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Informativo da Agência Nacional de Águas – Especial E d i ç ã o c o m e m o r a t i v a 10 Atlas Brasil Estudo inédito consolida levantamento da oferta de água tratada em todos os municípios brasileiros. Entrevista Diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu destaca que governos precisam incorporar temas relacionados aos recursos hídricos às suas agendas. Planejamento Plano Estratégico de Recursos Hídricos da Bacia Amazônica – Afluentes da Margem Direita apresenta novos fatos e dados sobre a região, que abrange sete grandes bacias: Xingu, Tapajós, Madeira, Purus, Juruá, Jutaí e Javari. 17 4 14 Anos ANA completa dez anos e ganha novas atribuições Agência vai coordenar Cadastro Nacional de Barragens e regular serviços de irrigação

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Informativo da Agncia Nacional de guas Especial Edio comemorativa10Atlas BrasilEstudo indito consolida levantamento da oferta de gua tratada em todos os municpios brasileiros.EntrevistaDiretor-presidentedaANA,VicenteAndreudestacaquegovernosprecisam incorporar temas relacionados aos recursos hdricos s suas agendas.PlanejamentoPlanoEstratgicodeRecursosHdricosdaBaciaAmaznicaAfuentesda Margem Direita apresenta novos fatos e dados sobre a regio, que abrange sete grandes bacias: Xingu, Tapajs, Madeira, Purus, Juru, Juta e Javari.17414AnosANA completa dez anos e ganha novas atribuiesAgncia vai coordenar Cadastro Nacional de Barragens e regular servios de irrigaoInformativo da Agncia Nacional de guas | 2 |O guasBrasil um informativo da Agncia Nacional de guas (ANA), autarquia federal vinculada ao Ministrio do Meio Ambiente (MMA).Diretoria Colegiada Vicente Andreu Guillo (diretor-presidente)Dalvino Troccoli FrancaPaulo Lopes Varella NetoJoo Gilberto Lotufo ConejoPaulo Rodrigues VieiraCoordenao de Articulao e Comunicao (CAC)Antnio Flix DominguesAssessoria de Comunicao Social (Ascom)Cludia Dianni Mtb 56.200/SPRedao:Carol Braz DF 3962JPCludia Dianni Mtb 56.200/SPRaylton Alves DF 6948JPProjeto grfco: TDA Comunicao Diagramao e reviso : AscomFoto de capa: Ricardo Zig Koch Cavalcanti / Banco de Imagens ANAImpresso: Grfca e Editora RenascerTiragem: 6 mil exemplaresEdio especial, que inclui as edies 19, 20 e 21Endereo: Setor Policial, rea 5, Quadra 3, Blocos B, L, M e T.CEP: 70610-200Braslia-DFTelefone: (61) 2109-5103Endereo eletrnico: [email protected] na internet: www.ana.gov.brANA no Twitter: http://twitter.com/anagovbr2011 Agncia Nacional de guasAs matrias deste jornal podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.Esta edio especial do guasBrasil celebra o aniversrio da Agncia Nacional de guas (ANA), que completou dez anosemdezembrode2010,oferecendoinformaessociedadesobreotrabalhodesenvolvidopela Agnciaat aqui e os desafos que esto por vir.A ANAumaagnciacomplexa,pois,almdafunodereguladoradousodaguabrutanoscorposhdricosde domnioda Unio,temaatribuiodecoordenaraimplementaodaPolticaNacionaldeRecursosHdricos,cuja principal caracterstica garantir a gesto democrtica e descentralizada da gua. Ao longo de sua primeira dcada, o papel da Agncia fcou ainda mais complexo, pois a ANA foi incorporando novas funes e recentemente passou a regular tambm os servios de irrigao em regime de concesso e de aduo de gua bruta em corpos dgua da Unio, conforme determina a Lei n 12.058/2009. Almdisso,comaaprovaodaLein12.334,de20desetembrode2010,queestabeleceaPolticaNacionalde Segurana de Barragens, a Agncia ser responsvel pela fscalizao da segurana das barragens por ela outorgadas e pela criao e coordenao do Sistema Nacional de Informaes sobre Segurana de Barragens. Nasprximaspginas,o guasBrasiltraz,almdessasnovidades,umresumodasconquistasdaatuaoda ANA naimplementaodaPolticaNacionaldeRecursosHdricosenaregulaodoacessoaousodaguanasbacias hidrogrfcas interestaduais.Emsuaprimeiradcada,aAgnciaregularizoumaisdesetemilusurios,investiunaRedeHidrometeorolgica Nacional,instalouuma Salade Situaoparamonitorareventoshidrolgicoscrticose,entreoutrasmuitasaes, desenvolveu programas importantes para a sustentabilidade dos rios brasileiros. Apesar dos grandes desafos para coordenar sociedade e vrias esferas de governo em uma federao de propores continentais, a ANA tem se empenhado para apoiar a implementao dos comits de bacia e a cobrana pelo uso da gua bruta, conforme prev a Lei n 9.433/97, conhecida como Lei das guas.Desde a instalao da Agncia, em dezembro de 2000, todos os anos foram marcados pelo intenso trabalho que esta-beleceu os alicerces que vo sustentar o crescente papel da ANA em uma economia em pleno desenvolvimento, para garantir acesso a gua em quantidade e qualidade para os diversos setores da sociedade das atuais e futuras geraes.Boa Leitura! EditorialExpedientendiceEdio especial de 10 anos da ANA | 3 |4Entrevista com o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu6 Usurios de gua so cadastrados e regularizados7Brasil ter Sistema Nacional para Barragens8 Acordo com Aneel amplia monitoramento10Nove bacias interestaduais j possuem comitsPlano estratgico revela potencial da margem direita do AmazonasAtlas Brasil revela situao da oferta de guaIncentivo ao tratamento de esgotos recebe injeo de recursosNovas instalaes e aumento do corpo tcnicoPrmio ANA d visibilidade a iniciativas deuso sustentvel da guaDia Mundial da gua: desafo responderao crescimento urbanoSo Francisco adota cobrana pelo uso da gua12141718202223Vamos Cuidar da gua! 24Informativo da Agncia Nacional de guas | 4 |Nomeadodiretor-presidentedaAgnciaNacionaldeguashpoucomaisde umano(emjaneirode2010),cabera Vicente Andreucoordenaraexecuodos novosdesafosdaAgncia,que,apartirde2011,comeaadesempenharduas novas funes: preparar o Cadastro Nacional de Segurana de Barragens e regular e fscalizar servios de aduo de gua bruta e irrigao em corpos dgua da Unio. Nestaentrevista,eleafrmaqueosgovernos,emtodasassuasesferas,precisam incorporar mais o tema recursos hdricos em suas agendas e conta como os estudos elaborados pela ANA so fundamentais para isso.guasBrasil Qual a avaliao que o senhor faz da atuao da ANA nessa primeira dcada de existncia?VicenteAndreuAANAavanoumuitonessesdezanos,masaindaprecisa caminhar.OsprimeirosanosforamimportantesparaaestruturaodaAgncia, poisestabeleceramseusalicerces.Emseguida,cresceuopapelarticuladorda ANA eotemaguaganhoumaisespaonaagendadoPas.Umexemplodissofoia criaodaSubcomissoPermanentedaguanoSenadoFederal,em2009.Maso temarecursoshdricosaindanoprioridadenaformulaodepolticaspblicas. Infelizmente, como h muitas reas em que o Brasil ainda precisa avanar, os setores queestopassandoporcrisesganhamprioridadenaagendadogoverno,eno poderiaserdiferente.UmdosobjetivosdaANAlevarotemaguaaotopodas prioridadesdoPasantesquehajaumacrisedeofertadegua,principalmentenas regies metropolitanas. O Atlas de Abastecimento Urbano de gua, um dos estudos elaboradospela Agncia,mostraestedesafoclaramente.muitoimportanteque osgovernos,emtodasasesferas,considerememseusplanejamentososestudos elaborados pela ANA. O Atlas apenas um exemplo, mas h outros, como os planos derecursoshdricosdosafuentesdamargemdireitadorioAmazonasedosrios Tocantins-Araguaia. Ambos propem, entre outras coisas, um planejamento racional para a explorao sustentvel do potencial eltrico dos rios dessas regies. AB E quais foram as principais contribuies da ANA para o Pas? VA Nesses dez anos, atravs da atuao da ANA, o Pas passou a conhecer melhor suarealidadehdricapormeiodessesestudos,monitoramentos,dotrabalhode regulaoda Agnciaesuapresenanasbaciashidrogrficasporintermdiodos comits de bacia. Hoje h uma maior conscincia sobre o valor econmico da gua esobreofatodeque,emboraoBrasilsejaportadordeumadasmaioresreservas hdricas do mundo, esse recurso no est uniformemente distribudo pelo Pas. Por isso, temos abundncia, mas tambm lidamos com escassez. E temos o fenmeno dascheias,que,devidoocupaodohomem,cadavezcausamaisproblemas. AimportnciadotrabalhodaANAvaiaumentarmedidaqueocrescimento econmico estimula a demanda por recursos hdricos e aumentam as preocupaes com os possveis efeitos das mudanas climticas.ABQuetipodecontribuioaAgnciaNacionaldeguasestpreparadapara oferecer no tema mudanas climticas?VA Apesardosdadosapontaremqueatemperaturamdiadaterrasubiu0,76C, principalmente no ltimo sculo, os modelos climticos utilizados ainda no tm como representar,deformasatisfatria,asvariaesclimticasinteranuaiscausadaspor oscilaes atmosfricas. Alm disso, eles no podem ser precisos quando utilizados para espaos territoriais menores, como bacias hidrogrfcas, por exemplo. Por outro lado, com o aquecimento da atmosfera, espera-se, entre outras coisas, mudanas nos padresdeprecipitao,comaumentodaintensidadeevariabilidadedaschuvas. Amudanadoclimapodealterarocomportamentodassrieshidrolgicas,oque afetariaoplanejamentoeaoperaodainfraestruturahdricaparaoatendimento aosusosmltiplos,jqueelefeitocombasenapremissadequeasestatsticas das sries observadas oferecem informaes sobre o futuro. Nesse contexto, a ANA podecontribuiremvriasfrentesdeao,como:noreforodomonitoramento hidrolgico; nas atividades de planejamento do uso dos recursos hdricos; na gesto dosusosmltiplos,incluindomediaodeconfitosealertasdeeventoscrticos;e no estimulo ao uso racional, atravs da atividade regulatria e da implementao da cobrana pelo uso da gua.A gesto para o aproveitamento dos recursos hdricos para o abastecimento da populao e a utilizao em seus usos mltiplos de forma sustentvel um dos grandes desafos para o Pas.Para Andreu, desigualdade na distribuio dos mananciais nas diferentes regies do Brasil um dos desafos para a gesto da gua no Pas.EntrevistaVicente AndreuRaylton Alves / Banco de Imagens ANAEdio especial de 10 anos da ANA | 5 | Edio especial de 10 anos da ANAEntrevistaAB Quais so as principais vulnerabilidades das bacias hidrogrfcas brasileiras?VAOsmaioresriscosestonaocupaodereasdemananciais;dasreasde ProteoPermanente(APP),especialmentenascidades;napoluioprovocada pelolanamentodeesgotosnotratados;eoutrosproblemas,como:aretirada excessiva de gua para os processos produtivos, eroso dos solos, desmatamentos irregulares, m gesto de resduos slidos, contaminao de guas e ocupao de reas sujeitas inundao. Alm disso, h tambm a presso do mercado imobilirio, quefazcomqueascidadessedescaracterizemambientalmentecadavezmais. Esses problemas reforam a necessidade de articular a poltica de recursos hdricos com as demais polticas ambientais, urbanas e de desenvolvimento, mas ainda no isso o que acontece. AB Como est a qualidade das guas dos rios brasileiros? VA Com relao qualidade da gua, o ltimo levantamento publicado no Relatrio de Conjuntura dos Recursos Hdricos da ANA revela que 70% dos 1.812 pontos monitorados noPasapresentaramndicedeQualidadedegua(IQA)bom;12%regular;10% timo;6%ruime2%,pssimo.OIQArefete,principalmente,acontaminaodos mananciaisocasionadapelolanamentodeesgotosdomsticos.Oproblema,no entanto,estconcentradonasgrandescidadeseregiesmetropolitanas.Deacordo com o Sistema Nacional de Informaes sobre Saneamento (SNIS), cujas informaes soautodeclaradas,noBrasilsocoletadosapenas49,1%doesgotoproduzidoe somente32,5%sotratados.Issosignifcaqueorestodesguanoscrregoserios, contaminandoosmananciais,que,sepoludos,vodemandarmuitomaisrecursos para tratar a gua ou busc-la cada vez mais longe. Com o crescimento da populao, esses problemas vo aumentar.AB E com relao oferta de gua nas bacias hidrogrfcas? O que o senhor acha que deve ser ressaltado?VA Comodisse,aguadocenoestdistribudaigualmenteemtodooplaneta. Sozinho,oBrasildetm12%dototaldaguadocesuperfcialdisponvel.Masa distribuiodessaguaabundanteirregularentreasregiesdoBrasil.ONorte detm68%detodaaofertahdricasuperfcialdoPas;oSudeste,com43%da populao, conta com apenas 6% da oferta hdrica. O Sul tem 7% dos recursos hdricos eoCentro-Oeste,16%;enquantooNordestetemapenas3%dadisponibilidade hdrica.Essasdiferenasregionaisindicamclaramentequeosmaioresproblemas derecursoshdricosencontram-senoNordeste,quetemsuasituaoagravada pelascaractrsticasdosoloraloerochoso,associadasaoseuregimedechuvas,e noSuleSudeste,principalmentedevidopoluioedemandadecorrentedas atividadesprodutivas.Agestoparaoaproveitamentodosrecursoshdricospara oabastecimentodapopulaoeautilizaoemseususosmltiplosdeforma sustentvel um dos grandes desafos para o Pas.AB E para os prximos anos? Quais sero os principais desafos? VA Em 2010, a ANA ganhou duas novas atribuies: regular servios de irrigao e aduo de gua bruta em permetros pblicos em corpos dgua da Unio e coordenar o Cadastro Nacional de Segurana de Barragens. O primeiro desafo especialmente importanteporque,atento,opapeldaAgnciaeraregularumbempblico,ou seja, o uso da gua bruta nas bacias interestaduais, e implementar a Poltica Nacional deRecursosHdricos,oquefazdelaumaagnciacomfunesmistas. Comanova atribuio, a ANA passa a ser uma instituio ainda mais complexa, pois caber a ela regular, alm de tarifas de servio de irrigao em rios e lagos da Unio, o uso da gua brutaembaciasinterestaduaisecoordenaroSistemaNacionaldeGerenciamento deRecursosHdricos(Singreh)umgrandedesafo,principalmentepelofatode oBrasilserumafederao,oqueimplicaarticulaocomasvriasinstnciasde governo.Portanto,muitoimportantefortalecercadavezmaisosrgosgestores nos diversos estados e estimular a participao ativa dessas instituies, sem as quais novamosconseguirternovosefortescomitsdebaciashidrogrfcas,quesoa basedagestocompartilhadadosrecursoshdricos,modeloqueoBrasiloptouao aprovar a Lei das guas, a 9.433, em 1997.Informativo da Agncia Nacional de guas | 6 |UsuriolegalestnoCadastroNacionaldeUsurios deRecursosHdricos(CNARH)e,quandonecessrio, possui a outorga de direito de uso de recursos hdricos, umdosseisinstrumentosdaPolticaNacionalde Recursos Hdricos, cujo objetivo assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da gua. A Agncia Nacionaldeguasautoriza,pormeiodaemisso daoutorga,odireitodeusoderecursoshdricosem corpos de gua de domnio da Unio. Aocompletardezanos,emdezembrode2010,a ANA somava107mildeclaraesdeusuriosderecursos hdricos em seu cadastro e 7.980 usurios regularizados, sendo7.200pormeiodeoutorga,enquantoos demaisforamdispensadosporqueutilizamvolumes deguaconsideradosinsignifcantesouporqueno seenquadravamnascategoriasdeusoexigidaspara emisso dessa autorizao. Tambma AgnciaNacionalde guasqueverifcase hdisponibilidadedeguaembaciasinterestaduais paraaconstruodeempreendimentoshidreltricos. Conhecida como DRDH (Declarao de Reserva de Dis-ponibilidadeHdrica),essareservaconvertida,poste-riormente,emoutorga.EntreasDRDHmaisimportan-tes,considerandoamagnitudedosempreendimentos, esto, por exemplo, as usinas hidreltricas de Santo An-tnio e de Jirau, no rio Madeira, em Rondnia.RegulaoUsurios de gua so cadastrados e regularizadosAgncia analisou uso do recurso em importantes projetos, como as hidreltricas do Madeira e o projeto de transposio do So Francisco Histrico dos usurios regularizados pela ANA entre 2001 e 2010Somadas,asduasusinashidreltricasteropotncia total instalada de 6.450 Megawatts. Foram anlises que exigiram estudos de alta complexidade devido s parti-cularidades que envolvem esses dois empreendimentos, como a alta descarga de sedimentos, a carncia de infor-maes da regio amaznica e as caractersticas hidrol-gicas do rio Madeira.AANAtambmconcedeuDeclaraodeReservade DisponibilidadeHdricaparaausinahidreltricade BeloMonte,norioXingu,noPar,queserasegunda maiorempotnciainstaladadoPas,atrsapenasde Itaipu. Foram necessrios estudos complexos para que a Agnciapudessedefnirascondiesdeoperao,que incluemamanutenodeumhidrogramadevazes aseremmantidasnaVoltaGrandedoXingu,almde vazes mnimas que devero circular pelos reservatrios aseremconstrudos,paramanutenodecondies adequadas de qualidade da gua nestes reservatrios.Alm disso, foram estabelecidas condicionantes relacio-nadasgarantiadoatendimentoaosusosmltiplosna bacia,comoamanutenodoabastecimentodegua da cidade de Altamira (PA), a manuteno das condies atuais de navegao a qualquer tempo e a recomposio dosbalneriosasereminundados,almdomonitora-mento dirio das vazes turbinadas e vazes do reserva-trio, do rio e seus afuentes.842834156768375981553147112538108428341567653254214911282118371201000200030004000500060007000800090000200400600800100012001400160018002001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010TOTAL REGULARIZADO TOTAL OUTORGADO Regularizado acumulado842834156768375981553147112538108428341567653254214911282118371201000200030004000500060007000800090000200400600800100012001400160018002001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010TOTAL REGULARIZADO TOTAL OUTORGADO Regularizado acumulado Edio especial de 10 anos da ANA | 7 |Novas atribuiesAt o fnal de 2012, o Brasil vai contar com um Sistema NacionaldeInformaessobre SeguranadeBarraga-gens(SNISB).Coordenarosistemafoiumadasnovas atribuies que a Lei n 12.334, de 20 setembro de 2010, deu ANA. Essa lei estabelece a Poltica Nacional de Se-guranadeBarragenseseraplicada,porexemplo,a barragens, cujos reservatrios so iguais ou maiores do que trs milhes de metros cbidos ou com altura igual ou acima de 15 metros . Anovalegislaoseaplicaabarramentosparaacumu-laodeguaparaquaisquerusos(abastecimento,por exemplo),disposiofnaloutemporriaderejeitose acumulao de resduos industriais. Caber ANA criar um cadastro dos barramentos localizados em rios a Unio. Entre os principais dispositivos da lei, esto a qualifcao doempreendedor(proprietriodabarragem)como responsvellegalpelaseguranadobarramento;a defnio dos responsveis pela fscalizao, de acordo comotipodelquidoarmazenado,comoguabruta, resduo industrial ou rejeito de minerao; e a utilizao principal do reservatrio: usos mltiplos ou gerao de energia.AANA,portanto,passaraserresponsvel pelafscalizaodaseguranadasbarragensporela outorgadas, em geral as de usos mltiplos. Tambm ficar a cargo da Agncia a articulao entre osdiversosrgosfiscalizadores,pois,comoapoio dessasinstituies,aAgnciadeverelaboraroRe-latrioAnualdeSeguranadeBarragens.Poroutro lado,oempreendedorpassaaprepararumasriede documentos, como Plano de Segurana de Barragem, PlanodeAesEmergenciaiseRelatriosdeInspe-o.AANA,comorgofiscalizador,deverdefinir o contedo mnimo, detalhamento e periodicidade de tais documentos.ApenasquandooCadastroNacionaldeBarragenses-tiverprontoqueoPassaberonmeroexatode barramentos.Estima-se,porm,quehajacercadeseis milbarragenscommaisde20hectares,ouseja,com tamanhomnimoequivalentea20camposdefutebol, segundolevantamentofeitocomusodesatlitespelo Ministrio da Cincia e Tecnologia, com apoio da ANA. O estudoidentifcou 20 mil espelhos dgua no Pas, sendo seis mil artifciais, ou seja, barramentos. AnovaLeipreencheuumalacunanalegislaocom relaoresponsabilidadepelaseguranadesses empreedimentos.Agora,cadargo,sejaelefederal ouestadual,saberqualoseupapel.Portanto,fcar maisfcilfscalizareapurarresponsabilidades,quando houver a necessidade, afrma Carlos Motta, gerente de Regulao de Servio e Segurana de Barragens.Brasil ter Sistema Nacional para BarragensAgncia vai passar afscalizar a segurana dos barramentos localizados em rios de domnio da Unio.

Desdequefoicriada,opapelregulatrioda ANA esteve restrito ao uso da gua bruta em rios de ba-cias interestaduais, mas em outubro de 2009 a Lei n12.058atribuiu Agnciaaregulamentaoe fscalizaodeserviosdeaduodeguabruta edeirrigaoquandoenvolvercorposdguade domnioda Unio,emregimeconcesso. Caber ANAdisciplinar,emcarternormativo,apres-tao desses servios; fxar padres de efcincia; estabelecertarifas,quandocabveis;eresponder pela gesto e auditoria dos contratos. Esteano,aANAvailidarcomduasgrandesex-perinciasenvolvendosuasnovasatribuies:o serviodeaduodeguabrutaparaoProjeto deIntegraodoRioSoFranciscocomBacias HidrogrfcasdoNordesteSetentrional(Pisf)ea regulaodosprojetosdeirrigaodopermetro pblico denominado Projeto Pontal, localizado em Pernambuco,comprevisodecercadeoitomil hectares de rea irrigada. OProjetoPontalenvolveaatuaodeempresas agrcolasedepequenosagricultores.Acaptao deguaestprevistaparaocorrernacalhado rioSoFrancisco.EstaseraprimeiraParceria Pblico-Privada(PPP)deirrigaoeresultado deentendimentosentreaANA,oMinistrio doPlanejamento,OramentoeGesto(MP), oMinistriodaIntegraoNacional(MI)ea Companhia de Desenvolvimento dos Vales do So Francisco e do Parnaba (Codevasf). Servios de aduo e irrigaoBarragem de Santa Maria abastece parte do Distrito FederalRicardo Zig Koch Cavalcanti / Banco de Imagens ANAInformativo da Agncia Nacional de guas | 8 |MaiordaAmricaLatina,aRedeHidrometeorolgica Nacionalganhouumimportantereforoem2010, resultado de uma parceria entre a Agncia Nacional de guas e a Agncia Nacional de Energia Eltrica (Aneel), que passa a transferir ANA dados coletados em cerca detrsmilestaesquemonitoramnvel,vazo, sedimentose qualidade das guas dos rios ou chuvas, localizadasnosreservatriosdeusinashidreltricas em todo o Pas.Osconcessionrioseautorizadosdasusinashidreltri-cas enviaro as informaes on-line ANA, de hora em hora. Atualmente, a Rede Hidrometeorolgica Nacional contacomcercade25milpontosdemonitoramento emtodooPas,incluindoasredesestaduais. Cercade quatro mil e quinhentas estaes esto sob responsabi-lidade da Agncia. A ResoluoConjunta Aneel-ANA n 3, publicada no Di-rio Ofcial da Unio em 10 de outubro de 2010, estabelece as condies e os procedimentos a serem observados pe-los concessionrios e autorizados de gerao de energia hidreltricaparainstalao, operao e manuteno de estaes hidromtricas.Acordo com Aneel amplia monitoramento Rede Hidrometeorolgica Nacional recebeu reforo de aproximadamente trs mil estaes do setor eltricoAparceriadaANAcomosetoreltricovaipermitir ampliaromonitoramentodosrios,oqueaumentaa efccianasmedidasdeprevenoaeventoscrticos, comosecasecheias,emelhoraaefcinciadas informaesutilizadasemestudos.Almdisso,os dadossobreosregimesdeoperaodosreservatrios de aproveitamento hidreltricos subsidiam a tomada de decisoquantosatividadesdefscalizao,regulao, operaoemediaonosetoreltrico. Cabe Agncia organizar,implantaregeriroSistemaNacionalde Informaes sobre Recursos Hdricos (Snirh).AparceriacomaAneelestentreos16acordosde cooperaoparamelhoraraefcinciadarede,que foramassinadosnoanopassado.Omonitoramento hidrometeorolgico fundamental para o conhecimento da quantidade e qualidade dos recursos hdricos.A Agncia Nacionaldeguasresponsvelpelacoordenao dasatividadesdesenvolvidasnombitodaRede,em articulao com os rgos e entidades pblicas e privadas que a integram ou a utilizam.Entre 2000 e 2010, o nmero de estaes de monitora-mentonoPas,nassuasdiversasmodalidades,saltou MonitoramentoEstao de monitoramento hidrolgico da ANA no rio Solimes, que integra a bacia do Amazonas, prxima a Manacapuru (AM)Cludia Dianni / Banco de Imagens ANAEdio especial de 10 anos da ANA | 9 |de13.849para20.336. Aredetelemtricapossuicerca de 400 estaes espalhadas por todo Pas. So estaes automticasnasquaisasmediessorealizadaspor equipamentosinstaladosemcampoqueregistram, armazenametransmitemosdadoshidrolgicosem tempo real. Com o sistema de Telemetria possvel co-nhecer,emtemporeal,oseventoscrticos,atendendo adiversossetoresdasociedade,comooeltrico,ode navegao e a Defesa Civil.Desde2005,aRedeHidrometeorolgicavemsendo modernizada,comainjeoderecursosfnanceiros que totalizam R$ 32 milhes. O projeto de moderniza-o da Rede prev a aquisio de cerca de 3.300 equipa-mentos,comosondasmultiparamtricas,plataformas decoletadedados(PCD),pluvimetrosautomticos, evapormetros, com montante de R$ 76 milhes para a aquisio e mais R$ 65 milhes para instalao e manu-teno dos equipamentos.Paracompartilharseusconhecimentosemtcnicasde monitoramentoderios,a ANAjrealizounoveedies do Curso Internacional de Medio de Vazo de Grandes Rios,quetreinouaproximadamente320tcnicosentre brasileiros e estrangeiros. Qualidade das guas Diante das necessidades relacionadas ao monitoramento da qualidade da gua no Brasil, a Agncia lanou em junho de 2010 o Programa Nacional de Avaliao da Qualidade das guas (PNQA). A instituio e o Banco Interamerica-nodeDesenvolvimento(BID)assinaramumacordode cooperaotcnicaparaapoioimplantaodoPNQA, comrecursosestimadosemUS$1,1milho,sendoUS$ 800miloriundosdoAquafund/BIDeUS$300milcomo contrapartida local no fnanceira por parte da ANA.MonitoramentoDados da Sala de Situao esto disponveis no site da ANA Raylton Alves / Banco de Imagens ANASala de SituaoEntreasatribuiesdaANA,esto:planejare promover aes destinadas a prevenir e minimizar osefeitosdesecaseinundaes,nombitodo SistemaNacionalde GerenciamentodeRecursos Hdricos(Singreh),emarticulaocomorgo centraldoSistemaNacionaldeDefesaCivil,em apoio aos estados e municpios.Diantedaocorrnciadesucessivoseventoscrti-cos e da necessidade de acompanh-los em tempo real,deformasistemtica,aAgnciainaugurou, em2009,umaSaladeSituaoparadarsuporte aessafnalidade.Oobjetivoprincipalacompa-nharastendnciashidrolgicasemtodooBrasil, comaanlisedaevoluodaschuvas,dosnveis edasvazesdosriosereservatrios,dapreviso do tempo e do clima, bem como a realizao de si-mulaes matemticas que auxiliam na preveno de eventos extremos. A Sala de Situao funciona comoumcentrodegestodesituaescrticas esubsidiaatomadadedecises,emespecial,na operao de curto prazo de reservatrios.PorintermdiodoPNQA,a AgnciaNacionalde guas atuar em articulao com os rgos estaduais de meio ambienteerecursoshdricosparaoferecersociedade conhecimentoadequadosobreaqualidadedasguas superfciais no Pas.Paraisso,jforamcelebrados Acordosde Cooperao Tcnicacomonzeestados(Par,MatoGrosso,Riode Janeiro,Sergipe,Pernambuco,MinasGerais,Paran, Roraima,Alagoas,BahiaeSoPaulo)eessaparceria comosestadosproporcionouadisponibilizaodo Portal da Qualidade das guas (http://pnqa.ana.gov.br), que integra dados de qualidade das guas provenientes das redes estaduais de monitoramento.Em2010,oPortaldaQualidadedasguasregistrou mais de 8.300 acessos no Brasil e no exterior. Rguas so formas convencionais para medir nvel dos riosCludia Dianni / Banco de Imagens ANASo Francisco adota cobrana pelo uso da gua Bacia hidrogrfca do rio Doce ser prxima a cobrar pela gua em rios da UnioGesto compartilhadaInformativo da Agncia Nacional de guas | 10 |Terceirabacia,entreaquelascomriosinterestaduais,a adotar a cobrana pelo uso da gua, a bacia do So Fran-cisco passou a arrecadar recursos de quem capta mais de quatro litros por segundo (14,4 metros cbicos por hora), como: companhias de saneamento, indstrias, irrigantes eoProjetodeIntegraodoRioSoFranciscocomas Bacias Hidrogrfcas do Nordeste Setentrional (PISF).Tambm esto sujeitos cobrana os usurios que fazem lanamentosdeefuentesnosriosfederaisdaregio. FazempartedabaciadoSoFranciscoosestadosde Alagoas,Sergipe,Pernambuco,Bahia,MinasGerais, Gois e o Distrito Federal. importante ressaltar que a cobrana pelo uso da gua dosriosnoumimposto,masumpreopblicodef-nidoemconsensopeloprpriocomitdebaciaequem pagasousuriosdorio. A ANArepassaosrecursoque arrecadaentidadedelegatriaqueexercefunesde agncia de gua da bacia, que aplica os recursos em me-lhorias previstas no plano de bacia, votado pelos prprios integrantes do comit de bacia, explica o gerente de Co-brana da Agncia Nacional de guas, Patrick Thomas. Oclculodovalordacobranabaseadonaoutorga pelo uso da gua concedida pela ANA aos usurios. Os valores do metro cbico para as categorias de uso so frutos de um acordo no mbito prprio comit de bacia hidrogrfca(CBH),emumamploprocessoqueconta comaparticipaoderepresentantesdossetores usurios,dasociedadeciviledoPoderPblico,que integram o CBH. Asaesderecuperaodabaciasodefnidaspelos membros do comit de bacia, com base nos programas, projetoseobrasprevistosnoplanoderecursoshdricos da bacia hidrogrfca. O processo de implementao da cobrana pelo uso da gua conta com a participao tcnica da ANA por meio da apresentao de estudos, notas tcnicas, simulaes de cobrana e palestras. Antesdoinciodacobrana,aAgnciaNacionalde guas convoca os usurios da bacia para se cadastrarem, ratifcaremouretifcaremseusdadosdeusosde recursoshdricosno CadastroNacionalde Usuriosde Recursos Hdricos (CNARH).Almdisso,a Agnciasubsidiaadefnio,pelo Conse-lhoNacionaldeRecursosHdricos,dosvaloresaserem cobrados, com base na deliberao do comit de bacia.Recursos arrecadados na bacia do So Francisco somam R$ 8,6 milhes desde o incio da cobrana, em julho de 2010Ricardo Zig Koch Cavalcanti / Banco de Imagens ANAGesto compartilhadaEdio especial de 10 anos da ANA | 11 |Com o crescimento econmico do Pas, garantir a dispo-nibilidade de gua um fator essencial para manter a ati-vidade econmica e um importante instrumento indutor do uso racional.Desde 2001, a ANA desenvolve aes para implementar a cobrana pelo uso da gua no Brasil em parceria com gestoresestaduaisderecursoshdricosecomitsde bacia.EmriosdedomniodaUnioaquelesque cortammaisdeumaunidadedaFederaoouso compartilhadoscomoutrospases,acobranaj estemfuncionamentonabaciadorioParabado Sul (MG, RJ e SP) desde 2003 e na dos rios Piracicaba, CapivarieJundia(MGeSP)desde2006.Aprxima baciaaadotaracobranaadorioDoce(MGeES), prevista para setembro de 2011. Acobranapelousodaguatambmestemfunciona-mento em 16 bacias de trs estados: So Paulo, Minas Ge-rais e Rio de Janeiro, onde foram arrecadados mais R$ 67,3 milhes no ltimo ano. Com isso, a cobrana fechou 2010 implementada em 19 bacias e recolheu R$ 105,8 milhes. UmdosinstrumentosdaLein9.433/97,conhecida como Lei das guas, a cobrana pelo uso da gua, alm de induzir economia, tem capacidade de alavancar re-cursos adicionais para as bacias. O problema os valo-res cobrados ainda so muito baixos, portanto, os apor-tes, apesar de bem vindos, so insufcientes, lamenta o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu. OsusuriosdoPiracicaba,CapivarieJundia(PCJ),por exemplo, pagam apenas R$ 0,01 por m de gua captada, R$ 0,015 por m no caso da transposio e R$ 0,10 por quilo de DBO (Demanda Bioqumica de Oxignio) ao lanarem carga orgnica nos rios.Nas Bacias do PCJ predomina o setor industrial,segui-dopelosaneamento,emboraessesetorutilizemaior volume de gua do que o industrial. No entanto, a maior contribuioemtermosdepagamentovemdatrans-posio das guas pelo Sistema Cantareira, responsvel por 55% do valor arrecadado, seguido porsaneamento (28%) e pela indstria (14%).A ampliao da Estao de Tratamento de Esgotos Jaca-r, em Cabreva, na bacia do PCJ, um exemplo de me-lhoria que s foi possvel graas ao repasse Companhia de Saneamento Bsico do Estado de So Paulo (Sabesp) deR$1,8milhodacobranafederal.Aestaotrata osesgotosdecercade27milhabitanteserespons-velpelareduodapoluionoribeiroPira.Em2007, alimpezadacalhadorio Atibainhaeaentregadeduas estaes hidrometereolgicas tambm aconteceram por causa dos recursos da cobrana.OComitdaBaciaHidrogrfcadoParabadoSulvai destinar R$ 15,7 milhes dos recursos da cobrana, que foram arrecadados em 2009, a 34 aes para a bacia, das quais 27 se referem a propostas de planejamentoe sete a projetos estruturais. As aes vo benefciar 80 muni-cpios, sendo 54 do Rio de Janeiro, 25 de Minas Gerais e um em So Paulo. Tambm no Paraba do Sul sero disponibilizados cerca de R$ 37 milhes para investimentos este ano, sendo R$ 11 mi-lhes da cobrana pelo uso da gua na bacia arrecadados em 2010 e R$ 16 milhes da Companhia Siderrgica Nacio-nal (CSN), recurso da cobrana que vinha sendo depositado em juzo desde 2003 e foi liberado no ano passado. A partir deste ano, o Comit pretende investir ainda R$ 1 milho em planos de saneamento para pequenos muni-cpios, R$ 700 mil em um estudo sobre ocupao irregu-lardasfaixasmarginaisdoscorposhdricosdabaciado Paraba do Sul e R$ 3,5 milhes em estudos de avaliao integradadaBacia,queincluilevantamentodosapro-veitamentoshidreltricodetodasassub-baciaseseus impactosambientais,almdeoutrasaesqueforam aprovadas pela Cmara Tcnica Consultiva do Comit.Arrecadao com a Cobrana pelo Uso de Recursos Hdricos (em R$)AnoBaciasTotalParaba do Sul PCJ So Francisco2003 5.904.038 - - 5.904.0382004 6.316.321 - - 6.316.3212005 6.456.239 - - 6.456.2392006 6.728.901 10.016.779 - 16.745.6802007 6.599.711 13.499.322 - 20.099.0332008 8.126.805 17.038.838 - 25.165.6432009 9.798.240 16.955.758 - 26.753.9982010 12.412.154 17.556.783 8.628.329 38.597.266Total 62.342.409 75.067.480 8.628.329 146.038.218Nove bacias interestaduais j possuem comitsParlamentos das guas, comits recebem apoio para articulaoinstitucional, mobilizao e elaborao de planos de recursos hdricos Gesto compartilhadaInformativo da Agncia Nacional de guas | 12 |AAgnciaNacionaldeguasjapoiouacriaode nove comits de bacias hidrogrfcas que possuem rios interestaduais: Doce; Grande; Paraba do Sul; Paranaba; Paranapanema;Piracicaba,CapivarieJundia(PCJ); Piranhas-Au; So Francisco; e Verde Grande.Entreasaesdeapoioaoscomits,esto:a assistnciaparaaformulaoeimplementaodos planosintegradosderecursoshdricos,emarticulao com rgos gestores locais, e a contratao de estudos, quando necessrios.Exemplosdissosoosestudosparaconcepode umsistemadeprevisodeeventoscrticos(cheiase poluio ambiental) na bacia do rio Paraba do Sul e de um sistema de intervenes estruturais para mitigao dos efeitos de cheias nas bacias dos rios Muria e Pomba e investigaes de campo correlatas, cuja licitao para a contratao foi feita no ano passado.Outro apoio fornecido aos comits com relao s suas propostas de enquadramento dos corpos dgua em clas-ses de uso. O enquadramento estabelece o nvel de quali-dade a ser alcanado ou mantido em um segmento do rio aolongodotempo,portanto,uminstrumentodepla-nejamento. Alm disso, a ANA ajuda os comits a realizar suas eleies para compor ou renovar seus plenrios.AAgnciatambmpromovevriasaespara conscientizarusuriosderecursoshdricos,gestorese sociedadedarespectivabaciasobreaimportnciada cobrana pelo uso da gua superfcial bruta, instrumento econmicodaPolticaNacionaldeRecursosHdricos quearrecadaparainvestimentosnamelhoriada quantidade e qualidade da gua da bacia.atribuiodaANAelaborareadotarprojetos, programaseatividadesvisandocapacitaode recursoshumanosparaagestoderecursoshdricos, nombitodoSistemaNacionaldeGerenciamento deRecursosHdricos(Singreh)eexecutarprojetose programaseducativosorientadosparaaparticipao da sociedade na gesto de recursos hdricos.Oobjetivodasaesdecapacitaoeeducao aumentar a efcincia e o alcance da gesto sustentvel eintegradadosrecursoshdricosnoBrasil.Desdesua criao,aANAcapacitoucercade22milprofssionais e fomentou e acompanhou aes de capacitao em 25 instituies de ensino superior de todo o Pas. ltima reunio do Comit da Bacia Hidrogrfca do Rio So Francisco (CBHSF) organizada pela ANA, em agosto de 2010Flvia Simes / Banco de Imagens ANAGesto compartilhadaEdio especial de 10 anos da ANA | 13 |Implantado Aprovado por conselhos de recursos hdricos Em andamento InexistenteProjeto educativo leva mensagem de preservao a escolas pblicas Recursocadavezmaisvalorizadoemtodoomundo,a guadocetemsetornadoescassaerequerpolticas pblicasvoltadasagarantirsuaquantidadeequalidade paraasatuaiseparaasfuturasgeraes.Pensando nisso, a Agncia Nacional de guas e a Fundao Roberto Marinho lanaram o projeto Caminho das guas em 2007 ej se articulam para a segunda etapa do projeto.Iniciativa exitosa que surgiu da necessidade de despertar nos jovens a importncia da correta gesto dos recursos hdricosdoPas,oprojetoCaminhodasguasinovou aotransformarprofessores,sobretudoosde Cinciase Geografa,emfacilitadoresepropagadoresdoprojeto. Por meio de kits educativos distribudos para 800 escolas pblicas,professoresdoensinofundamentaldeescolas inseridasemquatrobaciashidrogrfcasprioritrias(do rioDoce;dosriosPiracicaba,CapivarieJundia;doPa-raba do Sul; e do So Francisco) foram capacitados e se tornaram agentes de transformao. Ao todo, R$ 1,7 milho foi investido em capacitao de professoresnasbaciashidrogrfcasprioritrias,que abastecemoupassamporgrandescidadesbrasileiras Belo Horizonte, Rio de Janeiro e So Paulo entre elas contribuindoparaseudesenvolvimentoeconmico e,poressarazo,tambmsofrendodiretamentecom poluio,assoreamento,erosoedesmatamentode matas ciliares.O sucesso do projeto foi to expressivo, que a avaliao dosresultadosrealizadapeloInstitutodeEstudosda Religio,contratadopelaFundaoRobertoMarinho, apontou para o acerto na contextualizao das questes por bacia hidrogrfca, que permitiu uma melhor identif-cao dos professores e alunos com suas realidades. Para os professores, a abordagem, a metodologia e o material contriburam para o sucesso do projeto. A conscientizao da comunidade escolar a respeito de questesambientais,comnfasenosmananciaisde guadoceeavalorizaodoprofessorcomoagente multiplicadordeumanovaidentidadesocioambiental fzeramcomqueoprojetoalcanasseosucesso esperado inicialmente.Mais do que isso, garantiram a articulao institucional entre a ANA e a Fundao Roberto Marinho com vistas expansodoprojetoCaminhodasguasparaas baciashidrogrficasinterestaduaisqueaindano foramcontempladaspelaprimeirafasedoprojeto. Para2011jestoprevistasaesdearticulao entreaAgnciaeoscomitsinstaladosnasbacias hidrogrficas que ainda no receberam a capacitao, a fim de identificar os temas relevantes para essa nova abordagem do projeto.Evoluo da Gesto de Recursos Hdricos Situao em 2010BaciahidrogrfcaImplantao de Organismos Colegiados, Instrumentos e Ferramentas de GestoComit de baciaPlano Enquadramento CadastroSistema deinformaoOutorga Cobrana AgnciaContrato de gestoPiracicaba, Capivari e Jundia (PCJ)Paraba do SulSo FranciscoDoceParanabaPiranhas-AuVerde GrandeGrandeParanapanemaInformativo da Agncia Nacional de guas | 14 |Madeira est entre os rios da margem direita da bacia que devem receber tratamento prioritrio devido ao alto potencial energticoPlano estratgico revela potencial da margem direita do AmazonasAgncia elaborou ou participou da formulao de planos de recursos hdricos que cobrem mais da metade do territrio brasileiroAo analisar conjuntamente as sete bacias (Xingu, Tapajs, Madeira,Purus,Juru,JutaeJavari)queintegrama margem direita da Bacia Amaznica, o Plano Estratgico deRecursosHdricosdaBaciaAmaznicaAfuentes daMargemDireitalanaluzsobreocomplexodebate relativoAmaznia.Otrabalhoapresentanovosfatos e dados e oferece uma proposta concreta de poltica de recursoshdricosparaessaimportanteregiodoBrasil, para onde esto voltados olhos de todo o planeta.O estudo, que aguarda aprovao do Conselho Nacional deRecursosHdricos(CNRH),revela,porexemplo,que asbaciasdosrios Tapajs,MadeiraeXingudevemser tratadas como prioritrias na gesto dos recursos hdri-cos, por causa do imenso potencial energtico e de seus minerais.Alitambmestoconcentradasasmaiores demandashdricas,osprincipaisempreendimentoshi-dreltricosplanejados,atividadesdegarimpo,agricul-turadealtatecnifcaoeumaaceleradaurbanizao, principalmente na bacia do Tapajs.OPlanoantecipa,prev,orientaepropeintervenes paraaregio,almdesugeriratenoparaasreas sensveis, vulnerveis e ameaadas ou onde as demandas j requerem acompanhamento e controle. Otrabalhoformulaprogramasaseremimplementados focadosnagestodosrecursoshdricosemseusmlti-plosaspectosenasinterfacescomagestoambiental, nasintervenesestruturaisplanejadaspelosdiversos setoresusuriosdosrecursoshdricosounasnecessi-dadesdaregiosaneamentoambiental,porexemplo , e em pesquisas de temas de grande relevncia para a compreenso do funcionamento dos recursos hdricos e ecossistemas aquticos.AregiodealcancedoPlanoenglobacincoestados (Acre,Amazonas,MatoGrosso,PareRondnia),com rea de 2,54 milhes de km, ou seja, 30% do Pas, onde vivem 5,11 milhes de brasileiros, que equivaliam a 2,8% dapopulaobrasileiraem2007.Amaiorpartedessa populao,60%,viveemreasurbanas.Asbaciasdo Xingu, do Tapajs e do Juta so inteiramente nacionais. JasbaciasdoMadeira,Purus,JurueJavariocupam terrasdaBolvia,sendoqueasduasltimastambm englobam territrio peruano. Desdeoinciodesuasatividades,aANAelaborouou participoudaformulaodevriosestudostemticose de Planos de Recursos Hdricos de Bacia que cobrem 4,3 milhes de km, ou 51% do territrio, com destaque para Rui Faquini / Banco de Imagens ANAPlanejamentoEdio especial de 10 anos da ANA | 15 |aelaboraodequatroplanosdebaciasinterestaduais: SoFrancisco,Tocantins-Araguaia,VerdeGrandee Amaznica Afuentes da Margem Direita do Amazonas. Essesestudosexigiraminovaesmetodolgicasque foram incorporadas ao processo de planejamento.No caso do Plano do Tocantins-Araguaia, segunda maior baciadoBrasilempotencialhidroenergticoinstalado, com11.563MW(16%doPas),ocarterestratgicodo Planobuscaminimizareanteciparconfitosfuturos, estabelecendodiretrizesparacompatibilizarousoda gua com as polticas setoriais. Oinstrumentopermitetratardeformaintegradaques-tes,como:irrigao,navegaoegeraodeener-gianaregio. Almdisso,recomendaprioridadeparaa construodeempreendimentosnoTocantinseapre-servao da bacia do rio do Sono. J os empreendimen-tos previstos para o Araguaia, conforme sugere o Plano, nodevemalteraradinmicafuvialdorio,demodoa proteger o trecho mdio, que sensvel.Prioridadetambmdeveserdadaparaanavega-ocomercialnorioTocantins.Paraisso,oestudo apontou como estratgica a concluso das eclusas do Tu-curu,inauguradasemnovembrode2010,afnalizao da eclusa de Lajeado e a construo da eclusa de Estrei-to, simultaneamente com as obras da usina, para viabili-zar a Hidrovia do Tocantins. Busca pela sustentabilidade hdricaInstrumentosdaPolticaNacionaldeRecursosHdricos, os planos de bacia so ferramentas gerenciais de controle e tomada de deciso. A ANA j participou da elaborao deoitodeplanos(vertabelanapgina16).Oltimoa ser aprovado por assembleia geral de comit de bacia foi oPlanoIntegradodeRecursosHdricosdaBaciadoRio Doce, em julho de 2010. EmarticulaocomoComitdaBaciaHidrogrfca doRioDoceecomosInstitutosMineirode Gestodas guas(Igam)eEstadualdoMeioAmbienteeRecursos HdricosdoEspritoSanto(Iema),foifeitoumamplo processodediscussoqueculminounodocumento, que apresenta um diagnstico dos principais problemas, disponibilidades e demandas da bacia. AbaciadorioDocepossuireadedrenagemde aproximadamente 86 mil Km que percorrem os estados deMinasGeraiseEspritoSanto,abrangendoumtotal de230municpioseumapopulaoaproximadade3,5 milhes de habitantes.A economia da regio bastante diversifcada, com des-taque para as seguintes atividades: agropecuria, agroin-dstria,minerao,comrcioeserviosdeapoioaos complexos industriais, alm do seu potencial de gerao de energia eltrica. De grande importncia para a economia nacional, a ba-cia do rio Doce tambm enfrenta srios problemas pro-vocadospelodesmatamentoeusoindevidodosolo,o quegera,emmuitospontos,processoserosivosede assoreamentodoscursosdgua. Aurbanizaodaba-ciaoutrofatorquecontribuisignifcativamentepara os impactos negativos, principalmente pela carncia de sistemas de tratamento de esgotos. DeacordocomoPlano,aqualidadedaguaumdos principais aspectos de vulnerabilidade da bacia. Dados do diagnstico realizado demonstram que o lanamento de efuentes de esgoto domstico sem qualquer tratamento comprometeasadehdricadabaciahidrogrfca, sobretudo em sua poro mineira. O documento aponta ainda a necessidade de investimentos na bacia da ordem de R$ 1,34 bilho.Em Governador Valadares(MG),ondeapopulaoesti-madapeloIBGEem2007eradecercade250milhabi-tantes,orioDoceoprincipalmanancialdeguapara abastecimento da populao. Esta demanda um exem-plodaimportnciadeumagestoefetivadosrecursos hdricos como garantia do equilbrio hdrico da regio.Osplanosdebaciaelaboradosouacompanhadospela ANA fornecem subsdios para a criao de um banco de dadosdetodooPas,comfocoprincipalmenteemde-mandasdeguaedisponibilidadehdrica,eforamutili-zados como base para a elaborao do Plano Nacional de RecursosHdricos,aprovadopelo ConselhoNacionalde RecursosHdricos(CNRH)em2006. Sobacoordenao daSecretariadeRecursosHdricoseAmbienteUrbano do Ministrio do Meio Ambiente (SRHU/MMA), o PNRH comeou a ser revisado no ano passado. Planejamento Rio Doce em Governador Valadares (MG): qualidade da gua a principal vulnerabilidade da bacia devido urbanizao Cludia Dianni / Banco de Imagens ANA Informativo da Agncia Nacional de guas | 16 |PlanejamentoPlanos de Recursos Hdricos Consolidados e em Fase de ImplementaoPlano Abrangncia Populao Temas centraisAno de conclusoAlcancePlano Decenal de Recursos Hdricos da Bacia do So Francisco636.920km abrangendo MG, DF, BA, SE, PE, GO e AL14,1 milhes (2006)Recuperao hidroambiental, alocao de gua, proposta de enquadramento e diretrizespara integrao dos instrumentos de gesto2004 2013Plano de Recursos Hdricos da Bacia do Rio Parabado Sul55.500km, abrangendo os estados de MG, RJ e SP6,1 milhes (2006)Articulao institucional, qualidade das guas, cobrana e transposio das guas para a bacia do rio Guandu2007 2020Plano Estratgicode Recursos Hdricos da Bacia Hidrogrfca dos Rios Tocantins-Araguaia918.822km abrangendo os estados de GO, MT, TO, MA,PA e o DF7,9 milhes(2006)Compatibilizao deusos da gua entre os setores de navegao e hidroeletricidade, uso sustentvel da gua na irrigao e saneamento2009 2025Plano Integrado de Recursos Hdricos da Bacia Hidrogrfca doRio Doce85.000km, abrangendo os estados deMG e ES3,3 milhes(2006)Qualidade das guas, enchentes e inundao2010 2020Plano de Recursos Hdricos da Bacia Amaznica Afuentes da Margem Direita2,55 milhes de km (territrio brasileiro), abrangendo os estados de MT, AM, RO, PA e AC5 milhes (2005)Usos mltiplos e ocupao do territrio2010 2030Reviso do Plano das Baciasdos Rios PCJ15.320km abrangendo os estados deSP e MG4,7 milhes (2006)Qualidade das guas e nova proposta de enquadramento2010 2020Plano Diretor de Recursos Hdricos da Bacia doVerde Grande31.410km abrangendo os estados deMG e BA741 mil(2007)Articulaoinstitucional, incremento da oferta hdrica e uso efciente da gua2010 2030Plano de Recursos Hdricos da Baciado Paranaba222.767km, abrangendo o DF e os estados de GO, MG e MS8,5 milhes (2006)Demandas consuntivas,qualidade das guas e confitos pelo uso da gua2012(previso)2030 Edio especial de 10 anos da ANA | 17 |Atlas Brasil revela situao da oferta de guaEstudo mostra estado dos mananciais e sistemas de tratamento de todos os municpios e aponta investimentos essenciais para evitar colapsoOBrasilganhouummapeamentocompleto,com projeoparaofuturo,daofertadeguatratadanas reasurbanas:oAtlasBrasildeAbastecimentoUrbano de gua. Omapeamentoapontaasvulnerabilidadesde todas as regies metropolitanas e de todos os municpios doPasaolevantarascondiesdosmananciaisedos sistemas de produo de gua.Oestudorevelaquehnecessidadedeinvestimentos prioritriosqueultrapassamR$20bilhes.Efetuadas asobras,oPasterofertadeguasufcienteat2025. Casocontrrio,at2015podefaltarguaemmuitos municpios.O trabalho traz ainda um levantamento sobre obrasparatratamentodeesgotoquesoimportantes para a proteo dos mananciais.OAtlasBrasildeAbastecimentoUrbanoconsolida umconjuntodetrabalhosiniciadosem2006como AtlasNordeste.Em2009,forampublicadososAtlas RegiesMetropolitanaseSul.OAtlasBrasilcompleta olevantamentocomascondiesdeabastecimento deguaemtodooPasemdoisvolumes:Panorama NacionaleResultadosporEstados.Otrabalhoest disponvel no site www.ana.gov.br/atlas.Conjuntura dos recursos hdricosTambm pela ao da ANA, o Pas passou a contar com umaimportantepublicaoquerevelaoestadoda artedosrecursoshdricosanualmente:oRelatriode Conjuntura dos Recursos Hdricos. Atualizado anualmente, o Relatrio de Conjuntura apre-sentaumlevantamentocompletosobreasituaodos recursoshdricosemtodooBrasilsobvriosaspectos, como: eventos hidrolgicos; usos mltiplos; balano h-drico; qualidade das guas, alm de um balano da situ-ao da gesto dos recursos hdricos.Na edio de 2011, o Conjuntura traz, por exemplo, que os2.312pontosquemonitoramaqualidadedasguas revelamque,emgeral,oquadrosemanteveestvel, comvriasbaciascomprometidasdevidoaogrande lanamento de esgotos urbanos domsticos. No entanto, foiidentifcadamelhoriadaqualidadedasguasem vrias bacias Paraba do Sul, afuentes dos rios Tiet e das Velhas,porexemplodevidoimplementaode aes de tratamento de esgotos localizados.A Agncia Nacional de guas tem atuado na elaborao depublicaeseestudos,emmbitonacional,como objetivodeapresentaremanteratualizadoobalano entreaofertaeademandaderecursoshdricosno Brasil. Antesdo Conjuntura,a ANAelaborouasriede CadernosdeRecursosHdricos,quesubsidiouoPlano Nacional de Recursos Hdricos.Em2006,quandodaaprovaodoPlano,foiatribuda Agnciaatarefadeelaborar,deformasistemticae peridica,oRelatriosobreaConjunturadosRecursos HdricosnoBrasil.Em2009,houveapublicaodo primeirorelatrio,queconsolidouinformaesdas publicaes anteriormente.PlanejamentoRicardo Zig Koch Cavalcanti / Banco de Imagens ANAUm dos principais desafos que as cidades brasileiras enfrentam a poluio dos rios, apontam estudos da ANAInformativo da Agncia Nacional de guas | 18 |OProgramaDespoluiodeBaciasHidrogrfcas (Prodes),tambmconhecidocomoProgramade CompradeEsgotoTratado,executadopelaANAem parceriacomosserviosdesaneamento,prefeiturase comitsdebacia,exemplodeaplicaodosrecursos pblicosnocontroledapoluiodasguas,jque odesempenhosatisfatriopr-condioparao prestador de servio de saneamento receber os recursos do Programa. O Prodes incentivou a construo de novas estaesdetratamentodeesgotoseaampliaoe melhoria das estaes existentes.Desde2001,quandofoilanado,foramcontratados 42empreendimentosemdiversasregiesdoPas, principalmentenasbaciasqueenfrentamgraves problemasdepoluiohdricapelolanamentode esgotossemtratamento.Oscontratosassinadoscom prestadores de servios de saneamento alavancaram R$ 467,3milheseminvestimentos,benefciandomaisde cinco milhes de brasileiros. Apartirdesteano,oProdesganhaumanovainjeo derecursosdeR$40milhesparaseremaplicadosem projetos a serem selecionados em 2011.Otratamentodoesgotodomsticoumadasmaisef-cientes formas de garantir a qualidade dos corpos dgua, j que o esgoto domstico a principal razo da poluio dos rios no Brasil, onde apenas 50,6% do esgoto doms-ticourbanosocoletadose34,6%doesgotocoletado so tratados. O restante despejado nos rios e crregos. Incentivo ao tratamento de esgotos recebe injeo de recursos Exemplo de aplicao de recursos, Programa Despoluio de Bacias Hidrogrfcas j benefciou 5 milhes de pessoasEm 2010, o Programa completou dez anos. A maioria dos empreendimentoscontratados(67%)inicioueconcluiu seuprocessodecertifcaodemetasdedespoluio nesse perodo. Durante o processo de certifcao, a ANA acompanha o desempenho operacional das estaes de tratamento de esgoto e s libera recursos depois de cer-tifcaroprojeto.Em2010,foramliberadosmaisdeR$ 17milhesmedianteocumprimentodasmetasdedes-poluioanteriormenteacordadas,atingindo-se,assim, amarcadeR$100milhestransferidosaosserviosde saneamento desde o incio do Prodes. Pagamento para quem preserva nascentesIniciadoem2001,poucodepoisdacriaodaANA,o ProgramaProdutordeguanasceudanecessidade dereverteromauusodosoloedosrecursosnaturais, quecontribuiparaadegradaodosrecursoshdricos. Ainiciativaoferecepagamentoparareadequao ambiental das propriedades.Oscustosdeimplantao,manutenodeprticas deconservaodesoloerecursosforestaisedos pagamentospelosserviossodivididoscom instituiesparceiras.AAgnciaNacionaldeguas apoiatecnicamenteaorganizaodoprojeto,fnancia aesdeconservaodeguaesoloecoordenaa execuo do Programa. DoisprojetosreceberamrecursosdaANAeestoem implantao:oConservadordasguas,emExtrema Programas e projetosProdes estimula a construo e a ampliao de estaes de tratamento de esgotos, por meio de investimentos fnanceirosRicardo Zig Koch Cavalcanti / Banco de Imagens ANAEdio especial de 10 anos da ANA | 19 |Programas e projetos(MG),eoprojetolocalizadonabaciadaGuariroba,em CampoGrande(MS).Outrasiniciativasquecontam com a Agncia na formulao e execuo esto na bacia doBenevente(ES);baciadoCambori(SC);baciado Guandu(RJ);baciadoMaca(RJ);baciadoPipiripau (DF); bacia Tibagi (PR); bacia do Joo Leite (GO); Crrego Feio, em Patrocnio (MG). Ainda na agenda de conservao de gua e solo da ANA, estimplementaodocontratoderepasseentrea ANA, Caixa Econmica Federal e Fundao Rural Mineira (Ruralminas)paraareadequaodeestradasvicinais erecuperaodereasdegradadasem40municpios mineiros da bacia hidrogrfca do rio So Francisco. Atofmde2010,foramrecuperados668,8kmdees-tradas,aconstruodeterraosem8.451,85hectares e 7.518 bacias de captao de guas de chuvas (barragi-nhas). TambmforamImplantadosprojetosdeconser-vaodeguaesoloemmicrobaciashidrogrfcasem parceriacomasprefeiturasmunicipaisdePains,Luz, Martinho Campos e Pedra do Indai, em Minas Gerais. A ao contou com apoio fnanceiro do Programa de Revi-talizao da Bacia Hidrogrfca do Rio So Francisco.Nareadegerenciamentointegradodasbaciashidro-grfcas, a ANA tambm ajudou a desenvolver aes nas bacias do So Francisco, por meio do apoio fnanceiro do Muitos dos programas, projetos e estudos da ANA foram realizadosgraasaosrecursosdoProguaNacional eProguaSemirido,parceriacomoBancoMundial. Estesprogramaspermitiramfortaleceroarcabouo institucionaldeatoresenvolvidoscomagestode recursos hdricos no Brasil e ajudaram a criar ou melhorar infraestruturas hdricas.OProguatambmajudouaconsolidaroSistemaNa-cional de Gerenciamento de Recursos Hdricos (Singreh), aumentou a efcincia e efccia da gesto das guas su-perfciaisesubterrneosdeformadescentralizadae participativaeconsolidouoplanejamentoestratgico dos governos na rea de recursos hdricos.Uma de suas principais caractersticas foi o fortalecimen-toinstitucionalparaagestodosrecursoshdricosnos estados do Nordeste e Minas Gerais, e, no mbito fede-ral,acombinaododesenvolvimentodeaesestru-turaisvoltadasparaagarantiraampliaodaofertade gua de boa qualidade para o Semirido.Foramcelebradosconvnioscomosdezestadosdo Semirido, que somaram cerca de R$ 28 milhes,e ad-quiridos equipamentos de fscalizao para a rede hidro-meteorolgicaparaoutras17unidadesdafederao, fortalecendoinstitucionalmenteosrgosgestoreses-taduais para execuo de suas atribuies. Ao longo da implementao do Progua Nacional, foram investidoscercadeR$71milhesemplanejamentode recursoshdricos,fortalecimentoinstitucionalecapaci-tao, sistema de informaes, redes hidrometeorolgi-cas, cobrana pelo uso da gua e guas subterrneas.Almdisso,oProguafnanciouimportantesestudos, queabrangemtodososmunicpiosdoBrasilnoquese refereaoplanejamentodeabastecimentodegua:O Atlas de Abastecimento Urbano de gua e o Relatrio de Conjuntura dos Recursos Hdricos no Brasil. OacordodeemprstimocelebradoentreoBrasileo BancoMundial,visandoimplementaodoProgua Nacional, foi encerrado em dezembro 2009. No entanto, as aes no mbito do Programa, tanto na Agenda Federal quanto nos estados, se estenderam at o fnal de 2010. Para dar prosseguimento a essas aes, a ANA vai con-tarcomrecursosdoProgramadeDesenvolvimento do Setor gua(Interguas),cujoobjetivocontribuir para o fortalecimento da capacidade de planejamento e gesto, especialmente nas regies menos desenvol-vidas do Pas. OInterguasvemsendopreparadodesde2009edeve serviabilizadopormeiodeum AcordodeEmprstimo comoBancoMundial,comprevisodenegociao entreogovernobrasileiroeoBancoparaoinciode 2011. ComvalortotaldeUS$130,1milhes,dosquais 75%oriundosdoemprstimoe25%decontrapartida, o Interguas ter durao de cinco anos e vrios rgos do governo como executores.Progua garantiu recursos para planejar e executar aes Fundo para o Meio Ambiente Mundial Global Environ-mental Facility (GEF). Os projetos abrangeram aspectos tcnicos e institucionais relevantes do ponto de vista do gerenciamento compartilhado dos recursos hdricos, que contaramcomapoioda OrganizaodosEstados Ame-ricanos(OEA),doProgramadasNaesUnidasparao MeioAmbiente(Pnuma)eparticipaodosprincipais atoresdasprpriasbacias,instituiesgovernamentais e no governamentais. NoPantanal/AltoParaguai,oprojeto,concludoem 2004,implementouprticasdegerenciamentointegra-do da bacia hidrogrfca para o Pantanal e bacia do Alto Paraguai, com melhoria e restaurao do funcionamento ambientaldabacia;proteodasespciesendmicase aimplementaodeatividadesestratgicasidentifca-das pelo Plano de Conservao da Bacia do Alto Paraguai (PCBAP). OprincipalprodutofoiapublicaodoPlano de Ao Estratgica da Bacia do Alto Paraguai (PAE). No So Francisco, o projeto o Projeto de Gerenciamento IntegradodasAtividadesDesenvolvidasemTerrana BaciadoRioSoFrancisco,concludoem2005,teve comoprincipaisprodutos:oDiagnsticoAnalticoda Bacia(DAB);oProgramadeAesEstratgicasparao GerenciamentoIntegradodaBaciaesua Zona Costeira (PAE);eoPlanoDecenaldeRecursosHdricosdaBacia Hidrogrfca do Rio So Francisco (PBHSF). Informativo da Agncia Nacional de guas | 20 |Novas instalaes e aumento do corpo tcnicoANA realizou trs concursos pblicos para reforar quadro de servidoresComsedenoComplexodoMinistriodaCinciae Tecnologia(MCT),noSetorPolicialSul,emBraslia, enovasinstalaesinauguradasesteanonoSetor deIndstriae Abastecimentodacapitalfederal,para acomodarosespecialistasquechegaramcomolti-moconcurso,aANArealizoutrsconcursospblicos desde sua criao em julho de 2000 e deu posse a 235 servidores que formam um quadro conhecido pela ex-celncia de seu padro tcnico. Aofnalde2010,a AgnciaNacionalde guascontava 703profssionais,entreservidores,consultores,tercei-rizadoseestagiriosemseuquadro.Essaforadetra-balho foi ampliada, em relao ao exerccio de 2009, em decorrnciadoconcursopblicoobjetodoEditalESAF n96,de27denovembrode2008,publicadonoDirio Ofcial da Unio no dia seguinte. O concurso foi realizado para o provimento de 152 car-gosefetivos,sendo100deEspecialistaemRecursos Hdricos,12deEspecialistaemGeoprocessamentoe 40deAnalistaAdministrativo.Asnomeaesocorre-ram em duas etapas: a primeira, em junho de 2010, deu posse a 45 novos servidores e a segunda, em dezembro do ano passado, a 55.APortarian253,de7dedezembrode2010,publicada noDirioOfcialdaUnionodia9domesmoms, prorrogouporumano,apartirde15dedezembrode 2010, o prazo de validade do concurso. No primeiro concurso, em 2002, a Agncia Nacional de guas ofereceu 110 vagas entre Especialistas em Recur-sosHdricoseem Geoprocessamento.Nasegundase-leo, quatro anos depois, foram 65 vagas para os dois cargos de especialistas e tambm para Analistas Admi-nistrativos, todos cargos de nvel superior.AAgnciasepreparapararealizarseuprimeirocon-cursoparaocargodeTcnicoAdministrativo,den-velmdio,parareforarsuaequipeeaprofundarsua misso de implementar e coordenar a gesto compar-tilhadaeintegradadosrecursoshdricoseregularo acesso a gua.No ano passado, para acomodar as estruturas que sero necessriasapartirdasnovasatribuiesdaAgncia Nacional de guas, foram promovidos alguns ajustes nas divises tcnicas da ANA.ASuperintendnciadeOutorgaeFiscalizao(SOF)foi desmembradaemSuperintendnciadeRegulao,na qual atuam as gerncias de Outorga (Geout); de Regula-o (Gereg) e de Servios Pblicos e Segurana de Barra-gens (Geser); e Superintendncia de Fiscalizao, dividida entreasgernciasdeFiscalizaodeUsosdeRecursos Hdricos(Gefu),deFiscalizaodeServiosPblicose Segurana de Barragens (Gefs) e de Cadastro (Gecad). Na Superintendncia de Usos Miltiplos (SUM) foi criada aGernciadeSupervisodeReseratrios(Geres)e mantida a Gerncia de Eventos Crticos (Gevec). O Ncleo de Estudos Hidrolgicos (NHI) foi incorporado Superintendncia de Planejamento de Recursos Hdricos (SPR),naqualestotambmasgernciasdeEstudose Levantamentos(Gelev),dePlanosdeRecurosHidricos (Gepla) e de Conjuntura de Recursos Hdricos (GECRH).Asdemaisestruturasforammantidas.Soelas:a SuperintendnciadeGestodaInformao(SGI),com asgernciasdeTecnologiadaInformao(Getec), Informaes Geogrfcas (Gegel) e de Acompanhameno de Projetos e Sistemas (Geaps).Na Superintendncia de Gesto da Rede Hidrometeoro-lgica(SGH)funcionamasgernciasdePlanejamento daRedeHidrometeorolgica(Geplan),deOperaode Rede Hidrometeorolgica (Georh) e de Dados e Informa-es Hidrometeorolgicos (Geinf).Voltadaaoapoiocriaoefortalecimentodeentes doSistemaNacionaldeGerenciamentodeRecursos Hdricos(Singreh),aSuperintendnciadeApoio GestodeRecursosHdricos(SAG)estdivididanas gernciasdeGestodeRecursosHdricos(Gerhi),de CapacitaodoSistemaNacionaldeGerenciamento dos Recursos Hdricos (Gecap) e de Cobrana pelo Uso de Recursos Hdricos (Gecob). Para executar suas funes de apoio ao Sistema Nacional deGerenciamentodeRecursosHdricos,pormeiodos vriosprogramaseprojetosdesenvolvidospelaAgn-cia ou em parceria com outras instituies, a ANA possui aSuperintendnciadeImplementaodeProgramase Projetos (SIP), que atua por intermdio das gerncias de AcompanhamentodeProjetos(Geapr), TcnicadePro-jetos (Gepro), de guas Subterrneas (Gesub) e de Usos Sustentvel de gua e Solo (Geusa).AdministraoRaylton Alves / Banco de Imagens ANAEdio especial de 10 anos da ANA | 21 |AdministraoSede da ANA no Setor Policial em Sul, em BrasliaViso de futuroImplementar e coordenar a gesto compartilhada e integrada dos recursos hdricos e regular o acesso agua,promovendooseuusosustentvelem benefcio da atual e das futuras geraes. Est a misso da Agncia Nacional de guas, criada pela Lein9.984,de17dejulhode2000,einstalada pelo Decreto n 3.692/200.AutarquiavinculadaaoMinistriodoMeioAm-biente,a ANAintegraoSistemaNacionalde Ge-renciamentodeRecursosHdricos(Singreh)ea entidade federal responsvel pela implementao da Poltica Nacional de Recursos Hdricos, institu-da pela Lei n 9.433/97. Conhecida como Lei das guas, a 9.433 estabelece cinco instrumentos de gesto: os planos de recur-soshdricos,oenquadramentodoscorposdgua em classes de uso, a outorga de direito de uso dos recursos hdricos, a cobrana pelo uso da gua e o sistemadeinformaessobrerecursoshdricos, cujoobjetivoreuniredivulgardadoseinforma-essobreasituaodaqualidadeequantidade dos recursos hdricos no Brasil.AlmdaANA,integramoSingrehoConselho Nacional de Recursos Hdricos (CNRH); os conse-lhos estaduais de recursos hdricos; os comits de baciashidrogrfcas;asinstituiesfederais,es-taduais e municipais responsveis pela gesto de recursos hdricos; e as agncias de gua.Outra importante atribuio da ANA estimular e apoiarasiniciativasvoltadascriaodergos gestores estaduais de recursos hdricos, de comi-ts de bacias hidrogrfcas e agncias de gua. A AgnciaNacionaldeguastambmdesenvolve aes de capacitao e conscientizao da socie-dade brasileira.Paracumprircadavezmelhorasuamisso,a AgnciaNacionalde guastrabalhanaconsoli-daodeseuplanejamentoestratgicovoltado ao mapeamento, anlise e redesenho de proces-sosorganizacionais,parapromoveramoderni-zaoeadaptaonecessriasegarantirquea Agnciaestejasemprepreparadapararespon-der a mudanas.Recentemente,a ANAganhouduas novasatribui-eslegais:regulartarifaseserviospblicos,em regime de concesso, de aduo de gua bruta e de irrigao em corpos dgua da Unio;e coordenar oSistemaNacional de Segurana de Barragens. Estesnovosdesafosreforamanecessidadede planejar para organizar novos processos, de forma agarantirmaioraefetividadedainstituiono cumprimento de sua nobre misso: garantir acesso a gua para as atuais e futurais geraes. Raylton Alves / Banco de Imagens ANAInformativo da Agncia Nacional de guas | 22 |gua e sociedadeTrofuPrmio ANA:reconhecimentoaboasprticasdeuso racional e conservao da gua no BrasilPrmio ANA d visibilidade a iniciativas de uso sustentvel da guaEm sua terceira edio, concurso bienal j recebeu 842 inscries de todo Brasil e ganhou patrocnio exclusivo da Caixa Econmica FederalPromovidoacadadoisanos,oPrmio ANAreconhece omritodeboasprticasquesedestacampelaexce-lnciaecontribuioparagestoeusosustentveldos recursoshdricos,promovendoocombatepoluioe ao desperdcio. Com diferentes temas em cada edio, o concurso d visibilidade a trabalhos que apontam cami-nhos para assegurar gua de boa qualidade e em quanti-dade sufciente para as futuras geraes.Desde2006,oPrmioANAjrecebeu842inscries de aes de todas as regies do Brasil, comprovando a crescentepreocupaodesetoresdasociedadebrasi-leira com o uso racional e sustentvel da gua.Desdeaprimeiraediodoconcurso,16iniciativasde diferentesreasjforampremiadase57fnalistasfo-ramhomenageados. Acadaedio,osvencedoresre-cebemo TrofuPrmioANA,obradomestrevidreiro italiano Mario Seguso. Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que esteve presente nas duas ltimas edies, o Prmio ANA uma demonstrao efetiva de que possvel inserir o meio ambiente como condicionante do desenvolvimento econmico e no como restrio.Emsuaprimeiraedio,em2006,forampremiados projetosnascategoriastemticasde GestodeRecur-sos Hdricos, Uso Racional de Recursos Hdricos e gua para a Vida, para aes voltadas sensibilizao da so-ciedade.Comosucessodapremiao,a Agnciapas-sou a premiar novas categorias por rea de atuao.Em 2010, com o tema gua: o Desafo do Desenvolvi-mentoSustentvel,oPrmiorecebeu286inscries divididas em sete categorias: Empresas, Ensino, Gover-no,Imprensa, ONG, OrganismosdeBaciaePesquisae Inovao Tecnolgica.Apremiaohomenageiainiciativasqueestimulamo combatepoluioeaodesperdcioeapontamcami-nhos para assegurar gua de boa qualidade e em quanti-dade sufciente para o desenvolvimento e a qualidade de vidadosbrasileirosdasatuaisedasfuturasgeraes. A Agncia promove o concurso com o patrocnio exclusivo da CaixaEconmicaFederaleaparceriada Associao Brasileira de guas Subterrneas (Abas). NaopiniodapresidentedaCaixa,MariaFernanda Coelho,apremiaoestemsintoniacomociclode desenvolvimentosustentvelqueoBrasiltemvivido. Esseprmiocontribuiparaqueasbasesdessenovo ciclosedeemsobosprincpiosdasustentabilidade econmica, social e ambiental, afrma.Parachegaraosvencedores,formadaumacomisso julgadoracompostademembrosexternosAgncia com notrio saber na rea de recursos hdricos ou meio ambiente. Umrepresentanteda ANAeoutroda Caixa fazempartedogrupo,massemdireitoavoto.Num primeiromomento,osjulgadoresescolhemostraba-lhossemifnalistas,quepassamporvistoriafeitapor especialistasdaAgncia.Emseguida,soescolhidos osfnalistase,entreeles,osvencedores.Oscritrios deavaliaodostrabalhoslevamemconsideraoos aspectosde:efetividade;potencialdedifuso/replica-o;adernciasocial;originalidade;eimpactossocial, cultural e ambiental.Entre as aes que j foram premiadas h, por exemplo, reportagensjornalsticasquechamamaatenoda sociedadeparaanecessidadedeusoracionaldagua oupreservaoderiosemananciais,iniciativaspara aformaodejovenscomomultiplicadoresdeboas prticas ambientais, projetos de reduo do uso da gua em processos industriais ou solues para comunidades onde h escassez.Boas prticasMauro Viery / Banco de Imagens ANAEdio especial de 10 anos da ANA | 23 |Parque Barigui (Curitiba): a cada ms, cidades de pases em desenvolvimento recebem 5 milhes de novos residentes, afrmaONUDia Mundial da gua: desafo responder ao crescimento urbanoRespondendo ao Desafo Urbano o tema escolhido pela ONU este ano. Hotsite da ANA divulga eventos que acontecem em todo BrasilDesde 1992, quando foi criado pela Organizao das Na-esUnidas(ONU),oDiaMundialdaguavemsendo celebradomundialmenteseguindoasrecomendaes docaptulo18da Agenda21,defnidapela Conferncia dasNaesUnidassobreMeio AmbienteeDesenvolvi-mento. De l pra c, muitos foram os temas abordados e, em 2011, o assunto em pauta Respondendo ao Desafo Urbano. Osdebates sero em tornodo desafo da ges-to da gua para as cidades, chamando a ateno sobre oimpactodocrescimentourbano,daindustrializaoe das mudanas climticas nos recursos hdricos. Paratratardotemaeampliaroespaoderefexes,a AgnciaNacionalde guasdesenvolveaquintaedio do hotsite guas de Maro, pgina eletrnica que surgiu em2007comoobjetivodeinformar,emumnico espao virtual, sobre os eventos e as aes nacionais em comemorao ao Dia Mundial da gua. Este ano o guas de Maro traz informaes sobre o Atlas RegiesMetropolitanas: AbastecimentoUrbanode gua, uma publicao da Agncia que, a partir de um diagnstico e um planejamento nas reas de recursos hdricos e sanea-mento no Brasil, identifca os principais problemas e prope solues tcnicas, visando garantia da oferta de gua para o abastecimento das sedes urbanas de todo o Pas. Almdeinformaestcnicasedicasdeusoracional dagua,ohotsitetrazumcalendriodoseventosem comemoraoaoDiaMundialdaguanoBrasilpro-movidos pela ANA, por outros rgos governamentais, porinstituiesquefazempartedoSistemaNacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos (Singreh) e por organizaes do terceiro setor.Nas edies anteriores, a pgina eletrnica abrigou infor-maes sobre os temas defnidos pela ONU, como: Con-vivendocomaEscassezdegua(2007);Saneamento (2008);guasCompartilhadas:OportunidadesCompar-tilhadas (2009); e gua Limpa para um Mundo Saudvel (2010). No entanto, muitos outros temas j haviam sido defnidospelaONUecelebradosmundialmenteantes da criao do guas de Maro, tais como: gua e Cultura (2006); guaparaa Vida(2005); A guaeosDesastres (2004); gua para o Futuro (2003); gua para o Desenvol-vimento(2002); guaparaa Sade(2001); guaparao Sculo XXI (2000), entre outros.OhotsitedaANAfcarnoardurantetodoomsde maro e os interessados em cadastrar eventos na pgina eletrnicapoderofaz-lopormeiodolinkcadastro deeventos,disponvelnoendereowww.ana.gov.br/aguasdemarco/2011. gua e sociedadeRicardo Zig Koch Cavalcanti / Banco de Imagens ANAComo podemos cuidar da gua? Primeiro, vamos acabar como desperdcio com atitudes simples, como: fechar bem as torneiras e mant-las fechadas, quando possvel,ao escovar os dentes e ao lavar louas e roupas; regular as descargas; manter os encanamentos sem vazamentos; trocar a mangueira pela vassoura para limpar a calada; evitar banhos longos.Alm disso, muito importante preservar as nascentes, os rios, os lagos e lagoas limpos e protegidos, evitando o assoreamento dos corpos dgua. Paratanto,tambmnecessriotomarmedidasde conservaodosolo,comooplantiodematasciliares (aquelasqueestoemvoltadosrios).Noseesquea: o melhor amigo do rio o verde!Nojoguelixonagua.Asujeiraquejogamosnorioo mata. E rio de guas sujas no ajuda ningum.Tempo de degradao de alguns materiais Ao mais de 100 anos; Alumnio 200 a 500 anos; Chicletes cinco anos; Embalagens longa vida at 100 anos (alumnio); Embalagens PET mais de 100 anos; Filtros de cigarros cinco anos; Papel e papelo cerca de seis meses; Plsticos (embalagens, equipamentos) At 450 anos; Pneus indeterminado; Sacos e sacolas plsticas mais de 100 anos; Vidros indeterminado.Escassez de guaA humanidade usa a gua doce como se fosse um recurso infnito...Masno!Odesperdcio,apoluio,osdes-matamentos,osmaususos,tudotemcontribudopara que a disponibilidade de gua venha diminuindo.O planeta formado por 75% de gua (doce e salgada) e apenas 25% de terra (continentes e terras). Apesar de ser gostoso brincar na gua salgada do mar, no podemos be-b-la, pois a gua que apropriada para consumo humano a doce. A gua doce disponvel est distribuda assim:Deu para notar que muito pouca gua doce se compa-rada quantidade de gua salgada, no deu? Para se ter umaideiamelhordecomoessaproporo,imagine queumagarrafadedoislitroscheiarepresentetodaa gua salgada do mundo e um conta-gotas, a gua doce.Tambmpoucaguaemrelaoaonmerodehabi-tantesdoplaneta.OBrasilumpasprivilegiado,pois possui 12% da gua doce superfcial do planeta, mas qua-se 70% das guas brasileiras esto nos rios da Amaznia, regio com baixa densidade populacional.Informativo da Agncia Nacional de guas | 24 |Vamos cuidar da gua!Pequenas mudanas no comportamento de cada um podem representar uma grande economia do recurso para as atuais e futuras geraes ConscientizaoAquferos: 97,87%Chuvas: 1,17%Lagos naturais: 0,89%Reservatrios: 0,05%Rios: 0,02%O Brasil possui 12% da gua doce superfcial do mundo, mas sua distribuio desigual no territrio nacionalEraldo Peres / Banco de Imagens ANA