia Olinda, irmã mais velha do pai, que vivia numa casa ao fundo de Montepó. O Bilo correu mui-to até à casa da tia Olinda pedindo ajuda para a sua mãe. Foram os dois a correr ter com ela ao moinho e quando lá chegaram, estava a cigana e a mãe com dois bebés ao colo. Abílio, ficou a pensar, eu tenho mais dois irmãos, como é que se vai arranjar lugar para mais duas camas? Seremos sete bocas para alimentar!… O meu pai é tão mau para a minha mãe! Ficou Abílio a pensar…

Trabalho colectivo 4ºAno EB1 de Perelhal

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Um AMIGO é…

“…companheiro que gosta das nossas brincadeiras.” (João Carlos, 4.º ano)

“… com quem brincamos.” (Jorge Nuno, 4.º ano)

“… que nos alegra quando estamos tristes.” (Ricardo, 2.ºano)

“…aquele em quem podemos confiar.” (Jorge Filipe, 4.º ano)

“…importante. ” (Sara, 4.º ano)

“…uma ajuda.” (Ricardo, 2.º ano)

“…aquele que compreende e aceita as nossas opiniões e os nossos defeitos.” (Carlos Daniel, 4.º ano)

EB1 de Vila Cova - Turma D

A Voz da Escola | 5

Quem gosta da EBI… não faz barulho aqui! No seguimento do projecto “Escola Sem Ruído”, que visa a redução dos níveis de ruído da EBI, os professores do 1.º Ciclo de Vila Cova, em articulação com os professores das AEC, elaboraram cartazes de sensibilização, contando com a participação de cinco alunos, representando assim as cinco turmas do 1.º Ciclo. A realização desta actividade, inserida no projecto “Escola Promotora de Saúde”, pretende que os alunos deste ciclo adoptem comportamentos e atitudes que contribuam para uma efectiva redução do ruído e, por conseguinte, uma eficaz responsabilização individual. Não obstante, pro-curar-se-á reforçar o apelo aos restantes alunos desta escola, afixando-se exemplares dos carta-zes em espaços distintos das instalações desta EBI.

A Organização da Actividade

Cartazes ilustrativos da actividade

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A Voz da Escola | 6

Comemoração da Semana da Leitura No dia 3 de Março, o pai da Margarida veio à nossa sala contar-nos três histórias: “O Sol, as Nuvens e as Estrelas”, “O Rei e o Sábio Disfarçado” e “A Menina Traquina”. Eu achei que todas as histórias foram educativas, mas a que mais gostei foi “A Menina Traquina”, porque com ela aprendi que não devemos ser maus nem mandões, mas devemos respeitar os outros e temos de estimar o nosso material, os nossos objectos. Eu gostei muito do facto, do pai da Margarida, nos ter vindo ensinar a importância da leitura. Considero que ele fez uma boa escolha das histórias que nos contou. Antes de se ir embora, ain-da nos contou um poema, que falava que nunca devemos desistir do nosso trabalho e distribuiu por cada menino, as três histórias que contou. Na minha opinião, o pai da Margarida fez um bom trabalho.

Maria João Rodrigues, 3º/4ª Ano - Turma B, da EBI de Vila Cova

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A Voz dos Pais Como combinado, lá apareci e contei duas histórias e a percepção que tive é que todos gostaram e eu também! Começa por ser enriquecedor, pela convivência com as crianças e pelo carinho demonstrado. Para o meu filho, foi um orgulho ter a mãe a contar a história para os colegas e não cabia em si de contente. Para mim, também foi interessante poder ajudar a dar um passo em frente neste projecto, da máxima importância para as crianças, para o desenvolvimento do seu gosto pela lei-tura. É igualmente importante para nós pais, participarmos de uma forma mais activa na vida escolar dos nossos filhos e esta iniciativa é uma forma de o fazer. Acho muito importante a parti-cipação dos pais, pois com um pouco de sacrifício, pelas responsabilidades que temos no dia-a-dia, podemos dar aos nossos filhos uma enorme alegria, não só por verem os pais a participarem nas suas actividades mas desta forma fazê-los entender a importância que a leitura tem para a vida e para o futuro delas. Por isso, acredito no sucesso deste projecto e desejo que ganhe asas e possa voar em cada um de nós e que, mais importante que isso, com o nosso contributo possamos a longo prazo ver os fru-tos desta iniciativa, despertando nos nossos filhos o gosto pela leitura! A organização deste invento está de parabéns e espero que possam proporcionar outros do mes-mo tipo.

Flor Lima - Encarregada de Educação

A Voz da Escola | 7

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Visita de Estudo às Ruínas do Mosteiro de Banho No dia 10 de Janeiro de 2010, nós, a turma do 4º ano de esco-laridade da EBI de Vila Cova, fomos conhecer um pouco mais do passado desta freguesia. Na sala de aulas, a nossa profes-sora já nos tinha falado de alguns aspectos importantes da nossa terra, mas com esta visita aprofundamos mais os nossos conhecimentos sobre a mesma. Pouco tempo depois de termos chegado às Ruínas do Mostei-ro de Banho, chegou também o Sr. Presidente da Junta de Fre-guesia de Vila Cova, para nos informar sobre o que existe registado em documentos a respeito deste importante patri-mónio histórico. O Sr. Presidente entregou-nos um folheto com a informação mais importante acerca das mesmas Ruí-nas, a qual transcrevemos:

Esta visita de estudo foi muito importante, porque ficámos a saber que Vila Cova possui ruínas de um monumento, com uma larga e rica história, sendo de desconhecimento de muitos dos seus habitantes.

4º Ano

O Mosteiro de Banho foi fundado entre 1072 e 1096. A igreja era de estilo românico. Em 1135, o Mosteiro de Banho aderiu à ordem monástica dos Cónegos Regrantes de Santo Agos-tinho. Entre 1156 e 1169, o Prior de Banho D. Lúcio foi testemunha na atribuição do Foral de Barcelos por D. Afonso Henriques. D. Afonso Henriques mandou construir o Mosteiro de S. Vicente de Fora, Em Lisboa, nomeando como primeiro prior D. Godinho, prior de Banho. Os dois priores seguintes também eram de Banho. No dia 1 de Maio de 1441 foi extinto o Mosteiro de Banho, deixando de ter cónegos regrantes, ficando a paróquia dirigida por um reitor. Em 1 de Janeiro de 1515, o Rei D. Manuel criou uma Comenda da Ordem de Cristo com a igreja de Banho e todas as suas propriedades. As comendas foram criadas com os bens de algumas igre-jas para apoio às acções de evangelização nas terras descobertas pelos portugueses. O primeiro Comendador de Banho tomou posse dos bens no dia 24 de Maio de 1515. Entre os vários comendadores de Banho destacam-se dois: João Fernandes Pacheco, aqui sepul-tado, filho do navegador e astrónomo Duarte Pacheco Pereira, e um filho de Pedro Alvares Cabral, descobridor do Brasil. Em 30 de Maio de 1834, foram extintas as ordens religiosas e as respectivas comendas. Os bens das comendas foram integrados nos Bens Próprios Nacionais e mais tarde arrematados. Entre 1846 e 1848 foram arrematados os bens do Mosteiro de Banho passando a pertencer a diversos particulares. Só não foram arrematadas a igreja e a residência. Em 1848 foi anexada a paróquia de Banho à de Vila Cova. Em 1865 caiu a abóbada da Igreja do Mosteiro. Em 1885 foram arrematadas as ruínas do mosteiro pelo vilacovense José Faustino Fernandes Ribeiro, com a salvaguarda da retirada de pedra necessária para as obras da nova Igreja de Vila Cova. Adquiriu em 2005 a Câmara Municipal de Barcelos o que resta do antigo e importante Mosteiro de Banho, podendo agora esse património ser desfrutado por toda a população.

A Voz da Escola | 8

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Tudo por um bom leitor… Uma equipa nova na Biblioteca Escolar e no Plano Nacional de Leitura, uma equipa cheia de gar-ra, cheia de ideias e projectos, não fosse a BE o espaço de projectos por excelência. Tão inexpe-riente era esta equipa! Valeu-lhe a disponibilidade, o apoio e a boa disposição de toda uma comunidade empenhada na valorização da leitura! Muitas ideias ficaram na gaveta, talvez se recuperem no próximo ano, outras de tão ambiciosas revelaram-se de todo inexequíveis. Pondo de parte a mocidade, a grande aposta desta equipa foi, desde o primeiro momento, a pro-moção da leitura em articulação com os vários sectores quer internos quer externos ao Agrupa-mento. Estes últimos pela sua influência e importância na formação de crianças e jovens não poderiam ser ignorados como parceiros na difícil tarefa de educar. Tomando como princípio a incontornável influência da BE no processo de ensino/aprendizagem, procurámos diversificar as leituras de forma a dar resposta àquilo que nos parecem ser as neces-sidades dos jovens leitores. Nestas escolhas um objectivo segundo se impôs: dar oportunidade a diferentes interpretações, a diferentes vozes, a diferentes contributos. Destacamos aqui as mais importantes (conquanto seja impossível apreciar as aprendizagens que possibilitaram), agrupan-do-as do seguinte modo: Educação ambiental/preservação do meio ambiente – ateliê de recicla-gem, exposições de trabalhos elaborados com materiais usados, participação no Movimento Lim-par Portugal. Actividades de leitura/escrita e literacia, promoção do livro, do autor e dos seus direitos – Dia Europeu das Línguas, Dia da Biblioteca Escolar, Divulgação da Biblioteca de Livros Digitais em todas as escolas do Agrupamento, Participação em Concursos - Concurso Nacional de Leitura; Faça lá um Poema; Correntes D’Escrita - Feira do Livro, Semana da Leitura, Dia do Livro e dos Direitos de Autor. Desenvolvimento do Imaginário e da Criatividade associado à leitura, à escrita e à ilustração – Dia dos Castelos, Concurso Dia do Pai, Concurso Dia da Mãe. Encontro de Gerações em torno do Livro e da Leitura – visita semanal dos utentes do Centro Social e Paroquial de Vila Cova; Encarregados de educação lêem na escola. Aproximação ao Outro – Dia do Idoso, Dia da Declaração dos Direitos Humanos, Dia do Braille. Articulação com as matérias curriculares/escolares – Espectáculos temáticos, palestra sobre a Implantação da República, pequeno seminá-rio sobre os Direitos de Autor. Ainda não terminou o nosso trabalho! No prelo temos a preparação da primeira edição de Às vol-tas com os livros, o papel e o lápis, que incluirá actividades de leitura e escrita criativa, a Iª edição do Concurso de Leitura para o pré-escolar e o 1ºCiclo, o convite aos encarregados de educação para lerem na BE e muito mais...

A equipa da BE/PNL

Ficha técnica: Director: Céu Enes

Subdirector: Manuela Freitas

Director-adjunto: Glória Linhares

Colaboradores: Professores 1º ciclo, Alunos,

Pais, Associação de Pais, Auxiliares de Acção

Educativa, Autarquias e Comunidade em geral.

Fotografia: Paulo Faria

Impressão: Santos & Sousa

Periocidade: Final de cada período lectivo

(Trimestral)

Preço unitário: 1 Lápis