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ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAE ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAE Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora: Fundação Ensino E Cultura "Fernando Pessoa" A.1.a. Outras Instituições de Ensino Superior / Entidades Instituidoras: A.2. Unidade(s) orgânica(s) (faculdade, escola, instituto, etc.): Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (UFP) A.3. Ciclo de estudos: Docência e Gestão da Educação A.4. Grau: Mestre A.5. Publicação do plano de estudos em Diário da República (nº e data): <sem resposta> A.6. Área científica predominante do ciclo de estudos: Ciências da Educação A.7.1 Classificação da área principal do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16 de Março (CNAEF): 142 A.7.2 Classificação da área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16 de Março (CNAEF), se aplicável: 090 A.7.3 Classificação de outra área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16 de Março (CNAEF), se aplicável: 345 A.8. Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau: 120 A.9. Duração do ciclo de estudos (art.º 3 Decreto-Lei 74/2006, de 24 de Março): 2 anos / 4 semestres A.10. Número de vagas aprovado no último ano lectivo: 35 Relatório da CAE - Ciclo de Estudos em Funcionamento Pergunta A.11 A.11.1.1. Condições de acesso e ingresso, incluindo normas regulamentares Existem, são adequadas e cumprem os requisitos legais A.11.1.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas. As condições de acesso cumprem os requisitos legais e são definidas "condições específicas de ingresso" para este curso (nos termos do decreto-lei 115/2013). Contudo, é de estranhar que não tenham sido definidas "condições específicas de ingresso" adequadas às variantes, em particular de "Pedagogia do Ensino Superior" e de "Administração Escolar e Administração Educacional". A.11.2.1. Designação Não é adequada pág. 1 de 17

ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAE · Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.10 ... "Pedagogia do Ensino Superior" e de ... disciplinares abrangidas pelas

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ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAE

ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAECaracterização do ciclo de estudosPerguntas A.1 a A.10

A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora:Fundação Ensino E Cultura "Fernando Pessoa"A.1.a. Outras Instituições de Ensino Superior / Entidades Instituidoras:

A.2. Unidade(s) orgânica(s) (faculdade, escola, instituto, etc.):Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (UFP)A.3. Ciclo de estudos:Docência e Gestão da EducaçãoA.4. Grau:MestreA.5. Publicação do plano de estudos em Diário da República (nº e data):<sem resposta>A.6. Área científica predominante do ciclo de estudos:Ciências da EducaçãoA.7.1 Classificação da área principal do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16de Março (CNAEF):142A.7.2 Classificação da área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16de Março (CNAEF), se aplicável:090A.7.3 Classificação de outra área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº256/2005, 16 de Março (CNAEF), se aplicável:345A.8. Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau:120A.9. Duração do ciclo de estudos (art.º 3 Decreto-Lei 74/2006, de 24 de Março):2 anos / 4 semestresA.10. Número de vagas aprovado no último ano lectivo:35

Relatório da CAE - Ciclo de Estudos em FuncionamentoPergunta A.11

A.11.1.1. Condições de acesso e ingresso, incluindo normas regulamentaresExistem, são adequadas e cumprem os requisitos legaisA.11.1.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.As condições de acesso cumprem os requisitos legais e são definidas "condições específicas deingresso" para este curso (nos termos do decreto-lei 115/2013). Contudo, é de estranhar que nãotenham sido definidas "condições específicas de ingresso" adequadas às variantes, em particular de"Pedagogia do Ensino Superior" e de "Administração Escolar e Administração Educacional". A.11.2.1. DesignaçãoNão é adequada

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ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAEA.11.2.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.A designação "Docência e Gestão da Educação" não é adequada pelas seguintes razões: o curso nãohabilita para a "docência" pelo que a referência a esta função no título do ciclo de estudos éequívoca; a "gestão da educação" (utilizada na identificação do ciclo de estudos) é uma designaçãomenos abrangente do que "administração escolar e administração educacional" que é a designaçãoutilizada para identificar uma das variantes; a variante "pedagogia do ensino superior" pela suaespecificidade não se integra no conceito lato de "docência"; a variante "educação e comportamento"tem poucas afinidades com a variante "administração escolar" e com a designação do ciclo deestudos; as designações de "docência" e "gestão" remetem para campos disciplinares muito distintos,dificilmente articuláveis numa mesma formação com o grau de aprofundamento exigido por um ciclode estudos de mestrado. A.11.3.1. Estrutura curricular e plano de estudosSatisfaz as condições legaisA.11.3.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.A estrutura curricular e o plano de estudos obedecem aos requisitos legais. O trabalho final(dissertação, trabalho projeto, estágio) desenrola-se num único semestre e corresponde ao mínimode 30 ECTS previstos na legislação. Embora esteja nos limites parece muito pouco, principalmenteporque das UCs do curso só uma é que se refere à “investigação” – “Metodologias da InvestigaçãoCientífica” a que corresponde 4 ECTS. A.11.4.1 Docente(s) responsável(eis) pela coordenação da implementação do ciclo de estudosNão foi indicado ou não tem o perfil adequadoA.11.4.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.Foram indicadas duas docentes como responsáveis pela coordenação. Contudo, embora osdoutoramentos se integrem na área científica fundamental das Ciências da Educação, asespecializações obtidas têm pouco a ver com as áreas de especialização deste ciclo de estudos (nomeadamente,administração escolar e administração educacional, pedagogia do ensino superior) e dos seusobjetivos gerais. O mesmo acontece com as publicações, investigação e prática profissional.Atendendo às exigências de um plano de estudos vocacionado para a formação nas áreasdisciplinares abrangidas pelas variantes e tendo em conta os objetivos propostos, é de exigir umperfil académico mais adequado à especificidade deste ciclo de estudos e das suas variantes.

Pergunta A.12

A.12.1. Existem locais de estágio e/ou formação em serviço.Não aplicávelA.12.2. São indicados recursos próprios da instituição para acompanhar os seus estudantes noperíodo de estágio e/ou formação em serviço.Não aplicávelA.12.3. Existem mecanismos para assegurar a qualidade dos estágios e períodos de formação emserviço dos estudantes.Não aplicávelA.12.4. São indicados orientadores cooperantes do estágio ou formação em serviço, em número equalificações adequadas (para ciclos de estudos de formação de professores).Não aplicávelA.12.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.Não aplicávelA.12.6. Pontos Fortes.Não aplicávelA.12.7. Recomendações de melhoria.Não aplicável

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1. Objectivos gerais do ciclo de estudos1.1. Os objectivos gerais definidos para o ciclo de estudos foram formulados de forma clara.Não1.2. Os objectivos definidos são coerentes com a missão e a estratégia da instituição.Sim1.3. Os docentes envolvidos no ciclo de estudos, bem como os estudantes, conhecem os objectivosdefinidos.Em parte1.4. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.- Não existe ao nível da definição dos objetivos, ou nas observações indicadas no RAA, qualquerexplicação consistente para a existência dos 3 ramos da estrutura curricular (Educação eComportamento; Administração Escolar e Pedagogia do Ensino Superior). O que parece prevalecer é“preparar para o exercício de funções de direção e coordenação” pelo que não se percebe a propostadas áreas de especialização em “Educação e Comportamento” e “Pedagogia do Ensino Superior”. Nocaso da “Administração escolar” poderia fazer sentido, mas nem neste caso o plano de estudos écompatível com estes objetivos.- Os objetivos definidos são adequados à missão geral e estratégia da Universidade.- A CAE não recolheu evidências de que docentes e estudantes tivessem participado na definição dosobjetivos e conhecessem os objetivos.

1.5. Pontos Fortes.Nenhum1.6. Recomendações de melhoria.Tratando-se de três especializações (embora a variante “Pedagogia do Ensino Superior” nunca teveestudantes inscritos), seria importante a existência de objetivos ainda que de carácter global, quefossem específicos a cada uma das especializações, por forma a compreender os seus reaispropósitos (o seu corpo de conhecimentos e a sua identidade enquanto especialização).

2. Organização interna e mecanismos de garantia daqualidade2.1. Organização Interna

2.1.1. Existe uma estrutura organizacional adequada responsável pelos processos relativos ao ciclode estudos.Em parte2.1.2. Existem formas de assegurar a participação activa de docentes e estudantes nos processos detomada de decisão que afectam o processo de ensino/aprendizagem e a sua qualidade.Em parte2.1.3. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.- A participação dos docentes e alunos nos processos de tomada de decisão que envolvem osprocessos de ensino e aprendizagem e a sua qualidade parece ser feita sobretudo a títulomeramente informal.- Nada é indicado sobre estruturas operativas que trabalham conjuntamente. O RAE apenas diz quehá “...um conjunto de procedimentos com vista à recolha de informação e à monitorização deindicadores...”.- Nenhuma evidência foi oferecida que mostrou como qualquer um desses procedimentos contribuiupara mudar ou confirmar quaisquer elementos específicos do curso ou tivesse influenciado oprocesso formativo ou sua qualidade.

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ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAE2.1.4. Pontos Fortes.Existência da figura de um Provedor do Estudante2.1.5. Recomendações de melhoria.- Não parece adequado que este ciclo de estudos cuja área científica fundamental é “Ciências daEducação” (assim indicado no próprio relatório), e que se designa “Docência e Gestão da Educação”,esteja integrado num Departamento de Ciência Política e do Comportamento. - É desejável criar mecanismos e dispositivos visando a maior participação dos estudantes edocentes na vida académica, em particular no que respeita às implicações de tal participação nosprocessos de garantia de qualidade.- Melhoria da organização curricular que é muito deficitária tanto na articulação vertical como nahorizontal.

2.2. Garantia da Qualidade

2.2.1. Foram definidos mecanismos de garantia da qualidade para o ciclo de estudos.Em parte2.2.2. Foi designado um responsável pelo planeamento e implementação dos mecanismos degarantia da qualidade.Sim2.2.3. Existem procedimentos para a recolha de informação, acompanhamento e avaliação periódicado ciclo de estudos.Em parte2.2.4. Existem formas de avaliação periódica das qualificações e competências dos docentes para odesempenho das suaus funções.Em parte2.2.5. Os resultados das avaliações do ciclo de estudos são discutidos por todos os interessados eutilizados na definição de acções de melhoria.Em parte2.2.6. O ciclo de estudos já foi anteriormente avaliado/acreditado.Não2.2.7. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.- A universidade está a implementar um sistema de gestão de qualidade para reforçar a qualidade emelhoria contínua na estrutura e mecanismos para este ciclo de estudos. No entanto, durante avisita da CAE a instituição reconhece fragilidades na implementação do sistema interno de garantiade qualidade e aponta medidas positivas para sua superação.- A CAE não tem evidências da existência de um Gabinete de Avaliação e Qualidade emfuncionamento real; apenas é um projeto no momento atual.- Nada é dito sobre indicadores da: Colaboração interinstitucional e com a comunidade; Políticas deGestão do Pessoal; Serviços de Apoio; Internacionalização; etc.- Não existe um Manual de Qualidade- Este CE não foi avaliado.

2.2.8. Pontos Fortes.Não há.2.2.9. Recomendações de melhoria.- Em particular é necessário monitorar o funcionamento do sistema de garantia de qualidade e suatransposição para o terreno.- Melhorar o envolvimento de professores e alunos em ações concretas de melhoria do curso.- É importante não burocratizar processos de garantia de qualidade e adotar procedimentos quesejam transparentes, funcionais e eficazes.

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3. Recursos materiais e parcerias3.1. Recursos materiais

3.1.1. O ciclo de estudos possui as instalações físicas necessárias ao cumprimento sustentado dosobjectivos estabelecidos.Sim3.1.2. O ciclo de estudos possui os equipamentos didácticos e científicos e os materiais necessáriosao cumprimento sustentado dos objectivos estabelecidos.Sim3.1.3. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.- Os elementos fornecidos no RAA e os dados recolhidos durante a visita da CAE indicam queexistem recursos físicos ao nível da qualidade e conforto das instalações, embora existem poucoslivros em formato papel ou revistas na área do CE, que a responsável pela biblioteca diz sercolmatado pelo recurso às bases de dados. - A Universidade Virtual constitui um ótimo recurso como apoio à formação presencial.

3.1.4. Pontos Fortes.- Recursos físicos existentes ao nível da qualidade e conforto das instalações.- Recursos da “Universidade Virtual” como apoio à formação presencial.

3.1.5. Recomendações de melhoria.Nada a referir.

3.2. Parcerias

3.2.1. O ciclo de estudos estabeleceu e tem consolidada uma rede de parceiros internacionais.Não3.2.2. O ciclo de estudos promove colaborações com outros ciclos de estudo dentro da suainstituição, bem como com outras instituições de ensino superior nacionais.Em parte3.2.3. Existem procedimentos definidos para promover a cooperação interinstitucional no ciclo deestudos.Não3.2.4. Existe uma prática de relacionamento do ciclo de estudos com o seu meio envolvente,incluindo o tecido empresarial e o sector público.Não3.2.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.No RAA é referido um amplo número de parcerias internacionais mas sem aportar, por isso, aspetosconcretos de seus interesses para este mestrado. Também na visita da CAE não foram evidenciadasa existência de parcerias apoiadas em protocolos nacionais ou internacionais ou integração em redesinternacionais de projetos ou mobilidade. As iniciativas de relacionamento com o meio envolventesão sobretudo informais, parecendo circunstanciada a alguns trabalhos de mestrado. No almoço comas individualidades/ instituições convidadas nenhuma manifestou conhecimento direto do CE nemnenhum protocolo que se referisse especificamente ao CE em avaliação. Também não foi referida emnenhuma reunião, nenhuma formalização ou procedimentos em curso deste tipo de parcerias. 3.2.6. Pontos Fortes.Nenhum3.2.7. Recomendações de melhoria.

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ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAEIntensificação dos esforços para efetivar parcerias e projetos institucionais, internacionais enacionais/protocolados que possam constituir espaços de desenvolvimento de conhecimentos e delinhas de investigação que reforcem este CE.

4. Pessoal docente e não docente4.1. Pessoal Docente

4.1.1. O corpo docente cumpre os requisitos legais.Em parte4.1.2. Os membros do corpo docente (em tempo integral ou parcial) têm a competência académica eexperiência de ensino adequadas aos objectivos do ciclo de estudos.Em parte4.1.3. O número e o regime de trabalho dos membros do pessoal docente correspondem àsnecessidades do ciclo de estudos.Sim4.1.4. É definida a carga horária do pessoal docente e a sua afectação a actividades de ensino,investigação e administrativas.Em parte4.1.5. O corpo docente em tempo integral assegura a grande maioria do serviço docente.Sim4.1.6. A maioria dos docentes mantém a sua ligação ao ciclo de estudos por um período superior atrês anos.Sim4.1.7. Existem procedimentos para avaliação da competência e do desempenho dos docentes do ciclode estudos.Sim4.1.8. É promovida a mobilidade do pessoal docente, quer entre instituições nacionais, querinternacionais.Não4.1.9. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.O corpo docente é constituído maioritariamente por doutores e cerca de 60% lecionam em regime detempo integral. Só14% dos doutorados obtiveram o grau na área científica predominante do curso. Éidentificada a carga horária dos docentes consagrada ao ensino mas não a outras atividades. Comoatualmente muitas UC funcionam num regime concentrado ou não chegam a funcionar devido aoelevado número de UCs creditadas, a carga horaria real deve ser diferente da apresentada no RAA.Existe um regulamento de avaliação do desempenho dos docentes e um dispositivo informáticopróprio para registo e tratamento da informação. Existem vários casos de docentes cujo perfilacadémico e experiência de ensino não são adequados aos objetivos do ciclo de estudos, ou, emoutros casos à designação, aos objetivos ou aos conteúdos das Ucs que lecionam. [Verrecomendações de melhoria]. Não há evidências no relatório e na visita de que sejam dadascondições para promover a mobilidade do pessoal docente. 4.1.10. Pontos Fortes.Nada a registar4.1.11. Recomendações de melhoria.É necessário reforçar substancialmente a qualificação do corpo docente na área científica do ciclode estudos (Ciências da Educação) e em particular no que se refere ao campo de conhecimentoespecífico das variantes propostas. Em alguns casos o perfil académico dos docentes (área deespecialização e publicações) não é adequado às UC que lecionam, com particular destaque para:Didática: teoria e prática (tronco comum); Teoria e desenvolvimento curricular; Teoria daAdministração Escolar; Administração Escolar Comparada. A melhoria da qualificação dos corpo

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ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAEdocente nesta área é tanto mais necessária quanto mais ajustada estiver a estrutura curricular àárea de ensino e de investigação do ciclo de estudos e em particular das suas variantes, com relevo,neste caso para administração educacional.

4.2. Pessoal Não Docente

4.2.1. O pessoal não docente tem a competência profissional e técnica adequada ao apoio àleccionação do ciclo de estudos.Sim4.2.2. O número e o regime de trabalho do pessoal não docente correspondem às necessidades dociclo de estudos.Sim4.2.3. O desempenho do pessoal não docente é avaliado periodicamente.Em parte4.2.4. O pessoal não docente é aconselhado a frequentar cursos de formação avançada ou deformação contínua.Sim4.2.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.- O pessoal não-docente é adequado em número e qualificação.- A avaliação periódica do seu trabalho não foi identificada em termos objetivos. Não existepropriamente um processo de avaliação de desempenho formal. Há um “Modelo de Gestão deDesempenho da FFP/UFP” que é transversal a toda a Organização. O RAA indica que “O processoestá concebido de forma a que todos avaliem todos, os superiores avaliam os seus colaboradores evice-versa".- Existência de uma Escola de formação interna (Academia UFP). A visita da CAE indicou que,enquanto as necessidades parecem ser identificadas pela instituição ao invés de pela equipe depessoal não-docente, a iniciativa de realizar formações tem mais que ver com o trabalhadorindividual.

4.2.6. Pontos Fortes.Pessoal não docente adequado e qualificado para apoio à lecionação do curso.4.2.7. Recomendações de melhoria.Seria importante rever as modalidades de formação continuada e treinamento de funcionários nãodocentes e considerar como a partir de uma (ad hoc) reativa lista de cursos pode ser desenvolvidoum programa estruturado, pró-ativo, com recursos adequados e disponíveis dentro do tempo detrabalho, que atende tanto as necessidades e interesses de cada membro individual da equipequanto as necessidades específicas deste curso.

5. Estudantes e ambientes de ensino/aprendizagem5.1. Caracterização dos estudantes

5.1.1. Existe uma caracterização geral dos estudantes envolvidos no ciclo de estudos, incluindo o seugénero, idade, região de proveniência e origem sócio-económica (escolaridade e situaçãoprofissional dos pais).Em parte5.1.2. Verifica-se uma procura do ciclo de estudos por parte dos potenciais estudantes ao longo dosúltimos 3 anos.Em parte5.1.3. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.Na verdade, não foi possível à CAE compreender quem são os estudantes que frequentam este ciclo

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ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAEde estudos, nomeadamente, qual a sua região de proveniência, quais as motivações e expectativasrelacionadas com a frequência no curso, qual a sua formação de base, assim como, quais asimplicações observadas no desenvolvimento profissional. Durante a visita tomou-se conhecimento que existe uma larga percentagem de estudantes brasileirosa frequentar o ciclo de estudos, um número que se poderá sobrepor ao número de estudantesportugueses. De acordo com a informação solicitada pela CAE, nos últimos 3 anos só existiram estudantes“nacionais” no ano 2012/13 (12 no 2º ano e com várias UC creditadas). Em 2014/15 só háinformação sobre estudantes residentes no Brasil (“grupo Brasil”) – 26 no 1º ano; 21 no 2ºano. Estesestudantes não tiveram UC creditadas (exceto 1 estudante que teve 8UC). Todos os estudantesinscritos pertencem ao ramo “Administração Escolar e Administração Educacional” 5.1.4. Pontos Fortes.Estamos perante um ciclo de estudos que, segundo os dados fornecidos no relatório de autoavaliação,é frequentado por estudantes com vida profissional já ativa. Tal questão poderá se apresentarenquanto pertinente e interessante para a partilha de experiências e conhecimentos entreestudantes e entre estudantes e docentes. O facto de poder existir um número elevado de estudantesestrangeiros poderá também ser um ponto forte para a internacionalização da instituição e dopróprio ciclo de estudos, assim como permitir aos estudantes aceder a conhecimentos e realidadesalém-fronteiras..5.1.5. Recomendações de melhoria.Tendo em conta os dados que foram fornecidos relativamente a este tópico, sugere-se que se realizeum trabalho mais aprofundado acerca da caraterização dos estudantes inscritos neste ciclo deestudos. Pretende-se que tal trabalho auxilie a instituição a programar o plano de estudos de acordocom o tipo de estudante que tende a procurar este curso de mestrado, e deste modo assegurar queas expectativas, motivações e interesses dos estudantes são tidos em conta ao longo da suafrequência no ciclo de estudos.

5.2. Ambiente de Ensino/Aprendizagem

5.2.1. São tomadas medidas adequadas para o apoio pedagógico e o aconselhamento sobre opercurso académico dos estudantes.Sim5.2.2. São tomadas medidas para promover a integração dos estudantes na comunidade académica.Não5.2.3. Existe aconselhamento dos estudantes sobre a possibilidade de financiamento e de emprego.Sim5.2.4. Os resultados de inquéritos de satisfação dos estudantes são usados para melhorar o processode ensino/aprendizagem.Em parte5.2.5. A instituição cria condições para promover a mobilidade dos estudantes.Em parte5.2.6. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.Os estudantes tendo vida profissional justifica pouco recorrerem aos serviços de apoio ao nível daempregabilidade e mobilidade. A secretaria e biblioteca poderão representar aqueles a quem estesestudantes pedem mais apoio, nomeadamente em questões de inscrição/matrícula e apoio no acessoà bibliografia das Unidades Curriculares.Relativamente à questão dos inquéritos pedagógicos, a informação existente sobre este ponto norelatório de autoavaliação é pouco aprofundada, sendo que, na visita, a CAE contactou comdepoimentos contraditórios face ao nível de participação dos estudantes, não sendo possível obterdados concretos e oficiais. Atendendo ao regime de funcionamento do curso para estudantes residentes no Brasil (concentrado,

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ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAEno 1º ano, em 5 semanas, 6 dias por semana, 8 horas por dia) e que nos últimos anos constituem amaioria dos estudantes deste ciclo de estudos, não parecem existir atualmente grandes condiçõespara “a integração dos estudantes na comunidade académica”5.2.7. Pontos Fortes.É possível perceber que a instituição tem serviços de apoio aos estudantes com qualidade edisponibilidade para os receber. São colocados à disposição dos estudantes oportunidades einformações necessárias ao desempenho académico, beneficiando de um grupo de pessoalnão-docente qualificado e empenhado nas funções que exerce de forma a fazer face às necessidadesdos estudantes.5.2.8. Recomendações de melhoria.Recomenda-se uma divulgação mais eficiente dos inquéritos pedagógicos, de forma a que todos osestudantes tomem conhecimento da sua existência e se promova a participação destes no seupreenchimento. A este facto junta-se a necessidade de um trabalho mais aprofundado acerca dosresultados obtidos através dos inquéritos pedagógicos e que se faça chegar as conclusões aos seusinteressados e se promova a implicação destes nos processos de melhoria do ensino e daaprendizagem, de forma a que os estudantes se sintam parte integrada nos momentos de avaliação ede construção de novas propostas de ensino/aprendizagem.

6. Processos6.1. Objectivos de Ensino, Estrutura Curricular e Plano de Estudos

6.1.1. Estão definidos os objectivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências) adesenvolver pelos estudantes e foram operacionalizados os objectivos permitindo a medição do graude cumprimento.Em parte6.1.2. A estrutura curricular corresponde aos princípios do Processo de Bolonha.Sim6.1.3. Existe um sistema de revisão curricular periódica que assegura a actualização científica e demétodos de trabalho.Não6.1.4. O plano de estudos garante a integração dos estudantes na investigação científica.Não6.1.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.Os objetivos de aprendizagem são definidos de maneira vaga e imprecisa sendo de difíciloperacionalização e mensuração. Os conhecimentos, aptidões e competência a desenvolver pelosestudantes são apresentados de modo pouco claro, com pouca articulação entre si, e sem distinçãopelas três variantes do ciclo de estudos. Não existe uma correspondência clara com os objetivosgerais definidos em 1. A estrutura curricular obedece aos requisitos legais. Não foram obtidasevidências quanto à existência de uma revisão curricular periódica, ao nível dos conteúdos e dasbibliografias que, no geral, estão pouco atualizadas. O plano de estudos não garante a integraçãodos estudantes na investigação científica, sobretudo pelas seguintes razões: só existe 1 semestrepara a realização do trabalho final; só existe 1 UC (4 ECTS) dedicada à investigação; reduzidaparticipação dos docentes em projetos de investigação na área disciplinar do ciclo de estudos. 6.1.6. Pontos Fortes.Nada a registar.6.1.7. Recomendações de melhoria.Proceder a uma reformulação total dos objetivos adotando uma formulação clara e tecnicamenteadequada que permita perceber como irão ser operacionalizados. Os objetivos deverão ter em contaas diferentes variantes e serem coerentes e compatíveis com os objetivos gerais do ciclo de estudos.As fichas das UC deverão ser atualizadas aproveitando-se a oportunidade para montar um

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ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAEdispositivo de monitorização que permita garantir a revisão periódica dos conteúdos, bibliografias,métodos de ensino, processos de avaliação, etc. Aumentar o tempo consagrado à realização pelosestudantes do seu trabalho final e reforçar a componente da investigação no plano de estudos.Investir no desenvolvimento, pelos docentes, de projetos de investigação nas áreas científicas dociclo de estudos e das suas variantes, associando os estudantes aos projetos dos docentes.

6.2. Organização das Unidades Curriculares

6.2.1. São definidos os objectivos da aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências) que osestudantes deverão desenvolver em cada unidade curricular.Em parte6.2.2. Existe coerência entre os conteúdos programáticos e os objectivos de cada unidade curricular.Em parte6.2.3. Existe coerência entre as metodologias de ensino e os objectivos de cada unidade curricular.Em parte6.2.4. Existem mecanismos para assegurar a coordenação entre as unidades curriculares e os seusconteúdos.Não6.2.5. Os objectivos de cada unidade curricular são divulgados entre os docentes e os estudantes.Sim6.2.6. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.A situação é muito diversificada, havendo, contudo, várias UCs que apresentam problemasimportantes na definição dos objetivos, dos conteúdos, das metodologias de ensino e de avaliação.Exemplos: Didática: Teoria e Prática (objetivos e conteúdos relacionados com " preparaçãoprofissional para a docência"); Metodologia da Investigação Científica (Conceber, desenhar e redigiro projeto de investigação logo no 1º semestre); Psicossociologia do conflito (falta especificarprocesso de avaliação); Teoria da Administração Escolar ( objetivos muito vagos e não convergentescom a designação da UC. Nos conteúdos há muito pouco de teoria); Métodos e Técnicas de GestãoEscolar (os objetivos são formulados de maneira incorreta; os conteúdos são uma lista de palavrassem qualquer articulação; não se percebe qual é a especificidade da gestão escolar nesta UC; abibliografia tem pouco a ver com os conteúdos); Avaliação Institucional e Qualidade em Educação(objetivos mal formulados); etc

6.2.7. Pontos Fortes.Nada a registar6.2.8. Recomendações de melhoria.A estrutura curricular e as fichas das UCs devem ser amplamente revistas. Os objetivos e conteúdosdas UC "Didática: Teoria e Prática" e "Teoria e Desenvolvimento Curricular" não são compatíveiscom um curso que não visa a preparação profissional para docência. Torna-se necessário uniformizara redação dos objetivos (que devem ser formulados em termos de competências a adquirir pelosestudantes) e dos conteúdos (que não podem consistir numa lista de palavras ou conceitos semqualquer articulação). É preciso rever grande parte das bibliografias de consulta obrigatória queestão desatualizadas ou são omissas em obras fundamentais, nomeadamente de autores portugueses.Falta coordenação entre UC, e coerência de objetivos e conteúdos. Adequar as UC ao regime defrequência dos estudantes nomeadamente os residentes no Brasil. Não há informação sobre as UCda variante Pedagogia do Ensino Superior.

6.3. Metodologias de Ensino/Aprendizagem

6.3.1. As metodologias de ensino e as didácticas estão adaptadas aos objectivos de aprendizagem

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ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAEdas unidades curriculares.Em parte6.3.2. A carga média de trabalho necessária aos estudantes corresponde ao estimado em ECTS.Sim6.3.3. A avaliação da aprendizagem dos estudantes é feita em função dos objectivos da unidadecurricular.Em parte6.3.4. As metodologias de ensino facilitam a participação dos estudantes em actividades científicas.Não6.3.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.O facto de muitas UC estarem a funcionar de maneira intensiva (estudantes brasileiros), ou nãoestarem a funcionar por serem creditadas, ou estarem a funcionar parcialmente com recurso à"universidade virtual", não está refletido nas fichas das UC do relatório de avaliação o que dificulta aapreciação destes itens. Os processos de avaliação dos alunos são em geral muito pesados, não têmem conta a eventual frequência em regime pós-laboral e o elevado número de unidades curriculares.Só existe uma UC consagrada à investigação e os conteúdos e métodos de ensino da maioria das UCnão apontam para a eventualidade de articulação com as atividades científicas. Em geral não existeuma articulação clara entre avaliação e objetivos nas UC. O facto de não terem sido apresentas asfichas curriculares das UC da variante Pedagogia do Ensino Superior impede a sua apreciação. Foiadotado o valor fixo de 1ECTS = 25h trabalho aluno, mas não há variação das horas de contactoentre as UC.6.3.6. Pontos Fortes.Nada a assinalar.6.3.7. Recomendações de melhoria.Rever as fichas das UC para superar os problemas detetados. Alterar o modo de funcionamento doCE intensivo previsto para os estudantes residentes no Brasil (240h em 5 semanas no 1º ano) paratorná-lo compatível com metodologias de ensino e didáticas adequadas aos objetivos deaprendizagem das diversas UC. Ajustar o cálculo das horas de trabalho aluno com o cálculo dashoras de contacto em função do número de ECTS das UC É necessário aumentar a participação dosestudantes em atividades científica nomeadamente através dos seguintes meios: aumentar as UCconsagradas à investigação; aumentar o tempo consagrado à elaboração do projeto de investigação;incluir na bibliografia e nas atividades de ensino o contacto com a investigação portuguesa einternacional específica da área disciplinar de cada variante; estabelecer contactos com equipas ecentros de investigação, através do envolvimento dos docentes em projetos de parceria.

7. Resultados7.1. Resultados Académicos

7.1.1. O sucesso académico da população discente é efectivo e facilmente mensurável.Sim7.1.2. O sucesso académico é semelhante para as diferentes áreas científicas e respectivas unidadescurriculares.Em parte7.1.3. Os resultados da monitorização do sucesso escolar são utilizados para a definição de acçõesde melhoria no mesmo.Em parte7.1.4. Não há evidência de dificuldades de empregabilidade dos graduados.Sim7.1.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.Segundo dados enviados a solicitação da CAE, entre 2012 e 2 015, graduaram-se 15 estudantes

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ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAEdeste CE, dos quais 7 concluíram no tempo previsto (N), 7 em N+1 e 1 em N+2. Entre 2012 e 2015graduaram-se 33 estudantes o que parece significar um razoável número de conclusões embora nãose disponham de dados que permitam calcular a taxa de sucesso face aso inscritos. Não existemestudos comparados do sucesso com outras áreas científicas e mesmo entre os ramos. Não háevidência da monitorização do sucesso escolar e da sua eventual influência nas ações melhoria. Ascondições de funcionamento dos cursos "intensivos" (destinados a residentes no Brasil) não sãocompatíveis com a descrição que é feita no RAA das estratégias desencadeadas para promover osucesso dos estudantes. A taxa de empregabilidade indicada (100%) resulta dos estudantes jáestarem no ativo e não resulta do efeito da conclusão do CE. 7.1.6. Pontos Fortes.Existe um número razoável de trabalhos finais concluídos e de estudantes graduados embora sedesconheça a que percentagem do total de inscritos correspondem.7.1.7. Recomendações de melhoria.Aperfeiçoar os dispositivos de recolha e de tratamento da informação sobre o sucesso escolar dosestudantes.

7.2. Resultados da actividade científica, tecnológica e artística

7.2.1. Existem Centro(s) de Investigação reconhecido(s), na área científica do ciclo de estudos ondeos docentes desenvolvam a sua actividade.Não7.2.2. Existem publicações científicas do corpo docente do ciclo de estudos em revistasinternacionais com revisão por pares, nos últimos 3 anos e na área do ciclo de estudos.Em parte7.2.3. Existem outras publicações científicas relevantes do corpo docente do ciclo de estudos.Em parte7.2.4. As actividades científicas, tecnológicas e artísticas têm uma valorização e impacto nodesenvolvimento económico.Em parte7.2.5. As actividades científica, tecnológica e artística estão integradas em projectos e/ou parceriasnacionais e internacionais.Não7.2.6. Os resultados da monitorização das actividades científica, tecnológica e artística são usadospara a sua melhoria.Não7.2.7. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.A instituição não dispõe de centro de investigação na área científica do ciclo de estudos (Ciências daEducação). Existe um número muito reduzido de docentes com publicações científicas em revistasinternacionais com revisão por pares, nos últimos 3 anos e na área do ciclo de estudos. As outraspublicações científicas relevantes também não são em número significativo. A monitorização dasatividades científicas é reduzida e não tem impacto na melhoria. Não há evidências sobre o impactodas atividades científicas e são muito poucas as atividades científicas integradas em projetos deinvestigação ou parcerias nacionais e internacionais.7.2.8. Pontos Fortes.Nada a assinalar7.2.9. Recomendações de melhoria.Necessidade de ser feito um maior investimento na investigação realizada pelos docentes na área dociclo de estudos (Ciências da Educação) e nas especializações referentes aos 3 ramos propostos,bem como nas publicações, com particular atenção para as revistas internacionais com revisão porpares. Deve ser feito um maior esforço de ajustamento entre a investigação e publicaçõesproduzidas pelos docentes e as áreas disciplinares de referência das UCs que lecionam.

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7.3. Outros Resultados

7.3.1. No âmbito do presente ciclo de estudos, existem actividades de desenvolvimento tecnológico eartístico, prestação de serviços à comunidade ou formação avançada.Não7.3.2. O ciclo de estudos contribui para o desenvolvimento nacional, regional e local, a culturacientífica e a acção cultural, desportiva e artística.Não7.3.3. O conteúdo das informações sobre a instituição, o ciclo de estudos e o ensino ministrado sãorealistas.Em parte7.3.4. Existe um nível significativo de internacionalização do ciclo de estudos.Sim7.3.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.Nos relatórios e nos contactos havidos com elementos da comunidade não foi possível recolherexemplos das atividades referidas em 7.3.1. e 7.3.2. As informações fornecidas no relatório nãocorrespondem inteiramente à realidade existente, principalmente no que se refere ao funcionamentoefetivo do CE, nomeadamente: o elevado número de unidades curriculares que não funcionaram porterem sido creditadas; a não abertura desde 2012/13 do ramo de Educação e Comportamento (alémda Pedagogia do Ensino Superior que foi comunicada no RAA); o funcionamento do CE para osestudantes residentes no Brasil com 240h em 5 semanas (para as 11UCs do 1ºano) e 120h em 6semanas par o 2º ano. A maior parte dos estudantes que frequentou o CE em 2013/14 e 2014/15pertencia ao "grupo do Brasil". Na visita e nas respostas a solicitações da CAE foi possível obteralguma informação complementar de tipo quantitativo mas não foi possível atualizar as descriçõescontidas no RAA.7.3.6. Pontos Fortes.Nada a registar7.3.7. Recomendações de melhoria.É preciso adequar a descrição que é feita sobre o CE (e a reflexão consequente no quadro de umprocesso de autoavaliação) à realidade que resulta da alteração do perfil dos estudantes e da suaorigem geográfica e de residência.

8. Observações8.1. Observações:

A instituição tem experiência de ensino superior e recursos físicos para o funcionamento do curso,entre os quais a “Universidade Virtual”.Apesar destes pontos positivos, a CAE, durante a visita, confrontou-se com uma realidade nãototalmente coincidente com o que é enunciado no relatório de autoavaliação (formação que ocorre adistância ou com estudantes que frequentam o curso num regime concentrado). As condições emque funciona o ciclo de estudo para o grupo de estudantes residentes no Brasil são totalmentedesadequadas do ponto de vista pedagógico e não são compatíveis com as estratégias deaprendizagem e de avaliação referidas no relatório de autoavaliação: Em 2013/14 as aulasdecorreram entre 30 de junho e 2 de agosto, num total de 5 semanas, durante 6 dias por semana, 8horas de aula por dia. O total de horas registadas é de 240 h correspondendo a 11 UC. Em 2014/15,para o 1º ano, as aulas decorreram entre 29 de junho e 1 de agosto, com a mesma carga horária,relativa a 10 UC. Para o 2º ano as aulas decorreram entre 29 de junho e 25 de julho, num total de 4semanas, 6 dias por semana (1 semana com carga diária de 8h, e as 3 restantes com 4h) o queperfaz 120h. Durante a visita não houve possibilidade de reunir com: uma equipa de autoavaliação que o relatório

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ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAEinforma existir; estudantes do curso; elementos da comunidade que tenham relações com o curso;estudantes representantes no C. P..A designação do curso exige alteração por indiciar um perfil de formação associado à docência e termenos amplitude do que prevê a administração escolar e educacional. Os ramos do curso apontampara perfis sem uma relação evidente entre si.Os objetivos do curso têm de ser clarificados. O perfil do curso aponta para formação profissional deprofessores. O plano de estudos tem de ter alterações profundas: há UC desadequadas, por serem orientadaspara um perfil de formação de docentes; há que vincular o curso a falta de procedimentos deinvestigação; em alguns casos, a bibliografia enunciada tem de ser ampliada a contributos nacionaise internacionais que têm marcado o campo nestes domínios. É necessário planificar um sistema de garantia de qualidade, clarificar o procedimento de creditaçãode estudantes que têm de obter uma formação ao nível de um mestrado.Os dados do corpo docente mostram que a investigação produzida na especificidade do curso éreduzida, embora seja uma equipa qualificada do ponto de vista académico. O perfil da coordenaçãodo curso tem de ser adequado à sua especificidade, dentro das CE, e dos seus ramos.As propostas que são apresentadas para a reestruturação do curso procuram corrigir alguns dosproblemas identificados pela CAE (por exemplo: fusão de algumas UC; reforço de UC da áreacientífica do curso; introdução de novas UC, nomeadamente de UC de opção; reforço da componenteinvestigativa; descontinuidade de um dos ramos com pouca relação com alguns dos objetivos docurso; …) mas são ainda insuficientes.

8.2. Observações (PDF, máx. 100kB):<sem resposta>

9. Comentários às propostas de acções de melhoria9.1. Objectivos gerais do ciclo de estudos:As propostas de ações de melhoria que se apresentam tem que ver exclusivamente com os trêspontos fracos identificados na análise SWOT: a) o problema do perfil; b) a fraca investigação dosdocentes; c) a reduzida mobilidade do corpo docentes.Há uma elevada ausência de massa crítica relativamente a questão de melhorias no ciclo de estudos.O RAA não foi realmente aproveitado como ferramenta de melhoria do curso.Como já foi indicado no ponto 1.6 deste Relatório da CAE, tratando-se de três especializações(ramos), seria importante a existência de objectivos ainda que de carácter global, que fossemespecíficos a cada uma das especializações, por forma a compreender os seus reais propósitos (o seucorpo de conhecimentos e a sua identidade enquanto especialização).

9.2. Alterações à estrutura curricular:As alterações à estrutura curricular visam “o incremento da área das Ciências da Educação, demodo a se reforçar e aprofundar a formação académica dos alunos (que estejam habilitados para adocência) nas áreas de conteúdo e nas disciplinas abrangidas pelo respetivo grupo derecrutamento.” (ponto 9.1.1.do RAA). Como já foi referido não se compreende a pertinência destajustificação uma vez que este ciclo de estudos não se integra no “regime jurídico da habilitaçãoprofissional para a docência”. Contudo, o “incremento da área das Ciências da Educação”justificava-se por outras razões, já assinaladas, face ao défice existente e por ser a área científicafundamental do presente ciclo de estudos. Por isso, embora por razões diferentes, consideram-sepositivas algumas das alterações propostas, em especial: a descontinuidade do ramo de Pedagogia

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ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAEdo Ensino Superior; o alargamento do período de elaboração do trabalho final (3º e 4º semestres); aexistência de UC optativas; e o aumento de ECTS na área das Ciências da Educação. Mas estasalterações não resolvem problemas essenciais da estrutura curricular, já referidos, como sejam: aexistência de um tronco comum orientado sobretudo para a “docência”; existência de uma variante(ramo) – Educação e Comportamento que não se integra na designação do ciclo de estudos e quetem pouca afinidade com a Administração Escolar; a distinção curricular entre os ramos faz-se(agora) num único semestre (2º); reduzida formação em investigação (com a agravante de que naalteração proposta continua a haver só uma UC e passou para o 3º semestre); reduzida formaçãoespecífica na área disciplinar de cada uma das variantes, em especial no que se refere àadministração educacional (agravado pela supressão das UC do 3º semestre). 9.3. Alterações ao plano de estudos:As propostas de alterações ao plano de estudos traduziram-se na introdução de algumas UC novas,passagem de algumas UC obrigatórias a optativas e junção de algumas UC. Não foram enviadasfichas curriculares de todas as UC alteradas. No que se refere ao “tronco comum” (1º semestre),uma das UC novas (“Pedagogia e Metodologias de Intervenção”) parece reforçar a componente da“docência” com todos os inconvenientes já mencionados (embora não tenha sido fornecida ficha). Aoutra UC nova (Ética e deontologia profissional) tem um programa excessivo para a carga horáriaprevista (2ECTS), mas em contrapartida não aborda aspetos da ética na gestão (importantes para oramo da administração escolar). No que se refere à variante / ramo “ Educação e Comportamento”as alterações resultam sobretudo de “aglutinação” de conteúdos de UC anteriores ou de mudança denome. Faltam em muitos casos fichas curriculares das UC reorganizadas e não se percebe apertinência de algumas designações que parecem resultar de uma lógica aditiva e não integrativa,como é o caso, por exemplo, de “Literacia, cidadania e media”, “Psicossociologia do comportamentoe educação especial”, “Escola, encarregados de educação e organizações socio-profissionais dosdocentes”. No caso da variante / ramo “Administração escolar / administração educacional” a lógicaaditiva nas aglutinações também parece imperar, levando à pulverização dos conteúdos e à ausênciade uma identidade disciplinar e científica. Exemplos: “Políticas educativas, organização escolar eformação e professores”, “Planeamento e prospetiva: avaliação institucional e qualidade emeducação”. No caso do 3º e 4º semestres, a UC “Metodologia do Trabalho Científico” substitui a UC“Metodologia da Investigação Científica” (que estava no 1º semestre) sem que se perceba avantagem da alteração da designação (não foi enviada ficha). Era vantajoso o reforço destacomponente da formação em investigação que já devia ser iniciada no 1º ano. É preciso incluir umaUC de acompanhamento à elaboração do trabalho final (que pode não é exclusivamente adissertação) e que deve ser separada do “Trabalho aluno” necessário à realização desse trabalho. 9.4. Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade:Não procedem aqui comentários pois no relatório de autoavaliação não se apresentam ações demelhoria para este ponto9.5. Recursos materiais e parcerias:Não procedem aqui comentários pois no relatório de autoavaliação não se apresentam ações demelhoria para este ponto9.6. Pessoal docente e não docente:Não procedem aqui comentários pois no relatório de autoavaliação não se apresentam ações demelhoria para este ponto9.7. Estudantes e ambientes de ensino/aprendizagem:Não procedem aqui comentários pois no relatório de autoavaliação não se apresentam ações demelhoria para este ponto9.8. Processos:Não procedem aqui comentários pois no relatório de autoavaliação não se apresentam ações demelhoria para este ponto9.9. Resultados:Não procedem aqui comentários pois no relatório de autoavaliação não se apresentam ações de

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ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAEmelhoria para este ponto

10. Conclusões10.1. Recomendação final.O ciclo de estudos não deve ser acreditado10.2. Período de acreditação condicional (se aplicável):<sem resposta>10.3. Condições (se aplicável):<sem resposta>10.4. Fundamentação da recomendação:Tal como foi evidenciado o ciclo de estudos tem um conjunto de debilidades que justificam arecomendação de “não acreditação”:- A designação do ciclo de estudos é errada pois inclui “docência” apesar de o mestrado não habilitara tal. Este erro baseia-se num equívoco visível na organização do plano de estudos, e agravado najustificação das propostas de melhoria, de considerar que este mestrado pode ser enquadrado no“regime jurídico da habilitação profissional para a docência” aprovado pelo DL 79/2014, o que não éverdade. A pronúncia, nos elementos que apresenta, continua a justificar a posição da CAE relativa àinadequação da designação.- Não existe no RAA qualquer explicação consistente para a existência dos ramos propostos e nãosão indicados os seus objetivos específicos. Num ciclo de estudos que visa “preparar para o exercíciode funções de direção e coordenação” não se percebe a razão da existência das áreas deespecialização “Educação e Comportamento” e “Pedagogia do Ensino Superior” (esta últimadescontinuada nas propostas de melhoria). A pronúncia, nos elementos que apresenta, não justificaalterar a posição inicial da CAE.- Embora os doutoramentos das duas docentes responsáveis pela coordenação do ciclo de estudos seintegrem na área científica fundamental das CE, as especializações obtidas têm pouco a ver com asáreas de especialização deste ciclo de estudos (nomeadamente, administração escolar eadministração educacional, pedagogia do ensino superior). O mesmo acontece com as publicações,investigação e prática profissional. Atendendo às exigências de um plano de estudos vocacionadopara a formação nas áreas disciplinares abrangidas pelas variantes, é necessário um perfilacadémico adequado. Os dados curriculares da docente que na pronúncia é identificada comodiretora do ciclo de estudos, embora relevantes, não são, no domínio académico e científico, da áreade especialização da Administração Educacional.- O plano de estudos, quer em relação à globalidade do ciclo de estudos, quer em relação a cada umadas variantes, não apresenta um conjunto articulado e coerente de UC, compatível com os objetivos(ver em particular o “tronco comum”). Conforme referido em 6.2. as fichas curriculares de várias UCtêm uma formulação pouco cuidada no domínio dos conteúdos programáticos, com défice decoerência com os objetivos de aprendizagem e com bibliografia muito desatualizada e poucorepresentativa da literatura fundamental, nomeadamente de autores portugueses. A pronúncia, noselementos que apresenta, não justifica alterar a posição inicial da CAE.- Embora qualificado do ponto de vista académico, o corpo docente é pouco qualificado na áreacientífica do ciclo de estudos e em particular no campo específico dos ramos propostos. Em algunscasos o perfil académico dos docentes não é adequado às UC que lecionam. Apesar da alteraçãoregistada na pronúncia, continua a subsistir um défice importante de qualificação do corpo docentena área científica do ciclo de estudos e em particular no que se refere ao campo de conhecimentoespecífico dos ramos propostos.- A instituição não dispõe de centro de investigação na área científica do ciclo de estudos (CE).Existe um número muito reduzido de docentes com publicações científicas em revistasinternacionais com revisão por pares, nos últimos 3 anos e na área do ciclo de estudos. As outraspublicações científicas relevantes também não são em número significativo. A pronúncia, nos

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ACEF/1415/21452 — Relatório final da CAEelementos que apresenta, não justifica alterar a posição inicial da CAE.- As condições de frequência do ciclo de estudos pelos estudantes residentes no Brasil (parte dosestudantes que frequentou o CE em 2013/14 e 2014/15 pertencia a este grupo) não são compatíveiscom a descrição que é feita no RAA dos métodos de ensino, processo de avaliação e estratégias depromoção do sucesso dos estudantes, além de serem totalmente desadequadas do ponto de vistapedagógico: 1º ano - 5 semanas, durante 6 dias por semana, 8 horas de aula por dia, num total de240 h correspondendo a 11 UC; 2º ano - 4 semanas, 6 dias por semana (1 semana com carga diáriade 8h, e as 3 restantes com 4h) o que perfaz 120h, correspondendo a 10 UC. A pronúncia, noselementos que apresenta, não justifica alterar a posição inicial da CAE.- As propostas de ação de melhoria apresentadas embora vão no bom sentido não resolvem osprincipais problemas indicados.

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