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1 ABORDAGEM SISTÊMICA DA IMPLANTAÇÃO DA NBR ISO 14001 NA CONCESSIONÁRIA LINCE VEÍCULOS SA - GOIÂNIA Nádia Gomes de Souza 1 Antônio Pasqualetto 2 Vivianne Resende 3 Universidade Católica de Goiás – Departamento de Engenharia – Engenharia Ambiental RESUMO: A preocupação das empresas perante o desenvolvimento sustentável acaba por buscar a certificação ambiental em ISO 14001, Requisitos para o Sistema de Gestão Ambiental, como objeto de inserção no mercado nacional e internacional, cada vez mais exigente às questões ambientais. A presente pesquisa tem por foco, abordar sistematicamente a visão macro do Sistema de Gestão Ambiental, implantado na Concessionária Lince Veículos, localizada em Goiânia-GO. Como conseqüência, tem-se benefícios alcançados, como conquista de novos mercados e cumprimento da legislação ambiental, além dos investimentos realizados. Os resultados do presente projeto de estudo baseiam-se na metodologia de SAVITZ (2007) e tem como apoio científico demais autores envolvidos com a questão ambiental. PALAVRAS-CHAVE: Sistema de Gestão Ambiental, NBR ISO 14001, Concessionária, Desempenho Ambiental; 1 Acadêmica de Engª Ambiental da Universidade Católica de Goiás ([email protected]) 2 Dr. Engº Agrônomo, Profº Orientador do Departamento Engenharia da Universidade Católica de Goiás ([email protected]) 3 Msc. Engª Civil, em Planejamento Urbano e Ambiental, Esp. Gestão Ambiental / Processos Gerenciais, Profª Co-orientadora do Departamento de Engenharia da Universidade Católica de Goiás ([email protected])

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ABORDAGEM SISTÊMICA DA IMPLANTAÇÃO DA NBR ISO 14001

NA CONCESSIONÁRIA LINCE VEÍCULOS SA - GOIÂNIA

Nádia Gomes de Souza1

Antônio Pasqualetto2

Vivianne Resende3

Universidade Católica de Goiás – Departamento de Engenharia – Engenharia Ambiental

RESUMO:

A preocupação das empresas perante o desenvolvimento sustentável acaba por buscar a certificação ambiental em ISO 14001, Requisitos para o Sistema de Gestão Ambiental, como objeto de inserção no mercado nacional e internacional, cada vez mais exigente às questões ambientais. A presente pesquisa tem por foco, abordar sistematicamente a visão macro do Sistema de Gestão Ambiental, implantado na Concessionária Lince Veículos, localizada em Goiânia-GO. Como conseqüência, tem-se benefícios alcançados, como conquista de novos mercados e cumprimento da legislação ambiental, além dos investimentos realizados. Os resultados do presente projeto de estudo baseiam-se na metodologia de SAVITZ (2007) e tem como apoio científico demais autores envolvidos com a questão ambiental.

PALAVRAS-CHAVE: Sistema de Gestão Ambiental, NBR ISO 14001, Concessionária, Desempenho Ambiental;

1 Acadêmica de Engª Ambiental da Universidade Católica de Goiás

([email protected]) 2 Dr. Engº Agrônomo, Profº Orientador do Departamento Engenharia da Universidade

Católica de Goiás ([email protected]) 3 Msc. Engª Civil, em Planejamento Urbano e Ambiental, Esp. Gestão Ambiental /

Processos Gerenciais, Profª Co-orientadora do Departamento de Engenharia da Universidade Católica de Goiás ([email protected])

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ABSTRACT:

The concern of the existent companies today, before the maintainable development, it ends for looking for the environmental certification in ISO 14001, Requirements for the System of Environmental Administration, as insert object in the national and international market, more and more demanding to the environmental subjects. To present it researches, it has for focus, to approach the vision macro of the System of Environmental Administration systematically, implanted in the Lince Veículos Concessionary, located in Goiânia-GO. As consequence, we have reached benefits, as conquest of new markets and execution of the environmental legislation, aside from of the investments paid-up. The results from the actual project, as of I study entry level - in case that at the methodology as of SAVITZ (2007) and does have as a backing scientific demagogue authors involved with the litigation environmental. KEY - WORDS: Business system Environmental, NBR ISO 14001, Concessionary, Outstanding price Environmental.

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1 INTRODUÇÃO

A pressão que o Meio Ambiente sofre ao longo da História da civilização

tornou-se mais intensa a partir da Revolução Industrial, no século XVIII. A necessidade

de produção e o desenvolvimento de tecnologias exigiram a extração dos Recursos

Naturais de forma rápida e predatória.

No século XX durante a década de 70, houve discussões mundiais que

despertaram para o desenvolvimento da consciência ecológica em diferentes camadas e

setores da sociedade. Nasceu uma nova percepção de que os problemas ambientais

devem ser reconhecidos nas modalidades dos processos produtivos sob édige do sistema

capitalista.

Neste momento histórico, o repensar da forma de desenvolvimento,

fundamenta uma abordagem sob a nova visão de exploração da natureza, conciliatória

com a preservação do meio ambiente (SEIFFERT, 2002).

A influência exercida sobre os ecossistemas terrestres, evidencia uma

acelerada degradação, o que compromete a qualidade de vida da diversidade biológica.

A importância dos recursos naturais é fundamental para a sobrevivência

humana, principalmente ao se considerar que, apesar de todo o desenvolvimento

tecnológico alcançado, ainda não existem condições de substituir completamente os

elementos extraídos ou fornecidos pela natureza.

No final do século XX e início do XXI, a proposta do exercício da Gestão

Ambiental é a exploração racional dos recursos naturais, minimização de impactos,

controle de passivos ambientais, gerenciamento de água e resíduos gerados e o

reaproveitamento energético dos recursos.

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A Gestão Ambiental relaciona fatores que estão inseridos na promoção da

exploração pelas empresas, como medidas de Certificação através da NBR4 ISO5

14001:2004.

A ISO 14001:2004, novo paradigma deste século, é uma norma

internacional, que define os requisitos para estabelecer e operar melhores práticas a

serem adotadas na condução do Sistema da Gestão Ambiental – SGA de uma empresa

(Scherer, 2006). Trata-se de um modelo reconhecido em todo o mundo, que permite

estabelecer, através de procedimentos operacionais e de monitoramento devidamente

planejados, ações para promover a melhoria do desempenho ambiental e de atitudes

voltadas para a prevenção da poluição gerada, realização de seus produtos e serviços,

assim como das atividades associadas a estes.

A NBR ISO 14001:2004, é uma norma voluntária, fundamentada na prática

do desenvolvimento sustentável, adotada pelas organizações interessadas no

fortalecimento de suas marcas, melhoria da competitividade e proteção dos recursos

naturais (MANUAL AMBIENTAL – LINCE VEÍCULOS SA, 2008).

Como forma de apresentar resultados e veracidade da Implantação de um

Sistema de Gestão Ambiental – SGA nas empresas e/ou organizações, o presente

projeto estuda e analisa todo o processo de Implantação da ISO 14001 da empresa Lince

Veículos SA, Concessionária Toyota, localizada na cidade de Goiânia.

No âmbito da Certificação Ambiental, a Lince Veículos ostenta um Projeto

Pioneiro que vislumbra uma estratégia diferenciada na busca e conquista de novos

clientes e no atendimento à Normalização Ambiental, ao mesmo tempo em que

contribui para a preservação do Meio Ambiente.

4NBR - Norma Brasileira Regulamentadora. 5ISO - International Organization for Standardization - Organização Internacional de

Normalização.

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2 JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento do Sistema de Gestão Ambiental é um modelo de

administração que fomenta o crescimento sustentável nas organizações públicas ou

privadas.

A originalidade desta proposta vislumbra como projeto pioneiro a

Implementação do SGA no ramo de uma concessionária automobilística, a abranger a

minimização e controle dos impactos ambientais, diminuindo custos operacionais e

melhorando a imagem da empresa no mercado.

Neste sentido, o presente estudo contribui para mostrar uma nova

experiência no setor de concessionária automobilística, com visão de vanguarda, ao

incorporar a administração verde como estratégia de sucesso para o empreendimento.

Como projeto científico, este estudo visa também alcançar experiência

profissional e conhecimentos que sirvam de subsídios para a real demanda neste

assunto, cada vez mais inserido nas organizações empresariais.

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

O presente projeto pretende enfocar uma visão macro do processo de

implementação da ISO 14001: 2004 na Concessionária Lince Veículos SA, localizada

em Goiânia-GO, com o intuito de abordar os resultados que o mesmo agrega à

organização que se dispõe em adotá-la.

3.2 Objetivos específicos

- Contribuir para o esclarecimento e conhecimento do instrumento:

Sistema de Gestão Ambiental - SGA;

- Nortear como modelo a NBR ISO 14001, para empreendimentos do

ramo automobilístico e outros empreendimentos;

- Incentivar a aplicação da NBR ISO 14001 às organizações empresariais

através da incorporação da qualidade ambiental;

- Apresentar pontos de sustentabilidade no caso Lince Veículos SA;

- Apresentar os resultados e investimentos da Lince Veículos com a

implantação do SGA.

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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 Administração verde

O gerenciamento ambiental de uma empresa possui uma complexidade

própria, na qual se faz necessário compreender a teia que integra o meio, os seres vivos

e as atividades humanas.

De acordo com Backer (1995), apesar do avanço nos últimos anos da

consciência e responsabilidade ambiental, tanto da sociedade, quanto do empresário,

ainda existe uma falta de conhecimento no que se refere à gestão ambiental e como ela

pode promover benefícios em termos de credibilidade de um grupo empresarial. Isso

gera uma linha oposta de pensamento, em que se acredita que a gestão ambiental seja

algo que pode frear ou dificultar os planos empresariais.

A gestão empresarial do meio ambiente, segundo este mesmo autor, trata-se

da conseqüência lógica da responsabilidade coletiva, que é de todos os que interferem

no equilíbrio do planeta. Mediante a relação indústria e meio ambiente é possível

afirmar que existem soluções técnicas para os problemas de meio ambiente causado

pelas indústrias.

O modelo tradicional de empresa salienta Backer (1995), é visto como mal

adaptado ao meio ambiente, pois trata de um sistema mono político com o objetivo de

assegurar o crescimento econômico de qualquer maneira, sem se preocupar com o

equilíbrio da natureza e do meio ambiente.

O aparecimento da variável ambiental exige que o administrador faça um

paralelo constante dos seus interesses e competências, com todas as pessoas que tem

relação direta ou indiretamente com a empresa, ou seja, com todos os stakeholders

envolvidos.

A estratégia verde de uma empresa, como qualquer outra estratégia, possui

objetivos, a estratégia e ferramentas a serem alcançados. Considerando os principais

setores de uma empresa, conforme Backer (1995), o Quadro 01 a seguir, da estratégia

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verde, apresenta as tarefas de gestão ambiental que os responsáveis da empresa terão

que assumir.

Quadro 01: Estratégia Verde

Nível estratégico Setor Objetivo Estratégia Ferramentas

Marketing/Vendas Imagem/Posicionamento

comercial

Plano de comunicação Comunicação

- interna

-externa

Vigilância de

marketing

Produção Riscos internos/externos

Cadeias e produtos

ecologistas

Plano de investimento Estudo de impacto

Logística

Segurança/qualidade

Auditoria de risco

técnico

Recursos humanos Comportamento

ambiental

Plano de formação /

organização

Estrutura

Formação

Avaliação

Jurídico e financeiro Responsabilidade

Conformidade

Diminuição de riscos

Vantagens financeiras

Plano de

conformidade

Plano a meio e longo

prazo

Auditoria Jurídica

Análise de riscos

Balanço e relatório

ecológicos

Pesquisa e

desenvolvimento

Vocação Plano tecnológico Vigilância tecnológica

Inovação

Fonte: Gestão Ambiental: A Administração Verde - Backer, 1995.

O mesmo autor ainda assegura que, a elaboração da estratégia ecológica

abrange quatro fases: identificação das prioridades (esquema global); realização do

diagnóstico setorial da empresa; criação de planos de ação por setor; e a relação da

hierarquia e integração dos planos de ação da estratégia global.

O Sistema de Gestão Ambiental é uma ferramenta estratégica ecológica

aplicável para as empresas.

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4.2 Sistema de Gestão Ambiental

O Sistema de Gestão Ambiental é um processo voltado a resolver, mitigar

e/ou prevenir os problemas de caráter ambiental, qualquer que seja o empreendimento,

cujo norte é o desenvolvimento sustentável.

A implementação do SGA em uma organização, parte da premissa da

avaliação inicial e elaboração de sua política ambiental. Daí, a implementação do SGA

passa para a etapa de Planejamento, com o objetivo de criar condições para o

cumprimento da sua política ambiental.

Na avaliação inicial têm-se a identificação dos pontos fortes e fracos, afirma

Backer (1995), relacionados com a interação do ecossistema e principais deficiências do

desempenho ambiental, através de um diagnóstico ecológico que possibilite traçar as

prioridades de ações da estratégia ecológica.

A evolução das iniciativas ambientais nas organizações enquanto Sistema de

Gestão Ambiental (SGA) trouxe a necessidade de elementos integrantes como a

determinação de uma política ambiental, o estabelecimento de objetivos e metas, o

monitoramento e medição de sua eficácia, a correção de problemas associados à

implantação do sistema, além de sua análise e revisão como forma de aperfeiçoá-lo,

melhorando desta forma o desempenho ambiental geral (SEIFFERT, 2002).

Esses requisitos gerais dispostos na NBR ISO 14001:2004 do Sistema de

Gestão Ambiental estabelecem à organização a conformidade ambiental perante a

legislação aplicável, códigos e princípios setoriais.

A elaboração da política ambiental está relacionada à forma de como a

empresa pretende reduzir os impactos ambientais de suas atividades, produtos e serviços

sobre o meio ambiente, com o intuito de promover a melhoria contínua, atender os

requisitos legais e de mercado (ALMEIDA ET AL, 2002).

Já na concepção de Seiffert (2007), com um ponto de vista mais holístico, a

política ambiental da organização é entendida como o conjunto de intenções de caráter

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sistêmico daquilo que é interessante a vários segmentos tais como: comunidade;

funcionários; fornecedores; e clientes.

De acordo com a ISO NBR 14001: 2004 o Sistema de Gestão Ambiental

estabelece as seguintes etapas: Planejamento, Avaliação, Implementação, Operação e

Verificação.

No planejamento, Almeida et al (2002), esclarece que ocorre a identificação

dos aspectos ambientais, avaliação dos impactos pertinentes, identificação dos

requisitos a serem atendidos e estabelecimento dos critérios internos, objetivos e metas.

Uma vez que os aspectos e impactos são analisados sistematicamente,

observa-se que a relação entre os mesmos é de causa e efeito (SEIFFERT, 2007).

Entretanto, ao se conhecer esta relação é possível estabelecer os objetivos e metas

ambientais da empresa.

A construção de um fluxograma de forma sistemática é sugerida com a

descrição de todas as atividades e processos da empresa, relacionada com os aspectos

gerados e seus respectivos impactos causados.

A avaliação do impacto ambiental permite analisar o resíduo identificado

quanto a seu grau de periculosidade, estabelecido na NBR 10004:20046. Quanto maior o

grau de periculosidade, maior o impacto ambiental causado. Levantar os impactos

significativos é fundamental para a criação de ações corretivas e emergenciais.

O gerenciamento desses resíduos contempla o destino e o tratamento final

adequado ao dispor de tecnologias apropriadas e melhores técnicas disponíveis, em

consideração ao custo/benefício de cada uma.

Segundo Almeida et al (2002), os efeitos ou impactos ambientais podem ser

diretos ou indiretos. Os efeitos diretos estão relacionados com as atividades de

operação, com os quais a empresa tem um maior controle de seus passivos ambientais.

6 NBR 1004:2004 – Classificação de Resíduos Sólidos.

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Os efeitos diretos, por exemplos, são as emissões gasosas, a geração de efluentes e

resíduos sólidos, consumo de energia, geração de ruído, dentre outros.

Já os efeitos indiretos, do ponto de vista do mesmo autor, por natureza mais

difíceis de avaliar, são as atividades que ocorrem afastadas da instalação ou imediações,

como os efeitos de processos de fornecedores, empresas parceiras de serviços ou

financeiros e disposição final dos seus resíduos.

Os critérios internos são estabelecidos para nível de desempenho, em caso

de não conformidade legal, garantindo com a prática de treinamentos de pessoal e

responsabilidades, a compreensão de mudança nos processos, possíveis instalações,

gestão dos resíduos e conservação dos recursos naturais.

A elaboração de objetivos e metas pela organização pertinentes ao SGA e

sua materialização através dos Programas de Gestão Ambiental, na opinião de Seiffert

(2002), representam uma forma de gerenciamento de aspectos/impactos ambientais

significativos que apresentam uma importância estratégica para a mesma, a fim de

minimizá-los, conservando o meio ambiente e garantindo a conformidade legal.

Geralmente os problemas ambientais associados a aspectos/impactos

ambientais, de acordo com o mesmo autor, não podem ser gerenciados somente através

de monitoramentos ou elaboração de controles operacionais. Para a sua mitigação é

necessária a implantação de melhorias de infra-estrutura física ou alocação e/ou

contratação de pessoal capacitado, o que demanda recursos financeiros internos e/ou

externos.

Assumpção (2007), afirma que as metas ambientais são as intenções de

atingir os objetivos determinados pela organização, num requisito de desempenho

detalhado.

A realização de treinamentos e conscientização dos funcionários, assim

como a elaboração de programas, é indispensável para o alcance e sucesso dos objetivos

e metas pertinentes ao SGA.

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A NBR ISO 14001:2004 recomenda que os programas incluam

considerações de planejamento, projeto, produção, comercialização e estágios da

disposição final dos resíduos gerados pelas atividades, produtos e serviços existentes

nas organizações.

Todas essas etapas são determinantes na elaboração do plano de ação, para

que a empresa viabilize seus objetivos e metas estabelecidas e, dessa forma, garanta o

cumprimento da sua Política Ambiental.

A fase de Implantação e Operação do SGA envolve uma conjugação

harmônica de três elementos básicos: recursos físicos (instalações, equipamentos,

materiais etc); os procedimentos (normas e regras); e os recursos humanos (corpo

funcional) (ALMEIDA ET AL, 2002).

No princípio do Sistema de Gestão Ambiental, o desenvolvimento da

capacitação interna inclui os recursos humanos, os recursos financeiros e os recursos

físicos. O mesmo autor assegura que a implementação de ferramentas de suporte inclui

os procedimentos, os programas de gestão específicos e todo o sistema de registro,

comunicação e documentação.

Os requisitos de Implantação e Operacionalização do SGA, segundo a NBR

ISO 14001:2004, envolvem: recursos, funções, responsabilidades e autoridades;

Competência, treinamento e conscientização; Comunicação; Documentação; Controle

de documentos; e Controle operacional.

O desenvolvimento da Gestão Ambiental decorre da existência de

atribuições permanentes à uma coordenação da organização. A participação da alta

administração se faz necessária para prover os elementos necessários à sua implantação.

De acordo com Seiffert (2002), a alta administração deve assegurar que a organização

seja capaz de atender os requisitos de sua norma.

O mesmo autor complementa que as responsabilidades dos vários agentes

perante o SGA, normalmente são estabelecidas de forma genérica em todas as suas

funcionalidades, para assegurar o bom gerenciamento e sucesso do mesmo.

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Os recursos humanos, físicos e os financeiros devem ser disponibilizados

em função das necessidades estabelecidas no Plano de Ação, obedecendo aos

cronogramas de prioridades. Os objetivos e metas estabelecidos pela empresa devem

contar com os recursos necessários para o seu cumprimento.

A conscientização requer o conhecimento, a compreensão e habilidades

necessárias para todos os empregados da empresa. A formação educacional pode ser

obtida por meio de treinamentos, como requisito de competência e capacitação pessoal.

O processo de comunicação, conforme Assumpção (2007) dentro do SGA

inclui o estabelecimento de planos para a divulgação interna e externa das atividades

ambientais da empresa. A comunicação interna pode ser feita através de reuniões

regulares de grupos de trabalho, boletins informativos, quadros de aviso e intranet. A

comunicação interna entre as várias funções assegura a eficácia da implementação do

SGA.

O mesmo autor relata que os métodos da comunicação externa podem

incluir relatórios anuais, boletins informativos, internet e reuniões com a comunidade.

Nesse caso, a organização pode estabelecer um procedimento, podendo este ser

alterado, para a informação que deseja comunicar.

Os principais objetivos do processo de comunicação defendidos por

Almeida et al (2002), são: a demonstração do comprometimento da organização com as

questões ambientais, a divulgação dos objetivos, metas e programas, além de informar o

funcionamento do SGA às partes interessadas.

Segundo Seiffert (2007), a documentação do SGA representa um subsistema

que se ocupa do estabelecimento e manutenção de informações, além do controle da

implementação. A documentação pode constar em papel ou em meio eletrônico.

Descreve os principais elementos do sistema de gestão e a interação entre eles, além de

fornecer orientação sobre a documentação relacionada. Assim, se materializam na forma

de manual de gestão, relativas aos procedimentos do SGA, que funciona como um

índice do sistema.

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A forma adequada da documentação possibilita as organizações manter um

complexo sistema de controle dos documentos, o que se torna primordial à efetivação

do desempenho ambiental da implementação do SGA (NBR ISO 14001:2004).

Para o cumprimento da política do meio ambiente, dos objetivos e metas

ambientais, a NBR ISO 14001:2004 recomenda-se à organização, a avaliação de suas

operações associadas com seus aspectos ambientais identificados e que assegure o

controle e tratamento, adequados aos impactos ambientais, inclusos as atividades de

manutenção.

As atividades referentes à manutenção e controle operacional incorporam a

prevenção à poluição, para a preservação os recursos naturais e da gestão de rotinas,

para assegurar conformidade com os requisitos legais e critérios de desempenho.

De acordo com Seiffert (2007), a estruturação do “atendimento a

emergência”, apresenta a capacidade de agir corretivamente aos impactos ambientais,

bem como preventivamente à sua ocorrência ao estabelecer e manter procedimentos

para identificar a potencialidade de incidentes/acidentes ambientais.

O objetivo da preparação e atendimento as emergências, conforme

Assumpção (2007) é assegurar que a organização tenha procedimentos estabelecidos e

testados para funcionar nas possíveis situações de ocorrência, que possam colocar em

risco as condições do meio ambiente, do homem e das instalações.

Uma vez concluída a fase de Implementação e Operação, de acordo com

Almeida et al (2002), o SGA entra na fase de verificação e ação corretiva. Nesta etapa

ocorre a análise da eficiência do desempenho ambiental. Em outras palavras é feito um

“check list” do sistema implementado às políticas, objetivos e metas. A empresa deve

identificar as eventuais não conformidades7 para que seja elaborado um plano de ações

corretivas.

7 Não conformidade – evidência de não atendimento aos requisitos Legais.

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Esta etapa abrange a verificação de monitoramento e registros, avaliação e

cumprimento dos requisitos legais, identificação das não conformidades, ação corretiva

e ação preventiva, controle de registro e realização de auditorias internas (ALMEIDA

ET AL, 2002).

Através do monitoramento e medição periódicos, dos procedimentos

adotados, das principais operações de atividades que possam ter um impacto sobre o

meio ambiente é possível controlar os aspectos gerados dentro da organização.

Tais procedimentos incluem o registro de informações para acompanhar o

desempenho, controles operacionais pertinentes e a conformidade com os objetivos e

metas da organização de acordo com os indicadores estabelecidos (SEIFFERT, 2002).

Sem uma medição de desempenho, realmente não é possível melhorá-lo.

A NBR ISO 14001:2004 recomenda que a organização seja capaz de avaliar

o atendimento aos requisitos legais identificando a não conformidade para dispor de

ações corretivas e preventivas e assim, garantir a eficácia das ações adotadas.

O sistema de registro evidencia todas as etapas da implementação do SGA,

sendo mantidos todos os procedimentos, ações implementadas e informações

arquivadas e armazenadas demonstrando o cumprimento da empresa com sua Política

de Meio Ambiente e melhoria contínua do seu desempenho ambiental.

A auditoria interna, subsistema que visa estabelecer e manter programas e

procedimentos de auditorias periódicas, de acordo com Seiffert (2002), busca

determinar se o SGA está em conformidade com as diretrizes estabelecidas da sua

gestão ambiental e normas, bem como verificar sua efetiva implantação e manutenção.

Assumpção (2007) concerne à auditoria interna, como instrumento de

identificação dos desvios que estejam em desacordo com os requisitos da norma.

Desvios que podem não ser identificados pelo SGA e sim pela equipe de auditoria

interna.

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Após a auditoria interna é realizada, pela administração, uma análise crítica

da adequação e eficácia continuada do SGA. A busca de informações necessárias

garante à administração, avaliações precisas de forma documentada, esclarece Seiffert

(2007). O resultado dessa análise permite implementar melhorias no aperfeiçoamento

do desempenho ambiental e providenciar ações para correção das não conformidades

listadas na auditoria interna.

Uma visão sistemática da implantação do SGA em uma organização pode

ser vista na Figura 01, abaixo:

Figura 01: Sistema de Gestão Ambiental Fonte: NBR ISO 14001:2004 Em termos de custos, perante a necessidade de investimento nas questões

ambientais, o SGA torna viável à medida que sejam alocados recursos que tornem

possível o cumprimento de seus objetivos e metas. A velocidade do desenvolvimento do

processo de melhoria contínua depende dos recursos disponíveis da organização.

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5 ESTUDO DE CASO: CONCESSIONÁRIA LINCE VEÍCULOS

5.1 O sistema na concessionária Lince Veículos

Segundo a NBR ISO 140048 (1996), a incorporação do SGA na estrutura de

uma organização é capaz de ostentar um equilíbrio e integração dos interesses

econômicos e ambientais, o que pode alcançar vantagens competitivas significativas.

A NBR ISO 14001:2004, norma que referencia o Sistema de Gestão

Ambiental, adotado pela empresa Lince Veículos SA, propõe à organização a

implementação de procedimentos que tratam seus aspectos ambientais e os possíveis

impactos significativos ao meio ambiente. Releva-se também que o cumprimento da

legislação vigente é um requisito para a priorização dos impactos ambientais

(MANUAL AMBIENTAL – LINCE VEÍCULOS SA, 2008).

Para a empresa Lince Veículos SA, foram consideradas todas as atividades

desenvolvidas na rotina dos seus processos: TSM (Toyota Service Marketing) e TSW

(Toyota Sales Way), padrões da Toyota do Brasil, pois englobam todas as atividades da

empresa (MANUAL TSM / TSW, 2006).

A partir da sistematização do estudo dos impactos ambientais segundo os

aspectos ambientais presentes nas atividades da Lince Veículos SA, considera-se a

empresa como poluidora, passível de licenciamento ambiental e às outras exigências

legais pertinentes. Para efeito da investigação e aplicação dos requisitos legais do

Sistema de Gestão Ambiental, foram elencados os seguintes impactos ambientais,

conforme o Manual Ambiental – Lince Veículos SA (2008):

• Poluição hídrica – geração de efluente

• Poluição do solo – resíduos Classe I, Classe IIA e Classe IIB

• Poluição atmosférica - emissões gasosas CO2 e CO, emissões de substâncias

controladas pelo Protocolo de Montreal

• Poluição Sonora- geração de ruído

8 NBR ISO 14004 – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio do

SGA.

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Conforme Moura (2004), baseado na Lei da Política Nacional do Meio

Ambiente (6938/1981), as empresas consideradas potencialmente poluidoras devem

requerer junto ao órgão ambiental competente, a realização de estudos de impacto

ambiental e licenciamento de suas atividades.

A Lei 6938 de 31 de agosto de 1981, da Política Nacional de Meio

Ambiente estabelece as atividades potencialmente poluidoras e utilizadora de recursos

naturais e define no seu Art 3º, inciso VI, poluidor como:

“poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,

responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de

degradação ambiental.”

A Resolução do CONAMA 237, de 19 de dezembro de 1997, no seu Art 1º

define licenciamento ambiental, como sendo:

“Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão

ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a

operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos

ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas

que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental,

considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas

aplicáveis ao caso.”

A Norma Técnica Brasileira NBR 10.004 de setembro de 2004, referencia

os resíduos sólidos à seguinte classificação:

“Resíduos classe I: são classificados como resíduos classe I ou perigosos, os

resíduos sólidos ou mistura de resíduos que, em função de suas

características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e

patogenicidade, podem apresentar risco à saúde pública, provocando ou

contribuindo para um aumento de mortalidade ou incidência de doenças e/

ou apresentar efeitos adversos ao meio ambiente, quando manuseados ou

dispostos de forma inadequada.

Resíduos classe II A – São classificados como resíduos classe II A ou não

inertes, aqueles que podem ter propriedades tais como combustibilidade,

biodegradabilidade ou solubilidade em água.

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Resíduos classe II B - São classificados como resíduos classe II B ou inertes,

aqueles que submetidos a um contato estático ou dinâmico com a água

destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, não tem nenhum de seus

componentes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de

potabilidade da água.”

Conforme o item 4.3.1 Atividades, aspectos e impactos – Manual

Ambiental da Lince Veículos (2008), os aspectos e impactos ambientais significativos

de todas as atividades, serviços e produtos podem ser vistos detalhadamente nos

Quadros 02 e 03 e 04 a seguir.

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Quadro 02 - Listagem de atividades, aspectos e impactos da Lince Veículos SA, no processo TSM

Passos TSM Atividades Aspectos Impactos

1 –Agendamento

1.1 – Atendimento ao telefone; 1.2 – Preenchimento da pré-ordem de serviço.

• Descarte de apara branca. • Poluição visual;

• Desperdício de recursos naturais.

2 – Ordem de Serviço

2.1 – Preenchimento da ordem de serviço / Quadro de agendamento; 2.2 – Verificação de peças no estoque.

• Descarte de apara branca. • Poluição Visual;

• Desperdício de Recursos naturais.

3 – Recepção de Clientes

3.1 – Chegada cliente dia agendado; 3.2 – Verificação; rotina de agendamento; pegar a pré- OS no quadro; 3.3 – Preparação do veículo para entrar na oficina; 3.3.1 – Diagnóstico do veículo.

• Emissão gasosa;

• Ruído.

• Poluição atmosférica;

• Poluição sonora.

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4 – Distribuição e produção.

4.1 – Verificação de OS de trabalho; 4.2 – Distribuição do serviço; Quadro de planejamento de trabalho; 4.2.1 – Organização peças conforme OS; 4.2.2 – Encaminhamento do veículo até o Box; 4.3 – Execução o serviço; 4.3.1 – Troca de óleo; 4.3.2 – Troca de pneus; 4.3.3 – Troca de peças; 4.3.4 – Realização de reparos elétricos; troca de bateria; 4.3.5 – Instalação de acessórios; 4.3.6 – Manutenção de ar condicionado; 4.3.7 – Trocas de pastilhas de freio; 4.4 – Manutenção de instalações.

• Descarte de embalagens (madeira, papel, plásticos);

• Ruído;

• Emissões gasosas;

• Geração de efluentes;

• Geração de

fluidos e resíduos Classe I; • Geração de resíduos Classe II (peças, sucatas); • Geração de particulados.

• Poluição do solo;

• Poluição hídrica;

• Poluição sonora;

• Poluição atmosférica.

5 – Controle de qualidade.

5.1 -Retirar OS da Coluna, aguardando Inspeção; 5.2 -Inspecionar o veículo, o serviço e peças substituídas; 5.2.2 - É necessário realizar teste de rodagem?; 5.2.2.1 - Sim, será realizado teste de rodagem; 5.2.2.2 - Não será realizado teste de rodagem; 5.3 - Controle de Qualidade (aprovado); 5.4 - Lavagem do veículo; 5.5 - Aguardando Preparação para entrega (QCPT).

• Emissões gasosas;

• Geração de efluente;

• Geração de ruídos.

• Poluição atmosférica;

• Poluição hídrica.

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6- Processo de entrega 6.1 – Receber o cliente ao chegar; 6.2 – Explicar o que foi feito 6.3 – Mostrar as peças ao cliente; 6.4 – Explicação do trabalho na entrega; 6.5 – Solicitação de pagamento pelo caixa; 6.6 – Acompanhar cliente até a saída.

• Não relevante. • Não relevante.

7–Acompanhamento pós-serviço 7.1 – Sistematização de acompanhamento; 7.2 – Preparativos (repassar detalhes); 7.3 – Acompanhamento por telefone; 7.4 – Acompanhamento por e-mail; 7.5 – Relatório de contato com cliente; 7.6 – Registro de reclamações e clientes; 7.7 – Feedback do acompanhamento pós-serviço; 7.8 – Comunicação dos resultados ao gerente de pós-vendas.

• Descarte de apara branca. • Poluição sonora; • Esgotamento de recursos naturais.

Fonte: Atividades, aspectos e impactos ambientais – Manual Ambiental, Lince Veículos, 2008.

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Quadro 03 - listagem de atividades, aspectos e impactos da Lince Veículos SA, no processo TSW.

Passos TSW Atividades Aspectos Impactos 1 - Prospecção do cliente

1.1 - Definir os objetivos de vendas e de prospecção; 1.2 - Definir as fontes de dados (ações externas e de marketing) 1.3 - Reunir equipe de venda para alinhar objetivos e estratégias; 1.4 - Realizar contatos de prospecção de clientes; 1.5 – Registrar / atualizar dados do cliente.

• Geração de ruído; • Poluição sonora.

2 – Recepção do cliente

2.1 - Atender o cliente prontamente; 2.2 - Oferecer cortesias e cartão de visita; 2.3 - Atender a chamada telefônica antes do quarto toque; 2.4 - Responder o e-mail do cliente cordialmente até um dia do recebimento; 2.5 - Coletar e registrar dados do cliente; 2.6 - Acompanhar os registros de atendimento.

• Descarte de apara branca. • Desperdício de recursos naturais.

3 – Qualificação

3.1 - Realizar entrevista consultiva; 3.2 - Registrar dados obtidos.

• Não relevante. • Não relevante.

4 – Apresentação do veículo

4.1 – Apresentar dados importantes para o cliente; 4.2 – Registrar histórico da apresentação.

• Não relevante. • Não relevante.

5 – Test Drive 5.1 – Oferecer TestDrive ao cliente e seus componentes; 5.2 – Registrar as informações e assinatura do cliente; 5.3 – Assegurar que o cliente use o cinto de segurança, bancos e espelhos estejam regulados e faróis acesos; 5.4 – Ressaltar os pontos importantes de entrevista consultiva (qualificação)

• Emissão gasosa; • Geração de ruído; • Uso de computador.

• Poluição atmosférica; • Poluição sonora; • Esgotamento de recursos naturais.

6 – Negociação 6.1 – Consultar o cliente sobre a forma de pagamento; 6.2 – Oferecer agregado; 6.3 – Realizar registros de dados.

• Uso de computador; • Geração de descarte de papel; • Geração de ruído pelo toque do telefone.

• Poluição sonora; • Esgotamento de recursos naturais.

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7 – Entrega do veículo

7.1 – Realizar check-list e confirmar documentos; 7.2 – Contatar o cliente um dia antes da data da entrega; 7.3 – Preparar área reservada para entrega; 7.4 – Entregar chaves e documentos. Explicar sobre manual, manutenção e garantia; 7.5 – Convidar o cliente a uma visita ao consultor de serviços e apresentar serviços; 7.6 – Entregar o veículo, parabenizar o cliente e registrar a entrega com comentários.

• Uso de computador; • Geração de descarte papel; • Geração de ruído pelo toque do telefone.

• Poluição sonora; • Esgotamento de recursos naturais.

8 – Acompanhamento e retenção

8.1-Realizar pesquisa de venda desistida; 8.2-Contatar o cliente até dois dias após a entrega e verificar satisfação; 8.3 – Contatar o cliente até sete dias após a entrega e verificar a satisfação do cliente quanto ao atendimento, registrar; 8.4 – Contatar o cliente a cada seis meses para estreitar o relacionamento e identificar oportunidades de negócio, registrar; 8.5- Equipe TSW analisa resultado e promove ações para melhoria.

• Uso de computador; • Geração de descarte papel; • Geração de ruído pelo toque do telefone.

• Poluição sonora; • Esgotamento de recursos naturais.

Fonte: Atividades, aspectos e impactos ambientais – Manual Ambiental, Lince Veículos, 2008.

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Quadro 04 - Listagem de atividades, aspectos e impactos da Lince Veículos SA, no processo Departamento Administrativo

Setor Atividades Aspectos Impactos 1- Contabilidade 1.1 – Organização de notas contábeis;

1.2 – Pagamentos de notas fiscais; 1.3 – Sistematização de compras de suprimentos; 1.4 – Lançamentos de entradas e saídas financeiras dos departamentos de Vendas e Pós Vendas; 1.5 – Gerencia do Almoxarifado, Arquivo de Documentos.

• Geração de aparas brancas; • Uso de energia elétrica pelos equipamentos e iluminação; • Uso de impressora com tonner; • Geração de resíduo Classe I (tonner usado)

• Desperdício de recurso natural; • Poluição hídrica; • Poluição do solo.

2 – Gerência Administrativa Financeira

2.1 – Gerência de Contratos terceirizados 2.2 - Controle das atividades da Contabilidade; 2.3 – Organização da demanda fiscal; 2.4 – Arquivamento de documentos legais e contratos;

• Geração de aparas brancas; • Uso de energia elétrica pelos equipamentos e iluminação; • Uso de impressora com tonner; • Geração de resíduo Classe I (tonner usado)

• Desperdício de recurso natural; • Poluição hídrica; • Poluição do solo.

3 – Tesouraria

3.1 – Organização das entradas financeiras e encaminhá-las para as instituições financeiras; 3.2 - Registrar caixa diário da empresa.

• Não relevante. • Não relevante.

4 – Manutenção das instalações

4.1 – Limpeza e asseio do salão de vendas, banheiros, copa.

• Geração de efluente • Geração de resíduo Classe IIB

• Poluição hídrica; • Poluição do Solo

5 – Recursos Humanos

5.1 - Gerencia da documentação trabalhista da empresa;

• Não relevante. • Não relevante.

6 - CPD 6.1 – Gerencia do Sistema Operacional da empresa. • Geração de aparas brancas; • Uso de energia elétrica pelos equipamentos e iluminação; • Uso de impressora com cartucho; • Geração de resíduo Classe I (cartucho usado).

• Desperdício de recurso natural; • Descarte de insumos eletrônicos; • Poluição hídrica; • Poluição do solo.

Fonte: Atividades, aspectos e impactos ambientais – Manual Ambiental, Lince Veículos, 2008.

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A identificação dos aspectos e impactos ambientais permite a elaboração dos

objetivos, metas e programas do SGA.

Com o intuito de atender ao item 4.3.3, Objetivos, metas e programas do

Planejamento da NBR ISO 14001:2004, encontra-se descrito no Planejamento do SGA.

Os objetivos e metas adotados pela Lince Veículos SA, apresentados no Quadro 05.

Quadro 05: Objetivos e metas ambientais da Lince Veículos SA.

Impactos Objetivos Metas

Poluição hídrica 1. otimização da SAO

(separação de água e óleo)

1. reduzir em 90% a taxa de

DBO e DQO em um ano

Poluição atmosférica 1. emissão zero 1. neutralizar as emissões

gasosas em dois anos

Poluição do solo 1. encaminhar resíduos

gerados e dar destino de

acordo com a classificação

da NBR 10.004

1. tratar 90% dos resíduos

dando destinação correta

em um ano

Desperdício de recursos

naturais

1. reduzir consumo de

recursos naturais

2. Reduzir consumo de

água

1. reduzir em 10% o

consumo de energia elétrica

em 2 anos;

2. reduzir em 10% em dois

anos

Fonte: Objetivos e metas ambientais – Manual Ambiental, Lince Veículos, 2008.

As metas ambientais de cada impacto têm como referência, a partir da data de

início da sua implantação na empresa descrito no Manual Ambiental da Lince Veículos

SA.

Todas as ações necessárias para a efetivação dos objetivos e metas ambientais

adotados são descritos nos Planos Ambientais, que compõe o Programa Ambiental de

prevenção à poluição.

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As ações de acordo com o Manual Ambiental - Lince Veículos SA (2008) são

divididas em:

� Ações de Implantação (tipo I) – são aquelas que promoveram

modificações na estrutura física da empresa ou implantação de

tecnologia nova aos processos;

� Ações Ambientais (tipo A) – são aquelas que serão realizadas para

controle específico dos impactos ambientais, incorporando a variável

ambiental na rotina das atividades da empresa;

� Ações de Emergência (tipo E) – são aquelas previstas pela NBR ISO

14001:2004, destinadas à mitigação de acidentes ambientais;

� Ações de Monitoramento / Treinamento (tipo M / T) – são aquelas

que registram o desempenho do SGA na empresa, através do controle

do desempenho das metas ambientais estabelecidas, permitindo a

verificação de não – conformidades, possibilitando a melhoria

contínua e necessidade de treinamento.

Na elaboração de cada Plano Ambiental, segundo o Manual Ambiental –

Lince Veículos SA (2008), foi observado os requisitos legais atendidos, referenciados a

cada ação a ser executada.

Desta forma, os Planos Ambientais do Programa de Redução da Poluição,

contempla (Manual Ambiental – Lince Veículos SA (2008):

- Plano de otimização e monitoramento do sistema SAO (sep. água e óleo);

- Plano de otimização e controle das operações do lava-jato;

- Plano de otimização de efluente;

- Plano de neutralização de emissões de CO e CO2;

- Plano de monitoramento e controle de gases relatados no Protocolo de

Montreal;

- Plano de separação de resíduos gerados;

- Plano de armazenagem e encaminhamento de resíduos gerados;

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- Plano de redução de consumo de energia;

- Plano de redução de consumo de água;

As estratégias para a implantação dos referidos Planos estão descritos no

Quadro 06.

Quadro 06: Estratégias dos Planos Ambientais do SGA da Lince Veículos SA.

PLANOS ESTRATÉGIAS

Plano de Controle de Poluição hídrica

(monitoramento do sistema SAO, controle das

operações do lava-jato e otimização de efluente)

Promover a troca de produtos, promover processo de

educação ambiental continuamente, promover o

controle do consumo da água

Plano de Mitigação de Emissões Gasosas

(emissões de CO e CO2 e controle de gases

relatados no Protocolo de Montreal)

Promover plantio de árvores para neutralização de

emissões carbônicas, integrar a comunidade neste

processo.

Plano de Redução de desperdício de Recursos

(consumo de energia e água)

Promover processo de educação ambiental

continuamente

Plano de Gerenciamento de Resíduos (separação,

armazenagem e encaminhamento de resíduos

gerados)

Promover a correta separação por classes, encontrar

parceiros economicamente interessantes para o

reaproveitamento, procurar tecnologias alternativas

para o encaminhamento dos resíduos. Promover

responsabilidade social

Fonte: Planos Ambientais e estratégias – Manual Ambiental, Lince Veículos, 2008.

O Programa de Redução da Poluição tem por base, a inserção de novos

procedimentos nas atividades dos processos de serviços realizados pela empresa, no

âmbito de gerenciamento de resíduos, não desperdício de recursos naturais e redução de

custos.

Todo esse sistema é possível de ser efetivado através da estrutura de

responsabilidade e autoridades, da Lince Veículos SA, que estabelece o compromisso da

direção, de seus gerentes, departamento de meio ambiente e encarregado técnico, na

conduta da implantação do SGA.

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Os treinamentos ministrados para toda a organização, segundo o Manual

Ambiental – Lince Veículos SA (2008), abrangem conhecimento e funcionamento do

SGA, educação ambiental, procedimentos ambientais e emergências ambientais,

fundamentais à eficiência da implantação do SGA.

Para a Concessionária Lince Veículos SA, a adequação ao SGA representa o

compromisso com a melhoria contínua de seus processos tais como, otimização de custos

e serviços, prevenção à poluição, atendimento à legislação, promoção da educação

ambiental aos funcionários e busca de novos clientes estendendo à comunidade a

importância do cuidado com o meio ambiente.

Essas responsabilidades são asseguradas, pela Política Ambiental da Lince

Veículos SA, estabelecido pela alta direção, que expressa através dela, suas intenções na

envoltura e motivação de todos os stakeholders, na incorporação de uma nova cultura

disseminada na empresa.

5.2 Empresa Sustentável

A implantação do SGA, na Concessionária Lince Veículos SA, resulta de um

amplo leque de vantagens. Para entender o resultado dessa implantação, ressalta-se a

abrangência da questão sustentabilidade, fator primordial na construção do SGA,

essencial na evolução de empresa sustentável.

De acordo com Savitz, (2007) o termo sustentabilidade, durante a década de

80, originou da conscientização crescente em promover o crescimento da economia sem

destruir o meio ambiente ou sacrificar o bem-estar das futuras gerações. O termo denota

uma idéia poderosa e objetiva de empresa: A empresa sustentável, que decifra como

sendo aquela que gera lucro para os acionistas, ao mesmo tempo em que protege o meio

ambiente e melhora a vida das pessoas com que mantém interações.

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Segundo o mesmo autor, a sustentabilidade promove benefícios não só para a

sociedade, mas também é capaz de beneficiar a lucratividade das empresas, relata. A

empresa sustentável que age de forma adequada numa inter-relação constante com os

indicadores econômicos, ambientais e sociais, conhecido como Tríplice Resultado (TR),

encontra o ponto de sustentabilidade: o lucro, com responsabilidade social e ambiental.

Esse é o verdadeiro sucesso da empresa sustentável.

O sucesso duradouro nos mercados pelas empresas ostenta uma visão de

compartilhamento na reflexão de sustentabilidade entre os interesses dos stakeholders

financeiros (empresa) e dos stakeholders não-financeiros (público). Essa área é chamada

de “ponto doce” da sustentabilidade, o ponto em que o lucro converge com o bem

comum. O ponto doce varia de acordo com o objetivo que a empresa deseja alcançar. A

ilustração do ponto doce pode ver visto na Figura 02.

Savitz (2007) define o termo stakeholders, ou detector de interesses como

qualquer pessoa que seja afetada, ou possa ser afetada, pelo desempenho de uma

organização. Aí se incluem os stakeholders internos (como os empregados) os

stakeholders da cadeia de valor (os fornecedores e os clientes) e os stakeholders externos

(comunidades, investidores, organizações não governamentais, órgãos públicos etc).

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• Novos produtos e serviços

• Novos processos

• Novos mercados

• Novos modelos de negócios

• Novos métodos de gestão e de divulgação de

informações

Figura 02: O ponto doce da sustentabilidade Fonte: A empresa Sustentável de Andrew W. Savitz, 2007.

O envolvimento dos stakeholders nas organizações está interconectado de

maneira mais complexa no mundo atual. Os interesses legítimos dos stakeholders nas

suas operações e investimentos influenciam nas decisões dos gestores.

O mundo mais interdependente declara Savitz (2007), é a complexidade dos

produtos, distribuição, serviços, e atividades de marketing, a exigir que as empresas e

pessoas trabalhem juntas, de forma mais integral, tanto dentro de organizações como

entre diferentes empreendimentos, além de fronteiras nacionais e internacionais.

O mesmo autor afirma que a visão atual dos acionistas em conectar a relação

interdependente dos stakeholders na melhoria do desempenho econômico, social e

ambiental na empresa, evidencia a Era da Responsabilidade, ou a incorporação da

sustentabilidade e responsabilidade ambiental dentro da empresa. A importância

crescente dos stakeholders na relação da empresa mostra que, apesar de ser uma questão

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de escolha, está cada vez mais inserido nas organizações. Daí, numa definição incompleta

de sustentabilidade considera-se que seja, a arte de fazer negócios num mundo

interdependente.

Savitz (2007), ainda complementa que formar parcerias com os stakeholders

além de promover propaganda, doações filantrópicas e táticas de mídia, consiste em

envolvê-los nas decisões e nas atividades que definem o negócio. Além disso, contribui

para reduzir riscos de oposição e para criar novos valores comuns.

Em outras palavras, a capacidade de trabalhar com os stakeholders, em vez de

contra eles, representa vantagem competitiva significativa para as organizações

responsáveis, que se abrem ao envolvimento dos stakeholders. As empresas que

descobrem o ponto doce, provavelmente se esforçarão em boa vontade e apoio político,

formas cada vez mais valiosas, no mundo interdependente.

Os acionistas da Concessionária Lince Veículos SA impulsionados pela

competitividade de produtos, atividades e serviços, locaram para uma nova sede com

estrutura inovadora, grande e autêntica, referência para as demais concessionárias. O

prédio construído atende o padrão Toyota do Brasil e possui todas as instalações

adequadas desde atendimento ao cliente e serviços até prevenção à poluição da água.

Com a ferramenta do SGA implantado na Concessionária Lince Veículos SA

através da NBR ISO 14001: 2004, a empresa possui todas as condições necessárias para o

alcance do ponto doce de sustentabilidade (Figura 03).

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• Conservar recursos naturais

• Menor impacto ambiental

• Maior lucratividade

• Conquista de novos mercados

• Maior competitividade

• Prevenção de multas

• Maior credibilidade

• Empresa sustentável

Figura 03: O ponto doce da sustentabilidade da Lince Veículos SA

Mediante a grande concorrência existente no ramo automobilístico, a alta

administração da Lince Veículos SA acredita que um bom indicador de desempenho,

venha a proporcionar um diferencial às demais empresas do ramo. A estratégia utilizada é

a satisfação do cliente pelos serviços oferecidos e a marca Toyota. O Índice de Satisfação

do Cliente (ISC) é um indicador de avaliação dos gerentes, que designa um resultado de

maior competitividade e lucratividade (ver Figura 04).

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• Maior índice de satisfação do cliente (ISC)

• Conquista de novos clientes e mercados

Figura 04: Ponto doce da sustentabilidade (clientes) – Lince

Veículos SA

As questões de sustentabilidade, aquelas que geram o passivo ambiental 9

na concessionária Lince Veículos SA envolvem:

• Geração de resíduos sólidos;

• Geração de resíduos líquidos;

• Geração de emissões atmosféricas;

• Geração de emissões sonoras;

• Desperdício de recursos naturais.

A estratégia da utilização do ponto doce da sustentabilidade da empresa, de

acordo com Savitz (2007), é o método produtivo de refletir e raciocinar em termos de

minimização e otimização.

O propósito da minimização é a redução dos danos ecológicos, dos acidentes

de trabalho e dos malefícios à comunidade. Minimização é “ser menos prejudicial”. Para

9 Passivo Ambiental: ações antrópicas que podem gerar danos ao meio ambiente.

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a empresa, de um modo geral, minimizar significa reduzir o tamanho das suas “pegadas”

em termos de impactos ambientais, sociais e econômicos adversos resultantes de suas

atividades.

Do ponto de vista do mesmo autor, a otimização tem por objetivo “ser mais

benéfico”, no sentido de produção de benefícios positivos na área de impacto ambiental,

social e econômico. A otimização procura não só reduzir a poluição, mas restaurar o meio

ambiente; não só eliminar os acidentes trabalhistas, mas também contribuir para a saúde e

felicidade dos colaboradores; não só reduzir o impacto à comunidade, mas também

revitalizá-la.

Na operacionalização da sustentabilidade, programa ou projeto, devem ser

definidos, de acordo com Savitz (2007) os objetivos, os processos e indicadores-chave de

desempenho.

O mesmo autor afirma ainda que os objetivos devam ser definidos de acordo

com a estratégia e é indispensável para esclarecer o que está tentando realizar e ainda,

possibilita a avaliação do progresso. Este último é inserido a criação de procedimentos e

indicadores-chave para o monitoramento do mesmo.

Para o tratamento dos passivos ambientais da Lince Veículos SA, foram

criados os Programas Ambientais referente as questões de sustentabilidade que

integram o SGA.

5.2.1 Questões de sustentabilidade

• Geração de resíduos sólidos

O desenvolvimento do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

(PGRS) na concessionária Lince Veículos SA atende ao Plano Ambiental de separação,

armazenagem e encaminhamento de resíduos gerados, descrito no Manual Ambiental. O

impacto ambiental a ser tratado é a poluição do solo.

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Os principais resíduos sólidos gerados nas respectivas atividades rotineiras da

concessionária Lince Veículos SA passíveis de poluição do solo são (Quadro 07):

Quadro 07: Resíduos gerados a partir das atividades rotineiras da Lince Veículos SA Departamento Resíduo Classe Forma de destino final

Pós-Venda Sucata metálica I Reciclagem

Pós-Venda Pneu IIB Reciclagem / co-processamento

Pós-Venda Óleos, fluidos e

graxas

I Re-refino

Pós-Venda Isopor IIB Reciclagem / Reuso

Pós-Venda Vidro IIB Reciclagem

Pós-Venda Materiais

contaminados

I Incineração / Blendagem

Pós-Venda Papelão IIA Reciclagem

Pós-Venda, vendas e

administrativo

Plástico IIA Reciclagem

Pós-Venda Bateria I Reciclagem

Pós-Venda, vendas e

administrativo

Papel IIA Reciclagem

Pós-Venda Fiações elétricas IIB Reciclagem

Vendas e adminitrativo Tonners e

cartuchos

I Reuso

Fonte: Manual Ambiental – Lince Veículos, 2008

O objetivo do PGRS é encaminhar os resíduos gerados e dar destino final

correto de acordo com a classificação da NBR 10.004/2004.

O destino final correto é uma ação essencial que deve ser incorporada na

rotina da organização, a partir da segregação dos mesmos pelos colaboradores. O

Programa Ambiental (em Anexo I) detalha todas as ações e outras especificações

necessárias para a implantação do Programa de controle de poluição do solo.

Para as ações necessárias descritas nos Programas Ambientais (em Anexo I)

foram realizados investimentos como: compra de contêineres, porta-copos, lixeiras,

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construção de baias de separação, contratação de stakeholders externos e treinamento de

pessoal.

A meta ambiental do PGRS é separar 90% dos resíduos dando destinação

correta em até 06 meses, a partir de novembro de 2007.

Moura (2004) recomenda que o gerenciamento dos resíduos sólidos deve ser

de forma integrada e adequada, na procura da melhor opção a visar sempre que possível,

os 4 Rs (redução, reuso, recuperação e reciclagem).

A figura 05 ilustra o resultado da separação dos resíduos sólidos gerados na

Lince Veículos SA.

Figura 05 – Separação de resíduos sólidos da Lince Veículos SA Fonte: Gráfico de desempenho na Verificação de Gestão Ambiental – Manual Ambiental, Lince Veículos, 2008.

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A implantação do PGRS até o mês de março de 2008, estipula um

desempenho ambiental considerável, com uma separação de 80,65%, visto que a meta de

alcance de 90% da separação é prevista para o mês de abril de 2008.

A destinação final dos resíduos são realizados por empresas terceirizadas,

responsáveis pelo destino correto final de cada resíduo gerado.

Através do resultado de separação de resíduos sólidos e contratação de

stakeholders externos responsáveis por destinação final pode-se afirmar que, a

organização caminha para uma empresa sustentável. A Figura 06 ilustra o ponto doce da

sustentabilidade, na concessionária.

• Separação, segregação dos resíduos sólidos

• Atendimento às leis e normas vigentes

• Destinação correta dos resíduos sólidos

• Controle da poluição do solo

Figura 06: Ponto doce da sustentabilidade (resíduos sólidos) – Lince Veículos SA

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• Geração de resíduos líquidos

O Programa de Redução e Controle da Poluição Hídrica (PRCPH) da

concessionária Lince Veículos SA atende ao Plano Ambiental otimização e

monitoramento do sistema SAO (separação de água e óleo) e plano de otimização e

controle das operações do lava-jato. Visa atingir a eficácia da caixa de efluentes.

Os efluentes gerados na Lince Veículos SA são oriundos da lavagem de

veículos no lava-jato, lavagem da oficina mecânica e lavagem das dependências da

empresa e banheiros sanitários.

Os efluentes do lava-jato e oficina mecânica são encaminhados através de

calhas e caixa de passagem para o sistema de tratamento existente na empresa. Já os

efluentes da empresa em geral e banheiros sanitários são despejados na rede coletora de

esgotos do município de Goiânia.

De acordo com o objetivo do PRCPH têm-se a representação dos programas

ambientais (em Anexo I) que se referem ao impacto ambiental, poluição hídrica.

Os investimentos pela alta direção para alcance dos objetivos referentes ao

PRCPH são os seguintes: implementação de sistema de tratamento (caixa separadora de

água e óleo – SAO), sistema de aquecimento solar (aumentar eficiência dos produtos do

lava-jato), central de dosagem, contratação de empresa especializada em análises

laboratoriais, produtos biodegradáveis e treinamento de pessoal.

Como resultado, as Figuras 07 e 08 ilustram a percentagem da remoção após

o tratamento adequado do efluente, pela caixa separadora de água e óleo, da DBO e DQO

no ano de 2008.

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Figura 07 – Remoção da DBO pelo sistema de tratamento de efluentes da Lince Veículos SA Fonte:Verificação do SGA – Manual Ambiental, Lince Veículos, 2008

Figura 08: Remoção da DQO pelo sistema de tratamento de efluentes da Lince Veículos SA Fonte:Verificação do SGA – Manual Ambiental, Lince Veículos, 2008

Comparando os valores de entrada e saída da análise da caixa de efluentes,

verifica-se uma redução dos valores de DBO e DQO bastante satisfatório, indicando um

desempenho ambiental eficiente.

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A porcentagem de redução de DBO da caixa de entrada e saída, no mês de

Janeiro de 2008 constatou 99,67% de eficiência e no mês de Fevereiro 99,64%. Já a taxa

de DQO apresentou no mês de Janeiro de 2008 uma eficiência de 99,37% e 99,40% no

mês de Fevereiro de 2008.

Esses resultados comprovam o alcance da Meta 01 e a eficácia da caixa

separadora de água e óleo, que recebe todas as águas contaminadas de óleos e graxas

geradoras na empresa.

A partir dos resultados parciais do objetivo do PRPCH a empresa Lince

Veículos SA vislumbra o alcance do ponto doce da sustentabilidade, ilustrado na Figura

09.

• Atendimento aos valores máximos permitidos pela

legislação vigente

• Controle da poluição hídrica

• Conservar recursos naturais

• Diminuição de custos

• Stakeholders competentes

Figura 09: Ponto doce da sustentabilidade (resíduos líquidos) – Lince Veículos SA

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O bom gerenciamento e controle do PRPCH resultam no atendimento à

legislação pertinente aos valores máximos permitidos de uma série de parâmetros, para

lançamento de efluentes na rede coletora de esgotos, o que propicia no controle da

poluição hídrica, redução do consumo de água e conseqüentemente, menores custos à

organização.

• Geração de emissões gasosas

A geração de emissões gasosas na Lince Veículos SA são oriundos do fluxo

de veículos dentro da concessionária e por km rodado de veículos de cada funcionário na

trajetória casa-trabalho e vice versa.

O Programa de Controle de Emissões Gasosas (PCEG) atende ao Plano de

Mitigação de Poluição Atmosférica e ao mesmo tempo, objetiva cumprir a legislação

vigente e promover a “emissão zero”.

A “emissão zero”, expressão vulgar, significa que a mesma quantidade de

emissão gasosa emitida por atividades geradoras, pode ser neutralizada a partir de certa

quantidade de árvores plantadas. As árvores possuem a capacidade de no seu ato de

fotossíntese, assimilar e/ou absorver compostos poluentes atmosféricos (CFCs)

(“seqüestro de carbono”), resultando-os em massa carbonácea.

Nos programas ambientais (em Anexo I) representa as especificidades do

Programa de controle de poluição atmosférica.

Para o cumprimento das ações do PCEG os investimentos necessários foram

a compra de mudas de árvores, monitoramento de emissões gasosas, solicitação de

inventário de emissões e compra de máquina recicladora de gases (recuperação de gases

nos serviços de oficina mecânica).

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As emissões de CO2 decorrentes das operações da Lince Veículos SA é da

ordem de 102 toneladas de CO2 equivalente, segundo o inventário de emissões

atmosféricas. Para neutralizar este montante é necessário o plantio de 645 árvores.

Até o presente momento foram plantadas 100 mudas de árvores nativas em

região de fundo de vale, do Córrego Macambira, sudoeste da capital de Goiânia/GO, com

a participação da Agência Municipal de Goiânia – AMMA, em uma parceria na

efetivação do “Projeto de Revitalização e Recuperação de Áreas Degradadas”.

O restante das mudas a serem plantadas está prevista para ocorrer até o final

do ano de 2008, a alcançar assim, a meta ambiental estipulada por esse Programa.

O plano de mitigação de poluição atmosférica, do PCEG permite criar o

modelo de sustentabilidade referenciado no pondo doce da sustentabilidade das emissões

atmosféricas ilustrado na Figura 10.

• Controle da poluição atmosférica

• Prevenção de danos à saúde pública

• Contribuição à qualidade ambiental

• Recuperação de áreas degradadas

• Contribuição para minimização do

aquecimento global

Figura 10: O ponto doce da sustentabilidade (emissões gasosas) – Lince Veículos SA

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Moura (2004) sugere o investimento em tecnologias de controle de poluição

do ar, como a compra de equipamentos de controle de material particulados e

equipamentos de controle de gases.

• Geração de ruídos

A questão de geração de ruídos na concessionária Lince Veículos SA, não foi

priorizado de forma a atender um Programa Ambiental.

A poluição sonora é tratada apenas com o controle de monitoramento de suas

emissões. Realiza-se anualmente a medição da poluição por uma empresa responsável

contratada para o controle de Poluição Sonora para a adequação aos parâmetros da

legislação vigente.

Os investimentos para o controle e monitoramento estão relacionados às

medições anuais, treinamentos de funcionários empenhados na educação ambiental e

entendimentos da importância de se adotar Programa Silêncio.

Quanto ao Programa de Comunicação Interna está sendo elaborado pelo setor

CPD da Lince Veículos SA, com intuito de reduzir o ruído dos telefones internos, que

acaba por diminuir também o gasto de aparas branca.

A partir do controle e monitoramento das emissões sonoras do Programa de

Gerenciamento de Ruídos (PGR) espera-se alcançar o ponto doce da sustentabilidade a

exprimir os seguintes benefícios, ilustrados na Figura 11, a seguir:

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• Educação Ambiental

• Cumprimento às legislações pertinentes

• Ambiente de trabalho agradável

• Prevenção de problemas auditivos

• Controle da Poluição Sonora

Figura 11: O Ponto doce da sustentabilidade (emissões de ruídos) – Lince Veículos SA

• Desperdício de recursos naturais

Finalmente o último Programa do SGA, que trata do desperdício de recursos

naturais, visa reduzir o consumo do mesmo, através do Programa de Redução de

Recursos Naturais (PRRN).

Todas as ações necessárias para o PRRN foram provenientes dos seguintes

investimentos: Treinamento de pessoal e implantação de sistema de aquecimento solar,

sistema de implantação de banco de capacitores para redução de consumo de energia

reativa (não utilizada), medidor de vazão e adoção de papéis recicláveis.

Nos programas ambientais (em Anexo I) especifica as ações e demais

informações relacionadas com o Programa PRRN que possui os planos de redução de

consumo de energia e água.

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As metas são reduzir o consumo de energia elétrica em 2 anos em 10%, a

partir da média de consumo registrada em 2007 e reduzir o consumo de água em 2 anos

em 10%, a partir da média de consumo registrada em 2008.

Quanto à redução de aparas branca, ainda não foi constatado sua análise de

estudo de redução mensurável. Por outro lado, já se encontra implantado a adoção do

papel reciclado em toda a empresa.

Para as ações do PRRN observa-se na Figura 12, a redução de energia elétrica

nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março de 2008 de acordo com a média de consumo de

2007.

Figura 12: Redução de consumo de energia elétrica – Lince Veículos SA Fonte: Verificação do SGA – Manual Ambiental, Lince Veículos, 2008

A figura 12 indica os monitoramentos referentes aos meses de janeiro,

fevereiro, março. Os consumos registrados nos dois primeiros meses revelam o

atendimento à meta proposta, mas o mês de março registrou um pico de consumo, que

extrapolou o intervalo estipulado. Neste caso, a NBR ISO 14001, item 4.5.3, recomenda a

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investigação do desvio da meta, a não conformidade com o programado, e estabelece-se

um Plano de Ação pertinente ao desvio identificado.

Quanto ao plano de redução de água não pode ser analisado, pois a referência

da meta está relacionada com a média de consumo do ano de 2008.

Através da eficiência do PRRN, obtém-se o ponto doce da sustentabilidade

ilustrado na Figura 13 a seguir.

• Redução de consumo de energia elétrica e

água

• Redução de aparas branca

• Conscientização ambiental

• Conservação de recursos naturais

• Redução de custos

Figura 13: O ponto doce da sustentabilidade (recursos naturais) – Lince Veículos SA

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5.3 Visão sistemática do SGA

De acordo com Bettiol (1996) um dos principais benefícios da implantação da

ISO 14001: 2004 no âmbito de certificação é o cumprimento à legislação ambiental,

evitando punições legais do seu não cumprimento. Este autor ainda refere-se aos

benefícios quanto à identificação de desperdícios e produtos potencialmente poluidores,

otimização do tempo de produção, de matérias-primas, diminuição da geração de

resíduos, economia de energia e água, além de estabelecer e manter procedimentos de

preparação e atendimento às emergências.

Para a Concessionária Lince Veículos SA, os benefícios são percebidos pela

melhoria do desempenho ambiental associada à redução de custos por meio da

reciclagem de resíduos, economia de energia, água e outros recursos naturais;

manutenção ou aumento da atração de capital (acionistas em geral não se arriscam a

investir em empresas poluidoras); prevenção de riscos e possibilidade de reduzir custos

de seguro; evidência da responsabilidade da empresa para com a sociedade; boa

reputação junto aos órgãos ambientais, comunidade e ONGs; possibilidade de obter

financiamentos com taxas reduzidas; homogeneização da forma de gerenciamento

ambiental em toda a empresa; incorporação da variável ambiental na cultura da estrutura

organizacional.

Todas essas modificações que puderam ser reveladas foram possíveis, através

do cumprimento do item 4.4.1 da NBR ISO 14001:2004 – Recursos, funções,

responsabilidades e autoridades numa relação mútua com todos os stakeholders

envolvidos.

Os recursos disponibilizados pela alta direção abrangem desde pequenos

investimentos como compra de mudas, capacitação e treinamento de funcionários e

marketing verde, até os de alto investimento, como biotecnologia, central de dosagem,

produtos biodegradáveis e/ou menos agressivos, sistema de aquecimento solar,

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equipamentos sofisticados, adequação de estrutura física, medição de emissões gasosas e

ruídos.

Os investimentos permanentes são a contratação de assessoria ambiental para

monitoramento do SGA, assessoria jurídica para revisão de legislação no âmbito federal,

estadual e municipal e as questões envolvidas com a rotina do novo processo de serviço e

produto relacionado com as atividades da Lince Veículos SA.

Tratando da questão lucratividade é possível obter resultados a curto, médio e

longo prazos. A lucratividade de curto prazo são a capitalização de resíduos, sob seu

descarte seguro feito pelas empresas responsáveis pela destinação final correta e redução

de custos de energia, água e aparas branca. O resultado de médio e longo prazos está

relacionado com a conquista de fatia de cliente e mercado considerável (marketing

“verde”) pela nova imagem de credibilidade da marca.

A implantação do Sistema de Gestão Ambiental na Concessionária Lince

Veículos SA, representa um cenário ambiental satisfatório aos interesses dos stakeholders,

principalmente dos acionistas.

Sistemática da implantação do SGA: O Ponto doce de sustentabilidade da Lince

Veículos SA

• Desempenho Ambiental

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• Redução do consumo de Recursos Naturais

• Capitalização de recursos

• Prevenção de riscos em geral

• Responsabilidade sócio-ambiental

• Obtenção de financiamentos com taxa reduzida

• Boa reputação junto aos órgãos ambientais

• Homogeneização ao gerenciamento ambiental

• Manutenção e aumento da atração de capital

• Incorporação da variável ambiental na estrutura organizacional

• Alcance do ponto doce da sustentabilidade dos processos e

procedimentos

A ISO 14001 pode ser utilizada como estratégia de marketing ambiental ou

“verde”, uma ferramenta capaz de projetar e sustentar a imagem da empresa, difundindo-

a com uma nova visão de mercado, destacando sua diferenciação ecologicamente correta

junto à sociedade, fornecedores, funcionários e ao mercado (SCHERER, 2006).

A certificação na Lince Veículos SA encontra-se em fase de andamento, tendo

ocorrido a auditoria inicial, a auditoria de segunda parte (avaliação das não

conformidades de auditoria inicial) e prevista para final de Maio de 2008, a auditoria de

certificação ISO 14001:2004.

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6 METODOLOGIA

Neste estudo é apresentado o levantamento bibliográfico feito por meio de

pesquisas em livros, projetos, dissertações de mestrado, teses de doutorado, consulta à

legislações e Internet, com intuito de enriquecer seu conteúdo dando embasamento

científico e pertinente ao assunto abordado.

A realização da revisão bibliográfica norteia a evolução da questão ambiental,

a administração verde, sistema de gestão ambiental, a empresa sustentável e o conjunto

de normas ISO 14000, mais especificadamente a NBR ISO 14001 e outras estratégias

essenciais ao alcance do sucesso da organização.

Em seguida, foi realizado o diagnóstico organizacional, com a avaliação da

estrutura administrativa, entrevistas com funcionários, gerente de Meio Ambiente,

Diretor e Presidente da Lince Veículos. Foram avaliadas também a estrutura física e a

documentação legal pertinente aos processos da empresa.

Esta pesquisa foi realizada a partir da investigação dos aspectos e impactos

ambientais da Lince Veículos SA e demais itens dos requisitos a serem implantados da

NBR ISO 14001, na qual foi fundamentada o Sistema de Gestão Ambiental.

A partir da identificação dos aspectos e impactos gerados na empresa pôde

constatar as ações de minimização da poluição através dos Planos Ambientais descritos

nos Programas ambientais cada qual estipulado as metas.

No processo de implantação observou-se a modificação da estrutura

organizacional, incorporação de novos procedimentos e atividades, mais especificamente

a variável ambiental, que foram possíveis graças aos investimentos realizados pelos

acionistas.

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Os resultados da implantação do Sistema de Gestão Ambiental foram

realizados através da avaliação documental do Manual Ambiental – Lince Veículos,

2008, do requisito 4.4.6 – Controle Operacional da NBR ISO 14001:2004.

Por fim, considerou-se que a estratégia, Sistema de Gestão Ambiental, torna-

se consagrado através dos treinamentos aplicados a todos stakeholders envolvidos e

principalmente a responsabilidade tomada aos mesmos.

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7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Os instrumentos apresentados neste projeto de estudo, administração verde,

empresa sustentável e implantação do SGA, são de grande veracidade e riqueza

imensurável aos benefícios que podem trazer a organização. Salienta ainda, a

incorporação permanente da variável ambiental na cultura da organização referente aos

novos processos, procedimentos e consciência adquiridos.

O presente estudo traz novas concepções de sugestões de estratégias verdes

que podem ser adotadas às organizações que pretendem obter um diferencial ou aliado

forte à concorrência na conquista de clientes e mercado.

O processo de implantação do Sistema de Gestão Ambiental exige mudanças

nas concepções, valores e condutas da empresa. Como um processo em que a política e a

visão da empresa são essenciais para o seu sucesso, há necessidade de um procedimento

de condução destes valores a todos envolvidos, de forma que gerentes, funcionários e

colaboradores entendam, apliquem e incorporem em suas atitudes. Mesmo as mudanças

estruturais e físicas, como modificações no processo, há necessidade de treinamento para

condução correta e eficaz.

O ponto doce de sustentabilidade adotado por uma empresa qualquer, que não

consegue mantê-lo consolidado, pode corromper sua inter-relação com os stakeholders,

fragilizando e comprometendo todo o Sistema implantado.

O descumprimento legal ocasiona tensões diante da severidade de órgãos

ambientais competentes, e o não cumprimento do atendimento ao do requisito 4.4.1,

Recursos, funções, responsabilidades e autoridades, da NBR ISO 14001:2004, ao passo

de colocar em risco a saúde pública, bem como a integridade do meio ambiente,

ocasionado pela poluição ambiental.

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Percebe-se que a consagração do Sistema dá-se pela responsabilidade de

todos envolvidos e processos consolidados, que permitem a capitalização de recursos

pelo bom gerenciamento dos resíduos.

Outro benefício dessa gestão é a certeza de que a organização se relaciona

com stakeholders treinados e competentes, o que garante a eficiência do Sistema,

contribuindo para a conservação de recursos naturais.

A representação da visão mais ampla de todo esse Sistema que envolve a

Implantação da NBR ISO 14001:2004 na Concessionária Lince Veículos SA, corresponde

a um processo mútuo entre as relações das partes interessadas, na atuação das

responsabilidades pertencentes à alta direção e aos stakeholders. Verifica-se que a

essência das ações do processo deve ser contínua para que haja resultado e o sistema flua.

Outro fator bastante interessante é o alcance do benefício a médio e longo

prazo ocasionado pela certificação do Sistema. A melhora da imagem da empresa, sem

dúvida atrai pra si uma grande parcela do mercado e ainda impulsiona as demais

empresas a obterem a mesma prática.

Os pontos de sustentabilidade indicam o desempenho ambiental nas quais se

recomenda a avaliação contínua através dos indicadores de desempenho adotados.

Recomenda-se ainda que as empresas adquiram o “selo verde”, emissão zero

expedida uma credenciadora nacional de neutralização de emissões atmosféricas, uma

ação voluntária que propicia o bem estar de toda a sociedade. A adesão do selo verde

significa que, a empresa está comprometida com as responsabilidades ambientais

referente à poluição atmosférica, fator agravante do aquecimento global, tão discutido na

atualidade.

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É importante salientar, que o Sistema de Gestão Ambiental ainda encontra-se

em fase final de implantação, portanto os resultados apresentados no presente projeto de

estudo são parciais, o que não impossibilitou a abordagem holística do sistema.

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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, J. et al. Gestão Ambiental: Planejamento, Avaliação, Implantação, Operação e Verificação. Rio de Janeiro: Editora Thex, 2002; Aspecto Geral da ISO 14000. Disponível em: <http://ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./gestao/index.html&conteudo=./gestao/iso.html>. Acesso em 04/10/2007;

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14.001: Sistemas de gestão ambiental - Requisitos com orientação para uso. 2ª Edição. Rio de Janeiro: ABNT, 2004;

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14004: Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes Gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio. Rio de Janeiro: ABNT, 1996;

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004: Resíduos Sólidos – classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004;

ASSUMPÇÃO, Luiz Fernando Joly. Sistema de Gestão Ambiental: Manual Prático para Implementação de Sistema de Gestão Ambiental e Certificação ISO 14001/2004. 2ª Edição rev. e atualizada. Curitiba: Editora Juruá, 2007;

BACKER, Paul de. Gestão Ambiental: A Administração Verde. França: Editora Qualitymark, 1995;

Benefícios da ISO 14001 para as empresas. Disponível em: <http://.qsp.org.br/beneficios_14001.shtml> Acesso em 20/10/2007;

BETTIOL, Vanderlei Rodrigo. Benefícios da Certificação da ISO 14001. Universidade de Caxias do Sul - Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. UCS, 1996. Disponível em: <http://hermes.ucs.br/ccet/deme/emsoares/inipes/iso/>. Acesso em 28/09/2007;

BRASIL. Lei Federal nº 6938, de 31 de agosto de 1981: Dispõe sobre a política nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, v.119, p. 16509, 02 set. 1981;

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BRASIL. Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997: Dispõe sobre procedimentos e critérios do licenciamento ambiental. Diário Oficial da União. Brasília, DF, págs. 30.841-30.843, 22 dez. 1997;

Gestão Ambiental. Disponível em: <http://universoambiental.com.br/Gestao/Gestao_ArtLinksTextos.htm> Acesso em 28/09/2007;

Modelo Econômico de Controle e Avaliação de Impactos Ambientais - MECAIA –UFSC 2002. Disponível em: <http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/1937.pdf>. Acesso em 15/10/2007. (Tese de Doutorado);

MOURA, Luiz Antônio Abdalla. Qualidade & Gestão Ambiental. 4ª Edição. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2004;

SAVITZ Andrew W.: A empresa sustentável: O verdadeiro sucesso é o lucro com responsabilidade social e ambiental. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2007;

SCHERER, Martha Pacheco; POLEDNA, Silvia R. Caballero. Marketing Verde: Um Instrumento de Competitividade ou de Sobrevivência?. Faculdade de Economia/UFRGS – PIBIC/CNPq, 2006;

SEIFFERT, Mari Elizabete B.: Modelo de Implantação de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA – ISO 14001), Utilizando-se a Abordagem da Engenharia de Sistemas. Florianópolis: UFSC, 2002. (Tese de Doutorado);

SEIFFERT, Mari Elizabete B.: ISO 14001 - Sistemas de Gestão Ambiental: Implantação objetiva e econômica. 3ª Ed. rev. e ampl. São Paulo: Editora Atlas, 2007;

RESENDE, V. SOUZA, N. G. de; ESCOBAR, L. do Sistema de Gestão Ambiental – Lince Veículos SA. 3ª Edição. Goiânia, Lince Veículos SA. 2008;

TSM: Toyota Service Marketing – Guia e Planilha da Avaliação para Distribuidores. Manual TSM. Toyota Management do Brasil, 2006;

TSW: Toyota Sales Way – Manual do PVT (Processo de Vendas Toyota). Manual TSW; Versão 3.0, 2006.

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Anexo I

PROGRAMAS AMBIENTAIS I - Programa de Redução e Controle da Poluição Hídrica Impacto Ambiental: Poluição Hídrica OBJETIVO 1: Atingir eficácia da caixa de efluente

META: reduzir em 90% a taxa de DQO e DBO, a partir das análises de entrada de efluente. INDICADOR: mg / L SETOR: Lavajato e Departamento de Meio Ambiente

1.1 - Plano de otimização e monitoramento do sistema SAO;

Ações Tipo da Ação

Prazo Data de início

Departamento Local Equipe envolvida

Responsáveis Resultado Esperado

1.1.1- Contratar laboratório especializado para realização de coleta e análises da eficiência do tratamento de efluentes.

A 30 dias 1/6/2007 Pós Venda Deptº de Meio Ambiente

Coordenação de Meio Ambiente

Coordenador de Meio Ambiente

Verificar o atendimento aos parâmetros

1.1.2 - Realizar análises periódicas para verificação de parâmetros legais

A jun/07 1/6/2007 Deptº de Meio Ambiente

Coordenação de Meio Ambiente

Coordenador de Meio Ambiente

Verificar o atendimento aos parâmetros da legislação Evidenciar a eficiência da SAO

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1.1.3 - Avaliar as análises emitidas pelo Laboratório através da elaboração de relatórios mensais

A A partir da 1ª análise

1/6/2007 Pós Venda Deptº de Meio Ambiente

Coordenação de Meio Ambiente

Coordenador de Meio Ambiente

Verificar o atendimento aos parâmetros da legislação Evidenciar a eficiência da SAO

1.2 – Plano de otimização e Controle das Operações do Lavajato. Ações Tipo

da Ação

Prazo Data de início

Departamento Local Equipe envolvida

Responsáveis Resultado Esperado

1.2.1 - Instalar central de dosagem de produtos para lavagem de veículos

I 60 dias 1/6/2008 Pós Venda Lavajato Gerente de Pós Venda

Gerente de Pós Venda

Padronização do Consumo de Insumos no lavajato

1.2.2 - Instalar aquecimento solar para água no Lavajato

I 60 dias 1/6/2008 Pós Venda Lavajato Gerente de Pós Venda

Gerente de Pós Venda

Reduzir o consumo de água por carro no lavajato

1.2.3 - Estabelecer o controle diário de carros lavados

A 60 dias 1/1/2008 Pós Venda Lavajato Gerente de Pós Venda

Gerente de Pós Venda

Desempenho Ambiental

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II - Programa de Controle de Emissões Gasosas Impacto Ambiental: Poluição atmosférica OBJETIVO 1: Emissão zero

META: Neutralizar as emissões gasosas em 2 anos, a partir dos dados de emissão do inventário de 2007 INDICADOR: Ton / CO/ massa carbonácea SETOR: toda a empresa

2.1- Plano de Neutralização de emissões de CO e CO2

Ações Tipo da Ação

Prazo Data de inicio

Departamento Local Equipe envolvida

Responsáveis Resultado Esperado

2.1.1 - Estabelcer parceria público - privada através da assinatura do convênio

A 30 dias 3/1/2008 Alta Direção Todos os departamentos

Alta Direção Coordenador de Meio Ambiente

Promover a neutralização das emissões de CO e CO2 advindas das atividades da Lince Veículos SA

2.1.2 - Realizar o inventário de emissões

A 30 dias 1/8/2007 Coordenação Todos os departamentos

Coordenaçáo de Meio Ambiente

Coordenação de Meio Ambiente

Promover a neutralização das emissões de CO e CO2 advindas das atividades da Lince Veículos SA

2.1.3 - Porvidenciar as mudas para o plantio conforme quantidade indicada no inventário

A 30 dias 3/1/2008 Alta Direção Todos os departamentos

Alta Direção Coordenador de Meio Ambiente

Estar com as mudas em boas condições para a ação do plantio

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2.1.4 - Realizar a ação de plantio de espécies na área indicada pela Prefeitura com a comunidade da Lince Veículos.

A 01 dia 21/1/2008 Alta Direção Todos os departamentos

Alta Direção Coordenador de Meio Ambiente

Participacão de todos no plantio

2.2 - Plano de Monitoramento e Controle de gases relatados no Protocolo de Montreal

Ações Tipo da Acäo

Prazo Data de início

Departamento Local Equipe envolvida

Responsáveis Resultado Esperado

2.2.1 - Adquirir equipamento reciclador de gases

I 60 dias 1/8/2007 Pós Venda Lavajato Técnicos Gerente de Pós Venda

Evitar o escape para atmosfera de gases

2.2.2 - Treinar funcionário para operação da máquina

T 30 dias 1/8/2007 Pós Venda Lavajato Técnicos Chefe da oficina

Evitar o escape para atmosfera de gases Pormover a operacionalização correta da máquina

Pós Venda Oficina Evidenciar a eficiência da

2.2.3 - Emitir relatório mensal de controle de emissões

A mensal 10/6/2007

Técnicos Gerente de Pós Venda

do equipamento reciclador de gases

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III - Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Impacto Ambiental: Poluição do solo

OBJETIVO 1: encaminhar os resíduos gerados e dar destino final correto de acordo com a classificação da NBR 10.004/2004

META: Separar 90% dos resíduos dando destinação correta em até 06 meses, a partir de novembro de 2007 INDICADOR: Kg / mês SETOR: Lavajato e oficina

3.1 - Plano de Separação dos Resíduos Gerados

Ações Tipo da Acäo

Prazo Data de início

Departamento Local Equipe envolvida

Responsáveis Resultado Esperado

3.1.1 - Adquirir os containeres suficientes

I 60 dias 1/8/2007 Pós Venda Lavajato Técnicos Gerente de Pós Venda

Organizar a separação de resíduos

3.1.2 - Treinar funcionários para conhecer a proposta por separação

T 30 dias 1/8/2007 Pós Venda Lavajato Técnicos Chefe da oficina

Socializar o correto procedimento

3.1.3 - Realizar controle diário de separação por classes

A diário 10/9/2007 Pós Venda Oficina Técnicos Gerente de Pós Venda

Evidenciar a eficiência da separação

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3.2 - Plano de Armazenagem e encaminhamento dos resíduos gerados

Ações Tipo da Acäo

Prazo Data de inicio

Departamento Local Equipe envolvida

Responsáveis Resultado Esperado

3.2.1 - Encontrar empresas parceiras, com documentação ambiental, para o encaminhamento de resíduos

I 60 dias 1/8/2007 Pós Venda Lavajato Técnicos Coordenador de Meio Ambiente

Encaminhar a maior quantidade de resíduos para a reciclagem

3.2.2 - Organizar os registros de saidas dos resíduos

A 30 dias 1/8/2007 Pós Venda Lavajato Técnicos Coordenador de Meio Amnbiente

Organizar monitoramento dos resultados dos procedimentos

3.2.3 - Organizar e identificar depósito temporário

A mensal 10/6/2007 Pós Venda Oficina Técnicos Gerente de Pós Venda

Manter o depósito sempre em conformidade com a NBR 12235

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IV - Programa de Redução do Desperdício de Recursos Naturais Impacto Ambiental: Esgotamento de recursos naturais

OBJETIVO: Reduzir o consumo de recursos naturais META 1 : reduzir o consumo de energia elétrica em 2 anos em 10% , a partir da média de consumo registrada em 2007. INDICADOR : consumo KW / mês

META 2: reduzir o consumo de água em 2 anos em 10%, a partir da média de consumo registrada em 2008. INDICADOR :m3 / mês

SETOR: toda a empresa

4.1 - Plano de Redução de Consumo de energia

Ações Tipo da Ação

Prazo Data de início

Departamento Local Equipe envolvida

Responsáveis Resultado Esperado

4.1.1 - Instalar equipamento de estabilizador de tensão

I 60 dias 1/8/2007 Toda empresa Toda empresa engenheiro especialista

Gerente Administrativo

Reduzir o consumo de energia

4.1.2- Realizar treinamento para conscientizacão dos funcionários

T 30 dias 1/9/2007 Toda empresa Toda empresa Todos os funionários

Coordenador de Meio Amnbiente

Promover a consciência para a promoção de atitudes de economia

4.1.3 - Organizar e identificar os registros de leitura

A mensal 10/6/2007 Toda empresa Toda empresa Coordenador de Meio Ambiente

Gerente de Pós Venda

Verificar objetivos e metas

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4.2 - Plano de Redução de Consumo de água

Ações Tipo da Ação

Prazo Data de início

Departamento Local Equipe envolvida

Responsáveis Resultado Esperado

4.2.1 - Instalar medidor de vazão

I 60 dias 1/8/2007 Toda empresa Toda empresa engenheiro especialista

Gerente Administrativo

Obter a leitura do consumo de água

4.2.2 - Realizar treinamento para conscientização dos funcionários

T 30 dias 1/9/2007 Toda empresa Toda empresa Todos os funionários

Coordenador de Meio Amnbiente

Pormover a consciência para a promoção de atitudes de economia

4.2.3 - Organizar e identificar os registros de leitura

A mensal 10/6/2007 Toda empresa Toda empresa Coordenador de Meio Ambiente

Gerente de Pós Venda

Verificar objetivos e metas

Fonte: Manual Ambiental, Lince Veículos, 2008