Agentes Públicos e Lei 8112.90

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  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    AGENTES PÚBLICOS E LEI 8.112/90 – CERS 2014

    1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS:

    Agente público e servidor público não são sinônimos. A primeira

    expressão é bem mais ampla e inclui todos que agem em nome do Estado,ainda que temporariamente e sem remuneração. Enquanto o indivíduo

    exercer a função pública ele ser agente público.

    2. AGENTES PÚBLICOS: são de tr!s espécies"

    #.$ A%E&'E( )*+'-*("(ão aqueles que atuam na função política do Estado. /uem são eles0

    A matéria não é pací1ca"

    a2 3etentores de mandato eletivo

    b2 (ecretrios e 4inistros de Estado

    c2 4embros da magistratura e do 4inistério )úblico.

    Agentes políticos são aqueles que estão no topo da estrutura estatal,

    aqueles que representam5constituem a vontade do Estado. (ão aqueles

    que estão no comando5direção de cada um dos poderes. (ão as mentes

    que manifestam a vontade do Estado.

    Exemplo" 6efes do )oder Executivo 7)residente da 8epública,

    %overnadores e )refeitos2.

    &ão se esqueça" aonde vai o c6efe vai também a sombra dele 7vices2. 'ambém são considerados agentes políticos os auxiliares imediatos do

    poder executivo 7ministros de estado, secretrios estaduais e municipais2.

     'ambém devem ser incluídos nessa lista os membros do )oder +egislativo

    7senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores2.

    *s 3efensores )úblicos e 4inistros do 'ribunal de ontas não são

    considerados agentes políticos. )ara voc! entender que o consel6eiro e os

    ministros do ' não é um agente político, vou contar uma 6istorin6a"

     'odos os doutrinadores concordam.Esses são tema pací1co.

    Aqui 6 diverg!ncia,mas voc! inclui eles

    na 6ora da prova.

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    Em #99: foi editada a (úmula ;inculante n. $unto ao ('?, argumentando=se que essa

    nomeação violava diretamente a (.;. &@ $unto ao ('?, sob o

    argumento de que essa nomeação violava a (.;. n@$eitos ao regime é >urídico administrativo, que

    alguns preferem c6amar de regime legal ou estatutrio. /uer dier que os

    direitos deles estão previstos na lei ou na ?5::. Algumas carreiras

    possuem lei prCpria 7+*4), por exemplo2.3outrina ma>oritria" esses agentes respondem por improbidade.

    #.# )A8'-D+A8E( E4 *+A*8AFG*"

    H aquele que não perde a qualidade5condição de particular, mas que

    em certo momento exerce função pública. Ex." mesrio, >urado.

    (ubdividem=se em vrias categorias"

    I 3esignados ou agentes 6onorí1cos  7JelK +opes 4eireles2"

    obrigados a trabal6arL são convocados. Ex." mesrio, >urado, serviço militar

    obrigatCrio.

    M ;oluntrios 7ou particular em Nsponte prCpriaO P livre e espontQnea

    vontade2" aqueles que atuam em diretoria de consel6os de classe, e

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    voluntrios. Ex." médico voluntrio no 6ospital, c6efes da *A, amigos da

    escola.

    R 3elegados de função" H o caso das concessionrias e

    permissionrias de serviço público.Além disso, 6 uma situação única no rasil, prevista no art. #urídica.

    V )articulares em colaboração credenciados" são aqueles que atuam

    em nome do Estado em raão de conv!nios 1rmados com o )oder )úblico.

    Ex." médicos privados, quando atuam em conv!nio com o (D(.

    #.< (E8;-3*8E( E('A'A-(

     'ambém são c6amados de agentes administrativos. H a grande massa

    da administração. H todo aquele que atua em nome do Estado, não importa

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    se na administração direta ou indireta, ou em pessoa >urídica de direito

    público ou privado. uidadoW Eu não falei de servidores públicos, falei de

    servidores estatais.

    3ividem=se em tr!s categorias"

    I 'emporrios" são aqueles contratados com base no art. a para prestação de serviço temporrio de

    excepcional interesse público. * ('? di que a contratação de temporrios

    depende de tr!s requisitos bsicos"

    a2 O serviço tem que ser temporário e deve ser regulamentado em

    lei: &o Qmbito federal nCs temos a +ei :XZ[5TZL ela de1ne o que é serviço

    temporrio, quanto tempo ele dura, etc. Essa lei deve prever as regras

    bsicas aplicveis aos servidores temporrios. H um regime especial de

    direito administrativo.

    b2 Deve ter interesse público.

    c2 Contratação em caráter excepcional: eu não posso contratar um

    temporrio ao invés de nomear um servidor efetivo. &Cs vemos com

    frequ!ncia a administração contratando servidores temporrios ao invés de

    contratar efetivos pelo fato de que não precisa de concurso. &ormalmente,

    o Estado até fa um processo seletivo para demonstrar impessoalidade na

    contratação, mas não 6 necessidade de concurso público para provimento

    de cargos propriamente dito.

    Além disso, esses indivíduos não adquirem estabilidadeL eles

    trabal6am por prao determinado.

    *s servidores temporrios são contratados, mas não são celetistas,

    motivo pelo qual a compet!ncia para >ulgar as controvérsias envolvendo

    esse vínculo não ser da Uustiça do 'rabal6o e sim da Uustiça omum

    Estadual 7caso se trate de servidor municipal ou estadual2 ou ?ederal 7caso

    de trata de servidor federal2.

     

    M eletistas" exercem atividade permanente no Crgão público. (e por

    acaso eles forem exonerados do cargo, terão que ser substituídos. * art.

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    da ? exige que, necessariamente, essa contratação se>a precedida de

    concurso público de provas ou de provas e títulos.

    * que diferencia o celetista do estatutrio é a naturea do vínculo. As

    obrigaç\es do empregado celetista não estão previstos na +', mas sim no

    contrato que ele estabelece com a Administração. Essa relação é nanaturea contratual.

    A estabilidade não é adquirida pelos ocupantes de emprego público.

    R Estatutrios" exercem atividade permanente no Crgão público. (e

    por acaso eles forem exonerados do cargo, terão que ser substituídos. *

    art. a precedida

    de concurso público de provas ou de provas e títulos.* estatutrio assina termo de posse e não assina qualquer contrato

    com a Administração. *s direitos dele estão previstos na lei, que é

    c6amada de estatuto. &ão existe relação contratual que preve>a direitos e

    deveres individualiados para o servidor estatutrio.

    Es!"#$#%!%&:

    3estaca=se que não basta ser estatutrio para vir a adquirir

    estabilidade. H necessrio, ainda, que o servidor se>a ocupante de cargo

    efeito, pois o ocupante de cargo em comissão pode ser nomeado e

    exonerado livremente.

    * art. $T da A3' estabiliou todos aqueles que 6aviam ingressado

    no serviço público pelo menos [ anos antes da promulgação da ?5::.

    Esses indivíduos foram estabiliados, e não necessariamente são

    servidores estatutriosL muitos deles eram ocupantes de emprego público.

    4as a partir de $T:: a estabilidade é exclusiva para detentores de

    cargo efetivos, sendo necessrio, para tanto, o preenc6imento dos

    seguintes requisitos"

    a2 três anos de efetivo exercícioL

    b2 aprovação em avaliação especial de desempeno, formada por

    uma comissão especialmente designada para isso.

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    uidado" o ('? vem entendendo que ] passados o 9< anos sem que

    se ten6a levado a efeito a avaliação do servidor ] presume=se que ele foi

    avaliado e aprovado. H o que se c6ama de avaliação tcita.

    P&'%! %! &s!"#$#%!%&:A estabilidade não signi1ca que o servidor vai 1car no cargo para

    sempre. /uer dier, ao contrrio, que ele sC perder o cargo nas formas

    previstas na onstituição, que são"

    a2 avaliação peri!dica de desempeno" não é o mesmo que avaliação

    especial 7que serve para adquirir estabilidade2. 3epende de

    regulamentação por +. )elo menos no Qmbito federal essa lei não existe

    ainda. (e a avaliação apontar desempen6o insu1ciente, o servidor poderperder o cargo, respeitado o contraditCrio e a ampla defesaL

      b2   processo administrativo" é claro que todos os processos

    administrativos devem respeitar o contraditCrio e a ampla defesa.

    c2 sentença "udicial transitada em "ulgado" não pode ser uma decisão

     >udicial contra a qual caiba recurso.

    Essas são as 6ipCteses previstas no art. Z$ da ?. sC que o art. $ST da

    ? criou outra forma de perda do cargo pelos servidores estveis"

    d2 corte de gastos: *s entes federativos tem um limite de gastos com

    pessoal. (e o ente federativo extrapola o limite, ele precisa cortar gastos.

    &esse ponto, 6 de serem observadas as seguintes medidas"

    ^ em primeiro lugar, ao menos #9_ dos cargos em comissão devemser cortadosL

    ` se não resolver, exoneram=se os servidores não estveisL

    se nada disso resolver, passa=se B exoneração de servidores

    estveis. /uando o servidor estvel for exonerado, ele ter duas garantias"

    o cargo dele ser extinto e permanecer extinto pelo prao mínimo de

    quatro anos, e o servidor ter direito B indeniação correspondente B um

    m!s de remuneração para cada ano de serviço prestado.

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    Es()#* +'*"!,'#*:

    * texto original da ? estabelecia que o servidor conquistava a

    estabilidade apCs # anos de efetivo desempen6o da atividade. 3estaca=se,

    no ponto, que a ? tratava de estabilidade, e não usava a terminologia

    Nestgio probatCrioO.(eguindo esse entendimento, a +ei :.$$#5T9, em seu art. #9, trouxe o

    entendimento no sentido de que o período de estgio probatCrio

    correspondia a #Z meses. Essa previsão de compatibiliava com o teor da

    onstituição ?ederal, de modo que o período de estgio probatCrio era

    exatamente o mesmo período necessrio para que o indivíduo

    conquistasse a estabilidade no serviço público.

    *corre que a E $T5T: alterou o art. Z$ da ?, o qual passou a prevero lapso temporal de < anos para que o servidor adquirisse estabilidade no

    serviço público. -sso criou uma celeuma, pois parte da doutrina passou a

    dier que estabilidade e estgio probatCrio eram coisas distintas" o servidor

    passava por um estgio probatCrio de #Z meses 7conforme a +ei :.$$#5T92,

    mas ] ao 1nal desse período ] não adquiria a estabilidade, que sC era

    atingida apCs 9< anos de efetivo exercício das atividades.

    * entendimento que prevalece acerca do assunto é no sentido de que

    a estabilidade e o período de estgio probatCrio devem coincidir, de modo

    que o art. #9 da +ei :.$$#5T9 não é considerado materialmente compatível

    a onstituição. 'anto um quanto o outro devem corresponder ao prao de

    9< anos.

    -#!$##&%!%&:

    H uma garantia concedida B determinadas carreiras do serviço públicomaior do que a estabilidade. * agente vitalício sC pode perder o cargo por

    meio de sentença >udicial com trQnsito em >ulgado. As outras formas de

    perdas da estabilidade não se aplicam aos servidores vitalícios.

    Essa garantia somente é conferida aos membros da 4agistratura, do

    4) e do 'ribunal de ontas. E como fa para adquirir essa maravil6a0 ;oc!

    precisa entender que existem duas formas de ingressas nessas carreiras"

    mediante concurso público ou mediante indicação política, nos moldes da

    onstituição ?ederal 7/uinto onstitucional2.

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    omo a nossa ? é bem torta, se o indivíduo ingressar nas aludidas

    carreiras mediante concurso, ele sC adquire vitaliciedade apCs dois anos de

    exercícioL se ele ingressar mediante indicação política, ele adquire

    vitaliciedade imediatamente ao iniciar o exercício das funç\es 7Ex." 4inistro

    do ('?2.

    . LEI 8.112/90 – voc! precisa ler essa lei. Esse estatuto aos servidores

    civis da Dnião. *s servidores militares, bem como os estaduais e

    municipais, possuem regramento prCprio.

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    leiL e o edital deve prever critérios ob>etivos sobre como ser realiado o

    exame.

    R &acionalidade brasileira"

    A ? determina que não é possível conferir tratamento diferenciadoaos brasileiros natos ou naturaliados, exceto quando ela mesma 1er

    ressalvas. A arta 4aior prev!, ainda, que os cargos públicos são

    acessíveis aos brasileiros 7natos ou naturaliados2 e aos estrangeiros, na

    forma da lei.

    )ara regulamentar esse dispositivo, a +ei :.$##5T9 estabelece que as

    instituiç\es de pesquisa e universidades públicas podem prover seus

    cargos de técnicos, de professores e de cientistas com servidoresestrangeiros.

    V &ível de escolaridade exigido para o cargo

    /uitação militar e eleitoral

    Estar em goo dos direitos políticos

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    3epois da posse, o indivíduo tem o prao de $[ dias para entrar em

    exercício.

    (e o servidor toma posse, mas não entra em exercício no prao de $[

    dias, eles ser exonerado. -sso não é uma sanção. )or outro lado, se o

    indivíduo sequer tomar posse, ele não ser exonerado, pois ainda não foiinvestido na função pública. * seu ato de nomeação ser considerado sem

    efeito. * cargo volta a 1car vago e a administração pode c6amar o prCximo

    classi1cado no concurso.

    M 3erivado" é aquele que deriva, decorre da exist!ncia de um

    provimento anterior na carreira. * servidor vai ocupar outros cargos

    %&'* %! &s! !'''! 7(úmula S:[ do ('?2. uidado" não existeprovimento derivado entre carreiras diferentesW (C é possível passar de

    uma carreira para outra mediante concurso público.

    a2 ,romoção" c6amada de provimento derivado vertical, pois o

    servidor passa para um cargo 6ierarquicamente superior, dentro da mesma

    carreira. A promoção pode se dar por antiguidade e merecimento,

    alternadamente. &ão é alternadamente para o servidor, e sim para aAdministração. 3epois que ela promove alguém por antiguidade, a prCxima

    promoção ] para quem quer que se>a ] deve ser por merecimento.

    (e a promoção é forma de provimento, para que a o indivíduo possa

    prover o cargo o cargo precisa estar vago.

    &ão confunda promoção com progressão, que existe mais nas

    carreiras=meio, como o caso de técnicos e analistas. )rogressão é um

    aumento do padrão remuneratCrio. Ex." voc! entra no concurso comoanalista do '8' a, progressão é o aumento

    do padrão remuneratCrio sem alteração de cargo.

    b2 -eadaptação" essa é uma forma de provimento derivado6oriontal. * servidor passa para outro cargo em raão de limitaç\es físicas

    ou mentais 7não precisa ser em raão do exercício das funç\es2. * servidor

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    tem direito de ser readaptado, ainda que não 6a>a cargo compatível vagoL

    ele deve ser readaptado e exercer as funç\es do cargo como excedente.

    A readaptação ense>a a garantia de equival!ncia de vencimentos. *

    servidor readaptado não pode sofrer diminuição na sua remuneração em

    raão da readaptação. 4esmo que a função que o servidor passe a exercerten6a um padrão remuneratCrio diferente, ele não sofrer diminuição dos

    seus vencimentos 7nem aumento2.

    c2 -eversão" é uma das formas de provimento por reingresso. (e d

    quando cessão os motivos que ense>aram a aposentadoria do servidor. A lei

    :.$$#5T9 prev! duas 6ipCteses de reversão"

    ^ 8etorno do servidor que estava aposentado por invalide, tendo emvista a cessação da incapacidade. * servidor que se aposenta por invalide

    1ca su>eito B perícia médica que poder ser realiada a qualquer tempo,

    não tem prao 7art. $::, [@, da +ei :.$$#5T92.

    ` 8etorno do servidor aposentado voluntariamente" esse caso gera

    algumas discuss\es. A lei c6ama de reversão no interesse da

    administração. )ossui os seguintes requisitos"

    # aposentadoria voluntria

    ## interesse da AdministraçãoL

    ## concordQncia do servidorL

    #5 servidor estvel no momento da aposentadoriaL

    5 a aposentadoria deve ter acontecido 6 no mximo [ anosL e

    5# exist!ncia de cargo vago compatível.

    Além de tudo isso, não pode reverter ao serviço público o indivíduoque > completou X9 anos.

    *(" a doutrina e a >urisprud!ncia entendem que essa disposição é

    inconstitucional sob o argumento de que quando o servidor público se

    aposenta, o vínculo dele com a Administração é quebrado, de modo que

    ele sC poderia retornar ao servido público mediante nova aprovação em

    concurso público. )ara 1ns de prova, voc! responde de acordo com o texto

    de lei.

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    )ara 1ns de prova ob>etiva, não sendo mencionado o entendimento

     >urisprudencial, marque como certa as duas 6ipCteses 7reversão em caso

    de aposentadoria por invalide e no caso de interessa da Administração ]

    aposentadoria voluntria2.

    d2 -eintegração: exclusiva para servidores públicos estveis. 'ambém

    é uma das formas de provimento por reingresso. H o retorno ao cargo

    público do servidor estvel, em raão da anulação do ato de demissão. A

    anulação pode acontecer por decisão administrativa ou >udicial e produ

    efeito ex tunc, o que signi1ca dier que o servidor tem direito de ser

    reintegrado e, além disso, ser indeniado por tudo aquilo que deixou de

    gan6ar em virtude da demissão que foi considerada nula.

    Ex." 4arcos ocupa o cargo NaO. ?oi demitido e, posteriormente,

    consegue anular o ato de demissão. Aí ele volta a exercer o cargo de

    origem 7é o que se c6ama reintegração2. (C que nesse meio tempo o cargo

    NaO foi ocupado pelo ?bio.

    4arcos vai voltar para o cargo NaO da mesma forma, sendo que ?bio

    vai voltar para o seu cargo de origem 7é o que se c6ama recondução ] não

    6 direito B indeniação2. (C que nesse meio tempo o cargo de origem de

    ?bio foi ocupado por '6iago. &essa 6ipCtese, a lei prev! que ] não sendo

    possível o retorno de ?bio para o seu cargo de origem 7não pode ser uma

    dança das cadeiras interminvel2 = ?bio ser aproveitado em um cargo

    compatível com o dele.

    (e também não existir cargo vago compatível, ?bio ser colocado

    em disponibilidade remunerada.

    e2 -econdução:  também é uma das formas de provimento por

    reingresso. H exclusiva para servidores públicos estveis. H o retorno do

    servidor público ao cargo anteriormente ocupado, sem direito B

    indeniação. Existem duas 6ipCteses"

    # ocorre quando 6 a reintegração do anterior ocupante do cargoL

    ##  ocorre quando 6 a inaptidão no estgio probatCrio em outro

    cargo, que ense>a a recondução ao cargo anteriormente ocupado, emreação ao qual > 6avia ocorrido a aprovação em estgio probatCrio. A

    doutrina e a >urisprud!ncia entendem que essa recondução é de mão

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    dupla" tanto a Administração pode veri1car que o indivíduo não est apto

    para exercer o novo cargo, como o prCprio servidor pode ac6ar que prefere

    o cargo antigo.

    uidado" passo o período do estgio probatCrio não segundo cargo,

    não ser mais possível essa recondução.

    f2  .proveitamento" exclusivo para servidores públicos estveis.

     'ambém é uma das formas de provimento por reingresso. H a volta ao

    cargo público do servidor que estava em disponibilidade.

    A ? estabelece que quando o cargo do servidor é extinto ou foi

    declarado desnecessrio, ele não pode perder o vinculo, porque isso seria

    uma forma de burlar a estabilidade. ?oi estabelecido, então, que nessescasos o servidor 1ca em disponibilidade, com remuneração proporcional ao

    tempo de serviço. A disponibilidade não tem prao, mas o servidor que

    est nessa condição possui uma garantia" se surgir algum cargo vago

    compatível com o dele, ele ser aproveitado.

    H o que se c6ama de aproveitamento obrigatCrio, pois a

    Administração não pode c6amar novos aprovados, e é obrigatCrio para o

    servidor, que não pode dier Nme deixe aqui em disponibilidadeO.

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    6ipCtese de acumulação, mas os aludidos onsel6os > disciplinaram dessa

    forma, para que o membro 1que :6 no 4) e Z6 no magistério.

    b2  .posentadoria de um 0 aposentadoria do outro" pode nas

    6ipCteses da atividade. Ele pode se aposentar nos dois0 H possível, nasmesma 6ipCteses em que for possível a cumulação de cargos na atividade.

    &ão esqueça que aposentado recebe proventos. Ele pode receber,

    portanto, dois proventos, desde que a cumulação dos cargos se>a possível

    durante a atividade.

    c2  .posentado 0 atividade em outro" em princípio, isso não é

    possível.Exceç\es" ser possível acumular a remuneração do cargo e o

    provento de aposentadoria em 8))( nos caos em que se>a possível a

    cumulação de ambos os cargos na atividade.

    (ervidor aposentado também pode voltar B atividade para exercer

    mandato eletivo. Ele est aposentado no primeiro cargo. * segundo cargo

    poder ser qualquer cargo eletivo, inclusive o de )residente.

    +embrando que tem que observar o teto remuneratCrio. (e a soma do

    valor do provendo e do subsídio for superior ao subsídio do ministro do ('?,

    6aver o corte denominado '&%6*' *s#6#*!$ . 

     'ambém é possível cumular provento de aposentadoria no 8))( e

    cargo em comissão 7são estatutrios2, pois os detentores de cargo em

    comissão contribuem para o 8%)(.

    hltimo caso" imagine que o delegado de polícia se aposentou, depois

    fe concurso para promotor de >ustiça e passou. Ele pode cumular os

    proventos de delegado com o subsídio de promotor0 Jo>e não pode. Até

    $TT: isso era possível. * texto original da ?5:: não proibia essa 6ipCtese.

    (e o su>eito estivesse aposentado no primeiro, ele poderia exercer

    qualquer segundo cargo.

    &o entanto, a E #9 di o seguinte" quem est exercendo vai

    continuar, pois tem direito adquirido 7inclusive recebendo as duas

    remuneraç\es2, mas a partir de agora não pode mais. ;er art. $$ do corpoda E #95T:.

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    *(" no caso do delegado que, antes da E #95T:, se aposentou e

    passou em concurso para exercer o cargo de promotor, ele continuar

    recebendo as duas remuneraç\es 7proventos de delegado e subsídio de

    promotor2 enquanto estiver exercendo o segundo cargo. 4as e quando ele

    se aposentar na segunda atividade0 Aí ele ter que optar pela

    remuneração do promotor ou do delegado, pois as 6ipCteses de cumulação

    de aposentadoria nCs vimos acima, e esse não constitui caso de cargos

    acumulveis na atividade.

    d2 .tividade 0 atividade em mandato eletivo" aqui voc! vai guardar o

    seguinte. As regrin6as de mandato eletivo estão no art.

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    remuneratCrio# ] 4inistro do ('?. A >urisprud!ncia vem ampliando o Qmbito

    de aplicação dessa norma constitucional, estendo a impossibilidade de

    cumulação de cargos públicos não apenas aos servidores e empregados,

    mas também aos temporrios.

    ;ale a pena observar que acumulação ilegal signi1ca infraçãofuncional grave, punível com demissão. &o Qmbito federal, ela est

    prevista no art. $

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    A remoção pode se dar de duas formas"

    a2 -emoção de ofício: é aquela feita no interesse da Administração

    )ública.

    b2 -emoção a pedido:  ser concedida ! '#7'#* da Administração.*u se>a, a princípio, tanto a remoção de ofício quando a remoção a pedido

    dependem do interesse da Administração. A diferença é que, na remoção

    de ofício, quem toma a iniciativa é a Administração.

    Essas duas formas de remoção são atos administrativos

    discricionrios, por sempre 6 uma margem de escol6a por parte da

    Administração. 4as 6 tr!s 6ipCteses em que a remoção funciona como um

    ato vinculado. 4esmo que a Administração não ten6a interesse, o servidortem direito a ser removido nos seguintes casos"

    ^ 3eslocamento do côn>uge5compan6eiro" se o côn>uge ou

    compan6eiro do servidor for deslocado no interesse da Administração

    )ública 7de ofício2, o servidor pode pedir remoção para acompan6ar o

    côn>uge e a Administração não pode negar. H lCgico que o servidor tem que

    pedir, caso contrrio permanecer no mesmo lugar e sC o côn>ugeremovido de ofício que ir se mudar.

    C6#%!%*:  a regra aqui é muito restrita" os servidores devem

    comprovar coabitação. &ão inclui os casos em que os servidores moravam

    cada um em uma cidade, casam, e daí querem morar >untos. &esse caso, o

    pedido de remoção vai ser analisado a partir de critérios discricionrios e o

    pedido pode ou não ser concedido.

    *(" * côn>uge que vai faer o pedido de remoção é aquele que estvinculado B +ei :.$$#5T9, não importando se o côn>uge removido de ofício é

    servidor da Dnião, dos Estados, 3? ou 4unicípios. * ('U vem entendendo,

    inclusive, que essa remoção também é possível no caso de o côn>uge que

    foi deslocado for empregado 7sem vínculo estatutrio, portanto2 de

    empresa pública ou sociedade de economia mista. -sso vai cair na prova,

    pois é >urisprud!ncia recente.

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

    19/66

    ` 8emoção por motivo de saúde" essa remoção pode se dar por

    motivo de saúde do servidor, seu dependente econômico ou de côn>uge ou

    compan6eiro. H claro que essa doença deve ser comprovada por laudo

    médico o1cial.

    )or concurso de remoção 7interna do Crgão2" A Administração

    )ública não é obrigada a faer concurso de remoção antes de publicar

    edital de novo concurso. 4as se ela abrir o concurso de remoção, ela 1ca

    obrigada a respeitar as regras.

    M 8edistribuição

    H o deslocamento %* !')*, se>a entre Crgãos, se>a entre entidadesdiferentes 7da direta para a indireta2, desde que feita dentro do mesmo

    )oder. A redistribuição pode ser de um cargo vago ou ocupado. (e a

    redistribuição for de um cargo ocupado, o servidor que o ocupa ter que ir

     >unto.

    A intenção não é deslocar o servidor, e sim deslocar o cargo para

    alocar mel6or a prestação do serviço público, conforme a necessidade da

    Administração.

    H claro que o cargo público não pode pedir para ser redistribuído,

    motivo pelo qual a redistribuição se d apenas de ofício. &ote que, na

    remoção, o interessa da Administração é modalidade, enquanto que na

    redistribuição o interessa da Administração é pressuposto.

    a 7parcela 1xa parcelas variveis2 ] (úmula vinculante n. $S.

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    ;e>a, portanto, que o vencimento bsico do servidor pode ser inferior ao

    salrio mínimo, mas a remuneração total não pode.

    I 4odalidades de remuneração" remuneração dos servidores públicos

    pode ser paga em duas modalidades5categorias"

    a2 -emuneração 1ou 2encimentos 3 no plural 4:  remuneração

    composta em duas parcelas" parcela 1xa 7ou salrio=base, ou vencimento ]

    no singular2 parcela varivel 7parcelas permanentes = aspectos

    individuais, pessoais, adicionais, grati1caç\es, abonos2. Essa remuneração

    traia uma certa instabilidade, especialmente nas seguintes situaç\es"

    #  a parcela varivel incorpora ou não a remuneração0

    ## quando servidor pedia aumento, ele ia se dar sobre o salrio=base

    ou sobre a remuneração integral, incluindo as parcelas variveis0

    omo essa situação gera muita instabilidade5insegurança, foi sendo

    substituída por uma segunda modalidade de sistema remuneratCrio, que é

    o subsídio.

    b2 /ubsídio" a E $T5T: crio esse sistema remuneratCrio, que consiste

    em uma parcela única. 3eixa de ter as duas parcelas mencionadas acima

    7vencimento parcela varivel2. &ão se admite qualquer espécie de

    acréscimo ao valor do subsídio.

    Aquele valor 1xado em lei como subsídio do servidor é o que ele

    gan6a 7bruto2.

    A ? estabelece que a Administração )ública pode implantar subsídio,por meio de lei, para qualquer carreira. 4as para algumas carreiras a

    implantação do subsídio é obrigatCria, e é isso que vai cair na sua prova"

     6efe do poder executivo 7presidente, governadores e prefeitos, e

    seus respectivos vices2L

     Auxiliares imediatos do executivo 7ministros de estado, secretrios

    estaduais e secretrios municipais2L

      4embros do poder legislativo 7senadores, deputados federais e

    estaduais, e vereadores2L

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

    21/66

     4agistrados e membros do 4)L

     A%D, procuradores, defensores 7procurador municipal foi excluído

    dessa regra pela ?2L

     4inistros e onsel6eiros dos 'ribunais de ontasL

     'odos os policiais 7rodovirios, ferrovirios, etc2L

      'odos os demais cargos de carreira +*%&  receber subsídio

    7depende a lei estabelecendo essa regra2. * cargo de carreira é aquele que

    tem plano de ascensão funcional, tem plano de crescimento.

    )ergunta" H possível pagar outras verbas fora do subsídio0 (im, duas

    situaç\es"

    # verba de naturea indeniatCria" paga fora do subsídio.

    Ex.$" servidor público que vai faer um curso em outra localidade, precisou

    se deslocar por conta do serviço, é o caso da diria, o servidor recebe

    diria no dia x que a pessoa se deslocouL

    Ex.#" a>uda de custo, é paga para mudança do servidorL

    Ex.

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    * decreto legislativo é mais simples do que uma lei, ele passa pelas

    duas casas e não precisa ir para o presidente. * decreto legislativo pode

    1xar as seguintes remuneraç\es"

    k 3o )residente da 8epública e seu ;iceL

    k 3os 4inistros de Estadok 3eles prCprios 7senadores e deputados federais2.

    A ? di, no art. #T, que a Qmara 4unicipal = também via decreto

    legislativo = vai 1xar a remuneração dos seus vereadores.

     'odos os demais serão 1xados por meio de +E- 7governadores,

    prefeitos, deputado estadual2.

    )ergunta" &o rasil 6 teto remuneratCrio0 (imW 3esde a E $T nCs temos

    o c6amado teto geral, que signi1ca que ninguém pode receber mais do que

    4inistro do ('?. A E $T 1xou iniciativa con>unta dos Z presidentes 7da

    8epública, do (enado, da Qmara e do (upremo2 para apresentação desse

    pro>eto. -magine a confusão que isso gerou. &unca saiu esse pro>eto. Aí 

    veio a E Z$ e aboliu essa iniciativa con>unta.

    * prCprio art.

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    *(" o teto do 3esembargador também serve como limite para os

    membros do 4) 7)romotor e )rocurador de Uustiça2, da Advocacia )ública e

    dos 3efensores )úblicos.

    *(#" o teto do desembargador não serve para todo o 4), para toda

    a procuradoria, para toda a defensoria. (C serve para o )romotor, para o3efensor e para o )rocurador. * quadro administrativo tem como teto a

    remuneração do governador.

    *(eto daA3-

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    &esse caso, a Administração pode determinar o desconto em fol6a.

    &ote que 6 concordQncia do servidor, pois é ele mesmo quem est

    pedindo o parcelamento. Essa parcela deve ser de, no mínimo, $9_ da

    remuneração do servidor. (e o servidor se desvincular do serviço público

    antes de quitar esse débito, a lei estabelece o prao de S9 dias para que o

    débito se>a quitado integralmente, sob pena de inscrição em dívida ativa.

    R ;antagens que não integram a remuneração 7na +ei :.$$#5T92

    A lei :.$$#5T9 prev! algumas vantagens que podem ser concedidas

    ao servidor, além da remuneração. 3e antemão, frise=se que as

    indeniaç\es >amais irão incorporar a remuneração do servidor. &o entanto,

    os adicionais e as grati1caç\es podem se incorporar B remuneração, desdeque a lei especí1ca da carreira assim preve>a. A +ei :.$$#5T9 não prev! a

    incorporação, mas autoria que a lei da carreira incorpore.

    a2 5ndeni)aç*es:  são verbas reparatCrias. A ideia é de que a

    indeniação não é acréscimo patrimonial, mas sim devolução de pre>uío

    causado ao servidor. * servidor tem que receber de volta aquilo que ele

    gastou na prestação do serviço. )or este motivo, as indeniaç\es podemacrescer ao subsídio e não são computadas para o teto remuneratCrio dos

    4inistros do ('?.

    A lei prev! 6!'* 6ipCteses de indeniaç\es"

    ^ 3irias" pagas por motivo de afastamento5deslocamento

    temporrio, sempre no interesse da Administração. 3estaca=se que a diria

    não contempla o valor da passagem" ela indenia os gastos realiados nolocal, como 6ospedagem, transporte urbano, alimentação, etc. A

    Administração paga o deslocamento e mais a diria, que corresponde a um

    valor presumido.

    (e o servidor gastar mais que aquilo, problema é dele. (e o

    deslocamento for sem pernoite, o servidor recebe apenas meia diria.

     'ambém ser paga apenas meia diria se a Administração arcar com os

    custos para os quais a diria serviria 7o servidor recebe pelo simples fatode ter 1cado longe de casa2.

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    Em tese, as dirias são pagas com anteced!ncia. H por essa raão

    que a lei estabelece que, se por algum motivo não 6ouver o deslocamento,

    ou ele se der por um período menor de tempo, o servidor tem o prao de [

    dias para devolver a diria 7ou a diria excedente, se ele se deslocou por

    prao inferior2.

    ` A>uda de custo" é paga em caso de deslocamento permanente =

    com mudança de domicílio = no interesse da Administração 7remoção,

    redistribuição, etc.2. 8essalte=se que mesmo os pedidos de remoção

    vinculados não ense>am o pagamento de a>uda de custo, mas tão somente

    os deslocamentos determinados de ofício pela Administração.

    * )oder )úblico paga a mudança do servidor e da família, e aindapaga uma a>uda de custo pelo deslocamento de1nitivo. Essa a>uda de custo

    independe de requerimento do servidorL ela é paga de ofício. 3e acordo

    com a lei, a a>uda de custo pode ser no valor de até < vees a remuneração

    do servidor. A Administração presume um valor, assim como ocorre com a

    diria. A lei estabelece apenas o valor mximo.

    8ealiado o deslocamento do servidor e de sua família, caso o

    servidor ven6a a falecer na nova sede, a família dele tem o prao de 9$

    ano para requerer o retorno B sede originria. &esse caso, a Administração

    pagar a mudança, bem como a a>uda de custo para esses familiares.

    )or 1m, se o servidor receber essa a>uda de custo e não comparecer,

    no prao de

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    no Qmbito federal, os cargos em comissão recebem a sigla de 3A( 7direção

    e assessoramento superior2.

    A lei estabelece que ser devido o auxílio=moradia o servidor que se

    deslocar no interesse da Administração para exercer cargo em comissão

    3A( Z em diante 7Z, [, S, especial2 e de ministro. 3A( $, # e < não temdireito a auxílio=moradia. Esse auxílio ter o valor de, no mximo, #[_ da

    remuneração do cargo em comissão 7e não pode ultrapassar o valor do

    auxílio=moradia de um 4inistro de Estado2.

     A lei di Nno mximoO, pois aqui não é um valor presumido, é o valor

    que o servidor gasta todo m!s com moradia 7tem >ulgados autoriando,

    inclusive, o pagamento de auxílio=moradia para custear o 1nanciamento de

    casa prCpria2.

    * servidor gasta, comprova que gastou, e us

    ao auxílio=moradia, ele ainda vai receber por um m!s2.

    (C tem direito quem se deslocou apCs a l até

    6o>e, não tem direito2, e o servidor deve comprovar que não possui imCvel

    na cidade, que não foi disponibiliado a ele imCvel funcional e que ele não

    residiu naquela cidade nos últimos $# meses.

    uidado" Javia uma regra no sentido de que esse auxílio sC seria

    devido por : anos a cada $# anos, mas essa regra não existe mais. ?oi

    retirada no 1nal de #9$< por uma medida provisCria. Jo>e não existe prao.

    As exig!ncias que existem 6o>e são apenas essas citadas acima.

    b2 6rati(caç*es: existem 's espécies"^ %rati1cação de função" primeiramente, voc! precisa entender o

    que é cargo, função, cargo em comissão e função de con1ança.

     'odo cargo público tem uma função. * cargo nada mais é do que um

    centro de compet!ncia criado por lei. A lei que cria o cargo atribui a ele

    uma determinada função. * indivíduo que ocupa o cargo recebe uma

    contraprestação pelo exercício da função que l6e foi conferida em raão do

    cargo que ocupa.

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    4as existem funç\es que exigem a con1ança direta do agente

    público. Essas funç\es são basicamente de direção, c6e1a e

    assessoramento.

    H importante que voc! perceba que tanto a função como o cargo em

    comissão serão relativos B direção, c6e1a e assessoramento. -sso varia deacordo com a lei de cada carreira. A função de con1ança é criada por lei, e

    ela não possui nen6um cargo respectivo. )or isso, se ela é uma função sem

    cargo, ela sC pode ser conferida a um su>eito que > possui um cargo

    efetivo.

    &esse caso, se ele > possui um cargo, ele > possui uma função. (e

    ele é remunerado por esta função e eu l6e entrego outra, eu terei que

    pagar a ele uma grati1cação em virtude da função de con1ança que é uma

    função diversa Bquela prevista para o cargo dele.

    * cargo em comissão também possui como função a direção, c6e1a e

    assessoramento. (C que essa é uma função que não est solta na

    AdministraçãoL ela possui cargo respectivo. H por isto que este cargo pode

    ser atribuído B qualquer indivíduo, mesmo que ele não exerça qualquer

    outro cargo.

    A ?5:: estabelece que a lei de cada carreira deve prever um

    percentual mínimo de cargos em comissão que devem ser entregues a

    servidores efetivos, de carreira.

    *(" é possível que um cargo em comissão se>a atribuído a um

    indivíduo que > possui cargo em comissão. -sso sC é possível

    interinamente, ou se>a, temporariamente, e o indivíduo que est

    acumulando as funç\es do cargo em comissão ter que optar por uma das

    duas remuneraç\es.

    ` %rati1cação &atalina" é paga na proporção de $5$# da remuneração

    paga no m!s de deembro para cada m!s de serviço público prestado no

    ano. 3eve ser paga, necessariamente, até o dia #9 do m!s de deembro de

    cada ano 7mesmo que no começo do ano o servidor gan6asse bem menos2.

    (C 6 uma exceção" quando o servidor é exonerado ou demitido, quando

    for calculada a sua grati1cação natalina proporcional, considerar=se= a

    remuneração que ele recebeu no m!s em que foi exonerado5demitido.

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    %eralmente a Administração divide a grati1cação natalina em duas

    parcelasL isso não é problema. * que importa é que ela se>a paga

    integralmente até o dia #9.$#.

    *(" supon6a que o indivíduo ten6a ingressado no cargo no dia $S de

    outubro. Ele ter direito a #5$# ou a esforçodemasiado.

    ;alor da grati1cação" $,#_ da

    remuneração, por 6ora.

    Aplicação

    coordenação

    ;alor da grati1cação" #,#_ daremuneração, por 6ora.

    Eanca

    -nstrutor

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    (e a atividade do servidor for ao mesmo tempo insalubre e perigosa,

    ele ter que optar por um dos dois adicionais, pois ele não são

    cumulativos. (e a servidora for gestante e lactante, necessariamente ela

    dever ser afastada das atividades insalubres, perigosas ou penosas. H

    Cbvio que, enquanto ela estiver afastada, ela não receber o adicional, que

    sC é devido enquanto o servidor est submetido Bquela situação.

    Dma das 6ipCteses de insalubridade que vale a pena voc! anotar é a

    do operador de 8aio=Y. &esse caso, a lei estabelece que o operador deve

    submeter=se a exame médico a cada período de seis meses.

    ` Jora=extra" a >ornada extraordinria deve ser remunerada. ada

    carreira possui uma lei que de1ne a sua >ornada, observando o limiteimposto pela lei :.$$#5T9" a >ornada deve ser de no mínimo 9S 6oras

    dirias e no mximo 9: 6oras dirias, limitando=se a Z9 6oras semanais.

    Esqueça o 3ireito do 'rabal6o" aqui não são ZZ 6oras semanais.

    &ote que a 6ora=extra não pode ultrapassar duas 6oras por >ornada

    diria, de forma excepcional. As 6oras=extras não podem ser prestadas

    com tanta frequ!ncia, pois isso aponta que o Crgão est precisando de

    servidor e deve faer concurso. H claro que se a 6ora=extra suplantar duas

    6oras dirias, o servidor também vai receber o adicional, mas a autoridade

    administrativa que permitiu o trabal6o extraordinrio superior a duas 6oras

    ser responsabiliada.

    A 6ora=extra, a exemplo do que acontece na iniciativa privada, possui

    adicional de [9_ em relação B 6ora normal.

    Adicional noturno" pago ao servidor que trabal6a no períodonoturno 7entre as ##6 de um dia e as 9[6 do dia seguinte2. uidado com

    certas peculiaridades relativas B 6ora noturna" ela não possui S9 minutos,

    mas sim [# min e

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    Adicional de férias" corresponde a $5< da remuneração percebida

    no m!s das férias. 3eve ser pago em até dois dias antes do início das

    férias.

    *(" a lei permite que o servidor parcele as suas férias em até tr!speríodos. &o entanto, isso não acarretar o parcelamento do adicional, que

    ser pago em uma única ve, integralmente, em até dois dias antes no

    início do primeiro período de férias.

    #.[. AD(&-A 3E (E8;-3*8"

    I ?érias" é a primeira situação que permite ao servidor se afastar do

    serviço. * servidor público tem direito a a no interesse da

    Administração 7o servidor não é indeniado por isso, pois o interesse

    público prevalece ] no ponto ] sobre o interesse particular2. H claro que o

    servidor pode pedir o parcelamento das suas férias 7em até < vees2, mas

    1ca a critério da Administração o deferimento do pedido.

    3estaca=se que, mesmo que o período de férias se>a parcelado, o

    adicional de férias não o ser. * pagamento do aludido adicional ser feito

    integralmente antes do goo do primeiro período.

    A lei regulamenta algumas 6ipCteses em que a Administração pode

    determinar a interrupção das férias do servidor, para assegurar o interesse

    público 7sem que 6a>a pagamento de indeniação2. Essa interrupção pode

    se dar"

    a2 7otivo de calamidade pública

    b2 Comoção interna

    c2 Convocação para 8úri

    d2 Convocação para serviço 7ilitar ou 9leitoral

    e2 ecessidade do serviço& demonstrada pela autoridade máxima do

    !rgão#

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    de $[9 dias, sendo os primeiros S9 com remuneração e os últimos T9 sem

    remuneração.

     'erminada essa licença, o servidor sC poder requerer nova licença

    por motivo de doença familiar apCs o interregno de $# meses.

    uidado" se a primeira licença teve o prao inferior a S9 dias, e Smeses depois o servidor precisar de nova licença por motivo de doença

    familiar, ele não vai conseguir. &ão importa se ele não usou todo o prao

    da primeira licença. * que importa é que entre uma licença e outra tem

    que transcorrer o período mínimo de $# meses.

    uidado" se a primeira licença teve o prao inferior a S9 dias, e um

    m!s depois o servidor precisar de nova licença dessa naturea, ele vai

    conseguir, pois como não decorreu o prao de S9 dias entre licença eoutra, a segunda licença ser considerada prorrogação da primeira. Ex." se

    a primeira licença teve Z9 dias, a segunda licença 7que ser considerada

    prorrogação da primeira2 poder ter #9 dias remunerados T9 dias sem

    remuneração.

    b2 ;icença por afastamento do c

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    pois sua duração ser a mesma correspondente B duração do serviço

    militar. Ess! $#&! 7 '&6&'!%!. * valor da remuneração, prao de

    licença e outras minúcias são estabelecidas por lei especí1ca.

    A lei di que, terminado o serviço militar, o servidor possui o prao de

    a o cargo ocupado pelo servidor, ele

    tem direito a se afastar para disputar mandato eletivo. Essa licença não épara o indivíduo que gan6ar a eleição, mas sim para o candidato a

    mandato eletivo 7para que ele possa cuidar da campan6a2. &esses casos, a

    lei estabelece que ser concedida uma licença, que é uma licença sC, mas

    é dividida em dois momentos"

    i2 entre a escol6a do su>eito em convenção partidria até a véspera

    do registro da candidatura na Uustiça Eleitoral, s& '&6&'!3*L

    ii2 do registro até $9 dias depois das eleiç\es, * '&6&'!3*.Essa parte da licença com remuneração não pode ultrapassar o período de

    9< meses. omo geralmente o período entre o registro e os $9 dias apCs a

    eleição demora muito mais do que tr!s meses, o servidor escol6e quando

    quer tirar a licença dentro desse interregno, optando pelo período que

    mel6or l6e aprouver para a disputa do mandato eletivo.

     'odas essas licenças podem ser concedida durante o estgio probatCrio, eapenas uma delas não suspende o período de estgio, que é a licença

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    para prestar serviço militar.

    Agora nCs vamos ver as licenças que sC podem ser concedidas apCs o

    término do período de estgio probatCrio.

    e2 ;icença para tratar de assunto particular: essa licença é imotivada.

    ;oc! não precisa falar para a Administração qual é a raão particular. )or

    outro lado, essa licença é ato discricionrio e precrio. A Administração

    pode ou não conceder, de acordo com o interesse público, e pode

    interromper essa licença a qualquer momento.

    A lei estabelece algumas regras"

    i2 não pode ser concedida ao servidor que ainda est no estgio

    probatCrioL

    ii2 é discricionria e precriaL

    iii2 a Administração vai determinar o período de duração da licença,

    sendo que o prao mximo previsto em lei é de < anosL

    iv2 essa licença não é remuneradaL

    v2  o entendimento moderno é no sentido de que não é possível

    prorrogar essa licença. 3essa forma, a Administração não pode conceder

    licença de 9# anos e depois prorrogar por mais um ano, para completar o

    limite mximo de 9< anosL

    vi2 passado o prao de licença, para que se>a concedida outra licença

    dessa espécie, é necessrio que se>a formulado novo requerimento, uma

    nova avaliação, e não pode ser dentro do período de S9 diasL

    vii2 essa licença pode ser interrompida tanto pela Administração como

    pelo servidor, que pode requerer seu retorno antecipado.

    f2 ;icença para capacitação:  essa licença veio substituir a licença

    pr!mio, mas ela é muito menos generosa do que a licença pr!mio. A lei

    estabelece que se o su>eito tiver 9[ anos de serviço ele tem direito de até

    9< meses de licença para faer um curso de capacitação pro1ssional, no

    interesse da Administração. (e o curso durar um m!s, a licença ter

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    duração de um m!s. &a verdade, o servidor tem direito a um curso, e esse

    curso pode durar até 9< meses.

    A licença, nesse caso, 7 '&6&'!%!. -nclusive, a >urisprud!ncia e a

    doutrina tem admitido a concessão dessa licença ao servidor que quer

    concluir tese de mestrado, de doutorado, etc. &ão 6 problema algum.*(" esses praos não são acumulveis, como ocorria na licença pr!mio. *

    servidor não pode 1car $9 anos para tirar 9S meses de licença e faer um

    curso maior, pois os períodos não são acumulveis.

    3estaca=se que os cinco anos de exercício no serviço público federal

    não precisam ter sido levados a efeito no mesmo Crgão. *u se>a" se o

    indivíduo foi técnico do '8' por $ ano, e depois foi analista do '8? mais Z

    anos, ele adquire o direito B licença em questão. uidado com a pegadin6a"se o indivíduo 1cou Z anos como técnico e $ como analista, ele não vai ter

    direito B licença para capacitação assim que completar os [ anos, pois ele

    ainda não passou o período de estgio probatCrio no cargo de analista

    7embora > ten6a adquirido a estabilidade no serviço público2.

    g2 ;icença para exercício de mandato classista: pode ser concedida

    ao servidor que vai exercer função representação ou de direção ementidade de classe da sua carreira, da sua categoria. * servidor pode pedir

    licença para exercer essa representação ou direção, sendo que a licença

    ter o mesmo prao do mandato. (e o servidor for reeleito, ele pode

    prorrogar a licença por uma única ve, por igual período.

    &ote que o servidor não é obrigado a se afastar para exercer função

    de representação ou direção de entidade de classe. (e for possível exercer

    as duas funç\es, o servidor não precisa se licenciar. 4as, em geral, é muito

    difícil conciliar as duas coisas.

    Essa licença é sem remuneração. * servidor é remunerado pela

    entidade de classe.

    &o início nCs mencionamos que, em regra, a licença não conta como

    tempo de serviço. A licença para exercício de mandato classista é uma

    exceção B essa regra, sendo que o seu período é computado como tempo

    de serviço para todos os efeitos 7promoção por antiguidade, remoção,disponibilidade2, exceto para promoção por merecimento, pois não d

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

    36/66

    para aferir.

    Atualmente, quando o assunto é aposentadoria, não se fala mais em

    tempo de serviço, mas sim em tempo de contribuição. 3essa forma,

    quando eu falo em aposentadoria do servidor, o que importa é o tempo queele contribuiu. )or este motivo, a +ei :.$$# possibilita que o servidor em

    goo de licença ou afastado sem remuneração possa optar por continuar

    recol6endo contribuiç\es previdencirias. -sso é uma 6ipCtese de

    recol6imento facultativo no 8))(. Esse período de recol6imento não ser

    considerado como tempo de serviço, mas ser considerado como tempo de

    contribuição.

    M Afastamentos" são situaç\es em que o servidor deixa de prestar o

    serviço público para exercer outra função de interesse público. &ão é no

    interesse do servidor ou de terceiro. H para desenvolver outra atividade de

    interesse público. &a verdade, isso não diferencia o afastamento da

    licença, pois ] como vimos ] existem licenças que são concedidas para que

    o servidor preste uma atividade de interesse público, como é o caso da

    licença para prestar serviço militar. ;amos para as 6ipCteses"

    a2 .fastamento para servir a outro !rgão: a lei di que essa 6ipCtese

    pode se dar para o exercício de cargo em comissão. &esses casos, quem

    paga o servidor público0 (e o servidor federal for cedido para prestar

    serviço público em outro Crgão dos Estados, de 3? ou 4unicípios, ele ser

    remunerado pelo cessionrio 7a entidade para a qual o servidor est

    efetivamente prestando serviço2. Essa é a regra, mas o ato de cessão pode

    disciplinar na maneira diversa.

    (e o exercício de outra função se der para outro Crgão da

    Administração ?ederal, quem ir remuner=lo é a entidade cedente.

    Essa cessão pode se dar durante o período de estgio probatCrio

    !+&!s s& * s&'5#%*' ?*' %&s&5*$5&' !')* %& *#ss3*

    *''&s+*%&& ! DAS 4 +!'! #! @4 ; > & &s+&#!$ *6 %&

    ##s'*. (e o servidor não estiver em estgio probatCrio, não 6 essalimitação.

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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      b2  .fastamento para exercício de mandato eletivo:  pode se dar

    durante o período de estgio probatCrio e não interrompe a sua contagem.

    Agora o servidor não est mais disputando o cargo eletivo 7nesse caso ele

    sai de licença para concorrer2. Agora o servidor > foi eleito e se afasta para

    exercer efetivamente o mandato. A regra est prevista no art. TZ da +ei

    :.$$#5T9 e no art. amos"

    !%!%* E$&#5* P'*5#%#! ! s&' !%*!%!mbito federal, estadual ou distrital *brigatoriamente ser afastado do

    cargo efetivoEleição municipal para prefeito Javer o afastamento do cargo

    efetivo, mas o indivíduo poder

    optar pela remuneraçãoEleição municipal para vereador Javendo compatibilidade de

    6orrio, as funç\es podem ser

    acumuladas, bem como as

    remuneraç\es. &ão 6avendo

    compatibilidade de 6orrios, oservidor ser afastado do cargo

    efetivo e poder optar pela

    remuneração.

    * tempo de afastamento para exercício de mandato ser computado

    para todos os efeitos, exceto para promoção por merecimento. Ainda,

    durante o período de afastamento para exercício de mandato eletivo,

    necessariamente 6aver o recol6imento de contribuição previdenciria

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    para o 8))(, como se ele estivesse em atividade 7não é contagem

    recíproca2.

    c2  .fastamento do servidor para estudo ou missão no exterior:  é

    admitido durante o período de estgio probatCrio e não suspende acontagem desse prao. &ote que esse estudo ou essa missão serão sempre

    no interesse público. A lei estabelece algumas regrin6as"

    i2 o afastamento é remunerado. Essa remuneração é de1nida em

    regulamento prCprio. &ão necessariamente ser a remuneração de quando

    o servidor estava em atividadeL

    ii2 esse afastamento dura, no mximo, quatro anos. H claro que o

    período ser o mesmo que durar o estudo ou missão 7um, dois, tr!s anos2limitado ao prao mximo de 9Z anosL

    iii2 quando o servidor retornar desse estudo ou missão, o mesmo

    período em que ele 1cou afastado ser observado para que ele sofra

    algumas restriç\es. A lei estabelece que quando o servidor retornar, ele

    1ca proibido de requerer exoneração a pedido ou licença para interesse

    particular durante o mesmo período pelo qual o servidor 1cou afastado. As

    outras 6ipCteses de vacQncia são permitidas. A lei não veda o pedido deaposentadoriaL apenas a exoneração a pedido e a licença para tratar de

    assunto particular.

    (e o servidor quiser muito a exoneração a pedido 7ou a licença para

    tratar de assunto particular2 antes de decorrido o prao, ele ter direito,

    mas ter que ressarcir todos os gastos que a Administração teve com o

    afastamento.

    A lei tra uma peculiaridade" Bs vees o servidor se afasta para&&'&' ?63* & *')!#s* #&'!#*!$ 6& * B'!s#$ #&)'! *6

    * * 6!$ * B'!s#$ **+&'&. oncorda comigo que esse caso é missão

    no exterior0 laroW 4as aqui a lei tra duas peculiaridades"

    #  o afastamento se dar com a perda total da remuneração do

    servidor 7ele vai ser remunerado pelo organismo internacional2L

    ## se o servidor estiver no estgio probatCrio, o período em que o

    servidor 1car afastado não ser computado. *u se>a, o período de estgioprobatCrio 1car suspenso até o retorno do servidor ao cargo efetivo.

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    d2 ,!s 6raduação /trictu sensu no =rasil: se a pCs graduação for no

    exterior, aplica=se a regra anterior. 3essa forma, esse afastamento sC é

    possível se a pCs graduação for no rasil. Além disso, o servidor ter que

    comprovar que não é possível cursar a pCs graduação e exercer o cargoefetivo simultaneamente. A princípio, a lei determina que se>a concedido

    ao servidor um 6orrio especial de estudante, a 1m de que ele possa

    conciliar as atividade. 4as se nem como esse 6orrio especial de estudante

    for possível a conciliação, o servidor vai requerer esse afastamento.

    Esse afastamento não vale para especialiaç\es, e sim para pCs

    graduação /trictu /ensu& que é mestrado, doutorado e pCs doutorado.

    A lei estabelece que para requerer esse afastamento o servidor temque ter um certo período de efetivo exercício do cargo. uidadoW &ão é

    prao de afastamento 7porque esse afastamento é sem prao determinado

    ] tem duração enquanto durar a pCs=graduação strictu sensu2, é prao

    mínimo de exercício no cargo para que o servidor ten6a direito"

    i2 < anos, para mestradoL

    ii2 Z anos no caso de doutorado ou pCs doutorado.

    Esses praos implicam que o servidor > ten6a cumprido o período deestgio probatCrio, embora a lei não preve>a expressamente essa

    exig!ncia.

    Além disso, o servidor ter que comprovar 7tanto no caso de

    mestrado como no de doutorado2 que não l6e foi concedido, nos últimos

    dois anos, um afastamento para pCs, nem licença para interesse particular

    ou para capacitação. &o caso de pCs=doutorado, o servidor ter que

    comprovar que nos últimos quatro anos não l6e foi concedido afastamentopara pCs ou licença para tratar de interesse particular.

    *(" terminado o período de afastamento, se o servidor voltar ao trabal6o

    sem o título da pCs graduação strictu sensu que ele foi faer, ele ter que

    ressarcir o errio de todos os gastos que a Administração teve com ele.

    /uando ele voltar ao exercício do cargo efetivo, o mesmo período em

    que ele 1cou afastado ser o período em que ele dever se manter na

    função. Aqui não é o caso de o servidor não poder requerer exoneração apedido. H diferente. Ele não pode se aposentar voluntariamente, ele não

    pode solicitar afastamento ou vacQncia para exercer outro cargo

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    inacumulvel, nada. Ele ter que se manter no exercício da mesma função

    por período igual ao que ele 1cou afastado, sob pena de ter que ressarcir o

    errio.

    R oncess\es" são situaç\es em que a aus!ncia do servidor éconsiderada como presença. * tempo de aus!ncia é computado como

    tempo de serviço efetivo para todos os efeitos, sem pre>uío de

    remuneração. (e subdividem em"

    a2 6erais: concedidas para todos os servidores públicos 7este>am no

    estgio probatCrio ou não2.

    ^ 3oação de sangue" oncessão de 9$ dia para doação de sangue.&ão tem um limite. 'antas quantas forem as vees que o servidor doar

    sangue serão o número de concess\es de 9$ dia. A folga é no dia que doar

    sangue, e não em dia posterior escol6ido pelo servidor.

    ` Alistamento eleitoral ou recadastramento como" o prao é de até

    9# dias. -sso mudou em #Z.$#.#9$

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    2555 @ manter sob sua ce(a imediata& em cargo ou função de con(ança&

    cF#>E#G$4

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9527.htm#art117xixhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9527.htm#art117xixhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172

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    ,arágrafo único# . vedação de que trata o inciso ' do caput deste artigo

    não se aplica nos seguintes casos: 15ncluído pela ;ei n% >>#$& de EFF

    5 @ participação nos conselos de administração e (scal de empresas ou

    entidades em que a Inião detena& direta ou indiretamente& participação

    no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membrosA e 15ncluído pela ;ei n% >>#$& de EFF

    55 @ go)o de licença para o trato de interesses particulares& na forma do art#

    G> desta ;ei& observada a legislação sobre conJito de interesses# 15ncluído

     pela ;ei n% >>#$& de EFF

    INRAÇÕES PUN-EIS CO DEISSFO .rt# >KE# . demissão será aplicada nos seguintes casos:

    I @ crime contra a administração públicaA 7o servidor não poder mais voltar

    ao serviço público federal ] demissão a bem do serviço público2[

    55 @ abandono de cargoA 7mais de usti1cativa2

    IV  @ improbidade administrativaA 7o servidor não poder mais voltar ao

    serviço público federal ] demissão a bem do serviço público2 7a lei declara

    que 6aver a indisponibilidade de bens do acusado, até que ele efetue o

    devido ressarcimento ao errio2

    2 @ incontinência pública e conduta escandalosa& na repartiçãoA

    25 @ insubordinação grave em serviçoA

    255 @ ofensa física& em serviço& a servidor ou a particular& salvo em legítima

    defesa pr!pria ou de outremA

    VIII @ aplicação irregular de dineiros públicosA 7o servidor não poder mais

    voltar ao serviço público federal ] demissão a bem do serviço público2 7a lei

    Z4uitas das 6ipCteses de demissão previstas no art. $ulgados especí1cos utiliandoo limite de prao de 9[ anos.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art172

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    declara que 6aver a indisponibilidade de bens do acusado, até que ele

    efetue o devido ressarcimento ao errio2

    5' @ revelação de segredo do qual se apropriou em ra)ão do cargoA

     !  @ lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrim>$#

    ;amos começar o estudo das penalidades.

    I 3emissão" ense>a a perda do cargo e deixa de exercer as funç\es

    pública. Em alguns casos, ele não apenas perde o cargo como 1ca

    impossibilitado de voltar a exercer função pública por um certo período.

    A compet!ncia para aplicação dessa penalidade é do c6efe do )oder

    ao qual o servidor est vinculado 7art. $Z$ da +ei :.$$#5T92. (e ele for

    servidor do Executivo, a compet!ncia é do )residente da 8epública. (e ele

    for servidor do +egislativo, a compet!ncia é do )residente da Qmara e do

    (enado. (e ele for servidor de 'ribunal, a compet!ncia ser do )residente

    do 'ribunal. (e o servidor for do 4), a compet!ncia ser do )rocurador

    %eral da 8epública.

    Essa compet!ncia é delegvel.

    A demissão +'&s'&5& * +'!* %& ; !*s contados do momento

    em que o )oder )úblico tomou con6ecimento do fato. -mportante destacar

    que a >urisprud!ncia se 1rmou no sentido de que, para o prao

    prescricional começar a correr, quem precisa tomar con6ecimento do fato

    não é exatamente a autoridade competente para aplicar a sanção. asta

    que se>a alguma autoridade administrativa 7a Adm. )ública, genericamente

    considerada2.

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    M assação de Aposentadoria" aplicada ao servidor público nas

    mesmas 6ipCteses de demissão. 'udo o que vimos sobre demissão também

    se aplica aqui 7compet!ncia, prescrição, infraç\es, etc.2. * que muda é a

    situação funcional do su>eito. (e ele est na ativa não tem como demitir,

    mas cassa a aposentadoria.

    R assação de 3isponibilidade" aplicada ao servidor público nas

    mesmas 6ipCteses de demissão. 'udo o que vimos sobre demissão também

    se aplica aqui 7compet!ncia, prescrição, infraç\es, etc.2. * que muda é a

    situação funcional do su>eito. (e ele est em disponibilidade não tem como

    demitir, mas cassa a disponibilidade.

    Existe mais uma 6ipCtese de cassação de disponibilidade" nCs vimosque se o servidor público é estvel e o cargo dele foi extinto ou declarado

    desnecessrio, o servidor 1ca em disponibilidade 7remunerada

    proporcionalmente ao tempo de serviço e sem prao determinado2.

    Entretanto, surgindo um cargo vago compatível, o obrigatCrio o

    aproveitamento do servidor. Essa obrigatoriedade vale tanto para a

    Administração como para o servidor. (e ele for convocado para 1ns de

    aproveitamento e não comparecer, a lei estabelece que o aproveitamento

    é declarado sem efeito e é cassada a disponibilidade do servidor.

    V (uspensão" é uma penalidade mais leve do que a demissão. *

    servidor 1ca em casa sem remuneração. 'emos que tomar alguns

    cuidados"

    i2 o prao mximo de suspensão previsto pelo +ei :.$$#5T9 é de 90

    %#!s. * prao é aplicado de forma discricionria pelo Administrador, mas o

    prao mximo est previsto na leiL 

    ii2 a lei estabelece que por necessidade da Administração

    devidamente >usti1cada, é possível substituir a aplicação da suspensão por

    uma multa no valor de [9_ da remuneração do servidor 7isso não é uma

    escol6a do servidor, e sim da Administração2. &esse caso, o servidor

    continua trabal6ando pelo período em que foi suspenso, mas receber

    apenas metade de sua remuneração.

    &Cs vimos que a suspensão pode ser aplicada nos casos dos incisos

    Y;-- e Y;--- do art. $$X da +ei :.$$#5T9. Além dessas duas 6ipCteses, a lei

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    prev! que a reincid!ncia em infração punível com advert!ncia ense>a a

    aplicação de suspensão. -sso é automtico. A segunda advert!ncia > é

    uma suspensão.

    uidadoW Existe o c6amado +'!* %& !&$!&* %& '&)#s'*.

    -sso quer dier que se o servidor não cometer mais infraç\es durante umdeterminado prao apCs o cumprimento da penalidade aplicada, ele ter

    cancelado o registro da infração. H um prao para Nlimpar a 1c6aO do

    servidor apCs o registro de uma infração.

    /ual é esse prao" depende" para a penalidade de advert!ncia, o

    prao é de 9< anosL para a penalidade de suspensão, o prao é de 9[ anos.

    -sso quer dier que se o indivíduo sofreu uma advert!ncia, para que

    ele se>a considerado reincidente em infração su>eita a advert!ncia 7com aconsequente aplicação da penalidade de suspensão2, essa segunda

    infração tem que ser cometido no prao mximo de 9< anos, caso contrrio

    6aver o cancelamento do registro levado a efeito contra o servidor e a

    nova infração ser punida, novamente, com advert!ncia, visto que ele não

    ser considerado como reincidente.

    *utra 6ipCtese de aplicação da penalidade de suspensão ocorre

    quando o servidor se recusa a passar por inspeção médica. 4uitas vees a

    moça sabe que est gravida, e que se constatarem isso ela ser afastada

    de uma atividade insalubre, e ela não quer perder o adicional. A lei tra

    duas peculiaridades nessa penalidade"

    i2 o tempo mximo de suspensão, nesse caso, é de 1; %#!sL

    ii2 essa suspensão tem muito mais carga coercitiva do que punitiva.

    3essa forma, se o servidor se submeter B inspeção médica durante o prao

    de suspensão, a penalidade cessa automaticamente.

    A prescrição da penalidade de suspensão é de 02 !*s a partir do

    con6ecimento do fato pela Administração )ública.

    A compet!ncia para a sua aplicação varia de acordo com o prao. (e

    o prao da suspensão for de até

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    então o 4inistro de Estado tem compet!ncia para aplicar a suspensão com

    prao superior a

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    condução desse processo administrativo disciplinar, e faendo uma

    descrição sumria dos fatos 7não precisa ser minuciosa ] é o entendimento

    atual do ('U2. A comissão deve ser composta, segundo a lei, por tr!s

    servidores públicos estveis. uidado para não confundir com comissão de

    licitação, que também tem tr!s membros, mas sC dois deles precisam ser

    efetivos 7nem precisam ser estveis2.

    &o ponto, o ('U tem um entendimento interessante no sentido de que

    a estabilidade dos servidores que comp\em a comissão é a estabilidade no

    serviço público, e não na carreira.

    Esses tr!s membros não podem ser parentes até o terceiro grau civil

    7tio e sobrin6o, primo > é quarto grau2, nem côn>uge ou compan6eiro do

    acusado.

    3esses tr!s membros da comissão, um deles é o presidente. )ara o

    presidente existe uma regra a mais" &$& %&5& &' !')* *6 =5&$ %&

    &s*$!'#%!%& #)6!$ *6 s6+&'#*' !* %* !6s!%*.

    b2 5nqu?rito: não é um momento prévio ao processo, de recol6imento

    de provas. Esqueça o processo penal agora. * inquérito administrativo é

    dividido em tr!s momentos"^ -nstrução" se d por meio da produção de todas as provas

    admitidas em direito. &ão 6 limitação de prova. 3esde que se>a prova

    lícita, pode ser utiliada no )A3. Admite=se, inclusive, a prova emprestada,

    que nada mais é do que uma prova documental.

    *(" não é possível a quebra de sigilo telefônico no processo

    administrativo disciplinar. Entretanto, se a quebra de sigilo foi determinada

     >udicialmente 7de forma regular, onde ela é admitida2, não 6 problema nofato de a Administração utiliar a referida prova como prova emprestada no

    )A3.

    ` 3efesa" produidas todas as provas, o su>eito é intimado para

    apresentação de defesa. 3e acordo com a lei, esse +'!* 7 %& 10 %#!s.

    4as essa regra comporta duas exceç\es"

    # se o su>eito não foi encontrado para ser intimado pessoalmente, ele

    ser intimado por edital. &esse caso, se ele for intimado por edital, o praopara defesa passa a ser de $[ diasL

  • 8/16/2019 Agentes Públicos e Lei 8112.90

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    ##  se no mesmo processo tiver dois ou mais acusados, o prao de

    defesa passa a ser de #9 dias.

    Em qualquer caso, se o réu >usti1car a necessidade de realiação de

    dilig!ncia B aposentação de defesa, esses praos para apresentação de

    defesa pode ser duplicados.(e o réu não apresentar defesa, opera=se a revelia. 8evelia é a não

    apresentação de defesa no prao de lei. uidado para não confundir com

    os efeitos que a revelia causa no processo civil, no processo do trabal6o,

    etc. &o )A3 a revelia não gera presunção de veracidade dos fatos alegados

    pela outra parte. (e o réu for revel, ser designado para ele um defensor

    dativo 7defensor dado pela prCpria Administração2, pois o processo não

    pode seguir sem defesa.

    &Cs sabemos que a súmula vincula n. 9[ estabelece que a aus!ncia

    de advogado, a aus!ncia de defesa técnica do )A3 não gera nulidade. 4as

    isso não quer dier que a aus!ncia de defesa não gera nulidade. aso o réu

    não apresente defesa no prao legal, a Administração ir nomear um

    defensor dativo, que não precisa ser um advogado. H imprescindível que

    6a>a defesa, e não defesa técnica.

    A lei exige que esse defensor deve ter cargo ou nível de escolaridade

    igual ou superior ao do acusado. Esse é o único ponto relevante. Ele não

    precisa ser advogado.

    Esse defensor pode faer uma defesa por negativa geral, pois ele não

    teve contato com o réu. Em regra, não se admite defesa genérica, pois ela

    não é considerada defesa propriamente dita. 4as nesse caso, como o

    defensor não teve contato com o réu e talve nem o con6eça, é possível

    essa modalidade de defesa.

    8elatCrio" Apresentada a defesa, a comissão ir elaborar o relatCrio,

    que é conclusivo. &ão vai simplesmente relatar o que aconteceu, ela vai

    opinar pela medida a ser adotada pelo >ulgador. *u se>a, o relatCrio da

    comissão tem naturea >urídica de parecer. O &&%#&* *%&'*

    %* ST 7 * s&#%* %& 6& * '&$!,'#* %! *#ss3* 3* 7

    5#6$!& & s# &'!&& *+#!#5*. * argumento do ('? é o de

    que o parecer conclusivo é aquele que não pode ser contrariado em

    6ipCtese alguma.

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    c2  8ulgamento:  7art. $Z$ do lei :.$$#5T92 todo o processo

    administrativo disciplinar, até o relatCrio, deve durar S9 dias, prorrogvel

    por mais S9. H um prao imprCprio, como nCs > conversamos, mas a

    Administração deve se empen6ar para concluir o processo no prao,

    mesmo porque, o descumprimento puro e simples do prao pode ense>ar a

    responsabiliação da autoridade responsvel pelo )A3. &ão 6 nulidade do

    processo, mas pode 6aver responsabiliação pelo atraso.

    )osteriormente, são concedidos #9 dias para o >ulgamento do

    processo. 3essa forma, veri1ca=se que o prao para conclusão do )A3 é de

    $Z9 dias. )assado esse prao, a prescrição volta a correr. )or isso o ('U

    entende que é possível a prescrição intercorrente do processo

    administrativo, que é aquela que corre no curso do processo.

    &ão 6 proibição de delegação de compet!ncia para outra autoridade

    de mesmo nível 6ierrquico ou de nível 6ierrquico inferior para

     >ulgamento do )A3 7sC não poderia se fosse ato normativo, se fosse

    decisão de recurso 6ierrquico ou se fosse compet!ncia exclusiva2.

    3o >ulgamento do processo administrativo disciplinar existe a

    possibilidade interposição de recursos na via administrativa"

    ^ )edido de reconsideração e 8ecurso" a (úmula ;inculante n. #$ di

    que é inconstitucional a exig!ncia de garantia ou depCsito prévio para a

    interposição de recurso na esfera administrativa. -sso porque, é inerente B

    ampla defesa o duplo grau de >ulgamento. &a lei T.X:Z nCs aprendemos

    7parte geral do 3ireito Administrativo2 que o prao para recurso é de $9

    dias, que o recurso é interposto perante a prCpria autoridade que proferiu a

    decisão e, se em 9[ dias ela não se retratar, ela dever encamin6ar o

    recurso para a autoridade imediatamente superior.

    (C que aqui na +ei :.$$#5T9 não é assim que funciona. A lei prev! opedido de reconsideração e o recurso como duas coisas absolutamente

    diferentes. O +'!* +!'! '&6's* & +!'! * +&%#%* %& '&*s#%&'!3*

    * PAD 7 %& 0 %#!s  sendo que um não impede o outro. * que

    diferencia um e outro é a autoridade que vai apreciar um ou outro" no

    pedido de reconsideração, quem analisa o pedido é a prCpria autoridade

    que proferiu a decisão, enquanto que o recurso é dirigido B autoridade

    imediatamente superior.* mximo que o processo administrativo pode tramitar sem tr!s

    instQncias, ainda que 6a>a autoridade em nível 6ierrquico superior.

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    &ote que *%!s !s 5&&s 6& * '76 ?! 6 +&%#%* %&

    '&*s#%&'!3* *%!s !s 5&&s 6& &$& #&'+& 6 '&6's* *

    +'!* +'&s'##*!$ 7 #&''*+#%*.

    (e o réu fe um pedido de reconsideração e não foi acol6ido, ele não

    pode faer novo pedido de reconsideração 7considerado meramenteprotelatCrio2, pode apenas recorrer.

    *utra observação importante é no sentido de que os recursos e

    pedidos de reconsideração, no processo administrativo, não possuem efeito

    suspensivo. A autoridade que receber esse recurso ou pedido de

    reconsideração pode dar efeito suspensivo, mas a lei não confere.

    &ão 6 proibição de reformatio in pe"us. *u se>a, o su>eito que est

    recorrendo ou faendo pedido de reconsideração, ele sabe que a decisãoque >ulgar esse pedido de reconsideração ou esse recurso pode piorar a

    sua situação. (e o su>eito gan6ou a penalidade de suspensão por T9 dias e

    manifesta seu inconformismo por meio de pedido de reconsideração ou

    recurso, ac6ando que esse prao é muito grande, a nova decisão da

    autoridade administrativa pode ser no sentido de que é mais adequada a

    pena de demissão 7princípio da autotutela ] a Administração pode reformar

    a decisão inclusive de ofício2.

    ` 8ecurso" analisado >unto com pedido de reconsideração.

    8evisão" é totalmente diferente. 4esmos depois de passados os

    praos de recurso e de pedido de reconsideração, o servidor ainda pode

    pedir a revisão. H um processo administrativo novo, com nomeação de

    comissão e tudo. A regra é a de que não existe prao para esse pedido de

    revisão, podendo ser feito a qualquer tempo ] desde que o su>eito alegue a

    exist!ncia de fatos novos 7> tin6am sido acontecido antes, mas não

    constavam do processo2. )or este motivo, o pedido de revisão é feito BprCpria autoridade que proferiu o >ulgamento.

    A lei di que a decisão da revisão não pode piorar a situação do

    servidor que est requerendo a revisão.

    R (indicQncia"

    A lei estabelece que para a aplicação de penalidade de advert!ncia ede suspensão de até

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    que um )A3 simpli1cado. Ela respeita contraditCrio, ampla defesa. 'em

    duração mxima de udicirio 7cargo de

    nível fundamental, atividade de apoio operacional2.

    )ara esses tr!s cargos 6 divisão em classes e padr\es. +embra quepromoção é uma forma de provimento derivado vertical0 * su>eito ingressa

    na carreira e por meio de promoção ele vai assunto novos cargos

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    6ierarquicamente superior, na mesma carreira. &Cs não podemos confundir

    a promoção com a progressão funcional, que não é forma de provimento.

    Ela é feita anualmente e ense>a um aumento no padrão remuneratCrio do

    servidor, sem que 6a>a uma alteração de cargo.

    ;ou explicar como funciona 7e isso vale para analista, técnico eauxiliar2" existem < classes. ;oc! ingressa na carreira na classe A, depois

    promove para a classe e depois promove para a classe . (C que antes

    de mudar de classe, o indivíduo precisa passar por alguns números, que

    são os padr\es remuneratCrios. Eles geram uma progressão funcional e são

    em número de $a, quando voc! ingressa na carreira, voc!

    ingressa na classe A$, no ano seguinte voc! progride para A# e assim

    sucessivamente, até c6egar no A[. /uando voc! c6ega no A[, voc!

    promove para a classe S e vai progredindo anualmente até a classe $9,depois promove para a classe $$, progride para a classe # e depois para

    a classe $

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    comissionados 7que prestam exclusivamente cargo em comissão2, aos

    celetistas e aos temporrios.

    * 8))(, por outro lado, sC se aplica aos servidores efetivos que

    ten6am que regime prCprio criado pelo respectivo ente federativo. (e, por

    exemplo, voc! for servidor efetivo de um município que não ten6a regimeprCprio, voc! estar vinculado ao 8%)(.

    * art. Z9 da ?5:: foi alterado pelas E #95T: e Z$5#99e não

    importa mais2.

    Em T:, com a E#9, passou a ser irrelevante o tempo de serviço,

    passando s ser relevante tão somente o tempo de contribuição. &essa

    oportunidade, a E estabeleceu que o período que o servidor 6avia

    acumulado como tempo de serviço seria convertido automaticamente em

    tempo de contribuição.

    A ?5:: admite a contagem recíproca, que consiste na possibilidade

    de se computar as contribuiç\es levadas a efeito em outros regimes

    previdencirios, como para o 8%)( ou algum regime prCprio municipal,

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    $@, da +ei :.$$#5T9 como meramente exempli1cativo, concedendo,

    consequentemente, a aposentadoria por invalide com proventos integrais.

    Existe mais um caso que merece destaque" uma sen6ora foi

    aposentada por invalide com proventos proporcionais, pois a moléstia da

    qual era acometida não se encaixava no rol do art. $:S, $@, da +ei:.$$#5T9. ontudo, depois de aposentada, ela descobriu que era portadora

    de neoplasia maligna, sendo que o ('U converteu a aposentadoria com

    proventos proporcionais em aposentadoria com proventos integrais.

    A administração argumentava que a aposentadoria por invalide com

    proventos integrais era possível apenas quando a aposentadoria decorria

    de uma doença constante do rol do art. $:S, $@, da +ei :.$$#5T9, o que

    não era o caso em questão, pois a aposentadoria da servidora 6avia sido

    concedida em raão de outra moléstia. ontudo, o ('U entendeu que,

    mesmo > tendo sido concedida aposentadoria com proventos

    proporcionais, se advier moléstia grave ao servidor aposentado, ele far >us

    B conversão do benefício em aposentadoria por invalide integral.

    ` Aposentadoria compulsCria" ocorre aos X9 anos de idade, se>a o

    servidor 6omem ou mul6er. Essa aposentadoria é concedida com proventos

    integrais ao tempo de contribuição. &ão 6 possibilidade de o servidor

    continuar contribuindo para ter uma aposentadoria maior. &ote que 6

    uma presunção de que, aos X9 anos, o servidor não tem mais capacidade

    para prestar o serviço público. -sso é uma presunção absoluta, que não

    admite prova em contrrio.

    A aposentadoria se dar no dia em que o servidor completar X9 anos.

    * ato de concessão de aposentadoria é declaratCrio, ou se>a, ele retroage B

    data em que o servidor completou X9 anos.

    Aposentadoria voluntria" o servidor deve cumprir os requisitos

    de1nidos na ?5::. &os vamos ver que existem duas espécies de

    aposentadoria voluntria, mas ] de uma forma ou de outro ] ser

    necessrio que o servidor conte $9 anos de serviço público e [ anos do

    cargo em que pretende se aposentar.

    i2 Aposentadoria voluntria integral"

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    &o caso de aposentadoria voluntria integral, além de ter $9 anos de

    serviço público e [ anos no cargo em que pretende se aposentar, ser

    necessrio o preenc6imento dos seguintes requisitos"

    (e 6omem" S9 anos de idade e

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    3e acordo com a ?5::, é vedado o estabelecimento de critérios

    distintos desses para a concessão de aposentadoria, salvo por meio de lei

    complementar, no que tange aos servidores de1cientes, ao que exercem

    atividade de risco e para os que exercem atividade pre>udicial B saúde.

    &essa caso, a lei poder criar critérios distintos para a concessão de

    aposentadoria. 4as essa norma é de e1ccia limitada, e ainda não foi

    editada lei complementar tratando do tema.

    Em #9$Z foi editada a (; n@ a lei complementar para

    regulamentar a aposentadoria dos aludidos servidores, eles poderão se

    valer das regras relativas B aposentadoria especial do 8%)( 7por analogia2.

    c2 Contribuição para o -,,/: o percentual da contribuição para o 8))(

    é de $$_. Até pouco tempo atrs, a contribuição era de $$_ sobre o valor

    total da remuneração5subsídio, sem que se respeitasse o teto previsto no

    8%)(.

    A EZ$5#99< trouxe duas novidades para piorar a situação dos

    servidores"

    *s servidores do 8))( passaram a contribuir mesmo depois de

    inativos 7tanto aposentados como pensionistas2. A alíquota que eles pagam

    é a mesma 7$$_2L o que muda é a base de clculo. * inativo sC contribui

    com $$_ sobre o valor de sua aposentadoria5pensão que suplantar o teto

    do 8%)(.

    * argumento contrrio a essa ideia era o de que os inativos

    contribuíam sem que 6ouvesse a possibilidade de percepção de novo

    benefício. 4as o ('? disse que esse argumento não é vlido, pois a

    contribuição se d em raão do carter solidrio do sistema.

    *(" o inativo que for acometido de doença incapacitante somente

    ir contribuir relativamente ao valor que suplantar o dobro do valor

    correspondente ao teto do 8%)(.

    *utra mudança implementada pela EZ$5#99< foi no sentido de que,

    agora, a contribuiç\es dos servidores do 8))( também devem obedecer o

    teto do 8%)(. Entretanto, para isso, o ente público deve criar um 8egime

    omplementar de )revid!ncia )ública. A criação desse regime é

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