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ENERGIA: indústria busca soluções REAJUSTES DA CONTA DE ENERGIA FAZEM COM QUE SETOR INDUSTRIAL BUSQUE SOLUÇÕES DE MERCADO E ATÉ JURÍDICA PARA EQUILIBRAR CUSTOS EMPRESA VOTORANTIM INVESTE EM GOIÁS NO SENADO ADIAL BRASIL E ADIAL DEBATEM INCENTIVOS ENTREVISTA LÚCIA KRATZ DESTACA O PAPEL DO LÍDER NA CRISE Industrial Pró www.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Novembro – 2015 – ANO VII edição 69 ADIAL 69_Layout 1 06/11/2015 10:32 Page 1

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ENERGIA:indústria

busca soluções

REAJUSTES DA CONTA DE ENERGIA FAZEMCOM QUE SETOR INDUSTRIAL BUSQUE

SOLUÇÕES DE MERCADO E ATÉ JURÍDICAPARA EQUILIBRAR CUSTOS

EMPRESAVOTORANTIM

INVESTE EM GOIÁS

NO SENADOADIAL BRASIL E ADIAL DEBATEM INCENTIVOS

ENTREVISTALÚCIA KRATZ DESTACA OPAPEL DO LÍDER NA CRISE

IndustrialPró

www.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Novembro – 2015 – ANO VII

edição

69

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Expediente Editorial

Já durante todo o ano de 2014, a PRÓ-INDUSTRIAL apresentou sinais clarosde que a recessão da indústria poderia se tornar a recessão da economiabrasileira. Os números diziam isso, a revista apenas traduzia. Vamos aeles. A inflação, em 2010, estava em 5,9% ao ano. Era acima da meta, maso crescimento da economia de 7,6% (a última vez que tivemos uma ex-

pansão verdadeira) abafava o efeito inflacionário. Naquele mesmo ano, a taxade câmbio fechava cotação no hoje inimaginável R$ 1,70, com taxa Selic a 9,8%.Esse era o cenário que a Dilma assumiu o País.

Agora comparemos ao que ela deixou em 2014. Câmbio já fechou a R$ 2,70e taxa Selic a 10,9%. Como teve eleição no ano passado, o governo segurou jurose câmbio para não trazer maiores arranhões na economia. Mas os sinais já esta-vam bem presentes. A economia registrou “crescimento” de 0,1%. O efeito eramaior porque a inflação já estava em 6,4%. No fundo, a inflação era bem maior,mas artificialmente e eleitoralmente, o governo segurou o reajuste de preçoscontrolados.

A bomba estava armada para 2015. Inflação disparou (pode fechar acima de10%), com energia, combustíveis e água, essenciais para indústria, inflação passafácil de 35%. Economia vai registrar recessão depois de muitos anos sem encolher– pode recuar mais de 2,5%, com repetição prevista de recessão em 2016. E taxaSelic disparou, já está 14,25%. Que cenário desolador.

Dilma pegou País com crescimento do PIB de 7,6% ao ano, para fechar esteano a -2,5%. Inflação era 5,9%, agora dobrou. Taxa de juros a 9,8%, para 14,25%e câmbio, de R$ 1,70 disparou para R$ 3,80. Avisos, que vieram de todos os lados,não adiantaram. A arrogância e a indiferença tomaram conta.

Para esta edição, avaliaMos a questão energética, que muito interessa a in-dústria, entrevista com a gestora Lúcia Kratz, falamos novamente sobre AdialCorretora de Seguros, expansão da Votorantim, entre outros temas de interesseempresarial. Boa leitura a todos.

Leandro Resende, editor.

ADIAL - Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4ºandar - Ed. Rizzo Plaza, Setor Sul, Goiânia Goiás.

CEP: 74.083-060 Fone: (62) 3922-8200

www.adial.com.br

SUMÁRIO

Sinais, rumores e tumores

PRÓ-INDUSTRIAL

Pró-Industrial2

Presidente do Conselho de Administração Cesar HelouVice-Presidente Financeiro Rodrigo Penna de Siqueira

Conselho NatoCyro Miranda Gifford Júnior, José Alves Filho e Al-berto Borges de SouzaVices-Presidentes e Conselheiros Domingos Sávio Gomes de Oliveira, Valdo Marques,Angelo Tomaz Landim, Alberto Borges de Souza,Maximiliani Liubomir Slivnik, Vanderlan Vieira Car-doso, Ananias Jus�no Jayme, Ricardo Vivolo, Heri-baldo Egídio da Silva, Paulo Sérgio Guimarães dosSantos, Wilson Luiz da Costa, Marley Antônio daRocha, Márcio Botelho Teixeira, Olympio JoséAbrão, Pedro Henrique Pessoa Cunha, Sandro Sco-dro, Domingos Vilefort Orzil, Alfredo Ses�ni Filho,Carlos Luciano Mar�ns Ribeiro, Rivas Rezende daCosta, José Alves Filho, José Carlos Garrote deSouza, Juliana Nunes, Evaristo Lira Baraúna, RomarMar�ns Pereira, André Luiz Bap�sta Lins Rocha, An-tonio Benedito dos Santos e Luiz Alberto Rassi.Diretor Execu�voEdwal Freitas Por�lho “Chequinho”Produção GráficaContemporânea PUC

COMERCIAL - ANÚNCIOS (62) 3922-8200 ou (62) 8287-5575

Novembro 2015 Nº 69 Ano VII

NEGÓCIOS Votoran�m 16-17

EDITORIAL Sinais, rumores e tumores 2. // INFRAESTRUTURAConta de energia dispara e assusta indústria 4-6.// ARTIGO Criseno setor elétrico 7.// ENTREVISTA Lúcia Kratz 8-10.// NOTAS IN-DUSTRIAIS Seguros ADIAL, soja e AmBev 11.// TRIBUTOS Debateno Senado 12-13.// MARKETING & PRODUTOS Lançamentos daindústria 14-15.// LEITURA Livros Empresariais 18.// OPINIÃOCesar Helou 19//

EMPRESAS, MARCAS E INSTITUIÇÕES CITADAS NA EDIÇÃOVotoran�m (Capa, 2, 16 e 17), Himalaia (3), Grid Energia (5 e 6), Celg (6), CCEE (6), CNPE (7), Grupo BC (7), BC Energia (7), BC Serviços (7), Brito Cunha Ad-vogados Associados (7), Faculdades Alfa (8 e 9), Sefaz-GO (11), Valor Econômico (11), AmBev (11), Abrasel (11), Senado (12 e 13), Agência Senado (12),Sefaz-CE (12), Sefaz-ES (12), Adial Brasil (12), STF (12), Sefaz-MG (12), Ministério da Fazenda (13), Nestlé (14), Nescafé (14), Toddy (14), Seara (14), JBS

Foods (14), DaGranja (14), Mistubishi (14), KTM do Brasil (14), Rally Dakar (14), L200 Triton (14), Piracanjuba (15), Globo Rural (15), Editora Globo (15),Hering for You (15), Brasil Kirin (15), Fibz (15), Unilever (15), Vim (15), Unicef (15), Fundação Unilever (15), Linea (15), Previdência Social (19), Congresso

(19), Nexus Shopping & Business (20), Ramada Hotel (20), Consciente Construtora (20), JFG (20), Adão Imóveis (20) e UrbsRT (20)

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INFRAESTRUTURA

Pró-Industrial4

Conta deenergia

sobe e assusta

indústriaMERCADO LIVRE DE ENERGIA,

AUTOPRODUÇÃO E QUESTIONAMENTO JUDICIAL TÊM SIDO ALGUMAS DAS

OPÇÕES DE INDUSTRIAIS PARA EQUILIBRAR O CUSTO DA ENERGIA, QUE

EM ALGUNS CASOS PRATICAMENTE DOBROU EM DOIS ANOS

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Oalto custo da energia no País, quepassou por reajustes em 2015 quelembram a época da hiperinflaçãode duas décadas atrás, puxa o freioda economia e, principalmente, da

indústria, que faz uso intensivo para a produção.Com isso, empresários têm buscado soluções paraminimizar o impacto agressivo deste custo nocaixa das empresas. Nesta edição, a Pró-Industrialdetalha duas opções que empresas de vários Es-tados têm considerado para conseguir reduzir ogasto em energia: mercado livre e o questiona-mento judicial.

No Brasil, o mercado de energia é dividido emconsumidores cativos, o ACR (Ambiente deContratação Regulada) e o de consumidores li-vres, o ACL (Ambiente de Contratação Livre).Tem sido comum consumidores empresariaiscomprarem energia das concessionárias de distri-buição que atuam na sua região e pagar uma fa-tura mensal, regulada pelo governo – que incluigeração e distribuição. Este mercado livre é umaespécie de bolsa que comercializa energia diretodo gerador em contratos de curto (até seis meses)e longo prazos (acima de seis meses).

Com a crise e em busca de baratear o gastocom energia, a solução para muitas empresas temsido a compra de energia diretamente dos gera-dores ou comercializadores, por meio de contra-tos bilaterais com condições livrementenegociadas. O consumidor negocia prazo, preçoe volume. A empresa passa a pagar uma faturaseparada de distribuição (para a concessionárialocal) e uma ou mais faturas referentes à geraçãode energia – dependendo de quantos e de quaisgeradores decidiu comprar.

Para Stefano Angioletti, diretor da Grid Ener-gia, o Mercado Livre de Energia é uma opção le-galmente segura e tão confiável quanto à entregado serviço como comprar no modelo tradicional,com a diferença de ser um valor negociável.

Os consumidores livres chegam a registrar re-duções de até 20% no custo total de energia.Muito importante é que a energia adquirida noMercado Livre tem preço constante ao longo dodia o que não ocorre com a energia do mercadocativo que tem seu preço aumentado em até qua-tro vezes no horário de ponta que normalmentevai das 18:00 às 21:00 nos dias de semana. No

longo prazo o consumidor passa a ter controle dopreço da energia que passa a ter reajuste por ín-dices pré-estabelecidos como IGPM ou IPCA.

“Em geral, os gestores da empresa passam ater domínio de um custo importante, especial-

“A energia elétrica estáentre os principais itensdo custo operacional.Planejar com prazos maislongos é um dos trunfosdos gestores, o que passaa ser possível paraaqueles que aderem aoMercado Livre”,

Stefano Angioletti diretor da Grid Energia

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6 Pró-Industrial

INFRAESTRUTURA

mente para as indústrias onde aenergia elétrica está entre os princi-pais itens do custo operacional. Pla-nejar com prazos mais longos é umdos trunfos dos gestores, o que passaa ser possível para aqueles que ade-rem ao Mercado Livre”, diz StefanoAngioletti, que a partir da próximaedição da Pró-Industrial estrearáuma coluna com soluções e reco-mendações para o industrial econo-mizar energia.

Para Stefano, a questão é que aenergia é um dos poucos insumosdentro de um processo produtivoque não tem negociação de fornece-dor, preço e desconto por volume

consumido. O Brasil tem 98% do sistema ener-

gético interligado, o que possibilita ofortalecimento do Mercado Livre deEnergia. É um mercado que cresce noPaís e, com a crise de geração e depreços do serviço, a tendência é avan-çar ainda de forma mais rápida. Hoje,já responde por 24% da energiaconsumida no País, com mais de1.800 agentes atuando neste mercado.

“A Celg vem enfrentando diver-sos problemas históricos e a contaveio pesada. Desde junho de 2012 atéhoje houve reajuste médio de 109%nos preços da Celg enquanto o IPCAcresceu pouco mais de 25% no

mesmo período. Uma situação comoesta é um alerta aos consumidores in-dustriais e boa parte dos consumi-dores comerciais do Estado de Goiás.Eles devem avaliar com atenção a al-ternativa de migração para o Mer-cado Livre ”, avalia Stefano.

Para se reduzir o risco da transi-ção, a Grid Energia recomenda ava-liação prévia do consumo enegociação de compra futura deenergia, denúncia do contrato defornecimento atual com 180 dias deantecedência, adesão à Câmara deComercialização de Energia Elétrica(CCEE) e adequações ao sistema demedição de energia.

Mitos do Mercado Livre de Energia

SAIBA MAIS

Fonte: www.gridenergia.com.br

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De onde vem a crise do setor elétrico brasileiro? E para onde podemos ir...

Ocaos que atualmente pairasobre o Setor Elétrico Brasi-leiro, não tem outro culpado,é decorrente da própria

omissão e desídia do Poder Público! Alegislação vigente do setor elétrico pos-sui regras que, se fossem respeitadaspelos Gestores Públicos evitariam amaior parte dos transtornos que hojeafligem o Setor e, por consequências,todos os consumidores brasileiros.

São muitos os desmandos protago-nizados pelo Governo Federal nessaárea, porém, alguns desses são merece-dores de especial atenção.

O primeiro exemplo está no Decreton. 2.655/98 que determina a revisão daenergia assegurada das hidroelétricas acada cinco anos e que foi totalmenteignorada pelo poder concedente.

Como se não bastasse, o GovernoFederal editou a Portaria n. 303/2004que “congelou” a energia asseguradadas hidroelétricas que compõem o Sis-tema Integrado Nacional, exceto Itaipu,até dezembro de 2014.

Assim o governo desrespeitou asnormas que davam segurança ao sis-tema ignorando a necessidade de revi-são quinquenal da energia asseguradaque já carecia de revisão há mais deuma década. Não bastasse isso, o go-verno promoveu, por intermédio daMP n. 579/2012, um verdadeiro rebuliçono Setor Elétrico, uma vez que promo-veu uma redução artificial nos preçosdas tarifas de energia elétrica dandosinal econômico equivocado à popula-ção, refletindo no incentivo ao aumentodo consumo de energia elétrica, quandona verdade o cenário adequado seria ode racionalização do consumo.

Outra situação que merece destaqueé o fato do Poder Público ignorar as di-versas críticas quanto ao método de cál-culo utilizado para medir o riscohidrológico, alterado de maneira incon-sequente pela Resolução CNPE n.03/2013.

Nesse caso, o resultado foi um ce-nário de reservatórios dependentes dautilização de volume morto as vésperasde um período seco extensivo que cul-minou nas tentativas do Governo depromover, tardiamente e a qualquercusto, a recuperação dos reservatóriosàs custas da falência dos geradores hí-dricos.

O que antes era um sistema hidro-térmico - com base hídrica e comple-mentariedade termoelétrica -atualmente tem por segurança a gera-ção termoelétrica e a “complementarie-dade” das hidroelétricas. Mas o cerneda questão consiste no fato do governonão atribuir caráter extraordinário ao re-gime hidrológico atual, a exemplo doque foi feito em 2001 com a decretaçãodo racionamento.

Prefere tratar a questão “à força”,empurrando a retração da demandanacional através de reajustes de tarifasque culminaram no exorbitante au-mento de mais de 100% nas faturas deenergia elétrica.

Diante de tais circunstancias, sur-gem saídas como a opção por tornar-seconsumidor livre de energia elétricapara, pelo menos em parte, “fugir” dosdesmandos tarifários do governo e res-guardar a competitividade da indús-tria, reduzindo os custos e agregandoprevisibilidade ao preço desse insumoessencial à produção.

De forma complementar, existe omodelo de autoprodução de energiaelétrica e que, após uma necessáriaconsultoria jurídica para identificaçãode cobranças ilegais de impostos e en-cargos incidentes sobre a conta de ener-gia, podem garantir ao consumidorindustrial uma economia que em al-guns casos chega a 40 %.

ARTIGO

Alessandro de Brito CunhaAdvogado e diretor do Grupo BC,

formado pelas empresas BC Energia,BC Serviços e Brito Cunha

Advogados Associados([email protected])

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Nome: Lúcia KratzAtuação: administradora, gestora em coach e professora do mestrado de Administração da Faculdades Alfa

ENTREVISTA

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Michal Gartenkraut

Omomento, nomundo dos ne-gócios, é de re-flexão e ação.Para LúciaKratz, profes-sora do mes-

trado da Alfa e coach, o líder não deverecuar e aproveitar a evolução profis-sional e a experiência profissional quesó uma crise pode lhe oferecer. Confiraa seguir os principais trechos da en-trevista:

As crises são cíclicas no mundoeconômico. Elas promovem oreequilíbrio do caixa, do orça-mento público, do doméstico,realinha a economia. Ela tam-bém revela muito sobre lide-rança?

Sim, ela nos revela como estelíder enxerga esta realidade e,esta forma de enxergar, irá de-terminar suas decisões de curto,médio e longo prazos. As crises,assim como os momentos decrescimento, são reflexo das de-cisões tomadas pelos gestores e

líderes que estão atuando noscargos estratégicos das organi-zações púbicas e privadas. Umadas premissas da avaliação docenário é levantar as variáveisinfluenciadoras de um fato,como a crise, por exemplo. Sãotrês variáveis: o “ambiente”, o“outro” e o “eu”. Muitas vezes,colocamos um peso muitogrande em apenas um destasvariáveis. No caso da crise, atendência é colocar a culpa naeconomia ou na política. Mas,devemos fazer uma avaliaçãomais sistêmica desta realidade.Analisando o “outro”, que nestecaso pode ser representadopelas empresas e concorrentes e,principalmente, o “eu”, que re-presenta como estou lidandocom a crise, ou seja como estouatuando e agindo nesta situa-ção. Podemos ver a mesma rea-lidade como uma grandeoportunidade ou como umagrande ameaça. A diferençaentre estas duas posturas está navisão do líder. É claro que não

podemos analisar o ambiente eo outro para tomarmos uma de-cisão realista e efetiva, mas orumo de nossas decisões está di-retamente ligadas a forma queenxergamos a um determinadofenômeno.

Por duas décadas vivemos semgrandes crises, como a atual.Praticamente uma geração degestores na faixa de 40 e 45anos, não enfrentaram tormen-tas como essa a frente dos ne-gócios? Eles estão preparados?Existe no setor empresarial umcolapso de liderança?

A experiência é sem dúvidaum dos principais elementosque influenciam nossa forma depensar e ver o mundo. Mas, afalta de experiência, por sua vez,também pode ser vista por ân-gulos diferentes. Ao vivermosexperiências criamos “ver-dades” baseadas em nossa rea-lidade. O que pode nos auxiliarou nos limitar, pois quandoacreditamos, por exemplo, que

Use a liderança e opoder de influência

contra a crise

Pró-Industrial9

GESTORES, EMPRESÁRIOS E CHEFES DE EQUIPE PODEM APROVEITAR OMOMENTO DE CRISE ATUAL E CRESCER JUNTO COM SEUS COMANDADOS

E SUPERAR NOVOS OBSTÁCULOS QUE A EMPRESA POSSA TER

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uma situação ou uma pessoanão tem mais “jeito” acabamosnem tentando novas ações paratransformar a realidade. Issonós chamamos de crenças limi-tantes. Uma crença pode ser im-pulsionadora em umdeterminado momento de nossavida e em outro passar a ser li-mitante. Neste sentido, estes lí-deres, que não viveram as criseseconômicas estão de certa formacomo um papel em branco e po-derão construir novas práticas,antes não experimentadas, deforma criativa e inovadora. Seestão preparados, bem dependede como buscaram se desenvol-ver até o momento. Se investi-ram em cursos e formações quelhe trarão ferramentas mais efe-tivas para este momento. Cur-sos sobre gestão, finanças eliderança são bons indícios,porém, um processo de coa-ching neste momento poderágerar grandes resultados, poisauxilia a criar novos hábitosmais saudáveis, em um curto es-paço de tempo. Isso pode fazera diferença entre sucesso e insu-cesso. Não existe um setor espe-cífico com colapso de líderes,existem empresas que não in-vestem na liderança. Se tor-nando um real problema degestão e gestores. Parar de in-vestir em pessoas, neste mo-mento pode ser um erro grave.

Como deve se sentir o gestor nacrise: ansioso com o futuro,cauteloso com as decisões, pru-dente para não comprometermais do que a crise já retira dosnegócios ou motivado paravencer o desafio?

Motivado para vencer osdesafios, com certeza. A histórianos mostra que as pessoas queaproveitam a crise como oportu-nidade se dão melhor que as querecuam ou ficam com medo ex-

cessivo. Um pouco de prudêncianos investimentos é salutar,porém parar de divulgar deforma estratégica sua marca ouseus produtos irá piorar sua si-tuação. Endividar-se, neste mo-mento, não é uma boa estratégia,mas deixar de investir tambémnão é a melhor opção a se fazer,decisões rápidas e cautelosasfazem a diferença do líder, sejaele gerencial, de direção ou CEO.Posicione-se, invista de forma es-tratégica, mas não pare de agir.Ficar parado é uma postura rea-tiva e certamente irá te levar paraonde não deseja. Um barco semleme é levado pela correntezasem destino certo.

Quando a economia encolhe, osnegócios tendem a encolher.Qual mensagem o líder precisapassar nestas horas para suaequipe?

Faça do limão uma limonada!Crie, inove, faça com menosmais, ou seja, seja a diferença. Umbom líder deve estimular seus li-derados a buscar soluções criati-vas e com baixo custo ouinvestimento. Certamente irão sesurpreender com os resultadospossíveis. O Brasil sempre foivisto como criativo, os nossos co-laboradores sempre foram de-mandados no mundo todo, umdos motivos desta realidade é afalta, sobramos em criatividade,um brainstorm seminal ajudariamuitíssimo.

Desemprego, inflação, dólar dis-para, juros sobem. Como contro-lar a parte emocional, tanto oexecutivo quanto os colabora-dores da área operacional?

Não podemos negar que acrise está aí. Ela é um fato e nãouma especulação, mas podemosemocionalmente não participardela. O que isso quer dizer, bemquando acreditamos em algo isso

irá determinar nosso comporta-mento, como já disse antes. Entãose acreditar na crise, mesmo queela não seja tão grande ou quenão esteja impactando direta-mente seu segmento, você iráagir com medo e acuado, aumen-tando ainda mais suas conse-quências negativas. Seja realista,não pessimista e trabalhe mais doque o normal para reverter a si-tuação. Mostre casos de sucessomediante a crise, una sua equipe,esta pode ser uma oportunidadede “tatuar” a marca da sua em-presa em seus colaboradores.“Tatuar”? Sim, a camisa tiramosa qualquer hora, a tatuagem é umregistro que decidimos fazer, emesmo mudando de pensa-mento ou empresa queremoslembrar que esta faz ou fez partede nossa história.

O que pode ser pior na crise ouque pode ser melhor quando seavalia a carreira, seja para quemé acionista, quem é executivo equem ocupa cargo operacional?

O medo, pois ele pode gerarum comportamento defensivo,acuado e o que precisamos é depessoas focadas em soluções enão nos problemas. Pessoas foca-das nos problemas não saem dolugar, pessoas focadas em solu-ções constroem ou pelo menosestimulam o futuro que desejampara si e para sua equipe. Umverdadeiro líder influencia seusliderados pelo exemplo, eleconsegue liderar de formas dife-rentes ajustando-se ao perfil do li-derado. Ele conhece muito bemsua personalidade e a persona-lidade de sua equipe, para sabercomo lidar com seus medos edesejos. Ou seja, ele sabe comopropiciar um ambiente motiva-dor e estimulador independentedo contexto externo, afinal amotivação é intrínseca a cadaum de nós.

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NOTAS INDUSTRIAIS

Soja exportada podeter de pagar ICMS

os Estados do Centro-Oeste,região que lidera a produçãonacional de grãos, ameaça cobrarICMS sobre seus embarques desoja - e também do milho emgrãos. Movimentação, divulgadapelo jornal Valor Econômico,provocou nos últimos dias umaintensa reação de agricultores eexportadores.

“Para eles, esses governosestão tentando burlar a Lei Kandir,que desde 1996 zerou o impostopara as vendas dessas matérias-primas destinadas ao mercadoexterno. No campo, o grandetemor é que a medida tirecompetitividade das exportações -como aconteceu com farelo e óleode soja quando a Lei Kandir entrouem vigor - e eleve os custos deprodução das lavouras, que jásubiram de forma expressiva esteano em função da alta do dólar”,informou o jornal.

Por sua vez, os governos

estaduais se queixam de a Uniãonão repassar ou atrasar osrepasses dos fundos deexportação, criados paracompensar as perdas dos Estadoscom desonerações da Lei Kandir.

A secretária de Fazenda deGoiás, Ana Carla Abrão, afirma queestá em estudo um projeto de lei,que será encaminhado aoLegislativo local até dezembro,para tributar parte da sojacomercializada no mercadointerno.

Ela garante que a motivação"não é tributar soja", e sim pararde pagar ICMS interestadual.Segundo ela, Goiás tem exportadotanto o grão que a indústria acaba"importando" matéria-prima deoutros Estados para suprir ademanda para esmagamento eprodução de farelo e óleo. "Nossoobjetivo á garantir oferta de soja,mas não queremos influenciarpreço e nem fazer nada desupetão", disse ao Valor.

AmBev ameaça fechar fábricas em SPA AmBev informou que

pretende repassar aos preçosqualquer aumento de impostosque seja feito no Estado de SãoPaulo. A empresa também nãodescarta reduzir turnos ou fecharfábrica no Estado, caso o aumentona carga tributária provoquegrande queda na demanda.

"Em um ambiente onde acompanhia sofre pressãoinflacionária mais alta, com customaior na produção, não tem comoabsorver aumento de cargatributária. A AmBev vai repassarqualquer aumento de impostosnos preços", disse Nelson Jamel,vice-presidente financeiro e derelações com investidores da

Ambev. O governo paulista discutena Assembleia Legislativa umaumento do ICMS sobre cervejade 18% para 25%. A AssociaçãoBrasileira de Bares e Restaurantes(Abrasel) diz que o aumento nacarga tributária de 40% provocariauma elevação de 20% nos preçosda cerveja e o possível fechamentode 85 mil estabelecimentos noEstado.

Jamel afirmou que, caso oaumento na alíquota de ICMS sejaaprovado, a AmBev e outrascervejarias terão queda nasvendas. Em consequência, aAmBev reduziria turnos deprodução em São Paulo, e poderiafechar unidades.

“A busca pelo melhor negócio não está empedir para vários corretores fazerem a cotação doseu seguro, seja ele de Frota, Empresarial, Vida emGrupo, entre outros. O corretor deve terexperiência, ter conhecimento das engrenagens domercado e fundamentalmente, ter a informaçãoem tempo hábil para trabalhar o melhor negócio.

Além disso, a relação do corretor de segurosperante as seguradoras não é limitada somente àbusca da melhor condição, ou seja,custo/benefício. O corretor nesta hora entra comuma defesa da empresa contratante perante àSeguradora.

Há setores da indústria, serviços e comércio,que merecem ser defendidos, pois o seu negócio jánão é bem visto para as seguradoras, pois estãoexpostos ao risco constante.

A seguradora antes de emitir a proposta, fazuma análise de crédito no mercado, e junto aoutras companhias Seguradoras.

Muitas empresas têm dificuldades de fecharuma apólice de seguro, por isso o peso da Adialnestas negociações é fundamental paraconcretização do negócio.

Nas renovações das apólices a análise da AdialCorretora de Seguros também vem mostrandoeficácia, pois em alguns negócios firmadosanteriormente, não estavam sendo atendidos deforma adequada, e a proposta de ajuste eorientação vem conscientizando o empresário naadequação da apólice, redução do custo eaumento das garantias.”

Luciana Campos AlvesDiretora da Adial Seguros

Seguros:atendimento diferenciado

OPINIÃO

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12 Pró-Industrial

Incentivosem debateno SenadoADIAL E ADIAL BRASIL ESTIVERAM PRESENTES NO

ENCONTRO. PARA JOSÉ ALVES FILHO, É MAIS BARATOSIMPLIFICAR A BUROCRACIA FISCAL

TRIBUTOS

AComissão de Desenvolvi-mento Regional e Turismo(CDR) discutiu, no últimodia 21, com representantes

de diversos Estados o impacto da unifi-cação do Imposto Sobre Circulação deMercadorias e Serviços (ICMS) sobre asfinanças estaduais. Os temores estão re-lacionados com a concepção e a formade funcionamento dos fundos que serãoconstituídos para repor eventuais per-das com a mudança tributária.

A unificação da alíquota do ICMSem 4% está prevista no Projeto de Reso-lução do Senado (PRS) 1/2013, em aná-lise na CDR. Com isso, a margem denegociação entre os Estados e as empre-sas que ali pretendem se instalar ficarámuito reduzida, em comparação com asalíquotas interestaduais atualmente emvigor, que variam de 7% a 12%. Hoje,vários estados reduzem as alíquotaspara atrair investidores privados, demaneira a estimular a geração de em-prego e renda para a população.

Como contrapartida, o governoacena com a MP 683/2015, que cria oFundo de Desenvolvimento Regional eInfraestrutura e o Fundo de Auxílio àConvergência das Alíquotas do ICMS.

A proposta do governo é que os re-

cursos para os fundos venham da repa-triação de dinheiro dos brasileiros noexterior. Para os secretários estaduais deFazenda, a medida é insuficiente paracompensar as perdas dos estados. Elesexigem fontes mais seguras de receitaspara os fundos. “Isso nos preocupaporque precisamos de clareza nessascompensações”, disse Ana Paula VitaliJanes Vescovi, secretária de Fazenda doEstado do Espírito Santo.

O secretário da Fazenda do Ceará,Carlos Mauro Benevides Filho, lamen-tou que a concessão de incentivos fiscaispara atração de investimentos tenha re-cebido a pecha de “guerra fiscal”. Paraele, se não houvesse incentivos, os esta-dos mais pobres não conseguiriamatrair investimentos.” Os Estados com-pensam para dar igualdade de condi-ções. Isso é feito no mundo inteiro”,apontou.

O presidente do Conselho Consul-tivo da Associação Brasileira Pró-Des-envolvimento Regional Sustentável(Adial Brasil), José Alves Filho, defen-deu a manutenção do atual modelo deconcessão de incentivos. “É muito maisbarato simplificar a burocracia fiscal doque forçar um outro modelo de arreca-dação”, afirmou José Alves Filho.

O diretor de Administração Tributá-ria da Secretaria da Fazenda de SantaCatarina, Carlos Roberto Molim, obser-vou que a proposta de reforma doICMS em discussão "não é a ideal, masa possível". Ele lembrou também que éurgente resolver o problema, tendo emvista que os incentivos fiscais concedi-dos pelos estados foram consideradosinconstitucionais pelo Supremo Tribu-nal Federal. O STF analisa a possibili-dade de baixar uma súmula vinculanteconsolidando o entendimento da Cortesobre o assunto.

Representante da Secretaria de Fa-zenda de Minas Gerais, Manuel Procó-pio Júnior, acrescentou que aindefinição sobre a questão trava novosinvestimentos: “A retomada do planode investimentos das empresas está emstandy-by, aguardando o clareamentodesse cenário”, assinalou.

O relator do projeto na CDR, sena-dor Wellington Fagundes (PR-MT), afir-mou que garantir a clareza dascompensações é sua preocupação. Elebusca consenso entre secretários de Fa-zenda, governadores e governo federale acrescentou que não tem pressa paravotar o texto. “Temos que encontrar umequilíbrio”, disse. (Agência Senado)

Manoel Júnior (Sefaz-MG); senador Wellington Fagundes e José Alves Filho

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Pró-Industrial13

Caiado defende incentivoscom base no IDH e PIB

O líder do Democratas no SenadoFederal, Ronaldo Caiado (GO) fezduras críticas à articulação no minis-tro da Fazenda, Joaquim Levy, paraque seja votado um pacote de medi-das que equaliza o ICMS de todos osestados. Ele defende uma nova fór-mula de controle sobre as medidasque se baseie em índices sociais e eco-nômicos dos estados.

A posição foi defendida duranteaudiência pública na Comissão deDesenvolvimento Regional (CDR),no último dia 21, que contou com apresença de secretários estaduais deFazenda e associações ligadas aodesenvolvimento de estados emer-gentes.

“O que move o ministro da Fa-zenda a, diante de uma crise comoessa, com o desemprego batendo aporta dos estados, priorizar um dis-curso contra os incentivos fiscais? Porque não fazermos um programa de in-centivos com base no IDH ou no PIBper capita para estados em desenvol-vimento, caso de Goiás, como fizeramvários países?”, questionou Caiado.

O democrata também lamentou acampanha feita por alguns setores epelo governo federal que tratam as me-didas adotadas por alguns estadoscomo “guerra fiscal”. Ele comparou abenefícios históricos e atuais que privi-legiam a malha industrial dos estadosdesenvolvidos que sempre saem nafrente na captação de investimentos

“Chamam de ‘guerra fiscal’ aúnica forma como Goiás e outros es-tados do Centro-Oeste, Norte e Nor-

deste têm para competir com Sul e Su-deste na atração de indústrias. Masquando o volume do BNDES repas-sado a empresas de Sul/Sudeste é 82%dos R$ 400 bilhões emprestados ataxas subsidiadas, é guerra fiscal oupolítica de incentivo? Quando o go-verno federal estabelece isenção do IPIsobre linha branca e montadoras comsubsídio de 50% na taxa de juros, éguerra fiscal ou política de incen-tivo?”, provocou.

Para Caiado a melhor saída nãopode ser a fórmula que o governo fe-deral tenta empurrar no Senado Fede-ral. “Precisamos construir uma saídapara essa disputa sem cair na velha ar-madilha do PT de jogar uns contra osoutros. Durante 12 anos eles fizeram

isso e de repente estão fazendo com oICMS ao criar uma cizânia entre umBrasil A e Brasil B”, disse.

Em seu argumento, o senadorcitou o Estado de Santa Catarina comoexemplo de região onde a captação deindústrias possibilitou uma descentra-lização do desenvolvimento econô-mico. “Admiro o Estado de SantaCatarina pela conquista que foi a des-centralização da economia local. Adistribuição da saúde, por exemplo, éalgo inédito no País. Tenho o desejo dedar a Goiás a mesma condição e levaro desenvolvimento para o norte do es-tado, para a região do Araguaia, parao Entorno… É para isso que serve acaptação de investimentos com incen-tivos”, defendeu.(Agência Senado)

Ronaldo Caiado, com Alexandre Baldy ao fundo, durante pronunciamento em comissão do Senado Federal

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Nescafé, a marca maisvaliosa da Nestlé no mundo,anuncia o lançamento deNescafé Smoovlatté. Sucessonos mercados internacionais,a novidade desembarca no Brasil com uma fórmula exclusiva. Por aqui, abebida gelada além de unir a energia do café com a cremosidade doleite, ganha também um toque de chocolate. Nescafé aposta nestanovidade com uma alternativa especialmente pensada para os jovens esuas rotinas aceleradas. Em linha com a assinatura da marca – Para todosos começos, Nescafé –, o lançamento leva a proposta de um café damanhã saboroso e prático ao alcance de todos.

Duas marcas globais. Duas referências no off road. Duasvencedoras no Rally Dakar. Esses foram alguns dos motivos queuniram KTM e a rede Mitsubishi Motors no lançamento da L200Triton KTM Series, uma picape desenvolvida para aqueles quebuscam aventuras e desafios em duas ou quatro rodas. Apenas200 unidades serão comercializadas no País a partir do mês denovembro deste ano. "Ambas marcas têm uma personalidademuito própria, trilhando os seus próprios caminhos no mercado,fiéis às suas convicções e valores, com produtos de altíssimaqualidade. Posicionam-se no segmento premium, partilhandoainda uma história grandiosa e de muitos sucessos emcompetições off-road globalmente. Consideramos por isso que éuma parceria que faz todo o sentido para as marcas e para osadmiradores e clientes", afirma Paulo Alegria, diretor da KTM doBrasil.

Mitsubishi

A Toddy amplia o portfólio debiscoitos recheados e coloca no mercadoa versão chocolate. O novo sabor chegapara ser mais uma opção da marca quejá contava com bolachas de baunilha. Anovidade chegará às gondolas de todo opaís disponível nas embalagens de 61 e132 gramas, ao preço sugerido deR$1,49 e R$ 2,19, respectivamente. Olançamento vem com uma embalagem irreverente,reforçando o conceito de “cowzação” presente em toda acomunicação da marca, retratada pelas vacas de Toddy.

Toddy

MARKETING & PRODUTOS

Nestlé

A Seara, marca da JBS, lançou uma linha de frangoscriados sem antibióticos. Segundo a empresa, osprodutos DaGranja têm certificação internacional sobre obem-estar animal, a qual atesta que, em nenhuma etapada criação, esses frangos receberam qualquer tipo deantibiótico, hormônio e conservante.

A empresa informou que a alimentação dos animaisé composta por uma ração totalmente vegetal e aclimatização é monitorada.

"A linha chega para completar o nosso portfólio,composto por produtos que atendem a todos os estilosde vida e anseios", disse, em nota, Fabiola Menezes,diretora de Marketing da JBS Foods.

Seara

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15 Pró-Industrial

Remetendo às belezasnaturais do Brasil, a linhapraia da coleção de AltoVerão da Hering for youtraduz toda a riqueza dafauna e flora do país. Emevidência, característicasda Amazônia podem servistas nas estampasexclusivas que sãorepresentadas porelementos tropicais comopássaros, frutas e flores.Com conforto e bem estarem seu DNA, a marca trazmodelagens para os diversos tipos de corpo e queexaltam a beleza da mulher.

Hering

Por mais um ano consecutivo, a Piracanjuba foi a vencedora do prêmioMelhores do Agronegócio 2015, promovido pela Editora Globo, em parceria coma revista Globo Rural, na categoria Laticínios. A cerimônia de entrega dapremiação ocorreu no último dia 20, em São Paulo. “Ser reconhecido entre as 20principais empresas do agronegócio nos motiva a oferecer cada vez maisprodutos inovadores, saudáveis e de qualidade aos clientes. É uma conquista detoda a equipe Piracanjuba”, destacou o diretor industrial da Piracanjuba, MarcosHelou. A seleção das campeãs foi baseada em dados financeiros e econômicos erevela também a melhor empresa em sustentabilidade, a melhor do agronegócioe a melhor entre as pequenas e médias empresas em 2015.

Os shake Zero Linea são adoçados com sucralose, adoçante produzida a partir dacana-de-açúcar, indicado principalmente para quem não gosta do gosto amargo deadoçante e sente falta de açúcar – mas claro, sem engordar , e enriquecidos com 21tipos de minerais e vitaminas. Os shakes da Linea podem ser encontrados nossabores chocolate, piña colada, baunilha e morango, e ainda apresentam em suafórmula vitaminas A, C e D, proteínas, fibras, cálcio, ferro e colágeno, ingredientesque estimulam a perder peso de maneira saudável ao organismo.

Linea

Piracanjuba

Uma parceria da marca de cloro emgel da Unilever (Vim), por meio daFundação Unilever, e do Fundo dasNações Unidas para Infância (Unicef)lançou em 2013 no Brasil a campanhasocial Vim para Unicef com o objetivode ajudar a garantir o acesso a água dequalidade e saneamento adequado àscrianças e aos adolescentes em escolasde educação básica do semiáridobrasileiro. O projeto internacionalnasceu em 2012, um ano antes dechegar ao Brasil, e já ajudou mais de600 mil pessoas, em países comoGambia, Gana, Nicarágua, Nigéria,Paquistão, Filipinas, Sudão e Vietnã.

Unilever

Fibz chegou para reinventar a categoria derefrigerantes com uma bebida que une os benefícios dasfibras aos sabores deliciosos e refrescantes de Cola eGuaraná, e ainda com baixas calorias. Com Fibz você temum jeito fácil e gostoso de adicionar fibras no seu dia adia. O consumo de 500ml do produto representa 25% daIDR (Ingestão Diária Recomendada). Além disso, é super-refrescante. Esse é o foco da nova comunicação damarca, agora mais moderna e inusitada. O refrigeranteestá disponível em embalagens pet de 500ml e 2 L, e,lata de 350ml.

BrasilKirin

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AVotorantim Cimentos acabade anunciar que sua novafábrica em Goiás, construídaem Edealina, a 150 km da

capital, está praticamente pronta parainiciar a operação, faltando pequenasobras de infraestrutura previstas para aspróximas semanas. A informação foitransmitida pelo gerente geral de proje-tos da Votorantim Cimentos, OlavoKaehler, durante visita do governadorem exercício, José Eliton, ao local danova unidade fabril.

A nova planta de Edealina faz partedo plano de expansão da VotorantimCimentos que consolida o maior inves-timento na história da empresa. São re-cursos da ordem de R$ 6 bilhões, noperíodo de 2007 a 2015, envolvendo aconstrução e ampliação de unidades fa-bris em todo o País.

Com a entrada em operação, a uni-dade goiana vai gerar 600 novos empre-gos, entre diretos e indiretos. A fábricaserá referência na indústria, empre-gando a melhor tecnologia de produ-ção, segurança do trabalho e respeito aomeio ambiente. O governador em exer-cício destacou a importância dos inves-timentos realizados pela VotorantimCimentos em Goiás enquanto mais umainiciativa que dinamiza a economia doEstado, com reforço na produção e ge-

ração de inúmeras oportunidades detrabalho.

Kaehler informou que a empresaterá, ao final deste ano, 37 fábricas de ci-mento no País, com destacada atuaçãoem todas as regiões. Segundo ele, essanova unidade faz parte do projeto daempresa para atender a demanda etambém a interiorização do consumo decimento no País.

“Contamos com a parceria do Es-tado de Goiás para que a operaçãopossa ter início ainda em 2015. Aindadependemos de obras de infraestrutura,

tais como a ligação de energia elétrica ea conclusão das estradas de acesso parao escoamento do produto. A parceria dogoverno do Estado é essencial para aviabilidade da operação”, explicouKaehler.

A nova fábrica vai produzir cimentoda marca Tocantins e vai abastecer osmercados de Goiás, Triângulo Mineiro,regiões Norte e Noroeste de São Paulo.

O gerente da empresa esclareceuque a Votorantim Cimentos tem a mis-são de contribuir com o desenvolvi-mento sustentável das comunidades

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NEGÓCIOS

Grupo Votorantim deve inaugurar fábricaem Edealina neste ano

NOVA UNIDADE CONSTRUÍDA EM EDEALINA, A 150 KM DE GOIÂNIA, VAI PRODUZIR 2 MILHÕES DE TONELADAS DE CIMENTO POR ANO E GERAR 600 VAGAS DE EMPREGOS DIRETOS E INDIRETOS

Pró-Industrial

Unidade da Votorantim Cimentos em Edealina está pronta para funcionar: vai gerar 600 novos empregos

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onde atua, e por isso, a empresa assumeo compromisso de priorizar o recruta-mento da mão-de-obra local, buscandoa sua capacitação.

Em Edealina, a empresa construiuuma nova Unidade Básica de Saúde(UBS) e entregou um aparelho de raiosX, um digitalizador de imagens, e umaparelho de ultrassom, instalados noHospital Municipal. A estrutura tem ca-pacidade para atender 80 pessoas pordia, em serviços de atenção básica comoconsultas médicas de clínica geral eodontologia, além de obstetrícia e pe-diatria. Em Edéia, a Votorantim Cimen-tos entregou uma Unidade Mista deSaúde (UMS), para a realização deconsultas médicas de clínica geral,odontologia, pediatria e atendimentopsicológico.

A Votorantim Cimentos desenvolvetambém outras iniciativas na região,como o Programa de Desenvolvimentode Fornecedores, realizado com o apoiodo Sebrae Goiás, com o objetivo de for-talecer os pequenos e médios empresá-rios da região. A empresa promove,ainda, o Programa de Formação deConselho Comunitário para o Desen-volvimento de Fornecedores, e o Pro-grama VIA, que tem como proposta

contribuir para a melhoria da qualidadede vida de crianças e adolescentes emsituação de vulnerabilidade e fortaleceras estruturas de gestão da área dacriança e do adolescente.

Presente no negócio de materiais deconstrução (cimento, concreto, agrega-dos e argamassas) desde 1933, a Voto-rantim é uma das maiores empresasglobais do setor, com capacidade produ-

tiva de cimento de 54,5 milhões de tone-ladas/ano. A Votorantim Cimentos pos-sui unidades estrategicamentelocalizadas próximas aos mais impor-tantes mercados consumidores em cres-cimento e está presente em 13 países,além do Brasil: Argentina, Bolívia, Ca-nadá, Chile, China, Espanha, EstadosUnidos, Índia, Marrocos, Peru, Tunísia,Turquia e Uruguai.

Nova unidade vai produzir cimento para Goiás, Triângulo Mineiro e parte do Estado de São Paulo

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REFLEXÃO CAPITALISTAANeste clássico sobre economia, liberdade e a relação entre esses dois conceitos, Milton e Rose Friedman ex-

plicam como nossa liberdade foi sendo corroída, e nossa riqueza, solapada por meio do surgimento crescente deleis, regulamentações e agências governamentais. Os autores examinam, cuidadosamente, como as boas intençõescom frequência produzem resultados deploráveis quando o governo assume o papel de intermediário.

HISTÓRIA DO FUTURO, POR MÍRIAM LEITÃOHistória do Futuro é um grandioso livro de reportagem em que a jornalista Míriam Leitão

mapeia o território do que está por vir com base em entrevistas, viagens, análises de dados edepoimentos de especialistas, depois de três anos de pesquisas. Ela aponta tendências que nãopodem ser ignoradas em áreas como meio ambiente e clima, demografia, educação, economia,política, saúde, energia, agricultura, tecnologia, cidades e mundo. E adianta que o futuro seráimplacável para os países que não se prepararem para ele.

PENSE FREAKMais um livro ousado da dupla de autores que desafia o senso comum, usando dados e informações

da maneira mais obje�va possível para resolver qualquer problema ou questão. Eles ensinam a pensar demaneira pouco convencional e a fazer as perguntas certas (e inesperadas) na hora de tomar decisões eanalisar qualquer assunto. Leitura essencial não apenas para os fãs dos autores, mas para quem queraprender o que significa pensar como um FREAK, tanto em questões simples como a melhor maneira debater pênal�s até como conseguir implementar as reformas mundiais mais complexas e importantes.

MUDAR PARA GANHAREm �me que está ganhando não se mexe, diz a máxima futebolís�ca. Só que não existem muitos �mes

ganhando atualmente. A maioria perde - e empatar pode até ser recebido como uma bênção dos céus. Oproblema é que muitos morrem de medo de mudar. E nesse grupo se incluem os empresários e execu�vos,principal público-alvo de Pat McLagan em 'Mudança é a Alma do Negócio'. McLagan conduz o leitor até apromessa de desafio e oportunidade oculta em cada mudança.

PARÁBOLAS DO REI SALOMÃO + NEGÓCIOS"Aquele que anda com os sábios, cresce sábio" - Provérbios, 13:20 Salomão é mais que só um

personagem da Bíblia - ele foi o homem mais rico que já exis�u. Como seria se pudesse nos ensinara fórmula diretamente? E como sua vida e sabedoria poderiam nos ajudar nos dias de hoje? OsSete Princípios de Salomão de Bruce Fleet, reúne conhecimento financeiro prá�co e atualizado asábias e inteligentes parábolas do rei Salomão, oferecendo conselhos e exemplos para uma vidade excelência, fartura e sucesso.

LEITURA EMPRESARIAL

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Pró-Industrial19

OPINIÃO

O risco da cegueiraprevidenciária

Trabalhar, trabalhar, trabalhare pagar imposto. Este será oeterno fim do setor produ-tivo brasileiro. Não adianta a

chiadeira individual ou as tímidasmanifestações coletivas quanto ao ri-dículo custo benefício dos tributos noBrasil e seu peso negativo na expan-são da economia, empresários e tra-balhadores estão fadados a contribuircada vez mais para sustentar umrombo fiscal que nos custará décadasou séculos de esforço quase inútil, poisnão resultará em investimentos nosserviços sociais básicos, como educa-ção, saúde e segurança, ou melhoria dainfraestrutura econômica.

O desajuste fiscal consolidado vaiexigir novos impostos, maiores alí-quotas e maior direcionamento dos re-cursos destinados a investimentospara cobrir rombos fiscais e progra-mas assistencialistas, criados mera-mente com objetivos políticoseleitorais. Apesar de menos debatido,o déficit previdenciário talvez seja omaior atraso fiscal do País e hoje omaior vilão das contas públicas brasi-leiras. É um verdadeiro tumor, quecresce silencioso, no centro de umaineficiente gestão fiscal. Só em 2015, ogoverno admite um déficit da Previ-dência Social de R$ 88 bilhões. De-talhe, a previsão era de R$ 72 bilhões.

É um buraco sem fundo. Por outrolado, mesmo pagando em sua maio-ria um benefício ao trabalhador insu-ficiente, que exige que ele trabalheexaustivamente mesmo depois deaposentado para sobreviver, o go-verno vai gastar quase meio trilhãoneste ano, chegando R$ 438 bilhões –mas tem previsão de arrecadar R$ 349bilhões.

Essa diferença previdenciária, so-

mada ao custo operacional e folha depagamentos do serviço público, trans-formam o contribuinte brasileiro emmeros enxugadores de gelo. Paga-seimposto, uma das maiores cargas tri-butárias do mundo, mas já se sabeque não terá retorno social e econô-mico.

Nos falta um diálogo nacionalsobre esse problema que consumirá oesforço de gerações, afetando direta-mente e travando o potencial econô-mico e, ao mesmo tempo, sempromover uma justiça previdenciáriaao trabalhador. Vai chegar um dia quetudo que trabalhadores e empresáriosproduzirem vai virar imposto e,mesmo assim, será insuficiente.

Esse dilema de pagar caro para tertão pouco está no centro do debateque exige um governante, um esta-dista, que seja transparente com seuPaís e proponha mudanças transfor-madoras. Continuar esse teatrinho defaz de conta previdenciário que os úl-timos governos encenaram, por merabusca de popularidade política eleito-ral, vai levar o País ao caos que vivehoje a Grécia.

A cegueira quanto a questão pre-videnciária nos levará à falência na-cional em uma ou duas décadas. Oua sociedade assume seriamente essedebate ou pagará caro, muito mais doque já paga hoje, em um tempo quenão está tão longe quanto se pensa, oupagaremos com milhões de empregose empresas por nossa completa omis-são previdenciária.

Se os políticos não querem tratarseriamente este tumor, a sociedadeprecisa tomar parte, reconhecer o des-ajuste, sacrificar e cortar na carne pararesolver um dos maiores problemasdo País atualmente.

É mais inteligente todos os ladosperderem um pouco enquanto aindatem cura do que todos perderemquase tudo em um tempo obscuroque está a se aproximar. Vamos acor-dar para o debate e, com menos des-apego setorial, entender o futuro doPaís. Olhemos um pouco mais para aGrécia para sentir o que nos espera seficarmos parados ou deixarmos todasdecisões do País nas mãos dos políti-cos. É uma tragédia anunciada.

Se ficar a responsabilidade de so-lucionar este problema apenas nasmãos do Poder Executivo ou doCongresso, estaremos construindonossa ruína como nação. São poderesque não mostram comprometimentocom o futuro, pesam apenas questõespolíticas eleitorais e jogam apenaspela manutenção no poder.

Para salvar a Previdência Socialbrasileira teremos um peso maior porduas ou três gerações. É uma verdadecara, pois todos esperam benefício enão sacrifício. Foram décadas de errosque não podem persistir e que umahora alguém pagará a conta. É melhordividi-la agora com todos e parcelá-lapor 40 ou 50 anos do que quebrar oPaís em uma ou duas décadas. É duraa realidade mas o modelo atual é fa-lido. Não podemos mais cobrar ape-nas soluções setoriais, mas aceitarmosum debate franco, focado no cresci-mento econômico como solução - foiassim que a solução chegou para ou-tros países. Precisamos achar o nossocaminho, e não ficar tão cegos quantoestivemos para este problema na úl-tima década. Temos de ser tambémparte da solução.

por Cesar Helou

Cesar Helou é empresário e presidente da ADIAL

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