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www.avozderiodaspedras.com.br Jornal on-line: http://issuu.com/avozderiodaspedras ANO II - N 0 41 - RIO DE JANEIRO, 25 DE MARÇO DE 2015 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA PÁGINAS 4 e 5 INFORMAÇÃO E CIDADANIA 'SAÚDE É O QUE INTERESSA!' FOTO DE FABIO COSTA FOTO DE FABIO COSTA RODRIGO É O RETRATO DO MORADOR QUE NÃO QUER MAIS CONVIVER COM LIXO Ele parou nossa equipe no meio da rua para denunciar situação de calamidade no Areal 1. Crianças brincando no meio do lixo, que deveria ser levado para os laranjões da Engenheiro, e esgoto a céu aberto despejado no brejo. Verdadeiro absurdo! EM TERRENO DA CEF, TERROR COM REQUINTES DE ABANDONO TOTAL Na passagem que liga os prédios das Moradas Itanhangá à Via Light, estupros, roubos e mortes apavoram mulheres, crianças e idosos. Todos exigem providências das autoridades e da Caixa Econômica, dona do terreno que virou motivo de pavor. PÁGINA 7 PÁGINA 3 Bordão criado pelo personagem Paulo Cintura na “Escolinha do Professor Raimundo” serve para identificar o objetivo do importante trabalho que o Núcleo de Cidadania e Pesquisa de Rio das Pedras vem desenvolvendo em convênio com a Fiocruz e a prestigiada Universidade de Columbia, dos Estados Unidos, e que promete revolucionar o campo de estudos sobre saúde no país. Nossa comunidade, contradizendo o complemento do bordão ("O resto não tem pressa"), espera ansiosamente o resultado da pesquisa, com duração de três meses e realizada com a participação de nossos moradores. FOTO DE HAROLDO HABIB PÁGINA 8 INTER E GRÊMIO CONTINUAM IMBATÍVEIS NA COPA A cada rodada da Copa do Nordeste, no Campo do Pasto, dois times se destacam. São Inter (13 pontos ganhos) e Grêmio (12), este com 100% de aproveitamento e um jogo a menos. FOTO DE MARCOS POWERNET PÁGINA 7 RUA XAXÁ: SÓ AÇÃO INTEGRADA PODE MUDAR CAOS Fiação impede que caminhões desentupam bueiros. Somente ação de órgãos da prefeitura e da iniciativa privada pode resolver o caos. Se não fosse um morador, o quadro seria pior. FOTO DE FABIO COSTA PÁGINA 6 O ‘DIPLOMA’ DAS SERRALHEIRAS DA AREINHA Felizes no trabalho e na relação, Juliana (à esquerda) e Quezia exibem, orgulhosas, o alvará que autoriza o funcionamento da serralheria que comandam na Avenida Daniel Marinho. FOTO DE LAERTE GOMES E MAIS Elizângela, moradora do Areal Pamela, moradora do Areal Erika, moradora da Rua Almira Vânia, moradora da Areinha Flaviane, moradora do Areal Marcelo, morador do Pinheiro

A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 41

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Page 1: A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 41

w w w. avo z d e r i o d a s p e d r a s .c o m . b r Jornal on-line: http://issuu.com/avozderiodaspedras

ANO II - N0 41 - RIO DE JANEIRO, 25 DE MARÇO DE 2015 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

PÁGINAS 4 e 5

I N F O R M A Ç Ã O E C I D A D A N I A

'SAÚDE É O QUE INTERESSA!'FOTO DE FABIO COSTA

FOTO DE FABIO COSTA

RODRIGO É O RETRATODO MORADOR QUE NÃO QUER MAISCONVIVER COM LIXOEle parou nossa equipe no meio da rua paradenunciar situação de calamidade no Areal 1.Crianças brincando no meio do lixo, que deveria serlevado para os laranjões da Engenheiro, e esgoto acéu aberto despejado no brejo. Verdadeiro absurdo!

EM TERRENO DA CEF, TERROR COM REQUINTES DE ABANDONO TOTALNa passagem que liga os prédios das MoradasItanhangá à Via Light, estupros, roubos e mortesapavoram mulheres, crianças e idosos. Todos exigemprovidências das autoridades e da Caixa Econômica,dona do terreno que virou motivo de pavor.

PÁGINA 7 PÁGINA 3

Bordão criado pelo personagem Paulo Cintura na “Escolinha do Professor Raimundo” serve para identificar o objetivo do importante trabalho que o Núcleo de Cidadania e Pesquisa de Rio das Pedrasvem desenvolvendo em convênio com a Fiocruz e a prestigiada Universidade de Columbia, dos Estados Unidos, e que promete revolucionar o campo de estudos sobre saúde no país. Nossa comunidade,contradizendo o complemento do bordão ("O resto não tem pressa"), espera ansiosamente o resultado da pesquisa, com duração de três meses e realizada com a participação de nossos moradores.

FOTO DE HAROLDO HABIB

PÁGINA 8

INTER E GRÊMIO CONTINUAM IMBATÍVEIS NA COPAA cada rodada da Copa do Nordeste, no Campo do Pasto, dois times sedestacam. São Inter (13 pontos ganhos) e Grêmio (12), este com 100% deaproveitamento e um jogo a menos.

FOTO DE MARCOS POWERNET

PÁGINA 7

RUA XAXÁ: SÓ AÇÃO INTEGRADA PODE MUDAR CAOSFiação impede que caminhões desentupam bueiros. Somente ação deórgãos da prefeitura e da iniciativa privada pode resolver o caos. Se nãofosse um morador, o quadro seria pior.

FOTO DE FABIO COSTA

PÁGINA 6

O ‘DIPLOMA’ DAS SERRALHEIRAS DA AREINHAFelizes no trabalho e na relação, Juliana (à esquerda) e Quezia exibem,orgulhosas, o alvará que autoriza o funcionamento da serralheria quecomandam na Avenida Daniel Marinho.

FOTO DE LAERTE GOMES

E M A IS

Elizângela, moradora do Areal

Pamela, moradora do Areal

Erika, moradora da Rua Almira

Vânia, moradora da Areinha

Flaviane, moradora do Areal

Marcelo, morador do Pinheiro

Page 2: A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 41

EXPEDIENTE

RIO, 25 DE MARÇO DE 2015

2Se os pais têm condições, mas estas não permitem pagartodas as despesas do menor, este poderá pedir que ocomplemento da pensão seja pago pelos avós”

Temos encontrado êxito em nosso trabalho. Muitosjovens da nossa comunidade hoje são universitários oujá se formaram por conta desse nosso projeto”

A VOZ DO LEITOR

Alei impõe a ambos os geni-tores direitos e deveresiguais em relação à prole.Dessa forma, pai e mãe sãoresponsáveis pelo sustentodos filhos, devendo os geni-

tores dividir, na proporção de seusrendimentos, os gastos com saúde,moradia, educação, medicamentos,alimentação, vestuário, lazer e tudomais de que a criança ou adolescentenecessite para sobreviver e se desen-volver. Trata-se de um dever legal, doqual todos têm conhecimento. Sabe-se, ainda, que o genitor ou genitoraque não pagar pensão aos filhos,quando esta tiver sido determinadajudicialmente, pode ser preso. A leipretende, com isso, compeli-los aopagamento das pensões em atraso. Recentemente, foi veiculado na

mídia que uma avó teria sido presaporque o seu filho não teria pago a

pensão ao neto. Tal questão deve seravaliada com cautela porque, noBrasil, ninguém pode ser obrigado apagar obrigação imposta por sen-tença à terceira pessoa. Assim, se ogenitor do menor foi condenado apagar pensão ao filho e não o fez, elepoderá ser preso para que, com isso,seja coagido ao pagamento do qualquer se omitir. Se o pai foi conde-nado a pagar a pensão, sozinho, não

tendo os avós sido réus na ação decobrança de alimentos, os avós nãopoderão ser presos pela dívida dofilho para com o neto porque elesnão foram condenados na ação, massim o filho. No entanto, desde 2003, a lei per-

mite que um menor ajuíze ação decobrança de pensão (ação de ali-mentos) também contra os avós(paternos e maternos) para que

estes o pensionem. Se os genitoresnão têm condições para o sustentodo filho, os avós poderão ser conde-nados a dividir as despesas domenor. Se os pais têm condições,mas essas não permitem pagartodas as despesas do menor, este po-derá pedir que o complemento dapensão da qual necessita para viverseja pago pelos avós. Se os avósforam réus numa ação de alimentos

e foram condenados ao pagamentode pensão ao neto(a), seja para pa-gamento integral das despesas, sejapara complemento do pensiona-mento e não fizerem os pagamentosaos quais foram condenados, pode-rão ser presos. Contudo, serão pre-sos porque eles foram condenadosao pagamento e não o fizeram. Não obstante, o fato veiculado na

mídia, de que a avó foi presa porqueo filho não tinha pago pensão aoneto, ofende alguns princípios bási-cos do direito. O dever de os avósserem obrigados ao pagamento depensão advém do princípio da soli-dariedade, sendo certo que a própriaConstituição impõe que é dever dafamília zelar pelos direitos das crian-ças e dos adolescentes.

*Cristina Gomes Campos de Seta é juíza da 9ª VaraCível do Méier

� Cartas para a redação de A VOZ DE RIO DAS PEDRAS, a/c do Núcleo de Cidadania, Rua Nova n0 105, loja 2. e -mails para [email protected]

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PUBLICAÇÃO QUIZENAL Tiragem: 20 mil exemplares - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Impresso na Gráfica e Editora Jornal do Commercio

Uma publicação da Livraria e Editora Citibooks Ltda.CNPJ: 05.236.806/0001-5

Rua Jardim Botânico 710, CEP 22.460-000 para a Associação Comercial do Rio das Pedras (em organização). Rua Nova 105 – Loja, Rio das Pedras - Tel.: 41088 439

EDITOR-CHEFE

Aziz Ahmed(Reg. 10.863 - MTPS)[email protected]

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Maria Etatiane Costa Barroso Juliana Barcellos da Cunha e

TRATAMENTO DE IMAGENS

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REPORTAGEM

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CRISTINA GOMES CAMPOS DE SETA *

A VOZ DO DIREITO

A PRISÃO DOS AVÓS POR NÃOPAGAMENTO DE PENSÃO AOS NETOS

Cristiano Matospostou aseguinte mensagem: “Temos umaatividade que gostaríamos dedivulgar para a comunidade: oprojeto Construindo o Saber. É umpré-vestibular gratuito para todosos moradores de Rio das Pedras.Nele, preparamos os alunos comdois pilares: o primeiro é aeducação tradicional, na qual elestêm todas as matérias necessáriaspara passar em um vestibular; osegundo é um espaço em que osalunos podem refletir sobre temasimportantes, pensar no futuro,sobre carreira profissional, saúde, aimportância de serem cidadãos debem. Temos encontrado êxito emnosso trabalho. Muitos jovens danossa comunidade hoje sãouniversitários ou já se formarampor conta desse projeto. Acho que éum bom exemplo para acomunidade e queríamos um diaencontrar alguém que nos ajudassefinanceiramente, pois perdemosmuitos professores porque nãotemos condições de arcar com oscustos do transporte deles. Então,pensei que um dia vocês poderiamfazer uma reportagem sobre onosso trabalho. Funciona no CaicEuclides da Cunha. Desde jáagradeço. Esses são os contatos: umsite e um blog:http://l.facebook.com/l/TAQEY2zE3AQGf-R8msBJZVWbiMXMJoLG6WI96Dkly_omw/pcsriodaspedras.wix.com/home eo blog:http://l.facebook.com/l/nAQFC-4J7AQFAtyMGYnGoUb3UTxdmQqHfhz3DArAtd0Ff9A/pcsrpcec.blogspot.com.br/”� Nota da Redação: Cristiano,muito interessante a sua iniciativa.Vamos entrar em contato para fazeruma reportagem.

Motos na contramãoO morador Severino José dos

Santosenviou o seguinte e-mail àredação: “No dia 12 de março, paracitar um exemplo, eu estavaesperando um amigo na calçada daRua Nova, em frente à Igreja Batista,quando me deparei com uma cenacomum em Rio das Pedras. Ummotoqueiro trafegando nacontramão, quase atropelou umasenhora que estava com umacriança no colo e teve o cuidado deolhar para o lado direito, de onde

vinham os veículos na mão. A motopassou raspando nela, acelerou enem pediu desculpas. São comunsos motociclistas andarem semcapacete, sem proteção, mas isso éproblema deles e das autoridades,que deviam coibir tais abusos. Masaqui na comunidade eles andamdestrambelhados nos becos e vielas,numa velocidade acima da indicadapara permitir um mínimo desegurança aos pedestres. Atenção,motoqueiros de Rio das Pedras!Vamos mais devagar antes quevocês produzam uma tragédia.”

Assalto no PinheiroNossos parceiros da Central

Rio das Pedraspublicaram noFace: “Roubo a residência noPinheiro. Uma moradora foiabordada hoje (17 de março), porvolta das 8h. Um bandido armadoroubou telefone, DVD ,videogame eR$ 700,00. Ao sair, o bandido olhoupra mulher e disse: "Não levo suaTV por ser muito grande, mas voltopra buscar outro dia." A moradoraestava com o filho, e nada sofreram.O bandido de cor morena, magro,alto de rosto fino saiu da casa semlevantar suspeita dos vizinhos.”� Nota da Redação: Violência nacomunidade é o tema dareportagem publicada na página 3desta edição. O relato acima sóconfirma nossas preocupações.

Ainda sobre o lixoA moradora Méria Joplin

Seixas desabafou: “O negócio dolixo está muito sério em Rio dasPedras. O povo é muito mal-educado. Quando se consegue tiraro lixo de um lugar, rapidamente ascarniças começam a jogar emoutro. Revoltada aqui. Hoje mepassa um mulher com umasacolinha na mão indo no sentidoonde está o local determinado paracoleta, mas aí a desgraçada passano lugar que já tem lixo ilegalmentee solta a p... da sacola dela. Quaseque volto o meu caminho e dou nacara dela. Aí, depois que alaga tudo,que estouram os esgotos, ficamreclamando.”

Carla Paivaemendou: “Rio dasPedras, concentração de genteburra e sem educação que nãorespeita o próximo. Aqui o povojoga lixo onde quer, liga som alto ahora que quer, usa furadeira àmeia-noite, e assim a gente vaivivendo. Não vejo a hora de sairdaqui.”

Rosaria Lopes comentou: “Euestou cansada de ver issoacontecer. Já não me estresso comisso.”

Já Edlelza Santoscompartilhou: “Isso é verdade.Moro no fim da Areinha. Todos osdias meu esposo manda eu juntartodo o lixo para ele levar até aentrada da Areinha para botar nalixeira. Muitas vezes tem sacolas emais sacolas na minha porta. O queeu faço? Guardo para levar para alixeira.”

Sandro de Moura Alexandrepostou vídeo em que flagrou umhomem despejando entulho atrásdos laranjões, e escreveu: "Estamosnum período complicado. Rede deesgotos caótica, rios cheios de lixoe, para agravar ainda mais oquadro, greve dos garis da Comlurb,que felizmente acabou. Por issotudo peço encarecidamente acolaboração de vocês. Cenas comoessa não podem continuar.”

Jani Sousa comentou: "Este é oBrasil em que vivemos."A moradora Viviane Melo se

indignou pelo Face e desabafou:“Hoje fui jogar meu lixo e quandoabri as caçambas todas estavamvazias, com o lixo todo no chão.Como sempre faço, abri a caçambae joguei meu lixo no seu devidolugar. Mas, gente, me desculpe! Opovo é porco, nojento e tem queficar na merda atolado de esgoto.Fico indignada porque estão vendoas caçambas vazias e jogam o lixono chão. Não tenho pena quandoestão passando sufoco, bando deporcos nojentos!”

Olho-grande do ManoelMoradores do Areal 2,que

pediram para não ser identificados,reclamam que o Manoel doSobradinho do Forró fechou umbeco que fica bem na beira dovalão, por puro olho-grande.

Lazica pede socorroOs voluntáriosque ajudam o

abrigo de animais da dona Lazicaestão pedindo socorro. Afirmam:“O abrigo está sem ração,pendurado em dívidas de aluguel epagamento de funcionários. Háoutras despesas extras, comosepultamento de animais, comprade jornais, material de limpeza,lavagem de tapetes e paninhos doscães pagas à parte, etc.

Flavia Rezende Renhacomentou: “A todos que amam osanimais: a castração é a únicasolução para acabar com osabandonos e abrigos lotados epobres. Castre seu animal, proveque você o ama de verdade. Vocênão vai querer que seus filhotesacabem disputando comida em umabrigo pobre. Pense nisso!”

Simone Peres Alvesorientou:“A prefeitura tem um serviço decastração gratuito e o agendamentoé feito on-line. É simples. Com ouso do CPF do dono eagendamento na unidade maispróxima, como a da Praça Seca.http://www.sepda.com.br.”

Márcia Pimenta completou:“Poderia trazer para o serviço decastração para Rio das Pedras. Ficaraqui por um mês ou uns 15 dias,pois para marcar e levar temos deestar lá antes das 4 da manhã. Ficacomplicado. Parabéns ao jornalpela postagem! Continuem assim!Vocês são formadores de opinião epodem fazer a diferença.”

Academia da terceira IdadeMaria Luiza de Souza

escreveu: “Há uma academia daterceira idade na Clínica da Família,mas – pasmem! – não funciona.Está lá só como vitrine. Tenho 63anos de idade e lá seria a únicaopção de fazer exercícios e ter lazerna comunidade, se de fatofuncionasse. O que está havendo?”

� Nota da Redação: Emnovembro (veja a edição 34, quecomeçou a circular dia26/11/20014), o subprefeito daBarra e Jacarepaguá, Alex Costa,em entrevista ao nosso jornal, foiquestionado sobre esse problema.Ele explicou que a academia quefunciona na Clínica da Família édiferente das que funcionam naspraças, argumentando queprofessores orientam os idosos.Reconheceu que, em novembro,excepcionalmente, um dosprofessores estava de férias e ofuncionamento foi precário.Prometeu que, a partir dedezembro do ano passado, asatividades voltariam a acontecertodos os dias, durante o horário defuncionamento da clinica. Mas, naverdade, isso não está acontecendo.Constatamos que dona MariaLuiza tem razão. Vamos cobrar dosubprefeito uma providência.

Alunos marcam reencontroRio das Pedras da

Depressão postou no Face: “Quemaqui lembra de Atelaine, Kátia,Chicão e Denise? Sim, professoresidolatrados da Escola Municipal Riodas Pedras. Sabiam que existe umevento de reencontro dessa galera eseus ex-alunos todo ano? E que esteano vai ser a terceira edição doevento? Que há grupo no WhatsApppara reencontros de ex-alunos emuito mais? Sim, aquela turmabacana da escola mítica de Rio dasPedras se reúne de tempos em

tempos para matar a saudade. Vocêestudou lá? É um ex-aluno? Táesperando o quê? Atenção! A grandemaioria da galera lá é ex-aluna demais de 15 anos, ou seja, tem muitagente que estudou lá até 2000.”

Falta água à tarde Sobre o vídeo publicado pelo

nosso repórter Ricardo Souza, MelAraujoquestionou: “Por que faltaágua todo dia à tarde? O que elesestão fazendo de melhoria?

Atenção SMTrFabiano Macedoescreveu:

“Peço a vocês que me deem maisuma ajudinha, mandando um e-mail diretamente para prefeito esecretário. Aqui onde moro não temum jornal como o de vocês. Estoupedindo por mim, pelos vizinhos eamigos daqui para que as linhas860 e 861 (extintas em Rio dasPedras) voltem para Santa.Cruz,pois os prédios do programa MinhaCasa Minha Vida no Eucalipal, naAvenida João XXIII, estão prestes aserem inaugurados. Já temos queandar a pé, ou em cima dos ônibus,porque as linhas existentes já nãosuportam tanta gente e demoram apassar. O 858A não dá vazão. Nemqueremos imaginar o que serádepois da inauguração.”

Luana procura RaquelLuana Barcellos pergunta:

“Queria saber se alguém do Rio dasPedras conhece uma mulherchamada Raquel Lima da Silva. Elamorava no Areal, era, ou é, casadacom um homem chamado Márcio etem uma filha de nome Tatiana euma irmã chamada Rosa Michele.Se alguém souber me avise, porfavor.”

Vende-se uma geladeira O morador Alessandro

Martinsoferece: “Estou vendendouma geladeira bem conservada egelando tudo. Entrar em contatopelo telefone e zap 96960-4755.Valor: R$ 400,00, para vender logo.Moro no Areal, atrás do Top Dance,Rua Vitória Régia.

Instituto de beleza Do Lis Instituto de Beleza

recebemos a seguinte mensagem:“Oi, tudo bem? Estamos divulgandonossos serviços. Aproveito paraconvidá-los a conhecer nossoespaço. Tenho certeza de que vãoadorar nossos serviços. O link danossa página éhttps://m.facebook.com/profile.php?id=789359031132012&ref=bookmark

Page 3: A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 41

RIO, 25 DE MARÇO DE 2015

3Construir um supermercado no terreno da Caixa Econômica,e um hospital, e permitir a circulação de ônibus ou vans nocondomínio são reivindicações dos moradores.

Funcionário da administração do Condomínio Moradasdo Itanhangá sugere a instalação de uma cabine da PMem frente às cancelas para coibir a violência no local.

MEMÓRIA

[email protected]

Num condomínio com noveprédios, 01.740 apartamen-tos e mais de seis mil mora-dores acontece de tudo.Mas não deveria. Principal-mente nas cercanias, ruas

próximas, etc., áreas que fazemparte da segurança de um bairro e éassunto da Polícia Militar. O queacontece nos apartamentos não éda conta de ninguém, são proble-mas para serem resolvidos entre osfamiliares. Mas fora deles são mui-tos os casos de violência. Infeliz-mente: estupros, assaltos e atémortes. Isso tem assustado os mo-radores de Rio das Pedras. Os dasMoradas Itanhangá, então, nem sefala. E o problema é antigo (leia ME-MÓRIA nesta página).

As maiores queixas têm um alvo:uma passagem que leva da AvenidaSão Josemaria Escrivá à área conhe-cida como Lixão, que beira a ViaLight. O terreno, abandonado, total-mente arborizado, pertence à CaixaEconômica Federal (CEF) e já setransformou num estorvo para osque vivem ali. Os relatos sobre osacontecimentos são muitos, todoscom pedidos de anonimato, pois otemor de represálias é inevitável.

Alguns moradores garantem queos responsáveis pela onda de terrorsão de fora. Por isso, os agressores fla-grados acabam tendo fim trágico.Esses moradores lamentam que pro-vidências não sejam tomadas pelasautoridades, num descaso com a co-munidade. Em contrapartida, Célio,da administração do condomínio,afirma que quando há necessidadeda intervenção da PM numa ocor-rência qualquer basta passar umrádio para, no máximo cinco minu-tos depois, como fez questão de fri-sar, uma viatura chegar. Mas, e ànoite? Célio tem outras informações.

— Canso de avisar aos morado-res, principalmente às mulheres,que não utilizem o tal caminho.Mas não adianta, todos teimamem passar e às vezes acontece algo— afirmou ele.

Célio disse que já pôs arame far-pado na entrada da passagem, dolado do condomínio, mas ou é rou-bado ou os próprios marginaissomem com ele. Com isso, as vítimasse veem tentadas a cortar caminhopela passagem da morte.

— Vou botar mais arame lá. Senão adiantar, vou encher de entu-lho, fechar, de algum modo, a en-trada. Alguém precisa fazer algo.Não vou desistir de proteger meusmoradores — avisou.

Outro serviço prestado pelo con-domínio é a ronda de moto durante

24 horas. Um dos vigilantes é Pablo,que trabalha das 9 horas às 19 horas,quando é rendido por um colega.Mas o serviço é limitado, e diz que in-felizmente não tem como "policiar"a passagem.

— O serviço é mais para tomarconta de carro de morador, evitarconfusão entre crianças e adolescen-tes que moram aqui... Acompanha-mos morador que sai cedo paratrabalhar. Essas coisas. De moto, fa-zemos numa boa — disse Pablo.

Célio afirma que uma soluçãopoderia ser dada sem muita difi-culdade, burocracia ou o que seja.

E ensinou:— Bastaria instalar uma cabine

da PM aqui na entrada do condomí-nio. Imporia respeito aos marginais.Temos holofotes na entrada e tam-bém na passagem, mas já roubaramos fios ou quebraram as lâmpadas.Com a cabine, não seriam mais des-truídos. Temos somente dois segu-ranças para esse mundo. É pouco.Mas uma cabine da PM resolveria.

Um dos casos mais recentes deroubo, seguido de tentativa de estu-pro na passagem, aconteceu naterça-feira de carnaval. Uma mulher,que vamos identificar como X, dei-

xou o marido e a filha na Via Light etomou o rumo de sua casa, no con-domínio, pois estava cansada. Logofoi abordada por um homem queroubou seu celular, dinheiro e joias.Não satisfeito, levou-a para a passa-gem e tentou estuprá-la. Mas nãocontava com a reação.

— Criei coragem e reagi sim. Fi-quei toda machucada, porque leveisocos nos olhos, no rosto e nos bra-ços, mas ele não conseguiu nada.Graças a Deus! — lembrou X, aindatraumatizada, como provou sua voz.

Ela prestou queixa na delegacia,olhou álbum de bandidos (disse que

o agressor é branco, cerca de 1,70mde altura, cabelo crespo e cortadobaixinho, e que se o vir será capaz dereconhecê-lo), foi levada a exame decorpo de delito e até agora a polícianão chegou a uma solução. A X sórestou lamentar.

— Estou assustada, não andomais sozinha. Aos 55 anos, jamaispensei em passar por uma situaçãodessas. Eu quero ajudar, mas a polí-cia não faz por onde — desabafouela, por telefone, esclarecendo queestava na Barra da Tijuca, acompa-nhada de dois familiares.

Atacados, traumatizados, assus-tados... Assim estão os moradores deRio das Pedras. Principalmente osdas Moradas do Itanhangá. Mas nempor isso eles deixam de ter boasideais. Tão boas que as autoridadespoderiam perfeitamente adotá-las.Uma pessoa, que chamaremos de Y,disse que no terreno da CEF poderiaser construído um supermercado,por exemplo, alegando que o únicodo lugar, além de caro, não é bom.Ou ainda um bom hospital e outrasbenfeitorias para a comunidade. ("Oterreno é grande", lembra ela). Ytambém não anda sozinha. Chegado trabalho e não sai mais à noite. Anão ser com amigos, para ir a umafesta ou ao cinema:

— Sem companhia, nem pensar. Outra reclamação de Y é com

relação à falta de condução no pró-prio condomínio. Sugestão já foienviada à subprefeitura, que nadafez até agora.

— Já liguei para a prefeitura, sim.Pedi que ponham uma linha de ôni-bus, ou que permita o tráfego devans no condomínio. Já tenho certaidade e para pegar ônibus precisoandar até a Via Light ou até a Enge-nheiro. É muito sacrifício para mui-tos que moram aqui, e um descasototal com os mais velhos. Estou pen-sando em organizar um abaixo-assi-nado com meus vizinhos. Talvezassim a gente consiga sensibilizar asautoridades— disse Y.

Outros relatos de violência foramnarrados. Alguns confirmando casosde mortes, sim. Mas nenhum delesde morador de Rio das Pedras, numaprova de que a comunidade é de paz,formada por gente de bem, trabalha-dora. Mas há uma exceção: umamoça, moradora do Pinheiro, mortapelo namorado no terreno da CEF, háalgum tempo.

Há meses, numa conversa in-formal com a reportagem, o presi-dente da Associação dos Amigos eMoradores de Rio das Pedras la-mentou que alguns proprietáriosalugam imóveis na comunidadesem se certificar da procedência edos antecedentes do inquilino esem cadastrá-lo na Amarp. Comisso, a associação perde um poucoo controle da situação.

MORADORES EXIGEMPROVIDÊNCIAS PARA ACABAR COM A VIOLÊNCIA NAPASSAGEM QUE LIGA OSPRÉDIOS À VIA LIGHT

Rio das Pedras, que já perdeu a condição de favela maislimpa da cidade, caminha também para perder a de maissegura para se viver. De nada adiantaram os protestos dodia 4 de maio do ano passado, quando um numeroso grupo

de mulheres, moradoras do Condomínio Moradas do Itanhangá,fechou a Via Light, na altura da Segunda Ponte, para pedir umbasta à onda de violência. Depois da manifestação, houve umapequena trégua. Mas o bicho voltou a pegar, como mostra estareportagem do repórter Haroldo Habib. Naquela ocasião donaEliete, microfone em punho, à frente de um carro de som, lideravao grupo de moradoras das Moradas. Ouvida pela nossareportagem, ela explicou o motivo da mobilização.

— Estamos protestando contra estupros e assaltos. Temosvítimas. Chega de violência. Basta de impunidade. Queremos que aCaixa Econômica Federal feche este terreno — desabafou à época,referindo-se ao terreno da Via Light que serve de esconderijo para

a bandidagem e, nas horas vagas, de lixeira para os porcalhões. Várias pessoas se utilizam do terreno como trilha para cortar

caminho para chegar à Escola Jorge Amado ou mesmo aos prédiosdo condomínio. A merendeira da escola Lina de Souza contou-nos,durante aquela manifestação, que na manhã de 11 de novembro de2013 uma mulher de 58 anos foi violentada durante mais de umahora e meia por um marginal que portava uma faca e a feriugravemente:

— Ela foi seviciada, agredida e ficou traumatizada. Foiregistrada queixa na Delegacia da Taquara, feito o retrato falado dobandido e estamos esperando providências.

Moradora do Bloco B do Condomínio Moradas, dona Silvianacontou que a filha dela foi atacada por um rapaz ruço, aparentando19 anos, mas acabou sendo salva por porteiros. Vários outrosrelatos foram feitos à reportagem e, quase um ano passado, osproblemas continuam a acontecer.

ENTENDA MAIS SOBRE OS PROBLEMAS

O CAMINHO DO TERROR

O PROTESTO DE 4 DE MAIO DE 2014

1 – A moradora tenta criarcoragem para passar pelocaminho e chegar à ViaLight, mas fica indecisa edesiste; 2 – Célio, funcionário daadministração, na cabinena qual filtra a entrada decarros de residentes evisitantes no condomínio;3 – Por ser dia claro ainda,o homem acaba de usar oatalho para ir para casa; 4 - Da Avenida SãoJosemaria Escrivá, umavisão dos prédios

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4RIO, 25 DE MARÇO DE 2015RIO, 25 DE MARÇO DE 2015

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Essa pesquisa tem como grande característica formar umperfil na área de saúde pública que poderá ser umareferência em estudos de Favelas no Brasil"

Além das entrevistas, a pesquisa coletará amostras deágua dos domicílios. Os laudos com os exames serãoprontamente entregues ao responsável pelos domicílios”

Estamos testando a mesma metodologia que foi usadaem comunidades nos Estados Unidos para perceber asaúde e a mobilidade das pessoas em Rio das Pedras”

Um dos grandes diferenciais dessa pesquisa é a análise, emlaboratório, tanto da saliva dos moradores quanto da água dasresidências, o uso do GPS e a aplicação de questionários"

POR UM RIO DAS PEDRAS MAIS SAUDÁVELESTUDO INÉDITO SOBRE SAÚDE, REALIZADO PELO NÚCLEO DE CIDADANIA E PESQUISA DE RIO DAS PEDRAS, PELA FIOCRUZ E PELA UNIVERSIDADE DE COLUMBIA, DOS ESTADOS UNIDOS,

MAPEIA OS HÁBITOS DOS MORADORES DE RP E ABRE CAMPO PARA RESOLVER PARTE DOS PROBLEMAS QUE ATINGEM E AFLIGEM NOSSA COMUNIDADE

Oaniversário era de Maria Etatiane Costa, pesqui-sadora do Núcleo de Cidadania e Pesquisa deRio das Pedras, que completou 31 anos no dia 11de março. Mas a festa foi dos moradores danossa comunidade selecionados como entrevis-tadores do convênio Pesquisa-Diagnóstico emSaúde-Rio das Pedras, parceria entre Fiocruz,Universidade de Columbia e Núcleo de Cidada-nia e Pesquisa de Rio das Pedras. Maria faz partedele e estará com Juliana Barcellos à frente da

pesquisa de campo, ambas como supervisoras.Os supervisionados vão atuar por três meses em Areal 1,

Areal 2 e Areinha, todos devidamente remunerados com sa-lário de R$ 800,00 mensais. Maria Elizângela de Paula, mora-dora do Areal, Rua Apocalipse; Pamela do Carmo, moradorada Rua Espada de São Jorge, a última rua da comunidade;Erika Alves, moradora da Rua Almira; Vânia Soares, moradorada Areinha, na Rua Jamelões; Flaviane Castor, moradora doAreal, na Rua das Paineiras; e Marcelo Paim, morador do Pi-nheiro, são os componentes que estarão na linha de frentedessa verdadeira seleção brasileira.

Brasileira não, internacional, porque fazem parte desse timeGina Lovasi e Garazi Zulaika, da Universidade de Columbia.Também fazem parte Renata Rabello e Marília Sá Carvalho, daFiocruz, e as já citadas Maria e Juliana, todas sob as bênçãos deCláudia Franco, advogada, professora da UFRJ, e coordenadorado Núcleo de Cidadania e Pesquisa de Rio das Pedras.

Com seus olhos reluzentes, Garazi Zulaika, da Universi-dade de Columbia, e Gina Lovasi, idealizadora da pesquisa,também estavam empolgadas com a materialização do pro-jeto. O objetivo é colher dados sobre as situações de risco dosmoradores de RP na área de saúde pública e promover açõespara diminuir esses riscos.

— Estamos testando a mesma metodologia que foi usada emcomunidades nos Estados Unidos para perceber a saúde e a mo-bilidade das pessoas em Rio das Pedras. Queremos que essa pes-quisa seja referência para outros pesquisadores do Brasil, dosEstados Unidos e seja adotada como parte do urbanismo esaúde global — explicou num português muito correto a tímidapesquisadora, que é uma das idealizadoras do projeto.

Segundo Juliana, o grande diferencial dessa pesquisa é a suatecnologia de aplicação.

— Um dos grandes diferenciais dessa pesquisa é a quanti-dade de metodologias e tecnologias utilizada ao mesmo tempo,como a análise, em laboratório, tanto da saliva dos moradoresquanto da água das residências, o uso do GPS e a aplicação dequestionários — disse, para, em seguida, detalhar os objetivosdessa aplicação. — Tudo isso tem o objetivo de justamente testaro uso desses métodos para ampliar o alcance dos resultados dapesquisa, possibilitando o oferecimento à população de Rio dasPedras, ao fim do trabalho, de um panorama completo das con-dições de saúde da comunidade.

Empolgada com o início do trabalho de campo, Juliana tam-bém enfatizou a parceria inédita estabelecida pelo Núcleo:

— O uso de todos esses métodos dentro da mesma pes-quisa só foi possível por meio da parceria firmada entre a Fio-cruz, a Universidade de Columbia e o Núcleo de Cidadaniade Rio das Pedras, que resultou numa abordagem ampla, como objetivo de pensar e investigar a saúde da comunidade sobdiversos aspectos.

Renata Rabello, sanitarista e coordenadora da Fiocruz, quejá virou parceira do jornal nas reportagens sobre o problema dolixo, não escondia o entusiasmo com o início do trabalho.

— A equipe desse projeto tem grandes expectativas, porquesabemos que Rio das Pedras nunca recebeu uma pesquisa desseporte. Com os resultados, poderemos traçar um perfil da saúdedos moradores, suas condições de vida e os padrões de mobili-dade — disse Renata, com entusiasmo.

Além da timidez, outras características unem os compo-nentes do projeto: o amor pelo que fazem e a vontade de vero trabalho dar certo. Sejam as estrangeiras Garazi e Gina, pas-sando pelas pesquisadoras da Fiocruz e o pessoal do Núcleoaté a equipe de moradores selecionados para realizar as en-trevistas fica claro que elevar a qualidade de vida da nossa po-pulação é totalmente viável, desde que haja compromissocom o nosso lugar.

Veja os vídeos da matéria em nossa fanpage. facebook/avozderiodaspedras

— Na realidade trata-se de um pro-cesso de continuidade de nossas pesqui-sas, a partir de 2008, quando o núcleo foiimplantado pela UniverCidade. Na pri-meira pesquisa realizamos um levanta-mento territorial de Rio das Pedras, noqual identificamos todas as ruas e becosda comunidade. Com isso, montamosum mapa atualizado que está contribuindo com o reconheci-mento oficial por parte da prefeitura dos logradouros. Com isso,as ruas de Rio das Pedras terão um nome legalizado com CEP, oque certamente se refletirá no dia a dia do morador, que poderáprovar seu endereço de maneira legalizada e reconhecida ofi-cialmente. A segunda pesquisa se deu com os comerciantes. En-trevistamos quase quatro mil empreendedores locais,efetivamos um levantamento de todo o comércio da região deRio das Pedras, o que tem ajudado a incrementar a AssociaçãoComercial. A terceira pesquisa foi a que mais deu trabalho. Visi-tamos mais de 15 mil residências e estamos concluindo a maiorcompreensão demográfica da comunidade, construindo umperfil bem definido de seus moradores. A que estamos iniciandoagora, em parceria com a universidade americana de Columbiae a Fiocruz, tem como grande característica formar um perfil naárea de saúde pública que poderá ser uma referência em estudosde Favelas no Brasil. Isso poderá ajudar a identificar certas doen-ças e carências no setor da saúde pública, possibilitando a im-plantação de programas de melhorias na saúde dos moradoresem favelas e em Rio das Pedras em especial.

— Nos padrões da que estamos desenvolvendo em Rio dasPedras, creio que não, porque tal pesquisa está reunindo pes-quisadores de setores diferenciados, tanto nacionais quanto in-ternacionais. Além disso, o enfoque da pesquisa é bem definidoe será desenvolvido em padrões únicos em se tratando de umafavela carioca do tamanho de Rio das Pedras.

— Desde o fechamento da UniverCidade nossos recursos sãooriundos de um benfeitor que nos mantém generosamente e deparcerias como essa com a Fiocruz e a Universidade de Colúm-bia. Alfabetização de adultos é um desejo que nutrimos desdede o início do nosso núcleo de cidadania e pesquisa. O analfa-betismo limita que a pessoa possa exercer sua cidadania. Se con-seguirmos recursos para realizar um centro de aprendizagem dejovens e adultos, certamente o faremos. Quem sabe? No iníciotínhamos tão pouco! Olha onde chegamos.

— Sim. Rio das Pedras sempre nos recebeu de braçosabertos. Mais uma vez, peço que a comunidade abra suascasas para receber nosso pessoal para realizar a pesquisa desaúde. Todo pessoal está identificado com crachá, camisa ematerial de coleta. Essa pesquisa será valiosa para a comuni-dade. Até a qualidade da água será analisada. Por favor,vamos assumir esse trabalho em conjunto. A vida da comu-nidade vai melhorar com isso. Muito obrigada! (Ricardo deSouza)

— Para que esse projeto caminhasse, a equipe da pesquisaprecisou contar com diversas colaborações nos campos acadê-mico e científico. Agora que estamos iniciando a coleta de dadosem campo, o personagem principal desse trabalho é o moradorde Rio das Pedras, seu domicílio, sua família e, principalmente,sua saúde. Ao selecionarmos cem domicílios para participar dapesquisa, sabemos o quanto será difícil, mas gratificante obteras informações de que precisamos para planejar e justificar fu-turas intervenções no campo da saúde e da cidadania.

— Uma pesquisa de saúde que coleta informações sobre osmoradores da comunidade pode oferecer subsídios para queoutros projetos sejam instalados na região. Os resultados serãoamplamente divulgados para todos os moradores que partici-parem da pesquisa, além dos demais interessados. Além das en-

Na foto maior, osentrevistadores, todosmoradores de Rio dasPedras, caminham pelacomunidade; nessa foto,Pamela, Érika, Vânia eMarcelo conversam commoradores. Trabalho vaidurar três meses epromete ser um marcoem pesquisa de saúde

Gina Lovasi, de óculos, da Universidade de Columbia e principalpesquisadora do projeto; Garazi Zulaika, coordenadora e idealizadorajunto com Gina e Juliana Barcellos, supervisora de campo. Em comum avontade que a metodologia aplicada nos EUA dê certo em Rio das Pedras

'VAMOS ASSUMIR ESSE TRABALHO EMCONJUNTO. A VIDA DA COMUNIDADEVAI MELHORAR COM ISSO'

Coordenadora do Núcleo de Cidadania e Pesquisa de Rio dasPedras conta a história das pesquisas realizadas pelo Núcleodesde 2008 e diz que a atual faz parte da continuidade dotrabalho, ressalta seu ineditismo, afirma que a pesquisaservirá de referência e pede a participação da comunidade.

ENTREVISTA >> RENATA RABELLO

'O MORADOR É O PERSONAGEM PRINCIPAL'Sanitarista, epidemiologista e veterinária Renata Rabello, daFiocruz, fala da expectativa pela realização da pesquisa, de suaabrangência e ineditismo e, como não poderia deixar de ser,sobre um dos maiores problemas de Rio das Pedras: o lixo.

trevistas, a pesquisa coletará amostrasde água dos domicílios selecionados. Oslaudos com os exames realizados naágua serão prontamente entregues aoresponsável pelos domicílios, e qualquerproblema encontrado será imediata-mente comunicado ao órgão compe-tente.

— Os resultados alcançados por uma pesquisa de saúdepodem estimular outros grupos de pesquisadores de diversasáreas a conhecer e a se aprofundar sobre os problemas existen-tes na comunidade de Rio das Pedras. Dessa forma, soluçõescriativas e inovadoras poderão surgir, melhorando as condiçõesde vida e saúde da população.

— O lixo é um problema das grandes cidades brasileiras, e oRio de Janeiro não seria uma exceção. Rio das Pedras tem rece-bido uma atenção especial da Comlurb com a implantação doslaranjões por diversos pontos da comunidade. Nós acreditamosque educação ambiental seria uma saída para essa questão.Outra proposta seria a criação de um grupo de discussão envol-vendo os representantes da comunidade e do poder público quepudessem discutir e propor soluções viáveis para o benefício dacomunidade. Assim, a população teria a consciência sobre a im-portância do descarte adequado do lixo e os riscos envolvidos.(Ricardo de Souza)

ENTREVISTA >> CLÁUDIA FRANCOFOTOS FÁBIO COSTA

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RIO, 25 DE MARÇO DE 2015

6Deixamos o estresse aqui. A gente não mistura o trabalhocom o nosso relacionamento, que curtimos muito foradele. Estou muito feliz. No trabalho e na relação"

Trabalhamos com seriedade, honestidade e oferecemosserviço de qualidade. Aqui é tudo legalizado, fazemosorçamento sem compromisso, e fornecemos nota fiscal”

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Odia 2 de outubro de 2013é emblemático na vidada capixaba Quezia Mo-reira, de 31 anos, e dapernambucana JulianaPereira, de 17. Foi

quando se conheceram em Recife,onde Quezia gozava de merecidasférias. Ali, iniciaram um relaciona-mento homoafetivo que se esten-deu a uma parceria profissionalque está bombando: as duastocam, sozinhas, os serviços daJPQ Serralheria, instalada à Ave-nida Daniel Marinho 48, na Arei-nha. Trabalham com vidros ealumínios (temperados, grades,portões, portas, acessórios e ma-nutenção em geral) e já não estãodando conta das encomendas.

Quezia era coordenadora deprojetos para deficientes visuaisem Jaraguá, na Grande Vitória,mas largou o trabalho seduzidapor um convite da família pararealizar o sonho de morar na Ci-dade Maravilhosa e se instalou emRio das Pedras em busca de umaoportunidade melhor.

— Trabalhei numa serralheriaaqui, aprendi tudo e, depois queconheci Juliana, resolvi abrir opróprio negócio. Eu a ensinei atrabalhar no ofício e hoje, em al-guns detalhes, ela é até mais capri-chosa do que eu — disse,orgulhosa da companheira e donegócio que vem crescendo desdeque abriu, há dois anos. — Esta-mos indo muito bem, temos mui-tos clientes. Não recusamosserviço. Atendemos, sem compro-misso, em qualquer bairro da ci-dade. Já fizemos trabalho na ZonaSul, no Leme, na Praça da Ban-

deira, mas a maioria é aqui, na co-munidade.

Quezia acrescentou que a me-lhor propaganda para quem tra-balha em serralheria é oboca-a-boca, a recomendação dosclientes satisfeitos.

— Trabalhamos com serie-dade, honestidade e oferecemosserviço de qualidade. O serra-lheiro, em geral, é estigmatizadopela crença de que não passa con-fiança para o cliente quando re-cebe sinal pelo serviço. Aqui étudo legalizado, fazemos orça-mento sem compromisso, e forne-cemos nota fiscal — explicou,retirando da parede da oficina oalvará de autorização especialpara funcionar como serralheria evidraçaria e exibindo o docu-mento à reportagem.

Quezia disse que começou naprofissão por curiosidade, foi seespecializando e hoje adora o quefaz. E afirmou.

— Quando a gente gosta doque faz, faz direito. Quando faz emcompanhia de uma pessoa que agente gosta, faz melhor ainda —disse, referindo-se à Juliana, comquem as vezes tem alguns ar-ranca-rabos no trabalho. — Mas agente vai para a casa tranquilas.Deixamos o estresse aqui.

Juliana chegou e ratificou aspalavras da companheira. Depouco falar, foi direto ao ponto.

— A gente não mistura o traba-lho com o nosso relacionamento,que curtimos muito fora dele —afirmou Juliana, que havia termi-nado o Segundo Grau em Recife enão hesitou em acompanhar Que-zia para uma aventura que une oútil ao agradável.

E arrematou:— Estou muito feliz. No traba-

lho e na relação.

AS SERRALHEIRAS DA AREINHA

FOTOS DE LAERTE GOMES

QUEZIA E JULIANA TOCAM A OFICINA COM AMOR AO TRABALHO E À RELAÇÃO

Quezia observa Juliana (na foto acima) dandoretoques numapeça de alumínio.Cuidadosa, Juliana (foto àesquerda) trabalhacom a furadeira numaesquadria de alumínioenquanto Quezia (àdireita) usa a mesmaferramenta paraarrematar uma janela no interior da serralheria

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RIO, 25 DE MARÇO DE 2015

7Pela sujeira acumulada no Areal 1, tão próximo à Barra,fica a pergunta: as autoridades deixarão que atletas edirigentes vejam a sujeira em época das Olimpíadas?

Além do lixo jogado por moradores e não recolhido pelaComlurb, quem passa pela rua é obrigado a conviver comsom alto, ouvindo músicas que nem sempre agradam.

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Estávamos fazendo reporta-gem para o Dia Internacionalda Mulher e fomos paradospor Rodrigo Alves, 31 anos,nascido e criado em Rio dasPedras. Logo, ele nos disse o

motivo da sua abordagem.— O senhor está fazendo foto? É

para o jornal de Rio das Pedras?Então vamos ali para eu mostraruma situação de lixo que é absurda— disse o rubro-negro, que ama acomunidade e tem esperança demudar esse quadro.

Ao chegar à Rua Estrela Dalva, noAreal 1, logo fomos recepcionadospor um dos problemas que mais in-

FOTOS DE FABIO COSTA

RUA XAXÁ É A SÍNTESE DE RP

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Numa caminhada pela En-genheiro Souza Filho como fotógrafo Fábio Costa,uma cena nos chamou aatenção: uma senhora de-positou dois sacos de lixo

na mureta da Engenheiro, bem emfrente à Rua Xaxá. O mais curioso éque os laranjões da Comlurb esta-vam a cerca de 50 metros da se-nhora, que, para tornar a históriaainda mais absurda, foi cami-nhando em direção aos laranjões.Mas isso foi apenas o cartão de vi-sitas que, numa rotina diária, a Rua

Xaxá nos reserva.Logo na entrada, um emara-

nhado de fios, também conhecidocomo estrovenga, projeta um cená-rio assustador. No chão, em frente aobar Rafanete (que foi objeto de re-portagem na segunda edição destejornal), o bueiro entupido anunciavamais uma das suas tragédias. Logoacima, mais praticamente na nossacabeça, a teia da fiação cobria toda arua, tudo isso acompanhado pelosom aos berros de participantes deum culto religioso.

Mas nem tudo está perdido. Umpersonagem emblemático da Xaxáestava lá presente: Antônio Bento,morador da rua há 30 anos, que fazum trabalho voluntário de limpezados bueiros e cuida do lixo. Ele dá odiagnóstico preciso de um dos prin-cipais problemas da Xaxá e de todoRio das Pedras.

— Os caminhões não desento-pem os bueiros por causa dos fiosque não permitem a entrada deles— resume o morador, incansável naluta para manter a rua transitável. —Se eu não limpar, ninguém limpa. Éentulho, é madeira e a água da chuvaenche a rua até quase nossa cintura.

QUASE DOIS ANOS DEPOISO CENÁRIO DA SIMPÁTICARUA É O MESMO: BUEIROS ENTUPIDOS,FIAÇÃO EXPOSTA E — SEMPRE ELE — LIXO

Cena comum nas ruas,becos e vielas de Rio dasPedras: emaranhado defios, como o da Rua Xaxá,impedindo até tráfego de caminhões que fazementregas nas lojas dolugar. Os comerciantestorcem para que a Lightinstale logo osmedidores, para acabarcom os ‘gatos’, comunsno bairro

NO AREAL 1, CRIANÇAS BRINCANDO NO LIXO BANHADO PELO ESGOTO A CÉU ABERTO SÃO CENAS DE UMA PAISAGEM DESOLADORA

comodam os moradores: o som ex-tremamente alto. Ultrapassada abarreira do som, nos deparamoscom outra que parece intransponí-vel, o lixo, personagem fedorentoque frequenta com indesejável assi-duidade quase todas as edições donosso jornal. É impossível não sesensibilizar com um cenário tão de-plorável, marcado por cenas revol-tantes.

Cena 1: crianças brincando emmeio a todo o tipo de lixo, comovidro, lâminas de alumínio, lixo or-gânico em decomposição, o indese-jável chorume, e tudo o que de maisnojento se possa imaginar.

Cena 2:uma senhora deitada numplatô de cimento em frente a umcórrego de esgoto a céu aberto e lixo,como se estivesse refestelada emuma praia paradisíaca.

Ao contrário da senhora que re-latamos acima, Rodrigo fica indig-nado com o local em que mora.

— Tive que colocar cimento nafrente da minha casa senão o lixo iainvadir tudo. Tenho de queimar olixo para que não se forme umamontanha. Estamos abandonados— reclamou.

Mas Rodrigo tem uma parceiranessa luta. É Maria do Carmo, mora-dora de RP há 10 anos, que já conse-guiu a presença do RJTV no local,mas de nada adiantou.

— Já tirei esse lixo três vezes, maso morador queria até me bater. Elesvêm aqui, jogam o lixo e até debo-cham da gente. É rato, é barata, éurubu e tudo que é bicho — desaba-fou dona Maria.

Rodrigo pede a palavra e diz quenão pensa em se mudar de Rio das

Pedras, porque, sendo nascido ecriado na favela, acredita ser possívelmudar o quadro.

— Temos muitos problemas,mas um lixão como esse daí nóspodemos tirar. A prefeitura poderiavir aqui e colocar uma placa deproibição, conscientizar os mora-dores para acabar com essa situa-ção — sugeriu, esperançoso, orapaz, que tem uma filhinha de 4meses.

Se a esperança é a última quemorre, ver e ouvir as crianças sobreseus sonhos aumenta ainda mais osentimento de revolta diante dessequadro, produto do oportunismodos políticos e da omissão das cha-madas autoridades competentes.Isso em pleno século 21, na cidadeque vai sediar os Jogos Olímpicosdo ano que vem.

Rodrigo se diz indignado com a situação nobairro onde mora. Ele também estádecepcionado com os vizinhos, pois ajudam afazer crescer a montanha de lixo do lugar.Isso sem que as autoridades tomemprovidências enérgicas

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RIO, 25 DE MARÇO DE 2015

CHEGA DE ABUSO! Árbitros e organização da Copa do Nordeste não aguentammais a reunião dos times para rezas e preleções dentro docampo, justamente na hora do início dos jogos.

VAMOS TORCER! O time sub-16 de Rio das Pedras está nas semifinais do Campeonato Amador da Capital e vai disputar sábado,no Campo do Pasto, uma vaga na final.

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Grupos C e D (29/03)

Bola de Fogo x CorinthiansChelsea x Siri

Boca Juniors x PrimosBahia x JuventudeBotafogo x SportChaval x Nordeste

Grupo A1) Inter 132) Grêmio 123) Nova Esperança 94) Juventude 75) São Luiz 66) Peñarol 5

Grupo C1) Sport 72) Corinthians 63) Nordeste 54) Siri 4Primos 4

Grupo B1) Bahia 72) Guimarães 4Criciúma 4Real Madrid 4

5) Portuguesa 36) Palmeirinha 1

Grupo D1 Chelsea 72) Chaval 33) Botafogo 2Bola de Fogo 2

5) Boca Juniors 0

Grupo A x Grupo BQUARTA RODADA (22/03)

Portuguesa 2 x 3 São LuizReal Madrid 3 x 1 Juventude

Criciúma 2 x 3 GrêmioGuimarães 1 x 3 Inter

Palmeirinha 0 x 1 Nova EsperançaBahia 1 x 0 Peñarol

Grupo C x Grupo DTERCEIRA RODADA (15/03)

Siri 2 x 3 ChavalCorinthians 2 x 1 BotafogoPortuguesa 1 x 9 Inter (*)Sport 4 x 1 Boca JuniorsNordeste 0 x Bola de Fogo

Primos 1 x 2 Chelsea

(*) Ambos são do Grupo A/B, mas o confronto foi incluído na rodada para formar seis jogos

PRÓXIMOS JOGOS

RESULTADOS

CLASSIFICAÇÃO

FOTO DE MARCOS POWER NET

Não era o Estádio SantiagoBernabéu, Cristiano Ro-naldo, claro, não estava nogramado do Campo doPasto, mas Mireil estava ese transformou no grande

nome da primeira vitória do RealMadrid na Copa do Nordeste: 3 a 1sobre o Juventude, três gols dele,destaque da quarta rodada dosgrupos A e B da competição. Des-taque também para Grêmio, quevenceu (3 a 2) o Criciúma e man-teve 100% de aproveitamento, eInter, pois, com a vitória (3 a 1)sobre o Guimarães, chegou a 13 e éo time com maior número de pon-tos entre todos os participantes,mas com um jogo a mais do que oGrêmio.

MIREIL, O CRISTIANO RONALDO DO REAL DE RIO DAS PEDRAS

ATACANTE FAZ TRÊSGOLS NO JUVENTUDE.INTER E GRÊMIO

CONTINUAM DANDOSHOW NA

COPA DO NORDESTE

Resultado normal no primeirojogo do dia, levando-se em conta acampanha dos adversários: o SãoLuiz derrotou por 3 a 2 a Portu-guesa, que, na rodada anterior, foragoleada por 9 a 1 pelo Inter. A dis-puta foi equilibrada, a Portuguesa

mostrou algum progresso em ter-mos de entrosamento, mas acabouperdendo mais uma vez.

Logo depois, entraram emcampo Real Madrid (usando uni-forme cor-de-rosa) e Juventude,que, a duras penas, havia vencidopor apenas 1 a 0 a Portuguesa, pelaterceira rodada, em jogo em que odomínio foi todo do adversário.Como o Real Madrid tinha apenasum ponto, e o Juventude estavabem à frente, com sete, era justoesperar-se a reabilitação. Nadadisso. O Real tomou conta do jogo,ganhou com sobras e até pênalti oJuventude perdeu (o artilheiro Ca-beça cobrou por sobre o traves-são).

O grande nome do jogo foimesmo Mireil. Ele já havia feito doisgols, levava à loucura a defesa adver-sária, e quando o Juventude pressio-nava em busca do empate, Mireildominou uma bola no meio docampo, deixou três adversários paratrás, chegou à linha de fundo e,quase sem ângulo, com seus compa-nheiros esperando o cruzamento,ele tocou de esquerda para a rede.Golaço e 3 a 1 para o Real Madrid,que agora soma quatro pontos.

O Grêmio passou aperto com oCriciúma, tanto que fez 1 a 0, de-pois 2 a 1 e sofreu novo empate. Apressão do Criciúma era intensa,perigosa, e Willians sofreu pênaltia poucos minutos do fim. Ele

mesmo se encarregou da co-brança, que acabou sendo biso-nha. Ele tentou dar uma cavadinhae a bola bateu no travessão, subiue novamente bateu no travessão,indo para fora. Logo depois o Grê-mio chegou ao terceiro gol. Umcastigo para o bom futebol apre-sentado pelo Criciúma, prejudi-cado pela firula malsucedida deWillians.

Rodada boa também para NovaEsperança e Bahia, que, respectiva-mente, venceram, ambos por 1 a 0,Palmeirinha e Peñarol. Com a vitó-ria, o Nova Esperança chegou anove pontos e à terceira colocaçãodo Grupo A, superando o Juven-tude, que parou nos sete. Melhorainda para o Bahia, que passou a li-derar o Grupo B, com sete pontosganhos.

Mais uma vez os jogadores tive-ram atendimento médico reali-zado pela enfermeira Renata. E elatrabalhou demais, consequênciadas muitas jogadas ríspidas (feliz-mente, nenhuma maldosa), por-que os jogos foram muitodisputados (confira os resultadosna página), com marcadores aper-tados. Mas Renata tirou de letra,como se diz na gíria, todos os aten-dimentos dos jogadores. Mesmo osque receberam pancadas mais vio-lentas continuaram no jogo, porcausa do bom trabalho realizadopor Renata.

Num dos bons jogos da rodada de domingo (22/03), um jogador do Guimarães de uniforme branco, tenta levar a melhor sobre um adversário do Inter