CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ-

UNINOVAFAPI

CURSO: NUTRIÇÃO

MARIA CLARA DE ARAÚJO MEIRELES LEITE

TASSIANE DE SOUSA SILVA

ESTADO NUTRICIONAL DA PESSOA IDOSA CADASTRADA NO

SISVAN-web NO PIAUÍ DO ANO DE 2014 A 2017

TERESINA (PI)

NOVEMBRO/2018

MARIA CLARA DE ARAÚJO MEIRELES LEITE

TASSIANE DE SOUSA SILVA

ESTADO NUTRICIONAL DA PESSOA IDOSA

CADASTRADA NO SISVAN-web NO PIAUÍ DO ANO

DE 2014 A 2017

Trabalho de conclusão de curso apresentado no Centro

Universitário de Saúde Ciência e Tecnologia do Piauí –

UNINOVAFAPI, como requisito para obtenção do

título de Bacharel em Nutrição.

Orientadora: Profa. MSc. Layana Rodrigues Chagas

TERESINA (PI)

NOVEMBRO/2018

FICHA CATALOGRÁFICA

L533e Leite, Maria Clara de Araujo Meireles.

Estado nutricional da pessoa idosa cadastrada no SISVAN-web no

Piauí do ano de 2014 a 2017 / Maria Clara de Araujo Meireles Leite;

Tassiane de Sousa Silva. – Teresina: Uninovafapi, 2018.

Orientador (a): Prof. Me. Layana Rodrigues Chagas; Centro

Universitário UNINOVAFAPI, 2018.

16. p.; il. 23cm.

Monografia (Graduação em Nutrição) – Centro Universitário

UNINOVAFAPI, Teresina, 2018.

1. Avaliação nutricional. 2. Pessoa idosa. 3. Sistema Único de

Saúde. I.Título. II. Silva, Tassiane de Sousa. III. Chagas, Layana

Rodrigues.

CDD 616.39

ESTADO NUTRICIONAL DA PESSOA IDOSA

CADASTRADA NO SISVAN-web NO PIAUÍ DO

ANO DE 2014 A 2017

NUTRITIONAL STATUS OF THE ELDERLY

PERSON REGISTERED ON THE SISVAN-web IN

THE STATE OF PIAUÍ FROM 2014 TO 2017

LEITE, Maria Clara Meireles Araújo1; SILVA, Tassiane De Sousa1;

CHAGAS, Layana Rodrigues2

ALBERTO, Sueli Marquês Da Costa²; FARIAS, Luciana Melo³;

SANTOS, Andrea Fernanda Lopes².

RESUMO

Introdução: O envelhecimento populacional se apresenta

atualmente como um fenômeno mundial. No Piauí, em 2010, a

população idosa correspondia a 331.877 habitantes, em Teresina

90.991, sendo 50.085 com 60 a 69 anos de idade e 40.906 com 70

anos ou mais (IBGE, 2010). Objetivo: Identificar o estado

nutricional das pessoas idosas no estado do Piauí no ano de 2014 a

2017, a partir das coletas de dados contidas no SISVAN-web.

Metodologia: A investigação se caracteriza por um estudo

epidemiológico descritivo e quantitativo, realizado a partir de

dados secundários de pessoas idosas (> a 60 anos), cadastrados no

SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar Nutricional) pela rede

de atenção básica de saúde do estado do Piauí no período de 2014 a

2017. Resultados: A determinação do diagnóstico nutricional e a

identificação dos fatores que contribuem para tal diagnóstico no

indivíduo idoso são processos complexos, porém fundamentais

para o desenvolvimento de políticas de intervenção específicas. Por

meio dos dados coletados no período constatou-se que os anos de

maior significância em atendimentos foram 2016 –2017 resultados

esses bastante positivos, pois mostra a procura de idosos pelo SUS,

e o maior cadastramento. Conclusão: É possível entender que o

estado nutricional encontra-se inadequado para a população idosa,

devido o baixo peso estar relacionado com o baixo nível de

escolaridade e o sobrepeso possivelmente associado ao alto nível

de conhecimento.

Palavra- chave: Estado Nutricional, Pessoas Idosas, Sistema Único

de Saúde.

ABSTRACT

Introduction: Population aging is now a global phenomenon. In

the state of Piauí, in 2010, the elderly population corresponded to

331,877 inhabitants, in Teresina, there were 90,991, of which

50,085 were 60 to 69 years old and 40,906 were 70 years or older

(IBGE, 2010). Objective: Identify the nutritional status of the

elderly people in the state of Piauí from 2014 through 2017, based

on the data collected from the SISVAN-web. Methodology: The

research is characterized by a descriptive and quantitative

epidemiological study, based on secondary elderly people data (>

60 years old), enrolled in the SISVAN (Nutritional Surveillance

System) by the basic health care network from state of Piauí in the

period from 2014 to 2017. Results: The determination of the

nutritional diagnosis and the identification of the factors which

contribute to this diagnosis in the elderly individual is a complex

process, although it is fundamental to the development of specific

intervention policies. Through the data collected in this period, it

was found that the years of greatest significance in attendance were

2016-2017 and the results were very positive, since it shows the

demand by the elderly to the Health Unic System (SUS), and a

greater enrollment. Conclusion: It’s understood that the nutritional

status for the elderly population is inadequate, because of its

relating low weight to low schooling level and the overweight

associated possibly because of high levels of knowledge.

Key-word: Nutritional Status, Elderly People, Health Unic System.

¹Academicas do curso de Nutrição da instituição de Ensino Superior UNINOVAFAPI ² Professoras, Mestres do curso de Nutrição da instituição de Ensino Superior UNINOVAFAPI

1 INTRODUÇÃO

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2016),

ao longo dos anos, a população idosa (com 60 anos ou mais de

idade) cresceu 16,0%, chegando a 29,6 milhões de pessoas.

Segundo projeções estatísticas da OMS, no período de 1950 a

2025, o grupo de idosos no país deverá ter aumentado em quinze

vezes, enquanto a população total em cinco. Assim, o Brasil

ocupará o sexto lugar quanto ao contingente da população de idade

mais avançada, alcançando, em 2025, cerca de 32 milhões de

pessoas com 60 anos ou mais.

Segundo dados do último censo, o número de idosos é de

20.590.599, representando 10,8% da população brasileira (IBGE,

2011). No Piauí, em 2010, a população idosa correspondia a

331.877 habitantes, em Teresina 90.991, sendo 50.085 com 60 a 69

anos de idade e 40.906 com 70 anos ou mais (IBGE, 2010).

O envelhecimento das populações se apresenta atualmente como

um fenômeno mundial. O Brasil, assim como os demais países

latino-americanos, está passando por um rápido e intenso processo

de crescimento da população da pessoa idosa, decorrente do

aumento da expectativa de vida, cujo está diretamente ligado à

melhoria nos parâmetros de vida, melhores condições sanitárias e

maior acesso aos serviços de saúde. A nutrição, a saúde e o

envelhecimento estão relacionados entre si, logo, as manutenções

dos estados nutricionais adequadas e as alimentações equilibradas

estão associadas a um envelhecimento saudável (AMADO et al,

2017).

O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) é um

sistema de informação em saúde (SIS), cujo possibilita o

armazenamento de dados e a geração contínua de informações

sobre o estado nutricional e o consumo alimentar dos usuários da

atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), a fim de oferecer

o diagnóstico e o acompanhamento da situação alimentar e

nutricional da população brasileira, e contribuam para a elaboração

de intervenções sobre os fatores de risco associados aos agravos

nutricionais e os determinantes sociais da insegurança alimentar e

nutricional, tanto no âmbito da assistência individual, quanto no

âmbito coletivo. (BRASIL, 2017).

As primeiras experiências da vigilância alimentar e nutricional no

Brasil ocorreram nos anos de 1983 e 1984, por iniciativa do

Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição, vinculado ao

Ministério da Saúde. (BRASIL, 2011). A avaliação da pessoa idosa

nos serviços de Atenção Básica tem por objetivo a avaliação global

com ênfase na funcionalidade. O declínio funcional pode sugerir a

presença de doenças ou alterações ainda não diagnosticadas

(BRASIL, 2006).

O SISVAN Web foi criado com o intuito de registrar o estado

nutricional e alimentar de todos os indivíduos atendidos pelos

estabelecimentos de assistência à saúde e pelos profissionais

vinculados, por meio de dados antropométricos que contribuem

para a detecção precoce de situações de risco nutricional e o

desenvolvimento de ações preventivas contra os agravos à saúde e

reverter quadros de anormalidade, quando possível, além de

reorientar as políticas públicas (HOLANDA, 2011).

A avaliação do estado nutricional da pessoa idosa é considerada

complexa em razão da influência de uma série de fatores, os quais

necessitam ser investigados, visando um diagnóstico nutricional

acurado, que possibilite intervenção adequada. Alterações

fisiológicas, processos patológicos crônicos e situações individuais

decorrentes do envelhecimento, geralmente interferem no estado

nutricional do indivíduo. Portanto impõe-se uma associação de

indicadores nutricionais e a utilização de padrões de referência

mais específicos possíveis para realizar-se tal avaliação (LÍLIAN,

2004).

A antropometria é muito útil para o diagnóstico nutricional da

pessoa idosa. É um método simples, rápido, de baixo custo e com

boa predição para doenças futuras, mortalidade e incapacidade

funcional, podendo ser usada como triagem inicial, tanto para

diagnóstico quanto para o monitoramento de doenças. Nos

procedimentos de diagnóstico e acompanhamento do estado

nutricional de indivíduos de idade avançada, o Sistema de

Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), utilizará como

critério prioritário a classificação do Índice de Massa Corporal

(IMC), recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS),

considerando os pontos de corte diferentes daqueles utilizados para

adultos (BRASIL, 2006).

O objetivo do estudo é identificar o estado nutricional das pessoas

idosas no estado do Piauí entre os anos de 2008 a 2018.1, a partir

das coletas de dados contidas no SISVAN-web.

2 METODOLOGIA

A investigação se caracteriza por um estudo epidemiológico

descritivo e quantitativo, realizado a partir de dados secundários de

pessoas idosas (> a 60 anos) de ambos os sexos, cadastrados no

SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar Nutricional) pela rede

de atenção básica de saúde do estado do Piauí, entre o período de

2014 a 2017.

Os dados foram coletados no período de maio/ 2018 no SISVAN

web por meio de relatórios públicos anuais referentes ao estado

nutricional de idosos residentes no Piauí e que possuem cobertura

pelo SISVAN web, E-SUS, com o intuito de avaliar o índice de

massa corporal (IMC) dos mesmos.

Utilizou-se o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB)

para conhecer o universo das pessoas a partir de 60 anos

cadastradas no SISVAN web que são acompanhados pelo sistema

público de ambos os sexos.

Observou-se o estado nutricional por meio das variáveis analisadas

no SISVAN, referidos aos anos de 2014 a 2017; sexo;

raça/cor/etnia; escolaridade. Selecionou-se o estado que residem,

também foram analisados os dados existentes da classificação do

IMC das pessoas idosas atendidas nas Unidades Básicas de Saúde.

Para a interpretação das medidas antropométricas é necessário o

uso de padrões de referência e pontos de corte definidos. Sendo

assim, como critério de classificação do estado nutricional de

pessoas da terceira idade, foram adotados os pontos de corte

recomendado pela Organização Mundial da Saúde, apresentados no

quadro abaixo.

A elaboração de gráficos e planilhas foi apresentada no Microsoft

Excel. 2010. A adequação foi analisada por índices de diagnóstico

do estado do Piauí e o sexo dos indivíduos idosos. O presente

trabalho foi registrado na coordenação de pesquisa e mestrado

profissional em saúde da família- UNINOVAFAPI, processo nº

041/2018.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Entende-se que a investigação da situação nutricional das pessoas

idosas, sob o olhar das diferenças demográficas e sociais das

regiões do país, possa subsidiar ajustes nas políticas públicas de

prevenção e promoção de saúde, a partir da compreensão destes

fatores intervenientes nos agravos nutricionais. A determinação do

diagnóstico nutricional e a identificação dos fatores que contribuem

para tal diagnóstico na pessoa de terceira idade são processos

complexos, porém fundamentais para que políticas de intervenção

específicas possam ser desenvolvidas.

Os gráficos e tabelas abaixo mostram o número de pessoas idosas

cadastradas no SISVAN web, no período de 2008 a 2018.1 no

Estado do Piauí, analisando o estado nutricional para ambos os

sexos, raça, grau de escolaridade, cor e etnia.

Gráfico 1 - Números de pessoas idosas cadastradas no SISVAN

web no período de 2014 a 2017 no Estado do Piauí. Teresina – PI,

2018

Fonte: Pesquisa direta

Por meio dos dados coletados no período foi possível constatar que

os anos de maior significância em atendimentos foram 2016 –

2017, resultados esses bastantes positivos, pois mostra a procura de

idosos pelo SUS, bem como o maior cadastramento.

A organização da atenção e da gestão no SUS ainda se caracteriza

pela ação positiva de serviços e programas de ações e de práticas

clínicas que se expressam na incoerência entre as ofertas de

serviços e as necessidades de atenção. A atenção à pessoa idosa

implica a construção de um novo paradigma das práticas de saúde,

na medida em que demanda a ampliação do olhar nutricional em

relação á alimentação e aos parâmetros nutricionais e

antropométricos (BRASIL; MENDES, 2011).

4260

30221

45709 46471

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

45000

50000

2014 2015 2016 2017

Tabela 1: Estado Nutricional de pessoas idosas de ambos os sexos

no período de 2014 a 2017 no estado do Piauí cadastrados no

SISVAN - web. Teresina – PI, 2018.

ANO

BAIXO PESO

(%)

EUTROFIA

(%)

SOBREPESO

(%)

2014 19,37 41,22 39,41

2015 17,14 41,61 41,25

2016 16,69 42,13 41,18

2017 15,13 41,89 42,99 Fonte: Pesquisa direta

É possível observar que no período de 2014 houve a maior

prevalência de baixo peso em pessoas idosas, com 19,37%,

resultado esse preocupante, pois na maioria das vezes o baixo peso

está relacionado com a falta de apetite, alterações fisiológicas e

sociais, uso de várias medicações, problemas na alimentação

(comprometendo a mastigação e deglutição), depressão e alterações

da mobilidade com dependência funcional e sérios agravos á saúde,

como anorexia (BECK et al., 2001).

A relação entre o baixo peso da pessoa idosa e a condição de viver

só já foi evidenciada em alguns estudos nacionais e internacionais,

pautando-se na possível justificativa de que as mesmas as quais

moram sozinhas tendem a apresentar mais complicações na saúde,

repercutindo em alterações no apetite e na aquisição de alimentos,

predispondo o indivíduo à desnutrição (SCHILP J et al., 2011).

Observou-se que o sobrepeso foi maior em 2017, pois com passar

dos anos ocorreu uma transição nutricional onde a população

passou do baixo peso para o sobrepeso, isso se justifica com o

crescimento do sobrepeso anualmente. A incapacidade funcional

tem como principais fatores de risco a presença de problemas

neurológicos, alterações nutricionais e sedentarismo relacionado

tanto ao baixo peso como ao sobrepeso na pessoa idosa (STROBL

R et al,2013).

O estado nutricional da população de terceira idade interage

frequentemente com as modificações inerentes ao envelhecimento,

tais como: diminuição do metabolismo basal, redistribuição da

massa corporal, alterações no funcionamento digestivo e mudanças

na percepção sensorial. (NASCIMENTO et al., 2011)

Na tabela abaixo foi realizada a análise das pessoas idosas por raça/

cor/ etnia (branco, negro, amarela, parda, e os indígenas), indicada

pela cor de pele autodeclarada, embora represente uma

característica fenotípica do indivíduo, resulta também de uma

construção sociocultural, dependente do contexto individual

(ARAÚJO, ED et al., 2009). Todos são cadastrados no SISVAN

web no período de 2014 a 2017 no estado do Piauí.

Tabela 2 – Estado Nutricional das pessoas idosas no período de

2014 a 2017 por raça/cor no estado do Piauí cadastrado no

SISVAN - web. Teresina – PI, 2018

Raça/Estado

Nutricional

Baixo Peso % Eutrofia% Sobrepeso %

Branco 15,46% 42,71% 41,83%

Negro 19,50% 40,93% 39,57%

Amarela 17,37% 41,95% 40,68%

Parda 16,20% 42,01% 41,79%

Fonte: Pesquisa direta

É possível perceber na tabela acima que pessoas idosas de cor

negra estão com maior percentual de baixo peso. Segundo o estudo

realizado por Pereira et al, (2016), os resultado são contraditórios

dessa pesquisa, mostrando que o baixo peso ainda foi mais

prevalente em idosos das cores amarela (32,1%) e negra (23,6%),

residentes no estrato rural (26,3%).

Padrões de alimentação estão mudando rapidamente na maioria dos

países, em particular naqueles economicamente emergentes. As

principais mudanças envolvem a substituição de alimentos in

natura ou minimamente processados de origem vegetal (arroz,

feijão, mandioca, batata, legumes e verduras) e preparações

culinárias à base desses alimentos por produtos industrializados

prontos para consumo. Essas transformações, observadas com

grande intensidade no Brasil, determinam, entre outras

consequências, o desequilíbrio na oferta de nutrientes e a ingestão

excessiva de calorias. (BRASIL, 2014).

O sobrepeso demonstrou ainda prevalência expressiva em idosos de

todas as cores/raça, com exceção para a cor amarela, que

apresentou o menor porcentual (ANDRADE et al., 2016). O

gráfico abaixo mostra o estado nutricional de pessoas de terceira

idade por escolaridade, cadastrados no SISVAN web no período de

2014 a 2017 no Estado do Piauí.

Gráfico 2 – Estado Nutricional de pessoas idosas por escolaridade

no período de 2014 a 2017 no estado do Piauí cadastrados no

SISVAN - web. Teresina – PI, 2018.

Fonte: Pesquisa direta

Os resultados evidenciaram que o sobrepeso ocorre em maior

número entre as pessoas idosas com maior nível de escolaridade.

Em contrapartida, o baixo peso esteve mais prevalente entre os

indivíduos analfabetos.

Segundo os estudos (Monteiro CA, 2003; CAMPOS MAG et al.,

2006), estes mostram que os idosos com cinco a oito anos de

0

20

40

60

80

100

120

Baixo Peso Eutrofico Sobrepeso

escolaridade apresentaram menor chance de baixo peso comparado

aos com quatro ou menos anos de estudo. Esta associação pode

estar sofrendo influência do nível socioeconômico normalmente

ligado à escolaridade. O nível de conhecimento aumenta o risco de

sobrepeso e diminui o baixo, assim como a renda familiar, que

aumentou a chance de sobrepeso e obesidade. Idoso saudável não

portador de problema crônico de saúde tem menor chance de

apresentar desvios do estado nutricional, e os com idade mais

avançada apresentam maior chance de baixo peso e menor chance

de obesidade.

Tabela 03 – Estado Nutricional de pessoas idosas por sexo no

período de 2014 a 2017 no estado do Piauí cadastrados no SISVAN

- web. Teresina – PI, 2018.

Estado

Nutricional

Baixo Peso

%

Eutrofia

%

Sobrepeso

%

Sexo / Ano F M F M F M

2014 19,43 17,39 41,12 44,20 39,45 38,41

2015 16,75 17,98 39,35 46,51 43,89 35,51

2016 16,15 17,67 39,49 47,00 44,36 35,33

2017 14,64 16,06 39,40 46,66 45,96 37,27

Fonte: Pesquisa Direta

Na tabela 03 observou-se que o estado nutricional de pessoas

idosas de ambos os sexos, analisado no ano de 2014, tanto

feminino quanto masculino obtiveram resultados de grande

importância, refletindo a real situação nutricional da população da

terceira idade. A prevalência de sobrepeso foi maior em idosos do

sexo feminino (41,9%) em comparação ao masculino (31,6%),

(Pereira et al, 2016).

4 CONCLUSÃO

Portanto, é possível compreender que o estado nutricional das

pessoas idosas cadastradas no SISVAN web, encontra-se

inadequado para a população referida, devido ao baixo peso estar

relacionado com o baixo nível de escolaridade e sobrepeso

associado ao alto nível. Em todas as raças prevalecem eutrofia,

exceto na etnia amarela, pois possui maior porcentagem de

sobrepeso, dados esses que apresentam um aumento de doenças

crônicas não transmissíveis.

Sendo assim, a análise nutricional torna–se necessária para

identificar erros e deficiências alimentares a tempo de corrigi-las,

sem causar danos à saúde. Além disso, é possível por meio da

alimentação preservar e melhorar o estado nutricional, refletindo

também, no aperfeiçoamento da qualidade de vida.

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ANEXOS: