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1 Jornal AENFER ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS FERROVIÁRIOS ANO XIV - Nº 133 - janeiro/fevereiro de 2010 JORNAL IMPRESSO Sede: Av. Presidente Vargas, 1.733 - 6º andar - CEP 20210-030 - Rio de Janeiro/RJ - www.aenfer.com.br IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO Nº 9912199251/2008 DR RJ AENFER CORREIOS Aenfer e Faef encaminham carta ao governo para corrigir injustiças na aposentadoria dos ferroviários Concessões de complementação de aposentadoria são feitas por meio de portarias e publicadas no Diário Oficial da União, sendo que nas portarias publicadas no final do ano passado e início deste, os valores ali contemplados são significativamente menores dos que os ferroviários requerentes recebem em atividade. Páginas 6, 7, 8 e 9 A Diretoria da AENFER, preocupada com os nefas- tos desdobramentos que poderão advir para os par- ticipantes da Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social - REFER, na eventualidade de algumas patrocinadoras não honrarem suas dívi- das, cujos valores são vul- tosos e que há anos não vem sendo pagas a nossa Fundação, houve por bem Entrevista com o diretor financeiro da REFER, Carlos Moulin convidar a direção da REFER para uma reunião em nosso Auditório, com o objetivo de acompanhar as providências que estão sendo tomadas no sentido do equacionamento e cobrança das mencionadas dívidas, bem como, esclarecer dúvidas do quadro associativo, principalmente sobre esta situação, a qual tem gerado grande preocupa- ção no seio da classe ferrovi- ária. Páginas 4 e 5

Aenfer e Faef encaminham carta ao governo para corrigir ...ferrovias.com.br/portal/wp-content/uploads/2011/05/JA133.pdf · trada de Ferro Central do Brasil como auxiliar de escritório

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1Jornal AENFER

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS FERROVIÁRIOS

ANO XIV - Nº 133 - janeiro/fevereiro de 2010

JORNAL

IMP

RE

SS

O

Sede: Av. Presidente Vargas, 1.733 - 6º andar - CEP 20210-030 - Rio de Janeiro/RJ - www.aenfer.com.br

IMPRESSO ESPECIALCONTRATO

Nº 9912199251/2008DR RJ

AENFERCORREIOS

Aenfer e Faef encaminhamcarta ao governo para corrigirinjustiças na aposentadoriados ferroviáriosConcessões de complementação de aposentadoria são feitas por meio de portarias epublicadas no Diário Oficial da União, sendo que nas portarias publicadas no final do anopassado e início deste, os valores ali contemplados são significativamente menores dos queos ferroviários requerentes recebem em atividade. Páginas 6, 7, 8 e 9

A Diretoria da AENFER,preocupada com os nefas-tos desdobramentos quepoderão advir para os par-ticipantes da FundaçãoRede Ferroviária deSeguridade Social -REFER, na eventualidadede algumas patrocinadorasnão honrarem suas dívi-das, cujos valores são vul-tosos e que há anos nãovem sendo pagas a nossaFundação, houve por bem

Entrevista com o diretor financeiro daREFER, Carlos Moulin

convidar a direção da REFERpara uma reunião em nossoAuditório, com o objetivo deacompanhar as providênciasque estão sendo tomadas nosentido do equacionamento ecobrança das mencionadasdívidas, bem como, esclarecerdúvidas do quadroassociativo, principalmentesobre esta situação, a qualtem gerado grande preocupa-ção no seio da classe ferrovi-ária. Páginas 4 e 5

2 Jornal AENFER

DIRETORIA:PresidenteClarice Maria de Aquino SoraggiVice-PresidenteWanderley Malta SilvaDiretora AdministrativoIsabel Cristina Junqueira de AndréaDiretor FinanceiroLuiz Lourenço de OliveiraDiretor de PatrimônioJorge RibeiroDiretor TécnicoAntônio Gonçalves Marques FilhoDir. Cultural e de Preservação da MemóriaFerroviáriaRubem Eduardo LadeiraDiretor de Divulgação e MercadoPedro Paulo Thobias Ferreira dos SantosDiretor de Produtos e ServiçosJosé Roberto Martins PataroDiretora de Acompanhamento JudicialMaria da Penha ArlottaDir.de Assistência aos AposentadosHeloísa Dalmacio RomaDiretora SocialTelma Regina Jorge da SilvaConselho EditorialPedro Paulo Thobias Ferreira dos Santos(presidente), Antônio Gonçalves MarquesFi lho, Fernando José Alvarenga deAlbuquerque, Maria da Penha Arlotta e LuizFernando Aguiar.

Jornal de Circulação Mensal:Editado pela AENFERJornalista Responsável:Silmara Reis - Reg. Prof. 604 DRT/SEDiagramação: João Luiz DiasFotografia: AENFERImpressão: Folha DirigidaTiragem: 2.000 exemplares

Sede: Av. Presidente Vargas, 1.7336º andar - CEP 20210-030Telefax.: (21) 2221-0350 / 2222-1404 /2509-0558 - www.aenfer.com.bre-mail: [email protected]

ÍNDICE

JORNJORNJORNJORNJORNALALALALAL

2 editorial

3 palavra da presidentebate-papo

4 entrevista

5 trem jeito

6 a 9 primeira página

10 em focodia a dia

11 opiniãopela imprensa

12 eventos

editorial

O Jornal Aenfer divulga letra epartitura do Hino aos Ferroviários, dosmúsicos Bernardo Luiz Barreto e CarlosGuimarães, ambos ferroviários.

A composição, feita em 1982, é umpresente a todos os ferroviários.

“Quero que os ferroviários cantemcom muito amor e carinho”, disseBernardo Barreto, emocionado porsaber que hoje o hino é cantado emfestas na Câmara dos Deputados nodia do ferroviário, comemorado no dia30 de abril e em várias solenidades emtodo o canto do país.

Barreto lembra que naquela épocao hino começou a ser tocado pelasbandas de música na Gare da Centraldo Brasil e nas paradas de 7 desetembro. Com o tempo, foiconquistando o público eprincipalmente a classe ferroviária.Conhecendo os autores

Bernardo Luiz Barreto é baiano ecomeçou sua carreira em 1950 na Es-trada de Ferro Central do Brasil comoauxiliar de escritório. Trabalhou no de-partamento de Comunicação Social naRFFSA. Colaborava nas solenidadesda Associação dos Engenheiros daCentral do Brasil e nas organizaçõesdas festas. Barreto trabalhou ao ladodo engenheiro Carlos Guimarães e pre-sidente da UBT - União Brasileira de

Todos de pé, FERROVIÁRIOS,para afirmar nossa união,dos escritórios aos operários,do Movimento e da Tração.

Nossa bandeira levando avante,de Leste a Oeste, de Sul a Norte,nosso BRASIL � que é gigante �com nossa luta, tornar mais forte!

Trilhos de aço vão paralelosa toda parte, como a dizer,que, no trabalho, somos os elosde uma corrente, sempre a crescer...

Sempre a crescer, fraternalmente,unindo em bloco setores váriose demonstrando, a toda gente,nossa união � FERROVIÁRIOS!

HINO AOS FERROVIÁRIOS

Trovadores. A música uniu os dois co-legas que juntos compuseram o Hinoaos Ferroviários. Barreto é sócio titularda União Brasileira de Compositores etem 27 músicas gravadas, dentre elaso bolero Beijo por beijo e Eu não voltoa palavra atrás, sucesso absoluto nocarnaval de 1957.

Aposentado há 22 anos, Barretodedicou seu ofício à ferrovia durante37 anos, 7 meses e 12 dias. E garanteque nunca faltou ao seu trabalho. Hoje,ele vê com grande tristeza a extinçãoda RFFSA.

Hino aos FerroviáriosQuem deve pagar por isso?

Nos primeiros dias deste anomuitos dos problemas técnicosprevistos para os serviços concedidosocorreram no Estado do Rio,desagradando à população e, num casoespecial, chegando a colocar em riscoa vida dos usuários.

Preocupante é a falta de fiscalizaçãopor parte de alguns setores do poderconcedente e a defesa por outros,deixando os usuários que pagam edependem dos sistemas revoltados eindefesos.

Para os clientes as regras sãoclaras:

1. Quem não paga, não utiliza oserviço;

2. Se pagar fora do prazo é multado,podendo ser suspenso o fornecimento.

Porém, as concessionárias podemprovocar prejuízos imensuráveisquando, por exemplo:

- Um trem suburbano não chega aodestino, devido à outra composiçãopercorrer alguns quilômetros semcontrole, danificando parte da via egerando um caos para a população.- Perde-se aleatoriamente algumequipamento devido à variação detensão no fornecimento de energiaelétrica pela concessionária. Contrata-se o serviço de um profissional com umpagamento diário e a concessionária deenergia deixa o usuário dias no escuro,causando prejuízo no orçamentoprevisto para obra.- Viaja-se em carros do metrôsuperlotados e sem ventilação,provocando desgaste físico eemocional, vindo a prejudicar orendimento nas atividades diárias.- Barcas ficam à deriva na baía deGuanabara, provocando pânico nospassageiros que dependem destemodal.

Excelentíssimas Autoridades, apopulação pergunta: quem deveressarci-la por tudo isto provocadopelos serviços públicos malconcedidos?

Um novo tempo está bem próximoe sabemos que a resposta nascerá dopróprio povo.

Charge de �Sergio Murilo Ramos de Paiva & José Antônio Duba�.

3Jornal AENFER

Prezados Associados(as) ,

Em primeiro lugar quero desejara todos um ano de 2010 repletode coisas boas, muita saúde,muito trabalho e sucesso paratodos nós.Tenho um comunicado muito

importante a fazer a todos.Diante dos últimos acontecimentos queprovavelmente os senhores já tomaramconhecimento através de emails, dasPublicações de DOUs contendo as novasConcessões da nossa complementação.

Tenho a informar os seguintes passos adotados pelaAENFER / FAEF e os que deveremos desenvolverposteriormente a fim de que possamos mais uma vezapagar definitivamente este incêndio.Os passos foram:1 - Ao tomarmos conhecimento do grave fato, em 11/01/2010, através do DOU, solicitamos uma avaliaçãodo corpo jurídico que nos acompanha e da Diretoriade Acompanhamento Judicial da AENFER.2 - Reunimos com o Presidente da FNTF, MinistroHelio Regato, em 13/01/2010, e nos comprometemosa atuar em parceria.3 - Realizamos uma reunião na AENFER com aDiretoria e o Conselho Deliberativo para traçarmosestratégias a serem implementadas.4 – No dia 19/01/10 a FNTF emitiu uma minuta decarta a ser encaminhada ao Presidente LULA(OFICIO N° 006/2010 – FNTF – CIRCULAR 03)que foi divulgada na internet.5 - No dia 19/01/10 às 12h tomamos conhecimentoda visita do Presidente LULA a Juiz de Fora / MG econfeccionamos uma Carta FAEF, com algumasinformações da correspondência (006/2010 FNTF) e

dados da AENFER / FAEF e entregamos aoPresidente LULA em mãos, e a nossa Comitivaconseguiu que o mesmo lesse o pleito. (Leia maisnas páginas 6 a 9).6 - Confeccionamos um documento técnico quedeverá ser a nossa bandeira. (MATÉRIA CENTRALDO JORNAL).7 - Vamos pedir o apoio de outras Federações eConfederações.8 - Solicito que os colegas, juntamente com o seucírculo de relações políticas, desenvolvam a correntecom o Documento Final, para que possamosfortalecer o nosso movimento.9 – Os emails são os seguintes:

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTESI)Ministro: ALFREDO NASCIMENTOEmail: [email protected]) Secretário Executivo – SE: PAULO SERGIOOLIVEIRA PASSOSEmail: [email protected]) Assessor da SE: CLODOALDO PINTO FILHOEmail: [email protected]) Consultoria Jurídica – CONJUR: YOLANDACORRÊA PERREIRAEmail: [email protected]

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTOE GESTÃO – MPOGI) Ministro: PAULO BERNARDO SILVAEmail: [email protected]) Chefe de Gabinete: GENILDO LINSALBUQUERQUE NETOEmail: [email protected]) Secretário Executivo – SE: JOÃO BERNARDO

DE AZEVEDO BRINGELEmail: [email protected]) Secretário Executivo Adjunto: FRANCISCOGAETANIEmail: [email protected]) Chefe de Gabinete: JORGE FELIPE DA CALEmail: [email protected]) Assessora da SE: MIRIAM MARA MIRANDAEmail: [email protected]) DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DEPESSOAL DE ÓRGÃOS EXTINTOS – DERAP:UBIRACI RAPOSOEmail: [email protected]) Consultoria Jurídica – CONJUR : WILSON DECASTRO JUNIOREmail: [email protected]) Consultora Jurídica Adjunta: KARINE ANDREAELOY BARBOSAEmail: [email protected]

Infelizmente, a minha Palavra não poderia ser outraa não ser a indignação de ver como estão sendotratados os assuntos relacionados aos ferroviários,nossas coirmãs estão na luta e a nossa AENFERnão descansará até que sejam restabelecidosnossos direitos.

Um forte abraço a todos e um 2010 repleto derealizações.

Saudações FerroviáriasClarice Soraggi

Presidente da AENFERPresidente da FAEF

bate-papo

ENTRAR NOS TRILHOSSempre que algo está mal encaminhando se re-

comenda a necessidade de “entrar nos trilhos”.Quando se trata de transportes nem sempre os tri-lhos são recomendáveis, mas muitas vezesse tornam indispensáveis para atender a demandaem importantes corredores de tráfego. No caso dotransporte de passageiros nos grandes centros ur-banos os trens surgiram muito antes dos veículosautomotores. Depois de inaugurarem a primeira es-trada de ferro em 1825, os ingleses colocaram emoperação o primeiro trecho subterrâneo do metrôlondrino, em 1863, com tração a vapor pois aindanão se dispunha de energia elétrica. Para não into-xicar os passageiros dentro do túnel havia um va-gão destinado a coletar os gases expelidos pela lo-comotiva. É importante salientar que o termo “me-trô” é uma abreviação da palavra metropolitano e, por ser subterrâneo, os ingleses o chamavam desubway. Hoje, mais de uma centena de cidades emtodos os continentes são servidas por metrôs comtração elétrica. Como devem ser completamentesegregados por questões de segurança e

confiabil idade, os metrôs são predomi-nantemente subterrâneos. Quando em superfície, exigem a construção de muros altos, viadutos, pas-sarelas, trincheiras ou vias elevadas que agridem apaisagem urbana e dividem a cidade e, quando emáreas densamente ocupadas, a segregação exigeonerosas desapropriações. O tráfego de superfícieestá cada vez mais congestionado devido ao cres-cente número de veículos automotores sobre pneus,sobretudo automóveis. Curitiba foi a primeira cida-de a se preocupar, há mais de quatro décadas, coma racionalização do trânsito e priorização do trans-porte coletivo. Nos corredores estruturais com mai-or demanda de tráfego passaram a circular os ôni-bus biarticulados em canaletas exclusivas com es-tações-tubo que permitem o pré-pagamento dapassagem e o rápido embarque e desembarque dospassageiros, tal como ocorre no metrô. Reconhe-cido internacionalmente, o sistema com a sigla in-glesa de BRT (ônibus de trânsito rápido), passoua ser implantado em mais de 80 cidades de váriospaíses. Por não ser inteiramente segregado, o BRTtem baixa velocidade média e deve ser entendidocomo um sistema de média capacidade. É um exa-gero afirmar que “a solução do transporte públicoestá na superfície”. Não é à toa que o metrô deSão Paulo, apesar de contar com apenas pouco

mais de 60 quilômetros de linhas em operaçãotransporta por dia mais passageiros que todos osmais de dois mil ônibus que operam na RegiãoMetropolitana de Curitiba. Por todo o exposto, con-sidero acertada a decisão de se iniciar a constru-ção da primeira linha metroviária sob a canaletaexclusiva do corredor estrutural que corta a capitalparanaense de Norte a Sul. Parece não haver dú-vida que Curitiba encontrou a hora certa para co-meçar a entrar nos trilhos.

Renê Fernandes Schoppa, autor do livro“150 anos do trem no Brasil”.

[email protected]

4 Jornal AENFER

A Diretoria da AENFER, preocupada com os nefastosdesdobramentos que poderão advir para osparticipantes da Fundação Rede Ferroviária deSeguridade Social - REFER, na eventualidade dealgumas patrocinadoras não honrarem suas dívidas,cujos valores são vultosos e que há anos não vemsendo pagas a nossa Fundação, houve por bemconvidar a direção da REFER para uma reunião emnosso Auditório, com o objetivo de acompanhar asprovidências que estão sendo tomadas no sentidodo equacionamento e cobrança das mencionadasdívidas, bem como, esclarecer dúvidas do quadroassociativo, principalmente sobre esta situação, a qualtem gerado grande preocupação no seio da classeferroviária.A REFER aceitou, de pronto, o nosso convite e sefez representar pelo seu atual diretor financeiro,Carlos Moulin, que forneceu dados importantes eprestou informações bastante esclarecedoras aospresentes.Além disso, também, concedeu ao JORNAL AENFER,a seguinte entrevista:

Qual a situação da dívida das patrocinadoras coma Refer?Carlos Moulin - As dívidas das PatrocinadorasRFFSA, CBTU e METRÔ com a Fundação REFER,montam na ordem de R$ 1,5 bilhões, referentes àfalta de pagamento dos compromissoscontratualmente assumidos, derivados, de formageral, de reserva a amortizar, mudança do Plano deBenefício, redução do percentual de contribuição ereflexos da redução da base contributiva da Lei nº8.020/90.A Diretoria e Conselhos Deliberativo e Fiscal da Refertêm concentrado todos os esforços no sentido degarantir o recebimento destes créditos necessários àestabilidade financeira da Fundação.

Abaixo a posição de cada Patrocinadora:

- Plano Metrô/RJ:A Refer e a RIOTRILHOS, sucessora do Metrô/RJ,com a interveniência do Governo do Estado do Riode Janeiro, assinaram, em 16 de novembro de 2009,Instrumento Particular de Direitos e Obrigações. Odocumento, além de repactuar a dívida contratada, éum Convênio de Adesão em que a RIOTRILHOSassume todos os compromissos como Patrocinadorado plano dos metroviários.Desde então, novembro/2009, o Metrô/RioTrilhos vem

honrando seus compromissos repactuados,garantindo a saúde financeira e atuarial do Plano. A assinatura do Instrumento foi resultado de esforçoscontínuos entre a Diretoria da Refer e o Governo doEstado do Rio, que, agora, torna o Plano dosMetroviários equilibrado proporcionando tranquilidadequanto à capitalização dos investimentos e àmanutenção do pagamento dos benefícios aos seusparticipantes.

- Plano RFFSACom a extinção da RFFSA e o início do processo deinventariança, em conformidade com a Lei nº 11.483/2007 e com o Decreto nº 6.018/2007, a dívida daRFFSA foi assumida pela União, cabendo à Secretariado Tesouro Nacional a responsabilidade pelocumprimento da obrigação, com a devidamanifestação da Controladoria Geral da União /Secretaria Federal de Controle – CGU/SFC.Em decorrência, o Processo Administrativo daassunção da respectiva dívida foi encaminhado pelaInventariança da RFFSA à CGU/SFC, em 27/11/2007.Desde então, há dois anos, o processo encontra-sesob análise daquela Secretaria para emissão de NotaTécnica sobre a exatidão da dívida.A Refer intensificou gestão junto à SFC/CGU, comdiversas tratativas, esclarecimentos, informações,envio de dados e documentos, juntamente com aRFFSA, de forma a dirimir e subsidiar aquelaSecretaria. Com isso, nos últimos meses, o processofoi agilizado de forma satisfatória mais que os últimosanos.Recentemente foi concluído a Nota Técnica da SFC/CGU, cujo resultado foi pela atestação da “certeza eliquidez da dívida da extinta RFFSA para com aREFER”, recomendando, entretanto, realização denovos cálculos atuariais para confirmação do valoratualizado pela Extinta RFFSA.O equacionamento junto à Secretaria do TesouroNacional para entrada desses recursos, numcronograma a ser definido, garantirá a estabilidadefinanceira da Fundação, indispensável aocumprimento dos seus compromissos com osparticipantes do Plano RFFSA.

- Plano CBTUPor intermédio da Portaria Interministerial nº 17, de30/01/2009, publicada em 03/02/2009, foi instituídoGrupo de Trabalho com o objetivo de identificar aorigem e o exato valor da dívida da CompanhiaBrasileira de Trens Urbanos (CBTU) para com a Refer.Entretanto, o Processo da dívida da CBTU retornoua CGU/SFC para ratificar a auditoria realizada pelaprópria CGU, em 13/12/2000. Da mesma forma decondução no Processo da RFFSA, a Diretoria daRefer buscou junto à CGU a conclusão dos trabalhos,o que culminou com a recém Nota Técnica nº 2653/DIURB/DI/SFC/CGU-PR, encaminhada, em 11/11/2009, ao Grupo de Trabalho Interministerial, paraconclusão dos seus trabalhos.Assim, o Grupo de Trabalho tem condições paraconcluir seu Relatório e solucionar, por vez, oProcesso da Dívida da CBTU, a qual atinge, além doPlano CBTU, os Planos CTPM, Central, Metrofor e

CTS, por conta das descentralizações dos sistemasde trens urbanos. A Refer vem envidando todos osesforços junto ao Grupo para dar celeridade aoprocesso.

2. O que pode ser feito para resolver a questão dopagamento das referidas dívidas?Carlos Moulin - Na esfera administrativa, a Diretoriada Fundação e os dirigentes das patrocinadoras jáprestaram todas as informações aos Órgãos Federaispara conclusão de seus trabalhos, tendo comoresultado a liberação do Parecer pela CGU da dívidada CBTU e da RFFSA.Na esfera judicial, por força da legislação, a Referajuizou Ações de Execução em desfavor dasPatrocinadoras para o cumprimento das obrigaçõescontratuais assumidas e não honradas, as quaisencontram-se em andamento com posição favorávelà Refer, por se tratar de título de crédito líquido, certoe exequível, preenchendo todos os requisitos legaisaplicáveis à espécie.

3. De que forma as associações e entidades declasse poderiam colaborar com a Refer?Carlos Moulin - Na esfera política, as entidades declasse do setor ferroviário já têm colaborado muitocom a Fundação, buscando sensibilizar asautoridades políticas para que os valores das dívidassejam incluídos no Orçamento da União, condiçãonecessária para a efetivação do pagamento dasdívidas.Assim, o trabalho exercido pelas entidades de classeé de suma importância para demonstrar ao GovernoFederal, em especial ao Ministério do Planejamento,Ministério dos Transportes, Ministério da Fazenda,da necessidade de solução imediata das dívidas, quese arrastam há nove anos, por se tratar de verbaalimentícia, que aflige a milhares de trabalhadoresferroviários e metroviários, que dependem de seuslegítimos benefícios para o sustento de seusfamiliares.

4. Após as respostas aos requerimentos deinformação que os parlamentares enviaram paraos Ministérios envolvidos e a CGU, qual será apróxima ação a ser desenvolvida pela Refer?Carlos Moulin - Além das questões já esclarecidasquanto à posição das dívidas, temos conhecimentoque haverá uma Audiência Pública no CongressoNacional, em que todas as Autoridades envolvidasserão convidadas para que o assunto seja debatidovisando a uma solução definitiva. 5. Se as patrocinadoras não honrarem seuscompromissos, quais serão as conseqüênciasimediatas para os participantes?Carlos Moulin - Atualmente, sem considerar asdívidas, a Refer possui recursos garantidores de R$2,5 bilhões de ativos investidos, o qual é segregadopelos oito Planos existentes (RFFSA, CBTU, CPTM,METRÔ/RJ, CENTRAL, METROFOR, CTS eREFER), que têm seus fluxos de caixa específicos.Entretanto, há necessidade do recebimento imediatodas dívidas, visando a sua correta aplicação, gerando

Entrevista com o diretor financeiro da REFER, Carlos Moulin

5Jornal AENFER

maior rentabilidade, ampliando o patrimônio egarantindo total segurança aos participantes quantoaos pagamentos dos benefícios futuros.

6. Até quando a Refer tem lastro financeiro parasuportar as inadimplências?Carlos Moulin - A Refer realiza suas projeçõesfinanceiras para que possa compatibilizar asaplicações de seus ativos com os pagamentos dosbenefícios, bem como para gerir seu caixa de formaa antever problemas de liquidez. Com isso, osparticipantes não correm riscos de ficarem sem seusbenefícios até o recebimento da dívida.Entretanto, não podemos nos distanciar da questãodo recebimento das dívidas, num futuro próximo, paraa total garantia aos participantes quanto aosrecebimentos de seus benefícios no longo prazo.

7. Quais são as medidas que estão sendo tomadaspela Diretoria da Refer para fortalecer a Fundação,objetivando garantir benefício digno para seusparticipantes?Carlos Moulin - A Refer tem buscado aplicar seusrecursos de forma transparente e segura que garantarentabilidade acima da meta atuarial (INPC + 6% aa)e, conseqüentemente, aumento do patrimônio daFundação.Recentemente, a Fundação aprovou sua Política deInvestimentos, com base na recém Resolução doConselho Monetário Nacional – CMN nº 3.792, de24/09/2009, que dispõe sobre as diretrizes deaplicação dos recursos garantidores dos planos de

benefícios administrados pelas Entidades Fechadasde Previdência Complementar.Com base nessa Política, temos obtido ótimosresultados em todos os segmentos de aplicação:renda fixa, renda variável, estruturados e imóveis,alcançando rentabilidade bem acima da meta atuarial.

8. Como estão sendo aplicados os recursos daRefer?Carlos Moulin - Como dito, as aplicações sãorealizadas com base na Política de Investimentosaprovada por um Comitê Diretor de Investimentos(CDI), pela Diretoria Executiva e pelo ConselhoDeliberativo.Os investimentos da Fundação estão aplicados daseguinte forma: Cerca de 71% estão alocados emrenda fixa, sendo a maior parte em títulos do GovernoFederal; cerca de 16% estão aplicados em ações deprimeira linha, tendo como benchmark o IBr-X 50;cerca de 11% no segmento imobiliário, com ênfasenos Shoppings Centers e 2% no segmento deempréstimos aos participantes.

9. Qual a situação da carteira imobiliária?Carlos Moulin - A rentabilidade do segmentoimobiliário vem crescendo a cada mês, em razão deuma forte gestão com vistas ao enquadramento legalpermitido e à redução da vacância e inadimplênciados imóveis locados a terceiros.Recentemente, a Refer vendeu os terrenos que, alémde gerar despesas sem qualquer rentabilidade, nãoé permitido, de acordo com a legislação em vigor, a

Fundação possuir terrenos em seu segmento deimóveis.Com uma forte gestão da Refer a vacância foieliminada e a inadimplência dos imóveis locados aterceiros foi reduzida a níveis próximos de zero.Foram aperfeiçoados os controles junto àsAdministradoras dos Shoppings Centers gerandouma recuperação de receita acima de R$ 8 milhões,proporcionando uma receita mensal líquida superiora R$ 2 milhões.

10. Como está o andamento da ação judicial quea Refer moveu a fim de recuperar as perdas dosplanos?Carlos Moulin - A Refer, com intuito de minimizaros prejuízos suportados pelas inúmeras demandassobre os Planos Econômicos, ingressou com açõescontra as Instituições Financeiras cobrando areposição dos expurgos inflacionários. Estas açõesestão em trâmite no Tribunal de Justiça do Rio deJaneiro e encontram-se na fase de conhecimento.Finalizando, gostaria de transmitir aos colegas daAenfer, a certeza de que junto aos demais Diretorese Conselheiros, estaremos atentos na condução dosdestinos da Fundação e empenhados em suarecuperação financeira e atuarial, garantindo, assim,a sustentabilidade dos Planos de Benefícios, bemcomo o reposicionamento da Fundação ao lugar quejá esteve, dentro do sistema previdenciáriocomplementar.

Um forte abraços a todos, do ferroviário Moulin

uando da escolha do Rio como cidadesede dos Jogos Olímpicos eParaolímpicos de 2016, os governosfederal, estadual e municipal anuncia-ram, baseados no projeto apresentado

O Diretor doDepartamento deR e l a ç õ e sInstitucionais doMinistério dosT r a n s p o r t e s ,Afonso Carneiro Filho, informou que foi reiniciada avolta dos trens de passageiros no Brasil, com a re-tomada do Projeto Trens Regionais, com a publica-ção da Portaria nº. 260 do MT no DOU de 11/12/2009, para a realização dos estudos de viabilidadenos trechos de Caxias do Sul a Bento Gonçalves noEstado do Rio Grande do Sul e entre Londrina eMaringá no Estado do Paraná.

Esses dois trechos são parte de um total de 14trechos pré-selecionados pelo MT, sendo eles:

SE São Cristóvão – Aracaju - LaranjeirasPR Londrina - MaringáRS Bento Gonçalves - Caxias do SulPE Recife - CaruaruRJ Campos - MacaéMG Belo Horizonte - Ouro Preto / Cons. LafaieteSC Itajaí – Blumenau - Rio do SulRS Pelotas - Rio GrandeSP Campinas - AraraquaraRJ Santa Cruz - MangaratibaMG Bocaiúva - Montes Claros - JanaúbaSP São Paulo - ItapetiningaBA Conceição da Feira - Salvador - AlagoinhasMA/PI Codó - Teresina

trem jeito Transportes e a Rio - 2016

Qao Comitê Olímpico Internacional, a implantação detrês corredores de transporte utilizando ônibus arti-culados em faixas segregadas, semelhantes aosde Curitiba (BRT’s - Bus Rapid Transit), ligando aPenha à Barra da Tijuca (corredor T-5); Deodoro àBarra (ligação C) e Barra à Guaratiba (Transoeste).

Como não havia sido prevista nenhuma liga-ção da Barra, principal local de concentração dasinstalações esportivas e da Vila Olímpica com oaeroporto Tom Jobim, porta de entrada das dele-gações estrangeiras e de turistas ao Rio de Janei-ro, recentemente o governo federal anunciou a li-beração de R$1,1 bilhão para fazer com que ocorredor T-5, rebatizado como Transcarioca, sejaestendido até o Tom Jobim.

Agora no início do ano, ao invés de pensaremem soluções mais condizentes com o novo con-texto econômico-social-ambiental, visando àsustentabilidade que se deve ter em qualquerempreendimento, sobretudo desse porte, os go-vernos voltaram a discutir a duplicação da Aveni-da Niemeyer e da Autoestrada Lagoa-Barra es-quecendo-se, talvez, que essa opção certamente

implicará num aumento do número de veículos quecircularão por aquelas vias, ajudando a congesti-onar ainda mais o trânsito na Barra da Tijuca e naZona Sul, com o conseqüente aumento dos en-garrafamentos e da poluição atmosférica.

Salta aos olhos que a opção por metrôs e VLT’sé, a médio e longo prazos, muito mais adequadasob qualquer ponto de vista, ainda mais quandose leva em conta que o prefeito Eduardo Paes lan-çou, em 27 de novembro de 2009, uma “PolíticaMunicipal de Mudanças Climáticas”, em que pre-tende reduzir em 8% a emissão de gasespoluentes até o ano de 2012 e de 16% para 2016.Essas reduções serão facilmente alcançadas e atésuperadas, com a adoção do transporte sobre tri-lhos ao invés do sobre pneus.

Esperamos que o bom senso ilumine as cons-ciências de nossos governantes e que as solu-ções que venham a ser adotadas, não apenas paraos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos mas, princi-palmente, para que fiquem de legado para os ci-dadãos que moram ou circulam diariamente pelacidade do Rio de Janeiro, sejam as que garantamuma melhor qualidade de vida para todos e querealmente atendam as nossas necessidades detransporte rápido e ambientalmente limpo.

Fernando AlbuquerqueConselheiro da Aenfer

6 Jornal AENFER

Exmo. Sr.LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAD.D. Presidente da República Federativa do BrasilJuiz de Fora – Minas Gerais

Prezado Presidente,

Levamos ao conhecimento de V. Exa., a seguir o que está ocorrendo com osferroviários que, ao final do ano passado e início deste, estão requerendo,junto ao DERAP / Ministério do Planejamento, complementação deaposentadoria à conta da União, conforme disposto pelas Leis 8.186/91 e10.478/02.

Devemos recordar que ainda na época em que o titular do DERAP era o Sr.CLEURI VALTER DE ARAÚJO, houve a tentativa, por parte daqueleDepartamento, de regulamentar as Leis da Complementação, pois noentendimento do órgão a complementação só deveria contemplar o salárioefetivo e os anuênios. Felizmente, após as manifestações contrárias dosórgãos de classe, parlamentares, juristas, entre outros, a proposta foiabandonada, prevalecendo o entendimento de que as Leis eram autoaplicáveis.

No entanto, já na nova administração do DERAP, comandada pelo Sr.UBIRACI RAPOSO, assessorado pelo Sr. ANTONIO DE PÁDUA CASELA eSra. LENITA DE FREITAS CAPANEMA, em que as concessões decomplementação de aposentadoria são feitas por meio de portarias epublicadas no Diário Oficial da União, verificamos que nas portariaspublicadas no final do ano passado e início deste, os valores ali contempladossão significativamente menores dos que os ferroviários requerentes recebemem atividade.

Cumpre a observar que o procedimento adotado é o destinado a funcionáriopúblico ou estatutário, o que esclarecemos não ser apropriado uma vez quedesde 1957, com a criação da Rede |Ferroviária Federal S.A – RFFSA, ou seja,53 anos já passados não foi admitido nenhum trabalhador que não fosse peloregime da CLT, até por se tratar de uma S.A., a lei não permitiria que fosse deoutra forma.

Ao examinarmos detidamente os casos, constatamos que só estão contempladosna complementação, o salário efetivo e os anuênios.

E mais, o valor final é submetido à proporcionalidade em relação ao tempode contribuição na Previdência, isto é, se o tempo de contribuição doferroviário aposentado for de 33 anos, sua complementação esta sendoconcedida na proporcionalidade de 33/35 do salário efetivo, acrescido dovalor dos anuênios.

Além disso, o início do gozo da complementação se dá a partir do mês em quefoi requerida e não mais a partir de quando se fazia jus ao direito, ou seja, apósa aposentadoria previdenciária, conforme o art 4° da Lei Nº 8.186 / 91, ondeeste princípio se encontra implícito.

Vale esclarecer que a complementação de aposentadoria do ferroviário é umaobrigação legal que remonta a mais de 69 anos e não um benefício previdenciário.

O Art. 2º da Lei Nº 8.186/91, estabelece que “... a complementação daaposentadoria devida pela União é constituída pela diferença entre o valor daaposentadoria paga pelo INSS e o da remuneração do cargo correspondenteao do pessoal em atividade...”. No seu Parágrafo Único cita que oreajustamento da complementação se dará nos mesmos prazos e condiçõesem que for reajustado o ferroviário em atividade, “de forma assegurar apermanente igualdade entre eles.”

Sem dúvida alguma, fica evidente que o objetivo da complementação é o deque o ferroviário ao se aposentar não sofra qualquer perda em sua remuneração.Esse é o principio que norteou a Lei e que tem que ser respeitado.

Examinando os Arts 457 e 458 do Decreto Lei Nº. 5.452/43 (CLT), que dispõemsobre a remuneração, fica patente a arbitrariedade cometida, independente dequalquer interpretação legal que queira se fazer, em razão do que estabelece o §1º do Art. 457 que cita: “integram o salário não só a importância fixa estipulada,como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias paraviagens e abonos pagos pelo empregador”, conjugado com o art 214 do, conjugadocom o art 214 do Regime Geral da Previdência Social – RPS.

Todos esses casos e os demais que virão, em que para efeito do cálculo dacomplementação, o DERAP apenas considera o salário efetivo e os anuênios,contrariam frontalmente o disposto na Lei Nº 8.186/91, fruto da conquista dosferroviários.

Não foi suficiente a substituição do titular do DERAP. Nós, ferroviários, ematividade ou aposentados, manifestamos nosso repúdio à ilegalidade de queestamos sendo vítimas.

Entendemos que é o momento de alterar o Art. 26 da Lei Nº 11.483, de 31/05/2007, que deu nova redação ao Art. 118 da Lei Nº 10.233 de 05/06/2001,que transferiu a gestão da complementação para o Ministério doPlanejamento, fazendo com que retorne ao Ministério dos Transportes, deonde nunca deveria ter saído.

Esperamos que o nosso dileto Presidente que sempre nos acompanhou todasas lutas e conquistas da gloriosa categoria Ferroviária, que atualmenterepresenta cerca de 1(um) milhão e seiscentos mil votos, determine acorreção dessa grande injustiça que está causando enorme transtorno, nomomento da aposentadoria, em que o trabalhador mais precisa garantir suatranqüilidade, fato este que está repercutindo negativamente com relaçãoao Governo.

Saudações Ferroviárias,

Clarice Maria de Aquino SoraggiPresidente da AENFER

Presidente da FAEF

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Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2010

Ferroviário corre risco em sua complementaçãoAumentam as dificuldades na concessão de novas complementações, que já não mantém a isonomia comos ferroviários da ativa. A Aenfer não está omissa. Até o presidente Lula já foi alertado sobre as injustiças

7Jornal AENFER

Exmo. Sr.PAULO BERNARDOM.D. Ministro do Planejamento, Orçamento e GestãoBrasília - DF

Prezado Ministro,Vimos pelo presente, solicitar ao Ministro alguns esclarecimentos e providências para sanaro grande equívoco relativos à forma como vem sendo aplicado os comandos decomplementação com base na Nota Técnica do DERAP / SE / MP, que esta desrespeitandototalmente o que preceitua a Lei n° 8.186 / 91 em pleno vigor.Para tanto seguem algumas observações que acreditamos sejam de suma importância eque devam ser levadas em consideração, a fim de definitivamente resolver este graveproblema gerado por este fato:

I) REMUNERAÇÃO SALARIAL:

A Nota Técnica incide em vários equívocos, ao iniciar pela inadmissível confusãoentre remuneração e salário, desconhecendo o que historicamente foi garantidoaos ferroviários e contrariando frontalmente a legislação pátria.Primeiramente, precisamos usar apenas um preceito para REMUNERAÇÃO, cujomais apropriado é o inserido no art. 214 do Regulamento Geral da Previdência Social– RGPS, pois é o que se presta para as aposentadorias previdenciárias e acomplementação só é paga aqueles que se aposentaram, não sendo cabível 2 (dois)pesos e 2 (duas) medidas, uma para arrecadar a contribuição e outra para acomplementação, uma vez que é decorrente da concessão da outra.O art. 214 do RGPS no seu inciso I esclarece que “para o empregado e o trabalhadoravulso a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida atotalidade dos rendimentos pagos devidos ou creditados a qualquer título durante omês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive asgorjetas, ganhos habituais sob forma de utilidade e os adiantamentos decorrentesde reajuste salarial, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomados deserviços, no termo da Lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou Acordo Coletivode Trabalho ou Sentença Normativa”.Como vimos no conceito de remuneração esposado pelo art. 214 do RGPS, e noart. 457 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT conjugado com o art. 7º itemXXVI da Constituição Federal CF, que transcreveremos “reconhecimento dasConvenções e Acordos Coletivos de Trabalho” devem ser observadas a cláusula2ª e seu parágrafo único e a cláusula 4ª do Acordo Coletivo homologado em 24/03/1992, processo TST – E – DC – 2/895/91 – 4 (AC.SDC-163/92), cujo teor mais adiantetranscreveremos.

Por sua vez a Lei 8.186, de 21 de maio de 1991 prevê:Art. 1° - É garantida a complementação da aposentadoria paga na forma da Lei Orgânicada Previdência Social (LOPS) aos ferroviários admitidos até 31 de outubro de 1969, naRede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), constituída ex-vi da Lei n° 3.115, de 16 de marçode 1957, suas estradas de ferro, unidades operacionais e subsidiárias.Art. 2° - Observadas as normas de concessão de benefícios da Lei Previdenciária, acomplementação da aposentadoria devida pela União é constituída pela diferença entre ovalor da aposentadoria paga pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o daremuneração do cargo correspondente ao do pessoal em atividade na RFFSA e suassubsidiárias, com a respectiva gratificação adicional por tempo de serviço.

Parágrafo único. O reajustamento do valor da aposentadoria complementadaobedecerá aos mesmos prazos e condições em que for reajustada a remuneração doferroviário em atividade, de forma a assegurar a permanente igualdade entre eles.Há diferença conceitual entre SALÁRIO E REMUNERAÇÃO é a seguinte:

REMUNERAÇÃO é o salário (salário-base) acrescido de outros valores recebidos peloempregado, como comissões, gorjetas, vale-transporte, participação nos lucros,gratificações, entre outros.

Evaristo de Moraes Filho, in Introdução ao Direito do Trabalho, 5ª Edição revista eatualizada, ensina, p. 369 (...) o salário, parcela da remuneração do empregado, é constituídopor uma importância fixa estipulada, acrescida de comissões, percentagens, gratificações,diárias e abonos. (...) “Como, para nosso estudo, o mais importante é a nomenclaturautilizada no Direito do Trabalho, adotamos as definições constantes no art. 457, CLT,segundo as quais salário é parte da remuneração...”.Aliás, na esteira desse entendimento, o Supremo Tribunal Federal editou a Sumula 209:

SÚMULA 209:“O salário-produção, como outras modalidades de salário-prêmio, é devido, desde queverificada a condição a que estiver subordinado, e não pode ser suprimido unilateralmente,pelo empregador, quando pago com habitualidade.”

Já a lei 10.478, de 28 de junho de 2002, estabelece:Art. 1o - Fica estendido, a partir do 1o de abril de 2002, aos ferroviários admitidos até 21 demaio de 1991 pela Rede Ferroviária Federal S.A. – RFFSA, em liquidação, constituída exvi da Lei no 3.115, de 16 de março de 1957, suas estradas de ferro, unidades operacionaise subsidiárias, o direito à complementação de aposentadoria na forma do disposto na Leinº 8.186, de 21 de maio de 1991.Imperioso dizer que a previdência dos ferroviários não surgiu agora. Num País de curtamemória, não é demais lembrar que em 24/11/1888, os trabalhadores ferroviáriosconseguiram a criação da “Caixa de Socorro”, por intermédio da Lei imperial nº 3397, eposteriormente a primeira lei – Lei Eloy Chaves - que implantou a Previdência Social noBrasil, Decreto Legislativo 4.582, de 24/01/1923, foi a que criou a caixa de aposentadoriase pensões exatamente para os ferroviários.No que se refere à aposentadorias e pensões os ferroviários nunca foram abrangidos pelalegislação dos funcionários públicos, por serem sempre regidos por legislação própria(Decreto n°4.682, de 24 / 01 / 1923; Decreto nº5.109, de 20 / 12 / 1926; Decreto n°3.769,de 28 /10 / 1941- que cria efetivamente a complementação; Lei nº2.622, de 18/10/1955;Lei n°2.745, de 13/05/1956; Lei nº3.115, de 16/03/1957 que cria a Rede Ferroviária FederalS.A – RFFSA, mantendo a complementação com a garantia do Tesouro Nacional; Lein°3.807, de 26/08/1960 – LOPS; Decreto nº4.8959 – A (RGPS); Lei n°4.564, de 11/12/1964; Decreto – Lei nº956, de 13/10/1969; Lei n°8.186, de 21/05/1991 e finalmente a Leinº10.478, de 01/04/2002.A propósito e a título de informação, o excerto da Decisão 178/1994 – Plenário do TCU,verbis:Importam ressaltar que a lei 8.186, de 21/05/1991, originou-se do projeto de lei nº 4675-Bde 1990, de cuja justificação foi extraída os seguintes parágrafos: “O presente projeto delei tem por objetivo conferir nova regulamentação à concessão e manutenção dacomplementação de aposentadoria previdenciária ao ferroviário das estradas de ferrointegradas à Rede Ferroviária Federal S.A (RFFSA), na conformidade da Lei nº 3.115, de16 de março de 1957. A razão da proposição desse projeto está vinculada à necessidadede modernizar o conjunto de preceitos contidos no vigente Decreto-lei nº 956, de 15 deoutubro de 1969, diante de reiteradas decisões judiciais a respeito da matéria e dosprocedimentos administrativos que, em decorrência, passaram a ser adotado pelo Ministériodos Transportes por intermédio da RFFSA, pelo Instituto Nacional de Previdência Social epelo Ministério da Fazenda, este como fornecedor dos recursos pagos a título da citadacomplementação. Em relação ao Decreto-Lei nº 956/69, este projeto de lei propostoapresenta inovações baseadas nos pressupostos fáticos referidos no item 2, admitindoexpressamente, que o termo de comparação para efeito de complementação sejam osvalores que vêm sendo efetivamente percebidos pelo pessoal ativo da Rede FerroviáriaFederal S.A. e seu respectivo plano salarial.Bem assim os excertos da Decisão 140/1998 – Plenário“4. - No pertinente à complementação em tela, a estatal informa que ‘de acordo comcritérios definidos pela RFFSA, por norma interna, o valor base que vem sendoconsiderado para o pagamento da complementação de aposentadoria restringe-se,exclusivamente, ao salário do cargo efetivo, das funções gratificadas ou cargos deconfiança e os anuênios que o empregado detém no mês da aposentadoria’,acrescentando que o quantitativo de ferroviários contemplados, incluindo-se pensionistas,totaliza, atualmente, 101.281 beneficiários. 5.- Quanto ao pagamento de atrasados do

TRANSCRIÇÃO DA CARTA AO MINISTRO PAULO BERNARDO

Rio de Janeiro, 01 de Fevereiro de 2010

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8 Jornal AENFER

vale-refeição, a empresa informou que ‘recentes pronunciamentos proferidos pelaProcuradoria-Geral do INSS, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e ConsultoriaJurídica do Ministério dos Transportes, todos acatados pela RFFSA, concluíram que osadicionais salariais eventuais ou indenizatórios e o tíquete-refeição/alimentação, face ànatureza jurídica dessas verbas, não poderão ser integrados à mencionadacomplementação’. Com efeito, tendo em vista o novo posicionamento da empresa, talponto da denúncia deixa de subsistir. 6. - Já no que se refere à concessão de níveissalariais aos aposentados e pensionistas, essa decorre, segundo a RFFSA, ‘de revisãoque foi efetuada na faixa salarial de categorias funcionais, contidas no plano declassificação de cargos da empresa’, aduzindo que ‘em se tratando de vantagem geral,estendida aos ferroviários em atividade, deverá ser aplicada aos inativos de que trata aLei nº 8.186/91, conforme determina o parágrafo único de seu artigo 2º ‘. Ainda segundoas informações prestadas pela estatal, o reflexo, na folha anual, da atualização do nívelsalarial em comento é de aproximadamente 7% (sete por cento), já considerado o reajustede 10% (dez por cento) referente à data base. Ademais, assevera que o passivo retroativoa 01.10.91 importa em aproximadamente R$ 191.329.300,00 (cento e noventa e ummilhões trezentos e vinte e nove mil e trezentos reais). 7.- Destarte, a concessão deníveis salariais aos referidos ferroviários aposentados e pensionistas, decorrente derevisão efetuada na faixa salarial dos funcionários ativos da empresa, estava prevista noartigo 2º, parágrafo único, da já citada Lei nº 8.186, de 21.05.91, a seguir transcrito: ‘art.2º. Observadas as normas de concessão de benefícios da Lei Previdenciária, acomplementação da aposentadoria devida pela União é constituída pela diferença entreo valor da aposentadoria paga pelo INSS e o da remuneração do cargo correspondenteao do pessoal em atividade na RFFSA e suas subsidiárias, com a respectiva gratificaçãoadicional por tempo de serviço parágrafo único. O reajustamento do valor da aposentadoriacomplementada obedecerá aos mesmos prazos e condições em que for reajustada aremuneração do ferroviário em atividade, de forma a assegurar a permanente igualdadeentre eles’. 8. - Por fim, a entidade salienta que todas as despesas da complementaçãode aposentadoria são custeadas com recursos oriundos do Tesouro Nacional, ‘à contade dotações próprias consignadas no orçamento do INSS (órgão pagador), conformeassim estipula o artigo 6º da Lei nº 8.186/91’. (...) c) a concessão de níveis salariais aosaposentados e pensionistas, decorrente de revisão efetuada na faixa salarial de categoriasfuncionais contidas no plano de classificação de cargos da empresa, foi efetuada emcumprimento ao preceituado no artigo 2º, parágrafo único, da Lei nº 8.186, de 21.05.91;sugerimos a remessa dos presentes autos ao Gabinete do Exmº Sr. Ministro-Relator, Dr.Fernando Gonçalves, com proposta de arquivamento, com fulcro no artigo 212, parágrafoprimeiro, do Regimento Interno deste Tribunal.” (fls.62/3). É o relatório. (...) DECISÂO - O Tribunal Pleno, diante das razões expostas pelo Relator, DECIDE:1. Conhecer da presente denúncia, por preencher os requisitos e formalidades constantesnos artigos 212 e 213 do Regimento Interno deste Tribunal, para, no mérito, declará-laimprocedente;2. Comunicar ao interessado o inteiro teor desta Decisão, com Relatório e Voto que afundamentam;3. Cancelar a chancela de sigilo aposta aos autos;4. Arquivar o processo.”

DO PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS DA RFFSAO atual Plano de Cargos e Salários da RFFSA, foi aprovado pelo Conselho Interministerialde Salários de Empresas Estatais, por intermédio da Resolução CISE Nº 09/90, de 28/02/90, requisito essencial para sua validade e vigência, constituindo, assim, ato jurídico perfeito,Conselho esse composto, na oportunidade pelo Ministro do Trabalho, Ministro da Fazendae Ministro-Chefe da Secretaria de Planejamento e Coordenação da Presidência daRepública.

O PCS, dentre outras coisas, estabelece que os cargos sejam: EFETIVO, DE CONFIANÇAE FUNÇÃO GRATIFICADA (item 2.1), bem assim que a REMUNERAÇÃO desses cargosé de acordo com os níveis de salário nominal previstos em Tabelas Salariais, na EscalaBásica de Classificação de Cargos de Confiança e na Escala Básica de FunçõesGratificadas, conforme o caso (Item 4.2).

Dentre os dispositivos da aludido Plano de Cargos e Salários, consta a incorporação dosvalores pagos para ocupantes de cargos ou função de confiança, na remuneração dosempregados, conforme o item 4.5, que estabelece o percentual de 100% da gratificação,se por cinco anos ou mais, sendo que se incorpora o maior valor desde que o cargocorrespondente tenha sido exercido por pelo menos um ano.

Portanto, qualquer discussão a respeito dessa incorporação, fora do estabelecido nesseato jurídico perfeito que é o PCS, não encontra guarida no mundo jurídico.

DOS ACORDOS COLETIVOS

A Constituição da República, no seu artigo 7º determina que:

São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria desua condição social:

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

Nesse diapasão, nos autos do processo nº TST-E-DC-21895/91.4 (AC.SDC-163/92) TST,aquele Tribunal Superior homologou , em 24/03/1992, acordo entre as partes, dentre elasa RFFSA, do qual constam :

Cláusula 2ª – A partir de maio de 1991, além do novo salário da categoria, resultante daincorporação aos salários de abril, dos percentuais referidos na cláusula primeira, a “RFFSA/CBTU” pagam em separado, através de legenda própria,, denominada “PASSIVOTRABALHISTA” 13,5%, a título de quitação do passivo trabalhista referente ao percentualde 4% (quatro por cento) e respectivos reflexos, devido desde 01/051986 a 30/04/91,parcelas mensais no valor equivalente a 13,5% (treze virgula cinco por cento) do saláriocorrespondente ao mês de maio de 1991.

Parágrafo único: A parcela resultante da aplicação do caput será representada porvalor numérico, sendo reajustada no mesmo percentual incidente sobre os salários dacategoria, de acordo com a legislação salarial em vigor.

Cláusula 4ª – A parcela referida no caput da cláusula segunda será paga por todo o períodode vigência do contrato individual de trabalho do empregado, ficando assegurada suamanutenção na complementação de aposentadoria de que trata a Lei 8.186, de 21/05/1991.

De outra parte, o abono PLANSFER foi incorporado à remuneração dos empregados e,por conseguinte, aos aposentados abrangidos pela complementação da aposentadoria,por força do ACORDO COLETIVO de 2008/2009 celebrado entre a Federação Nacionalde Trabalhadores Ferroviários e os diversos Sindicatos, e a VALEC, conforme CláusulaDécima Sétima, no seu Parágrafo Primeiro:“A partir de 1º de maio de 2009, fica extinto o ABONO PLANSFER, mediante incorporaçãode seu valor na remuneração dos empregados ativos, oriundos da extinta RFFSA.”É de todo sabido, que nenhum acordo coletivo no âmbito estatal é celebrado sem aanuência,, orientação e decisão das autoridades do Governo, requisito, de fato, para oaperfeiçoamento do ato.

Além do mais, as decisões homologatórias do judiciário investem-se em coisa julgada.

Nota-se, por conseguinte, que os empregados que se encontram nas condiçõesestabelecidas para a aposentadoria complementada adquiriram o direito a tal benefício; oPlano de Cargos e Salários da RFFSA, e acordos trabalhistas celebrados, constituem atojurídico perfeito e aqueles homologados em Juízo, constituem coisa julgada.

Segundo o artigo 5º da ConstituiçãoXXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;Além do mais, dentre os princípios a serem observados pela administração pública – art.37 - está o da legalidade, que se encontram também nos direitos e garantias fundamentaisda constituição, verbis:II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

COMPLEMENTAÇÃO DA APOSENTADORIA DOS FERROVIÁRIOS.

EQUÍVOCO DO DERAPA Lei de complementação estabelece expressamente que, a complementação da

continuação

9Jornal AENFER

aposentadoria devida pela União é constituída pela diferença entre o valor da aposentadoriapaga pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o da remuneração do cargo, deforma a assegurar a permanente igualdade entre eles.Pelo texto legal, não há qualquer vinculação entre a proporcionalidade prevista na lei geralprevidenciária nº 8.213, de 24 de julho de 1991 e o dispositivo da Lei nº 8.186, de 21 demaio de 1991, dado o caráter de especialidade de que esta se reveste, haja vista o dispostono parágrafo 2º do art. 2º da Lei de Introdução ao Código Civil: “A lei nova, que estabeleçadisposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a leianterior.”Não prevê nenhuma suposta proporcionalidade nos proventos da complementação, comopretendido pelo DERAP/SE/MP - afastada que está pela permanente igualdade com aremuneração -, entendimento esse absolutamente dissonante do principio da legalidadeque deve ser observado pela administração pública, bem assim do que estabelece o incisoIV do art. 8º, Cap. III do anexo I ao Decreto 7.063, de 13 de janeiro de 2010.É princípio de hermenêutica jurídica a expressão: “O que a Lei não distingue não cabe ointérprete distinguir”. No caso, o requisito exigido na lei é a aposentadoria previdenciáriado ferroviário (independentemente de ser ela por invalidez, por idade, proporcional ouintegral), sendo que a complementação devida pela União será sempre a diferença entreo valor daquela e o constante da tabela salarial do cargo ocupado no momento da suaaposentadoria (seja no Cargo Efetivo, seja no Cargo de Confiança, seja no Cargo deFunção Gratificada). Enfim, seja remuneração para que cargo for. Daí o motivo da Lei sereferir apenas em “remuneração do cargo” (art. 2.º).Importante destacar que Exposição dos Motivos da MP 353/07, convertida na Lei n.º 10.483/07, assim estabelece:“E.M. Interministerial nº 00005/MT/MP/MF/AGUEm 11 de janeiro de 2007.Excelentíssimo Senhor Presidente da República,1. Submetemos à apreciação de Vossa Excelência a presente proposta de Medida Provisóriaque dispõe sobre o encerramento do processo de liquidação da Rede Ferroviária FederalS.A. - RFFSA, com a conseqüente extinção da Empresa.........................................................................................................................9. É de se ressaltar que ficam mantidos todos os direitos relativos à complementação deaposentadoria, com a paridade assegurada, conforme dispõem as Leis n

os 8.186, de 21 de

maio de 1991, e 10.478, de 28 de junho de 2002, inclusive a manutenção dos proventos deinatividade e demais direitos do pessoal oriundo da Viação Férrea do Rio Grande do Sul.

10. No que concerne ao quadro da RFFSA, absorvido pela VALEC, assim que o últimoemprego tiver sido extinto, os aposentados terão como referência, para efeito de reajustede complementação de aposentadoria, os índices e a periodicidade aplicados aosaposentados do Regime Geral da Previdência Social - RGPS.........................................................................................................................18. Insta salientar que foram realizadas diversas reuniões com representantes dosempregados ativos e inativos, bem assim com vários parlamentares para discutir propostase dúvidas por eles apresentadas, durante as quais o Poder Executivo assegurou que suasdemandas estavam asseguradas no projeto do governo.” (Registro dessa promessa noCongresso Nacional e Atas de reuniões com Ministros.

Assinam esta Exposição de Motivos os Ministros dos Transportes; da Fazenda; doPlanejamento Orçamento e Gestão e o Advogado Geral da União.Referidos motivos foram aprovados pelo Presidente da República, ficando, naquela MP eposterior Lei, assim determinado:“Art. 26 – Os artigos........118 da Lei n.º 10.233, de 05 de junho de 2001 passam a vigorarcom a seguinte redação:...............................................................................................................................“art. 118. Ficam transferidos da extinta RFFSA para o Ministério do Planejamento, Orçamentoe Gestão:I – a gestão da complementação de aposentadoria instituída pelas Lei n

os 8.186, de 21 de

maio de 1991, e 10.478, de 28 de junho de 2002; e

...............................................................................................................................§ 1º A paridade de remuneração prevista na legislação citada nos incisos I e II do caputdeste artigo terá como referência os valores previstos no plano de cargos e salários daextinta RFFSA, aplicados aos empregados cujos contratos de trabalho foram transferidospara o quadro de pessoal da VALEC- Engenharia, Construções e Ferrovias S.S, com arespectiva gratificação adicional por tempo de serviço.”Como se vê, a Lei apenas transferiu a gestão da complementação ao MPOG, deixando

claro, inclusive, como se aplica a paridade prevista nas legislações supra mencionadas,de aplicação imediata, não comportando qualquer regulamentação ou interpretação comoestá a fazer, hoje, o DERAP.Tanto é verdade que o recente Decreto n.º 7.063, de 13/01/10, que aprovou a EstruturaRegimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadasdo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, deixa bastante claro quais asatribuições a ser executadas pelos Técnicos do DERAP, no tocante à complementaçãodas aposentadorias dos ferroviários da RFFSA, no seu art. 8º, Capítulo III, do Anexo I:

“Art. 8o Ao Departamento de Administração de Pessoal de Órgãos Extintos compete:I - executar as atividades relacionadas com cadastro, concessão de benefícios e

pagamento de pessoal de órgãos e entidades extintos da administração direta, autárquicae fundacional;

II - executar as atividades relacionadas com cadastro e concessão decomplementação de aposentadorias e pensões dos ferroviários de que tratam asLeis nos 8.186, de 21 de maio de 1991, e 10.478, de 28 de junho de 2002;

III - pagamento da parcela sob encargo da União relativa a proventos de inatividadee demais direitos referidos no inciso II do art. 118 da Lei no 10.233, de 5 de junho de 2001;e

IV - fornecer ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS informações sobreos valores das remunerações constantes do plano de cargos e salários da extintaRFFSA, para efeito de cálculo da complementação de aposentadorias e pensões àconta da União, de conformidade com o disposto nas Leis nos 8.186, de 1991, e 10.478,de 2002” (grifou-se).

Importante destacar que o assunto já de longa data encontra-se pacificado, como severifica Parecer PGFN/CJ/N.º 0236/96, de 16/02/96, da Procuradoria da Fazenda Nacionalque, em harmonia com essa legislação especial, definiu que integram à remuneração paraefeito de complementação de aposentadoria dos ferroviários, as parcelas pagas de caráterpermanente, excluindo, apenas, os valores das horas extras indenizadas; de insalubridadee periculosidade e ainda, o valor de Ticket-refeição, que não têm o caráter de permanência.

CONCLUSÃODessa forma, desconsiderar os dispositivos legais, os dispositivos das cláusulas dosacordos coletivos e dos dispositivos do PCS – Plano de Cargos e Salários da RFFSA,que são específicos para a categoria dos trabalhadores ferroviários, considerar comofundamento decisões do judiciário trabalhista que não se referem à categoria ferroviária,aquele órgão do Ministério do Planejamento está jogando por terra dispositivosconstitucionais, infraconstitucionais, jurisprudenciais, doutrinários e de decisões do TCUaqui mencionados, além de negar àquela categoria de trabalhadores suas conquistas,legítimas, desde sempre.O empregado ferroviário é regido pela CLT, desde 16/03/1957, criação da RFFSA pelaLei nº. 3.115, e por força da legislação que rege as Sociedades Anônimas – S.A, nãopoderia ser de outra forma, sendo a lei em vigor dirigida a estes empregados celetistas.Não existe, repetimos, funcionário público ou estatutário admitido na empresa após aLei nº. 3.115/57. Esta observação está sendo feita por que o procedimento adotado depublicar no diário oficial as aposentadorias, não se coaduna com a legislação dotrabalhador regido pela CLT, que é o caso do FERROVIÁRIO.Configurada a ilegalidade das Portarias originadas do aludido órgão, impõe-se a anulaçãodesses atos, até mesmo pelo que consta na Súmula 473 do STF:“A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornamilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniênciaou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, aapreciação judicial.”

Diante da gravidade dos fatos solicitamos uma Audiência com o Ministro onde gostaríamosde receber a correção destes equívocos fazendo justiça a uma categoria que tanto contribuípara a construção e desenvolvimento do nosso país.

Sempre é bom lembrar que ainda representamos no Brasil mais de 1(um) milhão e 600(seiscentos) mil famílias brasileiras.Saudações Ferroviárias,

Clarice Maria de Aquino SoraggiPresidente da AENFER

Presidente da FAEF

continuação

10 Jornal AENFER

em foco

BRASILEIROS EHAITI DE HOJE

ZILDA ARNS – Este nome a cada minuto que passa,mais admiração nos desperta e nos deixa emocionados.

A HEROINA BRASI-LEIRA certamente setransformará muito rapi-damente, no nome deuma rua importante emcada comunidade brasi-leira, pelo seu exemplode vida e obra.

Uma estátua com seusorriso deverá estamparesperança nas comunida-des de doação.

Aos setenta e cincoanos teve a sorte de

DEUS lhe reservar a morte testemunhada diante de150 alunos em aprendizado de cidadania e amor aopróximo.

Multiplicar o bem, multiplicar a auto doação, mul-tiplicar a informação, foram por ela escritos para du-rar por 2.000 anos, certamente inspirados pelo seumestre, que multiplicou pães e peixes no sermão damontanha.

No HAITI de hoje não existem hospitais, não exis-tem remédios, não existe alimento, não existe águapotável, NÃO EXISTE CEMITÉRIOS PARA DEPO-SITAR OS CORPOS.

Emocionar-se com a tragédia assistida e sofridapor brasileiros que lá estavam, ou estão, para ensi-nar a viver, ou ensinar os mais simples rudimentosda vida e tentar a socialização entre pessoas, nosdeixa sem atitude e perplexos.

E obedecendo ao mandato de alguém que disse:NINGUÉM COMETE ERRO MAIOR DO QUE NADAFAZER POR ACHAR QUE O QUE FARÁ SERÁ CON-SIDERADO MUITO POUCO, nos coloca na respon-sabilidade para auxilio a nosso semelhante.

Não sabemos neste momento, onde melhor noscolocar para gritar por “SOCORRO”, não para nós, maspara sermos angariados como experientes nas opera-ções de grande monta no trato de acidentes e tragédi-as, nos acontecimentos ferroviários durante os 37 anosde serviços de engenharia e segurança na RFFSA.

Formaremos um grupo, formaremos uma corren-te, vamos nos atirar nesta corrente para salvar umaou duas vidas, ou amenizar a dor nem que seja comuma palavra, um carinho.

Elias Scalco,Presidente da SOCIEDADE DOS ENGENHEIROSDA VIAÇÃO FÉRREA DO RIO GRANDE DO SUL

dia a dia

Conhecido como umdos males do nosso tempo,o stress não é exclusividadedeste século nem do anterior.Muito antes da era do trânsito caótico,e até mesmo da Revolução Industrial, acivilização inca, que viveu entre 550 e 1532, já sofriadesse mal. A conclusão é de uma equipe dearqueólogos da Universidade de Ontário Ocidental,no Canadá, que analisaram amostras de cabelo derestos mortais de dez indivíduos, provenientes decinco diferentes sítios arqueológicos no Peru. Ospesquisadores encontraram cortisol – hormônioresponsável pelo stress – em níveis superiores aosverificados em pessoas que passaram por estudosclínicos recentes. “O cortisol estava mais altonaqueles que, depois de alcançar tais níveis,morreram. Esses indivíduos podem ter desenvolvidouma doença que levou algum tempo para matá-los eessa talvez tenha sido a causa do stress”, diz aarqueóloga Emily Webb, que conduziu a pesquisa.

Quando alguém se estressa, o cortisol é liberadopara quase todas as partes do corpo, o que incluisangue, saliva, urina e cabelo. Por isso, os cientistascanadenses aliaram métodos tradicionais daarqueologia, como pesquisa de campo e escavação,com novas técnicas de estudo bioquímico. “Agorapodemos ter um bom retrato de como era a vida denossos ancestrais e como eles respondiam aintempéries como as doenças”, diz Emily. Maisimportante, porém, segundo a arqueóloga, é entendermelhor o stress e como ele nos afeta: “Tanto nassociedades ancestrais como nas contemporâneas,tem papel significante na saúde e na qualidade devida”, diz ela. “Apesar de o stress que as pessoasexperimentavam no passado ser diferente do quetemos hoje, o estudo nos ajudará a entender melhoro seu impacto tanto no lado psicológico como emtermos de bem-estar.”

A civilização inca habitou territórios da Américado Sul que hoje compõem o Chile e fazem parte doPeru, Equador, Bolívia e Argentina. É dela a autoriade uma das construções mais enigmáticas da históriahumana: a cidade de Machu Picchu, conjunto de

STRESS ANCESTRAL Pesquisadores mostram que ele não é um mal

exclusivo dos tempos modernos e que já estavapresente entre os incas no século VI

edificações localizado noPeru, que recebe milhares de

turistas todos os anos.Além de possuir avançados

conhecimentos de astronomia, os incasdominavam técnicas de construção baseadas

no encaixe milimétrico de pedras de diferentesformatos, o que torna impossível a passagem dequalquer objeto por entre elas. A forma como elescortavam as pedras permanece um mistério. Esseconhecimento foi suprimido sumariamente quando osespanhóis chegaram à região, em 1532. Elesaproveitaram o episódio de uma guerra entre clãs paraexterminar a população e dominar o território. MachuPicchu, porém, foi preservada.

Antes de morrer golpeado por um soldadoespanhol, um inca certamente teve seus níveis decortisol rapidamente aumentados. A análise nos fiosde cabelos verificou que muitos indivíduos tiverameventos de stress pouco antes da morte. A maioria,porém, apresenta múltiplas ocorrências semelhantesao longo dos últimos anos de vida.

“É possível que o stress tenha aumentado nessesindivíduos quando eles estavam à beira da morte.Por outro lado, o fim da vida pode acontecer derepente, sem tempo de haver mudanças nos níveisde cortisol que cheguem até o cabelo”, diz Emily. Suaequipe agora está comparando os dados de cortisolcom outras análises bioquímicas das amostras. Comesse novo passo da pesquisa, os arqueólogospretendem avaliar melhor o que estava acontecendona vida de cada indivíduo à época de sua morte, otipo de stress vivido e a relação desse estado mentalcom a saúde e o comportamento.

Além das doenças, tudo que um indivíduopercebe como sendo stress – seja psicológico, sejasocial – tem efeito sobre seus níveis de cortisol.Portanto, períodos de seca, problemas nutricionais eferimentos podem ser outros fatores que tiravam apaz do povo inca. A partir de agora, será precisopensar bem antes de dizer que não pode haver nadamais estressante no mundo do que umengarrafamento numa sexta-feira à tarde.

FONTE: REVISTA ISTO É, (ANDRÉ JULIÃO), 30/12/09

PRIMÓRDIOSMachu Picchu: para nós, beleza; para os incas, construções estressantes

É com tristeza que a Aenfer informa o falecimento doengenheiro Nelson Ribeiro de Castro, ocorrido no dia 17de fevereiro. Originário dos quadros da extinta Estrada deFerro Central do Brasil, Nelson foi admitido como estu-dante em 1947. Pela Aenfer , foi homenageado em 1993

com a condecoração Engenheiro Paulo Andrade MartinsCosta e em agosto de 2000 foi condecorado com a meda-lha Engenheiro Paulo de Frontin. Nelson deixou uma fi-lha, dois netos e a esposa, ferroviária aposentada, LúciaLugarinho de Castro.

NOTA DE FALECIMENTO

11Jornal AENFER

opinião

O presidente Juscelino Kubitschek foi quem crioua Rede Ferroviária Federal S.A. – RFFSA, portan-to a estatal teve o seu DNA, com a emissão dacertidão de nascimento, por meio da lei 3115/57,formada pelas 22 Estradas de Ferro que cobriamgrande parte do território nacional. Depois de 50 anos de sua criação, coube ao presi-dente Luiz Inácio Lula da Silva emitir a certidão deóbito da maior empresa do modal ferroviário daAmérica do Sul, num país como o Brasil, de di-mensões continentais. Retalhada em malhas (ex-SRs), os trechos daRFFSA foram entregues às concessionárias, quenão cumprem os ditames dos editais, pois não per-mitem espaços, em suas grades de horários, paraa circulação de trens de passageiros, a grandepaixão de milhões de brasileiros amantes do ro-mantismo da Maria Fumaça, veículo que fazia otrem andar, inspiradora de poesias e composiçõesmusicais e livros dos mais belos. No espaço entre as certidões de nascimento, nadécada de 50 a de óbito (2000), tivemos doisprecipitadores do modal ferroviário, com aprivatização, os Fernandos Collor e Henrique Car-doso, sendo que foi com eles, que se iniciou amalfadada concessão, injustificável sob todos osaspectos econômico-financeiro-sociais, pois, sen-do este o “Brasil de todos”, não poderia ficar sem otransporte sobre trilhos, tendo como gestor-mor, oGoverno Federal, frise-se. Se não deixasse che-gar ao ponto em que chegou, a RFFSA poderia se

constituir numa Petrobrás, numa Vale do Rio Doce,sem favor nenhum... Foi um sonho que passou navida dos apaixonados pelo trem. A Lei 11.483/08, que extinguiu a RFFSA, estabeleceuma divisão dicotômica: os ativos permanecem noMinistério dos Transportes e aposentados e pensio-nistas foram alocados no Ministério do Planejamen-to, Controle e Gestão. Desde que se efetivou dita divisão, através de seuDERAP – Departamento de Administração de Pesso-al de Órgãos Extintos, registra-se que o referido Mi-nistério não está bem focado na gerência da comple-xa política de recursos humanos da classe ferroviária.Há dificuldades na gestão da Complementação Sala-rial assegurada pela lei 8186/91; falo de cadeira emface de meu caso pessoal, que versa sobre cumpri-mento de ordem judicial, sem embargos, no que tan-ge ao processo nº 2117/91, da 43ª Vara do TRT/RJ. A política de pessoal das ferrovias (RFFSA) é tãocomplexa (muitos não consideram assim); há anosatrás o Ministério da Educação, no período de vidada estatal, aventou a possibilidade de criar nas facul-dades uma cadeira para a área ferroviária. Pois bem, ainda hoje, as coisas não vão bem, o quetem causado imensa preocupação às dezenas deferroviários e pensionistas, que esperam por deferi-mentos de seus pedidos de aposentadoriascomplementadas (incluem-se todas as verbas e ru-bricas salariais), que consolidam a remuneração dosempregados. A coisa não tem fluído bem; ainda exis-te o imbróglio.

APOSENTADOS VOLTARÃO PARA O MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES?

pela imprensa

Metrô Rio fora da realidadeEnquanto passageiros sofrem com o calor e com a

superlotação na linha 2, o diretor de RelaçõesInstitucionais da Metrô Rio Joubert Flores, disse que ja-neiro é um mês com menor demanda e que a sensaçãode cheio é porque a espera pelo trem é maior, mas jáforam comprados 19 trens, que chegam no ano que vem.

Fonte: Jornal Extra, 22/01/2010

Agetransp pede para SuperVia refazer relatórioA Agetransp, agência reguladora de transportes,

não ficou satisfeita com o relatório da SuperVia, so-bre o trem que circulou sem maquinista, dia 18 dejaneiro.

Em nota, a agência informou que o documentonão explicou as dúvidas e lembrou à concessionáriaque o atraso na resposta poderá lhe trazer punições.

O relatório, segundo a Agetransp, informa que aempresa instalou uma comissão de investigação eque o laudo técnico ficará pronto em 30 dias.

O incidente aconteceu quando o trem que vinhade Japeri, partiu em velocidade de Ricardo deAlbuquerque e só foi parado pela SuperVia quando aenergia da composição foi cortada. A delegacia in-vestiga a hipótese de que alguém teria entrado nacabine, na ausência do maquinista, e acionado a par-

A classe espera que o Governo ou alguns deputa-dos de boa vontade elaborem um anteprojeto, logopara o início do período legislativo de 2010, nosentido de que os ferroviários aposentados e pen-sionistas retornem ao seu “ninho antigo”, de ondenunca deveriam ter saído, a fim de que os seusdireitos líquidos e certos garantidos em lei própria,sejam, imediatamente, reconhecidos eoperacionalizados por quem entende da política derecursos humanos da ex-RFFSA. Nunca acaba bem o que começa errado ou mal.Foi um equívoco crasso político-governamental,que tornou os aposentados como “peixes forad’água”, porque a gestão dos recursos humanosdos ferroviários e pensionistas, em referência, nãoé a praia do DERAP....salvo melhor juízo. Muitos Acordos e Dissídios da classe serão discu-tidos ao longo da próxima década, mas os erros efalhas da administração na condução eresolutividade dos recursos humanos dos ferrovi-ários em geral, não podem continuar. Que atirem a primeira pedra ou quantas quiserem,se eu estiver errado; sou humano e com 76 anos,portanto, suscetível de deslizes, no tempo e noespaço, mas sustento com absoluta segurança:lugar de ferroviário ativo ou aposentado, é no Mi-nistério dos Transportes, para onde deverão vol-tar, ontem!!!!!!!

Genésio Pereira dos SantosConselheiro da Aenfer

tida da composição, e a de que houve um defeitotécnico que, relacionado ou não a uma falha huma-na, deu a partida no trem.

Fonte: G1, 21/01/2010

O retorno dos bondes modernosQuase 200 anos depois do surgimento dos

primeiros bondes, em Nova York, e quase umséculo após a Light ver rejeitada a sua proposta deconstrução de três linhas de metrô em São Paulo,prefeitos de várias cidades brasileiras tentam agorareequilibrar a rede de transporte urbano depassageiros que, desde a década de 20, priorizouo sistema rodoviário. Prefeitos mostram-sedispostos a instalar mais de 700 quilômetros detrilhos em seus municípios, por onde circularãoVeículos Leves sobre Trilhos (VLTs), trens urbanos,metrôs leves e pesados.

Evidentemente, os projetos existentes nasprincipais cidades não são suficientes para resolvera questão do transporte público urbano no País,mas representam um bom início.

Fonte: - O Estado de S.Paulo, 08/02/10

China tem 86 mil km de ferroviasA China atingiu 86 mil quilômetros de ferrovias

até o fim de 2009, passando a ocupar o 2º lugar doranking mundial, atrás dos Estados Unidos.

Em 2009, a China investiu 600 bilhões de yuans

na infraestrutura ferroviária, 265 bilhões a mais doque o ano anterior.

As ferrovias sempre desempenharam um pa-pel importante no crescimento econômico chinês.No ano passado, os trens do país transportaram1,5 bilhão de passageiros e 3,3 bilhões de tonela-das de cargas. Apesar disso, o consumo de ener-gia por cada uma das unidades registrou uma que-da considerável.

Fonte: Portal CRI Online, 07/01/2010

Governo deve investir R$ 70 bi na ferroviaO governo federal pretende investir R$ 74 bilhõesaté 2015, através do PAC (Programa de Aceleraçãodo Crescimento) em transporte ferroviário, amplian-do a malha de 28 mil km para 35 mil km. Além disso,até 2023, o investimento em projetos do setor devechegar a 150 bilhões, mais da metade do previstopara todo o transporte brasileiro.

O objetivo do governo é fazer das vias férreas oprincipal meio de transporte de cargas do país. Hoje,as rodovias representam 58% do total, contra 21%das estradas de ferro. O transporte por trilhos podeser até 30% mais barato e muito mais eficiente doque por estradas asfaltadas, já que em apenas umvagão é possível carregar quase dez vezes mais doque num caminhão.

Fonte: Revista América Economia, 08/02/10

12 Jornal AENFER

eventos

Confetes, serpentinas, fantasias e muita animação foram os ingredientes da fes-ta dos aniversariantes de janeiro e fevereiro no dia 4 deste mês. A primeira come-moração deste ano reuniu mais uma vez amigos ferroviários que sempreprestigiam a festa realizada no 7º andar, Centro Cultural Carlos Lange de Lima,expansão da sede da Aenfer.Compareceram os aniversariantes Renê Schoppa, Carmem Sirotski, FátimaMagalhães, Fernando Albuquerque, Helio Suevo, Lídia Eugênia, Delfina Castroe Maria de Oliveira.

Ritmo de carnaval marca festados aniversariantes

Quando a festa parecia que ia terminar um grupo bastante animado, ao som demarchinhas de carnaval, tomou conta do salão e recomeçou a foliaA comemoração contou com a presença de diretores e conselheiros da Aenfer,além de colegas aposentados e da ativa. Na ocasião, a presidente Clarice Soraggifalou sobre o problema da complementação dos ferroviários aposentados, infor-mando que montou uma defesa técnica em favor da categoria. Clarice informoutambém sobre as excursões deste ano que a Aenfer vai promover para Tiradentes,Paraty e Sul de Minas.

Excursões 2010Prepare sua bagagem e participe das excursões que a Aenfer realizará este ano!

Destino da primeira excursão: Tiradentes / São João Del ReiDias: 16, 17 e 18 de abril.As próximas excursões serão: - Paraty/Bananal, nos dias 24/25/26setembro/2010- Passa Quatro/Caxambu/Conceição do Rio Verde/São Lourenço/Cristina

05/06/07 de novembro.Não perca tempo! Ligue agora para Aenfer (2222-1404 e 2221-0350) e saibamais detalhes sobre reservas e forma de pagamento.Visite também o nosso site e veja mais informações.www.aenfer.com.br