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AMOR, GIZ E CORANAND RAO
ANAND RAO É EDITOR DO PORTAL DE NOTÍCIAS CULTURA ALTERNATIVA
(HTTP://CULTURAALTERNATIVA.COM.BR/), MÚSICO E POETA
ESPAÇOS BRANCOS ESPARSOSMENINOS DORMEM
ENTRE OLHOS E ONDAS
E UM BUQUÊ DE FLORES, FALA.
A CASA DESCANSA
A FALHA
SÃO TRINCHEIRAS QUE COMEÇAM A DESGOVERNAR FUZIS.
O INFINITO AO FUNDO É O GIZ.
SITUADO EM MIM
O CHORO É CONTEMPORÂNEO
SIMULADO E DE PERNAS PRO AR
O MEU PODER DE BARGANHA
É DAR.
O BARULHO, É O SAL DO BEIJO DO MAR EM MEU CORPO.
SISUDO E O IDIOTA SOU EU
SISUDO
IDIOTA SOU EU
AS RUAS ME ADOTAM
E EU, COMO JÁ DISSE, IDIOTA
DESCONHEÇO-ME, SISUDO
NAS CORES PASTÉIS DE NOSSAS MÃOS.
SOMOS OTÁRIOS
NOVES FORA NADA.
SOMOS TÃO CAROS
UM AO OUTRO
ENTRE PALHETAS E CORDAS DE UMA GUITARRA ORFÃ.
CONTEMPLANDO O FUTURO
AS CORES E A FACE DISFORME
SISUDO.
O IDIOTA SOU EU.
ESGUIO
ESGUIO
CONTRA A FRUTA E O FRUTO
FIO E ME AFIO
ALINHAVADO NO PODER DAS MÃOS.
DESCALÇO
MEUS SAPATOS FITAM TEUS OLHOS
E O SORO
DESGOVERNADO SE IMPÕE.
SOMOS DE FATO O FADO.
SOMOS OS LEÕES.
MAÇÃS, PERAS E LARANJAS
COSMOS FRUTAS
E ASSALTO MEU CORAÇÃO
EM LUTAS.
BRUTOS OS ANIMAIS
SÃO ADULTOS E SE ESCONDEM
NAS FACES DOS CRISTAIS.
EM RISTE E LUTO
SOU ADULTO
E A CRIANÇA QUE CORTA O DEDO E PASSA O MERCÚRIO
PLANETA SOLAR DA MINHA ALMA.
OS ADULTOS E OS CRISTAIS
ME EXPLICAM A RAZÃO DO NÃO EXISTIR
EXIGINDO EXISTIR.
FÚRIA E FURTO
A FÚRIA
HÁ FÚRIA
UM JATO DESGOVERNADO
E A CARA
DA TARA.
O FURTO
É O MÊDO INCULTO
DO SEGRÊDO.
A COR
AINDA É BRANCA
E JORRA
NUM LUGAR QUE ESTANCA.
AS PAISAGENS ESTÃO INTACTAS
MAS AS MARGENS NÃO.
DE BRANCO
A CAÇA
E O CASO
SÃO IGUAIS.
UM É PAR DO OUTRO.
DE FATO
O HIATO
TEM UM AR.
UM VESTE O OUTRO.
FITO E AFLITO
ME DECORO NO DECORO.
PAPÉIS
TODA MINHA VIDA
EM ANÉIS.
NOIVADOS DE CÓR
AFIADOS
E SEM DÓ.
CASAMENTOS E IMAGENS DE SANTOS E PADRES.
E NAS CAIXAS
SUTIÃS JUNTO COM FATURAS
FRATURAS E NOTAS LEGAIS.
DE QUANDO EM VEZ
ESCRITURAS NORMAIS E NÃO ATONAIS
OU DE REIS E SANTOS.
TODA MINHA VIDA ENTRE ANÉIS.
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OLHOS E CÍLIOS
OLHO
NO
OLHO
SOMOS CÍLIOS
E BRILHOS.
POLE DANCENUA E SEMPRE MINHA
ELA É SUA
NOSSA
E NÓS SOMOS SUA SOMBRA.
E ELA NOS É CARA
E NÓS, NO SEU RABO, TARA
ELA DANÇA, TRAVA, E NEM NOS NOTA.
VIAJA NO PAU DO POLE
E NOSSO PAU VIRA PROLE
DE DESGOVERNADOS HOMENS
EMBRIAGADOS EM SUAS COXAS
BEBENDO BEBENDO BEBENDO.
BENDITO ESTE PAU DO POLE
QUE GERA UMA GRANDE POLE
EXCITADA DE PAIXÃO.
O OLHO DA ILUSÃOILUDIDOS
OS ESPELHOS ME DIZEM
QUE UMA CIDADE AVESSA À OUTRA
HARMONIZA-SE EM VIAGENS
E VIAGENS
DE BALÃO.
AS BOCAS SÃO OS RASTROS
A ARQUITETURA
OS PASSOS
E A ILUSÃO CONTAGIA MINHAS MÃOS
DIGO SIM AO NÃO.
A AVE
NÃO SABE ONDE POUSAR
MAS, O CORAÇÃO REPOUSA
E DÁ ASAS AO OLHAR.
AURA
SÓSENTRE ESPAÇOSAURASE METÁFORASBUSCOTEU SUSTOUM SEIO EM MEU BUSTOE DESATINO.
UM VERBO PRECIOSO E MATUTINOENCANTA MEU SUBSTANTIVOE EMOTIVOTEMPESTIVOSEM RUMODESCANSO.
O MAR ME ALCANÇAE ME LEVAEMBARCADO EM SECOO MEDO ME É INCOMENSURÁVEL.
SOU ALIADO DO DESTINOA AURA DECANTA-ME E ENCANTA-ME.
POUSOA PAUSA
ME POUSA
NA PALMA DA MÃO.
OS VENTOS
ME LEVAM
AOS BALÕES DO DESTINO
E DA INFÂNCIA.
NO FIM, OS TRAÇOS DE ESPERANÇA
UM CASTELO ME ALCANÇA
E EU
PERDIDO ENTRE QUARTOS
NO DESVARIO DO ESPAÇO
SOU ALGUÉM QUE CONTAGIA A PALAVRA QUEM.
NÃO SEI QUEM SOU
MAS, SINTO-ME PERTO DA MINHA CRIANÇA
E BRINCO.
POUSO.
CHOROS E PASTEIS DE VIDACHOROENQUANTO A MOÇACOM OLHOS EM CHAMASCAMINHA ENTRE REDESEMBALANDO-SEE A SEDEDO DESERTO DAS PLANÍCIESCOME O QUE HÁ DE MAIS SAGRADOSEUS LÁBIOS.
OS PÁSSAROS SOBREVOAMO AMBIENTE HOSTIL.
E A LÁGRIMAÉ O FINAL DE UMA ONDA DE ATITUDESQUE SE CONTRAINO ABDÔMEN E NA POSIÇÃO ONDE DE QUATRO O SEIO E A PLANÍCIESÃO BARCAS E BRAÇOS À LUZ, QUE INICIA E PERPETUA O FINAL DA TARDE.
NÃO ALARDEIE. A PAZ REINA E DESCANSA.
ALMAALMA
LAPIDADA
NAS FRESTAS
DO BRANCO QUE NOS RAIOS DA NADADEIRA
TRAÇA SEU FIM.
A REDE ME PESCA
ENTRE CASTAS E CASCOS
E FRESTAS DE UM AMOR SEM FIM.
O BRANCO
COMO SE NÃO SOUBESSE
TORNA AS LETRAS FEBRIS.
ALMA
DOS IMBECIS.
NÃO TENHO MEDO DO FATO
TENHO SIM
DENTRO DE MIM UM HIATO.
OLHANDO A SIde fato me olhoE dentro de mim a lapideDa minha nudez se escondeNa palidez do meu orgasmo.
Somos meninas em segredoVítimas do medo sem medo, e sem saudade, do medo.
O vilãoMe vê de costasDe frenteEle não me querE me ofende.
O resultado é caroE o sorriso raro, otário. Em qualquer cidadeTemos busto de cimento e seio. Ciumento.
Não te aguento, apenas, te esquento. Detento.
O FARO É RARO MAS EXISTE
EXIJO
DESISTA
O FARO É RARO
EXISTO
VOCÊ NÃO ME É CARO
MEU CARO.
LUMINOSIDADE INCANDESCENTEIncandescente
Irado, entre cores
Luz, e pratos quebrados.
Sem nenhum tipo de lerdeza, ponho a mesa
E como as visões de um tempo que ainda não me chegou.
Desesperado
Na dor que não se apresenta
Um vulcão é ente desta ausência
No banco de praço, sobre o gelo, que me ameaça.
O cigarro não diz e a fumaça diz.
Rastreio o que anseio
E teu seio se torna carne da minha língua
Enquanto a aura da aurora boreal contamina
A sina de perdoar o que não é e é.
Farejo a casa dos desejos.
TEIA DE ARANHAGozo
Com as hastes das meias
Contrastes das teias
Desbaratadas e hostis.
Faça-me um favor
Não responda mais nada antes de zarparmos mundo afora
Trepando.
A estrada trepida
E minha língua nesta teias entrelaças nas meias e nas pernas
Ao jogar dominó, domínio, nos bancos de praças
São minhas asas.
Os bairros e a cidade é só nossa.
AMOR, GIZ E COR SE DESPEDE
Escrevi este livro, ouvindo pianos na Spotify.
As fotos, livres, vem do Pixabay (https://pixabay.com/).
Os poemas, presos, me liberam.
Não há prefácio que me revele, nem posfácio que neutralize o que sinto.
Eu não minto.
Anand Rao
Whatsapp – 61 982027100
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