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RIO DAS PEDRAS MOSTRA SUA CARA www.avozderiodaspedras.com.br Jornal on-line: http://issuu.com/avozderiodaspedras ANO III - N 0 52 - RIO DE JANEIRO, 10 DE SETEMBRO DE 2015 ESTA EDIÇÃ0: 20 MIL EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA INFORMAÇÃO E CIDADANIA PÁGINAS 3, 4 e 5 PÁGINA 6 A divulgação do Censo dos Moradores de Rio das Pedras matou a cobra, ao revelar a realidade da comunidade em números mostrados, em parte, na edição anterior, na reportagem de capa com a manchete “O Raio X da favela”. Parceiro do Núcleo de Pesquisas e Cidadania, que realizou o trabalho, ouvindo 23.223 moradores, este jornal foi às ruas da Barra da Tijuca, onde o censo provou que se concentra a maior parte da mão de obra que a nossa gente fornece para condomínios, o comércio e as construções do bairro, e agora mostra o pau. Em três páginas, ouvidas 16 pessoas, a nossa pesquisa confirma os números do censo, com um detalhe: dá nome, idade, profissão e mostra a cara dos entrevistados, a cara de Rio das Pedras. No IV Festival de Novos Talentos, no Caic, o de sempre: excelentes candidatos. Lucas Melo ganhou na música; na dança, o casal Renan Feu/Priscila Borges (foto) foi o vencedor. E MAIS... FOTOS DE FÁBIO COSTA PÁGINA 8 GALÁCTICOS DÁ MAIS UM SHOW DE ÓTIMO FUTEBOL Com um time consistente, em que o conjunto é o destaque, o Galácticos goleou por 7 a 1 o Samuel, é o único com 100% de aproveitamento no Campeonato de Rio das Pedras, e lidera o Grupo B com 12 pontos ganhos. No Grupo A, o Primos está em primeiro, com 10 pontos. À esquerda, Fredson (encoberto pelo 3, também do Grêmio) faz um dos seus gols na derrota por 3 a 2 para o Corinthians; à direita, Geovani, do Chelsea, vibra com seu gol no empate em 2 a 2 com o Nova Esperança FOTO DIVULGAÇÃO PÁGINA 7 Leandro Ice vai expor pela segunda vez em Nova York, mas apenas sua arte viajará. Ele promete exposição só com telas, formato que ainda resolverá. FOTO GUILHERME SILVA O RAIO X DA FAVELA - 2

A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 52

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Page 1: A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 52

RIO DAS PEDRAS MOSTRA SUA CARA

www.avozder iodaspedras .com.br Jornal on-line: http://issuu.com/avozderiodaspedras

ANO III - N0 52 - RIO DE JANEIRO, 10 DE SETEMBRO DE 2015ESTA EDIÇÃ0: 20 MIL EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITAI N F O R M A Ç Ã O E C I D A D A N I A

PÁGINAS 3, 4 e 5

PÁGINA 6

A divulgação do Censo dos Moradores de Riodas Pedras matou a cobra, ao revelar arealidade da comunidade em númerosmostrados, em parte, na edição anterior, nareportagem de capa com a manchete “O RaioX da favela”. Parceiro do Núcleo de Pesquisase Cidadania, que realizou o trabalho, ouvindo23.223 moradores, este jornal foi às ruas daBarra da Tijuca, onde o censo provou que seconcentra a maior parte da mão de obra quea nossa gente fornece para condomínios, ocomércio e as construções do bairro, e agoramostra o pau. Em três páginas, ouvidas 16pessoas, a nossa pesquisa confirma osnúmeros do censo, com um detalhe: dá nome,idade, profissão e mostra a cara dosentrevistados, a cara de Rio das Pedras.

No IV Festival de NovosTalentos, no Caic,o de sempre:excelentescandidatos. LucasMelo ganhou namúsica; na dança,o casal RenanFeu/PriscilaBorges (foto) foi o vencedor.

E M A IS . . .FOTOS DE FÁBIO COSTA

PÁGINA 8

GALÁCTICOS DÁ MAIS UMSHOW DE ÓTIMO FUTEBOLCom um time consistente, em que oconjunto é o destaque, o Galácticosgoleou por 7 a 1 o Samuel, é o únicocom 100% de aproveitamento noCampeonato de Rio das Pedras, elidera o Grupo B com 12 pontosganhos. No Grupo A, o Primos estáem primeiro, com 10 pontos.

À esquerda,Fredson (encobertopelo 3, também doGrêmio) faz um dosseus gols naderrota por 3 a 2para o Corinthians;à direita, Geovani,do Chelsea, vibracom seu gol noempate em 2 a 2com o NovaEsperança

FOTO DIVULGAÇÃO

PÁGINA 7

Leandro Ice vai expor pela segunda vez em NovaYork, mas apenas sua arte viajará. Ele prometeexposição só com telas, formato que ainda resolverá.

FOTO GUILHERME SILVA

O R A I O X D A F A V E L A - 2

Page 2: A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 52

RIO, 10 DE SETEMBRO DE 2015

2Vocês têm informação sobre a iluminação pública?Agora, que a Light faz a nova rede, as ruas e becos estãoàs escuras. Minha rua está um breu total”

A RioLuz está modernizando a iluminação pública de Riodas Pedras, instalando novas redes de eletrificação,além de aproximadamente 745 pontos de luz"

A VOZ DO LEITORRioLuz responde àscríticas à falta deiluminação pública

Viver em sociedade não étarefa fácil. Quanto mais ascidades aumentam, aspessoas moram mais pró-ximas uma das outras e aconvivência nem sempre épacífica. Um dos proble-

mas mais comuns atualmente é osom excessivo. Logicamente, a evo-lução tecnológica nos proporcionadiversos equipamentos que causambarulho: a televisão, o som, os apa-relhos celulares, os instrumentosmusicais. Propagandas são veicula-das por alto-falantes em carros, ossons dos veículos são cada vez maispotentes. É óbvio que não podemosexigir que nossos vizinhos fiquemem silêncio absoluto. O Direito brasileiro estabelece

princípios que devem ser observa-dos nas nossas relações de vizi-nhança, entre eles, sossego etolerância. Isso significa que a leiexige que cada vizinho deve zelarpelo sossego do outro e ser tolerante

com os pequenos incômodos que,certamente, mesmo involuntaria-mente, causamos aos nossos vizi-nhos.No Rio de Janeiro existe uma lei

antiga, mas que ainda não foi revo-gada na sua totalidade, denominadade Lei do Silêncio. Ela lista os baru-lhos que são totalmente proibidos eestabelece limites para outros. Ossons são medidos por quantidade dedecibéis, sendo que tal medição éfeita por aparelhos específicos, acargo da prefeitura. A lei estabelecelimites de decibéis para cada situa-ção, vedando que haja nível sonoro

externo superior a 85 decibéis pro-venientes das casas, apartamentos,decorrentes de aparelhos de sons,televisores, gravadores e, inclusive,da própria voz. Mesmo que o limite esteja infe-

rior a 85 decibéis, quando os sonsproduzidos em edifícios de aparta-mentos, vila e conjuntos residenciaisou comerciais, em geral por animais,instrumentos musicais, aparelhosde rádio ou televisão ou reproduto-res de sons, tais como vitrolas, gra-vadores e similares, ou ainda de vivavoz, causem incômodos à vizi-nhança, provocando o desassos-

sego, a intranqüilidade ou descon-forto, tal situação pode ser subme-tida às sanções da referidalegislação.Ao contrário do que se pensa, tal

vedação não existe apenas para ohorário noturno, mas sim para qual-quer hora do dia. Independente-mente da quantidade de decibéis,são terminantemente proibidos ossons provenientes de propagandaem local público, com alto-falantesou carros de som ou produzidos poranimais que causem intranquili-dade aos moradores ao redor. Há vá-rias sanções que podem ser

aplicadas pela prefeitura, tais comomulta que variam de R$ 680,16 atéR$ 6.801,60, além da possibilidadede a autoridade interditar o local,apreender o objeto do barulho e, emalguns casos, a conduta pode seconfigurar uma infração penal.O artigo 42 da Lei de Contraven-

ções Penais estabelece: “Perturbaralguém, o trabalho ou o sossegoalheios com: gritaria ou algazarra;exercendo profissão incômoda ouinstrumentos sonoros ou sinaisacústicos; provocando ou não pro-curando impedir barulho produzidopor animal de que tem a guarda”. Apena para o infrator é de um ano deprisão. Qualquer pessoa pode recla-mar na prefeitura para situações rei-teradas, tais como bailes e festas, afim de que haja a medição dos deci-béis, mas, também, reclamar na de-legacia. Situações reiteradas podemser levadas ao Ministério Público.

(*) Cristina Gomes Campos de Seta é juíza da 5a Vara Cível do Méier

� Cartas para a redação de A VOZ DE RIO DAS PEDRAS, a/c do Núcleo de Cidadania, Rua Nova n0 105, loja 2. e -mails para [email protected]

CRISTINA GOMES CAMPOS DE SETA (*)

A VOZ DO DIREITO

O BARULHO E A VIZINHANÇA

ruas? O índice de roubos em casasmultifamiliares está aumentando.Alguns veículos estão sendodanificados e motos, sendoroubadas. Vamos cobrar da Lightpara que acione logo a RioLuz,urgentemente. O asfalto da RuaNova está um caos. Por que vejo ocaminhão de piche fazendotrabalho particular em vez deresolver os problemas de quempaga impostos, principalmente osmotoristas? Seu veículo quebrou?Graças a você, por não reclamar!Está acontecendo muito acidentedentro de Rio das Pedras. Isso temque acabar. Rio das Pedras temnome somativo porque somosunidos, somos uma comunidade!"Polyanna Araújo tambémreclama: "Na Rua Margarida,depois que os vizinhos fecham asportas, a rua fica totalmente àsescuras. Olha que a cobrança jáestá vindo na conta de luz. Há taxade iluminação pública, só queenergia elétrica não tem." MárciaPimenta alerta: "A Via Light estáàs escuras, um breu. Próximo aoEstação Azul está tudo escuro, nãotem como andar por ali, tem tidoassalto e tudo o mais. Cuidado,mulheres de Rio das Pedras!"Sérgio Menezes convoca acomunidade: "A solução é todomundo se unir e fazermanifestação. Infelizmente é sóassim que as autoridades nosouvem." Quitéria Bezerralamenta: "A Areinha toda estátriste, tudo escuro, um perigo."Francinede Gomes informa:

A indignação com a iluminaçãopública em Rio das Pedras foidestaque nas mensagens destaquinzena. A Light informou queiluminação pública é problema daRioLuz, que, por sua vez,questionada por este jornal,respondeu as críticas dos leitores(aqui reproduzidas) em e-mail quepublicamos abaixo como Nota daRedação. Eis as manifestações dosleitores: Simone Peres Alvesperguntou: “Vocês têm algumainformação sobre a instalação dailuminação pública em RP? Agora,que a Light tem feito a nova rede, asruas e becos estão às escuras. Minharua está um breu total. Já fiz asolicitação no site da prefeitura masnão sei se atenderão. Tentei há unsdois anos e não vieram. Moro naRua Pereira, que fica em frente aoVarejão Hortifrutti da Rua Nova.Linquei vários vizinhos para ver setambém solicitam. Fiz minhasolicitação no 1746 e, segundo eles"a solicitação foi executada comsucesso", só não sei onde, pois aquitudo permanece na maiorescuridão. Meu marido fez umasolicitação e responderam que opedido não pode ser feito pelainternet, sendo necessário irpessoalmente com RG e CPF aBotafogo, na sede da RioLuz, epreencher uma solicitaçãoconforme imagem abaixo. Acheique viriam, mas depois dessaresposta de serviço executado fiqueidesanimada." Mônica Fernandesprotesta: "Eu gostaria de falar aquisobre a iluminação de rua em Riodas Pedras. A minha rua está todaescura. Está muito perigoso. Não dánem para sair mais de casa à noite.Tenho medo de sair, deixar a casa sóe os ladrões a assaltarem. Tambémquero reclamar da conta de luz. ALight está cobrando taxa deiluminação pública, mas comoestão cobrando se não colocaramnem as lâmpadas? Isso é umabsurdo! Estamos à mercê dosbandidos, e, mesmo sem luz nospostes, nos cobram na conta de luz.Isso é descaso!" AguinaldoRodriguespostou um comentárioque gerou outros: "Boa-tarde atodos os moradores do Rio dasPedras. A comunidade está àsescuras. Cadê a iluminação das

"No Pinheiro está tudo escuro."Felipe Farias continua: "Estámuito escuro na Rua Pereira!"Crystiana Moura comunica: "ARua dos Limões precisa deiluminação." Rafaela Barrosavisa:"A Rua Velha, em frente àcreche nova, está sem luz."Marlene Santos completa:" NaRua das Camélias, no Areal, tododia tem um prédio que deixatransbordar a caixa d'água. Alémdo desperdício, a rua fica um nojode lama e tudo isso no escuro!Imaginem a situação!" MarcinhoFlorêncio Santos completa: “Riodas Pedras está virando umabagunça!”

� Nota da redação:Nossojornal encaminhou todas estasmensagens à Assessoria deImprensa da RioLuz,responsável pela iluminaçãopública na cidade, aos cuidadosdo assessor Luiz Henrique Dias.Foi a seguinte a resposta daempresa: “A Rioluz estáexecutando obras demodernização e implantação deiluminação pública na região deRio das Pedras. Novas redes deeletrificação estão sendoinstaladas, além deaproximadamente 745 pontos deluz, que atenderão todacomunidade do Rio das Pedras.”Fica o registro. Vamos esperar evamos cobrar.

Curso teológico na Rua XaxáReverendo Dutra entrou em

contato com o jornal: "Estamosoferecendo um curso teológico naRua Xaxá, na Assembleia de Deus(pastor Aldano e missionáriaIrani). Atendemos também comcurso supletivo, Primeiro eSegundo graus, em convênio comescola autorizada. Gostaria desaber da possibilidade de inserir,no próximo jornal, anúncio doscursos. Também estou para fazer,em outubro ou novembro, olançamento do Livro "O Nome daOrdem - Melquisedeque, o 'Sem'Pós-Diluviano", com um pequenocoquetel, em Rio das Pedras.Gostaria de convidar a equipe dojornal e divulgar o evento. Possoenviar alguma matéria ou artigopara esse conceituado veículo?”

Capacitação de cuidadoresSonaira Moura, enfermeira e

moradora de Rio das Pedras,anuncia cursos na área de saúde:“Gostaria muito de divulgar meuprojeto, que é de capacitar etreinar cuidadores de idosos eprofissionais da saúde. Oinvestimento para o curso decuidador de idosos é de cem reais.Mais informações pelos telefones(21) 98228-5094/97313-7916/96762-9640/3096-9088, peloe-mail [email protected] pelo facebook soscuidarmaisou na rua Nova 16, em cima do Bardo Zé."

PUC pesquisa nosso jornalAnna Luiza Lira escreveu:

“Oi! Tudo bom? Meu nome é Anna

Luiza, eu sou estudante da PUC-Rio e estou fazendo um trabalhosobre meios de comunicaçãolocais, que são produzidos para opúblico local. Estou pesquisandosobre como surgiu, quem escreve,a história etc... Queria saber sevocês podem me conceder umaentrevista. Já morei em Rio dasPedras e sempre achei o jornalmuito interessante! Muitoobrigada!”

� Nota da redação: Jáagendamos com a Anna Lirauma entrevista na nossa redação,com toda a equipe do jornal.

Parceiro esclarece incêndioRobson de Souza, parceiro

frequente do nosso jornal, noscomunicou que o incêndio emuma quitinete na Rua dasHortências, na tarde de sexta-feira, dia 28, assustava moradoresda localidade do Areal 1 e que oCorpo de Bombeiros havia sidochamado. Felizmente só houveperda material, ninguém se feriu.

Alguém conhece Anadia?Francisco Vianapergunta se

alguém sabe de notícias sobe umamulher piauiense chamadaAnadia O. de S. Holanda, quemora no conjunto habitacionalJacinta Andrade, em Teresina. Elaé morena-jambo, tem 35 anos e foimorar na casa de uma amiga emmaio de 2014. Desde então nãome ligou, preciso saber se essamulher ainda existe. Se alguémsouber de notícias dela, favorentrar em contato comigo pelotelefone (86) 99516-2271.

Solicitação de emprego Bia Pierre escreveu: "Se

souberem de alguma vaga deemprego masculino, aqui em Riodas Pedras, agradeceria se meinformassem. Abraços, fiquemcom Deus."

Curtam a página da comissãoNúbia Correiamanda um

recado a todos: "Galerinha linda,curta a página da Comissão deMeio Ambiente de Jacarepaguá.Vamos nos unir em prol do nossobairro. Denúncias e todos os tiposde demandas relativas ao meioambiente podem ser feitas atravésda nossa página. Contamos comvocês nohttps://www.facebook.com/so

sjacarepagua?fref=ts"

EXPEDIENTE

www.avozderiodaspedras.com.br

PUBLICAÇÃO QUIZENAL Tiragem: 20 mil exemplares - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Impresso na Gráfica e Editora Jornal do Commercio

Uma publicação da Livraria e Editora Citibooks Ltda.CNPJ: 05.236.806/0001-5

Rua Jardim Botânico 710, CEP 22.460-000 para a Associação Comercial do Rio das Pedras (em organização). Rua Nova 105 – Loja, Rio das Pedras - Tel.: 41088 439

EDITOR-CHEFE

Aziz Ahmed(Reg. 10.863 - MTPS)[email protected]

EDITOR EXECUTIVO

Laerte Gomes [email protected]

CONSULTORES

Cláudia Franco CorrêaIrineu Soares

Maria Etatiane Costa Barroso Juliana Barcellos da Cunha e

TRATAMENTO DE IMAGENS

Eduardo [email protected]

ANALISTA DE MÍDIA E WEBMASTER

Claudia [email protected]

REPORTAGEM

Ricardo de [email protected] [email protected]

Fábio Costafabiocostafotografias@gmail.comwww.avozderiodaspedras.com.br

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REPORTAGEM

Ricardo de [email protected] [email protected]

FOTOGRAFIA

Fábio [email protected]

O jornalista José Amarílio Jr, porta-voz do grupo deícones do teatro que realiza trabalho voluntário paraa revitalização do Theatro Floresta, envioumensagem agradecendo ao nosso diretor-editor,Aziz Ahmed, e à equipe de A Voz de Rio das Pedraspela reportagem “Um palco para a comunidade”,publicada na edição n050 deste jornal, sobre ainiciativa do grupo de convocar artistas dacomunidade para testes. E escreveu: “Venho aqui

reforçar o convite! Amigos, colegas de trabalho,alunos e colaboradores, este convite é para vocês.Entrem em contato via o [email protected], ou por nossapágina, e venham fazer parte dessa turma. Vamosformar um grupo de estudos para realizar peças,curtas-metragens, documentários e ativar nossosarau e cineclube de 15 em 15 dias. Venhamparticipar!”

PALCO ABERTO À COMUNIDADE

Page 3: A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 52

RIO, 10 DE SETEMBRO DE 2015

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ESPAÇO RESERVADO PARA OS COLABORADORES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE RIO DAS PEDRAS

Contato: [email protected]

https://www.facebook.com/ASCORPE

[email protected] CENSO DOS MORADORES MATA A COBRAE A NOSSA REPORTAGEM MOSTRA O PAU

"Pergunte no Posto Ipiranga!" No da Érico Veríssimo, em frenteao Mundial, os frentistas confirmam o que revelou o censo: amaioria da mão de obra de lá é de gente de Rio das Pedras.

Desafiando a crise, Gil Cabeleireiro abriu um salão há cincomeses na Rua Areinha, ao lado da lan house do Marquinhos,porque não acredita no azar e aposta na comunidade.

ONúcleo de Pesquisas e Cidada-nia de Rio das Pedras matou acobra e este jornal está mos-trando o pau e... a cara. Com ocalhamaço contendo os núme-ros do Censo dos Moradores,cuja primeira parte divulgamos

na edição anterior com a manchete “ORaio X da favela”, saímos para conferir al-gumas das questões pesquisadas e nãodeu outra: a equipe da pesquisadoraCláudia Franco — que durante 20 mesespercorreu ruas e becos de Rio das Pedrascom um questionário respondido por23.223 moradores — matou a cobra ao re-velar, por exemplo, que 34% dos morado-res são flamenguistas, dando um banhonos torcedores dos demais clubes: 19%são vascaínos, 18% torcem pelo Flumi-nense, 15% não têm time, 13% são bota-foguenses e 1% se divide na torcida poroutros clubes. Nossa reportagem mostrao pau.Ouviu 16 moradores de diferentes pro-

fissões, que trabalham na Barra da Tijuca,onde se concentra o maior percentual damão de obra local (59%), como revela grá-fico publicado nestas páginas. E mostra opau e... a cara dos moradores: nove sãoflamenguistas, dois vascaínos, um tricolor,um corintiano e outros que não torcempor clube algum. Confere com os núme-ros do censo.Goleada mesmo reflete o placar do nú-

mero de católicos. Enquanto no censoaparece o grupo cristão católico de Riodas Pedras com 42% dos moradores, ante26% de evangélicos, 10% de espíritas e22% dos que não têm religião, dos 16 ou-vidos pela nossa reportagem 13 disseramser católicos e dois evangélicos. Tais resul-tados foram muito comemorados pelaParóquia de São João Batista, da nossa co-munidade, como mostra a entrevista dopároco Marcos Vinicio, também publi-cada nas páginas seguintes.Como manda a propaganda “Pergunte

no Posto Ipiranga”, nossa primeira paradafoi no Posto Nova Imperion, na Érico Ve-ríssimo, em frente ao SupermercadoMundial. Alí, a mão de obra é quase todade Rio das Pedras. O primeiro a nos aten-der foi o frentista lubrificador Luiz PauloAragão, o Paulinho, de 30 anos. Esse ca-rioca de Rio das Pedras já morou em vá-rios cantos da comunidade, na qual a mãedele, Eunice, decidiu se estabelecer com afamília, há 50 anos. Hoje, mora numa qui-tinete própria na Rua do Canal, na Arei-

RIO DAS PEDRAS MOSTRA A SUA CARAnha, com mulher e filho, paga conta de luze todas as obrigações legais. Às vezes vaide moto para o trabalho e padece com arotina de levar constantemente o filho aomédico, porque é portador de necessida-des especiais.— Os cuidados com meu filho tomam

o resto do meu tempo — disse, resignado.Colega dele, Rosenildo Ferreira, o Níl-

ton, paraibano de 44 anos, católico e tam-bém flamenguista, mora numa quitinetena Areinha com a mulher e dois filhos epaga R$ 700 de aluguel. Mas está satisfeito.— Há cinco anos moro lá e gosto

muito da tranquilidade. A gente não ouveum tiro lá — afirmou o frentista.Já a paraibana Daiane da Silva Oliveira,

de 19 anos, cristã evangélica, mora hápouco tempo na Areinha, na Rua Tama-rindo, com três amigas, com as quais di-vide os R$ 700 do aluguel de umapartamento de sala, dois quartos, ba-nheiro e cozinha. Como o colega Nílton ea maioria dos trabalhadores ouvidos,Daiane utiliza o ônibus como meio detransporte para o trabalho.No embalo, saímos do Posto Ipiranga

e fomos à Olegário Maciel, no RestauranteSol Mar. E nos esperavam duas figurasemblemáticas da comunidade e parceirosdeste jornal: Valdemir Rodrigues, o Índio,de 31 anos, há cinco residente na Enge-nheiro Souza Filho, e Renato Viana daSilva, de 25 anos, há sete morador doAreal. Em comum, além de garçons, sãocearenses, adoram morar em Rio das Pe-dras e gostam muito do nosso jornal, querecebem regularmente, levado pelo com-panheiro Laerte Gomes, que adora beberuma gelada servida por um dos dois nofim do expediente.— Você é que faz o lugar onde mora.

Não tem lugar ruim — disse Índio, que éevangélico, torcedor do Fluminense, morana Engenheiro com mulher e a enteadanuma casa de quatro cômodos, pela qualpaga R$ 500 de aluguel.Já Renato não torce por clube do Rio.

É corintiano, católico, mora com a esposahá sete anos numa quitinete no Areal epaga R$ 500 de aluguel.Esticamos até a quadra na praia, ainda

na Érico Veríssimo. Na Drogaria Venâncio,a balconista Jacinta Oliveira, de 27 anos,nos atendeu rapidamente, pedindo paranão ser fotografada. Paraibana, moradoracom o marido há cinco anos em casa pró-pria no Pinheiro, como 76% dos morado-res gostaria de ter a moradia regularizada,com título de propriedade. Para encurtara conversa, Jacinta não hesitou em en-grossar o itens campeões:— Sou católica e torço pelo Flamengo.

GIL, UM CABELEIREIRO QUE INVESTE NA COMUNIDADE

Apesar da crise que se abate sobre opaís, que atinge os negócios dacomunidade em cheio, o mineiroSantos Soares Gil, de 54 anos,resolveu dividir o trabalho no

Salão Santos, na Olegário Maciel, com umempreendimento na Areinha. Ao lado dalan house do Marquinhos (Avenida Areinha475), montou há cinco meses o salão GilCabeleireiro, motivado pela fé que tem naforça econômica de Rio das Pedras.Flamenguista e católico, trabalha demanhã no salão da Barra; à noite, em Riodas Pedras, bairro no qual vai continuarsua luta contra a maré:

— Tinha salão na Tijuquinha, com duasmanicures e trouxe ambas para cá. Mascomo no início não tinha muitomovimento, elas não tiveram paciência eforam embora. Perdi clientela. Vendi meucarro para zerar as dívidas, coloquei doisbarbeiros para tocar o salão e venho aqui

todas as noites. Estou acreditando nonegócio.

No salão da Barra, no momento emque fomos falar com Gil, lá estavamtrabalhando três outros moradores de Riodas Pedras. O barbeiro Leonardo, o Leo; amanicure Cândida Gonçalves Ferreira, de54 anos; e a filha dela, Cláudia, de 32,auxiliar de cabaleireiro. Mãe e filha sãoparaibanas, católicas, mas não praticantes.

Dona Cândida mora no Pinheiro, em casaprópria, e é torcedora do Flamengo. Já afilha mora com o irmão mais velho numimóvel alugado em frente ao Castelo dasPedras e não torce por clube algum.

Moradora desde 1993 na comunidade,a manicure não tem do que reclamar:

— Moro com duas filhas e uma neta.Estão colocando energia no nosso bairro eisso é muito bom.

Gil (à esquerda), a manicure Cândida coma filha Cláudia, auxiliar de cabeleireiro

FOTOS DE CLAUDIA GONZAGA

PAULINHO DAIANE NILTON

RENATO ÍNDIO

� LEIA NAS PÁGINAS SEGUINTES: DIAGNÓSTICO DO RAIO X DA FAVELA REVELA HISTÓRIAS DE SUPERAÇÃO

Page 4: A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 52

4RIO, 10 DE SETEMBRO DE 2015RIO, 10 DE SETEMBRO DE 2015

5Rio das Pedras é bom de se morar. Tem escola, segurança,comércio ativo e bem diversificado. Tem quase tudo, mascarece de espaço para as crianças brincarem”

Vendo a dez reais comida boa, bem temperada, e aindadou um copo de refrigerante. Vendo para peão de obra,gente que chega com a roupa suja e mãos calejadas”

Com investimentos de R$ 90 milhões, a Light, além derealizar e apoiar ações educativas, executa, desde 2014, oprojeto para acabar com as ligações clandestinas”

O apoio do cardeal Dom Orani muito tem incentivado otrabalho pastoral na nossa paróquia e em todo o Rio deJaneiro. É o pastor que vai ao encontro do seu rebanho”

[email protected]

ESPAÇO RESERVADO PARA OS COLABORADORES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE RIO DAS PEDRAS https://www.facebook.com/ASCORPE ESPAÇO RESERVADO PARA OS COLABORADORES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE RIO DAS PEDRAS https://www.facebook.com/ASCORPE

DIAGNÓSTICO DO RAIO X DA FAVELA REVELA HISTÓRIAS DE SUPERAÇÃOLIGHT SE LIGA NA PESQUISA E DIZ ESTAR ELETROCUTANDO OS ‘GATOS’

Já não é mais a mesma, segundorecohece a própria Light, a situaçãodos desvios de energia — ospopulares “gatos” — constatados noCenso dos Moradoes de Rio das

Pedras. Realizada pela equipe dapesquisadora Cláudia Franco, 65% dosmoradores admitiram não pagar contasde luz, percentual que, de acordo com aconcessionária, chegava a 83,4% naregião do Areal, onde já foi reduzido para14,8% depois que a empresa se ligou noproblema e resolveu eletrocutar os“intrusos”. Durante os 20 meses em quese realizou a pesquisa, dos 23.223moradores ouvidos, 14.992 responderamque não pagam energia, enquanto 8.181(35%) afirmaram que pagam, situaçãoque está sendo revertida graças às obrasque a Light vem realizando na nossacomunidade, previstas para terminar atéo fim deste ano.

Ouvida pelo nossso jornal sobre oresultado desse item da pesquisa, a Lightafirmou que tem contribuído para aformalização do bairro de Rio das Pedrase vem trabalhando para melhorar aqualidade e a confiabilidade dofornecimento de energia para a região.

— A empresa, além de realizar eapoiar ações educativas, executa o projetoLight Legal, iniciado em 2014 nas regiõesde Areal e Areinha, e que está em suaterceira etapa, na Rua Nova. Cominvestimentos de R$ 90 milhões, o projetotem como objetivo principal regularizartodo o fornecimento de energia para acomunidade. Até o momento, em toda aação em Rio das Pedras, a companhia deenergia instalou e/ou substituiu 415transformadores, 1.710 postes e 38quilômetros de rede — informou aempresa, assegurando estar atendendoantigo pleito da comunidade, manifestadoreiteradamente em reportagens destejornal.

A concessionária garantiu que otrabalho que vem realizando traz grandesbenefícios à comunidade.

— Nossas ações visam a levar maiorqualidade ao fornecimento de energia, areduzir as interrupções e a evitartranstornos aos clientes, como queimasde aparelhos. Além disso, diminui apoluição visual e garante mais segurança,com a redução do risco de incêndiosprovenientes das ligações clandestinas —explicou.

Pároco de Rio das Pedras, padreMarcos Vinício disse ao nosso jornalter recebido com alegria o resul-tado do censo, que revelou que agrande maioria dos moradores(42%) da comunidade se dissecatólica, ante 26% de evangé-licos, 10% de espíritas e 22%que não professam religiãoalguma. Para fazer uma refle-xão e análise desses números,ele nos concedeu a seguinteentrevista:

PADRE MARCOS — Penso que o resultadoaponta, além dos aspectos culturais e religiosos dopovo nordestino, na direção de uma nova pers-pectiva para a Igreja Católica, que é justamente ade ir ao encontro do rebanho, e, como diz o PapaFrancisco, sentir o cheiro das ovelhas. Quer dizer,uma igreja missionária e comprometida comaqueles que são os prediletos do Pai, os pobres esofredores de nossa sociedade atual. Partindodessa perspectiva de uma igreja missionária é queo resultado da pesquisa aponta para o esforço deevangelizarmos onde quer que seja, e, sem dúvida

nenhuma, em comunhão com o projeto missio-nário de nossa Arquidiocese do Rio de Janeiro,através do nosso pastor Dom Orani, que muitotem estimulado e fortalecido essa missão aqui emRio das Pedras e em nossa Igreja particular do Rio

de Janeiro.

— Sem dúvida ne-nhuma. O apoio donosso cardeal DomOrani Tempesta muitotem incentivado o traba-lho pastoral, tanto emnossa paróquia quanto em

todo o Rio de Janeiro. É opastor que vai ao encontro do

seu rebanho. Com seu testemu-nho e amizade, tem contribuído

para que o Reino de Deus aconteça emnosso meio.

— A Jornada Mundial da Juventude foi com cer-teza um evento que reacendeu em muitos católi-cos aquela chama adormecida. O entusiasmo, ocarinho e o carisma do Papa Francisco muito con-tribuíram para a volta de muitos católicos parauma participação efetiva na vida da Igreja. O le-gado da Jornada Mundial da Juventude para o Rio

de Janeiro foi de uma igreja viva e dinâmica.

— Como já mencionei, a questão da religiosidadedo povo nordestino é grande, e também suas de-voções. O que estamos fazendo pastoralmente éjustamente resgatar a devoção desse povo tão so-frido, e também anunciar um Deus que vai ao en-contro dos anseios de todos nós. Criar a certeza deque somos uma Igreja viva, e com convicções pro-fundas daquilo que professamos e acreditamos,ou seja, uma fé autêntica e verdadeira.

— Em relação ao grande número dos sem religião,isso poderíamos dizer trata-se de um fenômenonão somente presente em Rio das Pedras, masnum contexto do mundo moderno. Quer dizer,aqueles que até acreditam, mas não têm um vín-culo institucional com uma religião específica. Daíé que, enquanto Igreja, queremos levar a essasovelhas um Jesus que os acolhe, respeita e se fazsolidário a todo momento de suas vidas. Um Deusdo diálogo, que escuta e aponta para o caminhodo bem, da justiça e da solidariedade. Para isso, es-tamos promovendo a Missão Popular na Arqui-diocese do Rio de Janeiro, como tambémmomentos de diálogo e presença na sociedadecivil, a partir de um testemunho de ser Igreja. Tam-bém não poderíamos deixar de lado a formaçãopermanente dos católicos, que está atenta às mu-danças de cada sociedade.

Procurar moradoresde Rio das Pedrasque trabalham nocomércio, nasconstruções e noscondomínios daBarra da Tijuca foi

fácil para a nossareportagem. Tem tudo a vercom o resultado de um dositens do censo realizado pelaequipe da advogada epesquisadora CláudiaFranco, que durante 20meses entrevistou 23.223moradores para revelar oRaio X de Rio das Pedras.Quando entrevistados sobreo local em que trabalham,13.576 (56%) responderamRio das Pedras, Barra eJacarepaguá, ante 5.745(25%) no Centro e na ZonaSul, 3.681 (16%) nãotrabalham ou nãoresponderam, 101 em váriosbairros, 61 no Recreio e naZona Oeste, 56 na Zona Nortee três em outro município. Como divulgamos na ediçãoanterior, os númerosrevelados pela pesquisaestimularam o subprefeito daBarra da Tijuca eJacarepaguá, Alex Costa, aafirmar que eles abremcaminho para a prefeituraprocessar a regularizaçãofundiária da comunidadepara transformá-la em bairro,desejo manifestado por 86%dos moradores. Nestasegunda reportagem, a Lightfala das providências deeliminar as ligaçõesclandestinas, admitidas por65% dos moradores, e algunsmoradores mostram a cararespondendo ao vivo e emcores alguns itens contidosno censo.

MÃO DE OBRA DECONDOMÍNIO É FORNECIDAPOR NOSSA GENTE

Francisco Ferreira da Silva, o Chico, de 32 anos, éauxiliar de serviços gerais; Severino França daSilva, de 34, é faxineiro; Andrea Rita Martins daSilva, de 42, empregada doméstica; e o maridodela, Minervino Mendes Silva, o Mineiro, de 49,

desempregado, faz biscate como pedreiro, pintor equebra-galho na mesma casa em que a esposatrabalha. Os quatro, mais seis empregadas, trabalhamno Vivendas da Barra, um condomínio de 100 casas naAvenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca. O que eles têmem comum além de trabalhar no mesmo endereço,morar em Rio das Pedras, ir de ônibus da linha 878(Tanque-Barra da Tijuca) ao batente e cultivar umasadia amizade?

Morador da Rua Nova há cinco anos, com a mulher edois filhos, num imóvel alugado por R$ 600, o paraibanoChico é católico, conhece bem o nosso jornal e gosta doincentivo que dá, mostrando os lados bons e ruins dacomunidade. Ele tem uma reclamação:

— A comunidade precisa muito de uma praçadecente para as crianças brincarem soltas, com alegria esegurança. O jornal já cobrou isso, mas até agora nada.

O também paraibano Severino, que há 13 anos morana Rua Nova, numa casa própria, com a esposa e filho, ecomeçou a pagar conta de luz, é católico, como o colegaChico, mas tem com ele uma diferença radical: torce peloVasco. Quando os dois times jogam, Chico aposta com ummorador do condomínio, o corretor de imóveis GetúlioCarvalho Ferreira, mas tem pago umas caixas de cervejaao vascaíno.

— Um dia a sorte muda e vou à forra. Por enquanto oFlamengo é freguês — disse Chico, resignado, depois deperder três caixas para o morador.

Mas Getulio é generoso. Nos fins de semana, reúne ajagunçada na varanda da sua casa, queima uma carne ebememora com os empregados, numa rotina que já setornou tradicional. Já o vascaíno Severino até tenta atrairum vizinho de Getúlio, George Helal Filho, como o nomerevela, filho de uma das mais emblemáticas figuras danação rubro-negra. Mas Jorginho respeita a freguesia efoge das apostas contra o Vasco como o diabo foge dacruz.

Severino, que é leitor assíduo e gosta do nossojornal, é outro que cobra uma área de lazer para criançasna comunidade:

— Aqui é bom de morar. Tem escola, tem segurança,tem bom comércio, quase tudo, mas falta espaço para ascrianças brincarem.

Para complicar a vida do Getúlio, a empregada dele,Andrea, nascida e criada em Rio das Pedras, e o marido,Mineiro, maranhense, morador há seis anos nacomunidade, ambos católicos, mas não muitopraticantes, são flamenguistas. Não brigam com o patrãopor causa disso. Moradora no Pinheiro, onde criou quatrofilhas – de 25, 21, 20 e 13 anos – num imóvel de sala, doisquartos, banheiro e cozinha, pelo qual paga R$ 800 dealuguel, Andrea acompanha o trabalho dos operários daLight para regularizar o fornecimento da energia nobairro. E comenta:

— Por enquanto, minha luz aqui é “gato”. Mas a contada Light será muito bem-vinda. Já estão colocando ospostes e transformadores e só pode ser para melhorar.

Ela disse que conhece bem o nosso jornal, gostamuito e tem até um carinho especial. Por quê?

— Porque minha mãe, minhas filhas e meu irmão jásaíram neste jornal – comemorou.

Faltava ela.

MARLENE E PEDRO, PROFISSÃO: GUERREIROS

Enquanto tem gente reclamando da falta deemprego, antes de clarear o dia, na cozinha decasa na Rua Velha, a carioca Marlene Efigênia deOliveira, de 51 anos, 27 de Rio das Pedras, encostao umbigo no fogão. Ela acorda às 4 da matina,

desperta o maridão, Pedro, e os dois começam a cortar acebola e o tomate, catar o feijão, debulhar o alho,incrementar o tempero para o cardápio do dia. O casalprepara umas 50 quentinhas, coloca tudo embalado emcaixas de isopor e pega o ônibus da linha 878 (Tanque-Barra), em Rio das Pedras. Por volta das 10 da manhã,desembarca com aquela tralha toda no ponto em frenteao Hotel Sheraton, no Posto 4 da Avenida Lúcio Costa,numa penosa rotina de luta pela vida que já dura seisanos.

Com a carga mais pesada, Pedro das Quentinhas vaiem direção ao Posto 5, caminha uns 200 metros, e está noponto, na calçada. Ela toma o caminho inverso, tambémanda outros 200 metros, para na calçada, esperando afreguesia. O expediente é encerrado às 14 horas.

Quem conhece o dia a dia desse casal não hesita emclassificar os dois como “guerreiros”. Eles encontraramnum trabalho árduo e generoso o seu ganha-pão.

Ambos católicos, Marlene não torce por clube algum,mas Pedro não se avexa de confessar que é vascaíno.Justamente no dia seguinte ao que seu time perdeu de 6 a0 do Internacional é que trocamos uns dedos de proza.Mas ele tem o equibíbrio do cearense porreta, e não

esquenta por causa do futebol. Nascido em Sobral, vaivisitar a família uma vez por ano, fica na terra natal 30dias e volta para tocar a vida honestamente. Já a mulhernão tem folga. Gosta de trabalhar e do que faz.

— Eu vendo a dez reais uma comida boa, bemtemperada, e ainda dou um copo de refrigerante. Vendopara trabalhador, peão de obra, servente, gente que chegaaqui com a roupa suja e as mãos calejadas. Não vendopara madame. Não é a minha clientela — diz Pedro,orgulhoso de esgotar o seu estoque de 15 a 20 quentinhaspor dia com a distinta clientela e depois parar num barpara molhar a garganta com uma cervejinha bem gelada.

Ele se gaba mesmo de um freguês muito especial: oneto. O pirralho não pode ver o avô que pede “papá” edevora um prato feito com o mesmo apetite do peão deobra. O Pedro das Quentinhas elogiou o nosso jornal:

— Não é só a voz. É a cara de Rio das Pedras.Exemplo de bom peão é o carioca Tiago Gomes, de 24

anos, que encontramos como um dos encarregados daobra de ampliação do Windsor Hotel Barra, à RuaMartinho de Mesquita. Há sete anos morador da Areinha,numa casa de sala, dois quartos, banheiro e cozinha, pelaqual paga R$ 600 de aluguel, Tiago não tem religião e érubro-negro fanático.

Quando perguntado se casa de ferreiro é espeto depau — ele que constrói prédios mas mora num alugado —,Tiago disse que tem uma casa, mas na BaixadaFluminense. Ele conhece o nosso jornal e elogiou muito otrabalho que fazemos. Sobre o tema desta reportagem,apontou para o pessoal na obra e mostrou onde estavamos clientes de guerreiros como Marlene e Pedro:

— Aqui o que não falta é trabalhador que mora em Riodas Pedras.

CHICO

SEVERINO TIAGO (À DIREITA)

MINEIRO E ANDREA

PEDRO DAS QUENTINHAS E MARLENE

ENTREVISTA

CINCO PERGUNTAS PARA O PÁROCO MARCOS VINÍCIO

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RIO, 10 DE SETEMBRO DE 2015

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FOTOS DE FÁBIO COSTA E DIVULGAÇÃO

CATEGORIA DOS CONCORRENTES DÁ TRABALHO AOS JURADOS NA ESCOLHA DOS MELHORES NOVOS TALENTOS

O prêmio de Revelação na dança foi de Eriky Alves, oChuchu, com o funk “A batida”, cantada por Anitta. Namúsica, o grupo Tribo 22 levou o troféu com “A entrega”.

Os jurados: Márcia Dal (atriz e cantora); Sílvio Gabriel(músico); Álvaro Maciel (professor de Arte do Caic); eVânia Lima e José Paulo (professores de Português).

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Alegria, entusiasmo, garra,dedicação e entrega totalforam os ingredientes queabrilhantaram o IV Festivalde Novos Talentos, reali-zado nos dias 26 e 27 deagosto, no Centro de Aten-

dimento Integral à Criança (Caic)Euclides da Cunha (Avenida Enge-nheiro

Souza Filho). A qualidade dosconcorrentes provocou entre os ju-rados muita troca de opinião. Masno fim as escolhas acabaram sendodo agrado de todos. Na dança, adupla Renan Feu/Priscila Borges ga-nhou com um samba fanqueado: namúsica (segundo dia), Lucas Melolevou a melhor.

No primeiro dia, dedicado àdança, foram julgados os ritmosfunk, samba, jazz, kpop (ritmo japo-nês) e zouk (dança sensual), entreoutros. Como o balé, por exemplo,que deu o segundo lugar a NathallySilva. Muito aplaudido também foi oGrupo Adrenaline, que optou pordançar o kpop e ficou em terceirolugar.

Na quinta-feira, no segundo diado evento, o público lotou o auditó-rio e não parou de incentivar quemfoi ao palco defender sua música.Terceiro a se apresentar, Edu Mar-tins, com “Nothing leet”, mostroutoda sua versatilidade ora com vozrouca, ora com voz natural. Ganhoumuitos aplausos entusiasmados.

Com a música “Final feliz”, LucasRibeiro (voz e violão) arrebatou ospresentes. Ele mostrou perfeita sin-tonia com o público e, principal-mente, no acompanhamento.Apresentação perfeita, mas que lhevaleu apenas o segundo lugar. Ogrande vencedor foi Lucas Melo, quecantou “Thinking out loud”.

Animadora cultural do Caic eatriz, Norma Magalhães não escon-deu o entusiasmo com a empolga-ção dos concorrentes e do público.Satisfeita com tudo, ela falou do su-cesso de mais um Festival de NovosTalentos.

— A cada ano fico mais feliz coma entrega dos alunos. É muito bomsaber que um deles poderá chegarao estrelato, como Blaine Hudson,vencedor do ano passado e que jácanta na noite do Rio — festejou ela.

PLATEIA VIBRA COM SHOW DE PROMISSORES ARTISTAS

1

2 3 4

5

1- Lucas Melo, ladeadopelas diretoras CláudiaVeloso (à esquerda) eCláudia Santos, sorri como troféu de primeirocolocado na categoriamúsica; 2- Lucas Ribeiro,segundo também namúsica: um show deinteração com a plateia;3 – A empolgação de maisum concorrente; 4 – Renan Feu e PriscilaBorges (agachados),campeões da dança, comNorma Magalhães àdieita; 5 – Mais um grupo seesmerando naapresentação no IVFestival de NovosTalentos do Caic

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RIO, 10 DE SETEMBRO DE 2015

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Eu via filmes, e, como morava em comunidade, queria conhecer como era lá fora, se era essa diferençaque vemos na televisão. E realmente é"

Leandro Ice no alto do Pinheiro, localidade onde o grafiteiro mora há 20 anos; com a latinha e o passaporte, seus instrumentos para desbravar o mundo e a logo do seucoletivo, o 021crew, que reúne gente do morro, do asfalto e de outras disciplinas

Na primeira vez o dólar estava baixo e, apesar de terem pagado passagem e estada, a gente acabagastando porque você quer conhecer a cultura local"

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LEANDRO MOURA VAI MAIS UMA VEZ MOSTRAR SEU TRABALHO NO EXTERIOR, MAS DESSA VEZ SÓ QUEM EMBARCA É SEU GRAFFITI

FOTO GUILHERME SILVA

De Rio das Pedras para Nova York. Pelasegunda vez, Leandro Moura (o Ice),25 anos, morador do Pinheiro, vaiexpor em mostra coletiva organizadapela Central Única das Favelas (Cufa)Global, que marcará a inauguração doseu escritório no Harlem. As telas vão

circular por Manhattan, pelo Bronx e acabarãona sede da Organização das Nações Unidas(ONU). Leandro foi um dos 20 selecionadosentre quase 300 con-correntes de comuni-dades do Rio deJaneiro, pré-requisitopara os grafiteiros par-ticiparem da exposi-ção.

— Soube por inter-médio de amigos, peloFacebook, rolou a ins-crição e o critério eraque os grafiteiros ti-nham de ser de comu-nidade do Rio deJaneiro. Eu fui selecio-nado para representara nossa comunidadede Rio das Pedras —disse Ice, com seu jeitosempre tranquilo.

Uma das passagens mais marcantes paraLeandro, depois da seleção, foi quando os artis-tas se reuniram para pintar suas obras que tra-dicionalmente são criadas em suportes urbanoscomo muros, postes, hidrantes e tudo o que a ci-dade oferece. Dessa vez, vai pintar sobre tela, umsuporte cada vez mais presente em sua trajetó-ria.

— Olhava pro lado e tinha um conhecidopintando, e aí já cumprimentava. Então, ficoutudo em casa — recordou.

Leandro não é marinheiro de primeira via-gem. Em 2012, ele teve a oportunidade de ir paraNova York expor seu trabalho no Soho, na Gale-ria Melissa. Na ocasião, teve a oportunidade decircular e conhecer as favelas que via nos filmesde hip hop e enriqueciam sua imaginação.

— Foi um sonho de infância. Eu via filmes esempre achava maneiro porque como eu mo-rava em comunidade. Eu queria conhecer comoera a comunidade lá de fora, se era essa dife-rença toda de como a gente vê na televisão. Erealmente é — explicou Ice, que não estará pre-sente na exposição.

Diferentemente de 2012, agora quem vai via-jar é apenas a obra de Leandro e dos outros 19

O VOO SOLO DA ARTE DE ICEgrafiteiros das diversas comunidades cariocas, enão os artistas. Mas Ice não lamentou. Ao con-trário, o nosso grafiteiro-educador de Rio das Pe-dras se sentiu aliviado por não ter de ir pra NovaYork desta vez. Mas o que houve com ele, se noparágrafo acima disse que viajar para o exteriorera um sonho de infância? O motivo é consciên-cia do momento econômico e a sua agenda.

— Felizmente e infelizmente eu não vou via-jar, mas no meu caso é um pouco bom porqueestou na maior correria e tem esse lance dodólar, caro pra caramba — destacou, frisandoque com a moeda passando de R$ 3,50, che-

gando a quase R$ 4,00, eque em 2012 a situaçãoera bem diferente. —Quando fui da primeiravez o dólar estava baixoe, apesar de terem pa-gado passagem e es-tada, a gente acabagastando dinheiro por-que você quer conhecera cultura local, comoMoMa, o Guggenheim(museus famosos dosEstados Unidos) e a cul-tura de rua local.

Como a questão cir-cula no terreno das fi-nanças, Leandrorevelou que o evento daCufa tem um formato

que é digno de nota. Normalmente, em exposi-ções coletivas, cada artista só leva grana se suaobra for vendida, mas, na Cufa, como não pode-ria deixar de ser, impera o espírito coletivo e todomundo vai dividir o valor total arrecadado davenda de todas as obras.

Mesmo reconhecendo que o mercado demuseus e galerias se abre cada vez mais para acultura do graffiti, mas tendo a tela como su-porte, Leandro ainda tem uma certa resistênciaem desenvolver sua estética (e ética) num am-biente que não seja a rua.

— Pintar em tela para mim ainda é compli-cado porque na rua é diferente. Eu tenho cons-ciência de que terminei, assinei e fotografei e ograffiti não é mais meu, o graffiti é da rua — pon-tuou, para aprofundar a explicação. — Na ruarola uma intervenção, uma criança pode escre-ver de giz em cima e até apagam.

Sobre a "relação" ainda de estranhamentocom a tela, Leandro, que só pintou para even-tos beneficentes e teve suas obras leiloadas,vender mesmo no mercado ainda não rolou.Mas ele promete que vai resolver a "relação"com o suporte e projeta uma exposição aindapara este ano.

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RIO, 10 DE SETEMBRO DE 2015

Crianças de 8 a 13 anos poderão participar da seleção que o Social Esportivo Rio das Pedras (Serp) realiza àsterças-feiras, às 14 horas, no Campo Principal, para a disputa de competições da Federação do Rio.

O time sub-20 de Rio das Pedras vai estrear no próximodia 26 na competição oficial da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj). O jogo será na Varginha, contra o Juventude, do Morro do Turano.

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Com futebol de alta quali-dade, no Campo Principal,o Galácticos não apenasgoleou por 7 a 1 o Samuelcomo manteve a liderançado Grupo B do Campeo-nato de Rio das Pedras

GALÁCTICOS GOLEIA E CONTINUA INVICTO TIME É O ÚNICO A VENCER TODOS OS JOGOS ENTRE OS 28 DOS QUATRO GRUPOS

Resultados (06/09)

Chaval 1 x 2 JuventudeGalácticos 7 x 1 SamuelGrêmio 2 x 3 CorinthiansChelsea 2 x 2 Nova EsperançaBahia 3 x 3 PrimosCaranguejo 1 x 0 ArealReal 1 x 1 Tamo Junto

CLASSIFICAÇÃO – GRUPO A

1) Primos 102) Juventude 93) Tamo Junto 74) Nova Esperança 55) Corinthians 26) Samuel 17) Areal 0

CLASSIFICAÇÃO – GRUPO B

1) Galácticos 122) Bahia 73) Real 6

Grêmio 6Caranguejo 6

6) Chelsea 57) Chaval 1

Resultados (30/08)

Bola de Fogo 2 x 0 FerasSiri 3 x 5 Só no PeloCriciúma 1 x 3 LixãoNordeste 2 x 1 SportMangueirinha 1 x 1 São LuísMorro do Banco 0 x 0 GuimarãesAmérica 5 x 1 Mal-Assombrado

CLASSIFICAÇÃO – GRUPO D

1) América 62) Nordeste 53) Morro do Banco 4

Mangueirinha 4Criciúma 4Bola de Fogo 4

7) Siri 0

CONFIRA RESULTADOS,CLASSIFICAÇÃO E PRÓXIMOSJOGOS

G R U P O A X G R U P O B

G R U P O C X G R U P O D

08:50 SAMUEL X CARANGUEJO10:10 NOVA ESPERANÇA X CHAVAL11:20 PRIMOS X CHELSEA12:30 JUVENTUDE X GALÁCTICOS13:40 AREAL X REAL14:50 CORINTHIANS X BAHIA 16:00 TAMO JUNTO X GRÊMIO

08:50 SÃO LUÍS X MORRO DO BANCO10:10 FERAS X SIRI11:20 MAL- ASSOMBRADO X CRICIÚMA12:30 LIXÃO X BOLA DE FOGO13:40 SPORT X MANGUEIRINHA14:50 GUIMARÃES X AMÉRICA16:00 SÓ NO PELO X NORDESTE

PRÓXIMA RODADA (20/09)

PRÓXIMA RODADA (13/09)CLASSIFICAÇÃO – GRUPO C

1) Lixão 72) Sport 63) Guimarães 5

São Luís 55) Só no Pelo 46) Feras 17) Mal-Assombrado 0

com 100% de aproveitamento (12pontos ganhos) depois de quatrorodadas. Jeffinho foi o destaque dotime, com três gols e muitas assis-tências. Ricardo (2) e Zé Romário eWelton (um cada) marcaram osoutros, com Gemo descontandopara o Samuel.

A rodada teve início com a difí-cil vitória (2 a 1) do Juventudesobre o Chaval. O resultado garan-

tiu ao Juventude o segundo lugardo Grupo A, com 9 pontos, umatrás do Primos (10), que apenasempatou (3 a 3) com o Bahia.

No segundo jogo, o show do Ga-lácticos. Campeão no ano passado,o time é considerado por muitos ofavorito para, mais uma vez, dar avolta olímpica. Defesa consistente,setor de meio de campo sólido ecriativo e ataque arrasador ajuda-

ram o Galácticos a chegar à vitóriacom extrema facilidade.

Outro jogo cheio de emoção foio terceiro, entre Grêmio e Corint-hians, que venceu por 3 a 2. Desta-que para Selmo, autor de dois gols(o outro foi de Josefan), e Fredson,que fez os dois do Grêmio, sendoum deles em bela de cobrança defalta, idêntica à de Selmo, num deseus gols.

Chelsea e Nova Esperança tam-bém proporcionaram bom espetá-culo no empate em 2 a 2. Noentanto, mais emoções estavamreservadas, e Bahia e Primos foramos protagonistas no disputadís-simo empate em 3 a 3.

No penúltimo jogo, vitória por1 a 0 do Caranguejo sobre o Areal,seguido do empate em 1 a 1 entreReal e Tamo Junto.

FOTOS DE FÁBIO COSTA

Em partida bem disputada, jogador do Grêmio leva a melhor sobre dois adversários do Corinthians; Geovani (segundo a partir da direita) festeja gol do Chelsea no Nova Esperança; a desolação do goleiro do Bahia após mais um do Primos. No fim, 3 a 3