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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical ADEQUAÇÃO DO TESTE DE TETRAZÓLIO PARA SEMENTES DE MILHO APARECIDA ISLAYNE SILVA FLENGA C U I A B Á - MT 2009

ADEQUAÇÃO DO TESTE DE TETRAZÓLIO PARA SEMENTES DE …§ões-Teses... · 2017-06-12 · o teste de tetrazólio em milho, observando-se as condições físicas das estruturas embrionárias

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical

ADEQUAÇÃO DO TESTE DE TETRAZÓLIO PARA

SEMENTES DE MILHO

APARECIDA ISLAYNE SILVA FLENGA

C U I A B Á - MT

2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical

ADEQUAÇÃO DO TESTE DE TETRAZÓLIO PARA

SEMENTES DE MILHO

APARECIDA ISLAYNE SILVA FLENGA

Bióloga

Orientadora: Profa. Dra. Elisabeth Aparecida Furtado de Mendonça

Dissertação apresentada à Faculdade deAgronomia e Medicina Veterinária daUniversidade Federal de Mato Grosso,para obtenção do título de Mestre emAgricultura Tropical.

C U I A B Á - MT

2009

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FICHA CATALOGRÁFICA

F599a Flenga, Aparecida Islayne Silva

Adequação do teste de tetrazólio para sementes de milho /Aparecida Islayne Silva Flenga. – 2009.

46p. : il. ; color. ; 30 cm.

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de MatoGrosso, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Pós-Graduação em Agricultura Tropical, 2009. “Orientação: Profª. Drª. Elisabeth Aparecida Furtado deMendonça”.

1. Sementes de milho – Vigor. 2. Sementes – Teste detetrazólio. 3. Milho – Sementes – Classificação. 4. Zea mays.

CDU – 633.15-1.531

Ficha elaborada por: Rosângela Aparecida Vicente Söhn –CRB-1/931

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Aos meus pais, Demetre e Alice e aos meus irmãos João e

Demetre Filho,

pelo amor incondicional,

Ofereço

Ao meu esposo Rodrigo,

pelo amor, incentivo e amizade,

e ao mais novo membro da nossa família: Enzo,

Dedico

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AGRADECIMENTOS

À Deus, pela vida e pelos ensinamentos.

À minha família, pelo apoio e estímulo para que alcançasse mais um

objetivo.

À Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em especial ao

Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical, pela oportunidade de

realização do curso.

À Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(CAPES), pela concessão da bolsa de estudo.

À Profa. Dra. Elisabeth Aparecida Furtado de Mendonça, pela

orientação, amizade, apoio e exemplos de competência e profissionalismo.

À Profa. Dra. Maria Cristina de Figueiredo e Albuquerque, pela co-

orientação, amizade e ensinamentos que contribuíram para a minha

formação pessoal e profissional.

Ao Prof. Dr. Rogério de Andrade Coimbra, membro da banca de

Qualificação, pela análise criteriosa, crítica e sugestões para a melhoria

deste trabalho.

Ao Dr. José de Barros França Neto (Ph.D.), membro da banca

examinadora, pelas contribuições para o enriquecimento da dissertação.

À Sidnéia Fiori Caldeira, técnica do laboratório de sementes, pelaamizade, colaboração e incentivo nos diversos momentos.

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Aos estagiários, René Suaiden Parmejiani e José Dilda Neto, peloauxílio durante a execução do trabalho.

Ao professor Sebastião Carneiro e aos amigos Franciele Caroline de

Assis Valadão, Daniel Valadão e Everton dos Santos de Oliveira pelo auxílio

nas análises estatísticas.

Aos amigos da Graduação e Pós-graduação, em especial, as amigas

Dielle Carvalho e Roseli Gianchini, pelo apoio e companheirismo.

A todos do Laboratório de Sementes, pelo bom convívio durante

esses dois anos.

Aos funcionários do Viveiro Experimental da Engenharia Florestal,

pelo auxílio e colaboração.

À empresa Agroeste, pela doação das sementes que viabilizaram a

realização deste trabalho, em especial ao Alexandre Gustavo Mansani pela

colaboração em todos os momentos.

A todos, enfim, que de alguma forma contribuíram para a realização

deste trabalho, os meus sinceros agradecimentos.

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ADEQUAÇÃO DO TESTE DE TETRAZÓLIO PARA SEMENTES DE M ILHO

RESUMO – O teste de tetrazólio apresenta limitação quanto à classificação

para estimar o vigor em sementes de milho. Nesse contexto, o objetivo neste

trabalho foi ampliar e adequar a classificação do teste de tetrazólio para a

avaliação do potencial fisiológico dessas sementes. Buscando ampliar as

classes para os níveis de vigor e viabilidade, quatro subamostras de 25

sementes oriundas de um lote da safra 2004/2005, foram pré-condicionadas

separadamente em substrato de papel toalha umedecido por 16 horas a

25°C. Em seguida, cada semente foi seccionada longi tudinalmente, imersa

na solução de tetrazólio a 0,075% e levadas para câmara de germinação

tipo BOD, no escuro, com temperatura regulada a 35°C por duas horas e 30

minutos. Após a coloração, a solução foi eliminada e as sementes lavadas

em água corrente e fotografadas uma a uma. A primeira avaliação foi feita

de acordo com a recomendação da literatura, em três classes, com auxílio

de lupa eletrônica acoplada em monitor 15”. Posteriormente, na segunda

avaliação foi feita uma reclassificação ampliando para seis, as classes para

o teste de tetrazólio em milho, observando-se as condições físicas das

estruturas embrionárias além do padrão de coloração das sementes.

Paralelamente, foram realizados os testes de germinação, de frio sem solo,

de condutividade elétrica, de emergência de plântulas em canteiro e de

tetrazólio convencional para aferição do vigor e do potencial de germinação.

Os resultados indicaram que é possível estabelecer seis classes de

viabilidade, sendo vigorosas as sementes das classes 1 e 2, viáveis as das

classes 3 e 4, não viáveis as da classe 5 e mortas as da classe 6. A

classificação proposta para o teste de tetrazólio, ampliando para dois os

níveis de vigor e em quatro os níveis de viabilidade, possibilita gerar

informações consistentes a respeito do potencial fisiológico de lotes de

sementes de milho.

Palavras-chave: Zea mays, tetrazólio, viabilidade, vigor

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ADAPTATION OF THE TETRAZOLIUM TEST FOR CORN SEEDS

ABSTRACT – The tetrazolium test is limited with regards to its classification

for estimating vigor in corn seeds. Within this context, the objective of this

work was to expand and adapt the tetrazolium test classification to evaluate

the physiological potential of those seeds. In order to expand classes of vigor

and viability levels, four sub-samples containing 25 seeds each were taken

from a lot produced during the 2004/2005 growing season, pre-condition

separately on a moistened paper towel substrate for 16 hours at 25°C. Next,

each seed was longitudinally sectioned, immersed into a 0.075% tetrazolium

solution and taken to a BOD type germination chamber maintained in

darkness with temperature adjusted to 35°C for two hours and 30 minutes.

Upon staining, the solution was eliminated and the seeds were washed in

running water and individually photographed. The first evaluation was made

according to the literature recommendation, in three classes, with an

electronic stereoscopic microscope attached to a 15” monitor. Later, in a

second evaluation, a reclassification was made by expanding the tetrazolium

test classes in corn to a total of six; observations were made for the physical

conditions of embryonic structures and seed staining patterns. Concurrently,

tests were conducted for germination, cold germination, electric conductivity,

seedling emergence in a seedbed, and conventional tetrazolium to determine

vigor and germination potential. The results indicated that six viability classes

can be established, with vigorous seeds in classes 1 and 2, viable seeds in

classes 3 and 4, non-viable seeds in class 5, and dead seeds in class 6. The

proposed classification for the tetrazolium test, which expands vigor levels to

two and viability levels to four, allowed the generation of consistent

information on the physiological potential of corn seed lots.

Keywords: Zea mays, tetrazolium, viability, vigor

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LISTA DE FIGURAS

Página

1 Esquema das classificações convencional e proposta para o teste de

tetrazólio em sementes de milho.............................................................. 22

2 Estrutura interna de semente de milho (Zea mays L.)............................... 29

3 Semente viável e vigorosa (classe 1) no teste de tetrazólio (a); e a

confirmação da presença de todas as estruturas essenciais ao

desenvolvimento de uma plântula normal por meio da germinação (b).... 30

4 Semente viável e não vigorosa (classe 4) no teste de tetrazólio: raiz

seminal descolorida (a); e a constatação da ausência dessa raiz

seminal por meio da germinação (b)........................................................ 30

5 Classe 1. Sementes de alto vigor: eixo embrionário e escutelo

apresentando aspecto normal e firme com coloração uniforme rosa

claro brilhante (1a) e (1b)......................................................................... 31

6 Classe 2. Sementes de médio a baixo vigor: eixo embrionário e

escutelo apresentando aspecto normal, firme, com coloração rosada,

podendo uma pequena área das extremidades do escutelo apresentar-

se descolorida (2a); eixo embrionário e/ou escutelo com aspecto

normal, firme, com coloração rosada a vermelho carmim não muito

intenso (2b); eixo embrionário e escutelo apresentando aspecto

normal, firme, com coloração rosada, podendo o escutelo apresentar

algumas pontuações rosa menos intensa (2c)......................................... 32

7 Classe 3. Sementes viáveis e não vigorosas: eixo embrionário e/ou

escutelo com aspecto normal, coloração rosa claro a vermelho mais

intenso, podendo apresentar regiões pouco coloridas, com exceção da

plúmula e raízes seminais (3a); embrião com coloração vermelho mais

intenso (3b); presença de dano mecânico na parte inferior do escutelo

(3c)........................................................................................................... 33

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8 Classe 4. Sementes viáveis e não vigorosas: região próxima às raízes

seminais descolorida, afetando a radícula e porção inferior do escutelo

(4a); embrião com apenas uma das raízes seminais descolorida (4b);

embrião com radícula descolorida (4c); embrião com a extremidade do

coleóptilo descolorida (4d) e porção inferior do escutelo descolorida

(4e)........................................................................................................... 34

9 Classe 5. Sementes não viáveis: eixo embrionário descolorido e

escutelo com pontuações pouco rosadas e/ou vermelho carmim

intenso (5a); 50% ou mais do embrião descolorido (5b); embrião

apresentando plúmula e/ou raízes seminais descoloridas e porção

mediana do escutelo pouco colorida (5c); região central do embrião

descolorida (5d)........................................................................................ 35

10 Classe 6. Sementes mortas: sementes apresentando o embrião

totalmente descolorido (6a)..................................................................... 36

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LISTA DE TABELAS

Página

1 Valores médios, em porcentagem, obtidos na caracterização inicial

do lote de sementes de milho híbrido AS32, safra 2004/2005 pelo

grau de umidade (GA), teste de germinação (TG), primeira

contagem de germinação (PCG), teste de frio sem solo (TF); teste

de tetrazólio convencional (TZc) e na avaliação preliminar do teste

de tetrazólio utilizando a classificação proposta

(TZp)..................................................................................................... 27

2 Resultados dos testes de grau de umidade (GU), germinação (TG),

frio sem solo (TF), condutividade elétrica (CE), emergência de

plântulas em canteiro (EC) e teste de tetrazólio (TZ) para 21 lotes de

sementes de milho................................................................................ 37

3 Coeficientes de correlação simples (r) entre os dados obtidos nos

testes de germinação (TG), de frio sem solo (TF), de condutividade

elétrica (CE), de tetrazólio convencional vigor (TZCV), tetrazólio

convencional viabilidade (TZCVB), de tetrazólio proposto vigor

(TZPV), de tetrazólio proposto viabilidade (TZPVB) e de emergência

de plântulas em canteiro (EC), utilizados para avaliação do potencial

fisiológico de 21 lotes de sementes de milho....................................... 39

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SUMÁRIO

Página

1 INTRODUÇÃO................................................................................. 13

2 REVISÃO DE LITERATURA............................ ............................... 15

3 MATERIAL E MÉTODOS............................... ................................. 21

3.1 Ampliação das classes (vigor e viabilidade).................................. 21

3.2 Validação da classificação............................................................ 23

3.3 Procedimento estatístico............................................................... 25

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................... ............................ 26

4.1 Ampliação das classes (vigor e viabilidade).................................. 26

4.2 Validação da classificação............................................................ 36

5 CONCLUSÕES................................................................................ 41

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................... ......................... 42

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1 INTRODUÇÃO

O emprego de testes rápidos em programas de controle de qualidade

tornou-se uma ferramenta imprescindível para a verificação do potencial

fisiológico de um lote de sementes (Costa et al., 1998). Nesse sentido, o

teste de tetrazólio é promissor, pois estima a viabilidade e o vigor das

sementes a partir de critérios específicos de avaliação e, ainda, indica os

principais problemas que podem prejudicar a qualidade das sementes

(França-Neto et al., 1998; Santos, 2003).

A principal vantagem do teste de tetrazólio é possibilitar a avaliação

da viabilidade das sementes em tempo relativamente curto. Além disso, os

dados obtidos podem ser empregados para o estabelecimento de bases

para a comercialização, a determinação do ponto de colheita e a avaliação

da viabilidade das sementes durante o processamento e o período de

armazenamento (Marcos Filho et al., 1987). O teste de tetrazólio, segundo

Moore (1973) e Menezes et al. (1994), possibilita a determinação da

viabilidade de maneira rápida, em período inferior a 24 horas.

Entretanto, o teste de tetrazólio apresenta limitações e a obtenção de

resultados precisos e reproduzíveis exige, principalmente, conhecimento

específico da estrutura da semente e de todas as técnicas e dos

procedimentos envolvidos (França-Neto et al.,1999).

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As informações gerais para a realização do teste de tetrazólio para

várias espécies são prescritas por Moore (1985) e nas Regras para Análise

de Sementes (Brasil, 1992; ISTA, 2008) e têm sido aprimoradas nos últimos

anos. Assim, os estudos desenvolvidos têm procurado estabelecer a

temperatura, a concentração da solução de tetrazólio, a redução do tempo

para a realização do teste e os critérios complementares para a avaliação

(Santos, 2003).

Para sementes de milho, as Regras para Análise de Sementes (Brasil,

1992) indicam solução com concentração de 0,5% a 1,0% de tetrazólio por

duas a seis horas, a 30ºC após 18 horas de hidratação. Dias e Barros (1995;

1999) recomendaram solução de tetrazólio a 0,075% ou 1% por duas a

quatro horas, sob temperatura entre 30ºC e 40ºC, preferencialmente a 35ºC,

após período de embebição por 16 horas a 25ºC.

Quanto à avaliação, Dias e Barros (1995; 1999) estabeleceram três

classes (classe 1: sementes viáveis e vigorosas, classe 2: sementes viáveis

e não vigorosas e classe 3: sementes não viáveis) para diagnosticar a perda

do potencial fisiológico, o que é insuficiente para avaliar o vigor das

sementes por gerar informações que não expressam o real potencial dos

lotes, pelo fato de haver apenas uma classe para sementes viáveis

vigorosas. Tal fato vem sendo questionado por produtores de sementes1, os

quais sugerem estudos para o aprimoramento do teste quanto à

classificação e, ainda, relatam a não correlação do teste de tetrazólio com

outros testes de vigor para essa espécie.

A avaliação das sementes em maior número de classes pelo teste de

tetrazólio permitirá estimar com maiores detalhes o diagnóstico da perda do

potencial fisiológico.

Diante do exposto, no presente trabalho o objetivo foi ampliar e

adequar as classes do teste de tetrazólio e verificar a eficiência dessa nova

classificação como ferramenta para a avaliação do potencial fisiológico em

sementes de milho.

¹ Informação pessoal.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

Como consequência de um mercado agrícola cada vez mais

competitivo e eficiente, as empresas produtoras de sementes, visando sua

manutenção na atividade, necessitam de um elevado e rígido controle

interno de qualidade para atenderem às exigências dos produtores, isto é,

comercializar sementes com alto poder de germinação e de vigor. Isto

implica na periodicidade da aplicação de testes e avaliação de qualidade das

sementes para garantir tais condições. Essas exigências se refletem

principalmente nas culturas de maior expressão econômica no Brasil, como

é o caso do milho, que hoje apresenta desempenho crescente em produção

e produtividade (Andrade e Borba, 1993).

Atualmente, apesar de toda tecnologia disponível, o potencial

fisiológico das sementes tem sido severamente comprometido em função

dos elevados índices de deterioração ocasionados por danos. Isso ocorre,

principalmente, devido ao fato de que, para produzir sementes é necessário

que as fases de maturidade e colheita ocorram sob condições climáticas

secas associadas à temperaturas amenas, condições que dificilmente são

encontradas em regiões tropicais. Associado a isso, Andrade e Borba (1993)

citaram que as sementes, após saírem do campo de produção, passam por

inúmeras etapas como transporte, beneficiamento, tratamento e

armazenamento, antes de serem disponibilizadas para os agricultores e em

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cada uma dessas etapas existem pontos que são críticos para a produção

de sementes.

A avaliação do potencial fisiológico para fins de comercialização é

feita tradicionalmente pelo teste de germinação, pois se trata de um teste

padronizado desde que seguidas as instruções estabelecidas nas Regras

para Análise de Sementes (Brasil, 1992). Porém, o mesmo apresenta

limitações por fornecer resultados que superestimam o potencial fisiológico

das sementes, devido ao fato de ser conduzido sob condições ótimas, além

de ser um teste que demanda período relativamente longo para ser

completado. Assim, foram desenvolvidos testes de vigor com a finalidade de

fornecer informações complementares às obtidas no teste de germinação e

que permitissem estimar o potencial fisiológico (germinação e vigor) das

sementes produzidas (Barros, 2006). De acordo com Bhering et al. (2003), a

utilização de sementes vigorosas propicia não só uma emergência

satisfatória como também o estabelecimento de plântulas vigorosas, que

garante o estande mais uniforme da cultura.

Dentre os diversos métodos de controle de qualidade adotados pela

indústria de sementes no Brasil, o teste de tetrazólio tem se destacado,

devido a sua rapidez, baixo custo, precisão e também pelo número de

informações fornecidas (França-Neto et al., 1998).

Esse teste é utilizado comumente para analisar sementes de grandes

culturas, tais como: soja (França-Neto et al., 1998), milho (Dias e Barros,

1999), feijão (Behring et al., 1996; 1999), algodão (Viera e Von Pinho, 1999),

amendoim (Bittencourt e Vieira, 1999), café (Araújo et al.,1997) e braquiária

(Dias e Alves, 2001). Também, sua metodologia tem sido adequada para

espécies exóticas e nativas como forma de se obter rapidamente a

estimativa da viabilidade: Genipa americana (Nascimento e Carvalho, 1998),

Cordia trichotoma (Mendonça et al., 2001), Albizia hasslerii (Zucareli et al.,

2001), Copaifera langsdorffii (Fogaça et al., 2001), Gleditschia amorphoides

(Fogaça et al., 2006), Lafoensia pacari (Mendonça et al., 2006), Tabebuia

aurea (Oliveira et al., 2006) e Jatropha elliptica (Añez et al., 2007).

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Estudos pioneiros, conforme relatado por Moore (1976) foram

publicados por Flemion e Poole, do Instituto Boyce Thompson de Nova

Iorque, por Goodsell, da companhia de sementes de milho Pioneer, de

Johnston, Iowa, e por Bennett, da Universidade Estadual de Iowa.

O teste de tetrazólio é um método indireto e rápido para estimar a

viabilidade e o vigor de sementes, auxilia na tomada de decisões durante as

fases do processo de produção e permite, em alguns casos, a identificação

dos fatores que influenciam no potencial fisiológico das sementes (Bhering et

al., 1996; França-Neto et al., 1999).

Fundamenta-se na alteração da coloração dos tecidos das sementes

em presença de solução de sal de tetrazólio (2,3,5 – trifenil cloreto de

tetrazólio), o qual é reduzido pelas enzimas desidrogenases dos tecidos

vivos, resultando num composto estável e não-difusível de coloração

avermelhada denominado trifenilformazan (França-Neto et al., 1998). Como

essa reação processa-se no interior das células e o composto não se

difunde, há a delimitação definida entre o tecido que respira (vivo) e o tecido

morto, que não respira (Marcos Filho et al., 1987).

Tecidos deteriorados desenvolvem coloração intensa, enquanto que

os vigorosos apresentam coloração suave e os tecidos mortos não

desenvolvem coloração, permanecendo a cor natural, mas, podem ser

amarelados, cinzentos ou esverdeados, principalmente quando existem

danos causados por insetos (Delouche et al., 1976).

Segundo Moore (1973), essas diferenças de coloração, juntamente

com os conhecimentos de algumas características das sementes, permitem

a avaliação da presença, localização e natureza dos distúrbios dos tecidos

embrionários, podendo fornecer uma estimativa da viabilidade ou vitalidade

do embrião.

Para a realização desse teste, é fundamental conhecer a estrutura da

semente em análise para poder estabelecer as condições para o preparo e,

principalmente, os critérios para avaliação. Mas, de acordo com Grabe

(1976), para a avaliação do teste de tetrazólio, além da estrutura da

semente, deve-se considerar a tonalidade de coloração dos tecidos e,

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também, devem ser verificadas a turgescência dos mesmos e a ausência de

fraturas em regiões vitais da semente.

O teste de tetrazólio baseia-se na análise da condição de cada

semente individualmente. Cada semente é classificada como viável ou não

viável e os tipos de danos são anotados. Moore e Smith (1956), citados por

Copeland et al. (1959) e Moore (1961; 1962; 1967) definiram um sistema de

classificação para sementes de milho e soja, onde cada semente era

qualificada nas classes de 1 a 5, caso viáveis, e de 6 a 8, se não viáveis. A

presença, a localização e o tipo do dano, além das condições físicas das

estruturas embrionárias, são utilizadas nesse sistema de classificação. Tal

metodologia foi modificada e descrita em detalhes para sementes de soja

por França-Neto et al. (1985; 1988; 1998).

Para a avaliação da viabilidade e do vigor de sementes de algodão,

Vieira e Von Pinho (1999) afirmaram que o padrão de coloração dos tecidos

é utilizado para a identificação de sementes viáveis, não viáveis e, dentro da

categoria viável, as de alto, médio e baixo vigor e, ainda, recomendaram

atenção especial ao eixo radícula-hipocótilo e à área de ligação dos

cotilédones ao eixo embrionário. Para essa interpretação são atribuídas

notas de 1 a 8, onde os valores de 1 a 3 são atribuídos à sementes viáveis

vigorosas, de 4 a 5 às sementes viáveis e não vigorosas e acima de 5 às

sementes não viáveis e mortas.

Em sementes de feijão, Bhering et al. (1999) consideraram como

sendo viáveis, as sementes que apresentaram as áreas vitais intactas e

tecidos com aspecto normal firme. A coloração da superfície externa e

interna das sementes varia de uma cor rosa brilhante até uma coloração

vermelho-forte uniforme ou, então, com aspecto de mosaico. Essa coloração

pode se estender até o eixo embrionário, porém, as estruturas do cilindro

central devem se apresentar perfeitamente definidas. Para identificação das

classes de viabilidade e vigor, as sementes foram separadas em sete

classes, sendo as classes de 1 a 3 correspondentes às sementes viáveis

vigorosas, de 4 a 5 correspondentes às sementes viáveis e não vigorosas e

de 6 a 7 correspondendo às sementes não viáveis e mortas.

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Para sementes de soja, França-Neto et al. (1998; 1999) citaram os

cuidados especiais que devem ser considerados durante a avaliação do eixo

radícula-hipocótilo, pois o cilindro central é a estrutura mais crítica dessa

região e se for atingido por algum dano, a semente não será considerada

viável. Outra região crítica na semente de soja é a região vascular que se for

afetada, a viabilidade e/ou o vigor da semente poderão ser comprometidos.

Além da integridade dessas estruturas, foram estabelecidos critérios de

avaliação com base na coloração dos tecidos (vermelho carmim: tecido vivo

e vigoroso; vermelho carmim forte: tecido em deterioração e branco leitoso:

tecido morto), assim se estabelecendo oito classes para a identificação da

viabilidade e vigor, sendo as classes de 1 a 3 correspondentes às sementes

viáveis e vigorosas, de 4 a 5 correspondendo às sementes apenas viáveis e

de 6 a 8 correspondendo às sementes não viáveis e mortas.

Nos estudos com sementes de amendoim, Bittencourt e Vieira (1999)

relataram que a determinação da viabilidade e do vigor deve ser realizada

com base na extensão e na profundidade dos danos identificados nas

superfícies interna e externa dos cotilédones, na plúmula e no eixo radícula-

hipocótilo, nesse caso, analisando se o dano atingiu apenas o córtex ou se

afetou o cilindro central. Em função dos níveis de dano e de deterioração, as

sementes foram separadas em três classes: classe 1 (viáveis vigorosas) –

apresentam o embrião com coloração rosa suave, sem lesão, ou com lesões

superficiais na parte externa ou interna dos cotilédones, sem atingir a região

vascular; classe 2 (viáveis e não vigorosas) – sementes com fratura em um

ou ambos os cotilédones, numa extensão inferior à metade da semente,

embrião com coloração vermelho escuro, apresentando tecidos brilhantes e

firmes; e classe 3 (não viáveis) - aquelas que apresentam tecidos mortos,

deteriorados ou fraturados na metade superior do eixo radícula-hipocótilo,

atingindo o cilindro central, eixo embrionário ou todo o embrião sem

coloração ou com coloração amarelo leitoso, com os tecidos flácidos.

Já, em sementes de gramíneas, como as de milho, as áreas vitais

compreendem à plúmula, ao coleóptilo, à região central do escutelo

(mesocótilo), à radícula e à região situada entre a plúmula e a radícula, onde

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estão as raízes seminais (Dias e Barros, 1999). Assim, os critérios

estabelecidos por esses autores para a classificação da viabilidade e do

vigor nas sementes de milho foram: a) classe 1 (sementes viáveis e

vigorosas): são as sementes perfeitas, com embrião apresentando coloração

rosa brilhante, uniforme e sem lesões ou áreas de coloração mais intensa ou

não coloridas, que indicam pontos deteriorados ou tecidos mortos; b) classe

2 (sementes viáveis e não vigorosas): apresentam o embrião com coloração

mais intensa, indicando tecidos deteriorados, ou com danos atingindo a

radícula, sem afetar a região das raízes seminais; as que possuem danos

em áreas maiores do escutelo, desde que não atinjam a região central, o

que indica capacidade para produzir uma plântula normal; c) classe 3

(sementes não viáveis): são as que apresentam o embrião colorido, mas

devido a danos críticos ou ausência de coloração nas áreas vitais, são

incapazes de originar plântulas normais.

Os critérios para interpretação do teste de tetrazólio em sementes de

milho, embora realizados com significância, são insuficientes por não

fornecerem informações precisas, principalmente por haver uma faixa muito

estreita para a classificação do vigor e da viabilidade, dificultando, assim, o

ranqueamento dos lotes de sementes.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

Esta pesquisa foi desenvolvida no Laboratório de Sementes da

Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade Federal de

Mato Grosso (FAMEV/UFMT), no período de outubro de 2007 a agosto de

2008.

3.1 Ampliação das classes (vigor e viabilidade)

Nessa etapa, foram realizados testes preliminares em sementes de

milho tomando por base a classificação proposta por Dias e Barros (1995).

Para tanto, foi utilizado um lote de sementes de milho híbrido, AS32,

produzido na safra 2004/2005.

Para a caracterização inicial do lote foram feitas as determinações do

grau de umidade (Brasil, 1992), germinação (Brasil, 1992), primeira

contagem de germinação realizada concomitantemente ao teste de

germinação, teste de frio sem solo (Dias e Barros, 1995) e teste de tetrazólio

convencional (Dias e Barros, 1995).

Visando ampliar os níveis de vigor e viabilidade, foram realizados os

seguintes procedimentos: quatro subamostras de 25 sementes foram

retiradas do lote e, para cada subamostra, o preparo e a coloração foram

realizados separadamente. O pré-condicionamento foi feito em papel toalha

úmido por 16 horas a 25°C. Em seguida, cada semente foi seccionada

longitudinalmente através do centro do eixo embrionário com auxílio de

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bisturi, acondicionadas em recipientes plásticos de 50mL contendo solução

de tetrazólio a 0,075% em quantidade suficiente para cobrí-las e colocadas

em câmara de germinação tipo BOD a 35°C, no escuro, por duas horas e

meia. Após a coloração, a solução de tetrazólio foi drenada e as sementes

lavadas em água corrente, sendo mantidas submersas em água.

Na sequência, as sementes foram numeradas, fotografadas uma a

uma e se procederam duas avaliações. A primeira foi realizada de acordo

com a recomendação de Dias e Barros (1995; 1999) para execução do teste,

classificando as sementes em três classes: classe 1- sementes viáveis e

vigorosas; classe 2- sementes viáveis e não vigorosas e classe 3- sementes

não viáveis. Na segunda foi feita uma reclassificação, ampliando para seis

as classes para o teste de tetrazólio em milho, observando-se as condições

físicas das estruturas embrionárias além do padrão de coloração das

sementes.

As duas avaliações foram realizadas com auxílio de lupa eletrônica

acoplada em monitor de 15 polegadas. Após análise, as metades

correspondentes a cada subamostra foram identificadas individualmente e

colocadas para germinar em papel umedecido na forma de rolo. Ao final de

quatro dias foi realizada a avaliação da germinação cuja finalidade foi

confirmar a classificação das sementes pela avaliação das estruturas

essenciais, assim, ampliando as classes para os níveis de vigor, viabilidade

e inviabilidade (Figura 1).

FIGURA 1. Esquema das classificações convencional e proposta para o

teste de tetrazólio em sementes de milho.

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3.2 Validação da classificação

Ampliadas as classes, foi realizada a segunda etapa do trabalho,

utilizando-se 21 lotes de sementes de milho híbrido colhidos na safra

2005/2006 e armazenados nas condições da empresa até o início dos

experimentos para validação da classificação. As sementes de cada lote

foram submetidas aos seguintes testes para a verificação da qualidade

inicial e posterior aplicação da classificação proposta:

Grau de umidade - para a determinação do conteúdo de água das

sementes, foram utilizadas três subamostras com aproximadamente 5g de

sementes para cada lote. As subamostras foram colocadas em cápsulas de

alumínio previamente pesadas, adotando-se o método de estufa a 105°C ±

3°C por 24 horas (Brasil, 1992).

Teste de germinação – conduzido com quatro subamostras de 50

sementes por lote, semeadas em substrato de papel umedecido com

quantidade de água equivalente a 3,0 vezes a massa do substrato seco e

colocado em câmara de germinação sob temperatura constante de 30°C ±

1°C por 8 horas de luz. As avaliações foram efetuad as aos quatro e sete

dias após a instalação do teste, de acordo com critérios de Brasil (1992),

sendo o resultado expresso em porcentagem de plântulas normais.

Frio sem solo – conduzido de acordo com a metodologia proposta

por Dias e Barros (1995), com quatro subamostras de 50 sementes para

cada lote, semeadas em substrato de papel umedecido com quantidade de

água equivalente a 3,0 vezes a massa do substrato seco. Após a

semeadura, os rolos foram colocados no interior de caixas plásticas com

tampa (30 x 20 x 10cm) e mantidos em câmara regulada a 10°C durante

sete dias. Após esse período, as caixas foram transferidas para câmara de

germinação à temperatura de 30°C, onde permaneceram por quatro dias,

procedendo-se, em seguida, a avaliação de acordo com os critérios

estabelecidos nas RAS (Brasil, 1992).

Condutividade elétrica – foram selecionadas e pesadas quatro

subamostras de 50 sementes para cada lote e, em seguida, as sementes

foram imersas em 75mL de água destilada por 24 horas à temperatura

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constante de 25°C. A leitura da condutividade elétr ica da solução foi

realizada em condutivímetro, marca Digimed CD-20, e os resultados

expressos em µS.cm-1.g-1 de sementes (Vieira, 1994).

Tetrazólio convencional – foram utilizadas quatro subamostras de

25 sementes para cada lote. O pré-condicionamento foi realizado em papel

toalha úmido e colocado em câmara de germinação a 25°C por 16 horas.

Em seguida, as sementes foram seccionadas longitudinalmente, imersas em

solução de tetrazólio a 0,075% e mantidas no escuro em BOD a 35°C por

duas horas e meia para a coloração. Na sequência, foram lavadas em água

corrente e analisadas individualmente, utilizando-se os critérios de

interpretação estabelecidos por Dias e Barros (1995).

Tetrazólio metodologia proposta – foram utilizadas quatro

subamostras de 25 sementes para cada lote. O pré-condicionamento foi

realizado em papel toalha úmido e colocado em câmara de germinação a

25°C por 16 horas. Em seguida, as sementes foram se ccionadas

longitudinalmente, imersas em solução de tetrazólio a 0,075% e mantidas no

escuro em BOD a 35°C por duas horas e meia para a c oloração. Na

sequência, foram lavadas em água corrente e analisadas individualmente,

utilizando-se os critérios pré-estabelecidos para a classificação.

Emergência de plântulas em canteiro – foram utilizadas quatro

subamostras de 50 sementes por lote, semeadas a 3cm de profundidade,

em linhas de 1m de comprimento, distanciadas a 0,20m entre si, em

canteiros no viveiro da UFMT/FAMEV. A suplementação de água foi feita

sempre que necessário, visando a germinação das sementes e emergência

das plântulas. As avaliações foram realizadas aos sete dias após a

semeadura, período a partir do qual os valores não mais se alteraram.

Foram consideradas emergidas plântulas normais com 4cm ou mais. Os

resultados foram expressos em porcentagem, computando-se o total de

plântulas emergidas por lote.

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25

3.3 Procedimento estatístico

Os resultados obtidos nos testes preliminares realizados durante a

primeira etapa da pesquisa não foram submetidos à análise estatística,

sendo feita somente a descrição das classes.

Na segunda etapa, para validação da classificação proposta para o

teste de tetrazólio, foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado com

21 tratamentos (lotes) e quatro repetições. Antes da análise estatística, os

dados foram submetidos a testes de normalidade e homogeneidade de

variância que indicaram a não necessidade de transformação dos dados. A

seguir, os dados foram submetidos à análise de variância e a comparação

das médias obtidas nos testes de germinação, frio sem solo, condutividade

elétrica e emergência de plântulas em canteiro foi feita pelo teste de Scott-

Knott a 5% de probabilidade. Para a comparação entre os métodos

convencional e o proposto para classificação do vigor e viabilidade foi

realizada análise de variância em esquema fatorial 2 x 21 (2 métodos e 21

lotes). Os dados referentes ao grau de umidade não foram submetidos à

análise estatística. Foram calculados, ainda, os coeficientes de correlação

simples de Pearson (r) entre os resultados dos testes de tetrazólio e os

obtidos nos demais testes para avaliação do potencial fisiológico das

sementes. A significância dos valores de r foi determinada pelo teste t a 1%

de probabilidade.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Ampliação das classes (vigor e viabilidade)

A partir da classificação para sementes de milho, estabelecida por

Dias e Barros (1995; 1999), foi observado que vários padrões de coloração

não se enquadravam adequadamente nas três classes existentes, o que

ocasionava variações nos resultados. Devido às dificuldades para a

classificação, houve a necessidade da adoção de novos critérios para avaliar

as sementes.

Portanto, nas avaliações preliminares, na primeira etapa do trabalho,

foram ampliadas as classes para o teste de tetrazólio para a determinação

do vigor e da viabilidade em sementes de milho.

Na Tabela 1, encontram-se os resultados obtidos na caracterização

inicial do lote utilizado para a ampliação das classes. Nota-se que os

resultados da germinação (79%) foram inferiores ao padrão nacional de

qualidade de sementes de milho que é de 85% (Brasil, 2005). O uso desse

lote com baixa germinação e vigor foi necessário para possibilitar o

enquadramento das sementes nos níveis de vigor e viabilidade, de forma

que se pudesse obter maior número de classes, em função da diversidade

de padrões diferenciados de coloração, assim sendo capaz de identificar a

real condição da semente no momento da avaliação pelo teste de tetrazólio.

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TABELA 1 . Valores médios, em porcentagem, obtidos na caracterizaçãoinicial do lote de sementes de milho híbrido AS32, safra2004/2005 pelo grau de umidade (GU), teste de germinação(TG), primeira contagem de germinação (PCG), teste de friosem solo (TF); teste de tetrazólio convencional (TZc) e naavaliação preliminar do teste de tetrazólio utilizando aclassificação proposta (TZp).

TZc TZpHÍBRIDO GU TG PCG TF

Vigor Viabilidade Vigor Viabilidade

(%)

AS32 11,0 79 74 59 52 78 64 79

Pelos resultados apresentados na Tabela 1, verifica-se também que

houve semelhança entre os resultados do teste de germinação e da

viabilidade obtida no teste de tetrazólio utilizando-se a classificação proposta

(79%). Em laboratório, os resultados de viabilidade obtidos nos testes de

germinação e de tetrazólio devem ser semelhantes, não devendo ultrapassar

diferenças de até 5% entre eles (França-Neto et al., 1998). Esses mesmos

autores citaram que diferenças superiores a esse valor, quando ocorrem,

podem ser devido a diferenças de amostragem, técnicas impróprias no teste

de germinação, técnicas impróprias no teste de tetrazólio, uso de lotes de

sementes com vigor médio ou baixo, presença de sementes com elevado

porcentual de danos mecânicos e, ainda, presença de fungos.

Em estudos para determinação da viabilidade de sementes de

jenipapo (Genipa americana L.) pelo teste de tetrazólio, Nascimento e

Carvalho (1998) relataram que procedimentos do teste de tetrazólio que

levem a resultados que não difiram dos da germinação são, também,

procedimentos com possibilidades de indicar a capacidade potencial de

germinação, ou seja, podem ser adotados em substituição ao teste de

germinação, nos casos em que seja necessária a obtenção mais rápida de

resultados confiáveis.

Quanto ao vigor avaliado pelo teste de primeira contagem de

germinação (Tabela 1), apesar de ser apontado por Marcos Filho et al.

(1987) como um teste que apresenta baixa sensibilidade em detectar

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pequenas diferenças de vigor, indicou ter esse lote nível mais elevado de

vigor quando comparado aos demais testes que avaliaram a mesma

característica.

A avaliação do vigor das sementes pelo método proposto (Tabela 1)

detectou de maneira geral, a superioridade desse lote em relação ao teste

de tetrazólio convencional devido a alteração dos critérios para estimar o

vigor, que consistiu em manter na classe 1 (sementes viáveis e vigorosas)

somente as sementes sem nenhuma região do embrião descolorida e na

classe 2 (sementes viáveis e vigorosas) aquelas apresentando pequenas

regiões do embrião descolorida sem afetar as partes vitais da semente. Por

outro lado, o vigor estimado pelo teste de frio sem solo obteve valor mais

próximo do teste de tetrazólio utilizando-se a classificação proposta,

diferindo apenas cinco pontos porcentuais quando comparado ao teste de

tetrazólio convencional.

Na interpretação do teste de tetrazólio para avaliação da viabilidade

foi reconhecida a capacidade germinativa das sementes portadoras de

embriões com partes vitais intactas, que compreendem o eixo embrionário e

o escutelo. O conhecimento detalhado dessas estruturas vitais do embrião

permitiu determinar com segurança a viabilidade e o vigor dessas sementes

(Figura 2). Dias e Barros (1995) ressaltaram que para a avaliação do teste

de tetrazólio é necessário conhecer a morfologia das sementes de milho

bem como a das plântulas. Se a importância e a função de cada órgão não

forem conhecidas, as reações coloridas não terão sentido. Da mesma forma,

Marcos Filho (2005) afirmou que para a interpretação do teste de tetrazólio

devem ser examinadas cuidadosamente as áreas vitais, tomando-se por

base a morfologia e as relações entres as partes constituintes das sementes.

Também as Regras para Análise de Sementes – RAS (Brasil, 1992)

contemplam muitas dessas informações relevantes ao analista de sementes

para uma interpretação consistente.

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FIGURA 2. Estrutura interna de semente de milho (Zea mays L.). (Foto: A. I.

S. Flenga).

Assim, os critérios estabelecidos neste estudo para ampliar os níveis

de vigor e as classes de viabilidade foram definidos com base nas

observações de intensidade de coloração, bem como as regiões coloridas

nas sementes, comparadas individualmente com a germinação das

estruturas essenciais das metades após a análise no teste de tetrazólio.

Baseado nisto, foi observado que o critério adotado para a classe 1

(semente viável e vigorosa) (Figura 3) foi compatível com a resposta obtida

na germinação, pois constatou-se a presença de todas as estruturas

essenciais ao desenvolvimento de uma plântula normal. Da mesma maneira,

na Figura 4 foi constatada a consistência nos critérios adotados para a

classe 4 (semente viável e não vigorosa), pois, após a germinação da

semente, observou-se a ausência de uma das raízes seminais, o que não

inviabilizou o desenvolvimento da plântula.

Pericarpo

Endosperma

Coleóptilo

Plúmula

Mesocótilo

Radícula

Coleorriza

Escutelo

Raiz seminal

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FIGURA 3. Semente viável e vigorosa (classe 1) no teste de tetrazólio (a); e

a confirmação da presença de todas as estruturas essenciais ao

desenvolvimento de uma plântula normal por meio da

germinação (b). (Foto: A. I. S. Flenga).

FIGURA 4. Semente viável e não vigorosa (classe 4) no teste de tetrazólio:

raiz seminal descolorida (a); e a constatação da ausência dessa

raiz seminal por meio da germinação (b). (Foto: A. I. S. Flenga).

(a)

(b)

(a) (b)

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Dessa maneira, foi tecnicamente possível estabelecer seis classes de

viabilidade, sendo viáveis e vigorosas as sementes das classes 1 (Figura 5)

e 2 (Figura 6), viáveis e não vigorosas as das classes 3 (Figura 7) e 4

(Figura 8), não viáveis as da classe 5 (Figura 9) e mortas a da classe 6

(Figura 10). O resultado de vigor, obtido por meio da ampliação das classes,

foi determinado pelo somatório do número de sementes das classes 1 e 2 e,

a viabilidade, pelo somatório do número de sementes das classes 1 a 4.

Um fator importante a ser considerado foi que com a ampliação das

classes de vigor e viabilidade houve maior facilidade no enquadramento das

sementes de milho, possibilitando diagnosticar com maiores detalhes a

perda da qualidade fisiológica.

FIGURA 5. Classe 1. Sementes de alto vigor: eixo embrionário e escutelo

apresentando aspecto normal e firme com coloração uniforme

rosa claro brilhante (1a) e (1b). (Fotos: A. I. S. Flenga).

(1a) (1b)

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FIGURA 6. Classe 2. Sementes de médio a baixo vigor: eixo embrionário e

escutelo apresentando aspecto normal, firme, com coloração

rosada, podendo uma pequena área das extremidades do

escutelo apresentar-se descolorida (2a); eixo embrionário e/ou

escutelo com aspecto normal, firme, com coloração rosada a

vermelho carmim não muito intenso (2b); eixo embrionário e

escutelo apresentando aspecto normal, firme, com coloração

rosada, podendo o escutelo apresentar algumas pontuações

rosa menos intensa (2c). (Fotos: A. I. S. Flenga).

(2a) (2b)

(2c)

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FIGURA 7. Classe 3. Sementes viáveis e não vigorosas: eixo embrionário

e/ou escutelo com aspecto normal, coloração rosa claro a

vermelho mais intenso, podendo apresentar regiões pouco

coloridas, com exceção da plúmula e raízes seminais (3a);

embrião com coloração vermelho mais intenso (3b); presença

de dano mecânico na parte inferior do escutelo (3c). (Fotos: A. I.

S. Flenga).

(3c)

(3a) (3b)

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FIGURA 8. Classe 4. Sementes viáveis e não vigorosas: região próxima às

raízes seminais descolorida, afetando a radícula e porção

inferior do escutelo (4a); embrião com apenas uma das raízes

seminais descolorida (4b); embrião com radícula descolorida

(4c); embrião com a extremidade do coleóptilo descolorida (4d)

e porção inferior do escutelo descolorida (4e). (Fotos: A. I. S.

Flenga).

(4a)

(4b)

(4c)

(4e)

(4d)

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FIGURA 9. Classe 5. Sementes não viáveis: eixo embrionário descolorido e

escutelo com pontuações pouco rosadas e/ou vermelho carmim

intenso (5a); 50% ou mais do embrião descolorido (5b); embrião

apresentando plúmula e/ou raízes seminais descoloridas e

porção mediana do escutelo pouco colorida (5c); região central

do embrião descolorida (5d). (Fotos: A. I. S. Flenga).

(5b)(5a)

(5c) (5d)

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FIGURA 10. Classe 6. Sementes mortas: sementes apresentando o embrião

totalmente descolorido (6a). (Foto: A. I. S. Flenga).

4.2 Validação da classificação

Na Tabela 2 encontram-se os resultados da qualidade física e

fisiológica dos 21 lotes de sementes de milho utilizados para validação da

classificação proposta. Observou-se que os dados obtidos para o grau de

umidade das sementes foram semelhantes para os 21 lotes.

Pelos resultados apresentados na Tabela 2, verificou-se que houve

concordância dos valores obtidos no teste de tetrazólio viabilidade,

utilizando-se a classificação proposta no presente estudo, com o teste de

germinação e de emergência de plântulas em canteiro, para a maioria dos

lotes. Tal fato pode ser atribuído à facilidade com que foram enquadradas as

sementes nas diferentes classes de viabilidade (1 - 4), principalmente

aquelas associadas às classes 3 e 4 (sementes viáveis não vigorosas) por

abranger diferentes tipos de danos, porém, sem afetar o potencial

germinativo das mesmas.

(6a)

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TABELA 2. Resultados dos testes de grau de umidade (GU), germinação (TG), frio sem solo (TF), condutividade elétrica(CE), emergência de plântulas em canteiro (EC) e teste de tetrazólio (TZ) para 21 lotes de sementes de milho.

Proposta Convencional Proposta Convencional

(Classes 1 - 2) (Classe 1) (Classes 1 - 4) (Classes 1 - 2)1 9,9 100 a 97 a 11,71 a 100 a 88 aA 53 bB 100 aA 97 aA2 10,4 99 a 98 a 12,37 b 100 a 84 bA 50 bB 97 aA 89 bB3 10,4 99 a 96 a 16,48 d 99 a 88 aA 59 aB 99 aA 99 aA4 10,0 99 a 98 a 15,92 d 98 a 80 cA 61 aB 98 aA 98 aA5 10,4 98 a 90 a 12,70 b 96 b 60 eA 47 bB 98 aA 92 bB6 10,3 96 b 95 a 10,88 a 98 a 71 dA 65 aA 98 aA 98 aA7 10,4 90 b 90 a 12,21 b 96 b 85 bA 61 aB 97 aA 98 aA8 10,3 93 b 93 a 10,51 a 98 a 76 cA 66 aB 97 aA 100 aA9 9,8 100 a 97 a 12,16 b 100 a 88 aA 63 aB 100 aA 100 aA10 10,2 98 a 93 a 18,39 e 99 a 78 cA 64 aB 97 aA 96 aA11 10,4 99 a 99 a 14,10 c 99 a 85 bA 70 aB 100 aA 100 aA12 10,0 95 b 92 a 21,78 f 92 b 88 aA 55 bB 99 aA 96 aA13 9,9 98 a 97 a 12,79 b 100 a 83 bA 48 bB 96 aA 95 aA14 9,5 96 b 96 a 12,20 b 98 a 84 bA 58 aB 98 aA 95 aA15 9,8 97 a 97 a 13,50 c 99 a 83 bA 55 bB 99 aA 100 aA16 10,2 94 b 94 a 19,55 e 97 a 72 dA 59 aB 96 aA 98 aA17 9,9 78 d 53 c 31,77 i 80 d 39 fA 35 cA 77 cA 74 cA18 9,8 78 d 45 d 32,03 i 82 d 36 fA 35 cA 84 bA 75 cB19 9,8 85 c 42 d 23,03 g 86 c 30 gA 23 dB 73 cA 49 eB20 10,5 94 b 74 b 20,91 f 94 b 40 fA 31 cB 82 bA 65 dB21 9,8 87 c 41 d 30,14 h 86 c 43 fA 27 dB 84 bA 63 dB

CV (%) - 3,91 5,80 5,70 3,14 4,59 11,34 3,56 3,55F - 13,74** 69,31** 184,97** 17,41** 155,04** 22,11** 24,55** 87,59**

TZ - Vigor (%) TZ - Viabilidade (%)

LOTESGU (%)

TG (%)

TF (%)

CE

(µS.cm-1.g-1)EC (%)

Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, dentro de TZ vigor e TZ viabilidade, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5%de probabilidade. **Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F.

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Embora os resultados do teste de germinação tenham sido inferiores

nos lotes 7, 8, 12 e 18, não houve diferença significativa dos valores

absolutos obtidos para a viabilidade pelo teste de tetrazólio proposto para os

lotes 8 e 12 onde não foi constatada presença de fungos.

Os resultados do teste de tetrazólio, para o vigor, nas duas

classificações utilizadas (proposta e convencional), não apresentaram

classificação semelhante dos lotes, quando comparadas entre si. Na Tabela

2 pode-se observar que a classificação proposta foi sensível para selecionar

os lotes 1, 2, 3, 7, 9, 11, 12, 13, 14 e 15, como sendo de maior qualidade,

enquanto os demais lotes foram agrupados num nível de qualidade

fisiológica inferior.

Na tabela 3 foi verificada alta correlação (r=0,89**) entre o vigor

avaliado pela classificação proposta com o teste de frio sem solo nas

condições do presente estudo (Tabela 3). O teste de frio sem solo, de

acordo com as observações de Molina et al. (1987) e Medina e Marcos Filho

(1990), detecta diferenças acentuadas de qualidade de sementes como foi

observado nesta pesquisa.

Os resultados obtidos no teste de condutividade elétrica (Tabela 2)

não apresentaram similaridade com os resultados de vigor obtidos para os

demais testes, apontando apenas os lotes 1, 6 e 8 como sendo de qualidade

superior, embora no conjunto de testes para avaliar essa mesma

característica, tenha se destacado para separar os lotes de qualidade

inferior. Vale ressaltar que o teste de condutividade elétrica foi eficiente na

identificação dos lotes 17, 18, 19, 20 e 21 como sendo os de qualidade

fisiológica inferior, assim como os demais testes realizados para estimar o

vigor.

Entretanto, foi verificado que houve correlação significativa da

condutividade elétrica com os testes que avaliaram a qualidade fisiológica

das sementes (Tabela 3), sendo que a maior correlação do teste de

condutividade foi obtida com a emergência de plântulas em canteiro (r=-

0,83**). Segundo Vieira (1994) e Krzyzanowski et al. (1999), o processo de

redução e perda de qualidade está associado à desorganização ou perda de

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integridade das membranas celulares, fato este diretamente relacionado ao

aumento da quantidade de exsudados liberados, evidenciando relação

inversa entre perda de lixiviados e a qualidade das sementes.

TABELA 3. Coeficientes de correlação simples (r) entre os dados obtidosnos testes de germinação (TG), de frio sem solo (TF), decondutividade elétrica (CE), de tetrazólio convencional vigor(TZCV), tetrazólio convencional viabilidade (TZCVB), detetrazólio proposto vigor (TZPV), de tetrazólio propostoviabilidade (TZPVB) e de emergência de plântulas em canteiro(EC), utilizados para avaliação do potencial fisiológico de 21lotes de sementes de milho.

TESTES TG TF CE TZCV TZCVB TZPV TZPVB

TF 0,79** - - - - - -

CE -0,75** -0,84** - - - - -

TZCV 0,56** 0,79** -0,67** - - - -

TZCVB 0,60** 0,87** -0,69** 0,88** - - -

TZPV 0,72** 0,89** -0,76** 0,79** 0,88** - -

TZPVB 0,68** 0,85** -0,73** 0,78** 0,90** 0,87** -

EC 0,78** 0,81** -0,83** 0,64** 0,68** 0,76** 0,74****Significativo a 1% de probabilidade, pelo teste t.

Pelos resultados do teste de emergência de plântulas em canteiro

(Tabela 2), foi verificado que o desempenho dos lotes foi semelhante ao

obtido no teste de tetrazólio (viabilidade) para ambas as classificações, bem

como no teste de germinação, agrupando-os assim em três diferentes níveis

de vigor, com resultados estatisticamente semelhantes para a maioria dos

lotes. Na Tabela 3, verificou-se que, em valor absoluto, o teste de

emergência de plântulas em canteiro, apresentou correlação altamente

significativa (r=0,76) com o teste de tetrazólio utilizando a classificação

proposta para o vigor, contrastando com os resultados obtidos para esse

mesmo teste quando se utilizou a classificação convencional (r=0,64).

Verificou-se que a maioria dos lotes em estudo apresentaram valores

de germinação acima de 85% (Tabela 2), padrão mínimo exigido para

comercialização de sementes certificadas de milho (Brasil, 2005). No

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entanto, os lotes 17 e 18 apresentaram valores inferiores a 85% o que

possibilitou confrontar materiais com qualidade distinta, importante para

verificação da classificação proposta como ferramenta para estimar o vigor e

a viabilidade.

Foram verificadas correlações significativas entre todos os testes

realizados (Tabela 3). Essa resposta é relevante, uma vez que se trata da

comparação do processo de avaliação do vigor de sementes de milho, com

ênfase numa nova classificação para o teste de tetrazólio que se

correlacionou significativamente com métodos importantes e muito utilizados

em tecnologia de sementes tais como: teste de germinação, frio sem solo,

condutividade elétrica e emergência de plântulas.

Dessa maneira, pode-se inferir que, a indicação da classificação

proposta, de aumentar para dois os níveis de vigor e em quatro os de

viabilidade, possibilitou de maneira mais consistente a determinação do

potencial fisiológico de lotes de sementes de milho.

Diante dos resultados obtidos e se considerando que o fator

qualidade é uma característica desejável em programas de controle de

qualidade, recomenda-se para sementes de milho a avaliação em seis

classes, para a interpretação dos resultados do teste de tetrazólio.

A recomendação da utilização de seis classes para determinar o vigor

e a viabilidade de sementes de milho é tecnicamente viável, permitindo de

maneira mais rigorosa o acompanhamento da deterioração da semente. No

entanto, sugerem-se mais estudos, utilizando-se híbridos com características

distintas, especialmente no que diz respeito à padronização,

aperfeiçoamento e estabelecimento de padrões de tolerância, visando a

uniformidade dos resultados, reduzindo, ao mínimo, a interpretação

individual, para que diferentes analistas e laboratórios possam obter, de um

mesmo lote de sementes, resultados comparáveis.

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5 CONCLUSÃO

A classificação proposta para o teste de tetrazólio, ampliando para

dois os níveis de vigor e em quatro os níveis de viabilidade, possibilita gerar

informações consistentes a respeito do potencial fisiológico de lotes de

sementes de milho.

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