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ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE 1

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDEtopalivio.com.br/unip/7_sem_enf_1_sem_2018/PN II - Debora... · •SISVAN (avaliação antropométrica e de consumo alimentar)

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ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NA REDE DE ATENÇÃO À

SAÚDE

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Josué de Castro

Fome como uma

construção social

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Nossos grandes consensos

• A fome que subsiste no país é,

essencialmente, uma questão de acesso.

• Desigualdade de acesso = desigualdade de

distribuição de renda

• Combate à fome confunde-se com o combate

à pobreza

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Nossos grandes consensos

• Segurança alimentar só será atingida com

medidas estruturais, que garantam

estabilidade e crescimento econômico com

trabalho e renda.

• Mas a fome e a desnutrição não esperam. A

alimentação e a nutrição adequadas são

direitos humanos fundamentais.

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Movimento de reforma sanitária

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A Constituição Cidadã

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Conceito de Saúde

Constituição Federal - Art. 196

“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”

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Lutas e avanços

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Diretrizes da PNAN 1. Estímulo às ações intersetoriais com vistas ao acesso universal

aos alimentos

2. Garantia da segurança e da qualidade dos produtos e da prestação de serviços na área de alimentos

3. Monitoramento da situação alimentar e nutricional

4. Promoção de práticas alimentares saudáveis

5. Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e

das doenças associadas à alimentação e nutrição

6. Promoção de linhas de investigação

7. Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos

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Conquistas a partir da PNAN

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PNAN – 10 anos

Revisão e atualização

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DESNUTRIÇÃO

INFANTIL

DESNUTRIÇÃO ADULTOS

OBESIDADE

INSEGURANÇA ALIMENTAR

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QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO

Pouca variedade, quase só tubérculos e grãos (melhor com feijão).

Ainda predomínio de alimentos de origem vegetal, mas com participação crescente de carnes/leite/ovos e de alimentos processados.

Predomínio de alimentos refinados e processados (ricos em gordura, açúcar e sal) e de alimentos de origem animal (gordura saturada).

Diversificada, alimentos de origem vegetal “in natura” ou minimamente processados, legumes, verduras e frutas, carnes e laticínios com menor teor de gordura, etc.

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100ADEQUADA

INADEQUADA

VARIÁVEL

INADEQUADA

CE

NT

IS D

A R

EN

DA

Inadequada adequada (crianças)

Adequada inadequada (adultos)

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SAÚDE E NUTRIÇÃO DA POPULAÇÃO

Nutrição ótima e vida longa e

saudável.

Obesidade, diabetes, hipertensão,

doença coronariana em adultos

cada vez mais jovens.

Deficiências nutricionais

moderadas em crianças e

obesidade, diabetes, hipertensão

e outras doenças crônicas em

adultos.

Deficiência energética (“fome”) e

carências nutricionais específicas

graves em todas as idades. 0

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PRECÁRIA

DEFICIENTE

PRECÁRIA

CE

NT

IS D

A R

EN

DA

NO

BR

AS

IL

ÓTIMA

(tendendo a melhorar)

(tendendo a melhorar para cri- anças e piorar para adultos)

(tendendo a piorar para todos)

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Tendência de disponibilidade de calorias por dia para a população brasileira de 1961 a 2001 – segundo dados FAO

2216 2432

2629 2831 3002

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1961 1971 1981 1991 2001

ano

kca

l

calorias/dia Linear (calorias/dia)

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Momento das discussões da PNAN

• Transição nutricional: mudanças nos padrões de consumo alimentar e redução da atividade física, com forte impacto no perfil de saúde.

• No Brasil: processo acelerado, demandando por respostas

rápidas e eficazes do setor saúde. Cenário:

• aumento da prevalência de sobrepeso/obesidade em especial nas famílias de baixa renda;

• desnutrição em áreas de concentração de pobreza.

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Momento das discussões da PNAN

Elevado consumo de alimentos tecnologicamente processados, geneticamente modificados, uso intensivo de

agrotóxicos, etc.

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Papel da Saúde

Desnutrição e mortalidade infantil: reduzidas nas 3 últimas décadas não resultou da melhoria de acesso aos alimentos mas de ações de saúde implementadas (saneamento, vacinação, controle da diarréia e das IRAS, aleitamento materno e redução taxa natalidade)

Obesidade: aumento acelerado ainda não acompanhado de ações suficientes

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POLÍTICA NACIONAL DE

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

Base Legal

Portaria nº 710 de 10/06/99 (DOU

11/06/99);

Aprovada na Tripartite;

Integra a Política Nacional de

Saúde.

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POLÍTICA NACIONAL DE

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

FUNDAMENTOS:

Garantia da Segurança Alimentar e Nutricional;

Reconhecimento e concretização do direito

humano universal à alimentação e nutrição

adequadas;

Intersetorialidade.

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PROPÓSITOS:

Garantir a qualidade dos alimentos

colocados para consumo no País; Promover práticas alimentares

saudáveis culturalmente referenciadas;

Prevenir e controlar os distúrbios nutricionais;

Estimular as ações intersetoriais que propiciem o acesso universal aos alimentos.

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7 Diretrizes 1- Estímulo a ações intersetoriais com vistas ao

acesso universal aos alimentos.

2- Segurança e qualidade dos alimentos.

3- Monitoramento da situação alimentar e

nutricional.

4- Promoção de práticas alimentares e estilos de

vida saudáveis.

5- Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais

e das doença associadas à alimentação e

nutrição.

6- Pesquisa – promoção e apoio

7- Formação de Recursos Humanos

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Promover a Alimentação

Saudável e a Atividade Física

A agenda do combate à pobreza deve incorporar a promoção da alimentação saudável;

A promoção da alimentação saudável e da pratica da atividade física devem ser objetivos dos governos locais e da comunidade;

A prevenção da obesidade deve ser definitivamente incorporada à Segurança Alimentar e Nutricional.

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Momento das discussões da PNAN

• Apontamentos para o resgate da cultura alimentar como estratégia de promoção da alimentação saudável

• Necessidade de efetivar e ampliar a

• Atenção Nutricional, dentro do

• Setor Saúde.

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Novas Diretrizes da PNAN

1. Organização da Atenção Nutricional;

2. Promoção da Alimentação Saudável;

3. Articulação e Cooperação para a Segurança Alimentar e Nutricional;

4. Ampliação e Expansão da Vigilância Alimentar e Nutricional

5. Aperfeiçoamento do Controle e Regulação dos Alimentos;

6. Desenvolvimento de Recursos Humanos;

7. Estímulo à Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Nutrição;

8. Desenvolvimento Institucional, Monitoramento e Controle Social.

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Um novo pensar em Nutrição

• Cuidado à Saúde centrado na Atenção Primária – Nutricionista como membro efetivo de equipes (NASF e Unidades Básicas de Saúde)

• Entendimento da realidade dos territórios -- recursos alimentares disponíveis, cultura das comunidades e das famílias - como ferramenta de trabalho.

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Um novo pensar em Nutrição

• SISVAN (avaliação antropométrica e de consumo alimentar) como instrumento de trabalho das e para as equipes.

• Nutricionista zela pela qualidade da coleta dos dados, participa da análise e interpretação dos resultados, propõe e constrói estratégias de transformação.

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Um novo pensar em Nutrição

• Nutricionista participando da construção das linhas de cuidado em saúde:

• fortalecendo e qualificando o seu trabalho

• na assistência hospitalar;

• buscando compreender as questões vida e de alimentação que levam ao adoecimento e como, em rede (hospital & atenção primária), desenvolver a atenção integral à saúde.

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Ampliando o agir em Nutrição

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PROPÓSITO

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PRINCÍPIOS

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9. Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional 41

Referencias

• Pnan http://dab.saude.gov.br/portaldab/diretrizes_pnan.php

• Ministério da Saúde SAS - Departamento de Atenção Básica

Coordenação da Política de Alimentação e Nutrição

• Atenção Básica. Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro

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