155
2 Agradecimentos Em primeiro lugar, agradeço a toda a direção da Associação Nacional de Apoio ao Idoso por terem aceite a realização do meu estágio curricular, em particular ao Presidente, Professor Doutor José Ribeiro Ferreira, à Dr.ª Normélia e à Dr.ª Sónia Vinagre, por todo o apoio que me proporcionaram aos longo de todos os meses de estágio, pela partilha de ideias e pela confiança depositada. Agradeço também, e em especial, a todos os utentes do centro de dia da ANAI, por me terem recebido de braços abertos, por terem participado ativamente e de boa disposição nas atividades proposta e sobretudo, por tudo o que me ensinaram através dos seus exemplos de vida. Agradeço aos meus pais, à minha irmã, ao meu namorado, à minha família e aos meus amigos, em especial à minha mãe que foi a minha maior companheira ao longo de todo este percurso e desde sempre, pelo apoio incondicional, pela confiança que sempre depositaram em mim ao longo de todo o meu percurso académico, pela paciência inesgotável. Foram, sem dúvida, o meu maior pilar ao longo deste cinco anos de vida académica. Agradeço à professora Doutora Albertina Oliveira, minha orientadora de estágio, por todos os conselhos que me deu, pela sua amabilidade, disponibilidade e confiança transmitida ao longo de todo o estágio. Por fim, agradeço à minha colega de estágio, Joana Albuquerque, pela amizade, por todos os momentos partilhados durante o estágio, pela partilha e apoio nas ideias desenvolvidas.

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Agradecimentos

Em primeiro lugar, agradeço a toda a direção da Associação Nacional de Apoio ao

Idoso por terem aceite a realização do meu estágio curricular, em particular ao

Presidente, Professor Doutor José Ribeiro Ferreira, à Dr.ª Normélia e à Dr.ª Sónia

Vinagre, por todo o apoio que me proporcionaram aos longo de todos os meses de

estágio, pela partilha de ideias e pela confiança depositada.

Agradeço também, e em especial, a todos os utentes do centro de dia da ANAI, por me

terem recebido de braços abertos, por terem participado ativamente e de boa disposição

nas atividades proposta e sobretudo, por tudo o que me ensinaram através dos seus

exemplos de vida. Agradeço aos meus pais, à minha irmã, ao meu namorado, à minha

família e aos meus amigos, em especial à minha mãe que foi a minha maior

companheira ao longo de todo este percurso e desde sempre, pelo apoio incondicional,

pela confiança que sempre depositaram em mim ao longo de todo o meu percurso

académico, pela paciência inesgotável. Foram, sem dúvida, o meu maior pilar ao longo

deste cinco anos de vida académica.

Agradeço à professora Doutora Albertina Oliveira, minha orientadora de estágio, por

todos os conselhos que me deu, pela sua amabilidade, disponibilidade e confiança

transmitida ao longo de todo o estágio.

Por fim, agradeço à minha colega de estágio, Joana Albuquerque, pela amizade, por

todos os momentos partilhados durante o estágio, pela partilha e apoio nas ideias

desenvolvidas.

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Resumo

O presente relatório de estágio insere-se no âmbito do Mestrado em Ciências da

Educação, na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de

Coimbra.

O estágio curricular decorreu na Associação Nacional de Apoio ao Idoso (ANAI),

durante um período de nove meses, direcionado para a valência do Centro de Dia e

Oficina do Idoso da ANAI.

O objetivo principal deste estágio incidiu em fomentar o Envelhecimento Ativo nos

utentes do Centro de dia e Oficina do Idoso da ANAI, apresentando atividades e

dinâmicas de (in)formação que lhes proporcionassem momentos de interação, formação

e educação.

O relatório divide-se assim em várias partes: em primeiro lugar, é exposto o

enquadramento teórico que fundamenta todo o trabalho realizado, e em seguida,

apresenta-se a caraterização da instituição, que pretende resumir a sua história, missão,

visão, valores e as valências que alberga. Posteriormente, é apresentado o projeto de

estágio, bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por

fim, é descrito o projeto de investigação, tendo como amostra os utentes do Centro de

dia da ANAI, a fim de perceber qual o seu grau de satisfação com a qualidade dos

serviços prestados na Oficina do Idoso da ANAI.

Palavras-chave: Gerontologia Educativa/ Centro de dia/ Oficina do Idoso/

Envelhecimento Ativo.

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Abstract

This report is a part of the curricular unit of Internship of the 2nd year of the Master’s

Degree in Educational Sciences, in the Faculty of Psychology and Educational Sciences

of the University of Coimbra.

The curricular internship took place at the National Association of Elderly Support,

(ANAI) during a period of nine months, within the valence of the Day Centre from

ANAI.

The main goal of the internship focused on promoting the Active Aging of the elders

that attend the mentioned Day Care, through the development of activities and dynamics

of training that would provide moments of interaction, development and education.

The report is divided into several parts: first, the theoretical framework as the

conceptual basis for all the work done is exposed; next, the characterization of the

institution is presented, taking in account data from its history, mission, vision and

values. Than, the internship project is also presented, as well as the activities that have

been developed according to the goals of that project. Finally, the research project is

described, focusing on the elderly satisfaction with the quality of the services provided

by ‘Oficina do Idoso’, from ANAI

Key words: Educational Gerontology/ Day Care Centre/ Elderly Workshop/ Active

Aging

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Índice de siglas

ANAI – Associação Nacional de Apoio ao Idoso

UTL – Universidade do Tempo Livre

OFCI – Oficina do Idoso

SAD – Serviço de Apoio Domiciliário

BAT – Banco de Ajudas Técnicas

OSI – Observatório Social do Idoso

IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social

RUTIS – Redes das Universidades da Terceira Idade

EDP – Energias de Portugal

INE – Instituto Nacional de Estatística

DVD – Digital Video Disc

AISEC – Associação Internacional de Estudantes de Ciências Económicas e

Empresariais de Coimbra

GAES – Centros Auditivos

CDSSC - Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social do Centro

QSQPS – Questionário de Satisfação da Qualidade de Prestação de Serviços

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Índice Agradecimentos…………………………………………………………………………2

Resumo………………………………………………………………………………….3

Abstract………………………………………………………………………………….4

Índice de Siglas……………………………………………………………….................5

Índice……………………………………………………………………………………6

Índice de tabelas…………………………………………………………………………9

Índice de quadros……………………………………………………………………….10

Índice de figuras………………………………………………………………………..11

Introdução………………………………………………………………………………12

Capítulo I – Enquadramento teórico………………………………………………...14

Educação Permanente…………………………………………………………………..15

Envelhecimento e velhice………………………………………………………………16

Envelhecimento ativo…………………………………………………………………..21

Gerontologia Educativa………………………………………………………………...22

Intervenção na Terceira Idade………………………………………………………….25

Benefícios da atividade física…………………………………………………………..27

Capítulo II– Caraterização da Instituição…………………………………………..30

Oficina do idoso/Centro de dia…………………………………………………………32

Universidade do tempo livre……………………………………………………………33

Serviço de apoio Domiciliário………………………………………………………….33

Observatório social do idoso…………………………………………………………...34

Banco de Ajudas Técnicas……………………………………………………………...34

Missão…………………………………………………………………………..............35

Valores………………………………………………………………………………….35

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Visão……………………………………………………………………………………35

Recursos………………………………………………………………………………...35

Recursos humanos……………………………………………………………………...35

Recursos financeiros……………………………………………………………………35

Recursos materiais……………………………………………………………………...36

Parcerias………………………………………………………………………………...36

Capítulo III - Projeto de estágio e descrição das atividades……………………..…37

Objetivos gerais do estágio……………………………………………………………..39

1º Objetivo geral………………………………………………………………………..40

Objetivos específicos…………………………………………………………………...40

Objetivos Operacionais…………………………………………………………………40

Atividades desenvolvidas ……………………………………………………………...41

Dinâmicas de Informação………………………………………………………………47

2º Objetivo Geral……………………………………………………………………….64

Objetivos Específicos…………………………………………………………………..64

Objetivos operacionais…………………………………………………………………64

Atividades desenvolvidas………………………………………………………………66

“Luz, câmara e ação”…………………………………………………………………...68

Atividades lúdicas e dinâmicas…………………………………………………………76

Livro “Os meus tempos de escola”……………………………………………………..97

3º Objetivo Geral……………………………………………………………………...108

Capítulo IV- Avaliação……………………………….……………………………..109

Heteroavaliação……………………………………………………………………….110

Avaliação dos Idosos………………………………………………………………….110

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Avaliação do Orientador do local de estágio………………………………………….110

Grelha de Avaliação de Competências transversais…………………………………..111

Autoavaliação…………………………………………………………………………112

Bibliografia……………………………………………………………………………114

Capítulo V – Projeto de Investigação………………………………………………115

Resumo………………………………………………………………………………..116

Abstract……………………………………………………………………………….117

Introdução…………………………………………………………………………….118

Método………………………………………………………………………………..119

Participantes…………………………………………………………………………..119

Técnica de Recolha de dados………………………………………………………….120

Procedimentos………………………………………………………………………...122

Resultados…………………………………………………………………………….123

Conclusões da Investigação…………………………………………………………..127

Considerações Finais…………………………………………………………………128

Apêndices……………………………………………………………………………..129

Anexos………………………………………………………………………………...141

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Índice de Tabelas

Tabela 1 – Planificação da Sessão de Grupo “Os meus Tempos de Escola” Parte I…...48

Tabela 2 – Plano da Sessão de Grupo “Os meus Tempos de Escola” Parte I………….48

Tabela 3 – Avaliação da Sessão “Os meus tempos de Escola” Parte I………………...50

Tabela 4 – Planificação da Sessão de Grupo “Os meus Tempos de Escola” Parte II….50

Tabela 5 – Plano da Sessão de Grupo “Os meus Tempos de Escola” Parte II…………50

Tabela 6 – Avaliação da Sessão de Grupo “Os meus Tempos de Escola” Parte II…….51

Tabela 7 – Planificação da Sessão de Grupo “Cuidados a ter em épocas de temperaturas

frias ou altas”…………………………………………………………………………...52

Tabela 8 – Plano da Sessão de Grupo “Cuidados a ter em épocas de temperaturas frias

ou altas”………………………………………………………………………………...53

Tabela 9 –Avaliação da Sessão de Grupo “Cuidados a ter em épocas de temperaturas

frias ou altas”…………………………………………………………………………..54

Tabela 10 – Planificação da Sessão de Informação “Prevenção e autoproteção de

Incêndios em casa”……………………………………………………………………..55

Tabela 11 – Plano da Sessão de Informação “Prevenção e autoproteção de Incêndios em

casa”…………………………………………………………………………………….55

Tabela 12 – Avaliação da Sessão de Informação “Prevenção e autoproteção de

Incêndios em casa”……………………………………………………………………..57

Tabela 13 – Planificação da Sessão de Informação “Gás: evite acidentes em casa”…..57

Tabela 14 – Plano da Sessão de Informação “Gás: evite acidentes em casa”…………58

Tabela 15 – Avaliação da Sessão de Informação “Gás: evite acidentes em casa”…….60

Tabela16 – Planificação da Sessão de Informação “Prevenção de

Cardiovascular”………………………………………………………………………...60

Tabela 17 – Plano da Sessão de Informação “Prevenção de Doenças

Cardiovasculares”………………………………………………………………………61

Tabela 18 – Avaliação da Sessão de Informação “Prevenção de Doenças

Cardiovasculares”………………………………………………………………………63 Tabela 19 – Planificação das sessões de “Luz, Câmara e…Ação”…………………….69

Tabela 20 - Tabela com as categorias do questionário e respetivas questões………...121

Tabela 21 -Estatísticas descritivas do questionário QSQPS…………………………124

Tabela 22 - Estatísticas descritivas por total de categoria……………………………126

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Índice de Quadros

Quadro 1 – Objetivos Gerais…………………………………………………………...39

Quadro 2 – 1º objetivo Geral desdobrado em objetivos específicos e

operacionais…………………………………………………………………………….40

Quadro 3 – 2º objetivo geral desdobrado em objetivos específicos e

operacionais…………………………………………………………………………….65

Quadro 4 - 3º objetivo Geral desdobrado em objetivos específicos e operacionais

………………………………………………………………………………………...108

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Índice de Figuras

Figura 1 – Página online da Instituição………………………………………………...41

Figura 2 – Logotipo da Instituição……………………………………………………..42

Figura 3 – Logotipo da Instituição……………………………………………………..43

Figura 4 – Caminhada Matinal…………………………………………………………66

Figura 5 – Caminhada Matinal…………………………………………………………66

Figura 6 – Caminhada Matinal…………………………………………………………66

Figura 7 – Capa do filme “Up Altamente”……………………………………………..70

Figura 8 – Capa do filme “A Gaiola Dourada”………………………………………...71

Figura 9 – Capa do filme “Anikki Bobó”………………………………………………72

Figura 10 – Capa do filme “Maria Papoila”……………………………………………73

Figura 11 – Capa do filme “Capitães de Abril”………………………………………...74

Figura 12 – Capa do filme “Grande Elias”……………………………………………..75

Figura 13 – Frequência sobre o sexo dos participantes……………………………….120

Figura 14 – Nível de Escolaridade dos participantes…………………………………123

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Introdução

No âmbito do Mestrado em Ciências da Educação da Faculdade de Psicologia e de

Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, foi elaborado o presente relatório

de estágio vinculado à área de Educação e Formação de Adultos.

O estágio foi realizado na Associação Nacional de Apoio ao Idoso, na valência da

Oficina do Idoso, uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) que se situa

na Rua João Cabreira, nº 18 em Coimbra.

A duração do estágio foi de cerca de nove meses, tendo sido iniciado em setembro de

2015 e terminado em junho de 2016. A presença na instituição decorreu de segunda a

quinta, 28 horas por semana, das 9h às 17h30, sendo a sexta-feira dedicada à presença

nos seminários de orientação ou ao trabalho académico autónomo.1

Chegados à instituição, a nossa principal preocupação foi conhecê-la, os utentes com

quem iríamos trabalhar e todas as pessoas envolvidas na rotina da instituição (para que

isto acontecesse, foi fundamental a leitura dos regulamentos internos e documentos

relacionados com o funcionamento da instituição). Em conversa informal, foi realizada

uma análise de necessidades dos utentes.

Foi em função das necessidades dos utentes e da fundamental necessidade de aplicar

atividades direcionadas à promoção do envelhecimento ativo, que se estruturou o

projeto de estágio, o qual, baseado em temas e assuntos do interessante dos utentes e

úteis para o seu dia-a-dia, veio a orientar as dinâmicas e atividades desenvolvidas.

Neste sentido, todas as atividades foram pensadas em função da estimulação das

capacidades cognitivas, físicas e motoras dos utentes do centro de dia da ANAI, tendo

sempre em conta as suas limitações e necessidades. Todas elas foram previamente

definidas com base nos recursos disponíveis na instituição e com o apoio e orientação

fundamental da Dr.ª Sónia Vinagre e dos colegas de estágio. No final de cada atividade,

era realizada uma avaliação através de diálogos informais, onde os utentes partilhavam

a sua opinião e sugeriram ideias e melhorias para as sessões seguintes.

O relatório é constituído por cinco partes. A primeira diz respeito ao enquadramento

teórico, o qual aborda os temas chave em que se baseou toda a intervenção, como a 1 Contudo, devido ao facto de sermos trabalhadoras-estudantes, nem sempre foi possível cumprir

integralmente o horário das atividades previamente estipulados.

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Educação Permanente, o Envelhecimento ativo e a Gerontologia Educativa.

Seguidamente, a segunda parte apresenta a caraterização da instituição, onde se

descrevem as suas valências, missão, visão e valores, entre outros aspetos. A terceira

parte, a mais longa, engloba o projeto de estágio, onde são descritos os seus objetivos

gerais, específicos e operacionais, bem como as atividades que lhes são

correspondentes. De seguida, é apresentada a avaliação do estágio, nomeadamente uma

auto-avaliação e a heteroavaliação, bem como a bibliografia referente ao relatório.

O último capítulo diz respeito ao Projeto de Investigação que teve por objetivo perceber

qual é a opinião dos utentes do centro de dia relativamente à Qualidade de Prestação de

Serviços que são prestados na instituição, através da realização de um questionário. Por

fim, apresentam-se as considerações finais, os apêndices e os anexos que fundamentam

todo o relatório.

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Capítulo I

Enquadramento

teórico

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15

O seguinte enquadramento teórico incidirá numa abordagem conceptual às atividades

educativas/formativas desenvolvidas na Oficina do Idoso da Associação Nacional de

Apoio ao Idoso, com os idosos em contexto de centro de dia.

Neste seguimento, começaremos por apresentar uma breve definição de Educação

Permanente, com o objetivo claro de demonstrar que a Educação deve estar presente em

todas as etapas e situações da vida humana. De seguida, será abordado o conceito de

envelhecimento, explicitando algumas das suas vertentes e aspetos gerais relacionados

com o seu processo natural. Neste âmbito, faz-se referência à promoção do bem-estar e

desenvolvimento ativo dos idosos, focando a importância de um envelhecimento ativo.

Por fim, a promoção do envelhecimento ativo não dispensa que se convoque

gerontologia educativa, ou seja, a grande relevância que assumem as dinâmicas

educativas e formativas e as suas vantagens para a promoção do bem-estar, qualidade de

via e redução do sedentarismo. No âmbito deste subdomínio da Educação Permanente,

será ainda imprescindível evidenciar a correta intervenção a levar a efeito com as

pessoas idosas, apresentando-se os princípios orientadores que devem estar subjacentes

à ação dos técnicos que trabalham com elas.

Educação Permanente

Sendo todo o nosso trabalho focado na aprendizagem em idade adulta avançada2, na

educação e formação de adultos e na defesa e implementação do direito de

aprendizagem ao longo de todo o ciclo de vida, é indispensável fazer referência ao

conceito de educação permanente e ao contributo das conferências Internacionais da

UNESCO sobre a Educação de Adultos. Assim sendo, e nas palavras de Knoll (2014,

cit. por Ireland e Spezia 2014, p. 13), a história das conferências internacionais da

UNESCO “demonstra as mudanças de perceção da educação de pessoas adultas, desde

a alfabetização à aprendizagem ao longo da vida, na qual a educação de pessoas adultas

é vista tanto como parte do continnum da educação, como uma entidade em si mesma”,

isto é, a educação permanente é algo que decorre ao longo de toda a vida e dela resultam

transformações e mudanças positivas na vida dos adultos.

2 De certa forma, o conceito de terceira idade é limitado, uma vez que é uma delimitação que vem de uma

convenção social, frequentemente associada à idade da reforma nas sociedades europeias. Preferimos usar

a expressão idade adulta avançada por não estar eivada de uma idade fixa. Esta expressão permite

também incluir as pessoas que, por vezes, frequentam os Centros de Dia com menos de 65 anos.

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Em todas as conferências internacionais da UNESCO3 de Educação de Adultos foram

discutidos temas como a alfabetização universal, promoção da paz e cooperação

internacional, aceitação dos valores democráticos fundamentais, expansão das

oportunidades de aprendizagem para todos os grupos etários, igualdade de direitos entre

géneros e demanda pelo desenvolvimento sustentável (Ireland e Spezia 2014), a fim de

promover transformações positivas que melhorem a qualidade de vida dos adultos.

A Educação Permanente é um sistema concetual que visa integrar todas as formas e

níveis de educação ao longo da vida. O conceito, embora hoje em ‘desuso’ por causa da

utilização dominante do de ‘aprendizagem ao longo da vida’, surgiu nas décadas de

sessenta e setenta do século passado, sob a designação de Educação Permanente ou

Educação ao Longo da Vida (mundo alglófono).

Assim, segundo Alcoforado (2008), a Educação Permanente defende, a continuidade

temporal e espacial da educação. De forma crítica, relativamente aos sistemas

tradicionais de educação, coloca-se agora o sujeito da aprendizagem, no centro dos

processos educativos, já não encarados como limitados à escola, mas desafiando os

sistemas educativos a abrirem-se a todos os espaços da sociedade, defendendo-se “uma

educação verdadeiramente multidimensional” (2008, cit. por Gonçalves 2010, p. 86)

Assim, a Educação Permanente, encarando o ser humano de forma holística, acentua de

forma ímpar a necessidade de democratização do acesso à educação em todos os tempos

e espaços de vida, uma vez que não confere à escola a exclusividade da educação, pelo

contrário, defende que todos os espaços devem ser educativos, e que a mesma deve

existir para todas as pessoas durante toda a vida (Simões, 1979; Gonçalves, 2010).

Neste âmbito, as atividades educativas desenvolvidas com as pessoas de idade avançada

no Centro de Dia da Oficina do Idoso enquadram-se e contribuem para promover a

educação permanente.

Envelhecimento e velhice

3 As conferências internacionais da UNESCO de Educação de Adultos ocorreram em Elsinore em 1949,

em Montreal em 1960, Tóquio em 1972, Paris em 1985 e Hamburgo em 1997. Estas tinham como

objetivo “serem vistas como sinais de saltos para a frente” (Ireland e Spezia 2014, p. 13) ou seja,

impulsionar diferenças positivas a nível da educação de adultos. A última decorreu no Brasil em Belém

do Pará, em 2009.

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Atualmente, o tema do envelhecimento é um dos mais debatidos na sociedade. A

longevidade das pessoas está a aumentar, devido à melhoria das condições de vida das

populações, demonstrando assim um aumento muito significativo do número de pessoas

idosas, o qual se prevê ir continuar a aumentar. Observemos o gráfico 1, onde estas

tendências são visíveis com grande clareza.

Gráfico 1: Previsão da evolução da população jovem e idosa4

Segundo o INE (Instituto Nacional de Estatística), e analisando o gráfico 1, podemos

constatar o aumento significativo da população idosa em Portugal, o que se deve

também à diminuição da natalidade no país. Estas grandes alterações demográficas

levantam enormes desafios em vários sistemas, incluindo o da educação. A velhice não

é sinónimo de “paragem”, é sinónimo de novas aprendizagens e adaptações. Deve-se

assim criar as condições necessárias para que o envelhecimento seja ativo, saudável e

digno para todas as pessoas, como forma de garantir que a velhice, uma fase natural da

vida, seja olhada e vivida de forma mais construtiva e estimulante.

Habitualmente, quando se fala em envelhecimento existe a tendência para o considerar

como uma fase da vida, designada por “terceira idade” ou “quarta idade”, mas de facto

o envelhecimento não é um estado, mas um processo que se inicia no começo da própria

vida, uma vez que começamos a envelhecer desde que nascemos. Todavia, os sinais de

fragilidade só bastante tarde no desenvolvimento da pessoa se tornam notórios, isto

4 Fonte: http://www.prof2000.pt/users/elisabethm/geo10/index11.htm

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porque ocorrem permanentemente processos de regeneração e de degeneração em todas

as pessoas, muito embora os processos regenerativos sejam dominantes durante grande

parte da vida humana. Só na fase mais avançada do ciclo de vida os fenómenos

degenerativos superam os regenerativos. Assim, “o envelhecimento não é um estado

mas sim um processo de degradação progressiva e diferencial” (Cancela, 2007, p.1) que

varia de pessoa para pessoa, de idade para idade e de dimensão para dimensão. Por sua

vez, a velhice, é a etapa final do curso de vida, em que fisicamente já são identificados,

na maior parte dos casos, múltiplos sinais de debilidade. Na nossa sociedade

convencionou-se identificar esta fase a partir 65 anos, correspondente, até agora, à idade

da reforma para a maior parte dos trabalhadores.

O envelhecimento humano ocorre em diferentes vertentes, nomeadamente a nível

biológico, cognitivo e social. O envelhecimento biológico tem a ver com mudanças

fisiológicas, anatómicas, hormonais, etc., que gradualmente conduzem ao declínio do

vigor e das capacidades do organismo. Do ponto de vista cognitivo, podemos referir

capacidades tais como a atenção, a aprendizagem, a memória, a inteligência/raciocínio.

Em termos socais, está normalmente implicado o conjunto de papéis sociais que a

pessoa de idade avançada continua ou não a desempenhar e a variabilidade e

intensidade desses papéis.

Considerando a dimensão cognitiva, a atenção é um dos fenómenos mais importantes

não só na idade adulta mas em todas as idades, fazendo parte da rotina diária das

pessoas. É um processo cognitivo no qual o indivíduo focaliza e seleciona estímulos,

estabelecendo relação entre eles. Especificamente os idosos necessitam de uma

estimulação precisa para a promover. Estes conseguem, em geral, concentrar-se e

manter a atenção sobre um determinado objeto, no entanto, têm dificuldade em repartir

a atenção por diversos aspetos, simultaneamente, ou desviar a atenção de um aspeto

para outro (Cancela, 2007). Esta divide-se em vários tipos: atenção seletiva, atenção

focalizada, atenção sustentada e atenção dividida (Simões, 2006). A atenção seletiva diz

respeito ao processo de filtragem de um conjunto de elementos ou estímulos, isto é,

direcionar a nossa atenção para o que mais nos interessa diante de vários estímulos.

Neste tipo de atenção, os mais velhos sentem dificuldade apenas em tarefas mais

complexas. Por sua vez, a atenção focalizada exige que o indivíduo se centre numa

fonte de informação, abstraindo-se das restantes à sua volta. As diferenças que ocorrem

ao nível deste tipo de atenção com o avanço da idade são praticamente nulas. A nível da

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atenção sustentada, esta diz respeito à concentração do indivíduo numa fonte de

informação por um período longo de tempo. Segundo diversos estudos referidos por

Simões (2006), não existe concordância em relação a mudanças significativas

comparando jovens e idosos. Por último, a atenção dividida consiste em focar a atenção

em vários estímulos ao mesmo tempo, sendo que neste tipo de atenção, quando se fala

em realizar tarefas simples, não existem diferenças dos mais jovens para os mais velhos,

embora quando se trata de tarefas mais complexas, os mais velhos fiquem em

desvantagem perante os mais novos (Simões, 2006).

Uma das formas de incentivar a um envelhecimento ativo é através da estimulação

cognitiva. O treino cognitivo a usar na intervenção tem como função retardar a

degeneração cognitiva ou até mesmo recuperar perdas. A estimulação cognitiva leva

assim à melhoria dos défices cognitivos e funcionais, tendo um impacto positivo na

qualidade de vida da pessoa idosa (Alves 2014). O treino cognitivo nos idosos é um dos

pontos cruciais para combater as perdas e diminuir a rapidez com que o

“envelhecimento das capacidades gerais dos idosos” se poderão alastrar.

Neste âmbito, uma área muito importante a trabalhar é a memória. Esta deve ser

abordada em função do estado em que se encontra o indivíduo e sob uma ótica

funcional, isto é, “o efeito do treino é melhorar a performance, e não modificar uma

habilidade intrínseca já utilizada pelo sujeito” (Jacob e Fernandes, 2011, p.89). A

otimização da memória está relacionada com a autonomia, independência e a saúde do

idoso, sendo esta uma faculdade indispensável para a promoção de um envelhecimento

ativo.

Segundo Simões (2006), a memória é um dos domínios onde mais queixas existem por

parte dos idosos e também onde se verifica mais preconceito: “uma falha de memória,

quando observada num jovem, é simples lapso de memória, mas quando detetada num

idoso é senilidade e decrepitude” (p.58). Ou seja, a assimilação destes preconceitos por

parte dos idosos, pode acentuar os declínios e queixas, relativos à sua memória.

Considerando agora a inteligência, e segundo Simões (2006), é da máxima relevância

referir o Estudo Longitudinal de Seattle (Seattle Longitudinal Study - SLS). Este

iniciou-se em 1956 e teve como participantes adultos dos 25 aos 88 anos. Todos foram

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avaliados em várias dimensões da inteligência (como significado de palavras, orientação

espacial, raciocínio indutivo, etc.) de 7 em 7 anos. Os principais resultados do estudo,

segundo Schaie (1996, p. 270, cit. Simões 2006, p.65) revelaram que são verificados

progressos no campo da inteligência até à quarta década de vida, seguindo-se um

período estável até aos 60 anos de idade e, por fim, registam-se a partir do final da sexta

década de existência declínios significativos. Porém, estes são apenas resultados

normativos, ou seja, o que acontece quanto à inteligência geral, à maioria das pessoas.

Se considerarmos dimensões específicas da inteligência, há muita variabilidade nas

trajetórias (por exemplo, o vocabulário mostra tendência para aumentar praticamente

durante toda a vida). Por outro lado, verificaram-se casos de pessoas (embora muito

reduzidos) em que não houve declínios nas capacidades intelectuais e mesmo outros em

que se verificou aumento das mesmas.

No campo da comunicação, os idosos têm em geral mais dificuldade na compreensão de

mensagens longas e complexas, ou em recuperar e reproduzir nomes ou termos

específicos. O seu discurso, devido à falta de coordenação ou até de memória, pode

tornar-se repetitivo; estes evidenciam ainda, uma maior dificuldade em atividades de

raciocínio que envolvam a necessidade de realizar uma análise mais pormenorizada e

organizada, assim como em desempenhar tarefas onde seja necessário planear, executar

e avaliar. No que diz respeito à noção de espaço, os idosos conseguem reconhecer caras

ou lugares que lhes sejam familiares, mas caso lhes sejam estranhos, o reconhecimento

torna-se lento e muitas vezes nem acontece (Cancela, 2007).

Por sua vez, o envelhecimento do ponto de vista social, está relacionado com eventos

sociais ou regras que influenciam o desempenho de atividades dos idosos, por exemplo,

o surgimento da aposentação, a atribuição da reforma. Estas situações, porém, podem

fazer com que surja um preconceito social, e que se confunda velhice com incapacidade

(Cancela, 2007). Em geral, este tipo de envelhecimento está associado a grandes

mudanças na estrutura de vida da pessoa e requer uma grande adaptação na

reorganização da sua vida para lhe poder fazer face. Os centros de dia, por exemplo,

representam uma resposta social que procura responder às necessidades das pessoas na

etapa da velhice, muitas das quais reformadas.

O processo de envelhecimento é assim um processo natural que precisa ser mais bem

compreendido por todos, sendo necessário desenvolver conceções bem formadas acerca

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do mesmo, visto que “as perceções e suposições comuns sobre as pessoas mais velhas

são baseadas em estereótipos ultrapassados” (OMS, 2015, p.6). As pessoas idosas são

vistas como “transmissoras de experiência” devido à sua idade avançada, mas também

são encaradas como pessoas que se “desligam” da aprendizagem. Nada mais distorcido!

Em geral, são pessoas que ensinam e estão dispostas a ser ensinadas pelos mais jovens.

Tomemos como exemplo a aceitação de estagiários nos centros de dia ou lares. Os

estagiários, ao integrarem uma instituição ou equipa, seja por um curto ou longo período

de tempo, podem e devem modificar algumas das rotinas dos idosos para promover a

aprendizagem com vista a melhorar a sua qualidade de vida. Estes mostram-se, na sua

maioria, inicialmente resistentes, mas posteriormente acabam por participar ativamente

nas atividades propostas e criam em geral uma ligação forte com os mesmos.

Em conclusão, embora seja necessário ter em conta as mudanças normativas ligadas ao

processo de envelhecimento, o que nos dá algumas referências importantes, é

fundamental considerar as diferenças individuais para que a intervenção e o trabalho

educativo com as pessoas idosas possa ser eficaz (Simões, 2006, p.65).

Envelhecimento Ativo

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o envelhecimento ativo é “o processo de

otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança visando a melhoria do

bem-estar das pessoas à medida que envelhecem” (OMS, 2002, p.23).

Segundo López (2011), o envelhecimento ativo expressa a ideia de participação das

pessoas em questões relacionadas com o foro social, económico, cultural, educativo ou

espiritual, independentemente da condição em que se encontram ou da necessidade de

apoio que sentem. O autor é ainda defensor que este termo procura um novo modelo

para a sociedade, em que as pessoas devem ter a oportunidade de envelhecer à sua

maneira, sendo pró-ativas e dinâmicas nas suas atividades e serviços, eliminando a ideia

que os idosos são apenas destinatários de produtos ou de serviços.

É importante que este termo esteja associado a uma abordagem comunitária, isto é,

partir da realidade específica da população, criando ligações de proximidade entre a

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comunidade e os idosos, para que estes tenham oportunidade de participar em tudo o

que lhes é de direito, tanto na esfera privada como comunitária (López, 2011).

Neste seguimento, este autor defende a independência dos cidadãos mais velhos, e

considera fundamental que estes se sintam livres e dignos de participar em tudo o que

lhes é proposto pela sociedade, tendo em conta os seus direitos e deveres. Defende ainda

que a palavra ativo “desafia la perspectiva tradicional de que la educación es cuestión

de los más jóvenes y ofrece oportunidades de desarrollo y aprendizaje a lo largo de

todo el ciclo vital” (López, 2011, p.285), isto é, a educação dita tradicional centra-se na

ideia de que a educação e as novas aprendizagens são direccionadas para os mais

jovens, mas a ideia de promover um envelhecimento ativo passa precisamente por

contrariar essa mesma conceção e expressar que a educação oferece oportunidades de

desenvolvimento e de aprendizagem, ao longo do ciclo da vida, tal como é

concetualizado e proposto, como vimos acima, pela educação permanente.

Gerontologia Educativa

Segundo Sherron e Lumsden (1978, p. 7, cit. por Oliveira e Figueiredo 2015, p. 3), a

gerontologia educativa “pode ser definida como o estudo e a prática dos

empreendimentos educativos para e sobre as pessoas idosas e em processo de

envelhecimento”, isto é, é vista como um campo pertencente à gerontologia mas

direcionada à parte educativa, querendo com isto dizer que abrange sobretudo a

promoção de práticas e dinâmicas educativas, que valorizem o envelhecimento ativo,

evitem o sedentarismo, e promovam ativamente o desenvolvimento humano em termos

individuais e de participação social.

Ainda, segundo os mesmos autores, a Gerontologia Educativa passou a constituir um

novo subdomínio do saber, sobretudo devido a três fatores: ao aumento generalizado da

proporção de pessoas com mais de 65 anos nas sociedades contemporâneas; à crescente

preocupação com a qualidade de vida das pessoas idosas, que apesar de ser uma faixa

etária desvalorizada, não deixa de ser tida em conta pela sociedade e pelas famílias, que

em parceria com as instituições, promovem o seu bem-estar e qualidade de vida; a

consciencialização do potencial das pessoas idosas. É associado a este último fator, que

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se integra na Gerontologia Educativa a importância da promoção do bem-estar e

qualidade de vida dos idosos, ou seja, é graças a esta vertente da gerontologia que é

oferecido aos idosos um leque de oportunidades, a nível de educação, formação e

aprendizagem teórica e cientificamente sustentados.

Segundo Osório (2005, p. 280, cit. por Oliveira e Figueiredo 2015, p. 3), a gerontologia

educativa desenvolve-se na medida em que implica a seleção correta de métodos e

técnicas que permita ao público-alvo obter as ferramentas necessárias para desenvolver

uma correta aprendizagem adulta, isto é, saber usar técnicas que permitam aos idosos

serem capazes de atuar autonomamente em sociedade, adquirir novos comportamentos e

atitudes, valorizando sempre a importância da continuidade da aprendizagem.

Neste seguimento, e sendo que estamos a falar de uma educação direcionada aos idosos,

faz todo o sentido, a nosso ver, esclarecer em que princípios deve assentar essa mesma

educação. Posto isto, e de acordo com Oliveira e Figueiredo (2015), os princípios de

uma educação destinada a idosos devem também enquadrar-se no sistema da educação

permanente ou da educação ao longo da vida.

Assim sendo, essa ação educativa deve resultar no aperfeiçoamento e na transformação

positivas do ser humano, na medida em que o ajuda a questionar-se sobre o seu mundo e

a posição que nele assume, bem como a perspectivar-se na relação eu-mundo. É

importante que o idoso tenha consciência que o ser humano é um ser inacabado, e que

deve, em qualquer época da sua vida, procurar fomentar o seu desenvolvimento.

E ainda, sendo que com o avanço da idade as diferenças individuais aumentam, as

pedagogias que se focam no atendimento personalizado devem constituir a base da ação

educativa que é direcionada a idosos. Visto que cada idoso é um ser único com os seus

recursos, dificuldades e os seus próprios ritmos de aprendizagem, que devem ser

respeitados e compreendidos, como referem Oliveira e Figueiredo (2015, p.5), os

princípios básicos do modelo andragógico revelam-se igualmente importantes para o

trabalho educativo com idosos, nomeadamente:

1. Criar e manter uma relação afetuosa com a pessoa idosa, para que se crie um

ambiente de confiança, de respeito, saudável, que seja propício à aprendizagem;

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2. Promover a autonomia da pessoa, a fim de diminuir a sua dependência do

educador ou formador, e para que seja capaz de viver em sociedade, de acordo

com as suas escolhas e opções.

3. Envolver as pessoas idosas em aprendizagens que lhes sejam significativas, isto

é, que lhes sejam úteis na vida do quotidiano, tendo sempre em conta o seu

contexto de vida, as suas dificuldades, os seus ritmos e os seus interesses.

Neste seguimento, o educador assume um papel que passa por incentivar “o iletrado a

sair da apatia e de conformismo de demitido da vida, em que quase sempre se

encontra”5 (Freire, 2008, cit. por Oliveira e Figueiredo 2015, p. 7), isto é, o educador

deve acima de tudo possibilitar que os educandos tenham uma visão clara de si mesmos,

da sociedade e do papel que devem assumir nela. Deve também focar a sua intervenção

tendo em conta as necessidades e expetativas do público-alvo, bem como os seus

interesses, a fim de os incentivar a participar o mais possível na educação. Neste caso,

como falamos numa educação direcionada aos idosos, no decorrer das atividades, o

educador deve fazer com que o seu público-alvo se sinta mais confiante e independente,

o que fará com que acreditem mais nas suas capacidades. Quanto à implementação de

atividades, estas devem ser realizadas em função dos idosos, das suas limitações e

necessidades, sugerindo-lhes uma maior participação nas atividades que lhes sejam

propostas, a fim de lhes ser proporcionada uma maior autonomia e responsabilidade.

Perspectiva da Gerontologia educativa crítica

Findsen (2007, cit. por Oliveira e Figueiredo 2015, p. 7) tendo em conta os princípios e

práticas educativas de Freire, desenvolveu sobre a Gerontologia Educativa de inspiração

crítica, uma série de princípios que achamos por bem mencionar:

1. O educador não impõe conhecimento, mas leva a que o mesmo seja construído

conjuntamente, isto é, o objetivo não é que os idosos produzam

independentemente o seu conhecimento, devem é ser capazes de, com o apoio

do formador, o construir e, posteriormente, aplicá-lo em situações do dia-a-dia

de forma autónoma;

5 No caso específico do nosso estágio, lidámos de perto com esta situação, uma vez que uma das utentes

da Oficina do Idoso é analfabeta.

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2. Os educandos são encorajados a assumir responsabilidade crescente pela sua

aprendizagem e não a serem dependentes do educador na interpretação do

mundo, ou seja, os educandos devem recorrer à ajuda do formador

desenvolverem a capacidade de ser autónomos para interpretar o mundo.

3. Educador e educando aprendem reciprocamente na base de uma relação de

respeito mútuo e confiança, isto é, todos os seres humanos têm algo para ensinar

e algo para aprender. Somos seres continuamente inacabados.

4. A aprendizagem é um processo e resulta sobretudo do que os educandos fazem

por si próprios, querendo com isto dizer que é importante que os educandos

sintam necessidade de aprender mais e se esforcem para entender o que o

formador tem para lhes ensinar, quando esta situação acontece.

5. O educador não força a escolha, mas incentiva a tomada de decisões do

educando, isto é, sendo o formador um ser humano mais experiente noas campos

do ensino e da educação, cabe-lhe aconselhar o formando quanto a caminhos

viáveis para aprendizagens significativas e proveitosas.

6. A responsabilidade e liberdade estão sobretudo nas mãos do educando, mas o

educador não se isenta de exercer responsabilidade e de intervir ocasionalmente

nas situações. O autor pretende transmitir que o papel do formador é

fundamental na aprendizagem do educando, na medida em que o deve guiar para

que a aprendizagem seja válida e que, posteriormente, o educando a consiga

colocar em prática, de forma autónoma.

Intervenção na terceira idade

Os objetivos da intervenção na idade adulta avançada podem ser variados, sendo que

tudo depende do tipo de necessidades do idoso. O foco da intervenção deve basear-se

nos interesses e necessidades do idoso.

Posto isto, podemos assumir que a maior parte das intervenções educativas realizadas na

terceira idade são baseadas nas necessidades, nos défices e dificuldades e na forma de

como o idoso pode otimizar o seu desenvolvimento, sempre respeitando e sendo

consciente das suas limitações (Lima, 2013). A intervenção deve facilitar aos idosos,

uma maior compreensão dos processos e mudanças que ocorrem ao longo do tempo.

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Neste seguimento, achamos fundamental sistematizar algumas das formas como os

técnicos que trabalham com pessoas idosas devem atuar:

a) Primeiramente, é fundamental que os técnicos estejam atualizados no

que diz respeito à literatura sobre o envelhecimento, a fim de ser mais

fácil responder às necessidades expostas pelos idosos;

b) Evitar os estereótipos que possam existir sobre o tema do

envelhecimento, para que os idosos não se sintam coagidos no seu

processo de aprendizagem;

c) Os técnicos devem focar a sua intervenção de forma específica para a

terceira idade, isto é, ter sempre em atenção que o foco da intervenção é

o idoso e as suas necessidades;

d) Devem assumir uma atitude multidisciplinar, ou seja, serem capaz de na

sua intervenção proporcionar aos idosos, a abrangência de vários

contextos e fatores que lhes permitam ter uma visão holística do mundo e

permitir uma reflexão do mundo e das relações entre si;

e) Saber ligar com o desgaste e a desmoralização que possam ocorrer. É

importante que o técnico saiba apresentar soluções que evitem a

desistência e saiba estimular os idosos para que não desistam da

aprendizagem, e tenham força para ultrapassar as dificuldades;

f) É importante que estejam familiarizados com as pessoas idosas, e saibam

trabalhar com elas. Querendo com isto dizer que o tema do

envelhecimento não pode ser um "tabu” para o técnico, não pode estar

tenso a falar sobre doenças relacionadas com o envelhecimento e mortes

de pessoas adultas.

g) Por fim, devem ter sempre em atenção o código deontológico e respeitar

o direito à privacidade e à participação nas decisões.

(Lima, 2013, p.19)

As intervenções na terceira idade justificam-se consoante as necessidades sentidas pelas

pessoas mais idosas. Uma das abordagens mais utilizadas neste tipo de intervenção são

as dinâmicas de grupo (sessões de grupo)6. Estas permitem desenvolver o auto-

6 Relacionado com os objetivos do estágio, foram realizadas algumas durante o estágio.

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conhecimento, aumentam a sensibilidade perante os outros, e permitem estabelecer

relações interpessoais mais conscientes.

Neste seguimento, e segundo Lima (2013), há diversas vantagens no trabalho em grupo

com as pessoas idosas: instala a esperança, na medida em que juntas as pessoas idosas

partilham experiências humanas, o que contribui para a diminuição do isolamento;

promove a interação social, fomentando o desenvolvimento de novas relações; aumenta

a auto-estima quando o idoso se coloca no lugar do outro e sente que se podem ajudar

mutuamente; e por fim, promove a partilha de saberes e experiências, o que poderá levar

a mudanças.

Para que seja realizada uma intervenção correta, segundo a autora, a estrutura do grupo

deve seguir alguns princípios:

a) A duração deve ser de 60 a 90 minutos;

b) Periocidade de 2 a 3 vezes por semana;

c) 20 participantes no máximo, mas o ideal seriam de 12 a 15;

d) O grupo deve ser o mais heterogéneo possível;

e) A sala não deve ser a habitual onde veem televisão e convivem, a fim de

não haver distrações com outros estímulos;

f) As cadeiras devem ser colocadas em círculo, onde as pessoas com

dificuldades auditivas devem situar-se mais perto do técnico para

conseguirem ouvir melhor.

(Lima, 2013, p.27)

Benefícios da atividade física

Sendo que todo o nosso trabalho é focado na promoção de um envelhecimento ativo e

redução do sedentarismo e em todas as práticas que possam contribuir para a

diminuição do isolamento do idoso, achamos fundamental fazer referência à

importância do exercício físico neste contexto.

Assim sendo, não só para as pessoas idosas, mas para todos os seres humanos, o

exercício físico é algo fundamental, na medida em que contribui para a saúde de todos,

e por consequência, para a melhoria da qualidade de vida.

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Na idade avançada, a prática de exercício físico, para além de beneficiar o corpo e a

mente, é um fator importante de prevenção de doenças crónicas, de melhoria do

equilíbrio, da flexibilidade, da elasticidade, da coordenação, da resistência e da destreza

motora e física, ou seja, a ideia é que independentemente da faixa etária em que se

começa a praticar exercício físico, os benefícios do mesmo são indiscutíveis (Direção

Geral de Saúde, DGS, 2008).

Sendo que estamos a falar de exercício físico direcionado em específico para as pessoas

idosas, é necessário ter em atenção e seguir algumas recomendações na prática do

mesmo. Segundo a DG, para praticar exercício físico de forma correta é necessário que

o idoso:

a) Não suspenda a respiração quando faz esforço muscular, a fim de evitar

um aumento da tensão arterial;

b) Aqueça sempre os músculos antes de realizar alguma atividade física;

c) Use sempre equipamento de segurança adequado à atividade física que

for realizar (joalheiras, capacete, cotoveleiras, etc…)

d) Tenha em atenção que os idosos não sentem sede mesmo quando estão

desidratados e por isso devem ingerir líquidos com frequência.

Ainda dentro do mesmo assunto, achamos relevante acentuar algumas orientações

gerais para que as pessoas idosas pratiquem exercício físico, respeitando as suas

dificuldades e limitações, e promovendo um envelhecimento ativo:

1) Fazer caminhadas diárias, de pelo menos trinta minutos;

2) Estipular objetivos diários a nível do exercício (por exemplo, caminhar pelo

menos 100 metros durante meia hora);

3) Aumentar os passos da caminhada de forma gradual, a fim de se tornar mais

ativo e desafiante;

4) Usar escadas em vez de elevador;

5) Organizar um grupo de caminhadas, a fim de se apoiarem uns aos outros,

respeitando sempre os ritmos de cada um.

(DGS, 2008)

Sendo o envelhecimento ativo um processo que permite otimizar as oportunidades de

saúde, de aprendizagem e de segurança das pessoas, é importante que os idosos se

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sintam estimulados e com vontade de aprender cada vez mais e tenham um olhar crítico

sobre o mundo em seu redor e sobre as suas capacidades.

Concluindo, as pessoas de idade avançada devido à sua experiência e saber, são um

contributo fundamental para a nossa sociedade. É bom encarar este período da vida

como uma oportunidade para reviver o que já foi aprendido, melhorar capacidades já

esquecidas, realizar novas aprendizagens e promover um envelhecimento ativo, onde o

papel da Educação é crucial nesse processo (Quintela, 2014).

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Capítulo II

Caraterização da

Instituição

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O estágio curricular desenvolvido insere-se na área da Educação e Formação de

Adultos, no Mestrado em Ciências da Educação e decorreu na instituição designada por

Associação Nacional de Apoio ao Idoso (A.N.A.I) que se divide em várias vertentes: a

Universidade do Tempo Livre (UTL), Oficina do Idoso/Centro de Dia (sendo esta a

vertente onde se foca o meu estágio), o Serviço de Apoio Domiciliário (SAD), Banco de

Ajudas Técnicas (BAT) e Observatório Social do Idoso (OSI).

A Associação Nacional de Apoio ao Idoso (A.N.A.I) surgiu a 12 de julho de 1994, por

iniciativa de um grupo de cidadãos, que na maioria estava ligado ao Clube de

Empresários de Coimbra.

A 22 de agosto de 1994 inicia-se a atividade da A.N.A.I., e só a 23 de setembro de 1996

vem a obter o reconhecimento da Pessoa Coletiva de Utilidade Pública, que, por sua

vez, e por decisão da Assembleia Geral, é encarada como IPSS sem fins lucrativos.

Ao longo dos anos, a Associação Nacional de Apoio ao Idoso sofreu algumas alterações

no que diz respeito à sua localização. Assim sendo, inicialmente encontrava-se situada

na Quinta das Varandas, na Avenida Urbano Duarte de 1994 a 1998. A partir de 1998,

passou a estar sediada na Casa do Correio Mor, situada na rua Joaquim António de

Aguiar nº37, na freguesia de Almedina; posteriormente, volta a mudar de localização, e

desta vez, no ano de 2000, passa para a Casa da Cerca de S. Bernardo, na Ladeira do

Carmo devido a um contrato realizado com a Câmara Municipal de Coimbra até ao ano

de 2012. Ainda no ano de 2000, a A.N.A.I. celebra um contrato de comodato com a

Câmara Municipal de Coimbra para que lhe seja atribuído parte das instalações de dois

pisos, na Baixa da cidade, situado na Rua João Cabreira nº18, onde está atualmente

instalada a “Oficina do Idoso”. Por fim, a 15 de janeiro de 2013 tem lugar a inauguração

do novo espaço da A.N.A.I. destinado à Universidade do Tempo Livre (UTL), na Rua

Pedro Monteiro, nº68.

A Associação Nacional de Apoio ao Idoso tem como principais objetivos proporcionar

à pessoa idosa a prática de atividades que permita desenvolver aptidões físicas,

psicológicas e sociais, a fim de promover um envelhecimento ativo; pretende também

colocar à disposição da pessoa, e da comunidade em geral, respostas sociais que

promovam conceitos como a solidariedade, a criatividade, a cultura, o bem-estar e a

integração ativa em sociedade; prevenir a desinserção social, contribuindo assim para

uma integração saudável na comunidade e uma convivência cada vez mais permanente

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com os outros; e também, proporcionar uma prestação de serviços adequados às

necessidades da pessoa idosa, para que esta se sinta digna e se possa evitar um possível

isolamento ou solidão.

Neste seguimento, a A.N.A.I. tem como respostas sociais várias valências,

nomeadamente Oficina do Idoso/Centro de Dia, Universidade do Tempo Livre (UTL),

Serviço de Apoio ao Domicílio (SAD), Observatório Social do Idoso (OSI) e o Banco

de Ajudas Técnicas (BAT).

Oficina do Idoso/Centro de dia

A Oficina do Idoso é um espaço cultural e ocupacional que tem como principal objetivo

o desenvolvimento de “Ateliêrs” de artes e ofícios tradicionais. Situa-se na baixa de

Coimbra e foi inaugurada a 5 de outubro de 2000. Esta surgiu através de um protocolo

celebrado entre a ANAI e o Município de Coimbra.

Os objetivos gerais desta oficina são promover a ocupação dos tempos livres e tornar os

idosos ativos, bem como assegurar o bem-estar e igualdade de vida do idoso. Querendo

com isto dizer que estes devem ser respeitados pela sociedade e inseridos na mesma sem

distinção. São seus objetivos específicos prestar ao idoso o acolhimento e a informação

necessários ao seu bem-estar; favorecer as relações interpessoais ao nível dos idosos e

fazer com que estes se relacionem com outros grupos etários.

O Centro de Dia funciona no mesmo edifício da “Oficina do Idoso” e encontra-se ligado

à mesma como resposta social. Fornece um conjunto de serviços que contribui para a

manutenção dos idosos no seu meio sócio-familiar. Tem como objetivos satisfazer as

necessidades básicas dos idosos, prestar ao idoso o acolhimento e a informação

necessários, e deve favorecer relações entre si mesmos e com outras faixas etárias. A

Oficina do Idoso enquadra-se num plano de atividades da autarquia que é destinado à

promoção da solidariedade e da qualidade de vida visto que tem com função prestar

pequenos serviços de manutenção e conservação de habitações de idosos e não idosos, e

ainda assegura a formação e ocupação dos tempos livres para jovens.

Esta tem como atividades a cerâmica, ginástica, hidroginástica, pintura a óleo, rendas e

bordados, teatro, festas temáticas, sessões de sensibilização, passeios culturais,

convívios e workshops.

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Universidade do Tempo Livre (UTL)

Esta vertente da ANAI está inscrita na Rede de Universidades da Terceira Idade

(RUTIS), iniciou a sua atividade no ano letivo de 1994/1995 e situa-se na Rua Pedro

Monteiro nº68 em Coimbra. Tem como objetivo proporcionar aprendizagens ao longo

da vida, contribuindo para o bem-estar do público, e aumentar o desenvolvimento a

vários níveis, nomeadamente emocional, social, afetivo e cultural. Segundo o Dr. Sousa

Fernandes, a ANAI quando criou a UTL foi com o objetivo de “incentivar os seniores a

saírem do sofá para virem fazer qualquer coisa de que gostassem, ou por curiosidade

ou simplesmente para conviver” (José Ribeiro Ferreira, 2011).

A UTL tem como objetivos específicos reduzir a inatividade intelectual, física e social;

proporcionar à pessoa idosa um espaço de reminiscência, de aprendizagem, de convívio

e lazer que permita diminuir a solidão e o isolamento. Para minimizar o isolamento e

estimular as capacidades das pessoas de idade avançada, esta vertente da ANAI tem

diversas disciplinas como: alemão, literatura portuguesa, história de arte, história da

Cidade de Coimbra, História da Música, Informática, Inglês, Encadernação e Restauro

de Livros, Pintura, História da Música e Dancoterapia.

Por fim, a UTL é uma instituição reconhecida pelo Ministério da Educação como uma

instituição modelo no seu âmbito, e devido ao facto de ser pioneira, apadrinhou outra

Universidade dos Tempos Livres em Vila Real de Santo António, e posteriormente,

apoiou a criação de mais duas: uma em Buarcos e outra em Portimão.

Serviço de Apoio Domiciliário (SAD)

O Serviço de Apoio Domiciliário é outra resposta social da ANAI e define-se pela

execução de tarefas variadas, onde uma equipa de Ajudantes de Ação Direta se desloca

à residência das pessoas e presta todos os cuidados necessários e personalizados que

respondam às necessidades básicas ou atividades da vida diária.

As freguesias de Santo António dos Olivais, Sé Nova e Almedina são as zonas

percorridas pelas ajudantes de ação direta da ANAI. Inicialmente, o SAD era prestado

das 9h00 às 23h00, de segunda a sexta, e das 9h00 às 13h30 aos sábados, domingos e

feriados. Atualmente, o serviço de apoio domiciliário é prestado apenas de segunda a

sexta, das 8h30 às 17h30, com exceção de fins-de-semana e feriados.

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Os cuidados prestados no domicílio passam pelo tratamento da higiene oral, tratamento

de roupas, higiene da habitação, fornecimento de alimentação, acompanhamento no

exterior (consultas médicas, exames de diagnóstico, …). É assim, um suplemento que

ajuda no auxílio das famílias.

Como objetivos desta resposta social temos a contribuição na melhoria da qualidade de

vida das pessoas e famílias e retardar ou evitar a institucionalização. Os objetivos

específicos passam por prevenir situações de dependência e promoção da autonomia,

bem como a prestação de cuidados de ordem física e psicossocial aos utentes e às

famílias.

Observatório Social do Idoso (OSI)

Este foi criado em 1996 com a finalidade de promover a criação de uma Base de dados

que reúna informações relativas aos serviços de proximidade e legislação do idoso, ou

seja, pretende criar um centro de documentação relativo à pessoa idosa.

Tem ainda como objetivo proceder a trabalhos de investigação, a fim de registar

situações detetadas em áreas de observação, para que posteriormente e caso seja

necessário, sejam encaminhas a entidades próprias para que se encontre uma solução.

Devido à falta de recursos e de meios, esta é a resposta social menos consistente e

visível da ANAI.

Ainda assim, a 2 de julho de 1996, a Associação Nacional de Apoio ao Idoso celebra

um protocolo com a Câmara Municipal de Coimbra com o principal objetivo de

“conhecer melhor a população de idosos carenciados, reformados e pensionistas das

zonas da Alta e Baixa de Coimbra” (Fernandes, 2011), sendo esta a principal missão do

Observatório Social do Idoso, e também deveria promover projetos e planos de

educação e assistência dentro da faixa etária dos idosos.

Banco de Ajudas Técnicas (BAT)

Este surge com a finalidade de melhorar as condições de vida e de bem-estar da pessoa

idosa na sua habitação através da disponibilização de equipamentos e materiais como

camas articuladas, cadeiras de rodas, andarilhos, canadianas (…) e surge com um

regulamento próprio e da parceria entre a ANAI e a Fundação EDP que apoiou na

aquisição de equipamentos para a concretização do projeto.

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35

Posto isto, visa alugar material técnico adequado às necessidades de dependência ou

recuperação dos beneficiários, diminuindo o tempo de hospitalização dos idosos. Em

1997, a Associação Nacional de Apoio ao Idoso, realizou uma campanha para obter

material para apoiar os idosos, recolhendo cadeiras de rodas, andarilhos, camas

articuladas, etc…

Missão: A ANAI tem como missão “promover a Proteção e Apoio ao idoso” através da

informação, do atendimento personalizado e do encaminhamento. Aliado a isto,

pretende ainda garantir a qualidade de prestação dos serviços que promova a integração,

o desenvolvimento e bem-estar dos utentes que alberga.

Valores: Sendo que a ANAI é uma instituição de solidariedade social, tem como valores

a ajuda, o apoio, confidencialidade, igualdade, respeito, dignidade, inovação e melhoria

da qualidade de vida.

Visão: A Associação Nacional de Apoio ao Idoso pretende ser vista como uma

instituição que promove a melhoria de todos os serviços prestados e aposta todos os dias

no desenvolvimento pessoal dos utentes, de modo a aumentar a qualidade da vida dos

utentes.

Recursos

Relativamente aos recursos, estes dividem-se em três categorias: recursos humanos,

financeiros e materiais.

Os recursos humanos são compostos pela Diretora Técnica/Técnica Superior de Serviço

Social, Dr.ª Sónia Vinagre, pelas funcionárias administrativas que atualmente são três,

seis ajudantes de ação direta, um grupo de professores contratados e os estagiários que

todos os anos colaboram no desenvolvimento das atividades

Quanto aos recursos financeiros, estes são assegurados pelas quotas dos sócios,

mensalidades dos alunos da Universidade dos Tempos Livres (UTL), mensalidades dos

utentes do Centro de Dia e da Oficina do Idoso (OFCI), mensalidade e contribuições do

Serviço de Apoio Domiciliário (SAD), donativos de pessoas singulares, subsídios de

entidades coletivas e subsídios oferecidos por entidades oficiais.

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36

Quantos aos recursos materiais referem-se aos equipamentos administrativos que estão

distribuídos pela Oficina do Idoso (tela, data show, extensões, televisão, DVD, …) que

são necessários para as atividades a realizar durante os estágios, e que se encontram

também nos restantes edifícios onde a ANAI atua. Para além disto, a ANAI dispõe

ainda de uma carrinha que permite a deslocação de quem está ao serviço do Serviço de

Apoio Domiciliário (SAD) e uma viatura de transporte de idosos, também afeta ao

Banco de Ajudas Técnicas (BAT).

Parcerias

Tratando-se de uma instituição particular de solidariedade social, foram assinalados

protocolos de cooperação com as empresas abaixo indicadas, com o objetivo de

proporcionar alguns benefícios aos sócios da ANAI:

Câmara Municipal de Coimbra

Enfermeiros PT

AISEC – Associação Internacional de Estudantes de Ciências Económicas e

Empresariais de Coimbra

Núcleo de Estudantes de Psicologia, de Ciências da Educação e de Serviço

Social da Associação Académica de Coimbra

Escola Superior de Educação de Coimbra

GAES – Centros Auditivos

Sindicato dos professores da região centro

Hotel Solneve

Restaurante Sabor e Arte

Sindicato dos bancários do centro

CDSSC - Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social do Centro

Idealmed

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Capítulo III

Projeto de

Estágio

e descrição das

atividades

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38

O projeto foi previamente definido, tendo em conta as necessidades da instituição e a

análise informal de necessidades, através de observações e conversas com os mesmos.

Este encontra-se estruturado em função de três objetivos principais, que se baseiam na

implementação de atividades e dinâmicas de (in)formação fomentadoras do

envelhecimento ativo. Todos os objetivos foram concebidos após o início do estágio na

ANAI, uma vez que foi necessário primeiramente conhecer a instituição, e também os

utentes do centro de dia da ANAI, para poder estabelecer objetivos que se focassem nas

suas necessidades e interesses. Para melhor os conhecer, foi fundamental o contacto

criado com a Diretora Técnica da Instituição, Dra. Sónia Vinagre, com a Dra. Normélia

Dias, vice-presidente da ANAI, com as funcionárias da instituição e com os utentes do

centro de dia e Oficina do Idoso. Neste seguimento, foi ainda fulcral, a leitura dos

regulamentos internos da instituição, bem como os processos individuais de cada utente.

O principal objetivo deste estágio foi fomentar o Envelhecimento Ativo dos utentes do

Centro de dia e Oficina do Idoso da ANAI, apresentando atividades e dinâmicas de (in)

formação que lhes proporcionassem momentos de interação, formação e educação.

De seguida, iremos apresentar os objetivos gerais, específicos e operacionais do

respetivo projeto:

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39

Objetivos Gerais do Estágio

Quadro 1 – Objetivos Gerais

1º Objetivo

Mostrar capacidade para

desempenhar tarefas que

contribuam para o bom

funcionamento da A.N.A.I.

2º Objetivo

Fomentar o Envelhecimento Ativo

dos utentes da A.N.A.I.

3º Objetivo

Adquirir competências no domínio

da Educação e Formação de

Adultos.

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1º Objetivo Geral: Mostrar capacidade para desempenhar tarefas que contribuam para

o bom funcionamento da A.N.A.I.

Quadro 2 – 1º objetivo Geral desdobrado em objetivos específicos e operacionais

Objetivos Específicos Objetivos Operacionais

1.1. Dominar os procedimentos e rotinas

inerentes ao funcionamento da Oficina do

Idoso da ANAI para conseguir responder

às necessidades diárias da mesma.

1.1.1. Conhecer a instituição: a sua

história, objetivos, valências, visão,

missão, valores e funcionamento geral até

dezembro de 2015.

1.1.2. Estar a par dos regulamentos e

contactos que envolvam a instituição e os

serviços prestados na mesma.

1.1.3. Colaborar com a equipa técnica da

instituição de forma permanente e eficaz.

1.2. Atuar para que a disponibilidade,

motivação, empenho e prontidão na

realização de tarefas sejam evidentes.

1.2.1. Demonstrar uma atitude proativa

na resolução de problemas do quotidiano.

1.2.2. Conhecer as principais

características de cada utente da A.N.A.I.

de forma a estabelecer relações

interpessoais significativas com os idosos

e promover um bom relacionamento

entre todos.

1.2.3. Proceder ao levantamento de dados

relativos às necessidades sentidas pelos

utentes da Oficina.

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41

1.3. Demonstrar total disponibilidade e

motivação para realizar as tarefas

necessárias ao bom funcionamento da

A.N.A.I. durante o estágio.

1.3.1. Trabalhar em equipa, participando

nas rotinas da instituição, de forma ativa

e correta.

1.3.2. Participar ativamente nas

atividades estabelecidas na Oficina da

A.N.A.I que constituem a rotina dos

utentes.

1.3.3. Saber atender às necessidades e

questões dos idosos.

1.3.4. Planear sessões de sensibilização e

informação sobre temas que

correspondam às necessidades dos

idosos.

Atividades desenvolvidas no âmbito dos objetivos operacionais, relacionados com o

1º objetivo geral: Mostrar capacidade para desempenhar tarefas que contribuam para o

bom funcionamento da A.N.A.I.

Ao iniciar o estágio na ANAI, foi importante começar por conhecer a instituição: a sua

história, objetivos, valências, visão, missão, valores e funcionamento geral, bem como

todas as pessoas que se interligam a ela, para que assim nos conseguíssemos integrar de

uma forma dinâmica e proativa junto de todos. Neste seguimento, e seguindo o conselho

da diretora técnica da Instituição, foi-nos aconselhado o visionamento e leitura da

página da Instituição que se encontra online no seguinte enderenço eletrónico:

http://www.anai.pt/index.php.

Figura 1

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42

Para além dessa leitura, foi ainda fundamental para melhor conhecer a

instituição, a leitura aprofundada de documentos relacionados com a mesma, por

exemplo, o regulamento interno da instituição. Ainda assim, o foco principal do nosso

estágio foi o Centro Dia e Oficina do Idoso da ANAI. Começámos por conhecer as

principais características de cada utente e, em conjunto com a colega de estágio,

também ela das áreas das Ciências da Educação e a diretora técnica da instituição, Dr.ª

Sónia Vinagre, ajudámos na atualização de alguns processos individuais dos utentes,

que já se encontravam um pouco desatualizados, e auxiliámos ainda na construção de

novos processos individuais, correspondentes a novos utentes que integraram a

instituição durante o nosso período de estágio. Para que a atualização de alguns

processos fosse possível, a convite e sugestão da Dr.ª Sónia Vinagre, acompanhámo-la a

algumas visitas ao domicílio. Em seguida, descrevemos duas das visitas que realizámos

ao domicílio:

Figura 2: Logotipo da Instituição

Visita ao Domicílio – Utente M. L. M

No dia 17 de novembro de 2015, pelas 14h30, acompanhei a Drª Sónia Vinagre

a uma visita domiciliária, à residência da utente Dª. M. L. M.

A utente recebeu-nos de uma forma calorosa pois gosta de receber visitas, aliás

segundo a mesma “até bato palmas quando elas chegam” (referindo-se às funcionárias

do Serviço de Apoio ao Domicílio). É uma senhora simpática, atenciosa, bem-disposta e

recetiva. A D.ª M. L. tem noventa e cinco anos de idade, mora com um dos seus filhos e

tem uma empregada permanente. Tem seis filhos, cinco netos e bisnetos. Em termos de

formação, tem o 4º ano da escola técnica, equivalente ao 8º ano atual. Veio para

Coimbra em 1964, mas casou em Moçambique. Demonstrou dificuldade na visão e

referiu ainda que adorava pintar o livro de pinturas que a filha lhe ofereceu mas sente-se

impossibilitada devido à dificuldade de visão (apesar se ter sido operada às cataratas

recentemente). Para além disto, tem pouca mobilidade, e por isso utiliza para se deslocar

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43

um andarilho e cadeira de rodas, recorrendo ao Banco de Ajudas Técnicas (BAT) da

Associação Nacional de Apoio ao Idoso. Pelo que me apercebi, são poucas as vezes que

sai de casa porque mora no 2º andar de um prédio sem elevador (segundo a sua filha,

para se poder deslocar ao exterior, é necessário contactar com os bombeiros).

Em termos de satisfação relativamente ao apoio ao domiciliário, a utente usufrui

dos serviços de higiene pessoal e referiu que gosta do trabalho de todas as funcionárias

e, por isso, gostava que passassem mais tempo consigo. Concluindo, a utente sente-se

satisfeita com o apoio domiciliário que é prestado e refere que recomenda o mesmo a

qualquer instituição ou cidadão que procure esses serviços.

Estagiária Cátia Mendes

17-11-2015

Figura 3: Logotipo da Instituição

Visita ao Domicílio – Utente O.

No dia 19 de novembro de 2015, pelas 15h00, acompanhei a Drª Sónia

Vinagre a uma visita domiciliária, à residência da utente D.ª O. É uma utente que

usufrui do Serviço de Apoio ao Domicílio para receber a alimentação diariamente.

Durante a visita, a D.ª O. mostrou-se comunicativa (dentro das suas possibilidades) e

recetiva à nossa companhia. A utente mora com o seu esposo, Sr. R. de oitenta e dois

anos, estão casados há cerca de cinquenta e dois anos e residem há quarenta anos na

mesma habitação. Segundo a utente, tem saudades do seu trabalho (era modista),

principalmente de quando fazia vestidos de noiva mas infelizmente vê-se

impossibilitada porque já não se consegue deslocar de forma autónoma, estando

condicionada ao uso de cadeira de rodas.

No seguimento da visita, o esposo da utente referiu que têm quatro filhos, três

netos e que a D.ª O. gosta de recebê-los em sua casa e que quando se deslocam a casa

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44

dos filhos, para passar a Páscoa ou o Natal, a utente sente-se mais comunicativa e

alegre.

Em relação aos serviços da ANAI, o Sr. R. fez uma pequena comparação relativamente

à instituição que os servia anteriormente à ANAI, e referiu que a mesma era mais

pontual no sentido de entregar a refeição mais perto da hora do almoço, mas que

preferia a ANAI por a entrega da refeição ser em mãos; pediu à Dr.ª Sónia Vinagre o

envio de uma ementa mensal e também referiu que a ANAI tem menos burocracia no

processo de funcionamento facilitando o acesso à instituição e aos seus serviços.

Estagiária Cátia Mendes

19-11-2015

O contacto estabelecido com os utentes do SAD, foi curto mas bastante

esclarecedor relativamente à satisfação positiva que estes têm perante a qualidade dos

serviços que são prestados pela ANAI. Tudo isto nos permitiu estabelecer relações

interpessoais com os idosos e promover um bom relacionamento entre todos, e através

de um diálogo informal, proceder ao levantamento de dados relativos às necessidades

sentidas pelos utentes da Oficina.

Ao longo de todo o estágio, e de forma a nos inteirarmos da rotina já estabelecida na

instituição antes da nossa chegada, foi fundamental saber trabalhar em equipa,

participando nas rotinas da instituição, de forma ativa e correta. Tomemos por exemplo,

a nossa participação ativa em atividades e convívios já estabelecidas na instituição:

o nas peças de teatro realizadas na Oficina de Teatro da ANAI, dirigidas pelo

voluntário Sr. Arménio Teixeira;

o no magusto na Oficina do Idoso; foi realizado um lanche convívio, onde

estiveram presentes os utentes, familiares e alguns elementos da instituição, no

dia 12 de novembro de 2015;

o na participação nas festas de aniversário de alguns utentes da Oficina do Idoso;

o na comemoração do dia Internacional do Idoso. Foi realizado um almoço

convívio na instituição, seguido de uma tarde de teatro e lanche no final;

o na preparação dos enfeites de Natal da Oficina do Idoso; com a ajuda de alguns

utentes, conseguimos realizar bonecos em feltro representantes da época do

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Natal (estrelas, bonecos de neve, pinheiros, etc..) para colocar pendurados em

todas as lâmpadas, nas paredes e nas portas e janelas;

o na exposição e venda de Natal de artigos preparados pelos nossos utentes da

Oficina do Idoso, durante todo o ano. Esta decorre no mês de dezembro, sendo

assim considerada uma “Venda de Natal” que tem o objetivo de angariar fundos

para ajudar a instituição, mas principalmente tem o objetivo principal de manter

os nossos idosos ativos e dinâmicos durante todo o ano, o que vai ao encontro ao

nosso projeto de estágio;

o na festa de Natal da ANAI: iniciou-se a seguir ao almoço, onde foi apresentada a

Peça de Teatro intitulada “Um Conto de Natal”, bem como músicas alusivas à

época. De seguida, houve um lanche convívio que contou com os utentes e seus

familiares e amigos, e elementos da instituição;

o na festa de Carnaval: esta decorreu na Sala de Convívio da ANAI, uma vez que

não foi possível ser na discoteca “El Divino” em Cernache, onde estava

programada; os utentes vestiram os fatos de havaianos, juntamente com as

mascarilhas realizadas pelos mesmos e por nós estagiárias;

o na sessão de informação realizada por um GNR de Coimbra, onde foram

explicados todos os cuidados que os idosos devem ter na circulação da via e o

que devem fazer para prevenir assaltos nas suas casas ou na rua;

o Comemoração do Dia de São Valentim: elaboração de corações que

posteriormente foram pendurados nas lâmpadas da sala de convívio;

o Comemoração do dia da Mulher: realização de um almoço convívio, seguido de

uma tarde de partilha de cânticos populares. Para a celebração deste dia, foram

realizados uns ganchos para que todos os participantes do convívio pudessem

colocar na lapela;

o Visionamento da peça de teatro “D. Quixote” na Oficina Municipal do Teatro

“O Teatrão” em Coimbra;

o Visita à Sé Velha de Coimbra: esta visita, com a ajuda da Dr.ª Sónia Vinagre, foi

programada e delineada por nós estagiários; realizou-se da parte da manhã, no

dia 13 de abril de 2016;

o Almoço e convívio da Festa da Primavera. De seguida, foi realizada mais uma

peça de teatro na Oficina do Idoso da ANAI;

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46

o Viagem para o Centro Social de Casal Comba, na Mealhada, onde foi

representada a peça de Teatro “Uma farsa – O Testamento” para os utentes do

centro de dia;

o Sardinhada de São João;

Todas estas atividades foram documentados por fotografias (autorizadas pelos

utentes), as quais podem ser vistas no Anexo I.

Para além da nossa participação ativa em todas as atividades que já fazem parte das

dinâmicas regulares da instituição, enquanto especialistas em Ciências da Educação,

achámos pertinente planear sessões de sensibilização e informação quanto a temas que

correspondessem às necessidades dos idosos, tendo em conta as suas necessidades e

interesses, mas também a fase do ciclo de vida em que se encontram. O nosso objetivo

foi abordar temas importantes e atuais relacionados com os idosos, e também criar

momentos informais de discussão sobre os mesmos. A este conjunto de dinâmicas de

(in)formação, demos o nome de “Viver ativamente, ajuda o coração e a mente”

De seguida, apresentamos as planificações das sessões de (in)formação que realizámos,

bem como a avaliação das mesmas:

Page 46: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

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Viver ativamente,

ajuda o coração e a

mente

Dinâmicas de (In) formação

Mestrado em Ciências da Educação

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Sessão de Grupo “Os meus tempos de Escola”

Parte I

Tabela 1 – Planificação da Sessão de Grupo “Os meus Tempos de Escola” Parte I

Tema/Assunto Recordação das experiências escolares

Data 22 de fevereiro de 2016

Local Sala de convívio – Oficina do Idoso

Duração 1h30

Formadoras Cátia Mendes

Grupo-Alvo Idosos do centro de dia da ANAI

Objetivos gerais Perceber a importância da estimulação da memória;

Entender os benefícios de trabalhar em equipa.

Objetivos específicos Promover o trabalho em equipa;

Reviver experiências escolares passadas significativas;

Aprender a ouvir e a partilhar ideias, bem como a comunicar

construtivamente;

Relembrar qual a função e importância da memória na vida

diária.

Tabela 2 – Plano da Sessão de Grupo “Os meus Tempos de Escola” Parte I

Ação/Plano Descrição

das

Atividades

Metodologi

as

Recursos Atividades

dos

Formandos

Apresentação

dos objetivos

da ação

Pedir aos idosos

que partilhem as

suas experiências

escolares com o

grupo;

Expositiva;

Participativa;

Discussão em

grupo;

Humanos:

Estagiária Cátia e

idosos do centro

de dia da Oficina

do Idoso da

A.N.A.I.

Materiais: mesas,

Os formandos

devem reviver e

partilhar as suas

experiências no

tempo de escola,

colocando

questões

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49

Cadeiras, canetas,

bloco de notas.

pertinentes acerca

do tema em

questão.

Desenvolvimen

to da Ação

Pedir aos idosos que

refiram como era a sua

escola, que materiais

utilizavam, como eram

as professoras e onde

se situava a escola.

A memória está

presente na nossa

rotina, na nossa vida a

todo o instante. Ela

serve de base para a

realização das nossas

tarefas e também para

relembrar as coisas

que mais/menos

gostamos.

A memória é uma das

funções cognitivas

mais importantes na

aprendizagem, visto

que é a partir da

informação que nós

memorizamos que

vamos adquirindo

conhecimentos que

servem de base ao

nosso

desenvolvimento,

linguagem,

pensamento, cultura e

conhecimento.

Page 49: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

50

Tabela 3 – Avaliação da Sessão “Os meus tempos de Escola” parte I

Avaliação da

Sessão

Objetivos

específicos

Explicitar as vantagens da atividade para idosos;

Identificar e colocar dúvidas;

Conteúdos Identificação de vantagens da sessão para a resolução

de problemas de memória na vida diária;

Metodologias Participativa;

Recursos Estagiária Cátia e Idosos;

Atividade Avaliação da atividade através da recolha e partilha

de feedback a nível oral.

Sessão de Grupo “Os meus tempos de Escola”

Parte II

Tabela 4 – Planificação da Sessão de Grupo “Os meus Tempos de Escola” Parte II

Tema/Assunto Recordação das experiências escolares

Data 24 de fevereiro de 2016

Local Sala de convívio – Oficina do Idoso

Duração 1h30

Formadoras Cátia Mendes

Grupo-Alvo Idosos do centro de dia da ANAI

Objetivos gerais Elaboração de um desenho que complemente a informação

recolhida na Sessão Informativa parte I

Objetivos específicos Promover o trabalho em equipa;

Reviver experiências escolares passadas;

Aprender a ouvir e a partilhar ideias;

Promover a destreza motora – psicomotricidade fina;

Combater o sedentarismo e o isolamento;

Tabela 5 – Plano da Sessão de Grupo “Os meus Tempos de Escola” Parte II

Ação/Plano Descrição das Metodologi Recursos Atividades

dos

Page 50: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

51

Atividades as Formando

s

Apresentaçã

o dos

objetivos da

ação

Pedir aos idosos que

partilhem as suas

experiências escolares

com o grupo;

Participativa;

Humanos:

-Estagiária Cátia

e idosos do

centro de dia da

Oficina do Idoso

da A.N.A.I.

Materiais:

- Mesas

- Cadeiras

- Canetas e lápis

de cor

- Folhas brancas

Os formandos

devem reviver

e partilhar as

sus

experiências

no tempo de

escola,

desenhando

algo que se

relacione com

o testemunho

que

partilharam na

parte I da

Sessão.

Desenvolvimen

to da Ação

Pedir aos idosos que

desenhem como era a

sua escola, os espaços

à sua volta, a sala de

aula, onde se situava a

escola, etc… É-lhes

pedido que desenhem

as brincadeiras que

tinham no recreio ou

os colegas de infância.

Tabela 6 – Avaliação da Sessão de Grupo “Os meus Tempos de Escola” Parte II

Objetivos Explicitar as vantagens da atividade para idosos;

Identificar e colocar dúvidas;

Page 51: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

52

Avaliação da

Sessão

específicos

Conteúdos Identificação de vantagens da sessão para a resolução

de problemas de memória na vida diária;

Metodologias Participativa;

Recursos Estagiária Cátia e Idosos;

Atividade Avaliação da atividade através da recolha e partilha

de feedback a nível oral.

Sessão de (In)formação “Cuidados a ter em

épocas de temperaturas frias ou altas”

Tabela 7 – Planificação da Sessão de Grupo “Cuidados a ter em épocas de temperaturas

frias ou altas”

Tema/Assunto “Cuidados a ter em épocas de temperaturas baixas ou altas”

Data 24 de março de 2016

Local Auditório – Oficina do Idoso

Duração 1h00

Formadoras Cátia Mendes

Grupo-Alvo Idosos do Centro de Dia da ANAI

Objetivos gerais - Proporcionar orientações aos idosos para os cuidados a ter

em épocas de temperaturas baixas e altas (frio e calor

intensos);

- Promover a partilha de conhecimentos e cuidados entre

todos os participantes para protegerem a sua saúde

Objetivos específicos - Alertar para os cuidados a ter em épocas de frio e calor

intensos na terceira idade;

- Promover o diálogo e partilha de saberes com base na rica

experiência de vida das pessoas de idade avançada;

Page 52: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

53

Tabela 8 – Plano da Sessão de Grupo “Cuidados a ter em épocas de temperaturas frias

ou altas”

Ação/Plano Descrição

das

Atividades

Metodologi

as

Recursos Atividades

dos

Formando

s

Apresentação

dos objetivos

da ação

Exposição do

tema com base

numa

apresentação em

PowerPoint que

explicite todos os

cuidados que os

idosos devem ter

em épocas de

temperaturas

baixas e altas;

Dinamização de

uma discussão

sobre o que

aprenderam a

fazer para se

proteger destas

situações com

base na sua

experiência.

Expositiva com

questões

interpelativas

Participativa:

Discussão em

grupo

Humanos:

Estagiária Cátia,

Estagiária Joana e

idosos

Materiais: Tela,

computador, data

show, colunas,

extensão e

carregador do

computador.

Participar na

atividade,

ouvindo a

informação

exposta pela

formadora da

sessão e

respondendo a

questões que

forem sendo

levantadas.

Colocação de

dúvidas.

Envolvimento

ativo,

recordando e

partilhando com

o grupo os

cuidados que

aprenderam a ter

a respeito do

assunto em foco.

Page 53: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

54

Desenvolvimen

to da Ação

A sessão durará

cerca de uma hora

e será apresentada

em PowerPoint,

onde serão

divulgadas

informações

pertinentes e

imagens sobre o

assunto em

questão.

Dinamizar-se-á,

de seguida, uma

discussão sobre o

que costumam

fazer nestas

situações para se

protegerem. Para

envolver os

idosos, pedir-se-

lhe-á que digam

quais os seus

“truques” para

estas situações.

Tabela 9 – Avaliação da Sessão de Grupo “Cuidados a ter em épocas de temperaturas

frias ou altas”

Avaliação da

Sessão

Objetivos

específicos

Explicitar as vantagens da atividade para idosos;

Identificar e colocar dúvidas;

Conteúdos Identificação de vantagens da sessão para a resolução

de problemas de memória na vida diária;

Metodologias Participativa;

Recursos Estagiária Cátia, estagiária Joana e Idosos do centro

de dia da A.N.A.I;

Atividade Avaliação da atividade através da recolha e partilha

de feedback a nível oral.

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55

Sessão de (In)formação “Prevenção e

autoproteção de Incêndios em casa”

Tabela 10 – Planificação da Sessão de Informação “Prevenção e autoproteção de

Incêndios em casa”

Tema/Assunto “Prevenção e autoproteção de incêndios em casa”

Data 2 de maio de 2016

Local Sala de Convívio da Oficina do Idoso

Duração 1h00

Formadoras Cátia Mendes

Grupo-Alvo Idosos do Centro de Dia da ANAI

Objetivos gerais - Proporcionar orientações aos idosos para os cuidados a ter

em caso de incêndio em casa;

- Promover a partilha de conhecimentos e cuidados entre

todos os participantes para protegerem a sua saúde

Objetivos específicos - Alertar para os cuidados a ter em caso de incêndio em casa

na terceira idade;

- Promover o diálogo e partilha de saberes com base na rica

experiência de vida das pessoas de idade avançada;

Tabela 11 – Plano da Sessão de Informação “Prevenção e autoproteção de Incêndios em

casa”

Ação/Plano Descrição

das

Atividades

Metodologi

as

Recursos Atividades

dos

Formando

s

Exposição do

tema com base

numa

apresentação em

PowerPoint que

Expositiva com

questões

interpelativas

Participativa

Humanos:

Estagiária Cátia,

Estagiária Joana e

idosos

Participar na

atividade,

ouvindo a

informação

exposta pelas

Page 55: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

56

Apresentação

dos objetivos

da ação

explicite todos os

cuidados que os

idosos devem ter

caso ocorra um

incêndio

doméstico;

Dinamização de

uma discussão

sobre o que

aprenderam a

fazer para se

proteger desta

situação com base

na sua

experiência.

Discussão em

grupo

Materiais: Tela,

computador, data

show, colunas,

extensão e

carregador do

computador.

formadoras da

sessão e

respondendo a

questões que

forem sendo

levantadas.

Colocação de

dúvidas.

Envolvimento

ativo,

recordando e

partilhando com

o grupo os

cuidados que

aprenderam a ter

a respeito do

assunto em foco.

Desenvolvimen

to da Ação

A sessão durará

cerca de uma hora

e será apresentada

em PowerPoint,

onde serão

divulgadas

informações

pertinentes e

imagens

apelativas sobre o

assunto em

questão.

Dinamizar-se-á,

de seguida, uma

discussão sobre o

que costumam

fazer nestas

situações para se

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57

protegerem. Para

envolver os

idosos, de forma

significativa,

pedir-se-lhe-á que

digam quais os

seus “truques”

para estas

situações.

Tabela 12 – Avaliação da Sessão de Informação “Prevenção e autoproteção de

Incêndios em casa”

Avaliação da

Sessão

Objetivos

específicos

Explicitar as vantagens da atividade para idosos;

Identificar e colocar dúvidas;

Conteúdos Identificação de vantagens da sessão para uma futura

autoproteção e proteção do lar em caso de incêndio;

Metodologias Participativa;

Recursos Estagiária Cátia, estagiária Joana e Idosos do centro

de dia da A.N.A.I;

Atividade Avaliação da atividade através da recolha e partilha

de feedback a nível oral.

Sessão de (In) formação “Gás: evite acidentes em

casa”

Tabela 13 – Planificação da Sessão de Informação “Gás: evite acidentes em casa”

Tema/Assunto “Gás: evite acidentes em casa”

Data 3 de maio de 2016

Local Sala de Convívio da Oficina do Idoso

Duração 1h00

Formadoras Cátia Mendes

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58

Grupo-Alvo Idosos do Centro de Dia da ANAI

Objetivos gerais - Proporcionar orientações aos idosos para os cuidados que

devem ter na utilização do gás em casa;

- Promover a partilha de conhecimentos e cuidados entre

todos os participantes para protegerem a sua saúde

Objetivos específicos - Alertar para as regras de segurança na instalação, reparação

e manutenção de gás;

- Chamar a atenção para o que nunca se deve fazer quando se

tem gás em casa;

- Promover o diálogo e partilha de saberes com base na rica

experiência de vida das pessoas de idade avançada;

Tabela 14 – Plano da Sessão de Informação “Gás: evite acidentes em casa”

Ação/Plano Descrição

das

Atividades

Metodologi

as

Recursos Atividades

dos

Formando

s

Apresentação

dos objetivos

da ação

Exibição do tema

com base numa

apresentação em

PowerPoint que

explicite todos os

cuidados que os

idosos devem ter

para prevenir

acidentes com

gás.

Dinamização de

uma discussão

sobre o que

aprenderam a

fazer para se

proteger destas

situações com

base na sua

Expositiva com

questões

interpelativa.

Participativa

Discussão em

grupo

Humanos:

Estagiária Cátia,

Estagiária Joana e

idosos

Materiais: Tela,

computador, data

show, colunas,

extensão e

carregador do

computador.

Participar na

atividade,

ouvindo a

informação

exposta pela

formadora da

sessão e

respondendo a

questões que

forem sendo

levantadas.

Envolvimento

ativo,

recordando e

partilhando com

o grupo os

cuidados que

aprenderam a ter

a respeito do

Page 58: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

59

experiência. assunto em foco.

Desenvolvimen

to da Ação

A sessão durará

cerca de uma hora

e será apresentada

em PowerPoint,

onde serão

divulgadas

informações

pertinentes e

imagens

apelativas sobre o

assunto em

questão.

Dinamizar-se-á,

de seguida, uma

discussão sobre o

que costumam

fazer nestas

situações para se

protegerem.

Para envolver os

idosos, de forma

significativa,

pedir-se-lhe-á que

digam quais os

seus “truques”

para estas

situações.

Page 59: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

60

Tabela 15 – Avaliação da Sessão de Informação “Gás: evite acidentes em casa”

Sessão de (In) formação “Prevenção das Doenças

Cardiovasculares”

Tabela 16 – Planificação da Sessão de Informação “Prevenção de Doenças

Cardiovasculares” Tema/Assunto “Prevenção das Doenças Cardiovasculares”

Data 12 de maio de 2016

Local Auditório – Oficina do Idoso

Duração 2h00

Formador Professor Doutor Polybio Serra e Silva

Grupo-Alvo Idosos do Centro de Dia da ANAI e comunidade da A.N.A.I

Objetivos gerais - Proporcionar orientações aos idosos que lhes permitam

reduzir/prevenir as doenças cardiovasculares;

- Promover a partilha de conhecimentos e cuidados entre

todos os participantes para protegerem a sua saúde

Objetivos específicos - Alertar para os cuidados que os idosos devem tomar para

prevenir as doenças cardiovasculares;

- Especificar quais os fatores de risco das doenças

cardiovasculares;

- Promover o diálogo e partilha de saberes com o Professor

Doutor Polybio Serra e Silva.

Avaliação da

Sessão

Objetivos

específicos

Explicitar as vantagens da sessão para idosos;

Identificar e colocar dúvidas;

Conteúdos Identificação de vantagens da sessão para prevenir

possíveis acidentes com gás;

Metodologias Participativa;

Recursos Estagiária Cátia, estagiária Joana e Idosos do centro

de dia da A.N.A.I;

Atividade Avaliação da atividade através da recolha e partilha

de feedback a nível oral.

Page 60: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

61

Tabela 17 – Plano da Sessão de Informação “Prevenção de Doenças Cardiovasculares”

Ação/Plano Descrição

das

Atividades

Metodologi

as

Recursos Atividades

dos

Formando

s

Apresentação

dos objetivos

da ação

Exposição do

tema com base

numa

apresentação em

PowerPoint que

explicite todos os

cuidados que os

idosos devem ter

para prevenir as

doenças

cardiovasculares;

Dinamização de

uma discussão

sobre o que

aprenderam a

fazer para se

proteger desta

situação com base

na sua experiência

e na formação

obtida na

formação com o

Professor Doutor

Polybio Serra e

Silva.

Expositiva com

questões

interpelativas

Participativa:

Discussão em

grupo

Humanos:

Professor Doutor

Polybio Serra e

Silva

Materiais: Tela,

computador, data

show, colunas,

extensão e

carregador do

computador.

Participar na

atividade,

ouvindo a

informação

exposta pelo

Professor

Doutor Polybio

Serra e Silva,

respondendo a

questões que

forem sendo

levantadas.

Colocação de

dúvidas.

Envolvimento

ativo,

recordando e

partilhando com

o grupo os

cuidados que

aprenderam a ter

a respeito do

assunto em foco.

Page 61: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

62

Desenvolvimen

to da Ação

A sessão durará

cerca de duas

horas e será

apresentada em

PowerPoint, onde

serão divulgadas

informações

pertinentes e

imagens

apelativas sobre o

assunto em

questão.

Dinamizar-se-á,

posteriormente,

uma discussão

sobre a

importância da

sessão para a vida

quotidiana dos

idosos;

Para envolver os

idosos, de forma

significativa,

pedir-se-lhe-á que

digam quais os

seus “truques”

para estas

situações.

Page 62: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

63

Tabela 18 – Avaliação da Sessão de Informação “Prevenção de Doenças

Cardiovasculares”

Avaliação da

Sessão

Objetivos

específicos

Explicitar as vantagens da sessão de informação para

idosos;

Identificar e colocar dúvidas;

Conteúdos Identificação de vantagens da sessão a fim de facilitar

a prevenção das doenças cardiovasculares;

Metodologias Participativa;

Recursos Estagiária Cátia e Idosos do centro de dia da A.N.A.I;

Atividade Avaliação da atividade através da recolha e partilha

de feedback a nível oral.

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64

Dentro do mesmo modelo, apresentamos de seguida o 2º objetivo geral, apresentando as

atividades dinâmicas e lúdicas planeadas e executadas pelos estagiários:

2º Objetivo Geral: Fomentar o Envelhecimento Ativo dos utentes da A.N.A.I.

Quadro 3 – 2º objetivo Geral desdobrado em objetivos específicos e operacionais

Objetivos Específicos Objetivos Operacionais

2.1. Implementar uma atividade dedicada

à promoção do exercício físico diário.

2.1.1. Implementar uma caminhada diária

até ao início de Outubro de 2015.

2.2. Participar na mobilização e

acompanhamento dos utentes em

atividades no exterior.

2.2.1. Acompanhar e incentivar os utentes

a participarem nas atividades físicas

semanais, de modo a não haver faltas.

2.3. Executar tarefas que promovam a

aprendizagem do uso das novas

tecnologias.

2.3.1. Planear aulas de informática na

sala de computadores da ANAI.

2.3.2. Expor filmes significativos ao

longo do estágio, dando uso ao material

disponível na oficina do idoso da

A.N.A.I. (data show, tela e computador)

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65

2.4. Colaborar ativamente em todas as

atividades e projetos implementados pela

instituição que promovam o

envelhecimento ativo.

para que os utentes percebam uma das

vertentes da sua utilização.

2.4.1. Apresentar um plano de atividades

lúdicas e educativas em parceria com a

colega estagiária.

2.4.2. Participar e ajudar na execução de

projetos e atividades da A.N.A.I.

direcionados à população idosa.

2.4.3. Participar nas viagens ao longo do

ano que são organizadas pela A.N.A.I e

destinadas aos utentes do Centro.

2.4.4. Participar em todas as feiras e

projetos relacionados com voluntariado

que se desenrolem na A.N.A.I.

2.5. Elaborar um livro/portfólio sobre as

experiências escolares dos utentes “Os

meus tempos de Escola” e promover

debates sobre “A escola de ontem e de

hoje”

2.5.1. Recolher junto dos utentes da

oficina, episódios importantes da sua vida

a nível educativo, para ressinificação de

momentos anteriores e elaboração de um

livro biográfico de experiências

escolares, cultural e historicamente

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66

enraizado.

Atividades desenvolvidas no âmbito dos objetivos operacionais, relacionados com o

2º objetivo geral: Fomentar o Envelhecimento Ativo dos utentes da A.N.A.I.

Este objetivo foi sem dúvida o mais interessante deste projeto. Em primeiro lugar,

porque aquando da nossa entrada na instituição, e até antes, segundo as leituras e o

visionamento da página online da instituição, percebemos que os utentes precisavam de

ter mais atividades do que aquelas já disponibilizadas pela instituição. Ou seja, achámos

desde logo que o nosso contributo enquanto estagiários iria ser uma mais-valia para

fomentar o Envelhecimento Ativo dos utentes da A.N.A.I.

Aquando da nossa entrada, foi estabelecida uma caminhada matinal diária com o

objetivo de promover o exercício físico dos nossos utentes (ainda que alguns deles

frequentem as aulas de hidroginástica e ginástica proporcionadas pela instituição). Nas

primeiras semanas, não foi fácil conseguir motivar todos os utentes a participar na

mesma, até porque também não tínhamos ainda uma relação que lhes permitisse ter a

máxima confiança em nós. No entanto, pudemos constatar que após o primeiro mês, a

caminhada matinal entrou na rotina dos utentes do Centro de dia da ANAI, o que nos

deixou bastante alegres. A seguir, constam algumas imagens dessas mesmas

caminhadas, a título documentativo (figuras, 4, 5 e 6):

Figura 4 Figura 5 Figura 6

Como já foi referido anteriormente, alguns dos utentes do centro de dia e da Oficina do

Idoso da ANAI, participam todas as semanas em atividades realizadas no exterior da

instituição. Tomemos por exemplo, as aulas de hidroginástica e de ginástica. As aulas

de hidroginástica decorrem no Complexo de Piscinas Municipais Rui Abreu na

Pedrulha, todas as quartas-feiras, das 10h30 às 11h15 aproximadamente. Quanto às

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67

aulas de ginástica, estas decorrem no mesmo horário, mas são postas em prática no

pavilhão da Palmeira em Coimbra, perto da instituição. Querendo com isto dizer, que

foi também realizado, pela nossa parte, enquanto estagiária, o acompanhamento dos

utentes a estas atividades.

Em conjunto com a colega de estágio da FPCE, também ela da área das Ciências da

Educação, e sendo que o seu estágio era direcionado para o uso das novas tecnologias

na idade avançada, pensámos em pôr em prática tarefas que promovessem o uso das

novas tecnologias. Assim sendo, para além das aulas que foram proporcionadas pelo

Professor Filipe, docente da Universidade dos Tempos Livres (UTL), que dentro das

capacidades dos nossos utentes, ensinou o mais básico que pode, nós, estagiárias,

utilizámos quase sempre as tecnologias digitais para as nossas atividades, tentando

transmitir aos utentes a importância das mesmas nos dias de hoje.

Neste seguimento, foi nossa preocupação expor filmes significativos, ao longo de todo o

estágio, dando uso ao material disponível na oficina do idoso da A.N.A.I. (data show,

tela e computador) para que os utentes percebam uma das vertentes da sua utilização e

sobretudo, para lhes proporcionar, momentos de lazer, descontração e interação. Posto

isto, apresentamos de seguida, a planificação das sessões de cinema e o conjunto de

filmes por nós apresentados na ANAI ao qual demos o nome de “Luz, Câmara

e…Ação!”:

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Page 68: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

69

Tabela 19 – Planificação das sessões de “Luz, Câmera e…Ação”

Sessões

Data

Recursos

Público-alvo

Recursos

Humanos

Duração

Up –

Altamente

29/10/2015

Tela;

Projetor;

Computador;

Colunas;

Tomada tripla;

10 Idosos;

2 Estagiários;

2h00

A Gaiola

Dourada

21/12/2015 9 Idosos;

1 Estagiário

2h00

Aniki Bóbó 12/01/2016 10 Idosos

2 Estagiários

2h00

Maria Papoila 25/01/2016 10 Idosos

2 Estagiários

2h00

Capitães de

Abril

02/03/2016 13 Idosos

2 Estagiários

3h00

O Grande

Elias

18/04/2016 11 Idosos

2 Estagiários

2h30

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Luz, Câmara e…Ação!: “Up – Altamente”

Realizador: Pete Docter, Bob Peterson

Ano: 2009

Género: Animação, Aventura, Comédia

Tempo: 96 minutos

Figura 7

Resumo: É um filme produzido pela Disney Pixar sobre um vendedor de balões de 78

anos chamado de Carl Fredricksen, que após ficar viúvo, decide realizar o sonho da sua

vida, e parte numa grande aventura, e prende milhões de balões à sua casa e voa à

descoberta da América do Sul, onde estão as “Cataratas do Paraíso”, o sítio que a sua

esposa Ellie queria conhecer e onde queria viver.

Feedback dos utentes: O feedback dos utentes mostrou-se muito positivo, na medida

em que acharam de uma forma geral o filme interessante e que a mensagem principal

demonstrava que o “O Idoso provou que os mais velhos conseguem mexer-se e ir atrás

dos seus sonhos” (testemunho da D. A.)

No final de todas as sessões de cinema, em conjunto com a colega de estágio, uma vez

que o nosso estágio é direcionado para a prática de atividades e dinâmicas educativas,

em conversa informal com os utentes, procuramos encontrar um objetivo educacional

para cada filme. Esta atividade foi facilmente aceite pelos utentes, e a nosso ver, muito

construtiva a nível de perceber qual a finalidade do visionamento dos filmes. Assim

sendo, para este filme, o objetivo educacional é transmitir aos idosos que nunca se deve

desistir, independentemente da idade ou da condição física; lutar pelos sonhos mesmo

que surjam obstáculos difíceis de superar.

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71

Luz, Câmara e…Ação!: “A Gaiola Dourada”

Realizador: Ruben Alves

Ano: 2013

Género: Comédia

Tempo: 90 minutos

Figura

Figura 8

Resumo: É um filme de comédia que retrata uma comunidade de portugueses que

residem em França. Maria e José são um casal humilde e bondoso que são acarinhados

por todos. No entanto, quando José recebe a notícia que ficou herdeiro de uma grande

fortuna e surge a hipótese de voltarem para Portugal, todos os seus patrões e família,

irão fazer de tudo para que estes não abandonem França visto que ajudam todos.

Feedback dos utentes: A maioria dos utentes gostou do filme, inclusive porque é

retratado um tema atual, a emigração, e também porque a banda sonora ajuda ao seu

visionamento. Apesar de todos considerarem o filme bom, alguns dos utentes criticaram

o facto de ao longo do filme serem ditos alguns impropérios.

Objetivo educacional: O principal objetivo deste filme, em conversa com os utentes, é

transmitir que “a mentira tem perna curta”. Segundo os idosos, mais vale uma verdade

dura, do que uma mentira boa. Ou seja, no final do filme, foi reconhecido o esforço do

trabalho dos emigrantes que tem que abandonar o seu país para irem procurar melhores

condições de vida, e também a importância de dizer sempre a verdade.

Page 71: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

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Luz, Câmara e…Ação!: “ Aniki Bóbó”

Realizador: Manoel de Oliveira

Ano: 1942

Género: Drama

Tempo: 68 minutos

Figura 9

Resumo: É um filme que retrata as aventuras e os amores dos rapazes de baixa

condição social da cidade do Porto. Decorre na década da segunda guerra mundial e no

auge do regime fascista de Oliveira Salazar. Relata a paixão de um rapaz por uma

rapariga da sua escola, que o fará ultrapassar os limites que lhe foram ensinados, com o

objetivo de a conquistar. Nesta história está envolvido um triângulo amoroso: a

Teresinha, o Carlitos e o Eduardo. Ambos lutam para conseguir o amor de Teresinha.

Carlitos, inclusive, irá roubar na Loja das Tentações, uma linda boneca que Teresinha

adora. Com isto, consegue conquistar o seu amor mas no entanto, a culpa de ter roubado

a boneca, persegue-o. Teresinha, acaba por denunciá-lo mas tudo acaba bem porque o

dona da loja, compreendeu o porque da atitude de Carlitos e perdoo.

Feedback dos utentes: A maioria dos utentes gostou do filme, inclusive alguns nunca

o tinham visto. Acharam que retratava bem a época de Salazar e também revelaram as

saudades que tinham de ver um filme a preto e branco, como nos seus tempos de

juventude.

Objetivo educacional: O principal objetivo deste filme, em conversa com os utentes, é

relembrar épocas da história do nosso país e demonstrar que se deve lutar sempre pelo

que se pretende (neste caso, o Carlitos arriscou roubar a boneca para conquistar o amor

de Teresinha) mesmo que seja necessário arriscar para o conseguir.

Page 72: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

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Luz, Câmara e…Ação!: “ Maria Papoila”

Realizador: José Leitão de Barros

Ano: 1937

Género: Comédia

Tempo: 98 minutos

Figura 10

Resumo: Maria Papoila é uma rapariga da província, humilde e com bom coração, que

nunca tinha saído da sua aldeia e vem servir para Lisboa, onde conhece um recruta

chamado Eduardo, por quem se apaixona. Começam a namorar, até ao dia em que

Maria Papoila descobre que Eduardo, não pertence à sua condição social e namora com

uma rapariga da sua classe, Margarida Noronha Baptista. Com o desenrolar da história,

certo dia, a mãe de Margarida nota que as suas jóias foram roubadas durante a noite,

precisamente a noite em que Eduardo foi visto ao redor da casa, depois de acompanhar

Margarida em segredo.

Eduardo acaba por ser preso mas Margarida, para salvar a sua honra, nega o incidente.

Maria Papoila numa tentativa de salvar o seu amado, acaba por descobrir o verdadeiro

ladrão, Carlos, filho da sua patroa, e apresenta-se em Tribunal, dizendo, que passou a

noite com o arguido para poder salvar Eduardo. Com isto, Eduardo é libertado e Maria

Papoila, magoada com o acontecimento, decide voltar para a sua terra.

Feedback dos utentes: Todos os utentes adoraram o filme, principalmente por ser um

filme antigo. Disseram que os fazia reviver os seus tempos de infância e adolescência e

o tempo dos primeiros namoros, quando iam ao cinema. Foi portanto, um feedback

positivo por parte dos utentes.

Objetivo educacional: Segundo os utentes, o principal objetivo do filme é transmitir

que as pessoas devem ser humildes, fazer de tudo para ajudar quem mais amam, sem

magoar ninguém e sobretudo, as pessoas que praticam o bem, são sempre

recompensadas pelas suas boas atitudes.

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Luz, Câmara e…Ação!: “ Capitães de Abril”

Realizador: Maria de Medeiros

Ano: 2000

Género: Drama, ficção histórica

Tempo: 123 minutos

Figura 11

Resumo: A história deste filme decorre na noite de 24 para 25 de Abril de 1974,

começando pela emissão na rádio de uma canção proibida na altura: "Grândola, Vila

Morena", que se tratou de um código combinado com o clandestino Movimento das

Forças Armadas, que nessa madrugada levou um grupo de capitães a executar um golpe

de estado e acabar com o regime do Estado Novo. O capitão Salgueiro Maia marchou

com o seu regimento sobre Lisboa. Foi sem dúvida o golpe de estado militar que

transformou completamente o país, na altura sujeito à ditadura do Estado Novo e o

destino das colónias portuguesas em África e em Timor-Leste.

Feedback dos utentes: De todas as sessões de cinema realizadas ao longo do nosso

estágio, esta foi a que mais comoveu os nossos utentes. Segundo os mesmos, foi o

reviver de uma época antiga, que marcou a reviravolta na história de Portugal.

Objetivo educacional: O principal objetivo na apresentação deste filme foi reavivar as

memórias dos nossos utentes sobre um período muito particular da nossa história e

significativo para todos os presentes, uma vez que o filme se centra num dos

acontecimentos mais marcantes da história recente de Portugal – a transição para a

democracia. O modo de vida daquele tempo e os contrastes com o tempo atual foram

elementos considerados na discussão proporcionada pelo filme.

Page 74: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

75

Luz, Câmara e…Ação!: “ O Grande Elias”

Realizador: Arthur Duarte

Ano: 1950

Género: Comédia

Tempo: 118 minutos

Figura 12

Resumo: A história deste filme retrata uma família modesta constituída por três

elementos: pai, mãe e filha. Estes recebem generosas quantias de uma tia do Brasil que

os julga ricos. O ponto de viragem desta história acontece quando um dia, chega a

notícia da visita da tia do Brasil, e tudo entra em polvorosa no sentido de manterem a

mentira, uma vez que a tia julga que são ricos.

Feedback dos utentes: Os utentes gostaram do filme porque gostaram de ver a forma

como a família encontrava “falcatruas” para conseguir desviar a atenção da tia para que

ela não descobrisse a verdade.

Objetivo educacional: Segundo os utentes, o objetivo deste filme está implícito no

provérbio popular “mais vale a dor de uma verdade, do que a alegria de uma mentira”.

Isto é, segundo eles, deve dizer-se sempre a verdade. Nesta caso, a família deveria

assumir a sua condição social perante a tia, para que ela os ajudasse a ultrapassar as

dificuldades.

Page 75: Agradecimentos - anai.pt · Agradecimentos Em primeiro lugar, ... bem como as atividades desenvolvidas segundo os objetivos do mesmo. Por fim, é descrito o projeto de investigação,

76

Para além da nossa participação em todas as atividades já constituintes do plano de

atividades do Centro de Dia da ANAI, foi nossa preocupação inovar no campo das

atividades e proporcionar os nossos idosos momentos de lazer, onde a educação e a

formação estivessem presentes. Assim sendo, apresentamos de seguida as atividades

lúdicas e dinâmicas que realizámos ao longo do estágio:

“ Jogo do Adivinha”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 1:30h

Objetivos: Promover o convívio e a diversão;

desenvolver o raciocínio lógico e a

memória.

Nº de participantes: 12

Recursos: Materiais: Computador, tela, colunas,

tomada tripla

Humanos: Estagiárias e idosos

Descrição: Em primeiro lugar pedimos a todos os idosos que indicassem se conseguiam

ver bem a tela (uma vez que a atividade ia

funcionar a partir dali). Posto isto, explicámos aos

idosos que o jogo se dividia por várias categorias,

nomeadamente: profissões, regiões, atores,

escritores (…). De seguida, iniciámos a passagem

de imagens ou músicas, com o intuito dos idosos

associarem a um nome ou data.

Avaliação: Os idosos sentiram algumas dificuldades nesta atividade, uma vez que ela

requer uma boa memória. No entanto, todos gostaram do exercício e pediram para que

fosse repetido.

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“ Jogo de Cultura Geral”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 1h30

Objetivos: Desenvolver o raciocínio e a

concentração; promover o trabalho em

equipa e a socialização.

Nº de participantes: 10

Recursos: Materiais: Folha de papel e dados

Humanos: Estagiárias e idosos

Descrição: Previamente elaborou-se, em conjunto com os idosos, uma folha de papel

com uma série de questões (aproximadamente 30) sobre cultura geral. O jogo inicia-se

com o lançamento do dado, para descobrirmos qual o número da questão que o utente

irá responder. Depois do lançamento, os idosos respondem à questão de acordo com o

número que sair. Caso não saibam, podem recorrer à ajuda de outros idosos ou passar a

vez de resposta.

Avaliação: Esta atividade mostrou-se um pouco difícil para os idosos, uma vez que

algumas das questões envolviam datas e nomes que muitos deles já não se recordavam.

“Adivinhas?”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 1h00

Objetivos: Proporcionar momentos de lazer, convívio

e socialização;

Nº de participantes: 11

Recursos: Materiais: Folha de papel e computador

Humanos: Estagiárias e idosos

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Descrição: Para a realização desta atividade, e visto que o objetivo era promover um

momento de lazer, colocámos uma música de fundo escolhida pelos utentes. De

seguida, questionámos os idosos para saber se algum queria partilhar adivinhas ou

anedotas com o restante grupo. Talvez por vergonha, nenhum dos utentes quis partilhar

com o grupo. Para “quebrar o gelo”, começámos por ler umas adivinhas que retirámos

da internet e a partir daí os utentes começaram a partilhar as que se lembravam e

inclusive, partilharam algumas brincadeiras que fazíamos intervalos da escola.

Avaliação: Esta atividade funcionou muito bem. Os utentes riram-se e divertiram-se ao

ouvir e ao partilhar as anedotas e adivinhas.

“Jogo do Mikado”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 1h00

Objetivos: Desenvolver a motricidade fina,

coordenação e concentração;

Nº de participantes: 3

Recursos: Materiais: Jogo do Mikado

Humanos: Estagiária Cátia e idosos

Descrição: Para a realização desta atividade, utilizámos o jogo do mikado que já

pertencia à instituição. Perguntámos aos idosos quem queria participar na atividade, e

apenas 3 nos responderam afirmativamente. Sentámo-nos numa das mesas da sala de

convívio e iniciámos o jogo.

Avaliação: Os idosos mostraram bastantes dificuldades neste exercício, uma vez que

sentem dificuldades em realizar atividades que necessitem de desenvolver as

capacidades motoras. No entanto, acharam a atividade divertida e sentiram-se

entusiasmados com o espírito de competição.

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“Tertúlia da vida”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 2h00

Objetivos: Promover um debate sobre temas atuais;

partilhar saberes e opiniões;

Promover a interação construtiva

Nº de participantes: 13

Recursos: Humanos: Estagiárias e idosos

Descrição: Antes de começar à atividade, pedimos aos idosos que pensassem num

nome para a Tertúlia. Uma vez que seriam discutidos diversos temas, os idosos

decidiram que ficaria o nome de “Tertúlia da vida”. O primeiro tema a ser discutido foi

o casamento. De seguida, discutiu-se sobre o tema da política e as várias transformações

que se passaram no nosso país dentro desse mesmo tema. À medida que os idosos iam

partilhando a sua opinião, promoveu-se o diálogo entre todos.

Avaliação: Os idosos gostaram muito desta atividade, pois permitiu-lhes dar a sua

opinião sobre determinados temas, e houve até, quem partilhasse episódios da sua vida,

o que contribuiu para que se conhecessem melhor uns aos outros.

“Jogos Tradicionais”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 3h00

Objetivos: Desenvolver a motricidade fina,

coordenação e concentração; Promover o

convívio e diversão;

Nº de participantes: 12

Recursos: Materiais: Anel, cadeiras Humanos:

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Estagiárias e idosos

Descrição: Esta atividade divide-se em duas partes:

1) Jogo do “Anelinho”: Foi pedido aos nossos idosos que colassem as suas cadeiras

na forma de U (com a nossa ajuda claro) para que ficassem mais próximos uns

dos outros. O objetivo era que todos juntassem as duas mãos, de forma a deixar

um espacinho para que o anel pudesse cair. Cada um dos utentes teve a

oportunidade de segurar o “anelinho” e deixá-lo cair na mão de outro colega. No

final, tentavam adivinhar nas mãos de quem estaria o “anelinho”.

2) Jogo do “telefone”: Os idosos continuaram com as cadeiras na forma de U para

que fosse mais fácil passarem a mensagem ao colega. O jogo iniciou-se com

uma mensagem, com o objetivo da mesma ser transmitida a todos os idosos em

forma de “segredo” (dizendo ao ouvido baixinho) para que no final,

conseguissem perceber se era a mesma que foi dita inicialmente.

Avaliação: A atividade foi um sucesso. Os idosos apreciaram muito os dois jogos, pois

segundo eles “foi reviver brincadeiras que eu tinha no recreio da escola”. Além disso,

fez com que se aproximassem um dos outros e criou-se um momento de muitos risos e

animação.

“Espelho meu, Espelho meu”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 00h30

Objetivos: Desenvolver a estimulação sensorial

através do tato;

Nº de participantes: 12

Recursos: Materiais: Caixa e espelho

Humanos: Estagiárias e idosos

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Descrição: No início da atividade foi pedido aos idosos que fossem sinceros nas

descrições que iam fazer relativamente ao objeto que iriam ver dentro da caixa. Posto

isto, e depois de ficarem na expetativa de ver o que era, a caixa passou de mão em mão,

e todos os idosos ficaram surpreendidos ao ver um espelho. Algumas das descrições que

fizeram (sem nunca revelarem o que era) foram “ é bonito”, “cinzento”, “clarinho”. No

final, o último idoso a pegar na caixa, retirou o espelho e todos se riram.

Avaliação: Os idosos divertiram-se com esta atividade, mostrando-se entusiasmados e

curiosos para saber o conteúdo da caixa. Verificou-se que cumpriram as regras do jogo

até ao fim e colaboraram connosco.

“Jogo da Mímica”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 1h00

Objetivos: Favorecer momentos de lazer e diversão;

Reforçar a destreza física e motora;

promover a capacidade de raciocínio e

concentração;

Nº de participantes: 12

Recursos: Materiais: Cesto e papel

Humanos: Estagiárias e idosos

Descrição: Depois de explicar aos utentes em que consistia o jogo, muitos deles se

sentiram envergonhados por ter que fazer imitações de algo em frente aos colegas. Para

“quebrar o gelo”, nós fizemos a primeira imitação. Para começar, retirámos do cesto,

um papel onde estava escrito o que iríamos imitar (neste caso, era um macaco). Depois

disso, o jogo começou a fluir de forma sistemática e apenas um dos idosos não quis

participar.

Avaliação: Nesta atividade verificou-se que alguns dos idosos têm mais dificuldade na

orientação espacial e na capacidade de raciocínio.

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“Descreve-me”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 1h00

Objetivos: Favorecer processos de socialização;

desenvolver o raciocínio e a concentração;

Nº de participantes: 13

Recursos: Humanos: Estagiárias e idosos

Descrição: Antes de iniciar a atividade, foi explicado que a intenção da mesma era

conhecermo-nos um pouco melhor através da descrição física ou psicológica feita pelos

colegas. De seguida, começámos por explicar aos idosos que cada um teria que pensar

num colega e descrevê-lo através de palavras, física ou psicologicamente.

Avaliação: A atividade resultou muito bem, na medida em que através das descrições

que eram feitas, todos os idosos conseguiram adivinhar quem era quem, a partir da

descrição feita.

“Quem conta um conto, acrescenta um ponto”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 1h00

Objetivos: Estimulação de capacidades cognitivas, de

memória, concentração;

Nº de participantes: 12

Recursos: Humanos: Estagiárias e idosos

Descrição: A atividade consistia na elaboração de uma pequena história, onde cada um

dos idosos acrescentava uma palavra ao que já tinha sido dito, repetindo toda a frase. Ou

seja, a frase começava por “Hoje”, o idoso a seguir, teria que dizer “Hoje fui”, repetindo

toda a frase que foi dita e acrescentando a última palavra.

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Avaliação: Os idosos sentiram muitas dificuldades nesta atividade, uma vez que muitos

se esqueciam facilmente do que havia sido dito. Revelaram assim, necessidades a nível

da concentração e memória.

“Dia de São Martinho”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 3h00

Objetivos: Promover a motricidade fina, articulação

dos membros superiores e

desenvolvimento intelectual;

Nº de participantes: 10

Recursos: Materiais: Cartolina, tesoura, cola,

marcadores, folhas secas e cordel;

Humanos: Estagiária Cátia e idosos

Descrição: Antes de iniciar a atividade, foi explicado aos idosos que esta assinalava o

Dia de São Martinho, o Magusto.

Seguidamente, juntaram-se duas mesas na sala de convívio da Oficina e sentámo-nos.

Cada um dos utentes recortou uma castanha que estava desenhada numa cartolina. No

final, cada um dos utentes, colou a sua castanha numa outra cartolina, a fim de

conseguir formar a imagem um “saquinho” com várias castanhas dentro.

Avaliação: Os idosos tiveram uma participação bastante ativa nesta atividade,

esforçando-se para recortar as castanhas de uma forma correta e aprovaram o resultado

final, que foi exposto na entrada da instituição.

“É Natal, é Natal”

Local: Sala de Informática da OFCI e Sala de

Convívio da OFCI

Duração: 14h00

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Objetivos: Estimular a destreza física, motricidade

fina, concentração e flexibilidade;

Nº de participantes: 9

Recursos: Materiais: Computador, feltro, linha,

agulha, papel, caneta, tesoura, escadote,

“fio de pesca”, fita-cola, algodão,

purpurinas

Humanos: Estagiárias e idosos

Descrição: Esta atividade foi repartida em várias partes:

1) Encaminhámos os idosos para a sala de informática, a fim de procurarem na

internet, os símbolos que mais gostavam de ver representados no Natal

(anjinhos, estrelas, pinheiros…). Com a nossa ajuda, cada um dos utentes

escolheu o seu símbolo e retirámos o molde de cada um, para ser produzido em

feltro;

2) Depois, cada um dos utentes recortou o seu molde e nós copiámos o símbolo

para o feltro e recortámos;

3) No fim de recortados os desenhos, pedimos às utentes do centro de dia, para

coser os feltros a fim de conseguirmos

posteriormente pendurá-los nas lâmpadas

da sala de convívio e colámos nas paredes

e portas da instituição;

4) O próximo passo foi a decoração de cada

um dos símbolos. Neste ponto, apenas

duas utentes participaram na atividade, colando algodão e purpurinas em alguns

dos elementos; os restantes foram decorados por nós;

5) Por fim, foram produzidos ao todo, 6 elementos (anjo, pinheiro de natal, estrela

cadente, rena mãe, rena bebé e azevinho), sendo que cada foi copiado várias

vezes;

6) Todos os elementos foram pendurados e espalhados por toda a instituição.

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Avaliação: O feedback dos idosos foi positivo, pois acharam que os elementos de Natal

tinham um efeito colorido e engraçado na instituição. Sentiram algumas dificuldades na

pesquisa das imagens na internet. E apesar de terem sido poucos os participantes na

atividade, e termos tido uma intervenção muito ativa nesta atividade, os utentes

revelaram-se entusiasmados e originais na decoração dos símbolos.

“A cantar é que a gente se entende”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 2h00

Objetivos: Promover a interação entre o grupo;

proporcionar momentos de lazer, convívio

e descontração;

Nº de participantes: 13

Recursos: Materiais: Livro de Cânticos Populares

Humanos: Estagiárias e idosos

Descrição: Esta atividade consistiu em relembrar e cantar músicas tradicionais

portuguesas. Todos os idosos participaram e para além das músicas que estavam

descritas no livro, sugeriram outras para cantarmos todos juntos.

Avaliação: Todos os idosos gostaram desta atividades, e sentiram-se entusiasmados

pelos cânticos populares. É uma forma de incentivar os idosos a participar nas

atividades, uma vez que nestes contextos se coloca de lado as atividades mais formais.

“O antigamente e o hoje”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 2h00

Objetivos: Favorecer o debate sobre questões

culturais e sociais; estimulação da

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memória

Nº de participantes: 12

Recursos: Materiais: Folha de papel, marcador,

quadro de cortiça

Humanos: Estagiárias e idosos

Descrição: A atividade foi preparada previamente. Escrevemos numa folha de papel

vários temas que pudessem ser discutidos relativamente às mudanças que existiram com

o passar do tempo. Por exemplo, a condição da mulher, os casamentos, a política, etc.

A atividade foi explicada aos idosos e facilmente se iniciou um debate, onde expuseram

as suas opiniões e partilharam saberes.

Avaliação: Os idosos participaram ativamente no debate. As trocas de opinião foram

“controladas” e como seria de esperar, através dos temas pré-definidos, surgiram outros,

o que tornou a sessão ainda mais interessante a nível da aprendizagem e da formação.

“Jogo do Dominó”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 00h45

Objetivos: Estimular o raciocínio, a motricidade fina,

capacidade intelectual, concentração e

cálculo mental

Nº de participantes: 3

Recursos: Materiais: Jogo do dominó

Humanos: Estagiária Cátia e idosos

Descrição: Este jogo foi realizado várias vezes ao longo do estágio, uma vez que os

utentes se sentiam descontraídos e entusiasmados na sua prática.

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Avaliação: Os idosos gostam de praticar este tipo de atividade,

uma vez que se afasta das atividades mais formais e gostam de

competir com o colega, de forma saudável.

“Jogo do Loto”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 1h00

Objetivos: Estimular o raciocínio, a motricidade fina,

capacidade intelectual, concentração

Nº de participantes: 13

Recursos: Materiais: Jogo do Loto

Humanos: Estagiárias e idosos

Descrição: Entrega-se a cada um dos utentes um cartão numerado de 1 a 90. As bolas

são metidas dentro de uma saco e tiradas aleatoriamente. O número que sair é dito em

voz alta e essa bola é entregue à pessoa que tiver o número no cartão. O primeiro a

preencher o cartão, ganha.

Avaliação: Esta atividade foi realizada várias vezes, uma vez que promove a interação

do grupo e proporciona um momento de lazer e descontração que os idosos tanto

gostam.

“O que será?”

Local: Sala de Convívio da OFCI

Duração: 1h00

Objetivos: Estimular o sentido do tato

Nº de participantes: 13

Recursos: Materiais: Caixa com objetos

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diferenciados dentro (estojo, lápis, régua,

tesoura, etc...)

Humanos: Estagiárias e idosos

Descrição: Antes do início da atividade, pediu-se a cada idoso que respeitasse as regras

do jogo e não revelasse nenhum conteúdo que estava dentro da caixa, a não ser aquele

que tinha que adivinhar. O jogo iniciou-se numa ponta da sala, e o objetivo era que cada

idoso colocasse a mão dentro da caixa, e através do tato, adivinhasse qual o objeto que

estava a tocar.

Avaliação: Segundo os idosos, esta atividade foi muito divertida e engraçada porque

estavam curiosos para saber o que estava dentro da caixa e porque proporcionou mais

um momento de estimulação e diversão.

“Atira e vê se acertas”

Local: Pátio da Oficina do Idoso da ANAI

Duração: 1h00

Objetivos: Estimular o desenvolvimento motor;

treino da concentração e noção espacial;

desenvolver o espírito de competição

saudável;

Nº de participantes: 10

Recursos: Materiais: balde de plástico, 6 argolas

coloridas

Humanos: Estagiária Cátia e idosos

Descrição: Antes de iniciar a atividade, foi explicado aos idosos que teriam que se

deslocar para o pátio para poderem nela participar. Depois da deslocação de todos,

começámos por dividi-los em duas equipas: equipa azul e equipa vermelha (cada uma

constituída por 5 elementos). Posto isto, o jogo iniciou-se. Cada uma das equipas tinha

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que acertar com a argola coloridas dentro do balde para poder pontuar. Por cada argola

que entrasse no balde, era dado um ponto à equipa.

Avaliação: Os idosos gostaram desta atividade porque lhes permitiu estar ao ar livre e

trabalhar em equipa. Para além disso, contribuiu para desenvolver o espírito de trabalho

em equipa e o espírito de competição.

“Construção de quadras”

Local: Sala de Convívio da ANAI

Duração: 4h00

Objetivos: Estimular o raciocínio, capacidade

intelectual, concentração

Nº de participantes: 10

Recursos: Materiais: Bloco de notas, caneta,

isqueiro, cola, impressora

Humanos: Estagiária Cátia e idosos

Descrição: Esta atividade dividiu-se em duas partes:

1) Foi pedido aos utentes que cada um indicasse uma caraterística sua ou algo que

o representasse; depois de recolhidas todas as sugestões, em conjunto com os

utentes, elaborámos uma quadra sobre cada um dos idosos do centro de dia;

2) Inserimos todas a quadras no computador e pedimos à Dr.ª Sónia que a

imprimisse. Foram assim impressas num papel do estilo “carta antiga” o que deu

ainda mais ênfase à atividade. Depois disto, com um isqueiro, queimámos o

rebordo das folhas de papel (uma para cada carta) e distribuímos todas as

quadras pela sala de convívio, a fim de a embelezar.

Avaliação: A atividade resultou muito bem, na medida em que através das caraterísticas

que todos os idosos fizeram de si mesmos, alguns utilizando a ajuda de colegas,

conseguiu-se construir quadras que descrevem cada um dos utentes.

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“Vamos brincar ao Carnaval”

Local: Sala de Convívio da ANAI

Duração: 6h00

Objetivos: Estimular a motricidade fina e o

desenvolvimento intelectual; desenvolver

competências de trabalho de equipa

Nº de participantes: 11

Recursos: Materiais: Computador, impressora, feltro,

tesoura, algodão, purpurinas, brilhantes,

lápis

Humanos: Estagiárias e idosos

Descrição: Antes do iniciar a atividade, foi dito aos idosos que esta era alusiva ao

Carnaval e que posteriormente seriam usadas no Baile de Carnaval.

A atividade foi dividida em 3 partes distintas:

1) Pesquisa de mascarilhas de Carnaval na internet. Nesta primeira parte, dividimos

os idosos em 3 grupos (2 grupos de 4 elementos e um de três). Deslocámo-nos

com um grupo de cada vez à sala de informática da OFCI, e cada um dos utentes

escolheu através do google, a mascarilha de Carnaval que gostava de elaborar

para usar no baile;

1) Escolhidas as mascarilhas, pedimos à Dra. Sónia para que as imprimisse, a fim

de cada utente recortar o molde da sua, para copiar para o feltro. Assim sendo, a

maioria dos utentes recortou o seu molde (ainda que com a nossa ajuda) e depois

nós copiamos a lápis cada mascarilha para o feltro.

2) Por fim, cada um dos utentes decorou a sua mascarilha a seu gosto, utilizando os

materiais disponíveis (algodão, brilhantes, purpurinas).

Avaliação: Os idosos divertiram-se com esta atividade, mostrando-se entusiasmados

com o facto de poderem decorar a mascarilha a seu gosto, apesar de na sua maioria

terem revelado algumas dificuldades nos recortes.

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“Vamos ver se me descobres”

Local: Sala de Convívio da ANAI

Duração: 1h00

Objetivos: Estimular a memória, concentração,

desenvolvimento intelectual e raciocínio

Nº de participantes: 4

Recursos: Materiais: Cartões com imagens de frutas

(um par de cada fruta)

Humanos: Estagiária Cátia e idosos

Descrição: Para a realização desta atividade, utilizámos cartões com imagens de frutas

(pares de fruta). Colocámos todos os cartões em cima da mesa, e depois de os baralhar,

virámo-los para baixo. O objetivo era os idosos conseguirem encontrar todos os pares

de fruta.

Avaliação: Os idosos revelaram muitas dificuldades na realização desta atividade. O

raciocínio e a memória são pontos que revelaram ter que ser muito trabalhados.

“A arte de saber-fazer”

Local: Sala de Convívio da ANAI

Duração: 1h00

Objetivos: Desenvolver a motricidade fina e a

agilidade; estimular a memória e a

estimulação sensorial;

Nº de participantes: 2

Recursos: Materiais: Folhas de papel A4

Humanos: Estagiária Cátia e utente Sr. J.

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Descrição: Esta atividade foi apenas direcionada para um utente, o Sr. J. A., uma vez

que é cego e necessita de um acompanhamento um pouco diferente. A atividade dividiu-

se em duas partes:

1) Reavivar memórias. Foi pedido ao idoso que através das

suas memórias, se situasse num sítio específico, e

descrevesse o que sentia, quais as sensações, os cheiros, etc..

O idoso referiu uma praia da região do Algarve, onde sentia

o cheiro da maresia, ouvia as gaivotas e os barcos a passar.

2) De seguida, pedimos que tentasse expressar numa folha de

papel tudo o que tinha descrito ou algo que quisesse

desenhar. Os resultados finais foram a construção de um barco e uma gaivota, e

o desenho de um burro, um automóvel, um cavalo e uma gaivota na praia (ver

anexo II)

Avaliação: Boa participação do idoso na atividade, uma vez que dentro das suas

limitações visuais, cumpriu com sucesso a atividade7.

“Jogo das Cadeiras”

Local: Sala de Convívio da ANAI

Duração: 00h45

Objetivos: Estimular a coordenação físico-motora;

Promover a motricidade, a mobilidade e a

coordenação

Nº de participantes: 12

Recursos: Materiais: 11 cadeiras

Humanos: Estagiária Cátia e idosos

7 As fotografias destas atividade encontram-se no anexo II.

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Descrição: Em primeiro lugar foi referido que a atividade pretendia que os utentes

fossem rápidos e se movessem com alguma rapidez. De seguida, foi escolhido por todos

um CD de música, com o objetivo de serem essas as músicas que a tocar durante o jogo.

Posto isto, colocámos as onze cadeiras em roda e explicámos aos idosos que o objetivo

do jogo é conseguirem sentar-se numa cadeira, sem nunca ficarem em pé. Uma vez que

eram 12 utentes e só havia 11 cadeiras, um deles iria perder e sair do jogo caso não

ficasse com uma cadeira.

Avaliação: As atividades relacionadas com o exercício físico, no caso dos utentes do

Centro de Dia da ANAI, revelam as dificuldades que os utentes têm em termos de

mobilidade. No entanto, e apesar das dificuldades, são sempre apreciadas pelos idosos.

Esta atividade revelou-se divertida e proporcionou momentos de diversão e interajuda

entre todos.

“Colorir a ANAI”

Local: Sala de Convívio da ANAI

Duração: 12h00

Objetivos: Desenvolver a motricidade fina, a

concentração, a destreza manual;

promover situações de convívio e

interação;

Nº de participantes: 12

Recursos: Materiais: computador, papel autocolante,

canetas, tesouras, mesas, cadeiras, lápis

Humanos: Estagiária Cátia e idosos

Descrição: A realização desta atividade foi das mais duradoras porque

envolveu um grande trabalho em equipa e necessitou de ser dividida em

várias fases.

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1) Foi explicado aos utentes que esta atividade pretendia dar cor à instituição, mais

precisamente à sala de convívio, onde os utentes passam a maior parte do seu

tempo;

2) Dirigimo-nos à sala de informática e escolhemos através do Google, imagens de

vasos de flores que pudéssemos imprimir para fazer de molde para a atividade;

imprimimos os moldes e entregámos a cada um dos utentes um molde;

3) De seguida, colocámos duas mesas no centro da sala de convívio e pedimos aos

idosos que se sentassem em volta delas. Depois, cada um deles desenhou o

molde no papel autocolante e no final cortaram o seu molde;

4) Assim, sucessivamente, reunimos uma boa quantidade de flores e vasos que nos

permitiram embelezar as janelas e portas da instituição, dando assim cor à

mesma.

Avaliação: Os idosos divertiram-se bastante na realização desta atividade, mostrando-se

entusiasmados e concentrados a fim de conseguir cortar os moldes corretamente. Além

disso, permitiu fortalecer as relações interpessoais entre os idosos e os estagiários, uma

vez que durante a realização da atividade, surgiram conversas informais.

“Dar cor à vida”

Local: Sala de Pintura e pátio da ANAI

Duração: 6h00

Objetivos: Desenvolver a motricidade fina, a

concentração, a destreza manual;

capacidade motora; trabalho em equipa;

promover situações de convívio e

interação;

Nº de participantes: 8

Recursos: Materiais: garrafas de plástico, tintas,

pincéis, panos, rolhas

Humanos: Estagiária Cátia e idosos

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Descrição: Esta atividade dividiu-se em duas partes (dias distintos):

1) Em primeiro lugar, foi explicado aos utentes que teriam de se deslocar para a

sala de pintura e que cada um tinha que pintar uma garrafa de plástico da forma

que quisesse;

2) Já instalados na sala da pintura, foi distribuído por cada utente uma garrafa de

plástico, uma rolha e um pincel;

3) Cada um coloriu a garrafa à sua maneira, utilizando várias cores e pedindo ajuda

aos estagiários e aos colegas mais próximos;

4) Por fim, a garrafas foram colocadas ao sol para que pudessem secar para o dia

seguinte;

Segunda parte:

5) No dia seguinte, foi explicado aos utentes que a atividade seria realizada no

pátio da instituição e que seria necessário alguma mobilização para a realização

da mesma;

6) Na sua maioria os utentes aderiram e dirigimo-nos para o pátio, onde foram

feitas duas equipas: a equipa amarela e a equipa vermelha;

7) A atividade consistiu em acertar com uma argola colorida, em alguma (ou

várias) garrafas de plástico que se encontravam em cima do muro, que tinham

sido pintadas no dia anterior pelos utentes;

8) A equipa que colocasse mais argolas nas águas era a grande vencedora.

Avaliação: Segundo o feedback dos idosos participantes, a atividade resultou num

momento de convívio e diversão, que permitiu a deslocação ao pátio para “apanhar ar

fresco” e vinculou laços de amizade, partilha e trabalho de equipa entre os idosos e os

estagiários.

Para além das atividades educativas e formativas que decorreram

durante o nosso estágio, também participámos nas viagens ao longo do

ano que são organizadas pela A.N.A.I e destinadas aos utentes do

Centro.

Uma das viagens realizadas foi a Sé Velha de Coimbra8, sendo esta

planeada pelos estagiários com a ajuda da Diretora Técnica, Dr.ª Sónia

8 As fotografias desta atividade encontram-se no anexo I.

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Vinagre. Esta decorreu no dia 13 de abril, quarta-feira, tendo início às 10h30. Chegados

à Se Velha, fomos acompanhados por um guia turístico, que nos apresentou um pouco

da história do monumento, nos guiou pela igreja e por fim, nos proporcionou a visita

aos jardins. O feedback da visita foi muito positivo por parte dos idosos, sendo ela

ligada intimamente à religião.

Outra das viagens em que participámos foi na ida ao Centro de

Interpretação Ambiental na Mealhada9, onde passámos uma manhã

dedicada ao ar puro e ao passeio entre árvores. Participámos também numa

atividade direcionada à cultura geral no campo da agricultura. Esta atividade

era semelhante ao “Quem quer ser milionário”, um jogo de questões do foro

geral, designando-se de “Moleiro”. Formámos duas equipas, e por cada

resposta acertada, a equipa recebia um feijão. No final, quem acumulasse

mais feijões, era o grande vencedor do jogo. Foi uma atividade lúdica, muito

interessante do ponto de vista cultural que promoveu mais um momento de convívio e

interação entre todos.

Depois um almoço no parque de merendas da cidade dirigimo-nos ao Centro Social de

Santa Comba na Mealhada, onde iríamos representar a peça de teatro que andávamos

a ensaiar há alguns meses “Casamento por conveniência”, aos utentes do centro de dia.

O objetivo foi proporcionar uma tarde de convívio e interação entre todos.

Foi do nosso interesse, participar em todas as feiras e projetos relacionados com

voluntariado que se desenrolem na A.N.A.I. como tal, estivemos presente na Exposição

e Venda de Natal, que decorreu no mês de dezembro na baixa de Coimbra, nas

instalações do metro mondego e também na Feira de Voluntariado da Faculdade de

Psicologia e de Ciências da Educação, onde representámos a instituição,

acompanhadas de panfletos sobre as valências da instituição e as suas ofertas. Sendo o

nosso estágio direcionado para um contexto educativo e formativo de educação e

formação de adultos, colocámos a hipótese de realizar um livro/portfólio sobre as

experiências escolares dos utentes e recolhemos assim junto dos utentes da oficina do

idoso, episódios importantes da sua vida a nível educativo, para resinificação de

9 As fotografias desta atividade encontram-se no anexo I

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momentos anteriores e elaboração de um livro biográfico de experiências escolares

cultural e historicamente enraizado. De seguida, apresentamos o livro elaborado:

“Os meus tempos de

Escola”

Recordar é viver

Estagiária Cátia Mendes

Mestrado em Ciências da Educação

Ano Letivo 2015/2016

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Introdução

No âmbito do estágio curricular na área de Educação e Formação de Adultos,

direcionado para a Gerontologia Educativa, integrado no Mestrado em Ciências da

Educação, achámos relevante pôr em prática a elaboração de um Livro onde

estivessem presentes os testemunhos dos utentes da Oficina do Idoso da Associação

Nacional de Apoio ao Idoso relativamente aos seus tempos de escola.

O objetivo da elaboração do livro foi proporcionar aos utentes da Oficina,

momentos que lhes permitissem exercitar a memória, ressignificar as suas experiências

e criar um espaço de momentos de partilha de saberes e perspetivas com o

envolvimento de todos.

Para o efeito, foi-lhes pedido que desenhassem numa folha em branco, a sua

escola, os seus colegas e os espaços que a rodeavam. A maioria dos utentes conseguiu

lembrar-se de tudo o que lhes foi pedido, mas mostraram algumas dificuldades em

retratar em desenho e no papel as suas experiências. No entanto, cada um deles, com

o apoio e incentivo da formadora Cátia Mendes e colaboração da estagiária Joana

Albuquerque, conseguiu realizar o seu desenho e demonstrar o seu testemunho, num

ambiente que acabou por se tornar agradável, concentrado e estimulante.

Em termos de trabalho e discussão gerados, o feedback proporcionado pelos

utentes do Centro de Dia, ao participarem na elaboração deste livro, permitiu

perceber que ao recordarem aspetos da sua vida a nível escolar, dos quais já não

falavam há muito tempo, se tornou uma atividade bastante significativa. Para isso

também contribuiu o facto de terem trabalhado em grupo, que é o que a maioria

dos utentes mais gosta de fazer. O livro será cedido à instituição, a fim de poder ser

visto e consultado sempre que quiserem.

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Testemunho da utente “Alegria”

“Nos meus tempos de escola, a disciplina que gostava mais era

ciências porque adorava estudar o corpo humano. A minha mãe era

quem me ajudava nos estudos. A escola tinha boas condições e na sala

de aula, os professores eram rígidos e havia muita disciplina. Eu gostava

de ter tudo em ordem, era muito organizada. Tive pena de deixar de

estudar. Só frequentei a escola até ao 5ºano mas tinhas boas notas. “

(“Alegria” 61 anos)10

10 Por uma questão de ética, de assegurar a confidencialidade e anonimato das pessoas, os nomes dos utentes foram substituídos por pseudónimos.

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Testemunho da utente “Maria da Paz”

“Quando andava na escola, não gostava nada de letras. Ainda hoje não

gosto. Gostava muito de fazer “contas ”. A mochila era uma talega e

levava lá dentro os livros e o almoço que era broa com sardinha e um

bocadinho de queijo. Quem me ajudava nos estudos eram os rapazes

que andavam na tropa. O meu pai aprendia também com eles.”

(“Maria da Paz”, 79 anos)

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Testemunho da utente “Maria da Luz”

“Frequentei a escola até à 4ª classe porque não quis estudar mais.

A minha disciplina favorita era matemática, sempre gostei de fazer

“contas”. A escola onde estudei tinha boas condições, era tipo um colégio:

almoçávamos e lanchávamos lá. Brincávamos no recreio e tínhamos

duas contínuas a vigiar-nos. Na sala de aula, utilizávamos a ardósia,

onde a professora mandava resolver os problemas e se tivessem mal, a

professora apagava e fazia de novo. “

(“Maria da Luz”,65 anos)

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Testemunho da utente “Maria de Jesus”

“Andei na escola da Praia do Ribatejo até ao 9.º ano, e só deixei

de estudar para ir trabalhar. Aliás, cheguei a estudar e a trabalhar ao

mesmo tempo. Gostava muito de letras e tinhas notas boas. Nunca tive

problemas com os professores, nunca chumbei com nenhum.

No recreio, brincava à cabra cega, ao lencinho, ao pião, à macaca

e ao berlinde. Quem me ajudava nos estudos era o meu pai. “

(“Maria de Jesus”, 64 anos)

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Testemunho do utente “Josefino”

“A minha escola ficava para os lados de Pombal, na Almagreira.

Andei na escola até à 4.ª classe. Não gostava de estudar. Levava uma

saca com livros, com lápis, caneta. A minha professora já era “velha”. Sai

da escola para ir trabalhar para o campo, a cultivar.”

(“Josefino”, 86 anos)

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Testemunho da utente “Maria Constança”

“Nunca andei na escola. Quando era pequena, vivia em Ançã e

trabalhava no campo com a minha família. Cultivávamos azeitonas,

batatas, tudo o que fosse preciso.”

(“Maria Constança” , 74 anos)

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Testemunho do utente “Joaquim”

“A minha escola era em Lisboa. Era um colégio de freiras no Estoril.

Estudei até ao 4º ano e a disciplina que mais gostava era matemática.

Era tão reguila que passava muito tempo de castigo, virado para a

parede com orelhas de burro. No recreio, brincava ao arco, à bola,

gacheta, saltava ao eixo, jogava às escondidas e brincava com o peão e

ao berlinde.”

(“Joaquim”, 77 anos)

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Testemunho da utente “Alberta”

“Andei na escola algum tempo, já não me lembro ao certo até que

ano foi. Não gostava muito de letras mas a minha professora dizia que

era boa a fazer contas. A minha professora dizia “Lá vem a minha aluna

que é boa de contas”. Levava os livros numa saca de rede. Sai da escola

para criar uma irmã. “

(“Alberta”, 92 anos)

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Testemunho da utente “Júlia”

“Andei na escola de São Bartolomeu até ao 3º ano e gostava de

estudar mas tive que desistir para tomar conta da minha irmã. Fugia de

casa para ir para a escola, adorava estudar. No recreio, brincava ao jogo

da macaca, às escondidas, à cabra cega e à bola. A disciplina que eu

gostava mais era de português. Levava uma sacola onde tinha a lousa e

o giz. “

(“Júlia”, 77 anos)

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Este objetivo é, no seguimento dos anteriormente apresentados, a representação das

competências que é necessário desenvolver no campo da Educação e Formação para que

as atividades tenham o sucesso esperado. Assim, e por fim, apresentamos o 3º Objetivo

Geral: Adquirir competências no domínio da Educação e Formação de Adultos.

Quadro 4 – 3º objetivo Geral desdobrado em objetivos específicos e operacionais

Objetivos Específicos Objetivos Operacionais

3.1. Dominar os métodos de trabalho

mais adequados para trabalhar com a

população idosa.

3.1.1. Estimular as capacidades

cognitivas, relacionais, sensoriais e

psicomotoras dos idosos da oficina.

3.1.2 Planear, organizar e levar a efeito

sessões informativas/formativas sobre

temas relevantes para os idosos em

Centro de Dia;

3.1.3. Acompanhar os utentes em todos

os processos de aprendizagem, a fim de

esclarecer dúvidas.

3.2. Respeitar o tempo de aprendizagem

de cada utente.

3.2.1. Auxiliar os utentes em todas as

suas dificuldades, respeitando o seu ritmo

e tempo de aprendizagem.

3.3. Demonstrar capacidades para a

realização de uma investigação científica

no âmbito das Ciências da Educação, na

área de Educação e Formação de

Adultos.

3.3.1. Elaborar um trabalho de

investigação11 na área da Educação e

Formação de Adultos de forma a utilizar

a Gerontologia Educativa como recurso à

promoção do desenvolvimento cognitivo,

sensorial e psicomotor.

Esta é a fase final do projeto, onde é necessário ter a consciência que adquirimos

competências na área da Educação e Formação de Adultos, e crescemos enquanto

profissionais das Ciências da Educação. 11 O projeto de investigação será apresentado no capítulo V.

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Capítulo IV

Avaliação

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Heteroavaliação

No final da implementação de um projeto, é vantajoso realizar uma avaliação que nos

permita refletir sobre o trabalho realizado, o alcance das metas e dos objetivos pré-

estabelecidos, a fim de perceber qual a importância do projeto concebido.

Avaliação dos Idosos

A avaliação das atividades realizadas ao longo do estágio na instituição foi concretizada

de um modo predominantemente informal, através de diálogos e da observação. No

final de cada atividade, os idosos partilhavam sempre as suas dúvidas e opiniões sobre a

atividade realizada e davam sugestões sobre como melhorar para uma próxima vez.

Adotámos sobretudo esta estratégia, dado resultar bem com pessoas com um nível

socioeducativo em geral baixo.

No que diz respeito à realização das atividades, todos os idosos, funcionários e

estagiários contribuíram de uma forma positiva para que fosse possível a sua

concretização. Os recursos materiais fornecidos pela instituição, nomeadamente a tela,

os computadores, retroprojetor e as tomadas foram fundamentais para todas as sessões

de in (formação) realizadas.

Foi explicado desde início qual seria o nosso projeto, em que consistia e que a

participação de todos viria a ser fundamental para poder concretizá-lo. Neste ponto,

todos os idosos demonstraram interesse e empenho nas atividades desenvolvidas ao

longo do estágio.

De uma forma geral, a avaliação das atividades por parte dos idosos foi muito positiva,

na medida em que lhes permitiu fugir da rotina, “fazer coisas novas”, trabalhar funções

cognitivas e motoras que haviam entrado em declínio (em alguns casos) e também

permitiu promover o trabalho em equipa, a cooperação e o sentido de responsabilidade

no cumprimento das regras estipuladas para cada atividade.

Avaliação do Orientador do local de estágio

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A Dra. Sónia Vinagre acompanhou sempre o desenvolvimento das atividades que foram

realizadas ao longo do estágio, bem como foi uma ajuda preciosa para a realização das

mesmas, graças à sua longa experiência e aos seus pertinentes conselhos. De seguida,

apresentamos a grelha de avaliação de competências transversais relativas ao nosso

desempenho como estagiária, aprovada pela FPCEUC para avaliação dos estágios

curriculares:

Grelha de avaliação de competências transversais relativas à estagiária:

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Autoavaliação

O nosso primeiro dia na Oficina do Idoso da ANAI resume-se a dois sentimentos:

ansiedade e receio. Sentíamo-nos ansiosa pelo começo de mais uma etapa e receosa

porque não sabíamos quais as dificuldades que iríamos encontrar.

A adaptação à instituição, ao seu funcionamento e rotinas foi algo que ultrapassámos

com facilidade, no sentido em que foi-nos dado todo o apoio e ajuda necessários para

que tal acontecesse.

Contudo, tudo aquilo que estava relacionado com o trabalho de intervenção com os

idosos era para nós um campo desconhecido. O nosso primeiro passo neste sentido foi

estreitar a relação com os idosos, conhecê-los melhor e compreender as suas

necessidades, e de que forma nós os poderíamos ajudar.

Assim sendo, numa fase inicial, preocupámo-nos em dominar as normas, procedimentos

e rotinas da instituição, através da observação e de diálogos informais com a diretora

técnica da instituição e das funcionárias da Oficina.

A primeira dificuldade que encontrámos foi estabelecer um horário para a caminhada

matinal, visto que era algo que os idosos não estavam habituados a praticar e nem todos

aderiram logo de início à atividade. No entanto, e após uma conversa entre nós e os

idosos, estabelecemos o horário da caminhada e consoante as possibilidades motoras ou

disposição dos idosos seria definido diariamente o percurso da mesma.

Depois da adaptação inicial, começámos por planear todo o projeto e as respetivas

atividades a realizar durante o período de estágio. Em concordância com a Dra. Sónia

Vinagre e os idosos, e tendo em conta os horários pré-estabelecidos das atividades já

enraizadas na instituição (aulas de hidroginástica, ginástica, teatro e pintura), não foi

difícil chegar a um acordo relativamente à disponibilidade de horário para concretizar as

nossas atividades.

Na implementação das mesmas, a maior dificuldade por nós encontrada, era conseguir a

participação de todos os idosos. Devido às suas incapacidades motoras e cognitivas,

alguns idosos sentiam-se receosos quanto à participação nas atividades, sendo nossa

função incentivá-los a superar os medos, o que conseguimos com sucesso. À medida

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113

que as atividades eram realizadas, é importante realçar que o espírito de interajuda e o

trabalho em equipa foram também reforçados e permitiram um maior sucesso no

cumprimento das atividades.

Relativamente às relações interpessoais, podemos referir que existiu sempre um bom

ambiente entre nós, as funcionárias da instituição e os utentes, o que facilitou a

concretização das atividades do nosso projeto. Referimos ainda que sempre que foi

necessário, prontificámo-nos a colaborar nas atividades já existentes na instituição,

como almoços de convívios, lanches, etc…

Por fim, podemos concluir que a nossa autoavaliação é bastante positiva, tendo em

conta que as atividades estabelecidas foram cumpridas com sucesso e a nossa relação

com os idosos do centro de dia da ANAI, cresceu de dia para dia consoante o que

estávamos dispostos a partilhar entre todos.

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Capítulo V

Projeto de

Investigação

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Resumo

O projeto de investigação foi realizado no âmbito do estágio curricular do Mestrado em

Ciências da Educação da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da

Universidade de Coimbra. Este diz respeito a uma investigação que tem por objetivo

perceber qual é a satisfação com a qualidade dos serviços prestação pela ANAI no que

respeita Oficina do Idoso.

Trata-se de um estudo não experimental, em que os dados foram recolhidos através de

um questionário, constituído por 31 questões, aplicado a 11 utentes na faixa etária dos

61 aos 86 anos.

Esta investigação perspetiva uma melhoria na prestação da qualidade dos serviços

prestados na instituição, contribuindo assim para o bem-estar dos idosos do centro de

dia da ANAI.

É de salientar que, segundo os resultados obtidos, os idosos estão, em geral, satisfeitos

com a prestação de serviços que recebem, sendo que o elemento mais crítico é a sua não

participação na elaboração das ementas alimentares.

Palavras-chave: Avaliação da satisfação; Qualidade de serviços; Centro de Dia;

Oficina do Idoso

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Abstract

This research project is a request for the conclusion of the Master in Educational

Sciences, in the Faculty of Psychology and Educational Sciences of the University of

Coimbra. The research aims to investigate the satisfaction of the elders that daily attend

the Day Centre of Oficina do Idoso with the quality of the several services provided by

ANAI.

A non-experimental study was carried out through a questionnaire, composed by

31 structured questions, with a sample of 11 elders whose age ranged from 61 to 86

years old.

It is noteworthy that according to the obtained results, the elders are in general

very satisfied with the services provided, although they felt that concerning the meals

was essential that they participate more in the making the menus.

Key words: Satisfaction evaluation; Quality of services; Day Centre; Older

people/elders

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Introdução

Este projeto de investigação resultou de inúmeras conversas informais com os idosos e

também com um corpo ativo da Associação Nacional de Apoio ao Idoso, a Diretora

Técnica, Drª Sónia Vinagre, sendo assim direcionado para ir ao encontro de uma

necessidade sentida pela instituição.

Assim, a investigação destina-se a perceber qual é a Satisfação com a Qualidade de

Prestação de Serviços da Associação Nacional de Apoio ao Idoso, segundo os idosos.

Em conversa com a Diretora Técnica, percebemos que esta era uma necessidade

premente da instituição, uma vez que esta serve de “segunda casa” para os seus idosos,

e, naturalmente, é considerado importante que estes se sintam bem servidos e o seu

bem-estar esteja assegurado.

Tendo em conta o crescente envelhecimento da população, serão cada vez mais os

idosos, e suas famílias, que procurarão uma instituição que os acolha em contexto de

centro de dia e os faço sentir ativos.

A associação Nacional de Apoio ao Idoso para além das valências que dispõe necessita

cada vez mais de captar e ligar mais pessoas à instituição, a fim de promover uma

intervenção diária, através de atividades educativas e formativas, que promovam o

convívio e o lazer. Com este estudo, pretende-se atrair população à instituição,

demonstrando a satisfação dos idosos que integram o centro de dia da ANAI,

favorecendo o bom ambiente institucional e o leque de escolhas formativas que existe.

A população em estudo tem idades compreendidas na faixa etária dos 61 aos 86 anos, e

os níveis de escolaridade não são muito elevados, variando entre a 2.ª classe e o 9º ano

de escolaridade, tendo ainda um idoso analfabeto. Outro aspeto a ter em conta é o facto

de todos os idosos se terem voluntariado para participar no estudo, revelando assim a

sua concordância com este.

Concluindo, a problemática principal desta investigação é identificar a satisfação com a

qualidade de prestação de serviços da ANAI, no âmbito da Oficina do Idoso, e em

função dos resultados, implementar mudanças ou melhorias, para que a prestação de

cuidados seja eficiente.

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1. Método

1.1. Investigação

A investigação em estudo foi levada a cabo tendo em conta os seus objetivos e

problemática, e implicou assim um plano não-experimental descritivo, uma vez que não

houve qualquer tipo de manipulação das variáveis, e o que se pretendeu foi a

identificação do grau de satisfação com os serviços prestados. Assim sendo, o método

utilizado para avaliar a Qualidade de Satisfação de Prestação de Serviços da ANAI, foi

o questionário12.

1.2. Participantes

Os participantes13 neste estudo são utentes do centro de dia da Associação Nacional de

Apoio ao Idoso, e têm idades compreendidas na faixa etária dos 61 aos 86 anos, com

uma média de 73.72 e desvio padrão de 8.38. Na sua maioria são do sexo feminino

(81.8%), tendo apenas dois participantes do sexo masculino (18.2%).

12 O questionário encontra-se no Anexo III. 13 Decidimos direcionar a nossa investigação apenas para os utentes do centro de dia da ANAI, porque foi a população com que trabalhámos durante o ano de estágio, e são aqueles que regularmente usufruem dos serviços da instituição.

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Para melhor explicitar a frequência de sexo dos participantes, apresentamos de seguida

o gráfico correspondente:

Figura 13

1.3. Técnica de recolha de dados

Como já referido anteriormente, para recolher os dados necessários para a investigação

em estudo, foi elaborado um questionário com 31 questões, com apenas respostas

fechadas, respondidas através da seguinte escala:

Nunca R- Raramente AV – Algumas vezes MV- Muitas vezes S- Sempre

Optámos por este tipo de recolha de dados por ser acessível, simples e por se tratar de

uma amostra com nível de escolaridade baixo, facilitando assim a resposta às questões,

que são de fácil compreensão e fechadas.

Deste modo, a construção do questionário teve em consideração as características

sociodemográficas de a quem se dirigia, apresentado a seguinte estrutura:

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o Cabeçalho - Apresentação da investigação: foi apresentado o objetivo da

investigação, a entidade promotora e a escala de respostas;

o Dados sociodemográficos: neste caso, achámos relevante saber a idade, o sexo

e o nível de escolaridade dos participantes. É importante conhecer o público-

alvo, bem como os seus gostos e necessidades.

o Questões do inquérito: Para evitar vieses de resposta (aquiescência), optámos

pela aleatorização das questões no questionário, apesar de estas estarem

agrupadas por categorias, sendo elas:

a) Alimentação (correspondem às questões 3, 8, 9, 12 e 16).

b) Cuidados e serviços (correspondem às questões 2, 5, 6, 7, 10, 11, 15, 18, 19,

21, 23, 24, 28, 29, 30 e 31).

c) Atividades (correspondem as questões 1, 4, 13, 14, 17, 20, 22, 25 e 26).

Tabela 20: Tabela com as categorias do questionário e respetivas questões

A) Alimentação

3 Na instituição está satisfeito com os horários em que as refeições são servidas?

8 A minha alimentação é adequada às minhas condições de saúde.

9 As refeições são sempre servidas à temperatura adequada?

12 Estou satisfeito com as refeições que me são servidas.

16 Participo na elaboração das ementas.

B) Cuidados e Serviços

2 Os colaboradores estão devidamente identificados?

5 A assistência medicamentosa é assegurada de acordo com as indicações médicas.

6 Os horários estabelecidos na instituição são cumpridos?

7

Os colaboradores vestem-se de forma apropriada ao desempenho das suas

funções?

10 Os colaboradores têm os conhecimentos necessários para me prestarem cuidados.

11 Todos os serviços respeitam a minha privacidade e intimidade.

15 Estou satisfeito com os cuidados de saúde que me são prestados.

18 Todos os serviços respeitam os meus hábitos do quotidiano.

19 O plano de cuidados de saúde corresponde às minhas necessidades.

21 Considero boa opção receber estagiários na Oficina do Idoso.

23 Estou satisfeito com os cuidados de higiene que me são prestados.

24 Todos os colaboradores são atenciosos e mostram-se disponíveis.

27 Estou satisfeito com os serviços de transporte que a ANAI disponibiliza.

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28 As minhas reclamações são sempre respondidas.

29 São respeitados os meus ritmos nos cuidados de saúde e higiene prestados.

30 Aos meus problemas são sempre apresentadas soluções.

31 Em geral estou satisfeito com o Centro de Dia.

C) Atividades

1 Sente-se satisfeito com a prestação de serviços que recebe na ANAI?

4 Estou satisfeito com as atividades da ANAI.

13 Gosto de participar nas atividades propostas por estagiários.

14 Considero importante que haja um leque de escolhas para atividades.

17 Estou satisfeito com o tipo de atividades realizadas na Oficina do Idoso.

20 Participo ativamente nas atividades propostas pela instituição.

22 Participar nas atividades propostas, faz-me sentir ativo.

25 Sou sempre avisado com tempo aquando da mudança de uma atividade.

26 Os estagiários revelaram-se inovadores e prestáveis nas atividades.

1.4. Procedimentos

A presente investigação foi sugerida pela Dra. Sónia Vinagre, diretora técnica da

instituição, a fim de se conhecer a satisfação dos idosos com o centro de dia da ANAI

relativamente à qualidade da prestação de serviços.

O questionário foi delineado em conjunto por nós, a diretora técnica da instituição e a

professora orientadora do nosso estágio na FPCEUC. Foram escolhidas as questões e

realizado um teste piloto com dois idosos da instituição. Optou-se por usar o

questionário como recolha de dados para a investigação, precisamente por facilitar a

interpretação dos dados, em especial sendo o questionário composto por questões

fechadas (não permite a divagação nas respostas). Pretende-se assim responder à

seguinte questão: Qual é a satisfação da Qualidade de Prestação de Serviços

prestados na Associação Nacional de Apoio ao Idoso?

O questionário foi direcionado para os utentes do centro de dia da ANAI, uma vez que

são eles que usufruem dos serviços e cuidados da instituição. Estes foram entregues a

cada um dos utentes, consoante a sua disponibilidade para o preenchimento do mesmo.

O respetivo preenchimento teve a duração de aproximadamente uma semana, sendo que

os estagiários, sempre que necessário, ajudavam os idosos no seu preenchimento,

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clarificando melhor o teor das perguntas. Uma das idosas é analfabeta e, como tal,

preencheu o seu questionário, através da leitura das questões feita pelos estagiários.

É de salientar que para a realização dos questionários foi sempre assegurada a

confidencialidade das respostas dos participantes, não sendo identificados no

instrumento de avaliação.

2. Resultados

São agora apresentados e discutidos os resultados obtidos.

Analisando agora o nível de escolaridade, os resultados obtidos são que os participantes

têm maioritariamente o 4º ano, seguidos pelo 9º ano. Apresentamos de seguida o gráfico

relativo ao nível de escolaridade, sendo que a frequência é o número de idosos que tem

o respetivo ano de escolaridade:

Figura 14

Como já foi referido anteriormente, o questionário está dividido em três categorias,

sendo que a cada uma delas corresponde a um bloco de questões:

De seguida (tabela 21), apresentamos as estatísticas descritivas relativas às

questões/itens do questionário, organizadas em função das respetivas categorias:

Tabela 21: Estatísticas descritivas do questionário QSQPS

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Categoria

Alimentação

N Mínimo Máximo Média Desvio

Padrão

QSQPS3 11 3,00 5,00 4,8182 ,60302

QSQPS8 11 2,00 5,00 4,4545 1,03573

QSQPS9 11 3,00 5,00 4,8182 ,60302

QSQPS12 11 3,00 5,00 4,4545 ,93420

QSQPS16 11 1,00 1,00 1,0000 ,00000

Categoria

Cuidados e

Serviços

N Mínimo Máximo Média Desvio

Padrão

QSQPS1 11 4,00 5,00 4,9091 ,30151

QSQPS2 11 4,00 5,00 4,9091 ,30151

QSQPS5 11 1,00 5,00 4,6364 1,20605

QSQPS6 11 3,00 5,00 4,8182 ,60302

QSQPS7 11 5,00 5,00 5,0000 ,00000

QSQPS10 11 4,00 5,00 4,9091 ,30151

QSQPS11 11 1,00 5,00 4,6364 1,20605

QSQPS15 11 2,00 5,00 4,7273 ,90453

QSQPS18 11 1,00 5,00 4,6364 1,20605

QSQPS19 11 2,00 5,00 4,7273 ,90453

QSQPS21 11 5,00 5,00 5,0000 ,00000

QSQPS23 11 5,00 5,00 5,0000 ,00000

QSQPS24 11 5,00 5,00 5,0000 ,00000

QSQPS27 9 1,00 5,00 4,5556 1,33333

QSQPS28 11 3,00 5,00 4,6364 ,80904

QSQPS29 11 5,00 5,00 5,0000 ,00000

QSQPS30 11 3,00 5,00 4,8182 ,60302

QSQPS31 11 3,00 5,00 4,8182 ,60302

Categoria

Atividades

N Mínimo Máximo Média Desvio

Padrão

QSQPS4 11 1,00 5,00 4,6364 1,20605

QSQPS13 11 2,00 5,00 4,6364 ,92442

QSQPS14 11 4,00 5,00 4,9091 ,30151

QSQPS17 11 1,00 5,00 4,6364 1,20605

QSQPS20 11 1,00 5,00 3,9091 1,30035

QSQPS22 11 5,00 5,00 5,0000 ,00000

QSQPS25 11 5,00 5,00 5,0000 ,00000

QSQPS26 11 5,00 5,00 5,0000 ,00000

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É de salientar que o bloco de questões referente à categoria cuidados e serviços é o

maior visto que está mais centrada na principal questão da investigação.

Fazendo agora, uma análise dos dados por categoria:

Na categoria alimentação, podemos afirmar que segundo os resultados obtidos,

nenhum dos utentes participa na elaboração das ementas, sendo por isso que a questão

16 tem o valor mais baixo de todas. Segundo estes dados, podemos constatar que será

do interesse dos utentes participar na elaboração das ementas, uma vez que as refeições

são confecionadas para eles. Quanto ao valor mais alto, esse corresponde às questões 3 e

9 respetivamente.

Relativamente à categoria dos cuidados e serviços, existem questões que comprovam a

satisfação total dos utentes relativamente aos cuidados que lhes são prestados.

Nomeadamente:

a) Referem a forma apropriada como os colaboradores se vestem para o

desempenho das suas funções (aqui é de frisar que as funcionárias vestem

sempre uma “bata” com o seu nome na lapela e para servir os almoços, usam

uma touca na cabeça). Sendo o valor da média de 5,00.

b) Consideram boa opção receber estagiários na instituição, uma vez que lhes

proporcionam atividades de lazer e de promoção do envelhecimento ativo (o

valor da média é 5,00);

c) Estão satisfeitos com os cuidados de higiene que lhes são prestados e referem

que os colaboradores são meigos e atenciosos quanto à prestação de cuidados);

O valor da média corresponde a 5,00.

d) São respeitados os seus ritmos nos cuidados de saúde e higiene prestados

(alguns dos idosos do centro de dia da ANAI, tem limitações motoras o que por

vezes dificulta o auxílio dos colaboradores do centro). O valor da média nesta

questão é de 5,00.

Posto isto, e como podemos verificar na tabela 21, a satisfação é total uma vez que

nestas questões o valor mínimo e máximo é de 5.00, a média é igualmente de 5.00 e o

desvio padrão é 0.00. Observando a tabela 21, podemos ainda constatar que dois dos

utentes não responderam à questão número 27 “Estou satisfeito com os serviços de

transporte que a ANAI disponibiliza”.

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A última categoria diz respeito às atividades. Segundo os resultados conclui-se que

existe questões com satisfação total, nomeadamente as questões 22, 25 e 26:

a) Sentem-se realizados por participarem nas atividades que lhes são propostas a

fim de sentirem mais ativos;

b) Afirmam ser sempre avisados aquando da mudança de uma atividade;

c) Concordam que os estagiários são inovadores e prestáveis nas suas atividades;

É de salientar que também nestas questões o valor mínimo, máximo, média e desvio

padrão apresentados na tabela a cima, demonstram os resultados acima descritos, ou

seja 5, pontuação máxima possível. Concluímos ainda que a questão número 20

“Participo ativamente nas atividades propostas pela instituição” é a que se encontra

com o valor mais baixo de 1,00, logo seguida da questão número 16, “Participo

ativamente na elaboração das ementas “que tem o mesmo valor mínimo de 1,00,

querendo assim significar que é necessário cativar os idosos a participar mais nas

atividades que têm à disposição, a fim de promover um envelhecimento ativo,

estimulando o desenvolvimento cognitivo e motor e promovendo momentos de lazer e

convívio entre todos.

Por fim, apresentamos a tabela 22 com os dados descritivos do questionário organizados

por categorias, salientando que QSQPS significa Questionário de Satisfação da

Qualidade de Prestação de Serviços. 14

Tabela 22: Estatísticas descritivas por total de categoria

Nº Mínimo Máximo Média

Desvio

Padrão

QSQPS_Alimentação 11 2,80 4,20 3,9091 ,51663

QSQPS_CuidadosServiços 11 3,53 5,00 4,7647 ,42905

QSQPS_Atividades 11 3,22 5,00 4,7374 ,51705

Como se observa na tabela XXX, o valor de satisfação mais elevado encontra-se

na categoria “Cuidados e serviços” (M=3.77), seguida da categoria

“Atividades”, com um valor muito próximo (M=4.74). A categoria relativa à

alimentação apresenta mais variabilidade nas respostas e uma média mais baixa

(M=3,91), embora igualmente acima do ponto médio da escala de resposta.

14 Os valores foram obtidos somando-se a pontuação de todos os itens da mesma categoria e dividindo

pelo número de itens, o que nos permite comparar a satisfação global por categoria.

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3. Conclusões da investigação

A presente investigação apresentou vantagens no sentido em que conseguimos

caraterizar o público-alvo quanto à sua idade, sexo e nível de escolaridade; identificou-

se a sua opinião sobre a satisfação com os serviços de alimentação, cuidados e serviços

e com as atividades levadas a cabo no Centro de Dia da Oficina do Idoso.

Um dos resultados mais importantes que emergiu da investigação foi o facto de

clarificar que a satisfação com a qualidade dos serviços que são oferecidos na ANAI, é

muito boa, no sentido em que os idosos se sentem seguros e reconhecem a qualidade do

trabalho dos colaboradores que lidam consigo diariamente. Apurou-se ainda que, na sua

grande maioria (com uma média de 4,82) os idosos respondeu positivamente quanto a

estarem satisfeitos com o Centro de Dia. Ainda neste seguimento, é importante referir

que no campo da alimentação, é necessário melhorar algumas questões, neste caso,

promover a participação dos utentes na escolha e elaboração das ementas.

Verificou-se ainda que, para além de se sentirem satisfeitos com a prestação de cuidados

e serviços, apreciam positivamente o acolhimento de estagiários na Oficina do Idoso,

como agentes estimulantes de um envelhecimento mais ativo. As pessoas inquiridas

observaram que nem sempre participam ativamente nas atividades propostas pela

instituição, enquanto nas atividades postas em prática pelos estagiários, as faziam sentir

mais ativas, talvez pelo facto de inovarem as atividades e promoverem momentos de

interação com todos os utentes.

De um modo geral, à medida que os questionários iam ser respondidos, o feedback foi

sempre positivo. Os idosos apreciaram o facto de serem ouvidos sobre as suas

necessidades e interesses, a fim de se sentirem ainda mais acolhidos na instituição da

ANAI.

Concluímos assim que a Satisfação da Qualidade de Prestação de serviços prestados na

Associação Nacional de Apoio ao Idoso é muito boa, e que os idosos se sentem bem

tratados, que sentem os seus ritmos respeitados e gostam da forma como são recebidos e

acolhidos nesta instituição.

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Considerações Finais

Neste momento de reflexão final, apraz-nos dizer que todo o estágio na Associação

Nacional de Apoio ao Idoso foi sem dúvida uma experiência enriquecedora, a todos os

níveis, pessoal, profissional e académico.

Este estágio foi a nossa primeira experiência enquanto técnicos superiores de Educação

e fez-nos perceber o quanto podemos fazer no futuro para melhorar a qualidade de vida

das pessoas idosas, promovendo através de simples gestos, uma vida muito mais ativa e

estimulante. Permitiu-nos ainda perceber a importância da presença de um profissional

em Ciências da Educação numa instituição de resposta social para pessoas de idade

avançada, justificando que este assegure e eleve o contexto educativo e formativo que,

por vezes, é descorado pelas instituições de cariz social.

É importante referir o sucesso das atividades educativas e formativas, bem como de

todas as sessões de sensibilização e informação por nós programadas e planeadas,

sempre com o apoio da Dra. Sónia Vinagre. Foi um trabalho sem dúvida gratificante, de

responsabilidade e de compromisso, que nos permitiu crescer enquanto profissionais e

enquanto ser humano.

É fundamental referir uma diferença na participação dos idosos nas atividades por nós

propostas do primeiro ao último mês, sendo que no final a adesão às atividades era

muito maior, o que denotou uma progressiva confiança no nosso trabalho até no fim se

tornar plena.

Por fim, realço toda a ajuda e companheirismo que recebi por parte da Dra. Sónia

Vinagre, bem como de todos os colaboradores da instituição, e claro, como não podia

deixar de ser, todo o carinho, apoio e confiança que recebi ao longo de todo o estágio

por parte dos utentes do centro de dia, para quem foi direcionado todo o meu estágio.

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Apêndices

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130

Apêndice I Cartaz de Divulgação da Visita à Sé Velha de Coimbra

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131

Visita à Sé Velha

Dia 13 de abril de 2016 às 10h30

Utentes do centro de dia: 2.00€

Utentes da oficina do Idoso: 2.50€

Familiares e amigos dos utentes: 3.50€

Vamos todos passear

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132

Apêndice II Panfleto de Divulgação da Visita à Sé Velha de Coimbra

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133

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134

Apêndice III Cartaz de Divulgação da Palestra sobre a Prevenção de

Doenças Cardiovasculares dirigida pelo professor Doutor

Polybio Serra e Silva

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135

Palestra sobre “Prevenção

das Doenças

Cardiovasculares”

12 de maio de 2016

às 14h30 Dirigida pelo Professor Doutor Polybio

Serra e Silva

“O coração tem razões que a razão desconhece”

Blaise Pascal

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136

Apêndice IV Panfleto de Divulgação da Palestra sobre a Prevenção de

Doenças Cardiovasculares dirigida pelo professor Doutor

Polybio Serra e Silva

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137

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138

Apêndice V Cartaz de Divulgação sobre a Sessão Fotográfica com a

fotógrafa Sandra Ventura

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139

Sessão fotográfica com a

fotógrafa Sandra Ventura 14 de junho 2016 às 10h00

Junte-se a nós e deixe-se fotografar! Traga

consigo familiares e amigos que queriam ser

fotografados! Vamos todos sorrir para a foto!

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140

Apêndice VI Panfleto de Divulgação sobre a Sessão Fotográfica com a

fotógrafa Sandra Ventura

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141

Anexos

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142

Anexo I

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143

Fotos da Atividade do Magusto

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144

Fotos da Atividade dos enfeites de Natal

Fotos da Festa de Carnaval

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145

Fotos da Sessão de In (formação) com o GNR

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146

Fotos da Visita à Sé Velha

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147

Fotos da Visita ao Centro de Interpretação Ambiental e Centro Social Casal

Comba na Mealhada

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148

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149

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150

Anexo II

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151

Fotografias da atividade “A arte de saber-fazer”

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152

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153

Anexo III

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154

Questionário de Satisfação da Qualidade da Prestação de Serviços

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Anexo IV

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156

Questionários preenchidos pelos utentes