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E E S S T T U U D D O O D D E E A A V V A A L L I I A A Ç Ç Ã Ã O O D D A A A A C C Ç Ç Ã Ã O O I I N N T T E E G G R R A A D D A A D D E E B B A A S S E E T T E E R R R R I I T T O O R R I I A A L L V V A A L L T T E E J J O O RELATÓRIO FINAL ANEXOS JANEIRO DE 2008

Acção Integrada Valtejo

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estudo de avaliação, relatório final, anexos, Janeiro 2008

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  • EEESSSTTTUUUDDDOOO DDDEEE AAAVVVAAALLLIIIAAAOOO DDDAAA AAACCCOOO IIINNNTTTEEEGGGRRRAAADDDAAA DDDEEE BBBAAASSSEEE TTTEEERRRRRRIIITTTOOORRRIIIAAALLL

    VVVAAALLLTTTEEEJJJOOO

    RREELLAATTRRIIOO FFIINNAALL

    AANNEEXXOOSS

    JANEIRO DE 2008

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    NNDDIICCEE

    AANNEEXXOO AA.. LLIISSTTAAGGEEMM DDEE EENNTTIIDDAADDEESS EENNTTRREEVVIISSTTAADDAASS ................................................................................................ AA..11

    AANNEEXXOO BB.. EESSTTUUDDOOSS DDEE CCAASSOO ................................................................................................................................................ BB..11

    AANNEEXXOO CC.. AAPPUURRAAMMEENNTTOOSS DDOOSS IINNQQUURRIITTOOSS .................................................................................................................... CC..11

    AANNEEXXOO DD.. FFIICCHHAASS DDEE PPRROOJJEECCTTOO .......................................................................................................................................... DD..11

    1. AQUAPOLIS - Projecto de Ordenamento das Margens do Tejo em Barreiras do Tejo - Abrantes .......................................................................................... D.1

    2. AQUAPOLIS - Parque Urbano Ribeirinho de Abrantes - Acessos no Rossio ao Sul do Tejo .................................................................................................... D.5

    3. Aquaplis - Parque Urbano Ribeirinho de Abrantes - Concepo/ Construo de infra-estruturas ...................................................................................... D.9

    4. Aquaplis - Aude Insuflvel no Rio Tejo em Abrantes .......................................... D.13

    5. Rota dos Cntaros e Cantos .......................................................................... D.17

    6. Tecnopolo de Abrantes - CTA - Centro Tecnolgico Alimentar ................................ D.21

    7. Tecnopolo de Abrantes - CTA - Centro Tecnolgico Alimentar - Equipamento ............. D.25

    8. Valorizao Ambiental e Paisagstica de Santa Margarida - Integrao Paisagstica do Aude .................................................................................. D.29

    9. Valorizao Ambiental e Paisagstica de Santa Margarida - 2 Fase: Parque Ambiental ................................................................................................ D.33

    10. Plano de Ordenamento das Margens do Tejo e do Zzere - (POMTEZE II - 1 Fase) ...................................................................................................... D.37

    11. Requalificao Urbana e Ambiental de Constncia .............................................. D.41

    12. Centro Nutico de Constncia ....................................................................... D.45

    13. Centro de Cincia Viva de Constncia - 2 Fase .................................................. D.49

    14. Reabilitao Urbana de Vila Nova da Barquinha .................................................. D.53

    15. Acessos ao Castelo do Almourol ..................................................................... D.57

    16. Remodelao e construo de rampas e cais da frente marginal do Rio Tejo .............. D.61

    17. Cais da Ilha do Almourol e reconstruo de rampa Varadouro ................................. D.65

    18. Centro Nutico de Vila Nova da Barquinha ........................................................ D.69

    19. Parque Urbano de Vila Nova da Barquinha - 1 Fase ............................................. D.73

    20. Parque Urbano de Vila Nova da Barquinha -2 Fase .............................................. D.77

    21. Parque do Almourol - Requalificao do Arripiado - 1 Fase ................................... D.81

    22. Parque do Almourol - Requalificao do Arripiado - 2 fase .................................... D.85

    23. Parque do Almourol - Miradouro do Almourol ..................................................... D.89

    24. VALTEJO - Projecto de Sinaltica do Parque Almourol .......................................... D.93

    25. VALTEJO - Chamusca XXI - Centro de Inovao e Competitividade Empresarial - Centro de apoio a Empresas ........................................................................ D.95

    26. Estudos Prvios e Projecto de Execuo de Infra-estruturas e Equipamentos a implantar no Parque Almourol .......................................................................... 99

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    27. Estudo Base de Planeamento, Viabilidade e Mercado dos Equipamentos a instalar no Parque Almourol ......................................................................... D.101

    28. Projectos Tcnico, Definio de contedos, Estudo de logtipo e Normas Grficas para Intervenes Integradas no Projecto Parque Almourol ....................... D.105

    29. Projecto de Arquitectura do Museu do Almourol ................................................ D.107

    30. Projecto de Execuo do Ancoradouro de Tancos; Estudo Geotcnico; Levantamento Topogrfico, Projecto Especialidades do Museu Almourol .................. D.109

    31. Aquisio de Equipamentos para Recreio e Desportos Nuticos, Equipamento Informtico e Equipamento de Transmisses .................................................... D.113

    32. Aquisio de fatos de proteco e material de canoagem, vesturio, de insuflveis, BTT, Montanhismo, tiro ............................................................... D.117

    33. Parque Almourol Projecto de Aquisio de Equipamentos para Desportos Nuticos, Turismo Activo e Aventura .............................................................. D.121

    34. Parque Almourol Aquisio de Materiais e Equipamento para apoio s Actividades Turismo Activo e Aventura ........................................................... D.123

    35. Parque Almourol - Mapas, Percursos TT/BTT/pedestres, Provas Combinadas/Provas Tipo Challanger Trophy ..................................................... D.127

    36. Projecto de Concepo e Construo do Centro de Formao Outdoor do Parque Almourol ....................................................................................... D.131

    37. Aquisio e montagem de elementos de sinaltica no territrio abrangido pelo Projecto Parque Almourol ..................................................................... D.135

    38. Remodelao e requalificao do Cine-Teatro da Chamusca ................................. D.139

    39. Cine-Teatro da Chamusca - Estrutura Funcional ................................................. D.143

    40. Centro Regional de Artesanato - Remodelao das Instalaes Existentes - 1 Fase ...................................................................................................... D.147

    41. Valorizao Turstica da Vala de Alpiara-1fase ................................................ D.151

    42. Valorizao Ambiental da Albufeira dos Patudos - 2 Fase .................................... D.155

    43. Reconverso Urbanstica do Centro Cvico de Alpiara ......................................... D.159

    44. Infra-estruturas da Zona Industrial - 3 Fase ..................................................... D.163

    45. Estudo de Viabilidade da Universidade do Vinho - Alpiara ................................... D.167

    46. Parque Urbano da Zona Norte de Almeirim ....................................................... D.171

    47. Valorizao Urbana da Tapada-Ribeirinha ........................................................ D.175

    48. Requalificao do Centro Cvico de Almeirim .................................................... D.179

    49. Requalificao Ambiental e Infra-estruturao da Zona de Localizao das Actividades Econmicas de Almeirim - 1- fase .................................................. D.183

    50. Reconstruo do Cine-Teatro de Almeirim ....................................................... D.187

    51. Requalificao Urbana de Almeirim - Remodelao do Jardim dos Charcos ............... D.191

    52. Centro de Corte e Fabrico de Enchidos Tradicionais com Certificao ...................... D.195

    53. Construo da circular urbana de Almeirim - 1 Fase - Troo entre a EN 118 e a Estrada Vale Barroca ............................................................................... D.199

    54. Primeira fase de requalificao da margem do rio Tejo em Santarm - Projecto Al-margem .................................................................................. D.203

    55. Recuperao e Revitalizao do Centro Histrico de Santarm .............................. D.207

    56. Valorizao Urbanstica da Praa S da Bandeira e Rua Serpa Pinto ........................ D.211

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    57. Centro Hpico do CNEMA ............................................................................. D.215

    58. CNEMA LAZER .......................................................................................... D.219

    59. Muralhas de Santarm ................................................................................ D.223

    60. Muralhas de Santarm - 2 Fase .................................................................... D.227

    61. Requalificao da Zona Ribeirinha de Coruche .................................................. D.231

    62. Observatrio do Sobreiro e da Cortia ............................................................ D.235

    63. Lezria em Rede - 1 fase ............................................................................ D.239

    64. Remodelao e Ampliao do Dique de Proteco da Vila de Coruche ..................... D.243

    65. Valorizao Ambiental e Paisagstica no mbito do VALTEJO - Projecto de Execuo ................................................................................................ D.247

    66. Valorizao Ambiental e Paisagstica .............................................................. D.251

    67. Valorizao Ambiental e Paisagstica - 2 fase ................................................... D.255

    68. Recuperao Paisagstica (Rua do Rossio -Trasmonturos / Rec. Ponte da Vala) ........... D.259

    69. Arranjo Urbanstico de Zonas Ribeirinhas de Benavente e Samora Correia ................. D.263

    70. Parque Ribeirinho de Samora Correia - Arranjo Urbanstico................................... D.267

    71. Parque Ribeirinho de Benavente - Arranjo Urbanstico......................................... D.271

    72. Ponte Pedonal sobre o Rio Sorraia ................................................................. D.275

    73. Beneficiao / reformulao do Parque 25 de Abril em Benavente ......................... D.279

    74. Recuperao do Pteo do Valverde - 2fase ...................................................... D.283

    75. Museu Ferrovirio - Edifcio 24 ...................................................................... D.287

    76. Complexo EQUUSPOLIS ............................................................................... D.291

    77. Maratona do Vale do Tejo 2005 ..................................................................... D.295

    78. Programa de Reabilitao do Tejo - I Encontro .................................................. D.299

    79. Plano Estratgico de Desenvolvimento do Turismo para a Albufeira de Castelo de Bode ................................................................................................. D.303

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    AANNEEXXOO AA.. LLIISSTTAAGGEEMM DDEE EENNTTIIDDAADDEESS EENNTTRREEVVIISSTTAADDAASS

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    A.1

    Entidades entrevistadas Responsvel entrevistado

    Cmara Municipal Abrantes Dr Ana Neves Chefe da Diviso Financeira Dr Sandrina Magalhes - Diviso Financeira

    Cmara Municipal Alpiara Vereador Jos Carlos Ferreirinha (Pelouro Ambiente, Ambiente, Planeamento e Urbanismo)

    Cmara Municipal Azambuja Presidente Dr. Joaquim Ramos Dr. Marco Leal - Vereador do Pelouro da Cultura

    Cmara Municipal Chamusca

    Vereador Francisco Matias Eng. Evelina Cebola Dr. Joo (Responsvel pelos Fundos Comunitrios)

    Cmara Municipal Constncia Vereador Antnio Pratas Eng. Jorge Heitor - Diviso de Oobras

    Cmara Municipal Coruche Dr. Osvaldo Ferreira -Gabinete de Planeamento e Desenvolvimento Econmico

    Cmara Municipal Entroncamento Dr. Gilberto Martinho -Departamento Administrao Geral Finanas

    Cmara Municipal Salvaterra de Magos Eng. Carlos Alves Responsvel pelos Fundos Comunitrios. Diviso de Obras Municipais, Saneamento e Urbanismo

    Cmara Municipal Santarm Dr. Francisco Moita Flores - Presidente Dr. Slvia Venncio - Departamento Financeiro, Seco de Compras e Aprovisionamento

    Cmara Municipal Goleg Dr. Veiga Maltez - Presidente

    Cmara Municipal Almeirim Dr. Jos Sousa Gomes- Presidente (resposta escrita)

    Cmara Municipal Benavente Eng. Mrio Jorge Barcelos - Director do Departamento Municipal de Obras, Urbanismo, Ambiente e Servios Urbanos

    Cmara Municipal Vila Nova da Barquinha

    Dr. Victor Miguel Pombeiro - Presidente

    Comunidade Urbana Lezria do Tejo Dr. Antnio Torres Administrador Executivo NERSANT/Sociedade Parque Almourol Dr. Jos Eduardo Carvalho - Presidente

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    AANNEEXXOO BB.. EESSTTUUDDOOSS DDEE CCAASSOO

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.1

    1. PROJECTO PARQUE ALMOUROL

    (a) Elementos de caracterizao

    Na sequncia das negociaes com a Comisso de Coordenao e Desenvolvimento

    Regional de Lisboa e Vale do Tejo para a implementao do Programa VALTEJO, nas

    quais o Ncleo Empresarial da Regio de Santarm (NERSANT) se empenhou

    expressivamente, foi necessrio definir a rea de actuao central deste ncleo

    empresarial. Os actores locais rapidamente perceberam o interesse de intervir no

    territrio, banhado pelo Tejo, entre Constncia e Vila Nova da Barquinha, dada a sua

    contiguidade no Distrito de Santarm" e que reunia as condies ideais para

    dinamizar um Projecto consistente de turismo activo e de aventura. Optou-se,

    portanto, por desenvolver um Projecto turstico que envolvesse 3 concelhos:

    Constncia, Vila Nova da Barquinha e Chamusca. Nascia assim o Projecto de carcter

    inter-municipal mais vincado do Programa VALTEJO.

    A iniciativa foi baptizada de Projecto Parque Almourol em virtude do papel central

    assumido pela ilha e castelo do Almourol como elemento cultural e simblico

    estruturante e federador do Parque, num espao organizado pelos Rios Tejo e

    Zzere, que funcionam como suporte das actividades de lazer e recreio, e como

    entidades paisagsticas e ambientais predominantes, e que em termos urbanos se

    estrutura em torno dos ncleos de Vila Nova da Barquinha, Arripiado, Tancos, Praia

    do Ribatejo e Constncia.

    Este Projecto visou: (i) a criao do principal plo do pas de turismo activo e de

    aventura, de natureza, de lazer, e de formao outdoor do pas; (ii) a requalificao

    urbana; e (iii) a dinamizao econmica das margens ribeirinhas do Tejo, entre

    Constncia, Arripiado e Vila Nova da Barquinha, numa rea que se estende por 12

    Km.

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.2

    O PARQUE ALMOUROL UM ESPAO ATRACTIVO PARA:

    Populao jovem, proporcionando um recreio activo e diversificado; Populao escolar, proporcionando visitas organizadas motivadas pelos temas da histria,

    do Tejo, da natureza, e da posio Geo-estratgica do Almourol; Populao da Regio e em particular da rea Metropolitana da Lisboa, proporcionando

    condies singulares para o lazer e recreio de fim-de-semana; Populao local, oferecendo espaos e equipamentos de recreio e lazer de proximidade; Turistas de passagem (tanto nacionais como estrangeiros) nos corredores Norte-Sul (A1) e

    do Vale do Tejo (IP6 e IC3), proporcionando condies de visita e de estadia; Turismo Cultural, integrando o Parque nas rotas nacionais e regionais (Rota dos

    Templrios, Percursos de Natureza, Histria Camoneana). "Internautas" que podero utilizar um conjunto de informao e de programas

    interactivos sobre os temas do Parque.

    ESTRUTURADO EM TORNO de 3 EIXOS FUNDAMENTAIS:

    Cultural / Museolgica Com base no Museu Militar do Almourol, o Museu do Tejo e a Casa e o Horto de Cames;

    Ambiental / disfrute da natureza apoiado no Parque Ambiental e de Interpretao da Natureza (centro de cincia viva), no Observatrio da Natureza, e na estrutura de percursos de natureza e nos passeios ribeirinhos, pedonais e ciclveis.

    Desportiva / aventura com base nos ncleos de nutica de recreio, no Parque Challenger, e no centro de balonismo e paraquedismo.

    Os promotores do Projecto Parque Almourol - Nersant e Cmaras Municipais de

    Constncia, Vila Nova da Barquinha e Chamusca - constituram uma Sociedade de

    Capitais Mistos (Sociedade Parque Almourol Lda.), que assumiu o management e a

    coordenao deste Projecto, cujo investimento total ascendeu a mais de 33 milhes

    de euros repartido pelas autarquias, pela Sociedade Parque Almourol e pelos

    privados.

    Esta sociedade de capitais mistos tem a responsabilidade da gesto das seguintes

    actividades econmicas do Parque de Almourol: (i) gesto de concesses; (ii) gesto

    de investimentos; (iii) gesto de participaes; (iv) gesto de equipamentos e infra-

    -estruturas no concessionadas a privados; (v) gesto do Plano de Marketing e

    promoo do Parque; e (vi) gesto dos eventos e animao do Parque.

    O historial de composio e distribuio de capital um elemento fundamental para

    perceber a lgica do quadro das parcerias accionado neste Projecto, onde o papel

    das entidades privadas surge como parte integrante numa segunda fase de

    (re)composio do capital.

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.3

    Estrutura accionista do Parque Almourol, Lda., segundo a distribuio de capital

    1 Fase 2 fase NERSANT (52%)

    NERSANT Autarquias Privados

    Autarquias Cmara Municipal de Constncia (16,0%) Cmara Municipal de Chamusca (16,0%) Cmara Municipal de V. N. Barquinha (16,0%)

    A Sociedade afirmou-se como um entidade racionalizadora e federadora de

    interesses, com um papel decisivo na concepo do Projecto. Todas as obras tiveram

    um planeamento comum e foram guiadas por objectivos comuns, no quadro da

    modalidade de gesto adoptada.

    Feito o levantamento e planeamento de todas as reas de investimento a concretizar

    no quadro do Projecto, definiu-se um plano de investimento e sua distribuio pelos

    diferentes actores envolvidos. Este Plano de Investimento e Financiamento envolve

    tambm os privados, no obstante estes no terem acesso a financiamento no quadro

    do VALTEJO.

    Plano de Investimento e Financiamento

    Fonte: Nersant

    Promotores

    Misto Privado

    Autarquias Privados

    VALTEJO Outros

    Recursos prprios

    PRIME Recursos prprios

    Tipo Tipo

    Promotores Promotores

    Sociedade de Capitais Mistos (Autarquias/Nersant)

    VALTEJO Recursos prprios

    PPaarrqquuee AAllmmoouurrooll

    FFiinnaanncciiaammeennttoo

    IInnvveessttiimmeennttoo

    Pblico

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.4

    A anlise do investimento privado , todavia, uma das peas fundamentais para o

    sucesso desta complexa organizao, nomeadamente no que respeita construo e

    explorao de alojamento turstico no territrio.

    Investimento Pblico (com Financiamento "VALTEJO")

    Investimento Privado (sem financiamento VALTEJO)

    Parque Aventura Parque Formao Out-Door Restaurante

    Miradouro Almourol Turismo Activo e Aventura Pavilho virtual do Almourol e Observatrio da Natureza Casa Horto Cames

    Parque Ambiental Paraquedismo e balonismo Passeios Fluviais Clube de Frias

    Campismo e Caravanismo

    Hotel Residencial Urbanizaes

    Campo de Golfe

    (b) Elementos de realizao

    Actualmente, o VALTEJO tem j executadas ou em execuo uma parte significativa

    das verbas que lhe foram destinadas, tornando-se j visvel a presena dos

    investimentos infra-estruturantes nos diversos territrios de abrangncia. Este um

    momento crucial para a aposta em iniciativas que promovam a "descoberta" das

    novas margens do rio, atravs de circuitos tursticos, viagens de barco, promoo de

    mercados ribeirinhos nos antigos portos fluviais, entretanto recuperados, assim como

    todo um perfil de iniciativas de animao e dinamizao, que constituem para o

    sector privado e sociedade civil em geral, um conjunto de potencialidades

    construdas.

    Cerca de 63% (21, 3 milhes de e euros) dos 33,6 milhes de euros de investimento

    global afecto ao Projecto Parque Almourol j est realizado, 1,4 milhes fica

    realizado em 2007, e est ainda por realizar quase 11 milhes de investimento

    privado.

    O investimento global referido est afecto realizao de Projectos variados e

    multifacetados, que se distribuem por toda a extenso do territrio seleccionado

    para interveno (Constncia, Vila Nova da Barquinha e Chamusca), conforme

    espelha o mapa que se segue.

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.5

    PARQUE ALMOUROL - Projectos Previstos

    Fonte: Nersant

    A maioria das obras identificadas no mapa j est realizada (ver caixa abaixo) e os

    respectivos equipamentos ou infraestruturas j esto em funcionamento, sendo

    alguns dos seus efeitos j visveis, embora seja ainda cedo para percepcionar os

    impactos e resultados do Projecto em toda a sua extenso. j evidente que se

    conseguiu dar uma nova imagem aos territrios do Vale do Tejo e criar a condies

    para o desenvolvimento de actividades de turismo activo e desportivo, na medida em

    que houve uma melhoria significativa deste espao em termos da sua fruio ldica e

    desportiva. Neste territrio requalificado so hoje frequentes passeios pedestres,

    actividades de canoagem, visitas aos vrios Centros criados, momentos de lazer e

    diverso para diferentes perfis de populao nos vrios parques construdos ou

    requalificados/reabilitados, entre muitas outras manifestaes que revelam o

    interesse acrescido que este territrio adquiriu na sequncia do programa VALTEJO

    (festas, seminrios, ciclos e festivais de msica, campeonatos desportivos, animao

    infantil, exposies diversas pintura, escultura, etc.).

    Das obras realizadas, merece destaque o miradouro do Almourol local privilegiando

    de admirao e contemplao do Tejo. Este Projecto permitiu a fruio plena da

    Centro de Formao Out-door

    Parque Ribeirinho

    Centro Nutico V.N.

    Barquinha

    Desportos Nuticos

    Descidas de Canoa

    Rio Zzere

    Centro Nutico Constncia

    Casa Horto Cames Cais e Rampas

    Percursos Ribeirinhos

    Miradouro e

    Bar do Almourol

    Parque Ambiental de Santa

    Margarida

    Centro Cincia

    Viva Observatrio de Constncia

    Requalificao Urbana

    Sinaltica do

    Parque

    Plataforma de acesso ao Zzere

    Parque Aventura

    Museu

    Ancoradouro Arranjos

    ext e Bar do Castelo

    Paraquedismo

    e balonismo

    Ampliao do Bar/Miradouro do Almourol

    Novos

    Circuitos do

    Parque Ambiental de Santa Margarida

    Promoo

    Castelo Almourol

    Arranjo

    Paisagistico da Ilhal

    Empreendimento

    Turstico da Quinta do Parque

    Passeios

    pedestres

    Restaurantes

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.6

    paisagem e tem trazido bastante populao regio, sobretudo ao fim de semana. O

    miradouro em termos arquitectnicos um edifcio de referncia, da autoria do

    mestre Cutileiro. A musealizao do Castelo do Almourol, ncora do Projecto Parque

    Almourol, j deveria ser uma realidade, e s no o porque est implantado num

    espao (ilha) de servido militar, circunstncia que tem condicionado a interveno

    neste espao e por conseguinte impedido o sucesso pleno do Projecto. Tornar-se por

    isso fundamental para a sustentabilidade do Parque Almourol criar um museu vivo no

    Castelo do Almourol.

    Para alm da musealizao do Castelo encontram-se em realizao nos prximos

    anos, outros Projectos, nomeadamente, os percursos ribeirinhos, o Hotel Quinta do

    Almourol e elementos de sinaltica. Dever, entretanto, ser dinamizada uma bolsa

    de oportunidades de investimento privado associadas ao Parque, p.e., o parque

    aventura, as urbanizaes, as parcerias pblico-privadas de recuperao urbana nas

    margens ribeirinhas, e unidades de restaurao.

    Do conjunto de obras ainda por concluir evidencia-se a Sinaltica do Parque

    Almourol, que se revelou um Projecto de difcil implementao dadas as regras da

    Junta Autnoma de Estradas, que imperativo cumprir, e das prprias

    especificidades em termos de elementos de sinalizao de cada um dos municpios

    envolvidos, que foi preciso uniformizar para que se chegasse a um design comum

    para toda a extenso do territrio do Parque Almourol. Este Projecto, no estando

    ainda concludo, j est em andamento e a sua coordenao est a ser garantida pela

    Cmara Municipal de Vila Nova da Barquinha. Depois da sinaltica estar toda

    instalada espera-se que mais populao venha ao territrio. Mas para isso

    igualmente imprescindvel que se faa uma promoo conjunta do territrio

    (perspectiva adiante abordada).

    Destaque ainda para o centro de formao outdoor, que j no vai avanar como

    previsto, tendo o edifcio destinado ao efeito sido transformado em centro de

    competncias e certificao para a indstria dos resduos, no mbito do Projecto do

    Eco Parque do Relvo, funcionando em simultneo como a porta de entrada do Eco

    Parque. A deciso foi tomada depois de os promotores terem percebido da pouca

    viabilidade do Projecto inicial. A alterao do uso do equipamento implica tambm

    uma reviso da candidatura aos fundos comunitrios, no prximo Quadro de

    Referncia Estratgica Nacional (QREN), uma vez que a comparticipao financeira

    de Bruxelas ter agora um destino diferente, no vocacionado para o turismo e lazer

    mas para o ambiente.

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.7

    Domnios de infra-estruturao

    Equipamentos e infra-estruturas realizados:

    Centro de Cincia Viva /Parque Astronomia Centro Nutico de Constncia Descidas de Canoa do Rio Zzere Passeios Pedestres Casa Horto de Cames Parque Ambiental Santa Margarida Cais e Rampas Reabilitao urbana (Constncia, Arripiado, Vila Nova da Barquinha) Miradouro e Bar do Almourol Arranjos exteriores e bar do castelo

    Paraquedismo e balonismo Desportos Nuticos Centro Nutico de Vila Nova da Barquinha 1 e 2 fase Parque Ribeirinho de Vila Nova da Barquinha

    Equipamentos e infra-estruturas a realizar no QCA III

    Centro de formao Outdoor Sinaltica Ampliao do bar do miradouro do almourol Novos circuitos do parque ambiental de santa margarida Promoo

    Equipamentos e infra-estruturas a realizar no QREN 2007-2013

    Plataforma do Zzere Museu Parque aventura Musealizao do castelo Arranjo paisagstico da ilha do almourol Percursos ribeirinhos (troos) Ancoradouro Empreendimento turstico da quinta do parque

    Fonte: Nersant

    Do investimento privado concretizado/acordado no contexto deste Projecto constam:

    (i) concesses; (ii) empreendimento turstico da Quinta do Parque; e (iii) rede

    restaurantes. E na bolsa de oportunidades de investimento privado, fundamentais

    para a sustentabilidade futura do Projecto, encontra-se: (i) parque Aventura; (ii)

    urbanizaes; (iii) parcerias pblico/privadas de recuperao urbana junto das

    margens ribeirinhas; (iv) restaurao; e (v) centro de Formao Out-Door.

    A realizao das obras tem envolvido um vasto conjunto de gabinetes de arquitectura

    e de engenharia, incluindo o escultor Cutileiro j referenciado acima. E um vasto

    leque de empresas foi mobilizado no mbito deste Projecto1.

    1 Empresas que participaram no Projecto: Silvrio & Melro, S. A.; Mendes Construes, S. A.; Joo Salvador, Lda; Construes Aquino & Rodrigues, S. A.; Construtora do Lena, S. A.; J. C. Bartolomeu, Lda; Socoliro, S.A; Combarq Construtora da Barquinha, Lda; Planotejo; Fialho & Paulo; Civilena; Alpeso Construes, S. A.; Secal, Lda; Jos Frana, Lda; Geosolve, Lda; Mical; Alhers Lindley; Adriser; Schereder; Vibeiras e Ars Design.

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.8

    Informao relativa frequncia dos Equipamentos

    CONTROLE DE VISITANTES (2005)

    Equipamentos N. de visitantes Centro de Cincia Viva Parque de Astronomia 16.326 Parque Ambiental de Santa Margarida 39.326 Museu dos Rios 3.669 Jardim Horto Camoniano 2.230

    Total 61.551

    CONTROLE DE VISITANTES (Janeiro e Fevereiro de 2006)

    Equipamentos N. de visitantes Centro de Cincia Viva Parque de Astronomia 2.924 Parque Ambiental de Santa Margarida 3.539 Museu dos Rios 76 Jardim Horto Camoniano 657

    Total 7.196

    CONTROLE DE VISITANTES (At 20 de Maro de 2006)

    Centro de Cincia Viva - Parque de Astronomia N. de visitantes Janeiro 1.202 Fevereiro 1.722 Maro 2.047

    Total 4.971

    CONTROLE DE VISITANTES (At 20 de Maro de 2006)

    Centro de Cincia Viva Parque de Astronomia (Fora do Distrito)

    Origem N. de visitantes Leiria 533 Coimbra 643 Braga 76 Lisboa 1129 Ponte de Sr 187 Castelo Branco 324 Alcobaa 74 vora 418 Porto 304 Aveiro 87 Portimo 98

    Total 3.873

    CONTROLE DE VISITANTES (At 20 de Maro de 2006)

    Centro de Cincia Viva Parque de Astronomia

    Origem N. de visitantes Distrito de Santarm 1090 Outros Pases 12

    Fonte: Nersant

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.9

    (c) Elementos de Avaliao e Apreciao

    O Projecto Parque Almourol contribuiu para explorar o vasto potencial associado aos

    territrios do Vale do Tejo, que no tem a culpa de estar localizado em concelhos

    de pequena dimenso geogrfica e com dinmicas demogrficas negativas

    circunstncias que tm dificultado, ao longo dos anos, a explorao desse potencial.

    Este contributo foi manifesto atravs de um esforo colectivo (de vrios concelhos) e

    de um trabalho integrado, gerador de sinergias efectivas na obra realizada. A

    constatao de que hoje em dia os visitantes procuram um territrio e no um

    concelho para as suas actividades ldicas ter concorrido significativamente para a

    necessidade de promover um Projecto de natureza inter-municipal.

    Este Projecto ajudou a valorizar a regio ribeirinha do Tejo, a recuperar zonas

    (naturais e urbanas) degradadas, e a criar novos equipamentos e infra-estruturas,

    potenciando o desenvolvimento econmico-social dos 3 concelhos envolvidos. A

    notarieadade acrescida que estes territrios adquiriram nos ltimos anos,

    comprovada no afluxo crescente de visitantes regio, foi em grande medida

    impulsionada pelo Projecto do Parque Almourol.

    A primeira leva de intervenes enquadradas no Parque Almourol, ter pois,

    permitido criar as condies mnimas e bsicas para que os territrios em causa

    fossem visitveis em condies adequadas. O Castelo do Almourol era inacessvel,

    hoje pode-se chegar at ele. Os acessos s redes urbanas tambm foram melhorados,

    e foram criados equipamentos e infra-estruturas fundamentais para que se possa

    explorar o potencial turstico dos territrios do Vale do Tejo. Mas a participao dos

    privados agora determinante para tirar o mximo partido das condies criadas. O

    alojamento um dos grandes constrangimentos da regio. A criao de um conjunto

    de equipamentos no significa que se criem automaticamente as condies para os

    rentabilizar. Na rea do turismo, designadamente, a rentabilidade vem com a

    atraco das pessoas e a este nvel os territrios de interveno no tm a mesma

    capacidade de seduo de investimento de outras zonas do pas, com menos riscos

    para investir em hotelaria. Importa ter conscincia de que a anlise de risco muito

    importante para a tomada de decises dos privados. O hotel que se pensou

    inicialmente no est construdo e faz falta para capacitar a regio dos necessrios

    alojamentos.

    O Projecto Almourol trouxe um acrscimo de potencial a estes territrios, certo,

    mas ainda preciso trabalhar muito no sentido de maximizar esse potencial. Os

    efeitos e resultados obtidos com este Projecto manifestaram-se fundamentalmente

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.10

    ao nvel do territrio, da paisagem, do ambiente. Os efeitos econmicos e sociais

    embora tambm existam so menos expressivos. Porm, o territrio est agora

    bastante mais preparado para receber actividades, o que deixa antever

    perspectivas animadoras para a evoluo deste tipo de efeitos no futuro. A

    interveno no Parque Almourol est ainda a meio pelo que no se podem medir

    resultados como se estivesse concluda. Falta investimento imobilirio hoteleiro,

    como j se disse. Ao nvel dos desportos nuticos h j uma forte dinmica, existindo

    mesmo a necessidade de regulamentar o acesso ao rio (p.e., Constncia).

    Importa tambm desencadear uma forte aco de promoo do Parque Almourol. A

    candidatura j est na CCDR, para avaliao. preciso dar escala a este Projecto de

    promoo pelo que seria importante associar-lhe Abrantes. Esta promoo passa

    tambm por desenvolver uma srie de eventos para chamar a ateno para todos os

    Projectos do VALTEJO (Almourol, Aquaplis, e outros). E importa igualmente que

    exista uma boa gesto (integrada) dos produtos tursticos potenciados por esta

    iniciativa.

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.11

    2. PROJECTO AQUAPOLIS

    a) Elementos de caracterizao

    O Projecto AQUAPOLIS - Parque Urbano Ribeirinho de Abrantes consiste na

    reabilitao das duas margens do rio Tejo, junto encosta Sul da cidade de

    Abrantes, atravs de infra-estruturas para a prtica de desportos ao ar livre (remo,

    pesca desportiva, voleibol de praia, canoagem, tnis, etc.) e de actividades ldicas e

    espaos para a realizao de espectculos (animao cultural), tirando o maior

    partido possvel das suas potencialidades tursticas e desportivas.

    Abrange uma rea total de cerca de 85 hectares, dos quais 23 hectares respeitam

    Zona Norte, 13 hectares Zona Sul e 50 hectares a intervenes no prprio rio. No

    seu conjunto, forma o Parque Urbano Ribeirinho de Abrantes. A responsabilidade

    arquitectnica do Projecto esteve a cargo da empresa Antnio Garcia Arquitectos.

    constitudo por zonas pedonais, parque de merendas, bares, esplanadas, desportos

    nuticos, campo de voleibol de praia, bem como espaos de lazer e de animao

    cultural, que, pela sua dimenso e espelho de gua - resultante da construo do

    Aude Insuflvel -, detm todas as condies para ser um importante plo de

    atraco ldica e turstica.

    O investimento do Aquapolis foi repartido nas seguintes empreitadas:

    Ordenamento das Margens do Tejo em Barreiras do Tejo;

    Acessos no Rossio ao Sul do Tejo;

    Concepo/Construo das Infra-estruturas.

    Num investimento total de 7.174.580, cada um dos parceiros assumiu a seguinte

    comparticipao: Municpio - 1.489.876; Governo - 2.003.126; Unio Europeia -

    3.681.576

    A par das obras de requalificao das margens Sul e Norte do Tejo, o Projecto

    incluiu, como pea fundamental, um Aude Insuflvel que utiliza uma tecnologia

    inovadora, originria do Japo.

    O Aude o maior investimento de sempre numa nica empreitada no concelho de

    Abrantes. Tem 240 metros de extenso e desempenha um papel central na

    concretizao do Projecto Aquapolis, ao permitir represar as guas que formam o

    imenso espelho de gua no troo de rio, com 80 hectares, que se estende at junto

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    D.12

    povoao do Pego, dando origem ao que muitos designam como o Mar de Abrantes,

    que veio oferecer excepcionais condies para a prtica de desportos nuticos e

    actividades de lazer.

    Pelo seu carcter inovador, o Aude Insuflvel tornou-se num importante caso de

    estudo para os departamentos de engenharia e hidrulica de vrias universidades

    portuguesas, que ali tm feito deslocar tcnicos e estudantes para conhecerem esta

    obra de engenharia hidrulica de referncia - a nica obra de engenharia hidrulica

    em todo o Pas que recorre a comportas insuflveis.

    Fica localizado a cerca de 1 km a jusante da ponte rodoviria de Abrantes, no ponto

    mdio de transio em curva e contracurva que antecede o troo rectilneo com

    cerca de 2 km que termina junto vila do Tramagal, localizada a jusante. Permite a

    criao do j referido espelho de gua, vital para o desenvolvimento de espaos

    destinados prtica dos desportos nuticos e de actividades de lazer. Por outro lado,

    previu uma passagem para circulao das diversas espcies de peixes do Tejo,

    construda sobre uma plataforma rochosa situada na margem esquerda.

    constitudo por 5 vos e caracteriza-se, sobretudo, pela utilizao de comportas

    insuflveis com altura no superior a 3,20 m:

    O vo 1, adjacente escada de peixes, de 19,8 m, equipado com uma

    comporta insuflvel de 1,0 m de altura;

    Os vos 2, 3 e 4, de 45,0 m, so obturados por uma comporta insuflvel de

    3,20 m de altura;

    O vo 5 caracterizado por uma soleira descarregadora de beto com perfil

    do tipo Creager e com crista cota 22,50. O comprimento, de margem a

    margem, de aproximadamente 240,0 m.

    O Aude integra tambm uma passagem de peixes que se localiza na margem

    esquerda sobre a plataforma rochosa a existente, permitindo a circulao de

    diversas espcies pisccolas. Na margem direita integra-se o edifcio de comando,

    cota 36,0 m (cota de cheia milenar).

    Foi realizado um estudo de avaliao de impactes ambientais, dirigido no sentido de

    minimizao dos mesmos, com relevo para a anlise da necessidade de integrao de

    uma passagem de peixes e para a anlise relacionada com a vertente

    sedimentolgica do transporte slido no Rio Tejo.

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.13

    A empreitada para execuo do Projecto e respectiva obra foi objecto de concurso

    pblico internacional, tendo sido adjudicado ao Consrcio MSF Moniz da Maia, Serra

    & Fortunato Empreiteiros SA/Construtora do Lena, S.A./Seth Sociedade de

    Empreitadas e Trabalhos Hidrulicos, S.A.

    A obra teve incio a 4 de Novembro de 2004, com um prazo de execuo da

    empreitada de 670 dias (foi inaugurada em Junho de 2007). Esteve suspensa entre 29

    de Novembro de 2004 e 4 de Abril de 2005.

    No mbito do Programa Operacional Regional da CCDRLVT, foi assinado um Contrato-

    -programa, em Setembro de 2004, entre o Ministrio das Cidades e o Municpio de

    Abrantes, com a definio do processo de cooperao tcnica e financeira entre as

    diversas partes, com vista ao financiamento do Aude Insuflvel no Rio Tejo.

    O custo total do Projecto foi de 10.404.060,82, que representa o valor elegvel da

    candidatura. A cobertura da comparticipao financeira global do Projecto foi

    repartida e assegurada do seguinte modo:

    Comparticipao mxima do Fundo Estrutural do Desenvolvimento Regional

    (FEDER), disponibilizada atravs do Gestor do Programa Operacional Regional

    de Lisboa e Vale do Tejo, correspondente a 45% do custo total elegvel -

    4.681.827,37 euros;

    Comparticipao mxima do Ministrio das Cidades, Administrao Local,

    Habitao e Desenvolvimento Regional, atravs da CCDRLVT, correspondente

    a 25% - 2.601.015,21 euros. A comparticipao financeira do Ministrio das

    Cidades teve a seguinte repartio anual: 2004 520.203 euros; 2005

    1.690.659 euros; 2006 - 390.153 euros;

    O Municpio de Abrantes assegurou a cobertura financeira do remanescente do

    custo total da obra, correspondente a 30% - 3.121.218 euros

    b) Elementos de realizao

    A construo de infra-estruturas constitui uma forte componente para o

    desenvolvimento e sucesso do Aquapolis.

    Em termos de execuo fsica, o Aquapolis foi um Projecto de gesto difcil face ao

    carcter inovador em termos de engenharia hidrulica. Preconizaram-se algumas

    alteraes a componentes do Projecto, devido a constrangimentos ao nvel das

    comportas (na altura de o fornecedor, uma empresa japonesa, entregar as comportas

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    D.14

    verificou-se que as condies no eram vantajosas toda a cadeia de construo da

    comporta teria de ser feita na fbrica). Todavia, todos estes constrangimentos foram

    ultrapassados, tendo-se conseguido o sucesso de todo o Projecto de engenharia, que

    constitui, como se fez referncia, um caso de estudo para as universidades de

    engenharia.

    Existiram tambm algumas dificuldades na disponibilizao de terrenos para toda a

    infra-estruturao necessria do Aquapolis, o que atrasou um pouco a obra. No

    entanto, tambm este constrangimento foi ultrapassado, pelo que a Cmara

    Municipal ir em breve concluir todas as obras de infra-estruturas (parque infantil,

    zona de lazer, ).

    De seguida enumeram-se as infra-estruturas para as duas margens do Tejo:

    Na margem norte:

    Anfiteatro, ciclovia, campo de voleibol de praia (com as medidas oficiais), parque

    de merendas, zonas pedonais (as infra-estruturas anteriormente enunciadas esto

    em pleno funcionamento), campo polidesportivo, terrao das oliveiras, praia fluvial

    (um dos pontos de maior interesse), trs bares (dois dos quais j esto em

    funcionamento: Restaurante/Marisqueira See You; Disco Club gua Benta);

    Clube Nutico [ter como funcionalidades previstas: restaurante, ginsio, sala

    polivalente (reunies/exposies), arrecadao de embarcaes e jardim[; rampa

    de acesso ao rio/cais de atracagem e estacionamentos. A nvel cultural, salienta-se

    que constar no exterior, uma pea escultrica de grande dimenso, de Charters de

    Almeida, sob o tema "Cidade Imaginria: Portas e Passagens.

    Na margem sul:

    Zona verde; praa e auditrio com cobertura extensvel, ringue polidesportivo,

    zona de patins/skate, zonas pedonais, zona de estar, lazer e contemplao,

    estacionamentos.

    Tem um espelho de gua, criado atravs do aude insuflvel, fundamental para a

    potencializao do espao.

    Contudo, o factor histrico no foi esquecido, fazendo-se sobressair um conjunto

    de pilares de uma antiga ponte de barcas do sc. XIX (tambm designados por

    moures) e a Fonte dos Touros (antigo lavadouro pblico, recentemente

    restaurado).

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.15

    Alm dos dois bares j em funcionamento e do parque de autocaravanas (com

    protocolo com entidade europeia de caravanismo, pelo que Abrantes integra j os

    circuitos europeus de caravanismo), existe um Projecto para a construo de um

    hotel de quatro estrelas.

    c) Elementos de avaliao e apreciao

    O Aquapolis constitui um dos mais importantes e emblemticos Projectos do

    VALTEJO, no s pelos avultados investimentos envolvidos mas tambm pela

    mudana irreversvel de ambas as margens do Tejo em Abrantes, em termos de

    valorizao ambiental e paisagstica. Permitiu devolver o rio cidade, criar um

    extenso espelho de gua (ou mar de Abrantes) e dinamizar uma nova centralidade

    territorial no Mdio Tejo (com abrangncia regional, nacional e mesmo internacional,

    graas ao alcance conseguido por alguns eventos desportivos no domnio da

    canoagem).

    A concretizao deste Projecto, e o seu sucesso, s foi possvel devido forte

    articulao das vrias intervenes em ambas as margens e no domnio do aude

    insuflvel. A par da infra-estruturao promovida pela Autarquia, conseguiu-se a

    concesso de alguns espaos a privados, factor indispensvel dinamizao das

    actividades de animao, ldicas e desportivas.

    A sua dimenso e carcter inovador tornaram o Aquapolis um importante elemento

    de reforo das competncias internas da Cmara Municipal de Abrantes, conseguido

    atravs de um longo processo de aprendizagem que funcionou como ensinamento

    para os servios de outras Autarquias.

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.17

    3. COOPTCNICA

    a) Elementos de caracterizao

    Em termos metodolgicos, o conceito de Estudo de caso no presente exerccio de

    avaliao abrange componentes de anlise documental e entrevistas, contemplando

    estas ltimas um leque de vises desejavelmente contrastadas sobre as realizaes e

    efeitos dos Projectos e, igualmente a auscultao dos beneficirios finais.

    Neste caso concreto, o mesmo incide sobre a complementaridade entre intervenes

    materiais e imateriais. Neste sentido, uma anlise mais aprofundada permitir

    conhecer melhor os factores de risco e as condies de sucesso da referida

    abordagem, desde a fase da concepo/programao dos Projectos, e

    desenvolvimento das aces, incorporao/utilizao das competncias no

    desenvolvimento dos Projectos FEDER.

    A Cooptcnica - Cooperativa de Ensino e Formao Tcnico Profissional, CRL, foi

    fundada em 1989. Ao longo dos mais de 15 anos de existncia tem sofrido um

    crescimento sucessivo, sendo que, ao todo, esta entidade revela um patrimnio mais

    de 2000 alunos j formados. A cooperativa hoje reconhecida por diversas entidades

    empresariais e pblicas como uma instituio de ensino e formao em que assume

    particular destaque a Escola Profissional Gustave Eiffel (COOPTCNICA), escola

    profissional de referncia nas reas onde actua. Para alm desta que detida a 100%

    pela Cooptcnica tambm a Escola Intercultural, das Profisses e do Desporto, da

    Amadora, detida a 25%. e tem sido pioneira na formao extra-escolar.

    A Cooptcnica est, actualmente, em vias de ampliar a sua rea de actuao atravs

    da aquisio de mais espaos de formao bem como a participao em novos

    Projectos de formao, desenvolvimento e modernizao tecnolgica, dos quais se

    destaca a criao do Instituto de Ensino Superior e do Instituto Social e a

    participao activa na Agncia Lusfona para o Desenvolvimento e Cooperao, uma

    Organizao No Governamental, com o objectivo de desenvolver actividades de

    cooperao no espao da Comunidade de Pases de Lngua Portuguesa.

    Em termos de experincia de formao/domnios de acreditao da Entidade a

    organizao encontra-se actualmente acreditada pelo Instituto para a Qualidade na

    Formao IQF (Acreditao n. 1983 com validade at 09.02.2008), nos domnios do

    planeamento, concepo, organizao, desenvolvimento/ execuo de intervenes

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    D.18

    e actividades formativas e outras formas de interveno scio cultural ou

    pedaggica.

    No plano da sua experincia formativa, destacam-se as diversas modalidades de

    formao desenvolvidas ao logo da sua existncia, pelo que a tabela seguinte

    sintetiza a interveno da entidade nos domnios e modalidades de formao

    profissional.

    Domnios de formao

    Modalidades de formao

    Oferta formativa

    Qualificao inicial

    Cursos profissionais

    Trabalho Social e Orientao Electrnica e Automao Animador Scio-cultural Tcnico de Electrnica, Automao e Comando Tcnico de Apoio Infncia Tcnico de Mecatrnica Cincias Informticas Segurana Higiene do Trabalho Tcnico de Gesto e Programao de Sistemas Informticos Tcnico de Higiene e Segurana do Trabalho e Ambiente Tcnico de Gesto de Equipamentos Informticos Construo Civil e Engenharia Civil Audiovisuais e Produo dos Media Tcnico de Construo Civil Tcnico de Multimdia Gesto e Administrao Design Tcnico de Gesto Tcnico de Design Electricidade e Energia Tcnico de Energias Renovveis

    Cursos de especializao tecnolgica

    Electrnica e Automao Construo Civil Electrnica, Automao e Controlo Conduo de Obra Gesto Administrao / Secretariado e Trabalhos Administrativos Cincias Empresariais Gesto Aplicaes Informticas de Gesto Finana, Banca e Seguros Banca e Seguros * Tecnologias da Informao e Comunicao Instalao e Manuteno de Redes e Sistemas Informticos Administrao de Web Sites Tecnologias e Programao de Sistemas de Informao Desenvolvimento de Produtos Multimdia

    Sistema de Aprendizagem

    Contabilidade; Assistente Comercial Bancrio; Marketing; Informtica; Electrnica / Computadores; Seguros; Medidor Oramentista.

    (continua)

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.19

    (cont.)

    Domnios de formao

    Modalidades de formao

    Oferta formativa

    Adaptabilidade e aprendizagem ao longo da vida

    Certificados de aptido profissional

    Formao Pedaggica de Formadores Comrcio Qualificao Inicial de Empregado Comercial Tcnico de Vendas Tcnico Comercial Motorista de Txi Construo Civil Tcnico de Desenho de Construo Civil Tcnico de Topografia Tcnico de Medies e Oramentos Tcnico de Obras Higiene e Segurana no Trabalho Tcnicos Higiene e Segurana no Trabalho (1200h); Tcnico Superior Higiene e Segurana no Trabalho (540h); Curso de Coordenao da Segurana na Construo (200h

    Centro de reconhecimento, validao e certificao de competncias CRVCC

    A candidatura ao CRVCC foi aprovada em Fevereiro de 2005.

    Apoio produo de materiais didcticos

    Diversos livros em reas tcnicas

    b) Elementos de realizao

    Preparao e Desenvolvimento dos Projectos

    A candidatura da COOPTCNICA sustenta-se nas necessidades do Mdio Tejo,

    nomeadamente ao nvel da dinamizao das actividades ligadas ao turismo, lazer e

    cultura, consubstanciado na procura de novos espaos de interveno e apetrechando

    as populaes com novas dinmicas e atitude face ao uso e fruio dos equipamentos

    colectivos criados no mbito do VALTEJO.

    Com efeito, os objectivos formalizados pela COOPTCNICA em sede de candidatura

    Medida 2.4 so essencialmente: (i) a promoo e sustentabilidade do Vale do Tejo,

    conferindo-lhe visibilidade e notoriedade; (ii) a qualificao dos recursos humanos e

    promoo da empregabilidade; (iii) o incentivo ao sector do turismo, da cultura e do

    lazer; (iv) a valorizao do patrimnio cultural e natural; (v) a valorizao dos

    espaos ldicos urbanos; e (vi) a difuso de informao entre a comunidade e os

    servios intervenientes no desenvolvimento local e regional.

    No obstante, a importncia decisiva conferida existncia do PORLVT, dado que a

    entidade revela que no teria desenvolvido os Projectos sem os apoios do Programa,

    no quadro da preparao das candidaturas aos Projectos financiados pela Medida 2.4,

    foram essencialmente utilizados recursos prprios da entidade, assim como a

    utilizao de recursos prprios para assegurar a parte de auto-financiamento do

    Projecto.

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    D.20

    Os Projectos desenvolvidos pela Cooptcnica foram os nicos sobres os quais o

    modelo de gesto, acompanhamento, sistema de informao e prazos de aprovao

    dos Projectos no tiveram impactes no Projecto formativo. Este facto deve-se,

    sobretudo aos seguintes factores:

    no se registam dificuldades significativas no processo de candidatura;

    os Projectos no foram objecto de reprogramao temporal;

    os prazos envolvidos nas diferentes fases do processo de candidatura

    (apresentao da candidatura, respectiva anlise, aprovao e

    homologao) foram considerados razoveis;

    no foram sentidos problemas ou necessidades de ajustamentos.

    Ainda nesta componente, a responsvel pela formao da Cooptcnica afirma ter

    existido um acompanhamento bastante atento, particularmente por parte do Gestor

    do Programa, traduzindo este uma atitude muito atenta e prxima das actividades,

    onde a sua presena se verificou em todos as apresentaes e iniciativas

    comunitrias realizadas.

    Perfil dos formandos da formao VALTEJO

    Num primeiro momento, correspondente angariao de formados, no processo de

    divulgao, foram utilizadas folhetos em mailling regional nos concelhos do Mdio

    Tejo (Abrantes, Chamusca, Constncia, Entroncamento, Goleg, Santarm, Tomar,

    Torres Novas e Vila Nova da Barquinha). O recurso a anncios na imprensa regional

    foi igualmente uma estratgia da COOPTCNICA para a visibilidade e recrutamento

    dos potenciais formados VALTEJO.

    Os moldes em que se processa o recrutamento e seleco dos formandos constituem

    um momento importante para o sucesso da formao. Este realizado pela equipa de

    Coordenao, assessorado pelo tcnico de orientao vocacional da Cooptcnica

    (servio de Psicologia). A seleco feita com base num Inqurito vocacional,

    seguido de um entrevista e anlise curricular do candidato.

    J na fase de seleco est patente o esforo de articulao inicial proximidade

    dos prprios destinatrios com os Projectos da Medida 2.3. Deste modo, no processo

    de seriao foram prioritizados, sobretudo, critrios como a motivao demonstrada

    em entrevista, a formao escolar e qualificao profissional, o perfil e convico e

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.21

    expectativas demonstradas e, porventura, a ligao comunidade e aos territrios

    de interveno VALTEJO.

    Caracterizao dos formandos

    Verifica-se uma preponderncia dos formandos do sexo feminino excepo curso de

    Animao Multimdia de espaos pblicos. A idade mdia dos mesmos cifra-se entre

    os 25 e 30 anos

    A maioria dos formandos encontrava-se, data da formao, em situao de

    desemprego, estando dos restantes procura do 1. emprego. Ao nvel das

    habilitaes escolares, regista-se a presena de um peso significativo dos formandos

    com o ensino secundrio completo e mesmo com licenciatura ou bacharelato.

    A anlise da situao perante o trabalho dos formandos revela, por seu turno, um

    significativo conjunto dos que esto desempregados h menos de 1 ano, embora a

    presena de desempregados de longa durao seja relativamente forte. Menos

    significativo o peso dos que se encontram procura do 1. emprego.

    Projecto 1 (2.4/013)

    Curso Planeamento e animao de roteiros tursticos

    N Curso Animao Multimdia de

    espaos pblicos N

    Gnero Masculino 2

    Gnero Masculino 10

    Feminino 14 Feminino 6 Idade Mdia 26 Anos Idade Mdia 26 an

    Habilitaes Literrias

    < 9.ano

    Habilitaes Literrias

    < 9.ano 2 9. ano 9. ano 4 10/11. ano 10/11. ano 12. ano 12. ano 8 Licenciatura/ bacharelato Licenciatura/ bacharelato 2

    Perfil de desemprego 1. Emprego

    Perfil de desemprego

    1. Emprego

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    D.22

    Projecto 2 (cd 2. 4/019)

    Curso Turismo e Animao do patrimnio N Curso de Animao de Espaos de Lazer N

    Gnero Masculino 2

    Gnero Masculino 3

    Feminino 14 Feminino 13

    Idade < 25 anos 6

    Idade < 25 anos 3

    2-40 anos 10 2-40 anos 8 > 40 anos > 40 anos 3

    Habilitaes Literrias

    9. ano 2

    Habilitaes Literrias

    9. ano 6 10/11. ano 5 10/11. ano 3 12. ano 5 12. ano 2 Licenciatura/ bacharelato

    5 Licenciatura/ bacharelato

    3

    Perfil de desemprego 1. Emprego 4

    Perfil de desemprego

    1. Emprego

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.23

    Recrutamento e qualidade dos Formadores

    A fase de recrutamento dos formadores realizou-se tendo em considerao a

    especificadas do modelo formativo utilizado. O formador deve assumir-se mais como

    um organizador de experincias, um facilitador de comunicao do que como um

    professor tradicional, refere o interlocutor da Cooptcnica.

    Sinteticamente foram identificados quatro principais critrios de seleco:

    anlise curricular;

    experincia na formao de adultos;

    bom conhecimento da regio;

    experincia em Projectos de desenvolvimento regional.

    Uma primeira fase de anlise de currculos tem em conta a qualidade da formao

    acadmica e profissional, a experincia profissional, a apresentao visual e grfica

    da informao, a linguagem e ortografia e a coerncia da infirmao.

    Na fase de entrevistas procuram-se as caractersticas, motivao e interesses dos

    candidatos.

    Sos privilegiados, neste sentido, a experincia na rea de formao, a ligao

    comunidade, nomeadamente os contactos com associaes culturais, empresas e

    autarquias ou os movimentos regionais.

    Os aspectos de personalidade so igualmente aspectos valorizados, tais como a

    capacidade de comunicao, a cordialidade no relacionamento social, o interesse e

    nvel d curiosidade demonstrada em relao aos cursos.

    O recrutamento no 2. Projecto da Cooptcnica foi realizado atravs de uma base de

    dados j existente desde a primeira edio da formao VALTEJO da Cooptcnica.

    Para alm desta estratgia, a entidade recorreu a bases de dados interna e

    respectiva anlise curricular.

    Na base da seleco dos novos formadores, a entidade pondera um conjunto de

    critrios, conferindo especial destaque qualidade do currculo e experincia

    profissional, ao nvel de formao acadmica e especializao na rea tcnica

    especfica, experincia em formao profissional, ligao comunidade e aos

    territrios de interveno do VALTEJO e, aos aspectos de personalidade /entrevista

    (cordialidade, relacionamento social, nvel de expectativas e relao ao curso, entre

    outros).

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    D.24

    Por outro lado, excepo das reas tcnicas ainda no leccionadas no primeiro

    Projecto da Medida 2.4, a seleco abrangeu formadores internos que j

    colaboravam com a Cooptcnica e cujo desempenho mostra comprovada qualidade

    pedaggica.

    Com efeito, a estrutura do corpo docente apresenta a seguinte estrutura:

    6 Formadores internos (colaboradores permanentes da Cooptcnica)

    4 Formadores externos que colaboraram no 1. Projecto

    8 Formadores externos que nunca colaboraram com a Cooptcnica

    Ainda no mbito da preparao dos Projectos, as estratgias desenvolvidas pela

    entidade para a publicitao e divulgao planos de formao, junto da opinio

    pblica, dos pblicos-alvo e das organizaes empregadoras, baseiam-se em mailing

    em caixas postais, anncios nos meios de comunicao social bolsa de contactos da

    entidade e eventos culturais de apresentao2.

    Desenvolvimento e Recursos formativos - Relao com os Projectos da Medida 2.3

    VALTEJO

    Para a realizao da formao profissional prevista no Projecto a entidade recorreu,

    em grande parte das suas componentes, a recursos prprios. Apenas no caso dos

    formadores, alguns no faziam parte do quadro da entidade, como acima foi

    referido.

    Prprios Prprios e Externos

    Diagnstico de necessidades Concepo da formao Salas Equipamentos Avaliao Acompanhamento

    Formadores

    No que respeita filosofia dos modelos formativos utilizados pela entidade na

    dinamizao das aces de formao VALTEJO, este tm em linha de conta uma

    lgica de aproximao e fidelizao das comunidades aos Projectos e infra-estruturas

    colectivas criadas e dinamizadas pela Medida 2.3 VALTEJO. Para tal, a principal

    preocupao foi a construo de um pacote diversificado de actividades culturais que

    configurem o surgimento de novos pblicos e a constituio de parcerias

    comunitrias que aliciem os prprios formandos para um certo activismo social.

    2 Ver folhetos em Anexo.

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.25

    No que respeita s modalidades de formao utilizadas, regista-se a utilizao das

    metodologias de formaoaco, com mdulos de cariz geral, mdulos tcnicos e

    um mdulo de aplicao das aprendizagens adquiridas intitulado de Parcerias

    Comunitrias / Espao de Projecto que originou a Iniciativa Comunitrias e Estgio.

    Tendo em conta que a lgica da produo de potencial humano na regio uma

    tarefa que exige uma sinergia com as estruturas e agentes locais, a formao aco

    no se esgota na sala de aula, ao invs de outras modalidades de formao

    convencional. O prprio modelo pedaggico direcciona o formando para o auto-

    -desenvolvimento e interaco em dinmicas de grupo. Daqui decorre o papel fulcral

    dos Projectos e parcerias comunitrias desenvolvidas no interior da estrutura

    curricular da formao VALTEJO. Esta inteno de deslocalizao das sesses

    formativas apoia-se nos prprios equipamentos desenvolvidos na Medida 2.3.

    Com efeito, os modelos formativos concretos utilizados foram diversos e

    compreendem a formao terica (em sala), formao em contexto de trabalho,

    formao-aco, estudo de casos, discusses de grupo e anlise de filmes

    A prpria estrutura curricular dos cursos encontra-se bastante associada aos

    objectivos do VALTEJO. A estrutura modular dos Projectos de formao da

    Cooptcnica apresenta a seguinte configurao:

    Cronograma geral dos cursos VALTEJO Projecto 1 (2.4/013)

    Componentes Volume de formao Durao total do curso Entre 425 a 525 horas Formao terica 345-385 horas Estgio 70-90horas

    Fonte: Dados internos, Cooptcnica.

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    D.26

    Estrutura curricular dos Cursos VALTEJO Projecto 1 (2.4/013)

    Gesto e Animao de Equipamentos colectivos

    Planeamento e Animao de Roteiros Tursticos

    Animao Multimdia de Espaos Pblicos

    Criao do prprio negcio

    Marketing Comunitrio

    Componente geral

    Ambiente e Desenvolvimento Sust. Higiene e segurana TIC Relaes interpessoais Marketing Turstico e cultural Tcnicas de animao sociocultural Organizao financeira e contabilstica Histria e Geografia da Regio LVT

    Ambiente e Desenvolvimento Sust. Higiene e segurana TIC Relaes interpessoais Liderana, Equipas e tica empresarial Organizao e Gesto empresarial Comunicao e mediatizao

    Ambiente e Desenvolvimento Sust. Higiene e segurana TIC Animao e Interveno Comunitria Concepo e gesto de Projectos Gesto e Dinmica de grupos

    Componente Tcnica

    Concepo e gesto de Projectos Equipamentos colectivos da Regio LVT

    Animao Turstica Concepo e Gesto dos roteiros Tursticos

    Concepo e gesto de Projectos Elaborao de Planos de Negcios Sistemas informao Contabilstica e Financeira Plano de Marketing Relaes Pblicas Planeamento e Animao turstica Criao do Prprio negcio

    Tratamento de Imagem / Desenho Grfico udio Internet Vdeo Animao 2D Produo de contedos para Web

    Relaes pblicas Imagem e Comunicao Tcnicas de Marketing Meios audiovisuais

    Componente Prtica

    Estgio Estgio Feira de Projecto Estgio

    Feira de Projecto Estgio

    Estgio

    Fonte: Dados internos, Cooptcnica.

    Cronograma geral dos cursos VALTEJO Projecto 2 (2.4/019)

    Componentes Volume de formao Observaes Durao total do curso 1200 Horas 6 Horas de formao dia/ 40 semanas Formao terica 740 Horas 29 Semanas Estgio 280h 6 Horas por dia

    Parcerias comunitrias 180h 120 Horas ao longo do ano+ 2 semanas aps o estgio (60 horas) para preparao da Iniciativa Comunitria

    Turismo e Animao do Patrimnio Animao de Espaos de lazer

    Componente geral

    Ambiente e Desenvolvimento Sustentado Higiene e segurana aplicada s actividades tursticas TIC Desenvolvimento Pessoal e Qualidade de Vida Planeamento e Desenvolvimento Regional Histria e Geografia da Regio LVT

    Componente Tcnica

    Tcnicas de animao scio cultural Marketing Turstico Princpios bsicos de turismo Gesto cultural do Patrimnio Concepo de roteiros tursticos Imagem e Comunicao Audiovisual

    Concepo e gesto de Projectos culturais Tcnicas de animao scio cultural Marketing Cultural Equipamentos colectivos da Regio LVT Expresses criativas Tcnicas de Produo de Espectculos Imagem e Comunicao Audiovisual

    Componente Prtica Parcerias Comunitrias / Espao de Projecto Estgio

    Parcerias Comunitrias / Espao de Projecto Estgio

    Fonte: Dados internos, Cooptcnica.

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.27

    A arquitectura das aces de formao configura-se em 4 fases distintas. Uma

    primeira de formao aprendizagem, onde se leccionam os mdulos tericos

    (componente geral e componente tcnica), um segundo momento de formao aco

    associado ao mdulo parceria comunitria / Espao de Projecto, que incide no

    planeamento de umas actividades de cariz turstico ou scio cultural. Por ltimo, as

    duas seguintes fases compreendem a formao em contexto de trabalho/ estgio,

    designadamente nas organizaes satlites dos Projectos da Medida 2.3 e uma 4.

    fase de validao da formao onde se apresentam os trabalhos desenvolvidos

    durante os perodos e estgio.

    No mbito dos Projectos apoiados pela medida 2.4, foram constitudas as seguintes

    parcerias:

    Parcerias no mbito da formao em contexto de trabalho

    Parcerias no mbito dos Projectos comunitrios

    Parcerias no mbito da divulgao e realizao de eventos comunitrios

    Estas parcerias estimulam o acesso a novas reas de actuao complementares

    prpria actividade formativa, como sejam a produo e edio de material, a

    organizao de seminrios e colquios, a concepo de qualificao formativa e

    reconverso profissional, a realizao de actividades de animao sociocultural e a

    produo de eventos comunitrios.

    A avaliao que a entidade faz de algumas caractersticas das parcerias aponta para

    uma elevada qualidade da articulao institucional, pese embora um reduzida

    valorizao da sustentabilidade futura das mesmas.

    Relativamente aos domnios de interveno dos Projectos VALTEJO inscritos na

    Medida 2.3 que tm ligao directa com a formao desenvolvida e os principais

    elementos do plano de formao realizado em sede de candidatura Medida 2.4, os

    domnios de interveno inseremse em aces de formao que visam reforar

    competncias e dinamizar os domnios:

    Desenvolvimento do turismo e lazer

    Gesto e animao de espaos pblicos

    Promoo e divulgao da Imagem do Vale do Tejo

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    D.28

    Principais objectivos dos cursos de formao VALTEJO ao nvel da componente estgio/formao em contexto de trabalho

    Gesto e animao Turstico-cultural

    Gesto e Animao de Espaos Pblicos

    Marketing Comunitrio

    Cursos

    Gesto e Animao de Equipamentos colectivos

    Planeamento e Animao de Roteiros Tursticos

    Animao Multimdia de

    Espaos Pblicos

    Criao do prprio negcio

    Marketing Comunitrio

    Objectivo geral da Formao

    Formar tcnicos capazes de assegurar a dinamizao de espaos e equipamentos pblicos; planeamento de actividades socioculturais e gesto das ofertas culturais e educativas locais; Mobilizar recursos para a optimizao das infra-estruturas disponveis

    Formar tcnicos capazes de conceber e realizar Projectos de animao turstica. Dominar tcnicas de animao ligadas ao turismo e ainda tcnicas de marketing de roteiros tursticos

    Formar tcnicos capazes de conceber e realizar Projectos para a animao de espaos pblicos, para a realizao de espectculos ou qualquer outro tipo de evento multimdia. Estes tcnicos devero dominar os instrumentos e equipamentos necessrios realizao deste tipo de eventos

    Formar tcnicos aptos a dominar todos os aspectos inerentes criao de um negcio na rea do Marketing ou Turismo

    Formar tcnicos capazes de conceber e realizar Projectos para a concepo de um Plano de Marketing, dominando os diferentes tipos de abordagens sua concepo e gesto

    Objectivos e actividades de Estgio

    Observar o funcionamento das organizaes ao nvel dos recursos culturais e a sua dinamizao Caracterizar os recursos culturais existentes nas organizaes de acordo com a metodologia de inventariao dos equipamentos colectivos Planear actividades de carcter sociocultural Contribuir para a gesto das actividades culturais em curso de determinada organizao Utilizar tcnicas de expresso para a dinamizao de grupos (dramtica, plstica, outras) Utilizar as TIC na concepo e gesto das actividades culturais

    Observar o funcionamento das organizaes ao nvel dos recursos culturais e a sua dinamizao para a actividade turstica Analisar metodologias de animao turstica Conceber e realizar iniciativas de animao turstica Contribuir para a divulgao das actividades e ofertas tursticas Colaborar na concepo e implementao de roteiros tursticos nos territrios VALTEJO Utilizar as TIC na concepo e implementao dos roteiros tursticos Aplicar tcnicas de animao sociocultural na actividade de animao turstica Colaborar na divulgao turstica dos territrios VALTEJO

    Observar o funcionamento das organizaes a nvel de equipamentos culturais, nomeadamente no mbito das tecnologias multimdia Trabalhar com equipamentos multimdia nas reas do vdeo, udio, design grfico, animao 2 D, produo de contedos Web e TIC

    Analisar modelo de gesto e organizacional da organizao Observar i sistema de informao contabilstica e financeira praticada na organizao Analisar os aspectos inerentes poltica comercial da empresa Colaborar na promoo do negcio da organizao, nomeadamente atravs de formas de comunicao institucional Utilizar as TIC nas actividades de gesto da organizao

    Observar o funcionamento das organizaes a nvel de marketing, relaes publicas e / ou atendimento ao pblico Projeco da imagem da organizao junto da comunidade Concepo de um Plano de Marketing Desenvolver iniciativas que promovam a comunicao interna na organizao Utilizar as TIC e os meios audiovisuais na gesto das actividades de promoo da organizao

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.29

    Principais objectivos dos cursos de formao VALTEJO ao nvel da componente estgio/formao em contexto de trabalho

    Cursos Animao de Espaos de lazer Turismo e Animao do Patrimnio

    Objectivo geral da Formao

    Formar tcnicos capazes de animar espaos de lazer, atravs da concepo de Projectos ldicos e artsticos, bem como propor e gerir programas de actividades culturais para os equipamentos colectivas da regio VALTEJO

    Formar tcnicos capazes de conceber e desenvolver actividades tursticas e de animao do patrimnio, em parceria com as entidades e agentes de desenvolvimento regional

    Objectivos e actividades de Estgio

    Observar o funcionamento das organizaes a nvel de equipamentos / recursos culturais e da sua dinamizao Caracterizar os recursos culturais existentes nas organizaes de acordo com a metodologia de inventariao dos equipamentos colectivos Planear actividades de carcter sociocultural Contribuir para a gesto das actividades culturais em curso de determinada organizao Utilizar tcnicas de expresso para a dinamizao de grupos (dramtica, plstica, outras) Utilizar as TIC na concepo e gesto das actividades culturais

    Observar o funcionamento das organizaes ao nvel dos recursos culturais e a sua dinamizao para a actividade turstica Analisar metodologias de animao turstica Conceber e realizar iniciativas de animao turstica Contribuir para a divulgao das actividades e ofertas tursticas Colaborar na concepo e implementao de roteiros tursticos nos territrios VALTEJO Utilizar as TIC na concepo e implementao dos roteiros tursticos Aplicar tcnicas de animao sociocultural na actividade de animao turstica Colaborar na divulgao turstica dos territrios VALTEJO

    No sentido da melhor adequao entre as competncias e o grau de preparao

    adquiridos nos estgios e as exigncias profissionais associadas aos Projectos

    VALTEJO, assim como a incorporao / utilizao de competncias no

    desenvolvimento dos Projectos, foram desenvolvidas diversas actividades in loco a

    alguns locais emblemticos da Medida 2.3.

    No primeiro Projecto desenvolvido pela Cooptcnica, desenvolveram-se ao longo da

    formao actividades e Projectos que permitiam: (i) consolidar os conhecimentos

    adquiridos; (ii) reforar a ligao comunidade e o conhecimento do meio; e (iii)

    preparar os contextos pedaggicos inerentes aos estgios e a recolha de elementos

    para a realizao dos trabalhos prticos.

    Essas actividades basearam-se sobretudo em:

    Visitas de estudo

    Colquios

    Atelier de animao

    Projectos de animao scio cultural

    Projectos multimdia

    Actividades de apresentao comunidade / feira de Projectos

    Estgios

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    D.30

    Deste potencial de ligao ais Projectos desenvolvidos na Medida 2.3, registam-se

    diversas actividades, nomeadamente as que se destacam nos seguintes exemplos de

    evidncia:

    Perfil de actividade

    Equipamento VALTEJO - Medida2.3 Contexto de formao Objectivos

    Visita de estudo

    Equuspolis - Goleg Mdulo de equipamentos colectivos da Regio LVT.

    Conhecimento de um dos mais importantes equipamentos VALTEJO em termos de potencialidades paras as actividades culturais, de lazer e desporto

    Parque ambiental de Santa Margarida

    Gesto e animao de equipamentos colectivos Marketing Comunitrio Mdulo Meios audiovisuais

    Divulgao da infra-estrutura VALTEJO. Sensibilizar os formandos para as temticas ambientais. Realizao de trabalhos de vdeo e fotografia para a Realizao de portfolios tem+ticos e montagem de filmes sobre a regio

    Castelo de Almourol, Museu dos Rios e das Artes Martimas de Constncia

    Mdulo Histria e geografia da regio de Lisboa e Vale do Tejo Animao Multimdia de Espaos Pblicos- Vdeo

    Percursos tursticos de Barcos de Recreio entre o cais de Tancos e o Castelo de Almourol Captao de imagens para montagem de vdeos sobre o Parque Almourol.

    Zona ribeirinha de Vila Nova da Barquinha

    Gesto e Animao de Espaos Colectivos Equipamentos colectivos da Regio LVT

    Conhecimento das obras em curso no Parque urbano e centro nutico

    Centro Cincia Viva de Constncia

    Gesto e Animao de Espaos Colectivos

    Divulgao da oferta de equipamentos na rea cientfica

    (continua)

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.31

    (cont.)

    Perfil de actividade

    Equipamento VALTEJO - Medida2.3

    Contexto de formao Objectivos

    Visita de estudo (cont.)

    Cine Teatro S. Pedro e Aquapolis - Abrantes

    Gesto e Animao de Equipamentos Colectivos Mdulo ECRLVT

    Conhecimento de dois equipamentos colectivos da regio, nomeadamente o complexo Aquapolis, um dos mais importantes do Programa VALTEJO.

    Constncia e Praia do Ribatejo

    Planeamento e Animao de Roteiros Tursticos Mdulo Concepo e Gesto de Roteiros Tursticos

    Apresentao de um roteiro gastronmico na Praia do Ribatejo e roteiro turstico na vila de Constncia

    Estaes de caminho de ferro entre Entroncamento e Abrantes

    Feira de Projectos

    Preparao da actividade de encerramento da formao Estao VALTEJO e A Desforra do Rio. Levantamento das condies tcnicas e logstica das estaes de Almourol, Praia do Ribatejo, Santa Margarida e Tramagal.

    Projectos de animao scio cultural

    Parque ambiental de Santa Margarida

    Gesto e Animao de Espaos Colectivos Tcnicas de animao scio -cultural

    Actividades destinadas a dois pblicos distintos terceira idade e pblico infantil: jogos tradicionais, teatro sobre temtica ambiental A Salvao da Velha Macieira, pintura facial, esculturas de bales, malabarismo, jogos ecolgicos.

    Planeamento e Animao de Roteiros Tursticos Mdulo Marketing Turstico e Cultural

    Campanha de solidariedade para a recolha de donativos para o CERE- Centro de Educao e Reabilitao do Entroncamento. Aplicao de metodologias de marketing cultural, atravs da implementao do mecenato cultural.

    Projectos Multimdia

    Transversal

    Gesto e Animao de Espaos Colectivos Equipamentos Mdulo colectivos da Regio LVT

    Diaporama sobre os Equipamentos Colectivos da Regio VALTEJO

    Transversal Animao Multimdia de Espaos Pblicos- Mdulo Vdeo

    Vdeo Estao VALTEJO e Terra de gua

    As actividades de promoo da formao constituem igualmente um elemento

    central de balano neste mbito, tendo em conta o contacto directo com a

    comunidade e a comunicao dos resultados obtidos ao longo do processo formativo.

    Duas principais actividades de promoo foram perspectivadas como estratgias de

    ancoragem:

    Apresentao dos cursos comunidade Estao VALTEJO

    Actividade de encerramento da formao / Feiras de Projectos A

    Desforra do Rio

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    D.32

    Estes dois eventos partem do pressuposto de que a formao deve-se realizar-se em

    articulao estrita com os Projectos VALTEJO (Medida 2.3), entendidos como palcos

    de aprendizagem e matria-prima para os Projectos de formao. Por outro lado,

    este tipo de actividades permite igualmente exigir o envolvimento dos formandos

    num processo de partilha comunitria dos territrios VALTEJO.

    Na mesma lgica, o papel dos estgios e da formao em contexto de trabalho na

    relao com os Projectos da Medida 2.3 fundamental. A realizao de protocolos de

    estgio / formao em contexto de trabalho destina-se a enquadrar as actividades

    dos formandos, tendo em conta objectivos como a consolidao e aplicao dos

    conhecimentos adquiridos ao longo do curso, assim como o contacto com situaes

    reais que facilitam a futura (re) insero na vida activa.

    No final da formao terica e antes da Iniciativa Comunitria, so estabelecidos

    contactos directos com situaes reais de trabalho, permitindo a valorizao do

    patrimnio cultural do Vale do Tejo e, igualmente, no sentido da preparao do

    terreno para a implementao da Iniciativa Comunitria.

    No processo das colocaes em estgio houve a interveno do GAVE- Gabinete de

    apoio Vocacional e Emprego que realizou um diagnostico dos interesses dos

    formandos abordando posteriormente junto do tecido institucional. O mecanismo

    intitulado Iniciativa Comunitria responde preocupao destes Estudo de caso,

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.33

    no sentido em que este instrumento permitia adequar a colocao dos estagirios s

    reas de Projecto e aos equipamentos onde iriam ser apresentados

    Esta componente especfica dos Projectos desenvolvidos pela Cooptcnica decorre de

    um mdulo designado Parcerias Comunitrias / Espao de Projecto. Este espao

    constitui uma inovao importante, uma vez que se havia constatado uma lacuna na

    rea de interveno comunitria e ausncia de espao prprio para o acolhimento e

    germinao de iniciativas prticas.

    A rea de interveno dos Projectos comunitrios incidiu nos concelhos do Abrantes,

    Chamusca, Constncia, Entroncamento, Goleg, Santarm, Tomar, Torres Novas e

    Vila Nova da Barquinha, mais concretamente, nas seguintes infra-estruturas:

    Parque Urbano de Vila Nova da barquinha

    Parque Ambiental de santa Margarida

    Miradouro do Almourol

    Castelo de Almourol (cais e rampas)

    Arripiado (cais e rampas)

    Centro Nutico de Constncia

    Percurso ribeirinho entre V.N. Barquinha e Tancos

    Biblioteca Municipal Antnio Botto (Abrantes)

    Equuspolis

    Aquapolis

    Em termos de Projectos finais de formao, o quadro seguinte sintetiza os Projectos

    comunitrios e sua apresentao e ligao aos respectivos territrios VALTEJO.

    Curso Projecto Equipamento VALTEJO -

    Medida2.3

    Turismo e Animao do Patrimnio

    O trono dos Baixinhos Projecto de divulgao e dinamizao e educativa do Castelo / Fortaleza de Abrantes (CD-ROM interactiva para o pblico infanto-juvenil)

    Biblioteca Municipal Antnio Botto / Aquapolis - Abrantes

    Saberes Beira-Rio Compilao do receiturio gastronmico dos concelhos ribeirinhos de Abrantes, Vila Nova da Barquinha e Santarm

    Auditrio do Centro Cultural de V. N. Barquinha

    O Rio em Festa CD- ROM interactivo sobre as Festas de Nossa Sra. Da Boa Viagem e respectivo enquadramento turstico-cultural

    Centro Nutico de Constncia

    Animao de espaos de Lazer

    Animao Infantil / Animao do Livro e da leitura Equuspolis - Goleg Animao e Educao Ambiental Parque Urbano V. N. Barquinha

    Animao Ldica-artstica Parque Ambiental Santa Margarida

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    D.34

    A componente de protocolo de estgio / formao em contexto de trabalho realizou-

    se em entidades satlites aos Projectos e infra-estruturas VALTEJO e comportam uma

    significativa diversidade na sua natureza. A tabela seguinte apresenta alguns dos

    casos mais emblemticos.

    Cmaras Municipais

    Cmara Municipal do Entroncamento Cmara Municipal da Chamusca Cmara Municipal de Abrantes Cmara Municipal de Santarm Cmara Municipal da Goleg Cmara Municipal de Vila Nova da Barquinha Cmara Municipal de Constncia

    Associaes culturais e cientficas

    Cento de cultura Viva (Constncia) Fatias de C Grupo de teatro (Tomar) Associao de Interpretao e arqueologia do Alto Ribatejo (V.N.B.)

    Empresas privadas

    Grfica Almondina (Torres Novas) Hotel de Torres Novas Marqus Vdeo (Entroncamento) Restaurante O Barrigas (Entroncamento) Quinta do Troviscal Turismo rural (Tomar)

    Entidades pblicas Regio de Turismo dos Templrios

    Por ltimo, e de acordo com os instrumentos de avaliao dos formandos

    privilegiados pela entidade, foram aplicados modelos de (i) avaliao sumativa no

    final de cada mdulo; (ii) avaliao contnua (com base em grelhas de observao,

    observao dos formandos em sala de aula, participao nas aulas, debates,

    intervenes espontneas, nvel de interveno e dinamismo nos Projectos propostos;

    e (iii) avaliao com base em trabalho de Projecto (com base na constituio de

    portfolios de grupo e apresentaes pblicas dos Projectos).

    Quanto s metodologias e instrumentos de monitorizao e avaliao da formao

    que a entidade utiliza, destacam-se os seguintes:

    Inquritos aos formandos e formadores

    Inquritos s entidades acolhedoras de estagirios

    Anlise estatstica das avaliaes dos mdulos e dos Projectos

    Questionrios para cada mdulo da componente curricular

    Questionrios De avaliao global da formao dirigidos aos formandos e

    formadores

    Questionrios de avaliao global da formao dirigidos entidades

    acolhedoras de formados em estgio

    Reunies de balano

    Eventos comunitrios.

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    B.35

    No tocante aos mecanismos operacionais/actividades previstos e efectivamente

    operacionalizados pela entidade destinados a promover a insero dos destinatrios

    foram referidos os seguintes:

    Criao de uma bolsa de currculos

    Encaminhamento e mediao entre as estruturas do IEFP e empresas

    Divulgao junto das entidades da regio

    Evento de encerramento da formao (convite s entidades regionais).

    J no que respeita ao modo como se processa a colocao dos diplomados no

    mercado de emprego, a entidade revela disponibilizar informao aos formandos

    sobre as ofertas disponveis realizando rastreios das colocaes periodicamente, no

    sentido da mediao entre os pedidos de emprego e o perfil dos formandos.

    c) Elementos de avaliao e apreciao

    Num primeiro momento sobre a avaliao e apreciao dos Projectos desenvolvidos

    fulcral ter em conta as posies dos actores envolvidos.

    No quadro da identificao dos principais impactos que os Projectos tiveram na

    entidade promotora, so referidos essencialmente factores de aprendizagem e efeito

    demonstrativo como o enriquecimento cultural da comunidade educativa e o

    alargamento dos horizontes pedaggicos e consolidao da cultura institucional.

    J na componente de avaliao do contributo dos Projectos formativos desenvolvidos

    pela entidade, realada a valorizao dos seus efeitos nos domnios (i) do reforo

    da imagem e capacidade organizativa de eventos de repercusso regional, nacional e

    internacional; (ii) na contribuio para a qualificao dos recursos humanos da

    Regio; (iii) no reforo do capital institucional/social local; e (iv) da

    complementaridade com os Projectos apoiados pela Medida 2.3.

    Porm, so percebidos de forma menos positiva os efeitos em domnios como o

    potencial de empregabilidade dos destinatrios e a melhoria da qualidade do

    emprego.

    Relativamente aos impactos dos Projectos nos seus beneficirios finais, os

    interlocutores afirmam de modo unnime que a vulnerabilidade dos Projectos est

    precisamente na absoro dos formados pelas entidades promotoras de Projectos

    financiados pela Medida 2.3 e, de forma genrica, pelo mercado de trabalho.

  • ESTUDO DE AVALIAO DA ACO INTEGRADA DE BASE TERRITORIAL VALTEJO

    - RELATRIO FINAL -

    D.36

    Da primeira abordagem empregabilidade efectuada pela prpria Cooptcnica em

    Julho de 2007, 70% dos ex-formandos da segunda edio da formao VALTEJO ainda

    no se encontrava