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CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ “Nos termos do art.º 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com nova redacção que lhe foi dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, as actas são publicitadas na integra, mediante edital afixado durante 5 dos 10 dias subsequentes à sua aprovação, tendo em vista garantir a publicidade necessária à eficácia externa das decisões”. ACTA N.º 5/2011 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 22-02-2011

ACTA N.ºº 5/2011 RREUNIÃO ORDINÁRIA DE 22-02-2011figueiradigital.ficheirospt.com/cmff/actas/cm2011-02-22_005.pdf · de lá ir e julga que a solução foi um pouco atribulada,

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C Â M A R A M U N I C I P A L D A F I G U E I R A D A F O Z

“Nos termos do art.º 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro,

com nova redacção que lhe foi dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11

de Janeiro, as actas são publicitadas na integra, mediante edital

afixado durante 5 dos 10 dias subsequentes à sua aprovação,

tendo em vista garantir a publicidade necessária à eficácia

externa das decisões”.

AACCTTAA NN..ºº 55//22001111

RREEUUNNIIÃÃOO OORRDDIINNÁÁRRIIAA DDEE

2222--0022--22001111

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

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LOCAL - Sala das Sessões dos Paços do Município---------------------------------

DATA - 22-02-2011---------------------------------------------------------------

A reunião iniciou-se com a presença de:-----------------------------------------

PRESIDENTE - João Albino Raínho Ataíde das Neves

VICE-PRESIDENTE - Carlos Ângelo Ferreira Monteiro

VEREADORES - Maria Teresa de Figueiredo Viana Machado

- Daniel Martins dos Santos

- Luís Miguel Pereira de Almeida

- Maria Isabel Maranha Nunes Tiago Cardoso

- João Armando Pereira Gonçalves

- António Joaquim Ribeiro da Silva Tavares

- Vítor Manuel Silva Coelho

ABERTURA DA REUNIÃO – Quinze horas e quinze minutos, deu-se início à reunião,

sendo a mesma secretariada pelo Director do Departamento Municipal

Administrativo e Financeiro, Victor Manuel Tavares da Silva Pereira, coadjuvado

pela Coordenadora Técnica, Maria Helena Ramos Pereira.--------------------------

O Presidente deu início à reunião com o período de intervenção do público, logo

seguido do período de antes da ordem do dia, em cumprimento do art.º 86.º da Lei

n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro

e pelas Declarações de Rectificação n.º 4/2002, de 6 de Fevereiro e n.º 9/2002,

de 5 de Março, publicadas na I Série do Diário da República.--------------------

1 - INTERVENÇÃO DO PÚBLICO

1.1 - ARMANDO JOSÉ SALTÃO CAVALEIRO

Assunto: Paragem de autocarros na Salmanha. Endereço: Rua Nossa Sr.ª de Seiça,

nº 13 – 3090-492 - Vila Verde.--------------------------------------------------

O munícipe interveio para dizer que o que o tinha trazido àquela reunião de

Câmara prende-se com o facto de se ter extinguido uma paragem de autocarros

junto rotunda, à entrada do Cais Comercial da Figueira da Foz, na Salmanha,

freguesia de Vila Verde, que servia as pessoas que pretendiam deslocar-se ao

Hospital ou para a própria freguesia.-------------------------------------------

O Presidente esclareceu que esta situação se deve às obras da entrada no Porto

que, na sua perspectiva, alivia muito a zona da estação, um projecto de

requalificação daquele espaço, por forma a que os camiões TIR entrem pela porta

Este.---------------------------------------------------------------------------

Acrescentou que a configuração do local foi alterada, pois teve a oportunidade

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de lá ir e julga que a solução foi um pouco atribulada, de maneira que poderá

haver, a médio prazo, uma nova alteração do espaço, prevendo uma rotunda com

outra configuração, dependendo da evolução de alguns projectos do Porto.--------

Salientou, contudo, que a título provisório, pode-se admitir a circulação de

veículos de serviço de transporte colectivo público, tal como se fazia antes,

tendo a presente solução sido a que encontraram para não obrigar os autocarros a

vir à rotunda onde está a BP, ou à Estação para fazer uma inversão de marcha.---

O munícipe alertou, também, para o facto de estarem na época de Inverno, e as

pessoas continuarem sem abrigo à espera do autocarro.---------------------------

O Presidente respondeu que essa é uma questão que tem de ser remediada

rapidamente, pois a paragem deverá continuar onde estava, dentro da povoação da

Salmanha.-----------------------------------------------------------------------

O munícipe realçou, ainda, que antes de chegar à referida rotunda, no sentido de

Figueira da Foz – Vila Verde, o piso encontra-se muito perigoso para quem

circula de motociclo, convindo que se reponha o alcatrão.-----------------------

O Presidente sugeriu que talvez fosse melhor dar expressamente nota do sítio,

mostrando-se disponível para resolver esse tipo de situações.-------------------

O munícipe aproveitou para alertar para duas situações perigosas, no cruzamento

entre a Rua da Vidreira e a Rua da Salmanha, na Salmanha, perto do “Recheio”,

numa curva que não tem valeta, e quando chove, as pedras saem para a estrada, o

que também acontece em frente à Rua do Lavadouro.-------------------------------

O Presidente disse registar essas deficiências, tendo já tido a oportunidade de

as constatar numa visita que fez àquela freguesia, inclusive, em relação às

urbanizações novas. Contudo, relembrou que a Câmara não está propriamente num

período fácil, em termos financeiros, mas como são situações que se poderão

resolver com uma melhor organização, e como estão a reorganizar as brigadas,

assim que seja oportuno, procederão à sua execução.-----------------------------

O munícipe sublinhou, ainda, que junto ao “Recheio” está uma tampa de saneamento

sobrelevada, aproveitando para enaltecer que na sua rua tudo está a funcionar

bem.----------------------------------------------------------------------------

PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA

INTERVENÇÃO DOS MEMBROS DO EXECUTIVO

INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE

1 - INCLUSÃO DE PONTOS NA AGENDA DE TRABALHOS

O Presidente propôs que fossem incluídos, por aditamento, na agenda de trabalhos

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desta reunião, a fim de a Câmara analisar e votar na altura própria, os

seguintes assuntos:-------------------------------------------------------------

- Pedido de Suspensão do Mandato do Vereador Luís Miguel Pereira de Almeida;----

- Voto de Pesar pelo Falecimento de Elias Cação Ribeiro;------------------------

- Proposta de Atribuição de Medalha de Mérito Cultural em Prata a Fernando

Manuel da Silva Maltez, nos termos do Regulamento para a Concessão de Distinções

Honoríficas, Medalhas, Diplomas e Chave de Honra da Cidade;---------------------

- Proposta de Atribuição de Medalha de Mérito Cultural em Prata a Carlos Alberto

Certo Rodrigues, nos termos do Regulamento para a Concessão de Distinções

Honoríficas, Medalhas, Diplomas e Chave de Honra da Cidade;---------------------

- Proposta de Atribuição de Medalha de Ouro da Cidade ao Dr. Joaquim Manuel

Barros de Sousa, nos termos do Regulamento para a Concessão de Distinções

Honoríficas, Medalhas, Diplomas e Chave de Honra da Cidade.---------------------

A Câmara tomou conhecimento e procedendo à votação, deliberou, por unanimidade,

aprovar a inclusão dos referidos pontos.----------------------------------------

2 - APRESENTAÇÃO DE UMA PÁGINA DO GIP – GABINETE DE INSERÇÃO PROFISSIONAL

O Presidente informou que se considerou oportuno criar uma Bolsa de Emprego, que

resulta de alguns contactos efectuados com algumas empresas do nosso Concelho,

que deram nota de alguns postos de emprego disponíveis, destinados a

desempregados, jovens ou adultos, que necessitem de apoio na resolução do seu

problema de inserção ou reinserção profissional, que residam no Município da

Figueira da Foz e se encontrem inscritos no respectivo Centro de Emprego, já que

o IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissionais, nem sempre tem a

agilidade adequada, pois está sujeito a outro tipo de procedimentos e a

prioridades pré-estabelecidas.--------------------------------------------------

Realçou que já foram obtidos alguns resultados, nomeadamente, cerca de vinte

postos de trabalho, tendo-se iniciado um protocolo com algumas empresas do

Concelho, que deram nota dos empregos que têm disponíveis, passando de seguida a

palavra à Técnica de Informática, Dra. Cláudia Rocha, que foi quem instalou e

gerou esta aplicação.-----------------------------------------------------------

A Técnica Superior na área de Informática, Dr.ª Cláudia Rocha, destacou que esta

página do GIP – Gabinete de Inserção Profissional, contém uma informação sucinta

do que é, a quem se destina, os serviços prestados, o horário de atendimento,

bem como, o seu local e outros contactos.---------------------------------------

Relativamente às ofertas de emprego, salientou que estas vão sendo actualizadas,

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semanalmente, pelo Técnico Superior na área de Psicologia, Dr. Alexandre Nunes,

que são enviadas pelo Instituto de Emprego, e pelas empresas do Concelho,

encontrando-se esta informação disponível no site da Câmara Municipal da

Figueira da Foz, através da Figueira Digital.-----------------------------------

O Técnico Superior na área de Psicologia, Dr. Alexandre Nunes, acrescentou que

as ofertas são disponibilizadas, quer pelo Centro de Emprego, quer pela

Universidade de Coimbra, que possui um gabinete de saídas profissionais que vão

facultando ofertas para os licenciados, quer pelas próprias empresas.-----------

Descreveu que, por exemplo, em relação às ofertas do Centro de Emprego, os

candidatos têm sempre que passar pelo Centro de Emprego, e portanto, a partir

daquela informação e contactado o GIP - Gabinete de Inserção Profissional,

coloca-se o candidato em contacto, ou com o Centro de Emprego, ou com a Entidade

Patronal que informou da oferta. Contudo, tem-se facultado uma informação

regular às pessoas que têm procurado o GIP – Gabinete de Inserção Profissional,

estando também disponível informação sobre a entidade patronal, com algumas

ofertas, e quando as pessoas vêm ao GIP - Gabinete de Inserção Profissional,

ficam registados os dados no que diz respeito, por exemplo, à formação,

experiência, ou contacto, e logo que haja algo em consonância com o seu perfil,

é remetido via e-mail ou para o respectivo telefone.----------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso questionou como é que se processava aquele circuito,

isto é, se a pessoa que abre a listagem da oferta de emprego vem à Câmara para

ver qual é a hora de atendimento e a quem se deve dirigir.----------------------

O Técnico Superior na área de Psicologia, Dr. Alexandre Nunes, respondeu que

existe duas formas: ou se dirige à Câmara, em função do horário que está

disponível na primeira página, ou então, através dos contactos, que estão

disponíveis na parte de baixo, contactá-los de uma forma mais rápida para obter

as informações desejadas.-------------------------------------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso pretendeu saber se há cruzamento de informação, no

que diz respeito à oferta e procura de emprego, ou seja, se alguém que está

desempregado, para além de se inscrever no Instituto de Emprego, pode vir à

Câmara inscrever-se também nesta bolsa e, se a bolsa funciona só como oferta ou

também tem uma funcionalidade de procura.---------------------------------------

O Técnico Superior na área de Psicologia, Dr. Alexandre Nunes, esclareceu que as

pessoas deixam as suas características de formação e de interesses

profissionais, e são-lhes veiculadas várias ofertas, que vão ao encontro ao seu

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perfil.-------------------------------------------------------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso questionou, ainda, se há alguma conciliação entre

este gabinete e o IEFP - Instituto de Emprego e Formação Profissional.----------

O Técnico Superior na área de Psicologia, Dr. Alexandre Nunes, respondeu que

não, e acrescentou que, se alguma empresa os contactar, eles articulam-se

directamente com esta.----------------------------------------------------------

A Vereadora Teresa Machado clarificou que o que está ali em causa é a

apresentação de uma página de um site, relativamente a um Serviço que, segundo

se lembra, foi criado pelo anterior Executivo e apresentado pelo IEFP -

Instituto de Emprego e Formação Profissional da Figueira da Foz.----------------

Adiantou que este GIP - Gabinete de Inserção Profissional não costumava

funcionar em Concelhos onde existem Delegações do Instituto de Emprego, mas

atendendo à dimensão deste concelho, foi criado um, questionando porque é que

vai funcionar na Câmara, quando existiam instalações já criadas para o seu

funcionamento.------------------------------------------------------------------

O Vice-Presidente esclareceu que, inicialmente, as instalações estavam para ser

na Rua 10 de Agosto, mas nunca chegou a funcionar nesse espaço, julgando o rés-

do-chão da Câmara Municipal um local mais central.------------------------------

A Vereadora Teresa Machado salientou que, para a apresentação da candidatura

deste Gabinete, foi obrigatório apresentar um local, tendo sido remodelado para

esse fim, contudo, pensa que há muito pouca informação sobre o que este gabinete

de inserção faz e quais os seus objectivos.-------------------------------------

Acrescentou que este funciona como uma “sub-delegação” do Instituto de Emprego e

Formação Profissional, e que acaba por ser uma forma de articulação perfeita

entre estes duas entidades, podendo a Câmara acompanhar mais de perto e obter

relações mais profícuas com algumas empresas e pessoas sediadas neste Concelho,

sendo essa uma mais valia também para o Instituto de Emprego, que não conseguia

dar resposta aos inúmeros pedidos, destacando que em tempo de crise o número de

pessoas à procura de trabalho deve ter duplicado.-------------------------------

O Vereador António Tavares acrescentou que foi equacionada a saída do GIP -

Gabinete de Inserção Profissional do Arquivo, na Rua 10 de Agosto, que era onde

estava inicialmente instalado, porque os trabalhadores desta Câmara, que lá

estavam, não tinham condições de trabalho, dada a exiguidade da sala, tendo

sido, justamente, pela grande insistência destes, que se optou por fazer esta

transição para uma sala com melhores condições, não só para se estar a

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trabalhar, mas também para atender as pessoas, já que o espaço onde estava,

pouco mais cabia do que uma pequena secretária.---------------------------------

A Vereadora Teresa Machado sublinhou que, em termos de estruturação e desde que

funcione, não tem nada a dizer.-------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

3 - RELATÓRIO DA AUDITORIA SOBRE A GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLO INTERNO DO

MUNICÍPIO

O Presidente questionou se existiam algumas dúvidas ou considerações que os

vereadores gostassem de ver esclarecidas ou de fazer sobre o Relatório de

Auditoria sobre a Gestão Financeira e Controlo Interno do Município.------------

O Vereador Miguel de Almeida disse perceber agora o atraso na entrega do

relatório da auditoria pois, para si, este não trouxe qualquer novidade, que não

se trata de uma crítica à Câmara Municipal mas antes à empresa Deloitte que fez

essa auditoria. Salientou que este relatório apenas serviu para a autarquia

gastar trinta e sete mil euros, reiterando que as conclusões não trouxeram nada

de novo e que não apontam um único caminho.-------------------------------------

Pensa que este documento deverá servir apenas para conhecimento da Câmara e não

para ser divulgado, entendendo que nesse caso a Deloitte ficará com a sua

reputação fragilizada se essa informação for divulgada.-------------------------

O Presidente disse partilhar algumas das observações feitas pelo Vereador Miguel

de Almeida, nomeadamente a falta de qualidade reconhecendo que devia ter sido

mais exigente, talvez até chamando à atenção de que deviam ser aflorados outros

aspectos mais pertinentes. Prosseguiu, dizendo que, contudo, se tratou de um

estudo mais aprofundado da situação financeira da Câmara, um retrato expresso,

objectivo, concretizado, materializado de uma empresa que se afirma como

imparcial e avalizada para o efeito.--------------------------------------------

Rematou, considerando que a Câmara fica, desta forma, com um registo documental

do que foi o exercício e a administração financeira da Autarquia nos últimos

anos e não apenas com o que fica consagrado nas suas alocuções lavradas nas

actas.--------------------------------------------------------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso disse não partilhar da mesma opinião do Presidente,

conforme teve oportunidade de transmitir e que apesar de considerar que algumas

questões poderiam ter sido mais aprofundadas, julga que o documento não é assim

tão fraco.----------------------------------------------------------------------

Salientou que após uma leitura atenta se destacam alguns aspectos que mostram

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exactamente como foi conduzida a evolução da política financeira da Câmara,

resultando num conjunto de recomendações de boas práticas para aquilo que já foi

feito no passado.---------------------------------------------------------------

Sugeriu que o Vereador Miguel de Almeida faça uma leitura mais atenta do

documento, entendendo que este sintetiza um conjunto de factos, de evidências

que numa análise de oito anos também não poderia ser muito aprofundado,

enfatizando que para tal, provavelmente a Deloitte precisaria do dobro do tempo.

Lembrou que estas empresas, apesar de tudo, não têm o traquejo que têm as

Inspecções Gerais de Finanças ou o Tribunal de Contas quando fazem auditorias,

dado que aquelas possuem profissionais completamente vocacionados para a

vertente privada. Realçou que esta auditoria resultou da transparência de

consulta do mercado e da adjudicação feita ao preço mais baixo.-----------------

O Vereador Miguel de Almeida replicou dizendo que o preço foi altíssimo, ao

contrário do que afirma a Vereadora Isabel Cardoso, entendendo que os próprios

serviços da Câmara poderiam ter feito essa auditoria, solicitou ainda que a

vereadora lhes dissesse uma novidade proveniente deste relatório, uma que

desconhecesse.------------------------------------------------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso respondeu que quando entrou para esta Câmara

Municipal teve de se inteirar do real estado da Autarquia e por essa razão tem

obrigação de conhecer a sua situação financeira.--------------------------------

O Vereador Miguel de Almeida retorquiu que até os membros da comunicação social,

que só estão presentes uma vez por semana, não encontram neste documento nenhuma

novidade para eles.-------------------------------------------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso reiterou não concordar com o Vereador Miguel de

Almeida e acrescentou que tal desconhecimento resulta de uma falta de leitura

atenta da sua parte.------------------------------------------------------------

O Presidente interveio, dizendo que se trata de uma auditoria, de um juízo de

uma entidade terceira, independente, que pode avalizar ou não o mau exercício, o

exercício da gestão financeira, considerando-o um aspecto fundamental em termos

de análise da Autarquia.--------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

INTERVENÇÃO DOS VEREADORES

INTERVENÇÃO DA VEREADORA TERESA MACHADO

4 - NOTÍCIA NA COMUNICAÇÃO SOCIAL SOBRE O CENTRO ESCOLAR DE SÃO PEDRO

A Vereadora Teresa Machado questionou o Presidente sobre qual era o ponto da

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situação relativamente ao Centro Escolar de São Pedro.--------------------------

O Presidente respondeu que, como é do conhecimento de todos, tem decorrido uma

negociação um pouco atribulada, relativamente aos terrenos, pois pretende-se

prosseguir de acordo com os formalismos legais e, depois de esgotado o processo

de venda por hasta pública, verifica-se agora a hipótese de fazer uma permuta de

terrenos, que foi já votada em reunião de Câmara.-------------------------------

Salientou que, desta forma e, logo que a permuta seja possível, irá ser

apresentada uma candidatura da construção do futuro Centro Escolar de São Pedro

ao Quadro de Referência Estratégico Nacional - QREN, ao mesmo tempo que se

pretende melhorar e majorar o projecto, a fim de se poder levar a cabo uma

construção adequada, não sobredimensionada, que satisfaça todos os requisitos e

pressupostos, sendo essas as preocupações que têm sido manifestadas, esperando

que em Agosto do corrente esteja tudo preparado para a apreciação daquela

candidatura.--------------------------------------------------------------------

A Vereadora Teresa Machado agradeceu as palavras do Presidente, questionando-o

se ele ao dizer que o projecto estava a andar, se referia ao projecto de

arquitectura para os terrenos da antiga fábrica Terpex.-------------------------

O Presidente ressalvou que já tinha sido dado conhecimento à Câmara de que estão

a elaborar um projecto para os antigos terrenos dessa fábrica, tendo sido

referenciado, na altura, que esse foi considerado o mais adequado e que melhor

satisfazia as pretensões das populações.----------------------------------------

A Vereadora Teresa Machado alegou que, entretanto, esta semana foram divulgadas

várias notícias na imprensa local, relativamente a este Centro Escolar de São

Pedro, não entendendo muito bem em que contexto é que estas notícias foram

divulgadas, ou seja, se o Vereador Carlos Monteiro, se encontrava na qualidade

de Vereador e Vice-Presidente ou enquanto Presidente da Comissão Política do

Partido Socialista, parecendo-lhe existir alguma “promiscuidade”, relativamente

à forma como as actividades da Câmara vêm para a Comunicação Social, porque o

que é competência do Executivo é transmitido para a Comunicação Social,

inclusivamente, as notícias transmitem que já foram permutados os terrenos, e

disso ainda não têm conhecimento, apenas de um pedido de informação prévia e, no

entender do Presidente, esta obra deverá começar em 2012, o que não será fácil,

mas quando há vontade, tudo se consegue.----------------------------------------

Ressalvou, por outro lado, que há uma notícia, que refere que “o Centro está

sobredimensionado”, considerando essa afirmação um pouco estranha, tendo em

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conta aquilo que o Presidente disse há pouco, e face ao número de alunos, aos

estudos efectuados e à própria Carta Educativa.---------------------------------

Acrescentou, também, que lamenta que não seja o Presidente a veicular para a

Comunicação Social essa informação, mas antes um dos elementos da Comissão

Política do Partido Socialista, que merece todo o respeito, enquanto Comissão

Política, mas julga que se deve saber “separar as águas”, dar conta do seu

trabalho e não do trabalho dos outros.------------------------------------------

O Presidente esclareceu que teve uma conversa com o Vice-Presidente e que ele

lhe tinha explicado que esta foi uma acção político-partidária, da inteira

responsabilidade dos seus protagonistas, solicitando para não misturarem os

conteúdos, pois os políticos e os partidos podem e devem exercer alguma pressão

política, contudo, podendo ainda suscitar algumas dúvidas, remeteu-as para o

Vice-Presidente poder dar as explicações que achar necessário, pois ele deu-as a

si e achou-as satisfatórias.----------------------------------------------------

O Vice-Presidente disse compreender as preocupações da Vereadora Teresa Machado,

não compreendendo é a interpretação que faz ao texto, tendo à sua frente o

Jornal “Diário de Coimbra”, e garante que não disse nada que não fosse do

conhecimento da Câmara Municipal, alegando que foi à conferência de imprensa no

carro pessoal e esteve presente enquanto Carlos Monteiro, não conseguindo se

separar das suas diversas funções.----------------------------------------------

A Vereadora Teresa Machado enfatizou que todos desempenham diversos papéis, em

diversos lugares.---------------------------------------------------------------

O Vice-Presidente continuou, dizendo que lhe tinham pedido para ir dar nota do

seu conhecimento sobre aquela situação, e ele não consegue ter o conhecimento só

em determinadas funções. De qualquer maneira, e como já afirmou, não disse nada

que não fosse do conhecimento da Câmara, tal como a localização do terreno, que

se sabe que é uma preocupação deste e já foi do anterior executivo, sendo que o

primeiro projecto que se fez para o Centro Escolar de São Pedro era no terreno

da Terpex, tendo sido feito um segundo para o terreno das Varandas de São Pedro

e, em 2008, foi levado a venda deste à Assembleia Municipal e votado por

unanimidade, com excepção do Partido Comunista, permitido que os terrenos da

Terpex ficassem em aberto para a construção do referido Centro Escolar, tendo

esta Câmara aprovado, em 2010, um contrato de promessa de compra e venda nessa

perspectiva.--------------------------------------------------------------------

A Vereadora Teresa Machado ressalvou que isso foi actualmente.------------------

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O Vice-Presidente replicou que também no passado votou favoravelmente,

disponibilizando a acta da Assembleia Municipal, de 24 de Abril de 2008 para o

comprovar, que passou a ler: “Carlos Monteiro interveio dizendo: nós iremos

votar a favor, no pressuposto de que não temos dúvidas que estes terrenos vão

ser vendidos, para adquirir um terreno que tem aproximadamente vinte e seis mil

metros quadrados. Se não estou enganado e quase de certeza não estou, uma área

de aproximadamente dez mil metros quadrados chega para a implantação do Centro

Escolar, que está previsto na Carta Educativa,(...)”, salientando ainda que

“...nesse terreno que a Câmara pretende adquirir ainda há área suficiente, para

o caso de ser necessário implantar nem que seja provisoriamente o campo. Neste

pressuposto, penso que todos os interesses são salvaguardados e nós conseguimos

também não adiar uma decisão que em termos de equipamentos escolares é

importantíssimo para o concelho.”, e, “A Assembleia Municipal, deliberou, por

maioria com trinta e três votos a favor (20 do PPD/PSD, 11 do PS e 2 dos Membros

Independentes)”.----------------------------------------------------------------

A Vereadora Teresa Machado salientou que não se estava a referir ao Vice-

Presidente, enquanto Deputado Municipal, mas de outros Vereadores do Partido

Socialista.---------------------------------------------------------------------

O Vice-Presidente descreveu que disse à Comunicação Social que ia preparar todo

o processo para lançar a candidatura ao Quadro de Referência Estratégico

Nacional - QREN, pois se não houver fundos não há qualquer hipótese de avançar

com o processo, e passou a ler a notícia do Diário de Coimbra: “...será feito um

projecto com qualidade mais barata e é essa a preocupação da Câmara e dos tempos

que correm, ou seja, qualificar, mas não duplicar”, e, “...aproveitar a escola

para alavancar o projecto. Referindo-se ainda a uma possível venda do espaço,

uma vez que o terreno da actual escola está num sítio interessante...”. e ainda,

“...a escola rondará um milhão de euros, nunca se iniciará em menos de um ano”,

pois não estão previstas menos de três salas de Jardim de Infância, com cerca de

vinte jovens para cada sala. Voltou a questionar se tinha dito alguma coisa que

não fosse do conhecimento público.----------------------------------------------

A Vereadora Teresa Machado respondeu que não.-----------------------------------

O Vice-Presidente continuou, dizendo que a procura é superior à oferta, e por

isso, pensa que é consensual haver uma terceira sala. Relativamente aos alunos

do 1.º Ciclo, salientou que hoje estão a funcionar seis salas, mas basta haver

uma ou duas turmas de alunos com necessidades educativas, para ser preciso mais

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uma ou duas, sendo a tipologia dos Centros Escolares de duas/seis ou três/oito

salas, mas pensa que isso também é consensual, sendo sua intenção fazer a

permuta, contudo, não disse que ela estava efectuada, portanto, não sabe o que

referiu que já não fosse do conhecimento desta Câmara.--------------------------

A Vereadora Teresa Machado relembrou que o que está em causa não é a construção

do Centro Escolar de São Pedro, que sempre foi apoiado pelo seu partido, apesar

dos vários obstáculos que têm surgido, alguns colocados por elementos do próprio

Partido Socialista, mas não é a isso que se refere. O que está ali em discussão

é o que vem no jornal, de que a permuta foi feita, situação que desconhece e,

fundamentalmente, porque verifica alguma “promiscuidade” em termos de

informação, e que o próprio Vice-Presidente acabou de dizer que não sabe em que

qualidade foi prestar esclarecimentos. Enfatizou que quando ela desempenha

papéis distintos, apesar de inter-ligados, na qualidade de professora,

vereadora, ou comum cidadã, tenta manter um comportamento mediante as suas

competências, lamentando ter existido, da parte da Comissão Política do Partido

Socialista, uma ultrapassagem ao próprio Executivo.-----------------------------

O Vice-Presidente disse não ter mais nada a acrescentar, pois já afirmou que não

deu qualquer informação que não fosse do conhecimento público, apenas fez uma

súmula daquilo que já tinha sido decidido e discutido.--------------------------

A Vereadora Teresa Machado salientou, então, que o Vice-Presidente agiu enquanto

membro da Comissão Política, julgando-se no direito de o fazer mas, no mínimo,

parece-lhe não ser uma atitude muito cortês.------------------------------------

O Presidente frisou que, como já tinha dito anteriormente, considera que esta

foi uma iniciativa de carácter político-partidário, salientando que os partidos

são livres de o poder fazer, como ordem de expressão que são, junto dos poderes

decisores.----------------------------------------------------------------------

O Vereador Miguel de Almeida ressalvou que, efectivamente, os Partidos são

livres de fazer o que entenderem, pois vive-se em Democracia, mas, dentro das

regras da luta político-partidária, ressalvando que o que está ali em causa é

saber a opinião do Presidente da Câmara sobre esta questão, ou seja, saber se

está confortável com aquilo que leu nos jornais.--------------------------------

Acrescentou que, pelo menos, se verifica a originalidade desta situação, podendo

até ser o início de um novo processo, relembrando que o Partido Socialista tinha

o mesmo hábito, quando estava na Oposição, mas desta forma fazia algum sentido,

inclusive, o Vereador António Tavares fê-lo várias vezes com a Comissão

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Política, mas agora, o Vereador do Pelouro ir com a Comissão Política, e lendo o

Jornal: “o Presidente da Comissão Política diz: temos aqui o nosso Vereador”,

acredita que transparece uma certa “promiscuidade”, que não existe nem no

Governo, e por isso, não considerando tão importante saber o que o Vice-

Presidente pensa, porque isso já se sabe, pois ele já disse que esteve lá e não

vê mal nenhum nisso, julga que faz todo o sentido perceber o que o Presidente

sente, e se esta indignação do Partido Social Democrata relativamente a esta

notícia faz sentido ou não.-----------------------------------------------------

O Presidente sublinhou que já teve a oportunidade de dizer, a propósito deste

incidente, que pediu esclarecimentos ao Vereador e Vice-Presidente Carlos

Monteiro, que lhe garantiu que esta foi uma iniciativa político-partidária e,

por isso, deve respeitar e aceitar. Quanto às questões institucionais, frisou

que, na devida altura, justificará o que considerar pertinente e trará a reunião

de Câmara a sua decisão.--------------------------------------------------------

O Vereador Daniel Santos, em nome do Movimento "Figueira 100%", pretendeu

partilhar das preocupações ali trazidas pelo Partido Social Democrata sobre esta

matéria e, concordando com o facto de que nada impede que qualquer cidadão,

força partidária ou movimento de cidadãos se interesse pelos assuntos que são

tratados em reunião de Câmara e deles dêem conta, e que através da comunicação

social falem deles e da sua opinião. Julga que esta forma de comunicar com os

cidadãos tem de ser tratada de forma a que eles não se confundam, e que saibam o

que se está a passar, sobretudo neste caso, em que esta matéria é da iniciativa

de um Partido que, por acaso, é o partido em maioria nesta Câmara Municipal,

havendo uma responsabilidade acrescida, e por isso, julga que o Partido

Socialista não tem o direito de fazer anúncios, não concordando com aquilo que o

Vice-Presidente disse, porque há algumas coisas que estão anunciadas, apesar de

perceber que o Vice-Presidente não concorda com a forma como a notícia saiu num

jornal e a forma como saiu no outro, mas o que é facto, é que num jornal, que

pensa que é o da cópia que a Vereadora Teresa Machado também possui, estão

algumas novidades que ainda não foram decididas em reunião de Câmara, e por

isso, julga que é preciso ter muito cuidado, para não confundir os cidadãos,

sendo uma responsabilidade que cabe, não só à Câmara, mas também às forças

partidárias e à associação cívica, que elegeu os seus representantes, de forma a

evitar estas interpretações.----------------------------------------------------

Sublinhou que o Movimento "Figueira 100%", independentemente desta questão que

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foi levantada pela Vereadora Teresa Machado, detectou também algumas situações

anómalas na forma como o Partido Socialista tratou o assunto do estacionamento,

e pela Comunicação Social em que se noticia que é com grande agrado que o

Partido Socialista toma conhecimento da proposta, que o Vereador Daniel Santos

enfatizou que foi feita pelo Movimento "Figueira 100%", na ausência de qualquer

outra que oficialmente tenha sido apresentada neste órgão ou noutro qualquer, e

que de acordo com a referida notícia, o Partido Socialista considera que aquele

não é nem mais nem menos do que uma cópia do que foi anteriormente apresentado

pelo Partido Socialista, o que o Vereador Daniel Santos referiu que o Movimento

“Figueira 100%” desconhecia.----------------------------------------------------

Acrescentou que quando leu esta notícia, julgou ainda ter tido alguma sorte,

porque o jornal podia ter titulado: “Movimento "Figueira 100%" copia uma ideia”

e não foi isso que aconteceu, alertando que, enquanto representantes dos

Movimentos ou Partidos, têm a responsabilidade de dialogar, no sentido de os

chamar à atenção para a forma como estas questões são tratadas na Comunicação

Social, e relativamente ao Centro Escolar de São Pedro, considera que, quando se

fala em sobredimensionamento, esta terminologia não pode ser utilizada, porque o

equipamento pode sim ser evolutivo, em função da evolução demográfica, sendo

esta uma questão que deve ser tratada na análise que se fizer ao projecto neste

órgão.--------------------------------------------------------------------------

O Presidente, relativamente à proposta de estacionamento, pretendeu dar nota de

que esta “não caiu em saco roto”, tendo-se advertido a PSP - Polícia de

Segurança Pública da necessidade de patrulhamento do parque de estacionamento

junto à Câmara, apelando para que as questões de segurança sejam, pelo menos,

pré-filtradas, ou pré-anunciadas com alguma descrição, para poderem trabalhar da

melhor forma. Todavia, deve-se dar nota pública da sua inépcia ou da sua

continuidade.-------------------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

INTERVENÇÃO DO VEREADOR MIGUEL DE ALMEIDA

5 - PORTARIA DO PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ

O Vereador Miguel de Almeida disse ter conhecimento através dos operadores de

transportes que a portaria do porto, da maneira como foi construída irá causar

problemas de tráfego a curto prazo, questionando qual a forma de apoio que a

Câmara Municipal deu aquela obra.-----------------------------------------------

Revelou que durante a inauguração da obra, alguns operadores de transportes

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comentaram e lamentaram a maneira como foi construída, perspectivando-se grandes

dificuldades de entrada e saída por parte dos camiões, pois o sítio onde a

balança está colocada impede que os outros camiões consigam entrar, entendendo

que tanto o projecto, como o desenho, o layout daquela portaria não lhe parece

que tenha sido a melhor escolha.------------------------------------------------

Acrescentou que será inevitável que tal situação, quando entrar em pleno

funcionamento, coloque em causa toda circulação da via para a Vila Verde ou

mesmo a possibilidade de os camiões poderem entrar para a A14.------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

6 - CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROLONGAMENTO DO MOLHE NORTE E PLATAFORMA LOGÍSTICA

O Vereador Miguel de Almeida, interveio relativamente à inauguração oficial do

prolongamento do molhe norte, referindo que esta obra foi muito desejada, muitas

pessoas lutaram para que fosse uma realidade, sendo uma obra importante, tanto

para a Figueira da Foz como para a região centro. Lamentou a indisponibilidade

do Primeiro-Ministro, José Sócrates, em estar presente nesta inauguração, tendo

ignorado completamente esta Câmara Municipal. Em sua opinião, a forma como

decorreu a cerimónia só revela falta de força política da parte da Autarquia,

bem como, do Partido Socialista, esperando que os seus militantes não confundam

as lutas que existem dentro do próprio partido com aquilo que é a governação,

quer da Câmara Municipal quer do Governo.---------------------------------------

Acrescentou, ainda, que tem conhecimento que a responsabilidade da cerimónia foi

toda da Administração do Porto da Figueira da Foz, tendo a Câmara Municipal sido

mais uma convidada do que outra coisa e, analisando os concelhos vizinhos,

desconhece que tenha havido uma obra com tanta importância para a região centro

como a do prolongamento do molhe norte, bem como, os investimentos que o próprio

Porto da Figueira da Foz pretende concretizar.----------------------------------

Lamentou, também, que António Mendonça, Ministro das Obras Públicas, Transportes

e Comunicações, no seu discurso, tenha ignorado completamente a Câmara

Municipal, limitando-se apenas ao Presidente do Conselho de Administração do

Porto da Figueira da Foz.-------------------------------------------------------

Referiu ter sido muito céptico à passagem do Porto da Figueira da Foz para o

Porto de Aveiro, reconhecendo que, presentemente, tem sido uma vantagem para o

Porto da Figueira da Foz, esperando que esse facto não esteja apenas relacionado

com a presença de José Luis Cacho, presidente do Conselho de Administração do

Porto de Aveiro, que tem aproveitado esta sinergia entre os dois portos, não

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prejudicando o da nossa cidade, dando nota de que, enquanto Deputado na

Assembleia da Republica, manifestou, humildemente, que se enganou na sua

previsão, e que a Figueira da Foz não saiu prejudicada.-------------------------

Acrescentou, ainda, que foram anunciados outros projectos por parte da

autoridade portuária, que tem toda a legitimidade para os apresentar, contudo

não lhe parece correcto que a Assembleia Municipal, a Câmara Municipal e as

Juntas de Freguesia não tenham conhecimento e não se pronunciem sobre isso,

sugerindo que acompanhem mais de perto essas intenções.-------------------------

Considerou importante o espírito de colaboração existente entre a Câmara

Municipal da Figueira da Foz e o Porto da Figueira da Foz, mas alertou para que

a Câmara Municipal não se deixe “levar por cantos de sereia” senão, corre o

risco de qualquer dia ter umas obras do género dos edifícios dos pilotos da

barra, entre outras, que toda a cidade esteve contra, mas que depois se

concretizavam.------------------------------------------------------------------

Sintetizou que tudo o que é o trabalho portuário é da responsabilidade do Porto

da Figueira da Foz, e tudo o que é utilização do espaço diz respeito à Câmara

Municipal que deve ter uma intervenção activa.----------------------------------

O Presidente registou com agrado que os Vereadores do Partido Social Democrata

tenham considerado esta inauguração como um dos momentos vibrantes da história

da Figueira da Foz, explicando que foi um conjunto de obras no valor de vinte e

quatro milhões de euros, e que teve a particularidade de, antes de inaugurada,

já ter demonstrado os seus resultados positivos, isto é, já se tinha um índice

de rentabilidade do projecto, e aumentar a capacidade para 37,5%.---------------

Quanto à ausência do Primeiro-Ministro, José Sócrates, justificou que este se

encontrava numa visita atribulada de três dias a Bragança e que esta inauguração

já vinha sendo sucessivamente adiada, para além de que o Governo se fez

representar com a presença do Ministro das Obras Públicas, Transportes e

Comunicações, António Mendonça, e do seu Secretário de Estado, dando público

reconhecimento de confiança política e da implicação da obra.-------------------

Mencionou que, aquando do descerramento da placa inaugural da obra de

prolongamento do molhe norte, o referido Ministro assinalou de imediato à

Administração do Porto da Figueira da Foz que também devia constar a

participação da Câmara Municipal, bem como, a presença dos Presidentes destas

duas entidades.-----------------------------------------------------------------

Realçou que foi oportuno dar nota junto da comunicação social de que seria de

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estudar um “cais sul”, a que a Câmara Municipal tem usado a expressão de um

“terminal a sul”, que não pretendendo ser panfletário nem propagandista, já deu

conta de alguma preocupação com a zona de afectação para o apoio logístico,

considerando de todo o interesse estratégico para o crescimento e

desenvolvimento da Figueira da Foz que primeiro fosse estudado exaustivamente a

possibilidade de abrir um “terminal a sul” com acesso ferroviário.--------------

Referiu, ainda, que se pretende fazer o estudo de definição do local

estrategicamente mais apropriado, para a afectação da zona de apoio logístico,

sendo que em seu torno existe uma intenção de estender a zona industrial, tendo

já sido dado conhecimento público de que gostaria de ver situada a localização

da zona de apoio logístico entre o actual Parque Industrial da Figueira da Foz e

a empresa Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. com ligação ferroviária

e rodoviária.-------------------------------------------------------------------

Enfatizou que esta não é uma aposta definitiva tal qual se fez no passado, onde

se definiu um local para construção de um equipamento sem ter o cuidado de

estudar a morfologia do sítio e a capacidade de alocar esse empreendimento, bem

como, não se fazendo uma análise rigorosa do custo da construção das infra-

estruturas e definir “a olho” num valor de doze milhões, quando numa análise de

mera consulta se conclui que se pode atingir o montante de trinta e seis milhões

de euros, impedindo-o de ser um defensor desse projecto.------------------------

Asseverou não ser sua pretensão correr o risco de escolher o local sem ter um

estudo prévio que lhe consinta exercer a autoridade de Presidente desta Câmara

Municipal, de que é o local adequado, apenas e tão só, para satisfazer uma mera

acção de propaganda ou de oportunidade política.--------------------------------

Continuou a sua intervenção, revelando que ideias têm sido veiculadas, o

Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça,

manifestou agrado pelo conjunto da obra, fez a visita que lhe foi apresentada,

tentou envolver, por várias vezes, na sua alocução a Administração Local com a

Administração Portuária para a definição do conjunto de obra.-------------------

Revelou que também está a ser levado a cabo um estudo sobre o plano de

desenvolvimento do Porto da Figueira da Foz, que é extremamente oportuno para a

própria definição de zona de apoio logístico, e que já em representação da

Câmara Municipal manifestou que gostaria que fosse explorada a possibilidade de

localização de um terminal a sul com ligação ferroviária, tendo já transmitido

essa intenção. Nesta perspectiva, considerou que não se poderá dizer que a

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Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

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Câmara Municipal não está envolvida no problema. Contudo, não deve com o

argumento de autoridade estipular que se determine o local, sem que haja um

estudo prévio que permita, com autoridade técnica, dizer que há condições para

defender um projecto nesta ou naquela localização.------------------------------

Deu conta, ainda, que no âmbito da candidatura ao CENCYL em que a Autarquia

esteve presente recentemente na sua Assembleia Geral, foi anunciado um balanço

da actividade desta ligação de proximidade com Espanha, referindo que a

expressão CENCYL é a Região Centro e Castela e Leão, constituindo-se com uma

região da Europa onde se procuram actividades de interesse múltiplo,

complementares e transfronteiriços.---------------------------------------------

O Vereador Miguel de Almeida agradeceu as informações prestadas pelo Presidente

sobre este tema, e fazendo novamente alusão à ausência, nesta inauguração, do

Primeiro-Ministro, José Sócrates, reiterou que a obra já se encontrava

finalizada e podia-se perfeitamente ter agendado de forma a que pudesse estar

presente, considerando não ter havido força política para o trazer a esta

inauguração.--------------------------------------------------------------------

Manifestou desagrado, dos Vereadores do Partido Social Democrata, por não terem

estado presentes nesta inauguração, nem a Dr.ª Ana Paula Vitorino, ex-Secretária

de Estado dos Transportes, nem o Eng.º Duarte Silva, Ex-Presidente da Câmara

Municipal da Figueira da Foz, considerando ainda mais grave não haver sequer uma

referência, nem da parte do Presidente, nem da parte de José Luis Cacho,

Presidente do Conselho de Administração do Porto de Aveiro, nem de António

Mendonça, Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, para quem

teve que tomar a decisão, dando a ideia que este veio inaugurar uma obra para a

qual não contribuiu rigorosamente nada, apenas lhe calhou essa sorte.-----------

Continuou a sua intervenção, referindo que o actual Ministro das Obras Públicas,

Transportes e Comunicações se encontra de saída do seu cargo, pelo que considera

ter sido uma descortesia, a Câmara Municipal ter lançado um desafio para fazer

um terminal a sul ainda sem estudo, que acabou por confessar que não faz sentido

já que não pode defender um lugar enquanto os estudos técnicos não estiverem

terminados, ironizando que aprecia que o Presidente tenha a mesma posição que

teve em relação ao Parque Desportivo de Buarcos em facultar aos Vereadores

informação sistematizada sobre os terrenos da Plataforma Logística.-------------

O Vereador António Tavares alegou que, tal como aconteceu com o Parque

Desportivo de Buarcos, depois de obterem a informação pretendida debandam, tendo

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Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

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o Vereador Miguel de Almeida objectado que não, até porque, à época, nem o

próprio, nem o Vereador João Armando, se encontravam no Executivo Municipal, ao

contrário do Vereador António Tavares, que tinha muita informação tendo em conta

o livro e as publicações que fez.-----------------------------------------------

Ajuizou que há uma altura para dizer basta e tal como dizia o falecido Francisco

Sá Carneiro, no Conselho de Ministros: “dá-se seis meses para se desculpar com o

passado”, considerando que os Vereadores se devem convencer disso mesmo.--------

Recomendou ao Presidente que tome uma atitude e que desvende, mesmo com

instauração de processos disciplinares, o que esteve na base desta

irresponsabilidade técnica, pois não é possível aceitar que todos os técnicos

envolvidos no estudo do Parque Desportivo de Buarcos, da Plataforma Logística,

que tudo seja um caos, em que as pessoas não tiveram atenção a nada, e este

Executivo Municipal os mantenha a desempenhar as mesmas funções, depreendendo

que a irresponsabilidade não é só da parte política.----------------------------

Opinou, comparativamente, que o Parque Desportivo de Buarcos não tem a mesma

importância que a Plataforma Logística, que é um projecto estruturante para o

desenvolvimento do concelho.----------------------------------------------------

Dirigindo as suas palavras ao Presidente, mencionou que este lançou ao António

Mendonça, Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações um repto para

a concretização de uma terminal a sul, e agora comunica à Câmara Municipal que

não pode dizer onde é que é, uma vez que não faz campanha eleitoral nem anúncios

demagógicos, enquanto não tiver estudos técnicos, considerando que tanta falta

de respeito é um pouco desagradável.--------------------------------------------

Realçou que estudos não faltam, e cada vez que não se quer fazer nada, manda-se

fazer um estudo, julgando ser essa a regra de ouro para que se fique mais uma

série de tempo sem se concretizar nada. Contudo, não deixou de admitir ser muito

importante fazer o estudo para a Plataforma Logística, desde que vão tendo o

devido conhecimento até à regularização da situação, questionando sobre quem se

encontra a fazer o estudo para a plataforma logística.--------------------------

O Presidente tomou novamente a palavra, referindo que a questão do Parque

Desportivo de Buarcos está arrumada dado que é um grande “embrulho”, tendo o

Vereador Miguel de Almeida interrogado para que ganhou o Presidente as eleições.

O Presidente respondeu que esta questão vai ser resolvida, não tendo qualquer

tipo de problema, dado que o fez por Cidadania e se cumprir essa tarefa ficará

satisfeito, independentemente, de ganhar ou perder votos.-----------------------

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Quanto à Plataforma Logística, salientou que não era sua intenção falar muito

sobre esta questão, dado que é uma questão sensível, onde estão cerca de

seiscentos mil euros envolvidos em estudos que agora acabam no plano da execução

prática, por não satisfazerem aquilo que é o verdadeiro objectivo do projecto,

isto é, cativar promotores para a zona de apoio logístico. Encontrando-se o

estudo terminado e definido o sítio, irá consultar promotores.------------------

O Vereador Miguel de Almeida questionou se o Presidente já actuou judicialmente,

tendo o Presidente respondido que não representa o município sozinho.-----------

Continuou a sua intervenção, referindo que o terreno em causa é fortemente

acidentado, não tendo o nivelamento exigível para uma plataforma. Disse

desconhecer qual o critério para aquela escolha, que o estudo sobre a morfologia

do terreno ainda está pendente, isto é, volvidos cerca de três anos, está o

técnico responsável ainda para apresentar o seu trabalho, e que também só o

apresenta se a Câmara Municipal lhe pagar em mão.-------------------------------

Recomendou ao Vereador Miguel de Almeida que tente averiguar junto do

responsável, se foi feito o levantamento topográfico e que critérios utilizou

para fixar o valor da obra em doze milhões de euros, pois ao ser questionado se

se deslocou ao local, respondeu que não valia a pena, pois fazia o cálculo por

estimativa. E salientou que é nesta base que o plano estratégico para a Figueira

da Foz está hipotecado, e é por isso que se encontra altamente apreensivo

porque, primeiro tem que estar convencido da idoneidade do projecto, para depois

poder convencer os promotores a apoiá-lo.---------------------------------------

Convidou o Vereador Miguel de Almeida a visitar o local de que se fala para ver

se é ou não adequado, revelando que, a título gracioso, convidou uma empresa

especializada para, grosso modo, indicar qual o montante a gastar, pois não

podia ir ao conjunto de empresas que estão previstas no estudo e desafiá-las a

investir sem definir quanto é que custa a plataforma em si, indicando que a

referida empresa fez uma análise muito ligeira e comunicou que, só em

movimentação de terras, não se conseguia fazer esta obra com menos de trinta e

seis milhões de euros, não podendo envolver pessoas com um investimento que é de

doze milhões de euros e que passe depois para trinta e seis milhões de euros.---

Objectou que este é um valor por estimativa, com criação de infra-estruturas,

acrescentando que, em boa hora, apareceu a possibilidade de se fazer uma

candidatura, e assim, este projecto é financiado no valor de cento e trinta e

três mil euros, indicando que se poderá fazer um estudo tendo em conta os

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Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

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espaços alocados e os disponíveis, dois dos quais que, pelas suas

características, podem fazer o hinterland de ligação rodo/ferroviário.----------

Informou que também foi lançado este desafio à CP Cargo, S.A., uma entidade que

explora o sector de transporte de mercadorias e que se encontra a fazer um

estudo, pois ainda não estava ponderada esta ligação ferroviária dado que ligar

o Porto da Figueira da Foz à estação não é uma obra simples, ou seja, do

referido Porto para entrar na linha da Beira Alta tem que se fazer uma ligação

que não está feita, e que a montante não é fácil e implica obras de engenharia

que nem sequer estavam equacionadas.--------------------------------------------

Na altura da definição do Plano Estratégico do Desenvolvimento da Área Portuária

lançou este desafio manifestando que gostava que se previsse a hipótese de fazer

o terminal a sul, pois pretende trabalhar este conceito da Plataforma Logística

para sul. O Porto da Figueira da Foz manifestou que o terminal a sul não calha,

dado que solo não o permite. Lançou um desafio e não uma certeza firme,

precisamente para que toda a Câmara Municipal se possa envolver na discussão

para uma melhor apreciação técnica desta questão. Disse ser um sério defensor,

desde que tecnicamente seja possível abrir um terminal a sul com ligação

ferroviária, fazendo-se o desenvolvimento do Parque Industrial para sul, fazer a

Zona de Apoio Logístico entre este parque e a empresa a Soporcel, S.A. e desta

forma a Figueira da Foz ficava com uma boa base de crescimento e desenvolvimento

económico.----------------------------------------------------------------------

Indicou que é um projecto para se fazer de forma ponderada, sustentada e que

seguramente demorará alguns anos. Contudo o município não pode ficar eternamente

à espera dos projectos a longo prazo pelo que há um grande empenho em fazer uma

compactação da área disponível do aeródromo para uma compactação a sul para

prolongamento do Parque Industrial da Figueira da Foz, o que perfaz cerca de

trinta hectares para se ter ali uma “almofada” de desenvolvimento do próprio

parque.-------------------------------------------------------------------------

Terminou a sua explanação, mencionando prezar muito os pareceres técnicos no

sentido de tomar boas soluções políticas à semelhança do Dr. Francisco Sá

Carneiro.-----------------------------------------------------------------------

O Vereador Miguel de Almeida interveio, referindo temer que com esta explanação

do Presidente se tenha acabado de anunciar a morte da Plataforma Logística.

Realçou que o Presidente manifestou que gostava de conseguir concretizar este

projecto, mas resta saber, se é possível, pois o Prolongamento do Molhe Norte

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esteve pelo menos quinze anos para ser inaugurado e custou cerca de catorze

milhões de euros, e o projecto que o Presidente acabou de fazer referência vai

orçar cerca de oito vezes mais.-------------------------------------------------

O Presidente contestou que não referiu valores, e que a ligação ferroviária

poderá custar cerca de quinze milhões de euros, mas não é um valor assumido pela

Autarquia. O único investimento que não é assumido é o da Zona de Apoio

Logístico.----------------------------------------------------------------------

O Vereador Miguel de Almeida solicitou novamente que fosse facultado um

documento sistematizado para que os Vereadores do Partido Social Democrata

pudessem analisar melhor este projecto, incluindo este estudo realizado pelo

Professor Tadeu.----------------------------------------------------------------

Citando o Presidente sobre o facto de haver centenas de milhar de euros por

coisa nenhuma, o Vereador Miguel de Almeida questionou-o se este pretende

conformar-se com tal situação sem actuar.---------------------------------------

O Presidente tomou a palavra, afirmando que neste momento esta questão está a

ser motivo de uma candidatura no âmbito da comunidade inter-municipal, para as

verbas destinadas a infra-estruturação de Plataformas Logísticas e de Zonas

Industriais, havendo mesmo essa consignação, ou seja, já nem acompanhou a última

fase de estudo, encontrando-se agora a tentar pagar a factura. Obviamente que os

outros municípios directamente implicados nesta evolução faseada da questão

logística, encontram-se em melhores condições de dizer se o trabalho foi ou não

bem efectuado. Contudo, há uma questão que altera de alguma forma o pressuposto

de estudo que é o encerramento da Linha da Beira, pois deu-se como adquirido que

ia ser reaberta e, presentemente, reconhece-se que nos tempos mais próximos não

o poderá ser.-------------------------------------------------------------------

Enfatizou não perdoar o facto de não se ter ponderado esta questão da

localização da Plataforma Logística, alertando que, caso se visse uma zona de

mancha da própria alteração do Plano Director Municipal, observa-se uma ravina,

da parte direita da auto-estrada A14, que também já está integrada ali como zona

de plataforma.------------------------------------------------------------------

Salientou que este projecto merecia, por parte do município, mais envolvimento,

bem como, por parte da equipa que levou a cabo o estudo, que, no mínimo, deveria

ter ido ao local. Mas para além disso, há uma alteração superveniente dos

compromissos políticos assumidos que poderão colocar em causa a bondade do

estudo.-------------------------------------------------------------------------

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Finalizou, reiterando que veria com bons olhos o crescimento industrial, a

extensão da zona de apoio logístico e uma ligação ferroviária a sul, o que aliás

vem na tradição de afastar um pouco os cais comerciais da cidade, libertando a

zona ribeirinha.----------------------------------------------------------------

Em nome dos Vereadores do Partido Social Democrata, o Vereador Miguel de Almeida

disse estar disponível para estudar todas estas questões, preocupando-lhe a

enorme responsabilidade que reina nas várias Câmaras Municipais envolvidas neste

processo, comunicando que ontem, no Porto, foi apresentado um filme em que a

Plataforma Logística anunciada era esta, e ninguém conseguiu ver que o terreno

não dava, tendo-se gasto milhares de euros, pelos estudos, para coisa nenhuma,

custando a acreditar que todos os Presidentes da Câmaras Municipais que fazem

parte da Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego, os técnicos da Câmara da

Figueira da Foz, o Presidente do Porto da Figueira da Foz, que todos sejam

irresponsáveis, sugerindo que se desvende como é que isto foi possível.---------

Adiantou que o comum dos mortais, que assiste à leitura da reunião de Câmara

pela comunicação social, tem em mente que a Plataforma Logística está morta e

que o Presidente pretende fazer uma na zona sul.--------------------------------

O Presidente voltou a convidar o Vereador Miguel de Almeida a visitar o local e

a ver o estudo, salientando que este projecto foi desenvolvido num Executivo

Municipal do Partido Social Democrata, e da respectiva confiança política, pelo

que não lhe faltará, com certeza, informação, dado que são também projectos

políticos, facultando, no entanto, toda a informação que for oportuna.----------

O Vereador Daniel Santos iniciou a sua intervenção, opinando que este assunto

devia ser concluído com algo positivo e servir como uma lição.------------------

Referiu que a questão do Parque Desportivo de Buarcos tem prejudicado altamente

a Figueira da Foz, tendo-se iniciado, em determinada data, e os esforços dos

diferentes protagonistas políticos foram apontados no sentido da possibilidade

de se concretizar, urgindo encontrar-se uma alternativa, pois o Presidente já

deu a entender que a solução não vai no sentido em que foi anunciada. Contudo

não deixou de se perder tempo, projectos e dinheiro, ficando os Figueirenses

prejudicados.-------------------------------------------------------------------

Indicou que tanto ele como o Vereador João Armando que são sensíveis a questões

desta natureza, de equipamentos regionais que muitas vezes vão para além da

importância do próprio concelho, como é o caso do Porto da Figueira da Foz que

serve toda uma região, ficaram um pouco admirados por esta questão ser tratada

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Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

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de forma avulsa em que, ora vai para o Norte, ora para o Sul, mencionando que há

todo um conjunto de razões que tem que ser escalpelizadas, que hão-de radicar em

motivações de ordem técnica, e estudadas, no sentido de se conseguir encontrar

uma solução, não se podendo andar a mudar de local avulsamente.-----------------

Acrescentou, ainda, que julga que a Plataforma Logística foi apontada para

aquele local por a Câmara Municipal lá ter um terreno, recomendando que haja

alguma ponderação já que existem questões de ordem técnica que a montante da

decisão devem ser devidamente equacionadas.-------------------------------------

O Vereador Daniel Santos referiu, ainda, que existe neste momento em elaboração

um plano estratégico, o processo de revisão do Plano Director Municipal e os

elementos que hão-de vir desse processo são muito importantes para essas

decisões, acrescentando que equipamentos desta dimensão, como aconteceu agora

com o molhe norte, não se resolvem de um dia para o outro, por muita vontade e

interesse que se tenha.---------------------------------------------------------

Considera que não se pode estar a tratar esta questão avulsamente, julga que ela

deve ser objecto dos estudos de que carece e que efectivamente merece,

acreditando que é importante pensar e acautelar o futuro.-----------------------

A Vereadora Isabel Cardoso disse ter acompanhado o estudo que foi proposto pela

Câmara Municipal da Figueira da Foz em relação à plataforma, uma vez que em 2005

se encontrava na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro,

considerando que existem algumas coisas que é preciso aclarar, tais como o então

estudo presente, uma candidatura de uma medida de 1.5, que tinha a ver com o

conceito e no fundo com a definição da plataforma.------------------------------

Ressalvou que o Presidente disse, e foi claro, para quem quis perceber, que

depois da definição do conceito e da localização, não é por a Câmara ter um

pequeno terreno, mas pelo conjunto de variáveis que se aglutinam naquela

localização, relacionadas com o ramal da Beira Alta e a proximidade com a A14 e

a A17, e simultaneamente, estar distante de um porto e da linha de caminho de

ferro, há também um envolvimento intermunicipal, porque a plataforma envolve

este conceito com todos os outros municípios, de onde se abriram os canais de

escoamento de mercadorias pela região centro e Espanha, à região

transfronteiriça.---------------------------------------------------------------

Salientou que este processo demorou, pelo menos, dois mandatos do Executivo do

Eng.º Duarte Silva, que era o elemento catalisador dos outros municípios, e

assim, justificava-se a intervenção de alargamento do molhe, porque o movimento

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do porto alavancaria com a localização da plataforma logística.-----------------

Frisou que o Presidente, também, disse algo muito importante, e uma coisa é a

pertinência dos estudos e dos projectos, outra, é depois a sua operacionalidade

e capacidade de financiamento para que possam ser executados, e ninguém o

conseguiu, e não se passou dos estudos, porque se tivesse havido um correcto

levantamento, embora o sítio interessasse, porque aglutinava toda uma

proximidade de vias de comunicação, ferrovia, é preciso ter atenção para os

custos implícitos.--------------------------------------------------------------

O Vereador Miguel de Almeida questionou, se a Vereadora Isabel Cardoso tinha

afirmado que havia uma candidatura inicial, aprovada na CCDR – Comissão de

Coordenação e Desenvolvimento Regional.-----------------------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso respondeu afirmativamente, mas alertou que esta era

uma candidatura às acções imateriais, para se estudar o conceito de plataforma

no seu todo, tendo sido, precisamente, esse o estudo que o Professor Tadeu fez e

que o Vereador Miguel de Almeida está agora a pedir ao Presidente. Porém, depois

de efectuado o estudo, não há a quantificação de quanto é que custa, e é essa a

maior dificuldade, e que o Presidente se depara, aquando da apresentação do

projecto aos investidores, no intuito de os catalisar, ou seja, percebe-se que

aquela é uma localização nobre, do ponto de vista desta conjuntura de vias de

comunicação, mas depois verifica-se uma solução muitíssimo cara e não

operacional.--------------------------------------------------------------------

Acrescentou que houve uma altura em que se pensou fazer o TGV, mas agora não se

pode pensar nisso, e se calhar, o mesmo acontece com a plataforma logística, e

faz mais sentido fazer-se uma plataforma a sul, com o aproveitamento da linha do

oeste onde se localizam as empresas de celulose, e onde existe uma área

industrial com outro tipo de actividades e com outra diversidade industrial e

julga que é dever da Autarquia fomentar a instalação e o alargamento de empresas

que são satélites destas grandes unidades, e que, no seu entender devia ser essa

a especialização produtiva da Figueira, em termos de localização empresarial.---

Contudo, disse que o Vereador Miguel de Almeida exige um ano e meio respostas

concretas e julga que estão a fazer um repto ou um desafio a um Ministro, sem

concretização, quando durante oito anos não se passou para além do estudo do

conceito e da vantagem, ou não, da localização, sem a operacionalizar. Um estudo

que fundamentou a classificação da plataforma logística em plataformas de

primeiro nível num Portugal logístico, mas no momento do financiamento o

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

25

Portugal logístico fechou a porta e disse que este não existia.-----------------

Enfatizou que todas estas questões têm que ser bem equacionadas e, sobretudo, a

avaliação que o Presidente quer fazer com esta candidatura e com este estudo da

oportunidade do investimento, e não é a bondade do investimento, essa já se

sabe.---------------------------------------------------------------------------

O Presidente referiu que há um factor determinante, que é o facto de o estudo

ter uma faceta altamente conceptual e tentar colocar a região, e

fundamentalmente, a Figueira da Foz, no âmbito do Portugal Logístico, e aí teve

esse mérito. Mas a Figueira da Foz é o receptor deste projecto de

características regionais, tornando-se evidente com esta concepção, que a

Plataforma Logística feita a Norte, beneficiaria Cantanhede e a Mealhada, mas se

for a Sul, beneficia Pombal, Leiria e Soure, com o impacto que cada um destes

concelhos possa trazer.---------------------------------------------------------

Considerou que, face a estas circunstâncias, poderão alcançar a melhor solução,

contudo, sem precipitações, tais como adjudicar obras do género do Parque

Desportivo de Buarcos.----------------------------------------------------------

O Vereador Miguel de Almeida frisou que ficou esclarecido, para já, mas que

ficará a aguardar esses estudos e informações, tendo ficado também a saber algo

mais, pela intervenção da Vereadora Isabel Cardoso, nomeadamente, quanto às

questões levantadas pelo Eng.º Daniel Santos, nomeadamente, que aquele lugar foi

escolhido, não por causa dos terrenos, mas porque fazia sentido.----------------

Salientou que não se poderá dizer que são todos irresponsáveis, nem a própria

CCDRC - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, quando

aprovou o projecto, parecendo-lhe muito difícil de acreditar que se possa chegar

a essa conclusão, não admitindo, porém, que se chegue a essa conclusão, sem se

tirar depois as devidas conclusões políticas.-----------------------------------

O Vereador Daniel Santos acrescentou que houve, efectivamente, alguma

irresponsabilidade, porque se chega à conclusão de que a orografia daquele

terreno, tal como aconteceu no Parque Desportivo de Buarcos, notoriamente, não

serve, então houve alguma irresponsabilidade.-----------------------------------

O Vereador Miguel de Almeida realçou que tem opinião diferente, restando saber

se essas verbas que têm que ser gastas relativamente à localização onde o parque

está, se é preciso gastar tanto em movimentação de terras, se são ou não são

compensadas pelos outros gastos, porque também não faz sentido passar a

plataforma para a margem sul, se não se fizer o cais da margem sul do porto,

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

26

pois a carga tem que passar para o lado de cá, e por isso, deve-se estudar

tecnicamente, para depois ver os ganhos e as perdas de um lado e de outro.------

O Presidente acrescentou que, amanhã, em Salamanca, definir-se-á o projecto e

oportunamente dará nota disso.--------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

7 - PISCINA DO GINÁSIO CLUBE FIGUEIRENSE

O Vereador Miguel de Almeida sobre este assunto começou por referir que já

ansiava há algum tempo por o abordar, mas foi aguardando na expectativa que

tivesse alguma resolução, mas o que é facto é que continua sem resposta.--------

Disse acreditar que a Câmara Municipal já tenha feita alguma diligência nesse

sentido, mas a determinada altura é preciso ter-se o apoio de toda a Câmara e,

inclusive, da Assembleia Municipal, para se fazer pressão.----------------------

Exclamou que considera inadmissível o que se está a passar com a piscina do

Ginásio Clube Figueirense, salientando que a Figueira da Foz não tem nenhuma

piscina municipal, uma vez que à época, estrategicamente, se decidiu que havendo

um clube na terra com os conhecimentos e a experiência que tem, como é o caso do

Ginásio Clube Figueirense, deveria ser este a fazer a referida piscina.---------

Mencionou que o terreno destinado à construção da piscina foi dado, o clube

desenvolveu a sua candidatura, o Secretário de Estado do Desporto contactou

várias vezes com o Presidente do Ginásio Clube Figueirense, contudo em 2011

ainda não há novidades públicas sobre a construção deste equipamento, apenas que

se continua à espera que o Governo resolva a questão. Considera que a Câmara

Municipal deve ter um papel mais interveniente na medida em que até já foi dada

certeza absoluta que a verba vinha.---------------------------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso respondeu que este processo teve um parecer

favorável, mas precisa de reforço por parte do QREN - Quadro de Referência

Estratégico Nacional, para que a candidatura possa ser aprovada.----------------

O Vereador Miguel de Almeida ironizou que não é dever da ONU - Organização das

Nações Unidas resolver esta situação, ao que o Presidente respondeu que não tem

que estar sempre a propalar o que faz. Informou que tem estado inteiramente ao

dispor da Direcção do Ginásio Clube Figueirense no sentido de tentar resolver

este assunto da melhor maneira, tendo a consciência que o município é devedor de

algumas quantias avultadas a este clube, que as espera resolver com o Plano de

Saneamento Financeiro.----------------------------------------------------------

Revelou que o Secretário de Estado do Desporto antes de aprovar esta candidatura

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

27

teve o cuidado de averiguar se esta obra era estruturante, tendo-lhe sido

transmitido que o município está empenhado neste investimento, mas não foi

regateado qualquer tipo de colaboração no desenvolvimento deste projecto.-------

O Vereador Miguel de Almeida interveio novamente, referindo que há cerca de oito

meses havia sempre a preocupação do Ginásio Clube Figueirense em tentar levar

esta situação com diplomacia, o que é certo é que esse parecer favorável tem

cerca de oito meses e até agora continua na mesma situação.---------------------

O Presidente respondeu que terá sido em meados do mês de Outubro passado que o

Secretário de Estado do Desporto ficou a par do empenho que a cidade tem neste

projecto.-----------------------------------------------------------------------

O Vereador Miguel de Almeida comentou que se ficará mais oito meses à espera,

tendo o Presidente reiterado que tem estado sempre disponível para colaborar com

a Direcção do Ginásio Clube Figueirense. O Secretário de Estado do Desporto já

deu parecer favorável e presentemente o assunto passa a ser no âmbito da gestão

do QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional.----------------------------

O Vereador Miguel de Almeida finalizou, lamentando que o Governo tenha tido este

comportamento e que até agora a piscina do Ginásio Clube Figueirense não tenha

tido para além da aprovação, a disponibilidade de verbas necessárias, pois para

o resto do problema, aquele clube há-de ter arte e engenho para o resolver.-----

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

INTERVENÇÃO DO VEREADOR JOÃO ARMANDO

8 - COLÓQUIO APRESENTADO POR UMA TURMA DA ESCOLA SECUNDÁRIA DR. BERNARDINO

MACHADO

O Vereador João Armando congratulou-se pelo esforço feito por uma turma da

Escola Secundária Dr. Bernardino Machado ao realizar um colóquio sobre o tema

ordenamento do território. Considerou interessante que os jovens demonstrem

empenho por esta matéria e saudou o Presidente desta Câmara Municipal e o

Professor Rochette em terem tido o cuidado de estarem presentes nesta

iniciativa.---------------------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

9 - CONGRATULAÇÃO PELA INTENÇÃO DE RECONHECIMENTO DE PATRIMÓNIO DA FIGUEIRA DA

FOZ

O Vereador João Armando felicitou o Vereador António Tavares pela intenção

anunciada após o reconhecimento da importância de algum património da Figueira

da Foz, considerando que essas iniciativas devem ser encorajadas, manifestando a

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

28

sua disponibilidade para contribuir.--------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

10 - SITUAÇÃO FINANCEIRA DIFÍCIL EM QUE SE ENCONTRAM OS CLUBES DA FIGUEIRA DA

FOZ

O Vereador João Armando referiu que é do conhecimento a situação financeira

difícil que os clubes do concelho da Figueira da Foz atravessam, que embora a

Câmara Municipal não tenha a obrigatoriedade de uma intervenção directa gostaria

de ter conhecimento se existe algum tipo de iniciativa no sentido de tentar de

alguma maneira a ultrapassar.---------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

11 - PEDIDO DE ESCLARECIMENTO SOBRE O PONTO DA SITUAÇÃO DO PLANO DIRECTOR

MUNICIPAL

O Vereador João Armando relembrou o Presidente de que já foi por ele solicitado

esclarecimento sobre o ponto da situação do estudo do Plano Director Municipal.

Referiu que se o município não tiver nenhuma intenção definida não se poderá

aproximar em termos de negociações com outras entidades que já tem uma ideia

formada, nem se conseguirá orientar o desenvolvimento do concelho tal como se

pretende.-----------------------------------------------------------------------

Advertiu ser muito importante que haja uma articulação entre o Plano Director

Municipal e o Plano Estratégico.------------------------------------------------

O Presidente esclareceu que se está a proceder ao levantamento de todos os

elementos já disponíveis, nomeadamente, a um levantamento do Plano de

Urbanização para se ter uma percepção de quais os pontos que deverão ser

reapreciados.-------------------------------------------------------------------

Existe uma questão de ordem técnica também por resolver que é a homologação da

cartografia. A equipa envolvida neste processo continua a recolher fotografias

para que uma entidade com legitimidade para a homologação a possa concretizar.--

Comprometeu-se a trazer na próxima reunião de Câmara o cronograma das acções que

se está levar a cabo, informando estar já marcada uma reunião para o próximo dia

01 de Março.--------------------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

ORDEM DO DIA

1 - GABINETE DE APOIO À PRESIDÊNCIA

1.1 - ÁGUAS DA FIGUEIRA, S.A. - RELATÓRIO TRIMESTRAL DA QUALIDADE DA

ÁGUA

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

29

O Presidente deu conhecimento, através do Relatório Trimestral da Qualidade da

Água, da Águas da Figueira, S.A., documento que se dá aqui por integralmente

reproduzido constituindo o anexo número um, que no quarto trimestre de 2010 esta

empresa realizou 1.116 análises para reforço do controle de qualidade da água,

das quais 99,91% apresentaram resultados em conformidade com os valores

paramétricos da legislação em vigor.--------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

1.2 - ÁGUAS DA FIGUEIRA, S.A. – RELATÓRIO ANUAL DA ACTIVIDADE

DESENVOLVIDA NO ANO DE 2010

O Presidente apresentou para conhecimento, o Relatório Anual da Actividade

Desenvolvida no ano de 2010, documento que se dá aqui por integralmente

reproduzido constituindo o anexo número dois respeitante à actividade

desenvolvida pela Águas da Figueira, S.A..--------------------------------------

O Vereador Daniel Santos referiu que os Vereadores do Movimento “Figueira 100%”

fizeram uma breve análise ao relatório e entendem que há ali matéria que se

deveria analisar com algum cuidado e por essa razão pedem que lhes seja

fornecida uma cópia do mesmo.---------------------------------------------------

O Vereador Miguel de Almeida disse que teria sido vantajoso que a administração

das Águas da Figueira, S.A. pudesse estar presente nesta reunião para dar alguns

esclarecimentos do ponto de vista prático ou algumas informações adicionais,

para tentar perceber melhor o documento. Deu como exemplo, entre outras

questões, a existência de quebras de 50% de consumo de água em alguns meses, de

um ano para o outro.------------------------------------------------------------

Questionou sobre a actividade da Águas da Figueira, S.A. pois ficou preocupado

com uma reportagem realizada na Rua da Cadeia em que se mostram canos de

distribuição de água a céu aberto, considerando inadmissível que tal situação se

arraste há anos. Pensa que é uma falta de respeito a maneira como as obras são

feitas, dando como exemplo os cortes no alcatrão realizados nas Ruas Joaquim

Sotto Mayor e da Liberdade que tornam as estradas impossíveis de transitar.-----

Considera que a Câmara deverá impor algumas regras, alertando a Águas da

Figueira, S.A. que caso esta não consiga repor a estrada apenas tapando o

buraco, terá de fazer a repavimentação geral, entendendo que futuramente a

responsabilidade cairá sobre o município porque com o tempo aqueles buracos vão

piorar, a rua ficará intransitável e as contas dos pneus rebentados serão

enviadas para aqui.-------------------------------------------------------------

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

30

Disse que a maior parte dos problemas serão devidamente articulados e ponderados

na revisão do próprio contrato de concessão e sendo a Câmara Municipal

concedente tem o poder de fiscalizar e homologar os serviços acautelando se

estão ou não em conformidade.---------------------------------------------------

Finalizou a sua intervenção aludindo à monitorização das obras levada a cabo por

dois técnicos desta Câmara, que verificam se as obras ficam concluídas

condignamente, acrescentou que foi solicitado às Juntas de Freguesia que

fornecessem à Câmara Municipal as anomalias detectadas nas linhas de saneamento

e de água, servindo posteriormente de relatório de apresentação às Águas da

Figueira, S.A. para rectificação.-----------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

1.3 - PEDIDO DE SUSPENSÃO DO MANDATO DO VEREADOR LUÍS MIGUEL PEREIRA

DE ALMEIDA – EXTRA-AGENDA

O Presidente deu conhecimento do pedido de suspensão do mandato, por um período

de noventa dias, formulado pelo Vereador Miguel de Almeida.---------------------

Acrescentou que o pedido foi apresentado em 11 de Fevereiro de 2011, houve

necessidade de efectuar algumas consultas e como se trata de uma suspensão do

mandato propôs que se colocasse à discussão este assunto pois o mesmo depende da

expressa autorização do Órgão Autárquico, nos termos do art.º 77.º n.º 1 da Lei

n.º 169/99, de 18 de Setembro, na sua redacção actualizada.---------------------

O Vereador Miguel de Almeida elucidou que o pedido se prende por razões de ordem

pessoal, que o impedem de estar no concelho todos os dias entendendo não reunir

todas as condições necessárias para desenvolver as suas funções como gostaria.--

A Câmara deliberou, por unanimidade, aceitar o pedido de suspensão de mandato do

Vereador Luís Miguel Pereira de Almeida, a partir de 14 de Março de 2011 e por

um período até 90 dias, devendo convocar-se o membro imediatamente a seguir na

ordem da respectiva lista.------------------------------------------------------

Deliberação aprovado em minuta.-------------------------------------------------

1.4 - VOTO DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ELIAS CAÇÃO RIBEIRO – EXTRA-

AGENDA

O Presidente deu nota do recente falecimento de Elias Cação Ribeiro, um munícipe

de Quiaios muito estimado pela população, que se distinguiu pela investigação

histórica que fez ao longo dos tempos sobre a sua freguesia em especial,

considerando pertinente a votação em sede de reunião de Câmara de um voto de

pesar pelo seu falecimento.-----------------------------------------------------

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

31

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar o Voto de Pesar pelo falecimento de

Elias Cação Ribeiro, apresentando condolências à família enlutada.--------------

1.5 - PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE MEDALHA DE MÉRITO CULTURAL EM PRATA,

A FERNANDO MANUEL DA SILVA MALTEZ - EXTRA-AGENDA

O Vereador Vítor Coelho em nome dos Vereadores do Movimento “Figueira 100%”,

apresentou uma proposta de atribuição de medalha de mérito cultural em prata, a

Fernando Manuel da Silva Maltez que a seguir se transcreve:---------------------

“Fernando Manuel da Silva Maltez nasceu na freguesia de São Julião a 28.11.1949,

por conseguinte há 62 anos.-----------------------------------------------------

Abraçou desde muito novo a arte de carpinteiro, tendo atingido a categoria de

Mestre.-------------------------------------------------------------------------

Desde muito jovem, sempre esteve disponível para participar em inúmeros eventos

que muito têm dignificado a nossa cidade e dos quais passo a citar apenas os

mais relevantes:----------------------------------------------------------------

- em 1965 fundou no Bairro da Bela Vista o “ Clube dos 10 “ que, durante anos,

organizou as mais diversas actividades desportivas e culturais na zona oriental

da cidade, possibilitando à juventude da época uma das poucas ocupações dos seus

tempos livres.------------------------------------------------------------------

- de 1967 a 1969 foi elemento activo no célebre Rancho das Rosas. Após a sua

extinção fez parte do Rancho Regional da Figueira e posteriormente do Rancho das

Cantarinhas de Buarcos, tendo participado em dezenas de actuações no país e no

estrangeiro.--------------------------------------------------------------------

- participou na decoração da Feira do Mar “FIMAR/78”, que se realizou junto ao

Forte de Santa Catarina.--------------------------------------------------------

- na década de 80, foi ensaiador e participou na construção de adereços para as

marchas da Bela Vista que, na época, actuavam nas Festas de São João.----------

- no Teatro pisou os palcos de variadíssimas colectividades do nosso Concelho.--

- participou no Centro Recreativo Popular do Casal do Rato em peças de teatro,

na “Serra-a-Velha” e nos Jograis realizados na década de 60.--------------------

- na Sociedade Filarmónica 10 de Agosto representou durante anos e anos os

célebres “ Autos Pastoris “ e o “ Auto dos Reis Magos “.-----------------------

- na Associação Naval 1º de Maio, sob a direcção de Mário Bertô, representou nas

peças: Alfama, Ela e Seus 2 Maridos e o Casamento da Vasca.---------------------

- no Grupo Musical Instrução da Fontela, recriou com o seu amigo Carlos Certo

diversos quadros do Paulino e do Visconde de Vila Verde, na revista “A Fontela é

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

32

Assim”.-------------------------------------------------------------------------

- colaborou ainda com o maestro Santos Rosa durante três anos no Ballet do

Casino da Figueira.-------------------------------------------------------------

- em 1960 participa pela 1ª vez no Carnaval da Figueira da Foz.-----------------

- mais tarde, em 1996, 1997 e 1998, foi um dos impulsionadores do reatamento do

Carnaval na nossa cidade.-------------------------------------------------------

Desde 2000 até ao presente tem organizado e participado activamente com o seu

amigo Carlos Certo no Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz com a presença

permanente de carros alegóricos, obtendo neste período 4 primeiros lugares e 3

segundos lugares.---------------------------------------------------------------

Em 24 de Fevereiro de 2007 (Dia de Carnaval) a RTP1 no seu programa Praça da

Alegria fez um directo de três horas a partir da Figueira da Foz. O carro

alegórico “Coliseu Figueirense – ex libris da Figueira “ da autoria de Fernando

Maltez e Carlos Certo, bem como o grupo interveniente no mesmo, foi um dos

escolhidos para servir de cenário e animação do referido programa.--------------

- tem colaborado desde o seu início na “Festa da Sardinha” que, nos próximos

dias 9, 10 e 11 de Junho, vai comemorar as Bodas de Prata da sua existência. As

suas ideias e o seu esforço têm contribuído para que este evento tenha a

projecção que actualmente possui passados que são quase 25 anos.----------------

- desde 1981, Fernando Maltez tem dedicado parte do seu tempo livre na

idealização de variadíssimos carros alegóricos para os cortejos da Queima das

Fitas da Universidade de Coimbra, bem como da Universidade Internacional da

Figueira da Foz.----------------------------------------------------------------

- tem participado e continua a participar em diversas iniciativas de cariz

popular como é o caso do Enterro do Bacalhau e do Banho Santo, teimando em

manter vivas tradições herdadas de anteriores gerações. Ainda em 2005 actuou no

programa “10 Horas” da SIC, onde recriou com o seu grupo, o Banho Santo da

Figueira, programa transmitido em directo para todo o mundo.-------------------

- também o Desfile de Carroças em Maiorca, as Festas do 1º de Maio, a espera dos

Reis e a Bienal do Associativismo fazem parte de um vastíssimo número de eventos

a que Fernando Maltez se tem dedicado ao longo de quase cinco décadas, com uma

grande força de vontade e sentido de fazer e cujo único objectivo é manter vivas

as tradições que herdou das gerações passadas e que muito honram a Figueira da

Foz.----------------------------------------------------------------------------

Actualmente dá a sua colaboração na secção cénica do Grupo Musical Carritense na

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

33

revista “ Assim era a Minha Aldeia “, que no ano transacto actuou no Casino.----

Fernando Manuel da Silva Maltez tem prestado relevantes serviços a toda a

comunidade figueirense, dignificando com a sua disponibilidade e com o seu

enorme talento, o nome da Figueira da Foz.--------------------------------------

Por tudo aquilo que acabei de expor - nomeadamente o desenvolvimento e difusão

da história do concelho, das suas tradições e da sua cultura popular -, a

bancada do Movimento Figueira 100% propõe que esta Câmara atribua ao cidadão

Fernando Maltez a Medalha de Mérito Cultural em prata, conforme regulamento em

vigor para a concessão de distinções honoríficas”.------------------------------

A Câmara, após ter procedido à votação por escrutínio secreto, deliberou, por

unanimidade, sob proposta dos Vereadores do Movimento “Figueira 100%”, nos

termos do art.º 14.º, Capitulo II do Regulamento de Concessão de Distinções

Honoríficas, Medalhas, Diploma e Chave de Honra da Cidade, atribuir a Medalha de

Mérito Cultural em Prata, a Fernando Manuel da Silva Maltez, como forma de lhe

prestar público reconhecimento pelo desenvolvimento e difusão da história do

concelho, das suas tradições e da sua cultura popular.--------------------------

1.6 - PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE MEDALHA DE MÉRITO CULTURAL EM PRATA,

A CARLOS ALBERTO CERTO RODRIGUES - EXTRA-AGENDA

Foi presente uma proposta dos Vereadores do Movimento “Figueira 100%”, relativa

à atribuição de uma medalha de mérito cultural em prata, a Carlos Alberto Certo

Rodrigues que a seguir se transcreve:-------------------------------------------

“Carlos Alberto Certo Rodrigues nasceu a 17.07.1950 na freguesia de São Julião.-

Nasceu e cresceu num dos Bairros mais carismáticos da nossa cidade, o Bairro da

Bela Vista e exerceu a profissão de tipógrafo na Figueira da Foz durante

quarenta e cinco anos.----------------------------------------------------------

É impossível falar de Carlos Certo sem associar o seu nome ao do seu amigo

Fernando Maltez, tantos foram e são os eventos a que os dois estão ligados.-----

De modo a não me tornar repetitivo, vou somente referenciar as organizações a

que Carlos Certo esteve ligado ao longo de quase 50 anos e das quais já dei

especial relevo quando da apresentação do curriculum do seu grande amigo

Fernando Maltez:----------------------------------------------------------------

- Festa da Sardinha; Bienal do Associativismo; Festival de Carroças de Maiorca,

Enterro do Bacalhau; Carnaval da Figueira; Carnaval da Cova/Gala; Carnaval de

Buarcos/Figueira da Foz; programa na RTP1 “Praça da Alegria”; Banho Santo

integrado nas Festas da Cidade; Programa “10 Horas” da SIC; Espera dos Reis;

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Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

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animação no Mercado Eng.º Silva; Festas do 1.º de Maio.-------------------------

Carlos Certo iniciou a sua participação em eventos culturais e recreativos

alusivos à Figueira da Foz em 1960, apenas com 10 anos de idade, trajando a

rigor no desfile da garraiada que a Comissão Municipal do Turismo organizava

nessa época no Salão de Inverno do Grande Casino Peninsular.--------------------

Em 2008, integrado no Rancho Etnográfico de Lavos, participou na recriação

histórica do assalto ao Forte de Santa Catarina para comemorar os 200 anos do

desembarque dos ingleses na Figueira da Foz, aquando das Invasões Francesas.----

Tal como Fernando Maltez deu a sua colaboração a diversas colectividades

participando como figurante em várias peças de teatro, jograis e revistas.------

Em 2000 editou o livro “O Fim do Mundo”, cuja receita reverteu inteiramente para

apoio à construção do Centro de Dia de Tavarede.--------------------------------

Desde a sua juventude que tem sido um dos grandes dinamizadores da defesa das

tradições que, ao longo de muitas décadas, fazem a história da Figueira da Foz.-

O seu bairrismo, a sua força de vontade e o seu talento estão há muito ao

serviço da Cidade que o viu nascer, dignificando a Figueira da Foz.-------------

Por tudo aquilo que acabei de expor - nomeadamente o desenvolvimento e difusão

da história do concelho, das suas tradições e da sua cultura popular -, a

bancada do Movimento “Figueira 100%” propõe que esta Câmara atribua ao cidadão

Carlos Certo a Medalha de Mérito Cultural em prata, conforme regulamento em

vigor para a concessão de distinções honoríficas”.------------------------------

A Câmara, após ter procedido à votação por escrutínio secreto, deliberou, por

unanimidade, sob proposta dos Vereadores do Movimento “Figueira 100%”, atribuir

nos termos do art.º 14.º, Capitulo II do Regulamento de Concessão de Distinções

Honoríficas, Medalhas, Diploma e Chave de Honra da Cidade, a Medalha de Mérito

Cultural em Prata, a Carlos Alberto Certo Rodrigues, como forma de lhe prestar

público reconhecimento pelo desenvolvimento e difusão da história do concelho,

das suas tradições e da sua cultura popular.------------------------------------

1.7 - PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE MEDALHA DA CIDADE AO DR. JOAQUIM

MANUEL BARROS DE SOUSA, NOS TERMOS DO REGULAMENTO PARA A

CONCESSÃO DE DISTINÇÕES HONORÍFICAS, MEDALHAS, DIPLOMAS E CHAVE

DE HONRA DA CIDADE - EXTRA-AGENDA

Pelo Vereador Miguel de Almeida foi presente a proposta de atribuição de medalha

de ouro da cidade ao Dr. Joaquim Manuel Barros de Sousa que a seguir se

transcreve:---------------------------------------------------------------------

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

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“Joaquim Manuel Barros de Sousa, 74 anos, nasceu em Coimbra (Sé Nova) a 22 de

Outubro de 1936 mas residiu desde sempre na Figueira da Foz. Casado, dois

filhos, é licenciado em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra. Foi

professor do ensino secundário, entre 1968 e 1996, embora de forma intermitente,

consequência dos vários cargos públicos exercidos nesse período.----------------

Despertou para a política em 1958 enquanto colaborador da candidatura do general

Humberto Delgado. Foi membro da Comissão Nacional do 3º Congresso da Oposição

Democrática realizado em Aveiro em 1973 e militante do Partido Socialista entre

1974 e 1982. Nesse período, foi Deputado à Assembleia da República (1976-79),

Secretário de Estado da Juventude e Desportos (1976-78) e Presidente da Câmara

Municipal da Figueira da Foz (1980-82).-----------------------------------------

Militante do PSD desde 1987, foi Presidente da Comissão Política Concelhia da

Figueira da Foz entre 1992 e 1994, tendo em 1992 assumido em substituição o

lugar de Deputado, à Assembleia da República. Foi ainda membro da Comissão

Política Distrital do PSD (1994-98) e Deputado Municipal na Figueira da Foz

(1997-2001).--------------------------------------------------------------------

Entre 1991 e 2007 foi administrador do Hospital do Lorvão, vogal da

Administração do Centro Regional de Segurança Social do Centro e Administrador

do Instituto Portuário e de Transportes Marítimos.------------------------------

Desportista, treinador e dirigente associativo, o Dr. Joaquim de Sousa foi

atleta de natação, basquetebol e hóquei em patins, no Ginásio Clube Figueirense

entre 1954 e 1961. No seu clube de sempre foi ainda, durante 18 anos,

seccionista de várias modalidades, nadador-salvador amador na praia da Figueira

da Foz (1956-59) e treinador de basquetebol, desde as escolas de formação (1956)

até à Iª Divisão Nacional (1969/70).--------------------------------------------

Presidente do Conselho Fiscal do Ginásio entre 1996 e 2001, preside, desde 2006,

à Assembleia Geral e coordena, actualmente, o Gabinete de Comunicação e Imagem.

Na Associação Académica de Coimbra fundou e foi o primeiro presidente da Secção

de Ginástica (1964) e, no ano seguinte, vogal da Secção de Futebol.-------------

O Dr. Joaquim de Sousa presidiu, igualmente, à Assembleia Geral da Federação

Portuguesa de Remo durante 17 anos - em dois períodos (1980-89 e 1996-2004) -,

foi coordenador da Comissão Organizadora do Iº Congresso Nacional (1985) e

Presidente deste Congresso e dos 3º (1997), 4º (2000) e 5º (2004).--------------

Foi Presidente da Direcção da Assembleia Figueirense durante dois mandatos

(1986-90 e 1994-2000) e Presidente do Conselho Fiscal entre 2001 e 2007. É,

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

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desde 2000, Provedor da Misericórdia - Obra da Figueira, a cuja mesa

administrativa pertence desde 1997.---------------------------------------------

Assina, desde há mais de 50 anos, colaborações dispersas em vários órgãos da

imprensa regional e é autor dos livros Cristina Torres (1983) e Jornais e

Revistas do Concelho da Figueira da Foz, este com António Reis Caldeira, editado

em 1987.------------------------------------------------------------------------

Sócio Honorário e de Mérito de várias instituições da Figueira da Foz, Coimbra,

Porto e Lisboa, recebeu, ao longo da vida, diversas distinções das quais se

destacam a Medalha de Prata do Instituto de Socorros a Náufragos (1967), Sports

Ambassador from de United States People to People Comitee (1977) e Comendador da

Ordem do Infante D. Henrique (1983).--------------------------------------------

Nestes termos, os vereadores eleitos pelo PSD, propõem que a Câmara Municipal,

consciente do seu valor e mérito, atribua, nos termos do Regulamento para a

Concessão de Distinções Honorificas, Medalhas, Diploma e Chave de Honra da

Cidade, a Medalha de Ouro da Cidade, como forma de distinguir o Dr. Joaquim

Manuel Barros de Sousa e lhe prestar público apreço, pela importante

contribuição que deu ao longo demais de 30 anos de serviço público nomeadamente

na defesa dos interesses da Figueira da Foz.”-----------------------------------

O Vereador Miguel de Almeida esclareceu que esta proposta surge por um lado

devido à importante contribuição que o Dr. Joaquim Manuel Barros de Sousa deu,

durante trinta anos, de serviço público à Figueira da Foz e porque é o único ex-

presidente da Câmara que não foi homenageado, repondo e fazendo – se justiça.---

O Presidente sugeriu que se vote favoravelmente, pois são trinta anos de

Cidadania em que houve, fundamentalmente, uma preocupação de servir e contribuir

sempre com um grande empenho pessoal não só para o desenvolvimento e crescimento

da sua cidade, mas também, uma grande preocupação de rigor histórico e de

enaltecer os méritos da nossa cidade.-------------------------------------------

O Vereador Vítor Coelho salientou que teve o privilégio de conhecer e trabalhar,

em diversas Direcções do Ginásio Clube Figueirense, com o Dr. Joaquim Manuel

Barros de Sousa, entendendo ser de toda a justiça a proposta apresentada fazendo

suas as palavras do Vereador Miguel de Almeida.---------------------------------

A Vereadora Teresa Machado acrescentou que se trata de uma pessoa que possui um

“espólio cultural e social” desta cidade que se deve respeitar.-----------------

Lembrou que há uns anos atrás a Câmara Municipal tomou a iniciativa de fazer a

recolha de alguns testemunhos de ilustres cidadãos, tendo o Dr. Joaquim de Sousa

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

37

contribuído de uma forma significativa, considerando-o uma verdadeira

enciclopédia no que se refere ao conhecimento da Figueira da Foz.---------------

Pensa que tal potencial poderia ser aproveitado pela Divisão da Cultura, sob

pena de se virem mais tarde a perder verdadeiros testemunhos vivos de muitos

episódios ligados à história da Figueira da Foz.--------------------------------

O Vereador António Tavares agradeceu e registou a sugestão dizendo que a Divisão

da Cultura já pensou em fazer um registo da vivência de algumas personalidades

pela riqueza das suas vidas, pela prestação que deram à comunidade, mas

sobretudo pela prestação das suas experiências e das suas vidas.----------------

O Presidente finalizou sugerindo que se faça uma cerimónia condigna para a

atribuição da menção de mérito, pois entende que esta personalidade deve ter um

público reconhecimento, solicitando, ainda, que doravante se antecipassem as

propostas com quarenta e oito horas de antecedência conforme sugere o

Regulamento por forma a poder haver a merecida e adequada ponderação.-----------

A Câmara, após ter procedido à votação por escrutínio secreto, deliberou, por

unanimidade, sob proposta dos Vereadores do Partido Social Democrata e nos

termos do art.º 12.º, do Capítulo II do Regulamento de Concessão de Distinções

Honoríficas, Medalhas, Diploma e Chave de Honra da Cidade, atribuir a Joaquim

Manuel Barros de Sousa, a Medalha da Cidade, como forma de lhe prestar público

apreço pela forma excepcional e relevante como contribuiu para o progresso e bom

nome do concelho da Figueira da Foz, e o título de Cidadão Honorário da Figueira

da Foz.-------------------------------------------------------------------------

4 - DEPARTAMENTO MUNICIPAL ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO

4.1 - DIVISÃO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA E DE PATRIMÓNIO

4.1.1 - DESPACHOS PROFERIDOS NO USO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS,

PARA CONHECIMENTO AO ABRIGO DO ARTIGO N.º 65.º DA LEI

N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, NA REDACÇÃO DADA PELA LEI

N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO

Em cumprimento do n.º 3 do art.º 65.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro,

alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro e pelas Declarações de

Rectificação n.º 4/2002, de 6 de Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março,

publicadas na I Série do Diário da República e no âmbito das competências

delegadas no Presidente da Câmara na reunião de 04 de Novembro de 2009, informa-

se a Câmara Municipal dos actos praticados pelo Presidente da Câmara Municipal

da Figueira da Foz.-------------------------------------------------------------

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

38

A relação dos processos constitui o anexo número três à presente acta.----------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

4.1.2 - CONCURSO PÚBLICO PARA AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS SEGUROS

MUNICIPAIS – ADJUDICAÇÃO

Foi presente o processo referente ao concurso público em epígrafe, acompanhado

do relatório final elaborado pelo júri do procedimento,com vista à adjudicação

da aquisição de serviços de seguros municipais que compreende diversos ramos,

sendo o critério de adjudicação o do mais baixo preço.--------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso interveio dizendo que o relatório final propõe a

adjudicação por lotes às diversas companhias seguradoras que concorreram,

acrescentando que após a consulta do mercado vamos poupar cento e catorze mil

euros por ano, verificando-se um encargo anual de pagamentos de prémios de

seguro de duzentos e cinquenta e sete mil euros.--------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, nos termos do art.º 76.º do Código dos

Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro,

aprovar o relatório final elaborado pelo Júri do procedimento e adjudicar:------

1 – A aquisição de serviços de Seguro de Acidentes de Trabalho, designado por

Lote 1, à Lusitânia – Companhia de Seguros, S.A., pelo valor de 58.958,46 €

(cinquenta e oito mil novecentos e cinquenta e oito euros e quarenta e seis

cêntimos), isento de IVA;-------------------------------------------------------

2 – A aquisição de serviços de Seguro de Grupo de Acidentes Pessoais Autarcas,

designado por Lote 2, à Chartis Europe, S.A. – Sucursal em Portugal, pelo valor

de 641,41 € (seiscentos e quarenta e um euros e quarenta e um cêntimos), isento

de IVA;-------------------------------------------------------------------------

3 - A aquisição de serviços de Seguro de Grupo de Acidentes Pessoais Bombeiros,

designado por Lote 3, à Chartis Europe, S.A. – Sucursal em Portugal, pelo valor

de 5.044,29 € (cinco mil quarenta e quatro euros e vinte e nove cêntimos),

isento de IVA;------------------------------------------------------------------

4 - A aquisição de serviços de Seguro de Grupo de Acidentes Pessoais Utentes dos

Espaços/Instalações Desportivas Municipais, designado por Lote 4, à Fidelidade –

Mundial, S.A., pelo valor de 5.847,90 € (cinco mil oitocentos e quarenta e sete

euros e noventa cêntimos), isento de IVA;---------------------------------------

5 - A aquisição de serviços de Seguro de Grupo de Acidentes Pessoais para as

Actividades Temporárias, Incluindo Desporto, Cultura e Recreio, designado por

Lote 5, Lusitânia – Companhia de Seguros, S.A., pelo valor de 4.477,07 € (quatro

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

39

mil quatrocentos e setenta e sete euros e sete cêntimos), isento de IVA;--------

6 - A aquisição de serviços de Seguro de Multirriscos, designado por Lote 6,

Companhia de Seguros AÇOREANA, S.A., pelo valor de 50.730,48 € (cinquenta mil

setecentos e trinta euros e quarenta e oito cêntimos), isento de IVA;-----------

7 - A aquisição de serviços de Seguro de Máquinas Casco, designado por Lote 7,

Companhia de Seguros AÇOREANA, S.A., pelo valor de 5.979,43 € (cinco mil

novecentos e setenta e nove euros e quarenta e três cêntimos), isento de IVA;---

8 - A aquisição de serviços de Seguro de Frota Automóvel, designado por Lote 8,

à Fidelidade – Mundial, S.A., pelo valor de 28.287,39 € (vinte oito mil duzentos

e oitenta e sete euros e trinta e nove cêntimos), isento de IVA;----------------

9 - A aquisição de serviços de Responsabilidade Civil Extracontratual, designado

por Lote 9, à Fidelidade – Mundial, S.A., pelo valor de 9.500,00 € (nove mil e

quinhentos euros), isento de IVA.-----------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

4.2 - DIVISÃO DE GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO

4.2.1 - SERVIÇO DE CONTABILIDADE

4.2.1.1 - PROCESSOS DO SERVIÇO DE CONTABILIDADE PARA CONHECIMENTO

Relação que constitui o anexo número quatro à presente acta, donde constam os

processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do n.º 3 do

art.º 65.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002,

de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º 4/2002, de 6 de

Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do Diário da

República e no âmbito das competências delegadas no Presidente da Câmara na

reunião de 04 de Novembro de 2009.----------------------------------------------

- Deferidos – 01 (um).----------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

4.2.1.2 - RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIA

Resumo diário da tesouraria do dia vinte e um do corrente mês, verificando-se

que apresenta um saldo disponível de 1.687.061,78 € (um milhão seiscentos e

oitenta e sete mil sessenta e um euro e setenta e oito cêntimos).---------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

4.2.2 - SERVIÇO DE TAXAS E LICENÇAS

4.2.2.1 - PROCESSOS DO SERVIÇO DE TAXAS E LICENÇAS PARA CONHECIMENTO

Relação que constitui o anexo número cinco à presente acta, donde constam os

processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do n.º 3 do

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

40

art.º 65.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002,

de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º 4/2002, de 6 de

Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do Diário da

República e no âmbito das competências delegadas no Presidente da Câmara na

reunião de 04 de Novembro de 2009.----------------------------------------------

- Deferidos – 94 (noventa e quatro).--------------------------------------------

- Indeferidos – 01 (um).--------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

4.2.2.1 - JUNTA DE FREGUESIA DE LAVOS – EVENTO “FESTIVAL DE ENGUIAS –

ALL LAVOS” – REALIZADO NO LARGO DOS ARMAZÉNS DE LAVOS –

RECTIFICAÇÃO DA DELIBERAÇÃO DE CÂMARA DE 03 DE DEZEMBRO DE

2010

Foi presente o requerimento registado sob o n.º 20900, de 03 de Novembro de

2010, da Junta de Freguesia de Lavos, referente à solicitação da isenção do

pagamento das taxas inerentes ao licenciamento do evento “Festival de Enguias –

All Lavos”, ocorrido no período de 06 a 14 de Novembro de 2010.-----------------

O Serviço de Taxas e Licenças, em 03 de Fevereiro de 2011, informou que foram

contabilizados catorze dias de licença especial de ruído que se traduziu no

valor de € 26,60, sendo que deviam ter sido contabilizados apenas nove dias, ou

seja, um montante de € 17,10, perfazendo o total da isenção no valor de 65,55 €

e não 75,05 €, pelo que os Serviços propõem a rectificação da deliberação de

Câmara de 03 de Dezembro de 2010, ponto 4.2.2.2. da respectiva acta.------------

O Vereador António Tavares, em 09 de Fevereiro de 2011, submeteu o processo a

reunião de Câmara.--------------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, rectificar a deliberação de Câmara de 03 de

Dezembro de 2010, ponto 4.2.2.2. da respectiva acta, que isentou a Junta de

Freguesia de Lavos do pagamento das licenças inerentes à realização do “Festival

de Enguias – All Lavos”, no valor de 75,05 € (setenta e cinco euros e cinco

cêntimos), dado que o valor correcto a isentar é no montante de 65,55 €

(sessenta e cinco euros e cinquenta e cinco cêntimos).--------------------------

4.2.2.2 - FIGUEIRA GRANDE TURISMO, EEM – CARNAVAL 2011 – AVENIDA DO

BRASIL - PEDIDO DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS PELA

EMISSÃO DA LICENÇA DE RUÍDO POR OCASIÃO DE ARRAIAIS,

ESPECTÁCULOS DE DIVERSÃO, FESTAS POPULARES, PROVAS

DESPORTIVAS E OUTRAS CELEBRAÇÕES NO VALOR DE 5,70 € E

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

41

EMISSÃO DE LICENÇAS DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE

RECINTOS ITINERANTES OU IMPROVISADOS NO VALOR DE 54,05 €

A Figueira Grande Turismo – Entidade Empresarial Municipal através do ofício

n.º 44, datado de 17 de Janeiro de 2011, solicitou a isenção do pagamento de

diversas taxas municipais inerentes à realização do evento Carnaval 2011, a

levar a efeito na Avenida do Brasil, freguesia de Buarcos.----------------------

O Serviço de Taxas e Licenças em 10 de Fevereiro de 2011 informou que nos termos

da alínea f) do n.º 1 do art.º 7.º do Regulamento e Tabela de Taxas e Outras

Receitas, se prevê a possibilidade de a Câmara Municipal conceder a isenção do

pagamento de taxas a empresas municipais.---------------------------------------

Mais informam que nos termos da alínea b) do art.º 34.º e do art.º 105 da Tabela

de Taxas e Outras Receitas, o valor das taxas é repartido por: licença de ruído

por ocasião de arraiais, espectáculos de diversão, festas populares, provas

desportivas e outras celebrações, no valor de 5,70 € e emissão da licença de

instalação e funcionamento de recintos itinerantes ou improvisados, no valor de

54,05 €, que perfaz o total de 59,75 €.-----------------------------------------

O Vereador António Tavares, em 11 de Fevereiro de 2011, remeteu o processo à

reunião de Câmara Municipal, para decisão quanto à eventual isenção de taxas.---

A Câmara deliberou, por unanimidade, nos termos da alínea f) do n.º 1 do art.º

7.º do Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas, isentar a Figueira

Grande Turismo – Entidade Empresarial Municipal, do pagamento das taxas no valor

de 59,75 € (cinquenta e nove euros e setenta e cinco cêntimos), pela emissão das

licenças inerentes à realização do evento Carnaval/2011, a realizar no próximos

dias 05, 06 e 08 de Março do corrente ano.--------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

4.2.2.3 - FUNDAÇÃO ADFP – ASSISTÊNCIA, DESENVOLVIMENTO E FORMAÇÃO

PROFISSIONAL – PEDIDO DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS COM

DISPOSITIVOS DESTINADOS A ANÚNCIOS OU RECLAMOS, NO VALOR DE

507,14 € E DE SUPORTES PUBLICITÁRIOS (TELAS, PAINÉIS E

MUPIS) NO VALOR DE 995,75 €

Por ofício registado sob o n.º 24137, em 30 de Dezembro de 2010, a Fundação ADFP

– Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional, solicitou a renovação

das licenças, para o ano de 2011, inerentes ao alojamento de publicidade em

outdoor, situado junto ao Mercado Municipal de Buarcos, bem como, a isenção do

pagamento das respectivas taxas.------------------------------------------------

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

42

O Serviço de Taxas e Licenças informou que a alínea c) do n.º 1 do art.º 7.º do

Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas prevê a possibilidade da Câmara

Municipal conceder a isenção de taxas a Instituições Particulares de

Solidariedade Social legalmente constituídas, devendo o pedido ser acompanhado

dos documentos comprovativos da situação em que se enquadra o requerente, nos

termos da alínea b) do n.º 1 do art.º 14.º do Regulamento invocado.-------------

Por outro lado, nos termos das alíneas a), d) e e) do art.º 51.º e art.º 76.º da

Tabela de Taxas e Outras Receitas, o valor total das taxas é de

1.502,89 €.---------------------------------------------------------------------

O Vereador António Tavares, em 28 de Janeiro de 2011, remeteu o processo a

reunião de Câmara para decisão sobre a eventual isenção de taxas.---------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, nos termos da alínea c) do n.º 1 do art.º

7.º do Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas, isentar a Fundação ADFP

– Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional do pagamento de taxas no

valor de 1.502,89€ (mil quinhentos e dois euros e oitenta e nove cêntimos), pela

emissão das licenças inerentes à renovação do alojamento de publicidade em

outdoor, situado junto ao Mercado Municipal de Buarcos.-------------------------

4.2.2.4 - CARLOS JOSÉ VAZ AMARO - PEDIDO DE DESISTÊNCIA DOS MÓDULOS

N.OS 30 E 31 DO SECTOR 2 DO MERCADO ENG.º SILVA

Através do requerimento registado sob o n.º1591, em 24 de Janeiro de 2011, o

munícipe Carlos José Vaz Amaro, solicitou a desistência de ocupação dos módulos

n.os 30 e 31 do sector 2 no Mercado Municipal Eng.º Silva, por motivo particular

e por se encontrar reformado.---------------------------------------------------

O Vice – Presidente, 09 de Fevereiro de 2011, remeteu o processo à reunião de

Câmara Municipal, para decisão.-------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento do pedido de desistência feito pelo concessionário

Carlos José Vaz Amaro, referente à ocupação dos módulos n.os 30 e 31, sector 2

do Mercado Municipal Eng.º Silva, revertendo estes para a posse desta Câmara

Municipal.----------------------------------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

5 - DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE URBANISMO

5.2 - DIVISÃO DE GESTÃO URBANÍSTICA

5.2.1 - PROCESSOS DA DIVISÃO DE GESTÃO URBANÍSTICA PARA CONHECIMENTO

Relação que constitui o anexo número seis à presente acta, donde constam os

processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do n.º 3 do

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

43

art.º 65.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002,

de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º 4/2002, de 6 de

Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do Diário da

República e no âmbito das competências delegadas no Presidente da Câmara na

reunião de 04 de Novembro de 2009.----------------------------------------------

- Deferidos – 214 (duzentos e catorze).-----------------------------------------

- Indeferidos – 04 (quatro).----------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

5.3 - SERVIÇO DE APOIO ADMINISTRATIVO DO URBANISMO

5.3.1 - PROCESSO N.º 21/2011, EM NOME DE MANUEL FILIPE ROQUE ESTEVES

TRAVEIRA - PEDIDO DE ISENÇÃO DE TAXAS REFERENTES AO

FORNECIMENTO DE CARTOGRAFIAS E ORTOFOTOMAPAS, PARA TRABALHOS DE

ÂMBITO ACADÉMICO - ALÍNEA F) DO N.º 2 DO ART.º 70.º DO RUETCU

Pelo Serviço de Apoio Administrativo do Urbanismo foi presente uma informação de

07 de Fevereiro de 2011, dando conhecimento que Manuel Filipe Roque Esteves

Traveira, requereu o fornecimento de cartografia e ortofotomapas, para trabalhos

de âmbito académico, bem como, a isenção do pagamento das respectivas taxas.----

Os serviços informam que compulsado o Regulamento de Urbanização, Edificação e

de Taxas e Compensações Urbanísticas e de acordo com os elementos apresentados,

o pedido enquadra-se com o disposto na alínea f) n.º2 do art.º70.º, que refere

que a Câmara Municipal pode isentar do pagamento das taxas, pessoas singulares

que desenvolvam trabalhos de carácter pedagógico/científico e requeiram a

reprodução de documentos escritos ou desenhados para esse fim. O valor total das

taxas é de 1.800,00 € (mil e oitocentos euros)----------------------------------

O Vereador Daniel Santos, em nome dos Vereadores do Movimento “Figueira 100%”,

solicitou um pedido de esclarecimento, depois de ter verificado que o montante a

pagar pelo munícipe pela gravação em pen da cartografia e ortofotomapas, para

realização de trabalhos de âmbito académico, considerando que poderia ter havido

eventualmente um lapso dado que o montante a cobrar em sua opinião é demasiado

elevado, tendo questionado se as taxas não teriam sido calculadas pelos valores

em formato papel. Enfatizou que a pen onde será feita a gravação é do próprio

munícipe, reforçando assim a ideia de que mil e oitocentos euros é um custo

exagerado.----------------------------------------------------------------------

Propôs de que na próxima revisão de taxas se leve em consideração estas

situações, uma vez que os munícipes podem solicitar este tipo de documentos quer

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

44

em formato papel quer em formato digital.---------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, nos termos da alínea f) do n.º 2 do art.º

70.º do Regulamento de Urbanização, Edificação e de Taxas e Compensações

Urbanísticas, isentar Manuel Filipe Roque Esteves, do pagamento de taxas no

valor de 1.800,00 € (mil e oitocentos euros), devidas pelo fornecimento de

cartografias e ortofotomapas, para trabalhos de âmbito académico.---------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

6 - DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE PROJECTOS, OBRAS E SERVIÇOS

MUNICIPAIS

6.2 - DIVISÃO DE OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

6.2.1 - EXECUÇÃO E TRATAMENTO DE ESPAÇOS URBANOS EXTERIORES –

ALARGAMENTO DA ÁREA DO PROCOM/URBCOM - AUTO DE RECEPÇÃO

DEFINITIVA E LIBERTAÇÃO DE GARANTIAS BANCÁRIAS

Pela Divisão de Obras e Serviços Municipais foi presente o auto de recepção

definitiva referente à empreitada de “Execução e Tratamento de Espaços Urbanos

Exteriores – Alargamento da Área do PROCOM/URCOM”, dando nota que, decorrido o

prazo de cinco anos e examinados os trabalhos executados pela firma Guilherme

Varino & Filhos, Ld.ª, se verificou estarem os mesmos em conformidade com as

condições do contrato, podendo proceder-se à recepção definitiva da obra e

libertação das respectivas garantias bancárias.---------------------------------

Após despacho proferido pelo Vice-Presidente em 03 de Janeiro de 2011, o

processo foi presente a reunião de Câmara.--------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento e deliberou, por unanimidade, aprovar o auto de

recepção definitiva referente à empreitada de “Execução e Tratamento de Espaços

Urbanos Exteriores – Alargamento da Área do PROCOM/URBCOM, adjudicada à firma

Guilherme Varino & Filhos, Ld.ª, neste acto representada pelo Administrador da

Insolvência, Dr. Carlos Manuel dos Santos Inácio, e autorizar a libertação das

respectivas garantias bancárias.------------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

6.2.2 - CONCEPÇÃO/CONSTRUÇÃO DA LIGAÇÃO DO NÓ 2 DA RODOVIA URBANA À RUA

DO MONTALTO - AUTO DE RECEPÇÃO DEFINITIVA E LIBERTAÇÃO DE

GARANTIAS BANCÁRIAS

Pela Divisão de Obras e Serviços Municipais foi presente o auto de recepção

definitiva referente à empreitada de “Concepção/Construção da Ligação do Nó 2 da

Rodovia Urbana à Rua do Montalto”, dando nota que, decorrido o prazo de cinco

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

45

anos e examinados os trabalhos executados pela firma Sociedade de Construções

Júlio Lopes, S.A., se verificou estarem os mesmos em conformidade com as

condições do contrato, podendo proceder-se à recepção definitiva da obra e

libertação das respectivas garantias bancárias.---------------------------------

Após despacho proferido pelo Vice-Presidente em 11 de Fevereiro de 2011, o

processo foi presente a reunião de Câmara.--------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento e deliberou, por unanimidade, aprovar o auto de

recepção definitiva referente à empreitada de “Concepção/Construção da Ligação

do Nó 2 da Rodovia Urbana à Rua do Montalto”, adjudicada à firma Sociedade de

Construções Júlio Lopes, S.A., e autorizar a libertação das respectivas

garantias bancárias.------------------------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

6.3 - SERVIÇO DE APOIO ADMINISTRATIVO ÀS OBRAS MUNICIPAIS

6.3.1 - PROCESSOS DO SERVIÇO DE APOIO ADMINISTRATIVO ÀS OBRAS

MUNICIPAIS PARA CONHECIMENTO

Relação que constitui o anexo número sete à presente acta, donde constam os

processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do n.º 3 do

art.º 65.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002,

de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º 4/2002, de 6 de

Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do Diário da

República e no âmbito das competências delegadas no Presidente da Câmara na

reunião de 04 de Novembro de 2009.----------------------------------------------

- Deferidos – 02 (dois).--------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

6.3.2 - JUNTA DE FREGUESIA DO PAIÃO - ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS NO

SENTIDO DE TRÂNSITO NA FREGUESIA DO PAIÃO

Foi presente o ofício registado sob o n.º 1713, em 25 de Janeiro do corrente

ano, da Junta de Freguesia do Paião, acompanhado de uma informação técnica dos

Serviços de Apoio Administrativo às Obras Municipais e plantas topográficas,

documentos que aqui se dão por integralmente reproduzidos, constituindo o anexo

número oito à presente acta.----------------------------------------------------

informou concordar com as propostas apresentadas relativamente às alterações a

introduzir nos sentidos de trânsito na freguesia do Paião.----------------------

Em 08 de Fevereiro de 2011, o Vice–Presidente remeteu o processo à reunião de

Câmara Municipal, para decisão.-------------------------------------------------

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

46

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar as alterações introduzidas no

sentido de trânsito na Freguesia do Paião, de acordo as informações constantes

no processo.--------------------------------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

6.3.3 - JUNTA DE FREGUESIA DE BUARCOS - ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS NO

SENTIDO DE TRÂNSITO NA RUA DA VÁRZEA E RUA DOS CORDOEIROS

A Junta de Freguesia de Buarcos através do ofício n.º 157, de 22 de Abril de

2010, solicitou a passagem de sentido único na Rua da Várzea a partir da Rua

Professor Joaquim da Costa e Silva até ao entroncamento com a Travessa dos

Cardosos, bem como na Rua dos Cordoeiros, a partir da Rua Rancho das Cantarinhas

até à confluência com a Rua Manuel Santos de Almeida. Deste processo consta uma

informação do Gabinete de Gestão de Trânsito, datada de 17 de Dezembro de 2010,

e plantas topográficas, documentos que aqui se dão por integralmente

reproduzidos constituindo o anexo número nove à presente acta.------------------

Os Serviços informaram que a Rua da Várzea tem duas saídas possíveis, uma pela

Travessa dos Cardosos e outra pela ligação à Rua Dr. Fernando Traqueia, em que

ambas são ruas estreitas sem possibilidade de cruzamento de veículos. Também o

troço da Rua da Várzea, desde o limite da Rodovia Urbana até à Travessa dos

Cardosos, o pavimento encontra-se com abatimentos devido ao assentamento de

taludes o que dificulta cruzamento de veículos, pelo que consideram que estar-se

a canalizar o trânsito para duas saídas que também têm problemas de circulação

pode não ser a solução ideal.---------------------------------------------------

Quanto à Rua dos Cordoeiros, entre a Rua Manuel Santos Almeida e a Rua Rancho

das Cantarinhas, justifica-se a pretensão se for no sentido ascendente de forma

a evitar o cruzamento dos veículos na Rua Rancho das Cantarinhas.---------------

Assim, propõem colocar sinalização no entroncamento com a Rua Rancho das

Cantarinhas, C1, sentido proibido, D1 e sentido obrigatório (direita) e STOP. No

entroncamento com a Rua Manuel Santos de Almeida, deve ser colocado sinal H3,

sentido único.------------------------------------------------------------------

A Directora do Departamento de Obras Municipais, propôs que a Rua da Várzea

mantenha os sentidos de trânsito em vigor, ponderando-se um alargamento da via

ou o reforço da mesma com protecção lateral. Relativamente à Rua dos Cordoeiros,

concordou com a alteração para sentido único ascendente e aplicação de

sinalização vertical.-----------------------------------------------------------

Em 07 de Fevereiro de 2011, o Vice–Presidente remeteu o processo à reunião de

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

47

Câmara Municipal, para decisão.-------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar as alterações introduzidas no

sentido de trânsito:------------------------------------------------------------

1 - Na Rua da Várzea manter-se os dois sentidos de circulação actualmente em

vigor;--------------------------------------------------------------------------

2 - Na Rua dos Cordoeiros, no troço entre a Rua Manuel Santos de Almeida e a Rua

Rancho das Cantarinhas, a circulação rodoviária passa a efectuar-se em sentido

único ascendente.---------------------------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

7 - DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ASSUNTOS SOCIAIS

7.1 - DIVISÃO DE EDUCAÇÃO, ACÇÃO SOCIAL E SAÚDE

7.1.1 – MÁRIO MONTEIRO SANTOS – PEDIDO DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE

TAXAS POR UTILIZAÇÃO DE BALNEÁRIOS MUNICIPAIS

Através do requerimento, registado nesta Câmara Municipal sob o n.º21155, em 08

de Novembro de 2010, o requerente Mário Monteiro dos Santos, solicitou a isenção

do pagamento da taxa de utilização dos balneários públicos, dado não ter

condições económicas para o efeito.---------------------------------------------

Informou a Divisão de Educação, Acção Social e Saúde, que de acordo com o n.º 2,

do art.º 7º, do Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas que a Câmara

Municipal pode isentar do pagamento de taxas pessoas singulares, em caso de

comprovada insuficiência económica, cujo rendimento ilíquido declarado per

capita seja igual ou inferior a valor Indexante dos Apoios Sociais (IAS), sendo

que o presente caso se enquadra nesses termos, uma vez que o requerente aufere

uma valor mensal que se encontra claramente abaixo do valor Indexante dos Apoios

Sociais.------------------------------------------------------------------------

Acrescentam, ainda, que segundo os dados fornecidos pelo Serviço Local de

Segurança Social da Figueira da Foz, o utente não dispõe de outro tipo de

benefícios para além dos indicados anteriormente.-------------------------------

Face ao exposto, solicita-se a isenção total do pagamento de taxas aplicadas à

utilização dos balneários públicos que, de acordo com o art. 16º da Tabela de

Taxas e Outras receitas, é de 0,50 € para duche frio e de 1,50 € para o duche

quente.-------------------------------------------------------------------------

Em 02 de Fevereiro de 2011, o Vice–Presidente remeteu o processo à reunião de

Câmara Municipal, para decisão.-------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, nos termos n.º 2, do art.º 7.º do

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

48

Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas, isentar Mário Monteiro dos

Santos, do pagamento de taxas por utilização de balneário municipal.------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

7.1.2 – PROPOSTA DE CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE O CENTRO PAROQUIAL

DE SOLIDARIEDADE SOCIAL DE BUARCOS E O MUNICÍPIO DA FIGUEIRA

DA FOZ PARA A CEDÊNCIA DE UMA SALA DA EB1 DE VAIS PARA

SERVIÇO DE REFEIÇÕES E DINAMIZAÇÃO DO CENTRO DE ACTIVIDADES

DE TEMPOS LIVRES

Foi presente a informação n.º 860, de 26 de Janeiro de 2011, da Divisão de

Educação, Acção Social e Saúde, acompanhada de uma proposta de Protocolo a

celebrar entre o Município da Figueira da Foz e o Centro Paroquial de

Solidariedade Social de Buarcos, documento que aqui se dá por integralmente

reproduzido constituindo o anexo número dez à presente acta.--------------------

Os Serviços informam que o Centro Paroquial de Solidariedade Social de Buarcos

dinamiza um Centro de Actividades de Tempos Livres para os alunos da Escola do

1.º Ciclo do Ensino Básico dos Vais. Com a candidatura ao Programa de

Generalização das Refeições Escolares aos alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico,

a Autarquia celebrou um protocolo com a referida Instituição para o fornecimento

dos almoços aos alunos do supra mencionado estabelecimento de ensino.-----------

Atendendo à inexistência de respostas alternativas para manter os alunos desta

escola em Centro de Actividades de Tempos Livres, o Centro Paroquial de

Solidariedade Social de Buarcos, com bastantes dificuldades económicas tem

assegurado o seu funcionamento em prol da comunidade escolar.-------------------

Face ao exposto, e dado não haver formalização para cedência do espaço que

ocupam na referida escola, o Centro Paroquial de Solidariedade Social de Buarcos

solicitou a cedência gratuita da sala que ocupam na Escola Básica do 1.º Ciclo

do Ensino Básico dos Vais, para o Centro Actividades Tempos Livres e

fornecimento de refeições aos seus alunos.--------------------------------------

Em 02 de Fevereiro de 2011, o Vice–Presidente remeteu o processo à reunião de

Câmara Municipal, para decisão.-------------------------------------------------

A Vereadora Teresa Machado interveio, salientando que o ano lectivo já decorre e

seria de repensar um outro tipo de situação para esta escola, dado que tem

poucos alunos, o seu estado de conservação física não é brilhante, e já foi

apontada uma eventual integração na Escola Básica Infante do 2.º e 3.º Ciclo D.

Pedro.--------------------------------------------------------------------------

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

49

O Vice-Presidente questionou se a proposta da Vereadora Teresa Machado vai no

sentido do encerramento da escola, ao que a Vereadora Teresa Machado respondeu

que se a Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico dos Vais precisa de ser

intervencionada e ao gastar nela cerca de trezentos mil euros, pode

perfeitamente esta e os alunos excedentes contribuírem para que a Escola Básica

Infante do 2.º e 3.º Ciclo D. Pedro se transforme em básica integrada.----------

A Câmara deliberou, por unanimidade, a celebração do Protocolo entre o Município

da Figueira da Foz e o Centro Paroquial de Solidariedade Social de Buarcos, de

forma a garantir as condições de utilização de uma sala devoluta no rés-do-chão

da Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico dos Vais, freguesia de Buarcos, para

dinamização de um Centro de Actividades de Tempos Livres e fornecimento de

refeições escolares aos alunos desse estabelecimento de ensino.-----------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

7.2 DIVISÃO DE JUVENTUDE E DESPORTO

7.2.1 - COMEMORAÇÕES DO ANO INTERNACIONAL DA JUVENTUDE – REALIZAÇÃO

DA FEIRA “FIGUEIRA ONDAS D’ARTE” – APRESENTAÇÃO DAS NORMAS

DE PARTICIPAÇÃO

Pela Divisão de Juventude e Desporto, foi presente uma informação datada de 15

de Fevereiro de 2011, propondo a realização do evento juvenil “Figueira Onda

d’Arte” – Feira de Arte Jovem da Figueira da Foz, acompanhada das Normas de

Participação, documento que aqui se dá por integralmente reproduzido,

constituindo o anexo número onze à presente acta.-------------------------------

Informam que numa perspectiva de ocupação dos tempos livres e de desenvolvimento

pessoal, social, cultural, intelectual, afectivo e emocional dos jovens, na

necessidade de serem sustentados determinados factores que contribuam para a

estabilidade vivencial dos jovens figueirenses, tais como estimular o talento, o

potencial e a criatividade, dando-lhes oportunidade de desenvolver as suas

capacidades, e também a promoção da inovação, do empreendedorismo, do Turismo e

de comemorar o Ano Internacional da Juventude, pretendem concretizar este

evento, para o qual não houve qualquer objecção por parte do Conselho Municipal

de Juventude da Figueira da Foz.------------------------------------------------

Pretende-se que a Feira “Figueira Ondas d’Arte” seja um espaço privilegiado para

os jovens figueirenses, com idade mínima de 16 anos, criadores de várias áreas,

tais como Pintura, Escultura, Desenho, Cartoon, Banda Desenhada,

Bijuteria/Joalharia, Moda e Acessórios de Moda, Música gravada e Vídeo, peças de

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

50

Decoração, Fotografia e quaisquer outras artes manuais, mostrar/vender os seus

produtos e apresentar as suas performances, a realizar entre os dias 15 e 30 de

Julho do corrente ano, no Meeting Point.----------------------------------------

Em 15 de Fevereiro de 2011, o Vice–Presidente remeteu o processo à reunião de

Câmara Municipal, para decisão.-------------------------------------------------

O Vereador João Armando solicitou ao Vice-Presidente o fornecimento das

intenções gerais das comemorações do Ano Internacional da Juventude.------------

Sobre este evento, salientou o facto de não existir no regulamento um limite

superior de idade de participação, constando apenas o limite inferior de idade

que é de dezasseis anos, questionando se tal facto seria propositado.-----------

O Vice-Presidente esclareceu que o limite mínimo advêm da própria legislação,

uma vez que não é permitido trabalhar antes dos dezasseis anos de idade.

Reconheceu ter havido um lapso na fixação do limite máximo de idade, sugerindo

que seja aceite a idade de trinta e cinco anos, uma vez que aquilo que se

pretende é criar um espaço onde os jovens que tenham idade para o poder fazer

apresentem os seus produtos e os possam comercializar, numa perspectiva de ser

uma mais valia para estes no sentido de poderem em termos de finanças saberem

como é que podem obter as autorizações para a comercialização dos seus produtos,

em suma, incentivando o empreendorísmo.-----------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aceitar as Normas de Participação no evento

juvenil “Figueira Ondas d’Arte” – Feira de Arte Jovem da Figueira da Foz, a

realizar no âmbito da comemoração do Ano Internacional da Juventude, no período

compreendido entre 15 e 30 de Julho de 2011, no espaço Metting Point.-----------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

7.2.2 - COMEMORAÇÕES DO ANO INTERNACIONAL DA JUVENTUDE – REALIZAÇÃO

DO CONCURSO “TALENTOS EM PALCO”, EM PARCERIA COM O CENTRO DE

ARTES E ESPECTÁCULOS DA FIGUEIRA DA FOZ – APRESENTAÇÃO DAS

NORMAS DE PARTICIPAÇÃO

Foi presente a informação n.º 48/SGD, de 15 de Fevereiro de 2011, da Divisão de

Juventude e Desporto, dando conta que no âmbito das comemorações do Ano

Internacional da Juventude pretendem levar a efeito, em parceria com o Centro de

Artes e Espectáculos, o evento “Talentos em Palco”, a decorrer nos meses de Maio

e Junho e com o espectáculo final agendado para o dia 16 de Julho de 2011.------

Os Serviços informam que a organização deste tipo de eventos tem subjacente a

vontade do Município da Figueira da Foz em estimular o desenvolvimento das

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

51

capacidades artísticas dos jovens figueirenses através de competições saudáveis,

promovendo em simultâneo a Cidade, nas suas vertentes culturais e turísticas.---

Elegem, ainda, o Centro de Artes e Espectáculos como o parceiro ideal para esta

acção, por ser uma estrutura orgânica da Câmara Municipal da Figueira da Foz com

um cariz eminentemente cultural e lúdico.---------------------------------------

Propõem, também, que a organização do evento “Talentos em Palco” seja autorizado

pelo Município da Figueira da Foz, apresentando também para aprovação em sede de

reunião de Câmara as respectivas Normas de Participação, documento que aqui se

dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número doze à presente

acta.---------------------------------------------------------------------------

Em 16 de Fevereiro de 2011, o Vice-Presidente tomou conhecimento, tendo o

Vereador António Tavares, nesse mesmo dia, despachado o processo à reunião de

Câmara.-------------------------------------------------------------------------

O Vereador João Armando sobre este concurso questionou o limite das idades, uma

vez que se verifica que o limite máximo de participação tem um desfasamento,

admitem-se jovens até aos vinte cinco anos se for em grupo e até aos vinte anos

se for individual, se seria assim por alguma razão especial.--------------------

Salientou o facto de os espectáculos das eliminatórias serem com entradas pagas,

considerando um pouco incompreensível tendo em conta que a ideia é tentar

angariar o maior número de pessoas, nomeadamente, jovens para estarem presentes.

Também o próprio sistema de selecção de votação lhe deixa algumas dúvidas, pois

há que ter em conta as claques, que votam todos no mesmo podendo ser uma

situação difícil de gerir.------------------------------------------------------

Por fim referiu-se aos prémios a atribuir neste concurso, sugerindo a atribuição

de bilhetes para assistir a espectáculos no Centro de Artes e Espectáculos e não

um prémio monetário.------------------------------------------------------------

O Presidente, referiu que no intuito de aproximar a juventude para o Centro de

Artes e Espectáculos fomentando a frequência do mesmo, serão atribuídos os

prémios sob a forma de bilhetes. Também esclareceu que o pagamento do bilhete

para entrada nos espectáculos de eliminatórias será uma forma de limitação,

embora o preço de cada bilhete seja acessível.----------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade:--------------------------------------------

1 – Autorizar, no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Juventude, a

organização do evento “Talentos em Palco” e a sua calendarização;---------------

2 - Aprovar o Projecto das Normas de Participação no evento, submetendo-o à

CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 5 da Reunião Ordinária de 22-02-2011

52

aprovação da Assembleia Municipal, ao abrigo das disposições combinadas da

alínea a) do n.º 6 do art.º 64.º e alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º da Lei

n.º 169/99, de 18 de Setembro, na sua redacção actualizada.---------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

E não havendo mais assuntos a tratar, foi pelo Presidente declarada encerrada a

reunião eram dezoito horas e quarenta e cinco minutos, da qual, para constar, se

lavrou a presente acta, que será previamente distribuída a todos os membros da

Câmara Municipal para posterior aprovação e que vai ser assinada pelo Presidente

e pelo Secretário, nos termos da Lei.-------------------------------------------