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Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA N O T Í C I A S - A n o 4 - n º 2 3 Movimento de helicópteros em São Paulo ESPAÇ AERO

Aeroespaço 23

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Veja os destaques na página da revista no site do DECEA

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Page 1: Aeroespaço 23

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA

NO

TÍC

IAS - Ano 4 - n º 2 3

Movimento de helicópteros em São Paulo

ESPAÇ

AERO

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Maj Brig Ramon é onovo Diretor-Geral do DECEA

Índice

Notícias do SISCEAB:Operação PAMPA II

O DECEA apresenta seusnovos comandantes, chefes ediretores das Unidades Subordinadas

Seção:Conhecendo o DTCEA Gama-DF

Sagração da Ordem dos Gaviões dos Guararapesmovimenta o CINDACTA III

ExpedienteNossa capa

São Paulo – capital, a maior cidade da América Latina. Manhã do dia 26 de março de 2007, heliponto do Aeroporto de Congonhas.Esta imagem de rara plasticidade colhida pelo sempre atento Luiz Perez, nosso fotógrafo, mostra

uma cena rara na capital paulista: um céu azul limpo e que, por uma dessas felizes coincidências, combina em cor com a base do heliponto. Ao fundo as cercanias do Aeroporto de Congonhas com seus arranha–céus. A escolha desta imagem para a capa desta edição decorre de uma instância muito particular: São Paulo é a única cidade do mundo a ter um controle–radar exclusivo para helicópteros, o que despertou a atenção de outros países como a Itália e a China e foi objeto de intensa divulgação pelas mídias nacional e internacional.Por fim, este mesmo céu azul parece ser um presságio para tempos mais calmos, onde poderemos seguir trabalhando em uma atmosfera de tranqüilidade em proveito do transporte aéreo no Brasil, sempre com muita dedicação e criatividade.

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEAproduzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA

Diretor-Geral:Maj Brig Ar Ramon Borges CardosoAssessor de Comunicação Social e Editor:Paullo Esteves - Cel Av R1Redação:Daisy Meireles (RJ 21523-JP)Telma Penteado (RJ 22794-JP)Diagramação & Capa:Filipe Bastos (MTB 26888-DRT/RJ)Fotografia:Luiz Eduardo Perez (RJ 201930-RF)

Ilustrações e Gráficos:Messias Bassani - CBContatos:Home page: www.decea.gov.brIntraer: www.decea.intraerEmail: [email protected] / [email protected]ço: Av. General Justo, 160 - CentroCEP 20021-130 - Rio de Janeiro/RJTelefone: (21) 2123-6585 - Fax: (21) 2262-1691Editado em abril/2007Fotolitos & Impressão: Ingrafoto

Movimento de helicópterosem São Paulo

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4DECEA esclarece informações

divulgadas no boletim da IFALPA

Artigo:Administração do Trabalho Humano

Notícias do SISCEAB:III Reunião do Grupo de Trabalho

sobre Aspectos Institucionaisdiscute o estabelecimento da

Organização Multinacional Regional

Artigo:Helicópteros – Interesses Distintos

Artigo:Mulheres do Ar

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Maj Brig Ar Ramon Borges CardosoDiretor-Geral do DECEA

E stamos retomando a publicação regular da nossa revista Aeroespaço Notícias neste ano de 2007.

Mudanças significativas ocorreram neste começo de ano, ocasionando esta lacuna temporária.

Ao ter assumido a Direção-Geral do DECEA em março último, cabe-me fazer algumas considerações a propósito de nosso Sistema como uma maneira de expor o meu entendimento sobre o momento que vivemos.

Assim como as pessoas, as instituições não são apenas elas - em sua missão formal e ou institucional - são elas e suas circunstâncias. Vivemos nós também a nossa circunstância.

Enalteço o trabalho e a dedicação dos diversos setores técnicos do DECEA que, apesar de todas as dificuldades eventuais, têm mantido o Sistema operando.

Problemas técnicos sempre existiram e existirão, mas o que nos compete fazer é não permitir que as ocorrências provoquem solução de continuidade nos processos operativos, afinal, para isto, estamos mobilizados 24 horas por dia.

Temos consciência do papel que representamos no cenário do transporte aéreo no Brasil e seguimos tendo os meios para realizar as nossas tarefas o que, de fato e em verdade, não precisam de tutela alguma.

Nossas questões são técnicas e operacionais e, neste sentido, devemos focar a nossa atenção e nossos esforços.

O Sistema segue vivo e atuante, contando, como sempre, com a dedicação de todos os seus componentes, aos quais aproveito para saudar e parabenizar.

Aí está, portanto, a nossa primeira Aeroespaço de 2007, que - mais uma vez - conta com sua generosa colaboração, meu caro leitor.

Obrigado.Confiança e trabalho!Vamos em frente!

Editorial

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DECEA esclarece informações divulgadas

no boletim da IFALPA

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A Federação Internacional das Associações de Pilotos de Linhas Aéreas (IFALPA - International Federation of Airline Pilots Association) divulgou o Boletim de Segurança (Safety Bulletin) 07SAB14, de 29 de janeiro de 2007 (disponível na Internet pelo link: http://www.aeronautas.org.br/segvoo/07SAB14_ATC_Operations_in_Brazilian_airspace.pdf), contendo críticas ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que teve como tema a Operação de Controle de Tráfego Aéreo no Espaço Aéreo Brasileiro (ATC Operations in Brazilian Airspace).

Tendo em vista as inconsistências ou impro-priedades observadas nesse boletim, aliada à ampla divulgação que é dada à citada publicação, este Departamento presta os esclarecimentos ne-cessários, no intuito de evitar que tais alegações venham a denegrir o serviço de controle de tráfego aéreo prestado no Brasil.

A resposta desta Administração visa, também, uma melhor compreensão do assunto pelos usuários do espaço aéreo e, principalmente, pelas administrações internacionais que realmente conhecem o assunto e que têm como premissa básica a prestação de um serviço de tráfego aéreo seguro, com regularidade e fluidez.

Cabe destacar, primeiramente, que o controle de tráfego aéreo é

realizado no Brasil de conformidade com o estabelecido na Convenção sobre Aviação Civil Internacional, seus anexos e documentos regulamentares, aprovados pelo Decreto Lei 7952, de 11/09/1946.

De acordo com o constante em GEN 3.3-1, do AIP-Brasil (Informações Aeronáuticas Publi cadas - documento que constitui o instrumento básico da informação

aeronáutica publicada no Brasil, contendo informações de caráter permanente, essenciais à navegação aérea), os serviços de tráfego aéreo são proporcionados conforme as disposições contidas nos documentos da Organização de

Aviação Civil Internacional (OACI), Anexo 2 – Regras do Ar, Anexo 11 – Serviços de Tráfego Aéreo, DOC 4444 – Gerenciamento de Tráfego Aéreo, Doc. 8168 – Operações de Aeronaves (PANS-OPS) e Doc. 7030 – Procedimentos Suplementares Regionais.

Causou estranheza, por parte desta Administração, o fato de que o referido boletim se inicia

com a afirmação de que a operação radar no espaço aéreo brasileiro está em desenvolvimento. A esse respeito deve ser esclarecido que, a despeito da grande extensão territorial, nos níveis de vôo em que operam as aeronaves comerciais, o espaço aéreo brasileiro tem quase a sua totalidade coberto por radar, com estações espalhadas por todo o território nacional.

O primeiro radar para aplicação de controle de tráfego aéreo (ATC) no País foi instalado há mais de

trinta anos, seguindo todas as normas internacionais,

tanto do ponto de vista técnico, como do operacional. Desta

forma, é inexplicável a expressão “estar em desenvolvimento” a

operação radar no País.A visualização radar empregada no

controle de tráfego aéreo brasileiro leva em conta a concepção integrada exercida pelos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTAs), de forma a proporcionar uma síntese das informações obtidas pelos diversos equipamentos, permitindo

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o controle efetivo nas principais aerovias, principalmente no espaço aéreo superior.

Outra afirmação que não apresenta nenhum fundamento técnico é de que as escalas operacionais dos controladores de tráfego aéreo (ATCO) nem sempre levam em conta a experiência e a certificação dos recursos humanos disponíveis para prestarem o serviço de tráfego aéreo.

É importante ressaltar que o Brasil possui um Instituto de formação de ATCO – o Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) - que é reconhecidamente uma referência para a Região SAM (América do Sul), sendo utilizado por vários países em complemento à formação de controladores para a Região.

Neste Instituto são aplicados cursos com a metodologia TRAINAIR e, ainda, são utilizados recursos tecnológicos, como simuladores de controle de tráfego, que foram desenvolvidos especialmente para simularem os diversos modos de operação de controle, abrangendo o controle radar e o não radar, capacitando os ATCO de acordo com as necessidades nacionais, respeitando as fases de formação e reciclando-os de acordo com padrões internacionais.

A respeito das informações operacionais contidas nos planos de vôo, existe em operação no país um software de aplicação automatizada, onde é possível fazer qualquer mudança padronizada em um plano de vôo, em qualquer fase de operação, sendo que depois de inserida esta modificação há a transmissão automática para todos os setores envolvidos na operação da aeronave, bem como para as Regiões de Informação de Vôo (FIR) adjacentes, desde que haja a necessidade operacional para este requisito.

Sobre a condição da proficiência da língua inglesa para os ATCO, a Administração brasileira segue, rigorosamente, o previsto pela OACI em seu Anexo 1.

Com o intuito de atingir o objetivo

previsto por aquela Organização, os investimentos na capacitação da língua inglesa sofreram um aumento exponencial nos últimos anos. Desta forma, esta Administração trabalha para cumprir o prazo estipulado pelas normas internacionais (OACI) em relação ao nível 4 (operacional) para todos os ATCO que têm contato com o tráfego internacional.

Outra recomendação deste Boletim diz respeito à necessidade de que os pilotos operando no espaço aéreo brasileiro deverão clarificar qualquer dúvida que haja em relação às instruções recebidas. Esta é uma prática recomendada nas disposições da OACI, Anexo 2 – Regras do Ar e Anexo 11 – Serviços de Tráfego Aéreo e, realmente, esta Administração reforça a necessidade deste procedimento, que deve ser utilizado em qualquer espaço aéreo, e não apenas no brasileiro, como quis estabelecer o boletim.

A respeito do Procedimento de Off Set lateral, a Administração brasileira reforça que a utilização do mesmo deve ser realizada de acordo com o preconizado no Doc 4444. Conforme o disposto na parte ENR 3 do AIP-Brasil, já está previsto este procedimento operacional, no espaço aéreo brasileiro, em regiões onde são necessários e passíveis de serem aplicados, conforme recomendação da OACI.

O Brasil é um país com larga tradição na atividade de controle de tráfego aéreo, com participação ativa em diversos fóruns internacionais, relacionados à atividade em tela, bem como com representantes permanentes creditados no Conselho da OACI e na Comissão de Navegação Aérea.

Por oportuno, cabe lembrar que o DECEA mantém uma Assessoria de Segurança no Controle do Espaço Aéreo (ASEGCEA) para análise das críticas dos usuários do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), recomendando as ações corretivas e/ou preventivas para o caso de qualquer irregularidade detectada ou apontada.

Visando facilitar a apresentação

de críticas sobre a operacionalidade do sistema, foram criados diversos recursos para contatos entre os usuários e esta Administração, tais como endereços eletrônicos, formulários nas Salas AIS (Serviço de Informações Aeronáuticas), no AIP BRASIL e nas normas de tráfego aéreo.

Periodicamente, o DECEA promove reuniões com seus elos regionais, participa de eventos da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), da Comissão de Coordenação de Linhas Aéreas Regulares (COMCLAR), Comitês do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) e outros, sempre com o objetivo de receber críticas e sugestões com o intuito de elevar, ainda mais, o nível de segurança do serviço prestado.

Finalizando, o boletim da IFALPA, por maior que tenha sido a boa vontade, está baseado em dados errôneos e não apresenta a realidade do controle do espaço aéreo brasileiro. Em nenhum momento, a IFALPA consultou o DECEA para averiguar a veracidade das suas informações ou sobre a regulamentação existente no País, o que descredencia suas afirmações.

Quanto às recomendações emitidas, concordamos que os pilotos que voam no espaço aéreo brasileiro devam ter conhecimento das regras aqui utilizadas e ter a bordo os documentos necessários para esclarecer quaisquer dúvidas. Devem, também, utilizar a fraseologia padrão da OACI e não outras fraseologias, não padronizadas ou que atendem a regras diferentes daquelas utilizadas no Brasil.

O cumprimento de regras e procedimentos de segurança das companhias aéreas deve, primeiramente, estar de acordo com as regras estabelecidas para o espaço aéreo brasileiro, pois as companhias aéreas não têm a competência para estabelecer procedimentos de tráfego aéreo, que é uma responsabilidade dos órgãos e autoridades aeronáuticas de cada país.

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Em cerimônia militar realizada no dia 15 de março, no pátio do Terceiro Comando Aéreo Regional (COMAR III), o Maj Brig Ar Ramon Borges Car-doso assumiu a Direção-Geral do DECEA (DGCEA), substituindo o Maj Brig Ar Paulo Hortênsio Albuquerque e Silva, que deixa o serviço ativo da Aeronáutica.

Durante o descerramento da foto da galeria dos ex-diretores do DECEA, evento ocorrido momentos antes da cerimônia de transmissão do cargo, o Maj Brig Ramon disse que a gestão do Maj Brig Hortênsio deixou marcas no controle do espaço aéreo: “As idéias implantadas e os caminhos sugeridos resultaram em posições seguras para o DECEA”. Em retribuição, o ex-Dire-tor declarou que “Hoje, o Decea está nas mãos certas”.

Sobre a missão de conduzir o DECEA nos últimos meses (04/dez/2006 a 15/mar/2007), o Maj Brig Hortênsio afirmou: “Foi a missão mais complexa e delicada da minha carrei-ra. Entretanto, encarei-a com a fer-renha determinação de defender os tantos anos de trabalho incansável de grandes homens e mulheres no con-trole do tráfego aéreo e na defesa da soberania do espaço aéreo brasileiro. A Aeronáutica não poderia passar, de forma alguma, de servidora impecá-vel da Nação à vilã”.

“Hoje, despeço-me da vida mili-tar... mas com muita energia ainda para voltar os olhos para essa grande Instituição, parte integrante e com-panheira inseparável da minha vida, mas desta vez de um lugar privilegia-do, daqueles que tiveram a ventura de conseguir realizar os seus sonhos” - disse o Maj Brig Hortênsio, em suas palavras de despedida.

Ao novo DGCEA, o Maj Brig Hortênsio declarou que era um momento importante para ele, pois estava passando o cargo de Diretor-Geral ao seu amigo e competente militar Maj Brig Ra-mon, a quem desejou toda a sorte e suces-so.

O Comandante da Aeronáutica, Ten Brig Ar Juniti Saito, presidiu a cerimônia e disse ao Maj Brig Hortênsio que a sua ampla folha curricular refletia o gigan-tismo do seu desempenho e avaliza-va a reconfortante sensação do dever cumprido.

Ao Maj Brig Ramon, o Ten Brig Sai-to disse: “(Maj Brig Ramon)... agora detém nos ombros a responsabili-dade de conduzir os vigilantes olhos do DECEA na direção da harmonia, em prol do desenvolvimento e da se-

gurança, estes que são os objetivos precípuos desta organização, minha confiança e os votos de uma gestão repleta de sucesso”.

O evento contou a com presença de diversas autoridades civis e militares, do efetivo do DECEA e de chefes, co-mandantes e diretores das Unidades subordinadas.

O Maj Brig Ramon é natural de Araxá (MG) e tem 58 anos. Seu último cargo foi como Vice-diretor do DECEA.

Passagem de Comando

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Maj Brig Ar Ramon Borges Cardoso - harmonia em prol da segurança e desenvolvimento do SISCEAB

Maj Brig Ramoné o novoDiretor-Geraldo DECEA

O Comandante da Aeronáutica, Ten Brig Ar Juniti Saito, presidiu a cerimônia

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RECOSCEA1/2007

Na primeira RECOSCEA 1/2007 (Reunião dos Comandantes do Sistema de Controle do Espa-ço Aéreo Brasileiro de 2007), presidida – ainda – pelo então Maj Brig Hortênsio (ex-Diretor-Geral Interino do Departamento de Controle do Espaço Aéreo), foi transmitido aos coman-dantes das OM subordinadas o Programa de Trabalho Anual (PTA) do DECEA.

A RECOSCEA foi realizada no dia 7 de março, no Par-que de Material de Eletrônica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), e muito bem coordenada e apoiada pela sua diretoria.

Compareceram à Reunião, os Chefes dos Subdeparta-mentos e seus assessores, os Comandantes, Chefes e Diretores das Unidades do DECEA e os Presidentes das Comissões: CERNAI e CISCEA.

A distribuição de recursos para cada Unidade subordi-nada, além das orientações dos Subdepartamentos de Tecnologia da Informação, Administrativo, Técnico e Ope-racional, e as diretrizes do Comando do DGCEA para 2007 foram os temas apresentados durante a RECOSCEA.

O Maj Brig Ramon Borges Cardoso conduziu a Reunião e – durante a exposição da vice-di-reção, divulgou o calendário das visitas de inspeção às Unidades, além de discutir o PTA 2007 e o novo organograma operacional do DECEA.

Foi divulgada, ainda, a fusão da Assessoria de Planejamento e Controle Gerencial (APLAN) com a Assessoria de Orçamen-to e Gestão (AOGT). A nova Assessoria de Planejamento (APLOG) deverá otimizar os recursos humanos, centralizan-do as informações gerenciais e realimentando com agilidade e continuidade os processos de planejamento e gestão.

Na apresentação da CISCEA, as metas e as futuras realiza-ções, dentre elas as construções de novas vilas habitacionais (Manaus, Rio Branco, São Luís,

Cuiabá, Porto Seguro, Aracaju, Maceió, Porto Velho, Curitiba e Petrolina) e implantação e substituição de equipamentos para melhorias na infra-estrutura do con-trole do espaço aéreo brasileiro foram divulgados.

O CERNAI deu conhecimento das atividades desen-volvidas pela Comissão, além de transmitir informações importantes sobre a participação do DECEA em even-tos internacionais e seus resultados.

No encerramento, o Maj Brig Ramon agradeceu a participação de todos e falou da importância de colocar em prática todas as diretrizes apresentadas durante a RECOSCEA.

O Maj Brig Ar Ramon conduziu a reunião

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A atividade do trabalhador é parte essencial daquilo que o torna humano, e passa por dimensões. Em todas elas o trabalhador tem que se sentir realizado para ser produtivo.

O ser humano trabalha melhor numa configuração de operações do que em uma única, e também não é feito para trabalhar em atividades invariáveis e num ritmo padrão. Ele trabalha melhor se for capaz de variar freqüentemente a velocidade e o ritmo.

Logo, enquanto que é melhor que o trabalho seja uniforme, a atividade do trabalhador fica mais bem organizada se

houver um alto grau de diversidade. A atividade produtiva do trabalhador requer liberdade para mudar, velocidade, ritmo e amplitude de ação. Requer também mudanças relativamente freqüentes nas rotinas operacionais, o que pode ser boa engenharia humana para o indivíduo.

Fala-se muito na “Filosofia Industrial”, que trata das relações de coisas como disposição do ambiente de trabalho, velocidade das máquinas e assim por diante, com o ser humano que é o trabalhador. A preocupação com a qualidade total que tomou conta das administrações empresariais nos anos

90 levou as empresas a atentar para necessidades ambientais e de pessoas. Órgãos con-troladores de qualidade com seus selos tran- qüilizantes trouxeram à tona a premissa de que melhorias para o êxito empresarial passam, também, por qualidade de vida para o trabalhador. As relações individuais dos homens nas empresas, isto é, relações entre pessoas trabalhando juntas são objeto de estudo das Relações Humanas. Há muita retórica, mas estudos sérios e sistemáticos se limitam a alguns aspectos da atividade do trabalhador.

O primeiro passo para entender o trabalho é analisá-lo. Isso significa identificar as operações básicas, analisar cada uma delas e orientá-las numa seqüência lógica, equilibrada e racional. Entretanto, precisamos de princípios de produção que nos permitam saber juntar as operações individuais em trabalhos individuais e estes em produção.

O administrador, assim como qualquer trabalhador, não pode esperar até que os cientistas e os estudiosos tenham cumprido o seu trabalho. O administrador tem que administrar hoje e precisa pôr para funcionar a teoria que

Administração doTrabalho Humano

Faz parte da consciência do homem, sua relação com o trabalho. A abordagem organizada e utilitária do trabalho é uma atividade específica do homem. É por isso que há milênios o trabalho organizado tem sido uma grande preocupação para estudiosos da Administração e das Relações Humanas. Estas por estarem na frente da funcionalidade saudável de todo tipo de trabalho e de organização.

Por LILIAN Gonzaga de Souza - 2º TEN QCOA CSOAdjunta da Divisão de Pessoal do DECEA - Bacharel em Comunicação Social -

Relações Públicas e Especialista em Leitura e Produção de Textos

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Um grupo unido e dotado

de bastante coesão é

muito mais eficiente para a realização dos

objetivos da organização do que indivíduos

isolados

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se sabe, ainda que pareça inadequado. Precisa tentar tornar o trabalho produtivo e o trabalhador realizado. Portanto, a discussão sobre os princípios das Relações Humanas na administração de empresas sempre será adequada, seja qual for a atividade, uma vez que envolve diferentes pessoas com objetivos comuns.

A vida nas empresas não é tão diferente da vida do lado de fora. Conviver com outras pessoas é mais ou menos o mesmo problema dentro de uma organização ou fora dela. Mas o ambiente da organização exerce certas pressões que lhe são próprias. As organizações são fontes de estímulo por si mesmas. Se parecem mais com a vizinhança do que com os vizinhos. Porém, assim como a vizinhança, podem influenciar significativamente o comportamento.

Entretanto, diferentemente da vizinhança, as organizações são lugares para trabalhar e não para viver. Muitas pessoas no trabalho alegam que a influência das organizações no conforto do pessoal é sem importância, a não ser que o conforto esteja relacionado com a produtividade. Sustentam que as oito horas dedicadas à sua organização não são horas para satisfação de necessidades e sim, de trabalho. Portanto, não presumem que o trabalho pode proporcionar a satisfação concomitante às necessidades. E se esquecem que um homem, quando sai para trabalhar, sente que está sacrificando suas oito horas de labuta a fim de ganhar satisfação com o que obtiver pelo trabalho.

O homem é um animal dotado de necessidades; assim que uma de suas necessidades é satisfeita, surge outra em seu lugar. Esse processo não tem fim, é contínuo, desde o nascimento até a morte. As necessidades sociais são importantes motivações do comportamento humano. Necessidades de participação, de associação, de aceitação, de troca de amizades e de afeto. Hoje, sabe-se que o grupo unido e dotado de bastante coesão é

muito mais eficiente para a realização dos objetivos da organização do que indivíduos isolados.

Ainda na esfera das necessidades humanas, existem aquelas de auto-realização. Essas são as necessidades de cada um realizar seu próprio potencial, de estar em contínuo autodesenvolvimento, de ser criador no sentido real do termo. A privação que a maioria das pessoas experimenta com respeito a necessidades inferiores desvia suas condutas para a luta pelas satisfações de tais necessidades primárias, permanecendo as necessidades de auto-realização inativas.

É preciso projetar a es-trutura e os procedimentos da organização de modo que não seja eliminado o interesse pessoal em prol dos objetivos comuns. Uma organização precisa de um procedimento para a avaliação objetiva das contribuições de seus membros e que faça justiça aos componentes da equipe. Estes procedimentos devem ser projetados de forma que os tornem mais facilmente acessíveis e compreensíveis a todos. Tal proposta vem sendo vitoriosa nas organizações que ousam introduzir novos métodos, considerados até

mesmo inconseqüentes no passado. As colaborações são variadas:

eventos diversos como palestras sobre segurança do trabalho e outros temas pertinentes, exposição de trabalhos artísticos, além dos tradicionais encontros de fim de ano ou datas comemorativas contribuem para o bem-estar e as boas relações interpessoais

no trabalho. Mas a administração

ainda vai além, proporcionando espaços diversos onde o trabalhador participa do crescimento da entidade, opinando e aprendendo mais, não somente para sua função, mas também sobre outras atribuições que, integradas, formam o elo que torna eficiente o trabalho humano.

As propostas são diversas e devem ser exploradas pelos profissionais competentes de forma a respeitar critérios e observar possibilidades.

Como exemplo, cito a revista Aeroespaço, pela qual exponho, embora de forma modesta, este aporte, numa organização que explora de forma disciplinada e consciente, a verdadeira relação entre trabalhadores, um dos princípios básico da produtividade.

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As necessidades sociais são

importantes motivações do

comportamento humano

O trabalhador tem que se sentir realizado para ser produtivo

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Revista Aeroespaço: Quando o senhor percebeu sua capacidade de se comunicar e liderar?

Marcelo Romano: Comecei a participar de atividades sociais e comunitárias aos sete anos, em minha primeira escola no bairro de Vilar dos Teles, em São João de Meriti (RJ). Fui representante de minha turma, nascendo, assim, meu espírito de liderança. Posteriormente, fui também diretor e presidente de grêmios estudantis de outras escolas em que estudei no distrito de Xerém, Duque de Caxias (RJ). Nestes postos, pude coordenar campanhas beneficentes e outros eventos sempre ligados a atividades sociais, culturais e esportivas.

O mesmo empenho me fez realizar belos trabalhos na Ilha do Governador, aonde fui morar em outubro de 1994.

RAE: Que experiência marcou o seu primeiro casamento?

MR: Em junho de 2002, vivi uma experiência trágica, mas que me fez nascer de novo. Minha primeira esposa, Kátia Romano, estava grávida de gêmeos quando, no quarto mês de gestação, surgiram alterações que a levaram à internação. Ela tinha apenas 34 anos. No sétimo

mês, devido a sérias complicações no parto prematuro, Kátia perdeu um dos bebês e veio a falecer.

O filho que sobreviveu chama-se Marcelo Romano, como eu. Ele nasceu com apenas 751 gramas. Ficou internado durante muito tempo para poder se recuperar. Hoje, meu filho tem quatro anos e faz tratamento multidisciplinar. Marcelinho tem tido excelentes resultados em seu desenvolvimento e sua formação neurológica.

Só tenho a agradecer pelos gestos solidários e pelo total apoio a todo o efetivo do PAME-RJ, em especial ao Sr. Eduardo Valentim e ao Ten Cel Mauro e aos ex-comandantes: Cel Pierontoni, ao Cel Júlio César e ao Cel Conti, e ao atual Ten Cel Fernando.

RAE – Como era sua vida com a primeira esposa?

Quem é ?

3S MarceloRomano

Seçã

o

Poeta, escritor, cronista, promoter, voluntário, lutador, humanitário, líder comunitário... gente que faz. Assim é Marcelo Romano, praça de 1982 e 3S QESA do setor de Assistência Social do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), unidade que considera “uma grande família que trabalha unida, com destacado espírito de solidariedade”.

Natural de Campina Grande (PB), Marcelo Romano nasceu em 09 de abril de 1963. Chegou ao Rio de Janeiro com seus pais e sua irmã com apenas quatro anos e, por seu amor à cidade maravilhosa, considera-se “parioca”.

Morador da Ilha do Governador, bairro da cidade do Rio de Janeiro, há doze anos, Marcelo Romano se destaca por sua habilidade em se comunicar e ajudar o próximo.

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“Sem questionar

os desígnios de Deus,

mesmo com o sentimento

de perda, resolvi

evoluir mais e mais como ser humano... e ser um exemplo de superação”

Page 11: Aeroespaço 23

MR – Kátia trabalhava ao meu lado nos projetos sociais. Por sua dedicação e seu amor, recebeu, entre muitos prêmios e títulos, a homenagem de ter uma rua do bairro da Portuguesa (Ilha do Governador) com seu nome.

Mesmo após a morte de Kátia, reuni forças e dei continuidade aos trabalhos comunitários. O sentimento de perda não me fez desistir. Não questionei os desígnios de Deus e minha fé continuou inabalável.

RAE: Atualmente, como se constitui a sua família?

MR: Dois anos após a morte de Kátia, conheci minha atual esposa, Letícia. Ela já participa das atividades comunitárias e já conquistou, por seu trabalho, o carinho e a admiração de todos. Está sendo uma verdadeira mãe para Marcelinho. Por isso, eu sempre digo para os que me conhecem que renasci para a vida e para o amor.

RAE: Em sua carreira, quais foram os momentos mais marcantes?

MR: Em 7 de fevereiro de 1997, eu e Kátia fundamos a FAMIG – Federação das Associações de Moradores da Ilha do Governador. É uma instituição sem fins lucrativos, reconhecida e qualificada com vários prêmios e homenagens.

Outro momento marcante foi a festa de batizado, em novembro de 2002, e a de aniversário de dois anos de Marcelinho, em junho de 2004. Ambas foram patrocinadas por instituições, empresas e amigos da Ilha, com shows ao vivo com artistas da região e nomes da MPB, como Aroldo Melodia (intérprete da Escola de Samba União da Ilha) e o grupo de pagode Só Preto Sem Preconceito.

Para entrar nos eventos era preciso doar alimentos, roupas, calçados e brinquedos para a Casa do Índio, na Ilha. Teve até cobertura da imprensa local e de várias emissoras de rádios do Rio de Janeiro.

RAE: Fale um pouco do projeto de escrever um livro.

MR: Gosto muito de escrever e poesia é uma forma de expressar o espetáculo da vida no planeta Terra, em todo o seu contexto. Como diz o ditado popular, o homem para

se sentir completo deve plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro.

Eu, como amante da natureza, planto continuadamente e ainda incentivo a outras pessoas a fazerem o mesmo.

Nosso Marcelinho Romano é um filho especial.Quanto a escrever um livro, uma legião enorme de

amigos me incentiva muito, tendo em vista minha história familiar, militar e as atividades sociais as quais me dedico.

Digo com humildade que, depois de escrever crônicas, artigos e diversos poemas, vou, como Zeca Pagodinho bem diz, “deixar a vida me levar”.

RAE: Quais são seus planos para este ano?

MR: Em 14 de janeiro deste ano, completei 25 anos de carreira e pretendo continuar com minha dedicação total à vida militar. A reserva está bem próxima e pretendo fechar com chave de ouro.

Também fazem parte dos meus planos continuar assistindo à minha família e formar novos voluntários para os projetos sociais no PAME-RJ. Como se diz, “ninguém é tão rico que não necessite de um favor ou tão pobre que não tenha algo para doar”.

RAE: Contar sua história servirá certamente de exemplo para muitas pessoas. O que o senhor pensa disso?

MR: Partindo de um princípio que os dedos das mãos não são iguais, cada pessoa reage de uma maneira. Com certeza, exemplos de superação e troca de experiências entre as pessoas é tábua de salvação para muitos.

RAE: Que mensagem gostaria de deixar para nossos leitores?

MR: Fazer amigos e mais amigos e com gesto solidário de amor ao próximo, você será, com muita humildade e discernimento, um exemplo de vida e superação.

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“Marcelinho é um guerreiroda Luz.Sobreviveu e hoje é, para mim, um tesouro, um pequeno príncipe, um menino ativo, inteligente e feliz”.

A nova família Romano, renascida para a vida e para o amor

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A empresa Trip Linhas Aéreas SA, por intermédio do seu Diretor de Operações, Fernando Paes de Barros, agradeceu à Força Aérea Brasileira pelo profissionalismo demonstrado pelos controladores de tráfego aéreo do Se-gundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II).

Os militares foram responsáveis por vetorar até o pouso a tripulação do vôo TRIP 5508, que havia acionado a or-ganização militar por estar com pane

elétrica e impossibilitado de prosseguir vôo por meios próprios.

O vôo seguia a rota Cascavel/Curi-tiba, no dia 26 de fevereiro, com 25 passageiros a bordo. De acordo com o Diretor de Operações, o papel desem-penhado pelos controladores foi pri-mordial para que os tripulantes pudes-sem pousar no Aeroporto Afonso Pena em segurança.

“No momento em que nossa tripu-lação se deparou com uma situação de emergência, (pane elétrica), e tendo

sido comunicado este fato ao ACC do CINDACTA II, os controladores deste Centro dedicaram total atenção ao nosso vôo. O papel desempenhado pelos controladores do ACC e do APP foi primordial para a tranqüilidade dos nossos tripulantes para que eles pudes-sem dar prosseguimento aos procedi-mentos operacionais e realizar o pouso no Aeroporto Afonso Pena em segu-rança”, afirma na carta enviada à Força Aérea Brasileira.

Empresa aérea agradece à FAB por auxiliar aeronave com problema

Compartilhamento de interesses uniu as duas Forças

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Fortalecer a integração das equipes pelo compartilhamento de conhecimentos de interesse comum à Força Aérea Brasileira e ao Exército Brasileiro na área de tecnologia da informação, foi o propósito do segundo en-contro promovido pelo Centro de Computação de Aeronáu-tica de Brasília (CCA-BR) e o Centro de Desenvolvimento de Sistemas do Exército Brasileiro (CDS) que aconteceu no dia 2 de março, em Brasília-DF.

No evento, foram discutidas possi-bilidades de troca de experiências das soluções implantadas nas áreas de Software Livre, da Certificação Digital e da Gestão de Documentos, bem como

do interesse manifestado no projeto SIGPES, um dos grandes desafios que o CDS deverá apresentar propostas no âmbito do Exército Brasileiro.

Destacou-se a possibilidade da dis-ponibilização da base de conhecimen-

tos do projeto de implantação do software livre no Exército Brasilei-ro que envolve a participação de mais de 400 pessoas que compar-tilham experiências e registram as soluções encontradas.

A equipe do CDS apresentou o projeto de gestão coorporativa de documentos utilizando ferra-mentas de software livre com a possibilidade efetiva de transfe-rências entre as OM, aderência às normas de gestão de documentos internas e governamentais e com

aspiração da incorporação da certifi-cação digital, além de incorporar uma robusta estrutura de gestão das contas de correio eletrônico similar ao projeto em estudo pelo CCA-BR.

CCA-BR e CDS: integração institucional na área de Tecnologia da Informação

Esquadrão Morcego conquista Certificado ISO 9001O Terceiro Esquadrão do Primeiro

Grupo de Comunicações e Controle (3°/1° GCC), Esquadrão Morcego, recebeu o certificado ISO 9001, após a realização de auditorias pela equipe do Instituto de Fomento e Coordena-ção Industrial (IFI), órgão autorizado pelo Governo Federal para emitir esse parecer.

O certificado reconhece a qualidade na Prestação do Serviço de Controle de Tráfego Aéreo (ATC) e do Serviço de

Controle de Aproximação de Precisão (PAR), em Área de Controle Terminal (TMA) com o auxílio de radares.

A implantação do Sistema de Gestão da Qualidade na Seção Operacional e de Manutenção do Esquadrão começou no ano passa-do, como forma de garantir a mes-ma qualidade do serviço prestado pelo Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Natal (DTCEA-NT), já detentor da ISO 9001.

Subordinado operacionalmente ao Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1° GCC), o 3º/1º GCC é comandado pelo Maj Av Carlos Henrique Afonso Silva e tem a mis-são de controlar o pouso de preci-são das aeronaves militares, além de manter um acordo com o DTCEA-NT para controle de tráfego aéreo de todas as aeronaves que utilizam à área terminal de Natal.

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A participação do DTCEA-STIDas Organizações subordinadas ao

DECEA, o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Santiago (DTCEA-STI) foi um dos participantes da Operação, cola-borando com este exercício de vital impor-tância para o Ministério da Defesa. Além de contribuir com sua detecção radar, que abrange quase todo o Estado, a OM também abrigou em suas inta-lações unidades da 1ª Brigada de Co-municações de Santo Ângelo/RS e do 9º Regimento de Cavalaria Blindada de São Gabriel/RS, que participaram intensamente do conflito simulado. Pela acolhida que obtiveram do efeti-vo do Destacamento, o Comandante do 9º RCB concedeu o “Diploma de Amigo do Regimento” ao DTCEA-STI, pela colaboração espontânea e prestimosa durante o exercício mili-tar.

A Operação Pampa II teve entre seus principais objetivos a avaliação dos procedimentos de comando e controle operacionais integrados. Cientes disto, o comandante e demais integrantes do DTCEA-STI não me-diram esforços no apoio à missão dos irmãos de farda verde-oliva no Desta-camento.

O suporte do CCA-SJUma equipe do Centro de Com-

putação Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ) – composta de cinco militares e um civil – tam-bém participou da Operação Pampa 2006, dando suporte à utilização do

software TACMAPS e acompanhando o uso do SIPLOM (Sistema de Planejamento Operacio-nal Militar), no quartel-general da Força Aérea Componente nº 103, responsável esta pelo componente aéreo do Comando Combinado instituído para a mano-bra militar.

O TACMAPS é em-pregado no planejamen-to de missões aéreas no nível de Comando de Emprego, baseado nos processos de condu-ção de campanha aérea da OTAN (Orga-nização do Tratado do Atlântico Norte). e sendo desenvolvido por uma empresa chi-lena, adquirido pelo COMGAR em 2005.

O SIPLOM é um sistema de Comando e Controle que está sendo desenvolvido para o Ministério da Defesa pelo Centro de Análises de Sistemas Navais – órgão da

Marinha do Brasil – com a participação do CCA-SJ.

As atribuições da equipe consistiam em inserir, no TACMAPS, as missões aéreas planejadas pela Célula de Programação re-lativas a um dia inteiro de operação, de for-ma a identificar e resolver possíveis confli-tos entre as rotas, bem como proporcionar o acompanhamento, em tempo real, da ati-

vidade aérea em execução em relação à planejada. Para isso, era feita uma comparação entre a visualização-radar e a animação das missões no módulo de simulação do TACMAPS, dentro da Célula de Operações Correntes e na sala da Direção do Exercício.

Valendo-se do ambiente da opera-ção, a equipe ainda testou as funcio-nalidades do sistema POMA (Plane-jamento e Acompanhamento Opera-cional de Missão Aérea), até então im-plementadas. Este sistema encontra-se em desenvolvimento pelo CCA-SJ e terá funcionalidades semelhantes ao TACMAPS e ao software ICC – uti-lizado pela OTAN – adaptadas ao mo-dus operandi da Força Aérea Brasileira.

Em aproveitamento à presença da equipe em Canoas, foi entregue uma estação de trabalho para ser usada com o Opera e ministrados instrução e treinamento na utili-zação deste sistema a militares da Seção de Aeronaves Administrati-vas da Base Aérea de Canoas e das unidades aéreas sediadas: Primei-ro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação (1º/14º GAv) e Quinto Esquadrão de Transporte Aéreo (5º ETA).

Equipe CCA-SJ na Operação Pampa II

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OPERAÇÃO PAMPA IIDesde a criação do Ministério da Defesa,

em 1999, as operações combinadas entre as Forças Armadas brasileiras vêm

assumindo importância cada vez maior como forma de adestramento militar.Realizada no ano de 2006, no período de 05 a 14 de novembro, a Operação

Pampa II foi o maior exercício combinado do Ministério da Defesa. Realizado em

Canoas-RS, contou com a participação de mais de seis mil militares da Marinha,

Exército e Aeronáutica.

O DTCEA-STI contribuiu com a detecção radar na Operação

A equipe do DTCEA-STI

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III Reunião do Grupo de Trabalho sobre Aspectos Institucionais discute o estabelecimento da Organização Multinacional Regional

Coordenada pela CECATI (Co-missão de Estudos e Coordenação de Assuntos Técnicos Internacionais), foi realizada, no Rio de janeiro, no perío-do de 11 a 14 de dezembro de 2006, a Terceira Reunião do Grupo de Traba-lho sobre Aspectos Institucionais.

O evento contou com a participa-ção de Argentina, Bolívia, Brasil, Chi-le, Colômbia, Cuba, Peru, Venezuela, Corporação Centro-americana de Ser-viços de Navegação Aérea (COCESNA) e Organização de Aviação Civil Inter-nacional (OACI), totalizando um pú-blico de 42 pessoas.

Constou da agenda do evento a aná-lise dos resultados da Quinta Reunião de todos os Grupos de Planejamento e Implantação e Conferência de Direto-res-Gerais de Aviação Civil da Região América do Sul (SAM), enfocando especificamente os assuntos ligados aos aspectos institucionais CNS/ATM (Comunicação, Navegação, Vigilân-cia/Gerenciamento de Tráfego Aéreo),

a revisão dos princípios e es-tratégia para a implantação e posterior administração de instalações e serviços multi-nacionais, os aspectos eco-nômicos e casos de negócios para implantação de sistemas CNS/ATM e, o mais impor-tante, a revisão do acordo ad-ministrativo e estatuto para o estabelecimento de uma Organização Multinacional Regional (OMR).

Este foi o assunto principal da reunião, tendo em vista que a OMR a ser criada tem caráter regional, considerando que suas ativi-dades se desenvolverão em uma área de âmbito geográfico definido, com inte-resses e objetivos comuns do grupo de Estados que a comporão.

A delegação brasileira foi composta pelo Maj Brig R1 Normando (Chefe do Greepecas), Brig R1 Pequeno (Che-fe da Comissão CNS/ATN), Cel Av

Silvestre (Adjunto do Vice-Diretor do DECEA), Cel R1 Belchior (Chefe do CECATI), Dr. Jarbas (Assessor Jurídico do DECEA) e Cap Júlio (D-NAV).

Na cerimônia de encerramento, Carlos Stehli, vice-diretor do Escritório Regional SAM da OACI, agradeceu à administração brasileira por estar sem-pre pronta a colaborar com o Programa de Eventos Internacionais do Escritó-rio, tendo em vista ser esta a segunda vez que o Brasil sedia o evento.

I Simpósio de Estações Permissionárias de Telecomunicações e Tráfego Aéreo

O Terceiro Centro Integrado de De-fesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III) realizou, no período de 29 a 30 de novembro de 2006, em Recife, o evento em epígrafe, denomi-nado EPTA.

O Simpósio, inédito no âmbito do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), contou com a parti-cipação de representantes das seguintes entidades e empresas: Divisão de Co-municações, Navegação e Vigilância (DCNS), CINDACTA I, CINDACTA IV, SRPV-SP, Anatel, Chesf, Infraero, Petrobras, Meissa Telecom, Sotan, Gol

Linhas Aéreas, Weston Táxi Aéreo, Turim Táxi Aéreo e Hotel Transamé-rica Comandatuba.

Foram abordados, durante o Simpó-sio, os procedimentos para implanta-ção e modificação de EPTA, além dos requisitos para a avaliação dos Opera-dores de Estação Aeronáutica (OEA).

Todos os participantes opinaram, sugerindo soluções para as dificulda-des encontradas, aproveitando o mo-mento no qual a ICA 63-10 está em processo de atualização.

A interação entre os órgãos norma-tivos e fiscalizadores e os usuários do

SISCEAB foi de suma importância para o aumento da qualidade dos servi-ços prestados pelas EPTA, coroando o sucesso do evento.

A delegação brasileira bem representada por componentes do DECEA

EPTA - os participantes sugeriram soluções

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Salvaero Recife participa de simpósios SAR realizados pela Marinha

O Salvaero Recife participou dos Simpó-sios de Busca e Salvamento realizados pela Marinha do Brasil (3º Distrito Naval), nas cidades de Natal e Maceió, nos períodos de 28 a 29 de novembro e 05 de dezembro de 2006, respectivamente. Nessas ocasiões foram ministradas, pelo chefe do Salvaero Recife, palestras abordando a dinâmica de funcionamento do Sistema SAR Aeronáu-tico, sua estrutura e organização.

Foram divulgadas, ainda, algumas im-portantes orientações sobre o registro de

transmissores de emergência que utilizam os satélites do programa COSPAS-SARSAT, para localização de embarcações em peri-go.

A audiência foi composta por repre-sentantes da Petrobras, do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte e de Alagoas, de colônias de pescadores e de empresas ligadas ao setor náutico, além do chefe do setor de operações do 3º Distrito Naval, ao qual o Salvamar Nordeste está subordinado.

Os eventos proporcionaram uma oportu-nidade ímpar, onde os usuários do SISSAR pu-deram sanar as suas dúvidas sobre o sistema e se conscientizar de que também fazem parte do mesmo, através da informação so-bre qualquer incidente no mar.

Mais uma vez, o Salvaero Recife de-monstrou total harmonia com a socie-dade, interagindo de forma a estreitar os laços com todos os órgãos envolvidos com a nobre atividade de salvar vidas. Para que outros possam viver!

CCA-SJ entrega software de jogos de guerra para ECEMAR

O segundo módulo da ferramenta de simulação do sistema Marte foi entregue pelo Centro de Computação Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ) à Escola de Comando e Estado-Maior (ECEMAR), no dia 27 de outubro de 2006.

O sistema Marte é um software didático de jogos de guerra, para os níveis opera-cional e estratégico, concebido como um conjunto integrado de ferramentas a serem utilizadas nas diversas fases do Processo de Planejamento do Comando (PPC), integradas entre si. Tais ferramentas são: geração de cenários; planejamento estra-tégico/operacional; planejamento tático;

simulação; apresentação de resultados e trâ-mite de mensagens; e administração.

O Sistema Marte tem como missões permitir que os oficiais-alunos do Curso de Comando e Estado-Maior (CCEM) da ECEMAR pratiquem os ensinamen-tos doutrinários hauridos durante o transcorrer do CCEM, no que se refere à solução de problemas operacionais; fornecer aos instrutores recursos para a análise e crítica da atuação dos oficiais-alunos; e proporcionar ao Grupo de Controle as ferramentas necessárias para gerenciar os exercícios realizados, em andamento ou em planejamento.

A fim de apoiar a entrega, integrantes do CCA-SJ participaram do Exercício AZUVER 2006, realizado pela ECEMAR no período de 07 a 22 de novembro de 2006. Durante o exercício, o grupo deu suporte à utilização do software AZUVER e à ferramenta de simulação desenvolvida no projeto Marte.

A primeira ferramenta consiste de uma interface gráfica para inserir o planeja-mento tático das missões aéreas; enquanto a segunda ferramenta permite a simulação e a interação das ações planejadas pelos ofi-ciais-alunos, gerando resultados que fecham o ciclo de Comando e Controle (C2).

Esquadrão Morcego sedia Reunião de Comandantes do 1º GCC

A Primeira Reunião de Comandantes do Primeiro Grupo de Comunicação e Controle (1ª RECOM) de 2007 foi realizada no perí-odo de 28 fevereiro a 02 de março. Como anfitrião, o Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (3º/1º GCC) – Esquadrão Morcego, sediado em Natal – RN – e comandado pelo Maj Av Carlos Henrique Afonso da Silva.

Durante a Reunião foram discutidos assuntos relativos às áreas operacional e administrativa dos Esquadrões, focali-zando algumas particularidades do tra-

balho desenvolvido por cada Esquadrão.O atual comandante do 1º GCC, Ten Cel

Av Celson Jeronimo dos Santos, disseminou as diretrizes da Unidade aos Comandantes dos Esquadrões: 1°/1° GCC – Maj Av José Augusto Peçanha Camilo; 2°/1° GCC – Maj Av Andre Luis Maia Baruffaldi; 3°/1° GCC - Maj Av Carlos Henrique Afonso da Silva; 4°/1° GCC – Maj Av Elton Bublitz e 5°/1° GCC – Maj Av Francisco Claudio Gomes Sampaio.

O encontro possibilitou, também, a apre-sentação do novo Chefe da Seção de Opera-

ções do 1º GCC, Maj Av Sérgio Luiz da Cunha Candéa, aos Comandantes dos Esquadrões e uma oportunidade para que a comitiva conhecesse os equipa-mentos operacionais do sítio Radar do Esquadrão Morcego.

No encerramento, o Ten Cel Av Jeronimo agradeceu a hospitalidade do Esquadrão Morcego e conclamou sua equipe: “Sonhem grande e motivem aqueles que nos seguem para o sucesso e o engrandecimento da missão do GCC: ‘Destreza em Controlar! Arte de Comunicar! GCC – Brasil!’”

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O Esquadrão Man-grulho tem novo comandante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimônia aconteceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).O Esquad-rão Mangrulho tem novo comandante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimô-nia aconteceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).O Esquad-rão Mangrulho tem novo comandante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimô-nia aconteceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).O Esquad-rão Mangrulho tem novo O Esquadrão Mangrulho tem novo comandante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimô-nia aconteceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).O Esquad-rão Mangrulho tem novo comandante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimô-nia aconteceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).O Esquad-rão Mangrulho tem novo comandante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimô-nia aconteceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).O Esquad-rão Mangrulho tem novo O Esquadrão Mangrulho tem novo comandante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimô-nia aconteceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).O Esquad-rão Mangrulho tem novo comandante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimô-nia aconteceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).O Esquad-rão Mangrulho tem novo comandante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimô-nia aconteceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão

O DECEA apresenta seus novos comandantes, chefes e diretores das Unidades Subordinadas

No dia 10 de janeiro, o Centro de Computação Aeronáutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ) recebeu o seu novo chefe: o Ten Cel Roberto de Almeida Alves, em substituição ao Cel Inf Jurandir Nogueira da Silva.

Duas direções principais foram o alvo do Cel Jurandir durante

a sua gestão à frente do CCA-RJ: área técnica, destacando o apoio às operações militares; e a área administrativa, no apoio ao homem, principalmente no reconhecimento profissional.

Antes de assumir a chefia do CCA-RJ, o Ten Cel Almeida foi chefe da Divisão de Infra-estrutura de Sistemas do DECEA.

CCA-RJ

O Ten Cel Av João Batista de Oliveira Xavier passou o comando do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) ao Ten Cel Av Celson Jeronimo dos Santos no dia 25 de janeiro.

Em suas palavras de despedida, o Ten Cel Xavier falou do prazer de comandar o 1º GCC em companhia de homens e

mulheres abnegados, de militares de elite e de combatentes de primeira.

O Ten Cel Jeronimo é piloto inspetor e já comandou o Esqua-drão Profeta (1º/1º GCC). Seu último cargo foi como chefe da Divisão Técnica do CCA-RJ.

1º GCC

O Cel Av Guilherme Francisco de Freitas Lopes passou – em cerimônia realizada no dia 9 de março – a chefia Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea para o Ten Cel Av Gustavo Adolfo Camargo de Oliveira, ex-comandante do GEIV.

O CGNA teve papel importante na atual organização do con-trole de tráfego aéreo, trabalhando ininterruptamente na moni-

toração da segurança, visando sempre o aumento da qualidade dos serviços prestados pelo SISCEAB.

O Cel Av Freitas Lopes, hoje, está atuando como adjunto do chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA.

CGNA

Em cerimônia militar, o Cel Av Ramon Galvarros Bueno passou a Chefia do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP) ao Cel Av Carlos Minelli de Sá, no dia 24 de janeiro.

Anteriormente, o Cel Minelli exercia a chefia da Divisão Técnica do CINDACTA 1.

Quando esteve à frente da Chefia do SRPV-SP, o Cel Bueno foi o responsável pelo controle do espaço aéreo entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, cabendo, neste serviço, a manutenção da operacionalidade, fluidez e segurança entre os maiores aeroportos do País. Hoje ele está cursando a Escola Superior de Guerra (ESG)

SRPV-SP

O Cel Int Pedro Arthur Linhares Lima assumiu, no dia 19 de janeiro, a chefia do Centro de Computação da Aeronáutica em São José dos Campos (CCA-SJ), substituindo o Cel Int Ricardo Ferreira Gomes dos Santos.

O Cel Ferreira Gomes entregou o CCA-SJ devidamente certificado no nível E do Programa MPS BR, único órgão público

a possuir esta certificação no âmbito do ministério da Defesa e de todo o Serviço Público Federal.

O Cel Linhares, antes de assumir a chefia do CCA-SJ, atuava como adjunto do Chefe do Subdepartamento de Tecnologia da Informação (SDTI) do DECEA.

CCA-SJ

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3º/1º GCCEm 04 de janeiro, foi realizada

- na Base Aérea de Natal - a passagem de Comando do Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (3º/1º GCC). O Maj Av José Luis Jardim Gouveia passou o Comando do Esquadrão Morcego ao Maj Av Carlos Henrique Afonso da Silva.

O DECEA apresenta seus novos comandantes, chefes e diretores das Unidades Subordinadas

O novo Diretor do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) é o Cel Av Eric de Azevedo Bastos. No dia 25 de janeiro, o Cel Eng José Carlos Rodrigues passou a Direção do Instituto em cerimônia militar e, com muito orgulho, citou a participação expressiva do ICA no planejamento, medição e demarcação do Campo de Lançamento de Alcântara, que teve repercussão internacional, além da realização de diversas palestras para o

público interno, abordando temas como alcoolismo, drogas etc., dando ênfase ao apoio ao homem.

O Cel Av Eric, antes de assumir a Direção do ICA, foi chefe da Divisão de Operações Militares do DECEA.

ICA

5º/1º GCCO Maj Av Francisco Cláudio

Gomes Sampaio assumiu, no dia 5 de janeiro, o comando do Quinto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (5º/1º GCC), em Fortaleza-CE. O cargo foi transmitido pelo Maj Av Ricardo Domingues de Mattos.

4º/1º GCCO Esquadrão Mangrulho tem

novo comandante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimônia aconteceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).

GEIVO Ten Cel Walcyr Josué de Cas-

tilho Araújo assumiu o comando do Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV), substituindo o Ten Cel Av Gustavo Adolfo Camargo de Oliveira no dia 26 de janeiro.

No DECEA, o Ten Cel Walcyr exercia a função de chefe da Divi-são de Sistemas de Informação de Controle do Espaço Aéreo do SDTI.

ICEAPAME-RJ

“... o tempo passa, os equipamentos mudam, até as pessoas mudam, mas nada disso importa se o idealismo persiste”- essas foram as palavras do Cel Av Mauro Henrique Ramos Conti, durante a cerimônia da passagem de direção do Parque de Material de Eletrônica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), no dia 23 de janeiro.

O Ten Cel Eng Fernando Cesar Pereira Santos, que era o chefe da Divisão Técnica da Instituição, assumiu a direção do PAME-RJ.

O Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) realizou, no dia 18 de janeiro, a cerimônia militar de passagem de direção do Cel Av Marcos Tadeu da Costa Pacheco ao Cel Av Paulo Roberto Sigaud Ferraz.

O ICEA capacitou 2.627 militares e civis, nos 155 cursos ministrados. Além disso, desenvolveu softwares e instalou equipamentos em diversas Organizações do SISCEAB. “Todas as atividades só puderam ser realizadas graças ao trabalho incansável dos que atuam no ensino, na pesquisa, na área técnica e na administrativa, civis e militares, aos quais agradeço todo o esforço dedicado em prol do ICEA”- disse o ex-diretor.

O Cel Ferraz foi chefe da Divisão de Busca e Salvamento do DECEA e atua como representante brasileiro para o programa COPAS-SARSAT.

O Esquadrão Mangrulho tem novo coman-dante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimônia acon-teceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunica-ções e Controle (4º/1º GCC).O Esquadrão Mangrulho tem novo coman-dante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimônia acon-teceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunica-ções e Controle (4º/1º GCC).O Esquadrão Mangrulho tem novo coman-dante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimônia acon-teceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunica-ções e Controle (4º/1º GCC).O Esquadrão M a n g r u l h o tem novo O E s q u a d r ã o Mangrulho tem novo coman-dante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimônia acon-teceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunica-ções e Controle (4º/1º GCC).O Esquadrão Mangrulho tem novo coman-dante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimônia acon-teceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunica-ções e Controle (4º/1º GCC).O Esquadrão Mangrulho tem novo coman-dante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimônia acon-teceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunica-ções e Controle (4º/1º GCC).O Esquadrão M a n g r u l h o tem novo O E s q u a d r ã o Mangrulho tem novo coman-dante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimônia acon-teceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquadrão do

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Nossa realidade atual é que vivemos em um mundo digital, onde - todos os dias - da estação de trabalho de projetistas eletrônicos nascem novos componentes menores, mais potentes e sensíveis a ESD (electro static discharge – descarga elétrica).

A descarga eletrostática é o resultado do desequilíbrio de cargas de um corpo, tendo como causa primária o efeito triboelétrico que ocorre quando dois materiais

são separados, após entrarem em contato um com o outro ou por meio de fricção entre eles.

Assim, o carregamento acontece durante a transferência dos elétrons de um material ao outro. O carregamento triboelétrico pode suceder entre quaisquer materiais tais como sólidos, líquidos e partículas de ar. Isto pode ser percebido claramente quando se ouve as crepitações que se dão ao tirar um vestuário de lã.

A teoria da física diz que todo material procura o equilíbrio, então quando um corpo com ausência de

carga encontra outro, com excesso (ou vice-versa), ambos tendem a se estabilizar. Isso pode gerar um fluxo de cargas muito intenso que é o que se denomina descarga eletrostática (ESD).

A descarga eletrostática só pode ser visualizada na forma de um pequeno arco elétrico, mas, na maioria das vezes, ela é imperceptível, tornando a situação mais grave.

PROBLEMA

Uma ESD não é prejudicial ao corpo humano porque ela dissipa uma corrente muito baixa, a qual apresenta a forma de onda da corrente de uma descarga eletrostática ocasionada pelo toque humano. No entanto, sua tensão pode

O 2º/1º GCC e a preocupação com a descarga eletrostática

A Aeroespaço criou nesse espaço uma seção para que você possa fomentar boas idéias, propor mudanças para solucionar problemas e/ou impulsionar novos projetos para o DECEA. O objetivo é estimular o efetivo a participar mais da Aeroespaço, apresentando - em forma de artigo e de maneira criativa – idéias claras, com mapeamento de oportunidades e dificuldades, com segurança e conhecimento, que possam trazer boas influências para o nosso ambiente profissional. Acreditamos que todos podem apresentar idéias lógicas, objetivas e de bom senso. Por isso, envie a sua para ser publicada.

Usina de Idéias

Por José UBIRAJARA de Castro - 1º Ten QOE SUPChefe da Subseção de Suprimento do 2º/1º GCC

A utilização de manta e pulseira aterradas para a abertura das embalagens originais é um dos procedimentos adotados pelo Esquadrão

Seção

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chegar até 30 mil volts.Como os circuitos

eletrônicos são altamente sensíveis a sobre tensões, as descargas elétricas são muito prejudiciais e podem ocasionar danos físicos e falhas operacionais, e até causar prejuízos de milhares de dólares, dependendo do circuito atingido. Um simples toque de mão numa placa ou componente, o romper de uma embalagem ou uso de uma fita adesiva podem causar a inoperância de um equipamento muito importante para o sistema.

JUSTIFICATIVA

O Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), para exercer a nobre missão de controlar o espaço aéreo brasileiro, mobiliza mais de 13 mil pessoas em múltiplas atividades, diuturnamente trabalhando, as quais, de alguma forma, manipulam ou dependem diretamente de itens eletrônicos.

O Segundo Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (2º/1º GCC – Esquadrão Aranha) é um dos órgãos que compõem esse cenário, empregando uma gama significativa de equipamentos e itens sensíveis à eletrostática.

O Esquadrão Aranha vem trabalhando, de forma quase anônima, no sentido de criar uma cultura de controle de ESD, onde todos os envolvidos no manuseio de itens sensíveis à estática se comprometem com o processo.

Um ponto nevrálgico está no processo de recebimento, conferência, armazenagem e fornecimento desses itens, desenvolvido pela Subseção de Suprimento, a qual vem trabalhando para que os componentes sensíveis à eletrostática tenham um tratamento adequado. Para isso, o setor adota procedimentos básicos, tais como, a utilização de manta e pulseira aterradas para a abertura das embalagens originais na conferência dos itens recebidos, mantendo, à medida do possível, a embalagem original do fabricante,

ou usando embalagens antiestáticas, adquiridas na praça local; o fornecimento de componentes e placas para a manutenção em embalagens apropriadas; e, finalmente, a remessa de itens eletrônicos para o Parque de Material de Eletrônica do Rio de Janeiro (PAME-RJ) ou para outras Organizações Militares (OM), devidamente embalados, etiquetados e alertados quanto à sensibilidade em relação a ESD.

SOLUÇÃO

Sempre que as pessoas envolvidas no processo logístico de suprimento e manutenção observarem os cuidados básicos no manuseio de itens eletrônicos, no que diz respeito a ESD, serão economizadas consideráveis quantias de recursos financeiros, bem como será assegurada a funcionalidade do SISCEAB.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com isso, um Esquadrão Aranha melhor, uma Força Aérea melhor e um Brasil melhor estarão sendo edificados, como também um legado será deixado para aqueles que irão nos suceder.

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Um simples toque de mão numa placa pode causar a inoperância de um equipamento

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Lembrar que o Dia Internacional da Mulher se aproximava me fez refletir sobre um tema impor-tantíssimo que poderia ser debatido.

Até que ponto a competição no trabalho é saudável? Será que abrir mão dessa disputa pode ser prejudicial para a car-reira? Como enfrentar tamanho conflito sem se machucar ou prejudicar o outro? Competir, por vezes, significa garantir a própria sobrevivência, especialmente quando são escassos os elemen-tos necessários à vida em sociedade.

Competir pode ser saudável sim, desde que não se torne uma obses-são. Nessa competição, os pontos mais polêmi-cos seriam as fronteiras da ética.Entretanto, quando trabalhamos bem essa competição acabamos por galgar um patamar mais alto, de forma esportiva, sem ser

desleal, não permitindo que a vaidade pessoal fale mais alto.

Quase sempre podemos notar quando alguém está realmente passando dos limites. A pessoa

atropela quem está na frente e compete apenas em nome do poder, não demons-tra a nobre intenção de desenvolver o seu potencial com criativi-dade, não mantém o bom relacionamento, o profissionalismo, nem se importa com a qualifica-ção para o exercício da função.

Já ouvimos tantas vezes que as mulheres são menos preparadas para suportar pressões psicológicas. Porém, podemos dizer que a mulher aprendeu a proteger suas emoções quando ofendidas, pressionadas ou mesmo subestimadas, mesmo quando se depara com

Mulheres do Ar

“Enquanto algumas

desistem da possibilidade

de viver alguns

desafios, outras

buscam alcançar os

objetivos profissionais

com determinação

e amor”Por Angela Maria do Carmo Ferraz - 1º TEN QCOA ADE

Chefe do Pessoal Militar do DECEA

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“Mulheres da primeira

turma de oficiais

aviadoras, que trocaram os seus belos vestidos pelo

macacão de vôo,

romperam barreiras e

hastearam a bandeira da superação”

alguém que se aproveita destes conceitos na intenção de depreciar o real valor da mulher.

Poucas mulheres desistem mais facilmente devido ao cansaço decorrente de sua vida atribu-lada, pois tem que dividir o seu tempo de trabalho com outros afazeres que não são poucos, como cuidar da educação dos filhos, da casa, do marido, da própria estética, do estudo diário e mais.

Com todos esses afazeres, pode não restar paciência e energia para gastar nesta Selva. E até porque o trabalho não é tudo na vida de uma mulher. Ele tem tanta importância quanto à famí-lia, os amigos e os interesses pessoais. Enquanto algumas desistem da possibilidade de viver estes desafios, outras buscam alcançar os objetivos pro-fissionais com determinação e amor. Talvez este seja o grande segredo, a mulher veste a camisa e briga pelo que quer, sem esquecer de temperar com muito amor, transpondo com sabedoria os percalços e infortúnios.

Faz-me, então, lembrar da primeira turma de oficiais aviadoras, que trocaram os seus belos vestidos pelo macacão de vôo, superando todos os limites da emoção, esquecendo a TPM (tensão pré-menstrual) e outras esquisitices femininas. Romperam barreiras e hastearam a bandeira da superação.

Lindas, estavam lá. Choraram, mas não porque

estivessem sofrendo algum tipo de pressão psicológica. O choro era de alegria, estavam felizes. Conquistaram o espaço. O seu verdadeiro espaço.

Embora haja, ainda, aquele que, com a mente engessada, brinca, dizendo que as aero-naves deveriam sofrer algumas modificações. Tudo bem! É válido desde que seja para melhorar o desempenho de nossos pilotos e, conseqüente-mente, alcançar o obje-tivo da Organização.

Então, nos resta dizer que estamos presentes, competindo de forma saudável, sem perder o equilíbrio, nem a beleza, ultrapassando todos os limites dos eventuais preconceitos.

Não podemos olvidar que “Nossa Força vem da UNIÃO de nossa gente”. E que toda nossa gente vem do ventre de nossas mulheres.

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O HistóricoO Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Gama

(DTCEA-GA) foi criado pelo decreto n° 73.160, de 14 de no-vembro de 1973, e regulamentado pela Portaria n° 012/GM3, de 02 de maio de 1975. Desde sua criação, o DTCEA-GA já teve dez comandantes. Sua peculiaridade é a dispersão de seus Sistemas (Estações) em uma área de, aproximadamente, 9.600.000m² de cerrado.

O Destacamento está situado no km 01, à margem direita da BR-040 (sentido Brasília/Belo Horizonte). São cerca de 25km até Brasília e 5km até Gama.

A missão precípua do DTCEA-GA é de detecção radar, te-lecomunicações e geração de energia elétrica alternativa, pro-piciando ao CINDACTA I, de forma ininterrupta e precisa, a vigilância e o controle do espaço aéreo brasileiro.

Ao todo, o Destacamento conta com 45 militares e três civis em seu quadro de efetivo.

A Vila Habitacional eo Hotel de Trânsito

A vila habitacional é a mesma que atende à guarnição de Bra-sília e tem imóveis localizados em várias cidades do Distrito Federal, inclusive no Residencial Santos-Dumont, ao lado do Destacamento.

Apoiado pelo CINDACTA I, o DTCEA-GA conta com os mes-mos hotéis de trânsito deste Centro.

As cidades: Gama e BrasíliaUm clima tropical de altitude e a vegetação nativa predomi-

nante do cerrado fazem de Gama uma cidade bem agradável. O custo de vida e a violência são compatíveis aos das cidades metropolitanas. Na área de turismo, há o Catetinho, primeira residência oficial de Brasília, onde estão preservados móveis e objetos de época. O bosque com nascentes é uma atração a parte. A vida noturna é movimentada nos bares e quiosques. Gama tem alguns clubes, cinemas e feiras. Para quem gosta de pescar, “pesque-pague” é uma boa opção. Há boas escolas de ensino pré-escolar, fundamental, médio e superior. A econo-

O Radar Meteorológico do DTCEA - Gama

Conhecendo o

DTCEA Gama - DF

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mia na cidade baseia-se em comércio em geral e indústria de bebidas e móveis.

Já em Brasília, há um turismo voltado para o civismo, com seus palácios e o Congresso Nacional. Há ainda os museus, a torre de TV, a orla do Lago Paranoá, o Parque da cidade, o Parque Ambiental Água Mineral e outros. Há muitos clubes, restaurantes típicos e bares noturnos. Como opção de lazer gratuito, nos parques pode-se praticar esportes ao ar livre.

Culturalmente, Brasília oferece inúmeras opções: teatros, cinemas, casas de show e feiras de artesanato. Na Educação possui ótimos colégios de todos os níveis de escolaridade, além de faculdades e universidades.

Brasília conta com um policiamento exemplar, principal-mente por ser a sede do Governo Federal. Na economia, o co-mércio em geral, setor de serviços, hotéis, informática, etc. são os mais fortes.

A integração das famílias dos militaresComo não existe uma vila exclusiva do Destacamento, a inte-

gração das famílias dos militares se dá em clubes freqüentados pelos mesmos em reuniões sociais.

A Estrutura de assistênciamédica e odontológica

O efetivo do Destacamento conta com a assistência médica do HFA (Hospital das Forças Armadas), do HFAB (Hospital de Força Aérea de Brasília) e do SERSA6 (Consultório Médico).

A assistência odontológica é oferecida pelas Odontoclínicas de Brasília, do VI COMAR e do HFA.

O ComandanteNatural de Recife (PE), o Tenen-

te Geraldo CAVALCANTI de Lima, 42 anos, é casado com Gladys Ma-ria Requena Cavalcanti, com quem tem uma filha, Gladys.

O comandante do Destacamento do Gama é Praça de 1982, quando ingressou na Escola de Especialis-tas de Aeronáutica (EEAR). Após a conclusão do Curso de Meteorolo-gia, foi transferido para o DTCEA-

Brasília, passando pelo DTCEA-Cachimbo. Em 1999, foi trans-ferido para o Centro de Instrução e Adaptação de Aeronáutica (CIAAR). Após concluir o Curso de Oficiais Especialistas foi transferido para o CINDACTA I.

O Ten Cavalcanti possui o Curso de Especialização em Mete-orologia Aeronáutica, realizado no Instituto de Controle do Es-paço Aéreo (ICEA) e tem em seu currículo cursos nas áreas de meteorologia e administração da FAB. É – também - graduado em Administração de Sistemas de Informações.

Dentre as principais funções desempenhadas estão a de Oficial Previsor do Centro Nacional de Meteorologia Aero-náutica, Oficial Previsor do Centro Meteorológico de Vigi-lância de Brasília, Instrutor do Curso de Especialização em Meteorologia Aeronáutica e Chefe da Seção de Infra-Estru-tura do CINDACTA I.

As PeculiaridadesPara o Tenente Cavalcanti, o militar que optar por ser-

vir no DTCEA-GAMA vai trabalhar numa unidade onde o profissionalismo é destacado, além de ser uma OM próxima da capital federal, onde encontra-se a tranqüi-lidade de uma cidade do interior com todas as prerroga-tivas de uma cidade grande.

Homenagem ao joão-de-barroUm fato pitoresco aconteceu no DTCEA-GA e é contado,

agora, pelo seu comandante:“Coisas do mundo moderno. Desde pequenos sabemos que

o joão-de-barro, pássaro oleiro, que faz seu ninho com o ma-terial que lhe dá nome, tem uma companheira que lhe deve votos eternos de fidelidade. Caso contrário, a fêmea adúltera é enclausurada no próprio lar.

“Um representante macho da família dos furarídeos resol-veu construir seu ninho na antena do Radar Meteorológico do Gama (capa da edição anterior da Aeroespaço). Ornitólogos de plantão do Destacamento especulam sobre as causas.

“As opiniões se dividem. Alguns acreditam que o pássaro es-teja buscando maior controle sobre a amada. Outros, porém, afirmam que a mudança no padrão de habitat do joão-de-bar-ro deve-se à sua exigente esposa, que já não suportava mais morar em um barraco”.

O Destacamento tem 45 militares em seu efetivo

Ten Cavalcanti

João-de-barro na antena do Radar Meteorológico

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interessesdistintos

No dia dois de fevereiro de 2007, O jornal O Estado de São Paulo pu-blicou a reportagem “Helicópteros vão voar mais alto em São Pau-lo”, produzida a partir de entrevista concedida pelo Comando do Des-tacamento de Controle do Espaço Aéreo de São Paulo (DTCEA-SP). A matéria buscou informar o que realmente desejávamos, ou seja, os aspectos técnico, operacional e ambiental do problema inserido no contexto “helicópteros”, separando - convenientemente - as responsa-bilidades pelo cumprimento de cada atribuição.

Não só o cidadão comum, mas autoridades alheias ao meio ae-ronáutico têm emitido opiniões e

até mesmo cobrado das nossas administrações providências e sa-tisfações, nem sempre cabíveis a respeito de sobrevôo de aviões e helicópteros. Conceitos não coin-cidentes com a verdade das leis são emitidos, vez por outra, sobre o direito do sobrevôo das áreas ha-bitadas e até ações na justiça já fo-ram impetradas, todas decorrentes de interpretações distorcidas. Não é nosso objetivo ingressar na dis-cussão dos aspectos jurídicos do problema, mas alertar e esclarecer para fatos que permitirão fazê-lo.

Acreditamos que não haja dúvida alguma, em nenhuma das esferas citadas, sobre a necessidade de realização do vôo dos helicópteros nas grandes cidades do País. A aviação de asas rotativas tem de-monstrado ser a solução ideal para alguns problemas inseridos na vida das grandes cidades.

No caso da cidade de São Pau-lo há cerca de 500 helicópteros em utilização, gerando um tráfego de, pelo menos, 200 operações/dia na área de aproximação da pista 17 de Congonhas. Essa é a região ge-ográfica da cidade onde estão ins-talados os principais núcleos admi-nistrativos da nossa indústria. Algo em torno de 1/4 do Produto Interno Bruto (PIB) nacional é administrado nessa região da cidade. Mais de 130 helipontos elevados, devida-mente registrados e autorizados a funcionar pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), atendem às operações diárias de circulação aé-rea desses usuários.

Não é nosso trabalho coibir as ações de vôo, mas antes discipli-ná-las e apoiá-las. Verdade que, ao instituir as normas de circulação de helicópteros nessa área criaram-se, também, situações de relativo des-

conforto para a população sobrevo-ada. O cidadão, morador das áreas abrangidas, imagina ter direitos, os quais são discutíveis.

É óbvio que, se fosse possível administrar a atividade aérea dos helicópteros sem causar qual-quer tipo de inconveniente para o cidadão nós o faríamos com re-dobrado prazer. Aliás, ainda não desistimos do estudo da área e já propusemos várias elevações de altitude de vôo nas rotas de heli-cóptero, exatamente com a inten-ção de reduzir o ruído.

A hipótese do silêncio total é pou-co provável. Há o natural ruído, como também há ruído em outras atividades aceitas. Quem reclama da maior frota de caminhões en-tregadores de gás do País? Quem está contra o barulho ensurdece-dor de uma moto “da hora” (maior frota nacional) com escapamento Kadron? A lei é a grande disciplina-dora dessa lide.

Ainda que a validação inconteste das Zonas de Proteção de Aeródro-mos esteja focada no uso do solo, no obstáculo físico ou na constru-ção de edificações, verifica-se que o estabelecimento de zoneamen-tos residenciais urbanos levados a efeito sem a devida consideração da existência das áreas protegidas pelo Plano Básico ou Específico de Proteção de Aeródromo e o Plano de Zoneamento de Ruído, consti-tui-se em embaraço às atividades aéreas, contrariando o previsto no Artigo 43 do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA). Quando implan-tadas, não observou-se as incom-patibilidades entre as necessidades específicas, técnicas e operacio-nais das aeronaves durante os pou-sos e decolagens no Aeroporto de Congonhas, com os direitos defini-

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HELI

CÓPT

EROS

É tema da moda falar sobre helicópteros e sua convivência com a população

das grandes cidades do País. Assim o é,

também, em São Paulo. O cidadão paulistano vê-se em meio à lide

de interesses nem sempre ao alcance de seu completo domínio

e conhecimento. Tanto o público

externo como nossos companheiros de outras

áreas do Comando da Aeronáutica têm,

entretanto, direito de conhecer o que nem

sempre os veículos da mídia têm interesse

em publicar.

Por Carlos HEREDIA - 1º Ten R1Consultor ATS no DTCEA-SP. Ingressou na EEAR em março de 1956. Em 1984

formou-se oficial de tráfego aéreo. Foi chefe da TWR-SP de 1984 a 1988.

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dos na Lei Municipal 13.885/04 (Plano Diretor Estratégico da Cidade de São Paulo) e demais direitos do cidadão, estabelecidos na Constituição Federal de 1988.

O vôo dos helicópteros está, tam-bém, inserido no mesmo contexto. Houvesse a Administração Municipal de São Paulo estabelecido as zonas residenciais urbanas do Plano Diretor da Cidade de São Paulo, de acordo com o Plano Específico de Proteção do Aeródromo de Congonhas, con-forme o Artigo 44 parágrafo 4º da Lei nº7.565, de 19 de Dezembro de 1986, não teríamos, na atualidade, as pre-sentes dificuldades de relacionamento com os moradores das áreas próximas ao Aeroporto. Todos os procedimentos de vôo, oficialmente planejados e pu-blicados pela autoridade aeronáutica brasileira, estão assentados na legali-dade inconteste do uso do espaço aé-reo, livre e desimpedido, para tal fim.

É esse o efeito pretendido pelo CBA, principalmente, no seu artigo 16, quando garante o direito a sobrevôo de áreas habitadas, desde que em cumprimento aos procedimentos que o norteiam.

Fiéis ao compromisso de “fazer voar”, após muito trabalho integrado entre a chefia do DTCEA-SP, a Divi-são Operacional do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP), o apoio de muitos compa-nheiros e a colaboração da Associa-ção Brasileira de Pilotos de Helicóp-teros (ABRAPHE), logramos projetar uma solução que, uma vez aceita pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), foi colocada em prá-tica e, se não é a solução definitiva, aguarda que outra, melhor pensada, a substitua, até porque não apenas mo-

nitora o tráfego, mas exerce controle efetivo. Tem, pelo menos, o privilégio de ser autêntica, brasileira, e espelhar uma solução criativa para um proble-ma local: o espaço aéreo que envolve a final da pista 17, sobre os bairros de Moema, Campo Belo, Itaim, Ibirapuera e cercanias foi considerado somen-te entre as altitudes mais utilizadas e próprias para o vôo dos helicópteros. Havia, nessa área geográfica, 106 helipontos, todos elevados e todos operacionais. Hoje são mais de 135. Sustar as autorizações de uso desses helipontos, além de contrariar a índole do Sistema, nos levaria a uma infindá-vel sucessão de reclamos do usuário, via justiça.

No ano de 2006 tivemos, em Congo-nhas, 236 mil movimentos de aviões e 62 mil de helicópteros na área con-trolada. O espaço aéreo foi comparti-lhado e ficou garantida a segurança do sistema. Houve, apenas, poucas (quatro) situações de alerta e que não chegaram a quebrar a rotina das ope-rações. Entretanto, o possível aumen-to da demanda de helicópteros não poderá ultrapassar a limitação de seis vôos simultâneos na área controlada.

Se tal situação vier a ocorrer, estará suplantando a nossa capacidade ins-talada de prestação de serviço simul-tâneo, o que determinará medidas de contenção de fluxo. Esse incremento da demanda está diretamente relacio-nado com o aumento da frota de heli-cópteros e com a autorização de cons-trução de novos helipontos na região.

O espaço aéreo nacional dispõe de legislação específica que está a car-go da União, por meio de seus órgãos competentes, administrando a segu-rança e hegemonia do espaço aéreo. Não cabem, nessa lei, considerações sobre zoneamento urbano. Ela é transparente ao terreno. Espaço aéreo é céu, livre e desimpedido, onde voar é possível e “navegar é preciso”.

Movimento de Aeronaves em Congonhas e Proximidades - Evolução Estatística

Nota: os aviões que operaram em Congonhas compartilharam o espa-ço aéreo com os helicópteros. Gra-ças ao sistema de controle adotado para os helicópteros, houve segu-rança no setor a ponto de reduzir-se o número de alarmes TCAS, na forma demonstrada no gráfico.

(*) A partir de 10/06/2004 - Ativ. do Cont. de Helicópteros

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O Terceiro Centro Integrado de Defesa Aé-rea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III) realizou, no dia 18 de dezembro de 2006, em Recife, a cerimônia de sagração da Or-dem dos Gaviões dos Guararapes.

O Comandante do CINDACTA III, Cel Av José Alvez Candez Neto, Gavião Real da Ordem, recepcionou os convidados no evento de grande relevância para a história da Organização, que contou com a presença de autoridades militares e civis de alta sig-nificação para este Centro, entre as quais o Ten Brig Flávio de Oliveira Lencastre, o Maj Brig Gilberto Antonio Saboya Burnier, o Maj Brig R1 Normando Araújo de Medeiros, Maj Brig R1 Washington Carlos de Campos Machado, Brig R1 Paulo Fernando de Santa Clara Ramos e a Juíza Maria Placidina de A. B. Araújo.

Na ocasião, foram sagrados dez Con-selheiros da Ordem e seis Gaviões Honorários. Após cerimônia de sagra-ção no auditório da Organização, os convidados participaram de um jantar de confraternização, quando foi com-plementada a entrega de distintivos, realizando-se salutar congraçamento entre convidados, oficiais do efetivo e respectivos familiares.

A Ordem dos Gaviões foi criada em outubro de 2003, no intuito de unir os oficiais do efetivo do CINDACTA III, perpetuando suas passagens pela organização, bem como de consolidar os laços de amizade existentes entre o Centro e personalidades de significativa

importância ao longo de sua existência.O símbolo da Ordem está representado por

um gavião sobre a antena do radar, cuja ima-gem está inserida no distintivo de organização militar (DOM) do CINDACTA III.

A Ordem dos Gaviões foi iniciada com o en-tão Comandante Cel Av Walter Dias Fernan-des Filho, sendo estabelecido como o “Gavião dos Guararapes 01”, recebendo os demais integrantes do efetivo (oficiais da sede e dos Destacamentos) numeração seqüencial em ordem crescente de acordo com a antiguidade verificada em relação ao efetivo observado à época da constituição inicial.

Cada oficial que ocupar, de forma não-even-tual, a função de Comandante do CINDACTA III receberá, além do seu número de inscrição permanente na Ordem, atribuído conforme a sua data de apresentação na organização, o Título de Gavião Real, o qual deixará de

ostentar ao ser sucedido no Comando da OM.

Serão agraciadas, também, todas as pessoas, civis ou militares, que de algu-ma forma contribuírem para a elevação da própria Ordem, do CINDACTA III, da Força Aérea Brasileira ou da República Federativa do Brasil, passando à condi-ção de “Gavião dos Guararapes Honorá-rio”, sendo registrado no livro histórico da Unidade.

O Conselho da Ordem dos Gaviões é o órgão soberano da instituição, sendo formado pelo Gavião Real e mais dez Gaviões ou Gaviões Honorários, de alta relevância no contexto do CINDACTA III, não exercendo função na OM.

Sagração da Ordem dos Gaviões dos Guararapes movimenta o CINDACTA III

O evento entrou para a história do CINDACTA III

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Conselho da Ordem dos GaviõesTen Brig Ar Flávio de Oliveira LencastreMaj Brig Gilberto Antonio Saboya BurnierMaj Brig Ar Ailton dos Santos PohlmannMaj Brig R1 Normando Araújo de MedeirosMaj Brig R1 Washington Carlos de Campos MachadoBrig R1 Paulo Fernando de Santa Clara Ramos Cel Av Walter Dias Fernandes FilhoCel Av R1 Walmir Ferreira ChavesCel R1 Reginaldo Hack BerlimCap R1 MET Amílton Almar Fagundes Vieira

Gaviões HonoráriosDrª Maria Placidina de A. B. AraújoCel Av R1 Robinson Vladenir Botelho LucasCel Av R1 João Batista CremaTen Cel Av Genésio Seixas FilhoTen Cel Av Hygino Lima RolimSr. José Bezerra de Carvalho Filho

Ten Brig Lencastre é agraciado como Conselheiro da Ordem pelo Gavião Real Cel Candez

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Literalmente FalandoEu via as pessoas no aeroporto. Mas o que mais me co-movia não eram as despedidas, nem as vindas, nem os beijos e os abraços.O que mais me emocionava era aquela fração de segun-do em que eu percebia o silêncio e enxergava as cenas. Como um filme sem som. Época de cinema mudo?O que me emocionava, fazendo-me perder os sentidos, era o momento em que eu olhava para o avião prestes a decolar Isso sim me emocionava. A decolagem. Talvez porque isso fosse o mais próximo de ser pássaro.Liberdade sem dor. Partida sem aperto no peito. Diferen-te das pessoas quando se despedem. É assim que um pássaro deve se sentir. Por isso, esta cena me comove tanto.No entanto, minha mente novamente esvaziava, como meditação. Sobrava minha respiração e novas viagens, que mergulhavam em meus pensamentos.Por exemplo, pensei nas tartarugas. Sim. As tartarugas me comovem.Quando vejo um canal de TV, explicando as desovas das tartarugas, eu saio de mim.As tartarugas também são perecíveis, mas elas são resistentes ao tempo. Ge-rações e gerações de humanos, e aquela tartaruga que existia na época de meu tataravô, ainda existe. E eu... longe de conhecer os meus ancestrais. Isso é só uma viagem. Nunca tive uma tartaruga. Nem meus ascendentes. Acho isso um erro tremendo. Vou deixar uma tartaruga de herança, porque é como deixar uma espécie de vida, mais resistente do que os próprios filhos. Talvez os filhos dos filhos dos meus filhos tenham esta mesma tartaruga.Acho que a tartaruga tem uma beleza rara. Esta tal resistência misturada com solidão.Sim, a solidão que a tartaruga sente nos mares. Como a solidão pode ser bela? E não só a solidão que sente nos mares, mas a solidão de ultrapas-sar gerações, sendo que outros seres morrem antes. Nestas horas, morrer é glorioso. Quem morre não sente dor, mas quem não morre tem que lidar com isso. Bem, eu nunca morri, mas é a idéia que tenho. Ou talvez eu tenha morrido várias vezes; nunca senti, porque me mataram. Mas sei que perder é doloroso demais. Sou péssima perdedora. Tenho dificuldade em lidar com a dor, então só me resta senti-la até o seu ápice, para que eu a sinta com toda a profundidade e ela me esqueça.Eu vejo tristeza na sobrevivência das tartarugas ao atravessarem oceanos, na-dando em busca da solidão. Dá uma sensação de auto-suficiência. Por outro lado, de perda. E até a perda, aqui, parece bela.O que determina o sexo das tartarugas é a temperatura da areia. Quando penso nisso, penso em equilíbrio ecológico. E fico com vontade de ir para um lugar onde eu possa observar a vida com todo seu esplendor. Neste ponto, acho que sou meio tartaruga. E isso também é solitário.Também penso naquele percurso da praia ao mar, naquela luta para chegarem vivas ao mar, sem medo algum, sem receio, para sempre. Penso na coragem que tem um filhote de tartaruga, recém nascido, ao tomar esta decisão: “Eu preciso chegar até o mar.” Naquele instante, o mar é a verdadeira mãe. Chegar ao mar é a primeira proteção. Aquele que consegue este objetivo é o mais apto a sobreviver.

Grande parte das tartarugas é devorada por preda-dores, que também cumprem o seu papel na cadeia alimentar. Por que sentimos tanta raiva dos predadores, e ao mesmo tempo, uma compreensão imensa?Então, quando vejo uma tartaruga grande nadando, penso nas tantas coisas que ela passou, para hoje, estar ali. Quantas coisas ela deve ter visto! Quanto deve ser difícil, a ela, ver tantas mortes ao seu lado, e estar ali, envelhecendo.Mas eu não invejo as tartarugas. Apenas sinto por elas uma enorme admiração, um respeito, um ar de curiosi-dade e de incompreensão. Como elas conseguem?Invejo mesmo os pássaros. A liberdade sem escolha. A liberdade como essência. Neste ponto, até mesmo os pássaros se prendem à liberdade, de modo que não podem optar em serem diferentes. Quem se prende à liberdade é realmente livre?

Mas invejo os pássaros não pelo desprendimento. Isso as tartarugas também têm. Invejo pela nostalgia, ou melhor, pelo fato de causarem esta sensação.As tartarugas não dão nostalgia, mas vazios, mistérios, medos. Na verdade, elas carregam nostalgias, para fazer com que a solidão que as acompanha não fique só.Os pássaros dão saudade, beleza, cantos e vigor. E somente causam vazios quando partem. Vazios que se tornam abismos intermináveis.As tartarugas oferecem o silêncio da vida. Por isso são misteriosas. Se existis-sem sereias, certamente elas teriam alma de tartaruga.Invejo os pássaros porque eles não sofrem. Eles não sentem falta. Eles são predestinados à liberdade, sem serem frios.Invejo os pássaros por sentirem o vento e estarem mais perto do sol, olhando a superfície da vida, percebendo o que é ser terrestre. Ser um ser terrestre é muita limitação. Acho que é por isso que as plantas fazem fotossíntese, para nunca se apegarem a nada e serem independentes. Mas nós... nem isso fazemos.Os pássaros têm aquela visão superior, sábia, de cima, como se fossem deu-ses. Será que eles se sentem superiores?Invejo porque planam na bela paisagem.E por tanta euforia que os pássaros trazem, eles não sabem viver tanto tempo, como as tartarugas. Na verdade, eles não conseguem.E quando vejo pássaros voando em formação? Isso me comove demais. Eles estão ali, cuidando uns dos outros, trocando de lugar, fazendo revezamento, incentivando uns aos outros.Agora, eu nem sei com o que eu me emociono mais, se com pássaros, tarta-rugas, a decolagem dos aviões, as abelhas, as formigas, os pingüins, as flores de vida efêmera, mas com a beleza refinada de um vestido, tecido com muito cuidado. Eu não sei se me emociono mais ainda com as baleias e seus cantos de acasalamento, com os tubarões, que com tanto vigor e força, convivem com as rêmoras. Ainda por cima, eles trocam de dentição! Se eu pudesse, trocaria de dentição a cada dois meses.Já estava esquecendo de mencionar os girassóis. Como esquecer dos giras-sóis? Van Gogh conseguiu apreciá-los como ninguém.Eu não sei explicar esta sensação de perceber minha vida, quando olho para o mundo. Só isso me faz sentir viva.

Fabiana Borgia - TenAJUR – DECEA

Sobre a Vida

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