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SAÚDE DO IDOSO ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E ANATÓMICAS DO ENVELHECIMENTO

Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

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SAÚDE DO IDOSOALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS

E ANATÓMICAS DO ENVELHECIMENTO

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Composição e Forma do Corpo

Estatura

• Redução de 1cm por década a partir dos 40 anos

Etiologias (causas):-Redução dos arcos dos pés;-Aumento da curvatura da coluna;-Alteração dos discos intervertebrais;-Não há alterações no tamanho dos ossos longos.

Aumento dos diâmetros da caixa torácica e do crânio

Aumento da pavilhão auditivo

Aumento do Nariz

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PELE

-Atrofia em grau variável, com adelgaçamento difuso, secura e pregueamento (aspecto de papel de seda);

-Tonalidade ligeiramente amarelada, com perda de elasticidade e do turgor (consistência da pele).

EPIDERME

-Redução da espessura por diminuição do nº de células, podendo ocorrer do nº de camadas celulares do estrato espinhoso;

-Células da camada basal com alterações do volume e forma e por vezes com disposição desordenada;

-Redução do ¨turn-over celular¨(renovação celular): no tempo para substituição do estrato córneo e portanto no tempo de reepitelização;

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-Perda da função da barreira por redução dos lipídios do estrato córneo (aspecto de pele seca, opaca e descamativa);

- Pequenos traumas causam equimoses, manchas vermelhas ou púrpuras;

-Manchas senis: hiperpigmentadas, castanhas, lisas e achatadas.

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DERME

-Perda da elasticidade (elastina fica mais fina / ¨porosa¨);

-Redução da espessura: atrofia;

-Surgimento de rugas ( modificação de gorduras subcutâneas e a perda da elasticidade);

-Redução de glândulas sudoríparas e sebáceas: pele seca e áspera, mais sujeita a infecções e mais sensível a mudanças de temperatura;

-Redução do tecido subcutâneo: diminuição de fibroblastos e da vascularização.

Consequências: redução da elasticidade, da resistência e do turgor da pele; enrugamento, pele frouxa e pendente; da sensibilidade; fluxo sanguíneo e termorregulação prejudicada.

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PÊLOS

-Redução geral em todo corpo, exceto: narinas, sobrancelhas e orelhas;

-Sexo feminino: surgimento de pêlos hiperandrogenismo(um conjunto de sinais e sintomas que resultam de um nível elevado de androgénios (hormonas masculinas) no sangue).

-Perda da pigmentação dos pêlos (¨cabelos brancos¨);

-Inativação de células do bulbo capilar: queda de pêlos, calvície;

-Os pêlos do corpo são os primeiros que diminuem e a seguir os pubianos e axilares.

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UNHAS

-Tornam-se frágeis com perda de brilho e surgimento de estriações longitudinais e descolamento;

-Unhas dos pés com alterações de espessura e opacificação e/ou áreas de escurecimento da lâmina são frequentes por anormalidades ortopédicas que se agravam com a idade;

-O grau de crescimento das unhas diminui progressivamente e torna-se igual em ambos os sexos.

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TEMPERATURA CORPORAL

-Regulação Homeostática da temperatura corporal e habilidade de adaptar a diferentes ambientes térmicos deteriora com a idade avançada;

-Prejuízo de manter a temperatura corporal;

-Sudorese é também prejudicada no idoso;

-Aumento da temperatura em resposta a pirógenos (agente de produção é qualquer febre, ou seja, substâncias que actuam sobre os centros de termorregulação de hipotálamo resultado num aumento da temperatura ( febre ) é alterada.

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ALTERAÇÕES HÍDRICAS

-Redução dos reflexos de sede e fome;

-Redução da água corporal total;

-Perda de água intracelular;

-Importância deste conhecimento na administração de drogas hidro e lipossolúveis.

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ALTERAÇÕES DE MÚSCULOS OSSOS E ARTICULAÇÕES

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ALTERAÇÕES DE MÚSCULOS, OSSOS E ARTICULAÇÕES

-As alterações aparecem mais rapidamente;

-Todos os músculos do organismo em especial os dos troncos e das extremidades atrofiam-se com o tempo, o que leva a uma deterioração do tónus muscular e a uma perda da potência, força e agilidade;

-O peso total dos músculos diminui para a metade entre 30 e70 anos (o envelhecimento muscular é o resultado da atrofia das fibras musculares e do aumento do tecido gordo no interior dos músculos;

-As articulações sofrem alterações, os ligamentos calcificam-se, ossificam-se e as articulações tornam-se menores devido a erosão das superfícies articulares;

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-Mesmo conservando sua aparência os ossos sofrem modificações, o processo de reabsorção do cálcio sofre um desequilíbrio e o tecido ósseo torna-se mais poroso e frágil por uma desminerilização constante de massa e densidade óssea (este fenómeno ligado a senescência é denominado osteoporose; também responsável pela perda de dentes);

O da reabsorção óssea dos maxilares e da mandíbula acentua-se com a queda dos dentes. Reduz-se a distância entre o queixo e o nariz e os dentes migram para trás, modificando com o tempo a fisionomia do idoso.

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- A redução da altura também ocorre devido à diminuição dos espaços intervertebrais, que começa a partir dos 50 anos, e ocorre, também, a acentuação da curva natural da coluna vertebral denominada cifose (equilíbrio para o idoso). Nas mulheres os seios tornam-se pendentes, atrofiam-se e os mamilos ficam umbilicados.

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E ANATÓMICAS DO ENVELHECIMENTO DO SNC

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E ANATÔMICAS DO ENVELHECIMENTO DO SNC

• Capacidade reparadora do SNC

- Neurónios: células altamente diferenciadas e especializadas, estáveis estruturalmente.- SNC não dispõe de capacidade reparadora (neurónios não se podem reproduzir, não se remielinizam-se e os vasos sanguíneos cerebrais apresentam capacidade limitada para recuperação estrutural).

• Alterações anatómicas do SNC

- Atrofia cerebral (com redução de 5% à 10% do peso cerebral).- Aumento dos sulcos em detrimentos dos giros.- Aumento do tamanho dos ventrículos cerebrais.

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Aspectos clínicos: atrofia cerebral e redução do volume

encefálico. Maior risco de hemorragias subdurais (acumulação de sangue nos espaços entre as meninges) em traumas encefálicos

direto ou indiretos.

• Alterações estruturais do SNC

-Depósito de lipofucsina (lipocromo ou pigmento de desgaste)-Placas senis.

•Alterações Morfofuncionais

-Acúmulo de lipofucsina (é um pigmento depositado na célula que serve para detectar o tempo de vida celular. Ela está presente em células que não se multiplicam e têm vida longa. Quanto mais lipofuscina presente, mais velha é a célula.-Redução de neurónio.-Retração do corpo celular dos grandes neurónios.

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•Sensibilidade

-Alteram sensibilidade tátil e dolorosa.-Limiar para a dor aumenta e a sensibilidade dolorosa cutânea e visceral diminui.-Perda de sensação vibratória

• Alterações bioquímicas:

-Redução de níveis de acetilcolamina, receptores colinérgicos, ácido gama-aminobutírico; serotonina, catecolaminas, dopaminas (são neuro-transmissores)......-Declínio da função sináptica.

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Memória

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•Memória:

-Campo de controvérsia;

-Aquisição e retenção de novas informações em indivíduos 60 anos, tornam-se mais difíceis.

-O fluxo de informação é dificultado, principalmente a transferência de novas informações para a memória secundária;

-Alterações das conexões do hipocampo com as áreas de aprendizagem;

-Esquecimento senescente benigno X fase inicial de Alzheimer.

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. Diagnóstico diferencial das queixas da memória

-Quadros demenciais-Delirium-Quadros depressivos-Deficiência de Vitamina (B12, ácido fólico e tiamina)-Desatenção-Esquecimento senil benigno ou fisiológico

. Alterações Fisiológicas do sono

-Alteração da qualidade e quantidade-Maior fragmentação-Latência prolongada-Redução do sono REM-Sono mais superficial

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. Causas mais frequentes de insónia no idoso

-Ambientais-Depressão-Delirium-Demências-Apnéia do sono-Dor crónica-Noctúria-Drogas-Distúrbios Dispépticos-Fecaloma-Distúrbios do ritmo

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO SISTEMA CARDIOVASCULARES

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO SISTEMA CARDIOVASCULARES

. Aspectos Gerais

-Nº de células miocárdicas não aumenta após desenvolvimento neonatal;-Alterações bioquímicas e anatómicas com o envelhecimento, mas podem ser por doenças ou relacionadas ao estilo de vida;-Elevada incidência de doenças cardiovasculares.

. Miocárdio

-Depósito intracelular de lipofucsina;-Degeneração muscular, com substituição de células miocárdicas por tecido fibroso, que podem ser semelhantes às alterações decorrentes de isquemia;-Aumento da resistência vascular periférica pode levar a moderada hipertrofia miocárdica , sobretudo de câmara ventricular esquerda.

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. Alterações valvulares

-Tecido valvar é predominantemente colágeno;-Envelhecimento: degenerações, espessamento, calcificações.

. Alterações da valva aórtica

-Mais frequentes: calcificação;-Menos frequente: acúmulo de lípides, fibrose e degeneração colágena.

. Alterações vascularesAorta

-Arteriosclerose;-Aumento de colágeno;-Atrofia, descontinuidade e desorganização das fibras elásticas;-Deposição do cálcio;-Redução de elasticidade, rigidez na parede aórtica.

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. Alterações de artérias coronárias

-Arteriosclerose;-Perda de tecido elástico;-Aumento de colágeno;-Depósitos de lípidos com espessamento de camada média;-Tortuosidade dos vasos;-Calcificações.

. Alterações funcionais

-Limitação da performance durante atividades físicas;-Redução do débito cardíaco em repouso e esforço;-Redução do aumento da frequência cardíaca;-Maior risco de hipotensão ortostática.

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. Hipotensão ortostáticaImportância em geriatria

-Causa frequente de tonteiras e quedas no idoso;-Prevalência em torno de 6% nos idosos saudáveis e de 11% a 33% em pacientes com múltiplas doenças e/ou medicações;-Associação a perda funcional, redução da reabilitação e da qualidade de vida.

Etiologia

-Medicamentos (hipotensores, levodopa, fenotiazinas, álcool, sedativos, antidepressivos, vasodilatadores.......);-Desidratação;-Anemia;-Desnutrição;-Distúrbios hidroeletrolítico;-Descondicionamento físico.

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

. Aspectos Gerais

-Frequente associação a patologias;-Vários fatores associados agravam o processo de envelhecimento: tabagismo, poluição ambiental, exposição ocupacional, doenças pulmonares, diferenças socioeconômicas, constitucionais e raciais.

. Principais alterações fisiológicas

-Redução da elasticidade pulmonar;-Enrijecimento da parede torácica;-Redução da potência motora e muscular;-Redução do peso pulmonar em cerca de 21%;-Estreitamento dos bronquíolos;-Achatamento de sacos alveolares.

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. Alterações estruturais da parede torácica

-Enrijecimento do gradeado costal;-Redução da complacência e distensibilidade pulmonar (pior nos idosos acamados, com alterações posturais e inatividade física);-Hipercifose  (é o aumento da curvatura da região dorsal) torácica pode estar associada.

. Alterações estruturais musculares

-Substituição adiposa do tecido muscular;-Redução da massa e potência muscular (sobretudo no idoso inativo ou imóvel);-Atrofia muscular e redução da força muscular;-Rigidez do gradeado costal determina maior participação do diafragma e musculatura abdominal;-Fatores de risco piora da função respiratória e risco de infecção: imobilidade, desnutrição ou obesidade, doenças pulmonares associadas, doenças cardiovasculares associadas, doenças neuromusculares.

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Importância de medidas de reabilitação: fisioterapia respiratória, programas de atividades físicas e

mobilização no leito, nutrição adequada

. Atividades físicas

-Redução da capacidade para atividades físicas: aumento do consumo de oxigénio, redução da capacidade ventilatório, redução do débito cardíaco.

. Alterações fisiológicas ao exame físico

-Redução da expansão torácica, levando a aumento do volume residual e da pressão intratorácica;-Aumenta a cifose torácica;-Pode haver redução do murmúrio vesicular (são os sons pulmonares normais);

-Crepitações bibasais (palpitações) podem ser fisiológicas;-Aumento de frequência respiratória (taquipnéia) é um grande sinal do idoso.

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÓMICAS DO SISTEMA DIGESTIVO

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÓMICAS DO SISTEMA DIGESTIVO

. Envelhecimento do sistema digestivo

- De maneira geral: redução da motilidade (é a habilidade de uma pessoa se mover espontâneamente ou ativamente, consumindo energia no processo), na secreção e capacidade de absorção;- Felizmente, a reserva destes órgãos é tão grande que as reduções nos parâmetros fisiológicos não costumam resultar em deficiência real da função.

. Alterações fisiológicas da cavidade oral

-Mucosa oral: atrófica (tênue), lisa e ressecada, menos elástica e mais suceptível a lesões.-Língua: redução das papilas filiformes, redução do paladar;-Dentes: a perda dos dentes depende, além do envelhecimento, de fatores extrínsecos: hábitos, ocupação, dieta, oclusão dentária e composição dos dentes.

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. Aspectos clínicosCavidade Oral

-Redução da massa muscular: pode comprometer a mastigação e deglutição;-Redução do paladar: pode reduzir a ingesão de alimentos e contribuir para perda de peso e desnutrição;-Estomatites, monilíase oral;-Carcinoma.

Disfagia orofaríngea

-Sinais: regurgitação nasal de alimentos, engasgamentos frequentes, -Sintomas mais severos com líquidos;Etiologias:-Carcinoma faríngeo-Doenças do SNC (Parkinson, demências, AVC, tumores)-Doenças endócrinas: DM, hipotiredoidismo-Laringectomia-Medicamentos-Alterações do esfíncter superior do esófago.

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. Aspectos clínicosAlterações do estômago

-Discreta a moderada redução do esvaziamento gástrico;-Pode haver prejuízo e efeitos de drogas, que permanecem mais tempo no meio ácido;-Redução da secreção de ácido clorídrico (hipo ou acloridria), provavelmente por redução de células parietais;-Redução da secreção da pepsina; prevalência de colonização pelo H. pylori (75%).

Alterações do pâncreas

-Redução do peso;-Proliferação do epitélio ductal e formação de quistos;-Redução de secreção de lipase e bicarbonato.

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Envelhecimento do pâncreas endócrino

-Os níveis séricos de insulina aumentam com a idade, mas a sensibilidade a esta diminui, podendo resultar em testes de tolerância à glicose anormais;-Diminui a degradação da insulina;-Redução do nº de receptores da insulina na membrana celular de tecidos alvos;-Redução da velocidade de liberação da insulina.

Alterações do Intestino Delgado

-Estudos escassos e controversos;-Redução da altura das vilosidades da mucosa.

Alterações do cólon

-Atrofia da mucosa;-Anormalidades morfológicas das glândulas-Redução da distensibilidade (redução de colágeno e elastina).

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Alterações do reto e ânus

-Espessamento e alterações estruturais do tecido colágeno;-Redução da força muscular e esfincter anal esterno;-Redução da elasticidade e sensibilidade retal.

Aspectos clínicos:

-Redução da capacidade de retenção fecal (risco de incontinência fecal) por fatores extrínsecos e intrínsecos;-Intrínsecos: alterações fisiológicas-Extrínsecos: déficit cognitivo, impactação fecal, AVC, neuropatias (diabética, alcoólica...), imobilidade, etc.

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Alterações hepáticas:

-Redução do fluxo sanguíneo hepático;-Depósitos de lipofucsina;

Aspectos clínicos:

-Alteração da metabolização de drogas;-Alteração do metabolismo de primeira passagem.

Vesícula Biliar:

-A incidência de doença biliar e cálculos aumenta com o avançar da idade;-A sensibilidade da vesícula diminui.

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÓMICAS DO APARELHO GENITO-URINÁRIO

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICOS E ANATÔMICAS DO APARELHO GENITO-URINÁRIO

. Alterações renais:

-Redução do peso renal (cerca de 30%);-Redução do nº de glomérulos;-Espessamento da membrana basal ;-Redução da filtração glomerular;-Esclerose dos vasos renais.

-Repercussões clínicas:

-Torna o idoso mais suscetível à Insuficiência Renal aguda caso ocorra qualquer insulto nefrotóxico ou isquêmico;Redução da excreção de drogas, com necessidades de ajustes posológicos: menores doses e intervalos maiores;-Evitar drogas nefrotóxicas.

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. Alterações ureterais:

- Alterações da motilidade;

-Alterações vesicais:

-Aumento do volume residual;-Redução da capacidade de armazenar urina.

-Aspectos clínicos das alterações vesicais:

-Maior risco de infecções urinárias (que aumentam também no sexo masculino);-Risco de incontinência urinária (existem várias etiologias associadas);-No homem: aumento de próstata eleva riscos de infecção e incontinência.

-Aspectos uretrais:

-Homens: compressão extrínseca pela próstata aumentada;-Mulheres: atrofia uretral : risco de algúria, hematúria microcóspica, ITU.

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. Alterações sexuais:Sexo masculino

-Maior tempo para atingir ereção completa;-Maior necessidade de estimulação direta do pénis;-Retardamento da ejaculação;-Perda rápida da ereção após a ejaculação;-Maior dificuldade em manter a ereção durante a relação;-Redução da líbido;-Redução da frequência sexual.

-Aspectos clínicos:

-Arterosclerose é principal causa obstrutiva vascular no idoso;-Redução da elasticidade do tecido dos corpos cavernosos;-Neuropatias periféricas: diabetes, alcóolismo...-Cirurgias pélvicas: sobretudo cirurgia radical de próstata;-Depressão, déficits cognitivos, distúrbios emocionais, co-morbidades, drogas.

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. Alterações sexuais:Sexo feminino

-Redução da lubrificação vaginal;-Redução da líbido;-Atrofia vaginal e uretral;-Pode haver dor, desconforto e sangramento nas relações;-Redução da frequência sexual.

-Aspectos clínicos:

-Reposição hormonal;-Lufrificação artificial;-Co-morbidades levam a maior limitação da sexualidade;-Aspectos psicológicos, dependência e submissão marital, herança familiar e criação: grandes repercussões na sexualidade feminina.

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS RELACIONADAS À FARMACOLOGIA

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS RELACIONADAS À FARMACOLOGIA

FARMACOCINÉTICA x FARMACODINÂMICA

• Farmacocinética

- Absorção, distribuição, metabolismo e excreção das drogas;

- Conjunto de alterações sofridas pelas drogas.

• Farmacodinâmica

- Mecanismos implicados na ação das drogas.

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS

- Interferências na Absorção:

. Redução da secreção de ácido gástrico (hipocloridria, acloridria);. esvaziamento gástrico retarda a absorção e/ou aumenta degradação da droga pode determinar a inativação de algumas drogas;. Alteração da absorção decorrentes de administração concomitante de medicações.Ex.: antiácidos cimetidina e derivados imidazólicos

-Alterações Intestinais:- . Aceleração do trânsito intestinal (reduz absorção);. Lentificação d trânsito intestinal (aumento absorção);. Controvérsias: influências da redução das vilosidades intestinais, com redução da área da superfície da mucosa.

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- Interferência na Absorção:

. Redução da circulação êntero-hepática (sobretudo nas reduções do débito cardíaco), de absorção dos medicamentos que precisam do metabolismo de primeira passagem no fígado;. Aterosclerose associada reduz mais ainda o fluxo sanguíneo.

Alterações patológicas

Interferências na Absorção:

. Edema Intestinal.

. Doenças Agudas (ex. infecções).

. Gastrectomia, enterites, síndromes de má absorção: redução na absorção de ferro, ácido fólico, vitamina B12, corticosteróides, digoxia.

Interferência na Distribuição:

. Redução da massa muscular.

. Aumento do tecido adiposo.

. Redução do líquido corporal.

. Redução da albumina sérica.

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Interferência no Metabolismo

. Redução da função hepática (oxidação, metabolismo de primeira passagem).. fase I metabolismo: drogas que inibem ou induzem a atividade hepática.. Redução da função renal.

Interferências na Excreção

. Drogas lipossolúveis: maior reabsorção renal.

. Redução da filtração glomerular em 35% à 50% (redução do nº de néfrons, redução do fluxo plasmático, redução do peso renal).. Creatinina não é um bom marcador da função renal no idoso.. Redução da massa muscular, que reduz a produção de creatinina.

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Principais Patologias que interferem na Farmacocinética:

-Desnutrição

-Insuficiência renal e hepática

-Infecções

-Uso de múltiplas drogas

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Farmacodinâmica - Interferências:

-Maior sensibilidade do SNC à ação de drogas Benzodiazepínicas

-Maior sensibilidade a anticoagulantes

-Maior sensibilidade a várias drogas decorrentes de: da hipotensão ortostática, maior disfunção vesical e intestinal, menor controle postural (alteração da barorregulação), dificuldade de termorregulação, da intolerância a glicose, alteração de sensibilidade à ação enzimática, resposta imunitária, particularmente a celular.

-Devido às alterações fisiológicas, farmacocinéticas e farmacodinâmicas: redução da janela terapêutica do idoso; Dose terapêutica Dose tóxica.

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PATOLOGIAS GERIATRICAS MAIS FREQUENTES

OSTEOPOROSE

• Considerada pela OMS (2001) como uma epidemia inaceitável sendo reconhecida como o segundo maior problema de saúde pública e maior causa de fraturas ósseas nos idosos.

• Caracterizada pela diminuição da massa óssea e deterioração de sua microarquitetura, acarreta fragilidade do osso e consequente risco de fratura.

• Acomete mais mulheres à partir do climatério..

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PATOLOGIAS GERIATRICA MAIS FREQUENTESOSTEOPOROSE• A prevenção da osteoporose inicia-se por bons e

adequados hábitos alimentares desde a infância com alta ingestão em cálcio e com o avanço da idade o controle de excessivo consumo de proteínas, café, fumo e álcool.

• Uma apresentação das necessidades nutricionais diárias fornecendo alimentos com maior quantidade de cálcio, mantendo uma ingestão mínima diária deste mineral, faz parte de uma, das diversas intervenções em pacientes acometidos pela osteoporose.

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PATOLOGIAS GERIATRICA MAIS FREQUENTES

AFECÇÕES OSTEOARTICULARES• As Artrites são classificadas entre as 5 principais causas

de deficiências de longa evolução, levando a quase 50% dos portadores a uma situação de incapacidade.

• Caracterizam-se por quadro de dor com inflamação e rigidez articular, restrição e fadiga nos movimentos, limitação funcional, dificuldade de locomoção e deformidades.

• Entre as mais de 100 enfermidades que comprometem as articulações no idoso, a osteoartrite e a artrite reumatóide são as duas mais comuns.

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PATOLOGIAS GERIATRICA MAIS FREQUENTES

DOR

• Vários estudos referem um aumento na prevalência de dores persistentes, musculo-esquelética neuropáticas, fibromialgias relacionadas com o aumento da idade…

• A falta de avaliação e diagnóstico apropriados, o uso indiscriminado de analgésico ou anti-inflamatórios como único método de controle da dor, tem sido fatores agravantes desta situação com o aparecimento de efeitos secundários.

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COMO LIDAR COM A COMO LIDAR COM A DORDOR DO IDOSO DO IDOSO

O envelhecimento, por si só, não tem comoconsequência processos dolorosos.

As queixas de dor, entre os idosos, são decorrentes das doenças.

A dor não é “normal” na terceira idade, ela pode e deve ser aliviada.

A dor acarreta ao individuo sofrimento considerável.

Se for muito intensa e frequente, aumenta a dependência do idoso.

Page 58: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

O QUE É DOR:O QUE É DOR:

A dor é uma sensação desagradável que possui aspectos físicos e emocionais e envolve o organismo todo.

A sensação dolorosa deve-se à estimulação das terminações nervosas, por substâncias que provocam dor.

Ao ocorrer um corte, uma inflamação ou pancada, as células lesadas liberam essas substâncias.

Page 59: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

TIPOS DE DOR:TIPOS DE DOR:

A DOR AGUDA:A DOR AGUDA:

Que aparece como resposta de defesa do organismo a

uma agressão (pancada, corte), varia a sua

intensidade e costuma ser mais bem tolerada, pois

existe uma expectativa de que com a resolução do

problema ela acabe, podendo ser constante ou

intermitente.

Page 60: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

AS DORES CRÓNICASAS DORES CRÓNICAS, , são aquelas

com mais de seis meses de duração, de

controle difícil, e que acarretam grandes

desgastes físicos, psicológicos e alterações

sociais ao individuo.

Page 61: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

FISIOLOGIA DA DOR

Resposta reflexiva.

O SNC possui células nervosas especializadas –

nocireceptores que são receptores sensoriais

localizados na pele, músculos e tecido conjuntivo.

Elas respondem ao estímulo provocado pela lesões

térmica, mecânica ou química.

Page 62: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

FISIOLOGIA DA DORFISIOLOGIA DA DOR

A resposta consiste na libertação de mediadores

químicos, como a prostaglandinas que estimula os

nocireceptores , transportanto o impulso doloroso até

a medula espinhal, deslocando-os o longo das fibras

nervosas aferentes.

Page 63: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

TIPOS DA DORTIPOS DA DOR

• Superficial

• Viceral

• Somática

• Neroupática

• Fantasma

Page 64: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

AVALIAÇÃO DA DORAVALIAÇÃO DA DOR

Para que uma pessoa possa avaliar a dor no idoso deve partir do princípio de que o relato de dor é verdadeiro, só quem a sente é que a pode descrever.

Para o acompanhamento de como a dor vai evoluindo, a pessoa (que acompanha) elabora uma escala, para que o idoso possa assinalar como está a sua dor naquele momento.

Page 65: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

A informação de dor transmite-se pelos nervos periféricos até chegar a medula e desta ao cérebro.

A dor decorrente de um mesmo tipo de lesão pode ser expressa e tolerada de maneira muito diferente por duas pessoas.

Por isso a dor é uma experiência individual e subjetiva, só a pessoa que a sente é que a pode avaliar.

Page 66: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

Pessoas muito ansiosas e com tendência a depressão toleram menos a dor e está traz-lhes maior sofrimento.

A dor, a ansiedade, a depressão e tensão muscular andam junta e formam um circulo vicioso.

O cuidador deve saber quebrar esta cadeia ajuda a aliviar a dor.

Page 67: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

O isolamento social e a falta de atividades O isolamento social e a falta de atividades produtivas podem fazer com que o quadro produtivas podem fazer com que o quadro doloroso se agrave.doloroso se agrave.

O individuo que fica só, tende a ter a O individuo que fica só, tende a ter a atenção na dor.atenção na dor.

O envolvimento do individuo em tarefas O envolvimento do individuo em tarefas produtivas contribuem para afastar do produtivas contribuem para afastar do pensamento a atenção na dor.pensamento a atenção na dor.

Page 68: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

INTERFERÊNCIA DA DOR NA VIDA DO IDOSOINTERFERÊNCIA DA DOR NA VIDA DO IDOSO

A dor, principalmente a crónica, interfere na vida do indivíduo.

A dor tira-lhes o prazer ou impossibilita as suas atividades sociais, dificultando ou impedindo o caminhar.

A dor provoca distúrbios no sono e acarreta a depressão e a ansiedade.

Page 69: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

Provocam constipação intestinal, alterações no apetite, na memória e incontinência.

A imobilidade física e os longos períodos de repouso na cama podem favorecer o aparecimento de problemas pulmonares e propiciar a formação de trombos, além de escaras.

Lembre-se que, executar tarefas, ocupar-se, distrair-se, sentir-se útil são muito importantes para aumentar a tolerância à dor.

Page 70: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP
Page 71: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

É importante anotar o dia, o horário e se o idoso estava ou não sob afeito de algum medicamento.

Uma outra escala bastante utilizada é a numérica. Construída com uma graduação que varia de 0 a 10, onde 0 é ausência de dor e 10 é a dor máxima suportável.

Conhecer a localização, a região do corpo que dói, é importante pois é frequente a presença de dor em mais de um local.

Page 72: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

Muitas dores podem ser agravadas na presença de fatores como determinada posição, exercício, nervosismo etc.

Também podem ser aliviadas na presença de fatores como um ambiente tranquilo, repouso e distração.

Perguntas como “ o que piora?” ou “o que melhora?” as suas dores podem ajudar a preveni-las e aliviá-las.

Page 73: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

ALIVIO DA DOR COM MEDICAMENTOSALIVIO DA DOR COM MEDICAMENTOS

Muitas dores são adequadamente controladas com analgésicos.

No entanto, podem apresentar efeitos colaterais, e conhecê-los pode ajudar a prevenir complicações e auxiliar no tratamento.

Page 74: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

Analgésicos que atuam sobre o sistema nervoso:

-narcóticosnarcóticos: : que são derivados da morfina (Tulex, Dimorf, Tenegesic).

- - não narcóticosnão narcóticos: : tais como Aspirina, Tylenol, AAS

Page 75: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

- Impedem a produção de substâncias que - Impedem a produção de substâncias que ocasionam dor.ocasionam dor.

- Estes analgésicos possuem efeito - Estes analgésicos possuem efeito antiflamatório, e no tratamento da dor antiflamatório, e no tratamento da dor também são utilizados medicamentos também são utilizados medicamentos antidepressivos e tranquilizantes.antidepressivos e tranquilizantes.

- Nos analgésicos não-narcóticos os efeitos - Nos analgésicos não-narcóticos os efeitos colaterais mais frequentes são a colaterais mais frequentes são a irritação irritação gástrica,gástrica, e alteração na capacidade de e alteração na capacidade de coagulação sanguinea.coagulação sanguinea.

Page 76: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

- - Os efeitos de irritação gástrica podem ser diminuídos tomando-se um protetor junto com as refeições.

- Os analgésicos derivados da morfina apresentam efeitos colaterais como obstipação intestinal, náuseas e vômitos, sonolência e depressão respiratória.

- Uma dieta rica em fibras, ajuda a controlar esse efeito.

Page 77: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

- Manter-se atento a sinais de sonolência excessiva e alterações da respiração podem prevenir complicações.

- A dependência física e psicológica é possível de ocorrer na utilização dos mesmos.

- Outro conceito importante é o de respeitar a dosagem prescrita.

Page 78: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

Nas pessoas idosas, as diversidades de doenças e sintomas apresentados faz com que se tornem grandes consumidores de medicamentos.

Existe uma dificuldade de memorizar ou organizar corretamente os horários em que os medicamentos devem ser ingeridos.

Uma lista por horário, dos medicamentos, com letra grande e legível é uma medida bastante simples, mas que presta grande ajuda.

Page 79: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

ALIVIO DA DOR SEM A UTILIZAÇÃO DE ALIVIO DA DOR SEM A UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS.MEDICAMENTOS.

- A utilização de técnicas de relaxamento pode favorecer a - A utilização de técnicas de relaxamento pode favorecer a diminuição de stres físico e mental, da contração muscular diminuição de stres físico e mental, da contração muscular e proporcionar alívio da dor.e proporcionar alívio da dor.

- Praticar respiração rítmica, ouvir música suave, - Praticar respiração rítmica, ouvir música suave, entre outras, também podem ajudar na entre outras, também podem ajudar na tolerância à dor.tolerância à dor.

- As técnicas de distração como ler um livro, rezar, assistir a - As técnicas de distração como ler um livro, rezar, assistir a um filme, contar uma história, executar uma tarefa etc, por um filme, contar uma história, executar uma tarefa etc, por manterem a mente ocupada, contribuem para diminuição da manterem a mente ocupada, contribuem para diminuição da dor.dor.

Page 80: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

- O uso de medidas físicas, incluindo calor, frio e massagens, - O uso de medidas físicas, incluindo calor, frio e massagens, é muito útil para o tratamento da dor.é muito útil para o tratamento da dor.

- Estas medidas promovem relaxamento muscular, - Estas medidas promovem relaxamento muscular, melhoram a circulação sanguínea na região e aliviam a dor.melhoram a circulação sanguínea na região e aliviam a dor.

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Page 82: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

O USO DOS MEDICAMENTOS – ATENÇÃO O USO DOS MEDICAMENTOS – ATENÇÃO COM IDOSOSCOM IDOSOS

Medicamentos é toda substância que, introduzida no organismo, terá como finalidade a prevenção e a cura de doenças e ao mesmo tempo o alivio de alguns sintomas.

Os idosos frequentemente apresentam estados variados de doença crónica, que exigem tratamento com medicamentos em longo prazo.

Page 83: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

Não são raros os erros que podem ocorrer na auto-administração, podendo resultar em quantidades erradas ou excesso de dosagem.

Idosos que são independentes Idosos que são independentes necessitam apenas de orientações nas dosagens e horários.

Idosos parcialmente dependentes Idosos parcialmente dependentes necessitam de intervenção para os lembrar e/ou ajudar no momento em que devem tomar o medicamento.

Idosos dependentesIdosos dependentes necessitam de um cuidador (pessoa que toma conta) para que administre o medicamento e verifique possíveis reações.

Page 84: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

PATOLOGIAS GERIATRICA MAIS FREQUENTES

DOENÇA DE PARKINSON• Considerada a segunda doença neurodegenerativa mais comum no

envelhecimento (1997-American Academy of Neurology). • Caracterizada por sintomas motores como: tremor (em pés, mãos,

queixo e mandíbula), rigidez muscular (membros, pescoço e tronco), acinesia ou bradicinesia (redução da quantidade e qualidade dos movimentos), distúrbios de equilíbrio e marcha.

• Numa fase mais avançada da doença as dificuldades vão tornando-se progressivas para a realização de funções simples relacionadas com as atividades da vida diária.

• Associado ao tratamento medicamentoso, precisam de estar assegurados os cuidados básicos de saúde para o melhor enfrentamento da condição de incapacidade como a manutenção da higiene e alimentação.

Page 85: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

PATOLOGIAS GERIATRICA MAIS FREQUENTESACIDENTE VASCULAR CEREBRAL• Consiste no comprometimento súbito da função cerebral causado

por alterações no fluxo sanguíneo cerebral. Aproximadamente 80% dos AVC são causados por um baixo fluxo sanguíneo cerebral (Isquemia) e outros 20% por hemorragias.

• Entre os fatores de risco destacam-se os:

- genéticos: hipertensão arterial, tabagismo, idade

- genéticos e do modo de vida: obesidade, alcoolismo crônico, diabetes mellitus

• É a terceira principal causa de morte entre as a patologias clínicas e a mais frequente causa de morbidade entre as doenças neurológicas depois da Síndrome de Alzheimer. Nos indivíduos acima dos 75 anos esta incidência chega a 30/1000 hab.

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PATOLOGIAS GERIATRICA MAIS FREQUENTES

DIABETES MELLITOS• O Diabetes Tipo 2 ocorre frequentemente em pessoas com mais de 40 anos e,

em geral, obesas. • Além do excesso de peso, outros fatores aumentam o risco para a doença:

sedentarismo, ingestão excessiva de calorias, tabagismo, estresse e antecedente familiar.

• Em geral, o controle do Diabetes Tipo 2 requer dieta, exercícios e, às vezes, medicamentos.

• A doença é crônica e muitas complicações estão associadas a ela:

UM INDIVÍDUO DIABÉTICO PODE TER:

- um problema renal, que pode evoluir para insuficiência renal;

- alteração da visão, que também pode evoluir para cegueira;

- alterações vasculares associadas a perda da sensibilidade e chegar a amputações de membros inferiores.

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PATOLOGIAS GERIATRICA MAIS FREQUENTES

DEFICIÊNCIAS COGNITIVAS• As funções cognitivas (memória, linguagem, atenção e alerta…)

podem também declinar com o avanço da idade afetando entre 5% a 11% das pessoas acima de 65 anos e quase 50% daquelas com cerca de 80 anos com uma prevalência maior em mulheres (Advisory Panel on Alzheimer Disease, 1988)

• Doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência, sendo responsável por aproximadamente 65% de todos os casos de demência em adultos.

• Caracterizada principalmente pelo declínio da memória, afasia, apraxia, desorientação tempo-espacial, delírios paranóides, alucinações

Page 89: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

PATOLOGIAS GERIATRICA MAIS FREQUENTES

OUTRAS

• Deficiência visual/ cegueira• Deficiência auditiva• Alterações vocais

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NUTRIÇÃO E GERIATRIA

• O envelhecimento está relacionado com alterações fisiológicas que afetam a necessidade de vários nutrientes.

• Necessidades energéticas diminuem com o envelhecimento como resultado de alterações do metabolismo basal e atividade física.

• Infelizmente, no cuidado do idoso doente e frágil, os aspectos de nutrição e hidratação são renegados a uma posição inferior no ranking das prioridades de avaliação e tratamento.

• A necessidade por avaliação e intervenção nutricional é particularmente crucial neste grupo etário, em quem a incidência de doenças crônicas muito prevalente e uma infinidade de fatores sociais e econômicos aumentam a possibilidade de erro nutricional.

Page 91: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

NUTRIÇÃO E GERIATRIA

• Estudos populacionais prévios sobre o estado nutricional de

idosos demonstraram uma alta prevalência de desnutrição calórica, protéica e de micronutrientes, freqüentemente refletindo, bem como colaborando para os sintomas clínicos de doenças crônicas.

• Atualmente, quanto as recomendações da ingestão diária de nutrientes, ao invés de ser baseada na quantidade de nutrientes para prevenir a ocorrência de um estado de deficiência, as novas recomendações são baseadas na quantidade de nutrientes necessárias para, ou prevenir a ocorrência de uma doença crônica ou otimizar uma função fisiológica

Page 92: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

NUTRIÇÃO E GERIATRIA

NECESSIDADES NUTRICIONAIS• O envelhecimento resulta em uma significante diminuição da

necessidade de energia devido a:

1.diminuição do gasto energético em repouso como conseqüência do declínio da massa muscular

2.diminuição da atividade física

3.Diminuição do apetite. Em resposta a um jejum, idosos aparentam ter menos fome do que pessoas jovens e a saciedade ocorre mais rapidamente.

• A ingestão energética total é determinada primeiramente pela necessidade de energia. Portanto uma redução de 30% na necessidade de energia será acompanhada por 30% na redução de ingestão de alimentos

Page 93: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

NUTRIÇÃO E GERIATRIA

NECESSIDADES NUTRICIONAIS: CARBOIDRATOS• O papel primário dos carboidratos (açucares e amido) é

fornecer energia às células especialmente às que dependem quase que exclusivamente de glicose como os neurônios

• A Recommended Dietary Allowance (RDA) de carboidratos para idosos é a mesma dos adultos jovens (130 g/dia) baseado na utilização média de glicose pelo cérebro

• Há evidências de diminuição na tolerância à glicose da terceira idade levando a pequenos aumentos nos valores glicêmicos em jejum e em testes de tolerância à glicose e, conseqüente, aumento percentual de idosos com subdiagnóstico de diabete ou glicemia de jejum alterada.

Page 94: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

NUTRIÇÃO E GERIATRIA

NECESSIDADES NUTRICIONAIS: FIBRAS• As fibras são polissacarídeos não amiláceos, compostos de

origem vegetal, pouco disponíveis como fonte de energia por serem pouco hidrolisados por enzimas do intestino humano

• De acordo com suas propriedades físicas, podem ser classificadas em:

solúveis (pectina, mucilagens e algumas hemiceluloses)

insolúveis (celuloses e hemiceluloses)• A relação das fibras solúveis com o trato gastrointestinal está na

sua habilidade de reter água e formar géis além de servir como substrato para fermentação de bactérias. Retardam o esvaziamento gástrico tornando mais lento a digestão e absorção dos alimentos além de diminuir os níveis séricos de colesterol.

Page 95: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

NUTRIÇÃO E GERIATRIA

NECESSIDADES NUTRICIONAIS: FIBRAS• Outras funções das fibras são a estimulação da mastigação, salivação

e secreção gástrica; o aumento do bolo fecal e, normalmente, a otimização do tempo de trânsito intestinal

• O aumento no consumo de fibras proveniente de cereais, frutas e vegetais em fases tardias da vida está associado à:

1.redução na incidência de evento cardiovasculares,

2.diminuição dos níveis colesterol

3. normalização dos níveis sangüíneos de glicose

4.aumentam do tempo de esvaziamento gástrico resultando no aumento da saciedade e ajudando no controle de peso de pacientes

• Segundo as recomendações da American Dietetic Association, a ingestão de fibras deve ser de 20 a 35 g/dia para adultos e idosos .

Page 96: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

NUTRIÇÃO E GERIATRIANECESSIDADES NUTRICIONAIS: PROTEINAS• As proteínas são os maiores componentes estruturais do corpo, além

de funcionarem como enzimas, hormônios e carreadores intracelulares entre outros.

• Seus principais componentes, os aminoácidos, são precursores de vitaminas, ácidos nucléicos e outras importantes moléculas.

• 0,75g/kg/dia representa a necessidade média de proteína de alta qualidade para adultos e idosos (Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição: 1g/Kg/dia)

• O envelhecimento está associado com a diminuição do conteúdo de proteína corporal em aproximadamente 45% da terceira para a oitava década, especialmente dos compartimentos musculares (sarcopenia).

• Alguns autores acreditam que a sarcopenia associada ao envelhecimento pode ser revertida parcialmente através de exercícios de treinamento físico e suplementação de proteínas

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NUTRIÇÃO E GERIATRIA

NECESSIDADES NUTRICIONAIS: LIPÍDIOS

• Vários autores sugerem que uma capacidade reduzida para oxidar gordura talvez contribua para um acúmulo de gordura.

• O envelhecimento está associado com uma redução da oxidação da gordura em repouso , após uma refeição e durante o exercício, promovendo, então, um acúmulo da gordura total e central do corpo.

• A regulação hormonal da lipólise pode ser afetada pelo processo do envelhecimento.

• O envelhecimento não altera qualquer das necessidades específicas para qualquer dos lípides essenciais. Contudo é amplamente admitido que uma prudente dieta com 30% ou menos do valor energético total na forma de gordura

Page 98: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

NUTRIÇÃO E GERIATRIANECESSIDADES NUTRICIONAIS: ÁGUA

• Nos idosos o balanço hídrico é extremamente importante porque eles são propensos a desenvolver desidratação. Como uma regra geral, a ingestão hídrica diária deve ser 1 ml/Kcal ou 30 ml/Kg.

NECESSIDADES NUTRICIONAIS: MINERIAS E VITAMINAS• Vários estudos indicam que, para uma numerosa variedade de minerais

e vitaminas, a ingestão é significativamente menor do que a recomendação diária permitida para uma grande fração de pessoas idosas de ambulatório.

Page 99: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

NUTRIÇÃO E GERIATRIA

Mineral/ Vitamina

Recomendação de ingestão

Deficiência

Calcio 1,0 e 1,2 g/dia Osteoporose

Zinco 11 mg/dia para homens e 8mg/dia para mulheres

Baixa cicatrização, anorexia,

Ferro

Selênio 55μg/dia Declínio da função imune celular e a insuficiência cardíaca congestiva.

Cobre 900 μg/dia Rara

Cromo 35 μg/dia para homens e 25 μg/dia para mulheres

Intolerância à glicose em pessoas idosas

Page 100: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

NUTRIÇÃO E GERIATRIAMineral/ Vitamina

Recomendação de ingestão

Deficiência

Tiamina (B1) 0,8 a 1,5 mg/dia Resistência àInsulina, síndrome do túnel do carpo, declínio da função imune. Beribéri.

Ribflavina (B2) 1,1 a 1,7mg/dia. Quadro inespecífico e raramente ocorre de forma isolada.

Piridoxina (B6) 2 mg/dia. Contribui no desenvolvimento de distúrbios da cognição, neuropatias, e talvez cardiomiopatias. Níveis séricos elevados de homocisteína, associados à sua deficiência estão implicados como fator de risco para doença cardiovascular,demência e doença de Alzheimer

Page 101: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

NUTRIÇÃO E GERIATRIAMineral/ Vitamina

Recomendação de ingestão

Deficiência

Ácido fólico e Vitamina B12

De folato é de 400 μg/dia enquanto a de vitamina B12 é de 2,4μg/dia.

• Perda cognitiva ou depressão significativa. • A anemia megaloblástica resultante da deficiência de folato é indistingüível da causada pela deficiência de vitamina B12.• A deficiência de folato e vitamina B12 resulta num aumento da concentração deHomocisteína (fator de riscopara doenças cardiovasculares e para o desenvolvimento de demência do tipo Alzheimer e demência vascular)

Page 102: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

NUTRIÇÃO E GERIATRIAMineral/ Vitamina

Recomendação de ingestão

Deficiência

Vitamina C 90 mg/dia para homens e 75mg/dia para mulheres

Não há evidências de que a deficiência de vitamina C tenha qualquerrelevância clinica nas pessoas idosas saudáveis. Escorbuto

Vitamina A 900 μg/dia para homens e de 700 para mulheres.

Xeroftalmia e cegueira noturna

Vitamina D 400 UI para pessoas de 51 a 70 anos e 600 UI para pessoas com mais de 70 anos de idade.

Osteomalacia e umagravamento do risco de fratura em homens e mulheres idosas com osteopenia relacionada à idade

Page 103: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

NUTRIÇÃO E GERIATRIA

Mineral/ Vitamina

Recomendação de ingestão

Deficiência

Vitamina E 15 mg/dia Rara

Vitamina K 120 μg para homens e 90 para mulheres.

Sangramento

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NUTRIÇÃO E GERIATRIAAMINOÁCIDO INDICAÇÃO DOSE

Ác Aspártico Fadiga Crônica,hepatoprotetor

100 a 300mg/dia

Ác Glutâmico Regula atividade das células cerebrais

50 a 100mg/dia

Alanina Ajuda no metabolismo energético e da glicose

100 a 300mg/dia

Arginina Reações de desintoxicação no metabolismo hepático, melhora resposta do sistema imunológico e em distúrbios renais

100 a 400mg/dia

Cisteína Processos de desintoxicação, eliminação de radicais livres, fluidificação do muco do trato respiratório

100 a 500mg/dia

Page 105: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

NUTRIÇÃO E GERIATRIAAMINOÁCIDO INDICAÇÃO DOSE

Cistina Cicatrização pós –cirúrgica. Distúrbios respiratórios

25 a 100mg/dia

Fenilalanina Aumenta produção de neurotransmissores, no tratamento de depressão, e para melhorar a memória

50 a 100mg/dia

Glicina Hiperacidez gátrica 20 a 200mg/dia

Glutamina Regular atividade de células cerebrais

20 a 100mg/dia

Histidina Coadjuvante ao tratamento de alergias e da artrite reumatóide

100 a 150mg/dia

Isoleucina Aumenta a síntese de hemoglobina, ajuda a estabilizar e regular glicemia

100 a 300mg/dia

Page 106: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

NUTRIÇÃO E GERIATRIAAMINOÁCIDO INDICAÇÃO DOSE

Leucina Aumenta a capacidade de cicatrização dos ossos, pele e tecido muscular

100 a 300mg/dia

Lisina Aumenta a imunidade em processos virais. Ajuda na absorção de cálcio.

100 a 400mg/dia

Metionina Hepatoprotetor. Estimula síntese de glutation.

200 a 1000mg/dia

Ornitina Hiperamoniemia e distúrbios hepáticos

100 a 300mg/dia

Prolina Estimula síntese de colágeno 100 a 300mg/dia

Serina Estimula sistema imunológico 100 a 300mg/dia

Taurina Coadjuvante no tratamento de hipercolesterolemia e de doenças cardiovasculares

100 a 3g/dia

Page 107: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

NUTRIÇÃO E GERIATRIAAMINOÁCIDO INDICAÇÃO DOSE

Tirosina Ansiedade, distúrbios do sono, depressão

50 a 300mg/dia

Treonina Síntese de colágeno e elastina 100 a 300mg/dia

Triptofano Tratamento de stress, depressão e distúrbios no sono

100 a 300mg/dia3 a 6g/dia (depressão e sono)

Valina Melhora o metabolismo muscular e o balanço nitrogenado

100 a 300mg/dia

Page 108: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

DESNUTRIÇÃO• A desnutrição em idosos é comum, pois com a idade

avançada, o consumo alimentar diário diminui. Além disso, os alimentos consumidos são de baixas calorias, contribuindo para a deficiência nutricional e desnutrição.

• A suplementação oral é uma estratégia eficaz e viável, sendo utilizada para proporcionar uma vigilância nutricional adequada, principalmente quando esta faixa etária apresenta problemas de desnutrição.

Page 109: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

DESNUTRIÇÃO

• O mais importante distúrbio nutricional observado nos idosos é a desnutrição, que está associada ao aumento da mortalidade e da susceptibilidade às infecções e a redução da qualidade de vida.

• A desnutrição é um transtorno corporal produzido por um desequilíbrio entre o aporte de nutrientes e as necessidades do indivíduo motivado por :

1.Uma dieta inadequada, 2.Ou por fatores que comprometam a ingestão, absorção e

utilização dos nutrientes decorrente de alguma afecção ou por necessidades nutricionais aumentadas

Page 110: Alteracoes-fisiologicas-e-anatomicas-do-idoso MB aula Parte A 3ºP

DESNUTRIÇÃO• A intervenção nutricional em idoso tem como objetivo

proporcionar todos os nutrientes necessários e as quantidades adequadas para manter um bom estado nutricional.

SUPLEMENTAÇÃO• O Ministério da Saúde (MS) definiu, em 1998, que os

suplementos, tanto vitamínicos quanto minerais, são alimentos que servem para complementar a dieta diária de uma pessoa saudável, nos casos em que a ingestão desses nutrientes, a partir da alimentação, seja insuficiente.

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DESNUTRIÇÃO

SUPLEMENTO• Nos suplementos, cada nutriente deve conter um mínimo

de 25% e, no máximo, até 100% da “ingestão diária recomendada” (DRI), na porção diária indicada pelo fabricante, não podendo substituir os alimentos, nem se constituir em componente exclusivo da dieta.

• A oferta de suplementação oral em idosos, principalmente quando ocorrem complicações advindas da desnutrição, contribui para adequada vigilância nutricional e manutenção das recomendações diárias para os indivíduos nesta faixa etária

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SUGESTÕES DE FÓRMULAS

ANTIANÉMICOS

Ácido fólico 1 a 20mg

Cobre elementar 1 a 5mg

Cobre quelato 1 a 5mg

Ferro elementar 100 a 300mg

Ferro quelato 30 a 60mg

Vitamina B12 50 a 1000mcg