Upload
filipe-cigarro
View
59
Download
2
Embed Size (px)
Citation preview
Mestrado Em Gestão Comercial
Analise de Mercados
2006/2007
“Avaliação da qualidade do serviço prestado pelos distribuidores
farmacêuticos às farmácias através do instrumento ServQual”
Filipe Cigarro
Monica Domingues
Sandro Gama
Susana Seromenho
Índice
1. Resumo..........................................................................................................3
2. Introdução.......................................................................................................4
3. Revisão da literatura.......................................................................................5
4. Metodologia....................................................................................................9
4.1 Hipóteses de Investigação.........................................................................10
4.2 Amostra......................................................................................................10
4.3 Descrição do sector...................................................................................11
4.4 Método de Recolha de Dados....................................................................11
4.5 Instrumento – SERVQUAL.........................................................................12
5. Apresentação dos Dados..............................................................................15
6. Validação da Escala SERVQUAL...................................................................20
6.1 Fidedignidade da Escala SERVQUAL.......................................................20
6.2 Dimensionalidade da Escala SERVQUAL.................................................26
7.Análise e Discussão dos Resultados...............................................................32
8. Soluções de Gestão Propostas.......................................................................35
9. Bibliografia.......................................................................................................37
1. Resumo
A presente investigação incide sobre o relacionamento comercial e o valor da relação negocial e
de parceria entre o distribuidor grossista farmacêutico e as farmácias, suas clientes. A literatura
vertida sobre o tema mostra que a qualidade do serviço total é determinada pelas percepções do
cliente acerca desse serviço. Consequentemente, é importante que o fornecedor parametrize
essa percepção do cliente, de modo a compreender os factores que a influenciam e a poder
ajustar/desenvolver o seu serviço.
Os fornecedores devem estar cientes de que há actividades vitais que os clientes esperam que
sejam executadas/entregues, criando e desenvolvendo os meios necessários para as identificar,
analisar os contributos destas para a excelência do serviço e promovendo a implementação de
mecanismos de controlo eficazes dos factores críticos de sucesso, determinantes da qualidade
do serviço.
Este estudo propôs-se a investigar a percepção do cliente acerca da qualidade do serviço que
lhe é prestado no contexto da corrente da cadeia de distribuição farmacêutica, incidindo,
especificamente, no relacionamento do fornecedor/cliente.
Concluiu-se que Os maiores gaps revelam uma satisfação inferior às expectativas, logo sinais de
fraca qualidade do atributo do serviço, e são interpretáveis como os principais pontos de melhora
Do ponto de vista da gestão do negócio, esta investigação reforça a importância de medir no
cliente os outputs das suas expectativas, incorporando-os no projecto de serviço que pretendem
implementar, para assegurar uma melhor qualidade ao serviço que fornecem. Devolve, ainda,
uma introspecção no relacionamento entre cliente e fornecedor, dentro da corrente de cadeia
logística farmacêutica, extraindo benefícios para os operacionais e os precursores de
investigações futuras neste campo.
Mais ainda, e do ponto de vista metodológico, este estudo poderá constituir um ponto de partida
no desenvolvimento e validação de um instrumento customizado, para a avaliação da qualidade
de serviço no sector da distribuição farmacêutica.
2. Introdução
A agilidade dos processos logísticos da distribuição é um dos novos desafios que se impõem ao
comércio quer num contexto local quanto global. A crescente volatilidade dos mercados e as
exigências de performance dinâmica que recaem sobre as cadeias de distribuição fazem
sobressair a importância da parametrização da agilidade destes processos logísticos.
A literatura debruçada sobre esta matéria aponta para algumas evidências, consensualmente
aceites, entre:
No mundo dos negócios, o "just in time" é um compromisso diário e a integração dos vários
operadores da cadeia logística – empresas, fornecedores, clientes – bem como das diversas
operações de back-office e front-office constitui um factor crítico de sucesso.
A forma de gerir o valor da informação na cadeia logística e suportar a tomada de decisão ao
longo do sistema logístico é determinante de vantagens competitivas.
Nos modelos organizacional e operacional do estudo de I. van Hoek et al. (2001), foi
apresentada uma tentativa de auditar a agilidade das cadeias de distribuição na Europa e
algumas propostas de aferição do benchmark, destacando a importância daquela
parametrização no planeamento estratégico do negócio.
Constata-se a existência de pouca investigação acerca da relação entre o grossista farmacêutico
e a farmácia, num contexto de fornecedor-cliente.
Os Grossistas Farmacêuticos comercializam produtos similares e, consequentemente, uma
estratégia de diferenciação entre si pode passar por diferenciar os serviços que estes oferecem.
Os clientes começam a avaliar nos fornecedores, mais do que o preço fixado, a qualidade
intangível dos bens e serviços ou a actividade da entrega – logística.
No que concerne à relação entre grossista farmacêutico e farmácia, o serviço logístico às
farmácias caracteriza-se, normalmente, por entregas tridiárias, exceptuando acordo em
contrário. O relacionamento entre o grossista e o cliente é negociado ou predefinido por
contratos acertados localmente entre o fornecedor e o cliente (Cooperativas), onde o cliente
pode alcançar um desconto específico acordado pelo fornecedor mediante facturação vs
rentabilidade/quota de mercado. Assim, os descontos acordados podem beneficiar todas as
farmácias com valores de facturação idênticos.
Na zona Norte e Centro de Portugal, operam 6 empresas de distribuição grossista, a saber,
Cooperativa X, Cooperativa Y, Associação Cooperativa FCF, Associação Cooperativa CU,
Privado Multi-nacional U, Privado Multi-nacional O. Os Privado U e O são distribuidores
nacionais, com plataformas locais e parte da divisão dos grossistas.
O presente trabalho serve para orientar o fornecedor – empresas de distribuição grossista
supracitadas – na forma como este define a sua prestação de serviço, considerando as
percepções do cliente – farmácias – e as expectativas deste acerca do serviço que lhe é
prestado.
Destarte, esta investigação reforça também o princípio de que serviços devem ser projectados e
fornecidos na linha das necessidades reais dos clientes e não somente na antecipação do
fornecedor relativamente às necessidades dos clientes.
3. Revisão da literatura
Os trabalhos de gurus da qualidade como Crosby (1979), Deming (1986), e Juran (1988), que
ganharam notoriedade durante os anos 80, tornaram-se aceites de uma forma extensiva e
horizontal, advogando que os bens e os serviços de alta qualidade podem dar a uma
organização uma vantagem competitiva considerável.
A aposta na boa qualidade pode reduzir custos como o re-work (repetição da tarefa/processo) e
os retornos (devoluções) e cria, também, clientes satisfeitos (Slack et all, 2003). Inicialmente,
Juran (1983) definiu a qualidade como sendo a aptidão para o uso, mas anotou também que
qualidade é sinónimo de satisfação do cliente. Isto implica que a qualidade de um produto ou de
um serviço é determinada, de uma forma integrada, pelo cliente.
A organização interna, a sustentação física do serviço produzindo o sistema, a imagem
incorporada, a interacção da equipa de funcionários-cliente e o grau de satisfação do cliente
contribuem para a qualidade do serviço (LeBlanc & Nguyen, 1988). Para Parasuramann et al.
(1988), as características predominantes e a noção aceite da qualidade do serviço envolve as
diferenças entre expectativas e percepções acerca de todos os factores que o cliente materializa
(Drew & Karwan, 1994).
A literatura actual respondeu às mudanças no mercado do serviço, investigando-se agora o
conceito da qualidade do serviço alinhado com a tecnologia (Tan et al., 2003; Bharati & Berg,
2003; Voss, 2003), com associações de género (Spathis et al., 2003), e expectativas do cliente e
satisfação (Bebko, 2000; Santos, 2002; Svensson, 2002; Giannakis & Croom, 2003; Son et al.,
2004).
Discute-se que a maioria da investigação existente sobre a qualidade do serviço se focaliza na
percepção do cliente e ignora a do fornecedor de serviço. No entanto ambas as perspectivas
devem ser considerados (Svensson, 2002).
As percepções do fornecedor são baseadas, primariamente, nas medidas de desempenho
internas e externas que são relacionadas para criar um cliente satisfeito. É sugerido que as
percepções do fornecedor e as expectativas dos clientes, relativamente ao índice da entrega do
serviço, não coincidem necessariamente. Assim, os dados recolhidos a respeito da qualidade de
serviço podem conduzir a uma má interpretação, a especificações equivocadas que são
concretizadas e a projectos incorrectos que são redigidos e executados.
Para elaborar uma análise da qualidade do serviço, é necessário saber o que o cliente espera da
prestação do serviço e a forma como o fornecedor afere essa mesma expectativa. A avaliação,
por parte do fornecedor, acerca da expectativa do cliente reflecte-se na forma de prestação
desse serviço, desejavelmente, um serviço que vá de encontro das expectativas dos clientes e
incite a sua satisfação. A satisfação inclui a avaliação da qualidade do serviço, da qualidade de
produto e do preço (Parasuraman et al., 1985).
A necessidade de reconhecer o papel do cliente e de ir ao encontro das suas necessidades e
expectativas, no âmbito da qualidade do serviço prestado, tornou-se evidente na literatura
produzida mais recentemente.
Nos processos de serviços, os clientes são mais do que os meros consumidores, eles são co-
produtores do processo (Gronroos & Ojasalo, 2004). Alguns trabalhos avançados nesta área,
como o de Parasuraman et al. (1985), alicerçaram o futuro desenvolvimento e exploração de
modelos de serviço, a saber, as variações no modelo de GAP (Frost et al., 2000; Giannakis &
Croom, 2003) e o uso de SERVQUAL (Pagouni, 1997; Caril e Stark, 2000).
Muitos autores recentes caracterizam qualidade de serviço como o resultado de uma
comparação entre, de um lado, as expectativas do consumidor antes da prestação do serviço e,
de outro, a experiência do consumidor decorrente do uso do serviço (Liljander e Strandvik,
1994). Esta comparação encontra suporte teórico no chamado paradigma da desconfirmação
das expectativas, referido a respeito de satisfação do consumidor e em textos referentes à
qualidade de serviços (Evrard, 1993; Liljander e Strandvik, 1994). Segundo esse paradigma, o
consumidor estará, respectivamente, satisfeito ou insatisfeito, conforme o desempenho do
prestador do serviço esteja, respectivamente, abaixo ou acima de suas expectativas.
A pesquisa conduzida por Lee et al. (2000) sugere que os clientes não compram,
necessariamente, os serviços de qualidade mais elevada mas sim os serviços que fornecem
maior satisfação. Factores como a conveniência, o preço, ou a disponibilidade podem influenciar
a satisfação do cliente mas não afectar, forçosamente, as percepções dos clientes sobre o
serviço. Custa menos servir clientes experientes e, consequentemente, são estes que
proporcionam um lucro maior (Reichheld, 1996). Do exposto e perante o clima actual de
competição feroz, a qualidade do serviço é vista como uma vantagem competitiva, sendo algo
que não pode ser ignorado (Christopher, 1998).
Tradicionalmente, o desconto era o principal critério na escolha do grossista farmacêutico.
Contudo, actualmente, as farmácias começam a monitorizar outros aspectos do desempenho
dos seus fornecedores (Ritchie, 2002).
Constata-se alguma dificuldade em conciliar as medidas de desempenho internas usadas pelo
grossista com as aquelas usadas pelas farmácias. Isto acontece porque os grossistas não estão
ainda orientados para a introdução de medidas da qualidade do serviço (como expectativas e
percepções do cliente) e de meios para melhorar a satisfação de cliente, de modo a criar
vantagens competitivas. Estão ainda bastante arraigadas outras formas de parametrização do
desempenho, nomeadamente através de medidas de desempenho-chave operacionais -
baseadas em condições financeiras e internas tais como a integralidade e quantidade em stock,
a sua disponibilidade e da ordem de saída FEFO – First to Expire, First Out.
Tradicionalmente, a medida da qualidade do serviço correspondia a uma medida da satisfação
de cliente. Entretanto, com a evolução da pesquisa, a qualidade do serviço veio ser definida
como a diferença entre expectativas e percepções do cliente (Lewis, 1999).
Na prática, observa-se que aquilo que o grossista farmacêutica acredita serem as expectativas
do cliente acerca da boa qualidade do serviço não coincidem frequentemente com a forma como
o cliente percebe esse serviço. Da diferença entre as expectativas do cliente e as crenças dos
fornecedores acerca da qualidade do serviço é possível determinar a qualidade efectiva do
serviço e a forma como, na realidade, o cliente é satisfeito.
Os trabalhos mais recentes nesta área identificaram dez dimensões da qualidade do serviço:
tangibilidade, confiabilidade, capacidade de resposta, comunicação, credibilidade, segurança,
competência, cortesia, compreender/conhecer o cliente e acessibilidade (Parasuramann et al.,
1985). Mais tarde, estes foram reduzidos a cinco dimensões: tangibilidade, confiabilidade,
capacidade de resposta, garantia e empatia (Parasuramann et al., 1988). Os serviços foram
segmentados da seguinte forma: processual e relacional (Martin, 1986). Segmentos processuais
relacionam os dois sistemas, fornecedor e cliente, avaliando os procedimentos que asseguram o
serviço contínua e eficientemente ao cliente. O segmento relacional avalia atitudes,
comportamentos e habilidades verbais do fornecedor de serviço, aos quais o cliente se identifica,
a saber, a linguagem corporal, o tom da voz, o tacto, a habilidade para identificar pelos nomes,
individualizar o cliente, fazendo o cliente ciente de alternativas disponíveis e resolução dos
problemas (Saleh e Ryan, 1991).
Silvestre e Johnston (1990) identificaram cerca de 15 dimensões da qualidade do serviço, as
quais categorizou em factores da higiene. Os factores da higiene designam aqueles que o cliente
esperaria ao nível mais básico de exigência, os quais, não sendo cumpridos resultariam em
descontentamento. Adicionalmente, realçaram aqueles factores que conduzem à satisfação de
cliente mas que não produzirão necessariamente o seu descontentamento, em caso de
incumprimento. Por último, identificaram outros factores, onde a falha na prestação do serviço
produziria o descontentamento, porém a prestação acima de um determinado nível realçaria
percepções do cliente acerca do serviço, conduzindo-o à satisfação.
A determinação da qualidade do serviço e a sua conformidade às necessidades dos clientes só é
possível mediante práticas da medida de desempenho, ou seja, da existência de métodos
específicos disponíveis para medir a qualidade do serviço.
Os aspectos tangíveis do serviço podem ser medidos usando parâmetros operacionais de
desempenho, como velocidade, qualidade, dependability, flexibilidade e custo (Frouxo et al.,
2003).
Para além destes, existem técnicas que permitem medir os aspectos mais intangíveis da
qualidade do serviço. Exemplificativamente, podem citar-se ferramentas como o Balanced
Scorecard (Kaplan e Norton, 1992), os clientes-mistério (Wilson, 1998), os focus groups e o
SERVQUAL, (Parasuraman et al., 1988) ou derivações do SERVQUAL (Martin, 1986; Saleh e
Ryan, 1990, 1991). A utilização de ferramentas como a matriz do desempenho (Hayes, 1991)
permite determinar melhor, onde e como se devem alocar os recursos de modo a optimizar a
gestão de linha e promover a eficiência operacional.
Devido à natureza dos serviços, o verdadeiro teste de sucesso é a prova da realidade e a
experiência da própria prestação de serviço. Os planos de contingência devem estar acessíveis
e serem transmitidos ao conhecimento dos clientes, a fim de os tranquilizar e repor a situação. A
literatura sobre a falha de serviço reporta que a existência de um bom sistema de recuperação
do serviço detectará e resolverá os problemas, incentivando a recolha de queixas e impedindo o
descontentamento. Mais ainda, defende que a recuperação bem-sucedida pode realmente
promover uma resposta positiva dos clientes, apesar da falha ou do problema original, (Zemke,
1994; Zeithaml e Bitner, 2003). O processo da recuperação do serviço tem, por um lado, um
impacto sobre a lealdade do cliente e eventuais perdas de rentabilidade mas, por outro, a
informação valiosa que fornece sobre as causas dos problemas subjacentes às queixas,
transformam-no numa fonte da informação para a melhoria contínua (Johnston e Mehra, 2002;
cit in Escobar & Revilla, 2004).
A satisfação de cliente é um factor primordial na aquisição e retenção de clientes. Conseguir isto
requer uma compreensão das expectativas do cliente.
Num trabalho recente de Kennedy e Curasi (2002), visando compreender os factores que
concorrem para a promoção da lealdade do cliente, foram identificados diferentes níveis de
lealdade: loyalists comprados, loyalists satisfeitos, prisioneiros, loyalists destacados e apóstolos.
Identificaram, também, os seguintes factores preliminares que distinguem os níveis lealdade do
cliente, a saber: o papel da satisfação de cliente, a ligação entre cliente e fornecedor, o nível do
compromisso do cliente e as escolhas disponíveis para o cliente.
Os autores anotaram que a maioria dos níveis de lealdade do cliente inclui, igualmente, a
exigência de uma atitude positiva do cliente em relação ao fornecedor de serviço. Uma atitude
positiva dirigida ao fornecedor pode sinalizar uma percepção positiva desse cliente sobre a
qualidade do serviço fornecido, isto é, a satisfação de cliente. Estes aspectos transaccionais que
caracterizam o sucesso das parcerias foram extensamente debatidos (Kanter, 1994; Mikkelson &
Johansen, 2001; Lau et al., 2002; Theodorakioglou et al., 2003). Kanter (1994) identificou que os
bons relacionamentos inter-company mantinham determinados comportamentos, tais como,
comunicação frequente, boa passagem de informação, confiança e compromisso. As parcerias
podem, igualmente, ser prejudiciais e conduzir ao descontentamento dos sócios. De acordo com
Forker e Stannack (2000), algumas empresas continuam a manter relacionamentos tensos com
os seus fornecedores e a usar a concorrência e o switching do fornecedor como motivações para
obter destes o comportamento desejado. Mais recentemente, foram apresentadas investigações
que enfatizam o impacto do domínio por parte do fornecedor, com clientes dependentes (Ireland,
1999; Lonsdale, 2001; Caldwell, 2003).
A experiência tem evidenciado que, na distribuição farmacêutica, à semelhança de outras áreas
de negócio, as crenças do grossista, acerca das expectativas do cliente sobre a boa qualidade
do serviço, encontram-se frequentemente desfasadas das percepções do cliente. Este hiato
poderá ser uma medida do nível de qualidade do serviço atribuído pelo cliente.
4. Metodologia
O interesse do presente estudo prende-se com a importância da agilidade dos sistemas de
distribuição do canal farmácia na afirmação de vantagens competitivas neste sector, porquanto a
forma de gerir o valor da informação na cadeia logística e suportar a tomada de decisão ao longo
do sistema logístico é um importante factor crítico de sucesso.
Neste sentido, procuramos perceber qual a influência dos processos logísticos da cadeia de
distribuição farmacêutica na percepção de satisfação e fidelização do cliente final – farmácias.
4.1 Hipóteses de Investigação
Apresentam-se, de seguida, as hipóteses de investigação que testamos no nosso estudo, a
saber:
H0: Os índices de satisfação dos processos logísticos da distribuição farmacêutica estão
positivamente correlacionados com a percepção de satisfação global dos clientes;
H0: Os factores críticos de sucesso percepcionados pelas farmácias são de natureza
intangível;
H0: A satisfação global das farmácias varia com o distribuidor farmacêutico;
4.2 Amostra
A metodologia que está por base no nosso processo de amostragem é a conveniência, que foi
efectuada com base nos seguintes pressupostos:
O mercado comum de acção dos armazenistas da zona Norte e Centro de Portugal Continental
engloba um potencial de clientes que ronda as 1200 farmácias, onde actuam 6 operadores de
elevada expressão a nível nacional, tendo sido enviados 60 inquéritos. Desses 60 inquéritos
obtivemos 37 respostas. As farmácias foram escolhidas por critérios de compras a armazenistas
superiores a 70.000€/ mês e que o gastam mais de 60% das suas compras a um só
armazenista, pelo que os inquéritos foram distribuídos uniformemente pelas farmácias seguindo
o critério de armazenista principal (10 inquéritos a farmácias por armazenista principal).
A distribuição geográfica teve por base um raio de acção dos armazéns desses armazenistas de
50 km.
O modelo do presente questionário foi adaptado do modelo do questionário de pesquisa sobre a
percepção da qualidade de serviço: modelo SERVQUAL. As questões foram colocadas de
acordo com as referências na literatura, e pelo conhecimento do negócio fruto da experiência
profissional dos autores de presente trabalho.
Este modelo de pesquisa é utilizado para avaliar a qualidade dos serviços prestados por um
determinada empresa. Baseado nos resultados da pesquisa as áreas consideradas fracas
podem ser localizadas e corrigidas. Essa pesquisa aponta também as áreas fortes da empresa,
que podem ser usadas como vantagens competitivas.
4.3 Descrição do sector
Caracterização dos Armazenistas
Os armazenistas analisados neste estudo são os principais armazenistas nacionais, dentre os
quais 2 operam a nível nacional (multinacionais) e 3 a nível regional (Norte e Centro do Pais -
Cooperativas) e 1 a nível regional (Centro e Sul do País - Cooperativa). Ao nível de operações,
caminharam ao longo destes anos para uma prestação de serviço marcada pela excelência, com
várias entregas diárias, pelo alargamento de horários de trabalho e melhoria do leque de oferta
de produtos à farmácia. A inovação passou, também, pela melhoria do atendimento e
personalização do mesmo. No entanto, a distribuição farmacêutica sofreu de uma mal que tem
como principal causa a fidelização pelo desconto, o que levou ao longo destes anos a uma
evolução contrária ao que se espera de um serviço que apostou na criação de valor acrescido ao
nível da prestação de serviços.
Caracterização das Farmácias
As farmácias sofreram uma pressão ao longo destes últimos 20 anos que levaram a um aumento
da prestação de serviços, sem que os mesmos fossem cobrados a população. Apostaram em
quadros qualificados e na informatização do serviço, criando vantagem competitiva e maior
facilidade na sua gestão interna. Por outro lado, a pressão competitiva aumentou drasticamente
no que respeita a encarar a farmácia como um cliente: Primeiro, como “target” preferencial da
Industria Farmacêutica, que apostaram numa estratégia “Push” como forma de envolver a
farmácia na promoção do seu produto. No que respeita aos armazenistas, começaram a encarar
a farmácia como um parceiro de negócio, mais do que como um cliente. Assim, só se consegue
alterar o estatuto de armazenista principal/prioritário quando se consegue detectar algo de
Tangível/Intangível que seja de vital importância para a farmácia e que muitas das vezes não é
detectado pelo fornecedor.
4.4 Método de Recolha de Dados
A informação foi recolhida utilizando uma metodologia de inquérito por questionário, tendo por
base a adaptação do instrumento SERVQUAL na análise da qualidade de serviços prestados
pelos Distribuidores Farmacêuticos. Em anexo encontra-se o modelo do inquérito utilizado.
O Inquérito tem 24 questões que avaliam as cinco dimensões caracterizadoras da qualidade do
serviço prestado, tendo sido questionado ao agente decisor das compras de cada farmácia
inquirida as respectivas expectativas e percepções. Foi também solicitado a ponderação de
cinco factores, a saber: Apoio Comercial, Logística, Novos Canais de distribuição, Condições
Comerciais e Formação/Informação no sentido de uma maior inteligibilidade das questões para
os interlocutores. Foi feita a ligação às cinco dimensões originais no quadro que se segue:
Dimensão Questionári
oDimensão Original
PontosCríticos
Class.Servqual
nas questões:
Apoio Comercial Empatia
Reconhecimento de clientes habituais/ tratamento pelo nome; cortesia adequada (ajuda a pessoas com dificuldades, idosos, problemas de mobilidade, analfabetas, etc.); compreensão da situação; cortesia adequada;
12, 13, 14, 16
Logística FiabilidadeOrganização do serviço de atendimento ao cliente, realização do serviço à primeira, ausência de erros, informação adequada;
4, 5, 6, 8, 9, 11, 17, 18
Novos Canais Distribuição
Garantia
Atenção e amabilidade do pessoal; utilização de uma linguagem clara e inteligível; conhecimento da formalidade/procedimento; cumprimento de horários; adaptação da linguagem ao utilizador; segurança das instalações;
15, 19, 20
Condições Comerciais
Tangibilidade
Instalações acessíveis, localização do serviço de atendimento ao cliente, instalações modernas, instalações cómodas, iluminação, ordem e asseio, ruído, identificação do serviço de atendimento ao cliente;
1, 2, 3, 22, 23
Formação e Informação
Responsabilidade
Resposta face a qualquer incidência do serviço; resposta face ao tempo de resolução do serviço; Atenção a pedidos especiais; Adaptação do serviço às circunstâncias; tempo de espera; tempo de atendimento/resolução da formalidade;
7, 10, 21, 24
Fonte: Adaptado de Parasurman, Zeithaml e Berry (1988)
4.5 Instrumento – SERVQUAL
Entende-se por SERVQUAL uma ferramenta de medida da qualidade em serviços, que compara
a qualidade do serviço entregue com a qualidade do serviço esperado pelo consumidor.
O modelo SERVQUAL, desenvolvido por Parasurman, Zeithaml e Berry (1988) tem sido
extensivamente utilizado para medir a qualidade em serviços. Nesse método a avaliação da
qualidade percebida pelos clientes é medida através do Gap 5 do modelo da qualidade em
serviços (falhas ou gaps).
Segundo Parasurman, Zeithaml e Berry (1985), o instrumento SERVQUAL tem sido usado
frequentemente para medir a qualidade em serviços comparando as expectativas dos clientes
antes do serviço ser entregue e suas percepções quando o serviço já foi entregue.
Parasuraman, Berry e Zeitham (1988) postulam que os usuários avaliam a qualidade do serviço
comparando o que desejam/esperam receber com o que, efectivamente, é obtido.
O SERVQUAL representou uma ruptura nos processos de avaliação de serviços, tendo-se
tornado um dos modelos mais utilizados, nas diversas áreas do conhecimento. Inaugurou-se,
assim, uma nova etapa dos sistemas de avaliação, graças à flexibilidade para o refinamento do
instrumento inicial que a metodologia permite.
Slack et al. (1997) aponta as relações entre expectativa e percepções dos clientes:
a) Expectativas < percepções: a qualidade percebida é boa;
b) Expectativas = percepções: a qualidade percebida é aceitável;
c) Expectativas > percepções: a qualidade percebida é pobre.
Na versão mais recente da escala Servqual Parasurman, Zeithaml e Berry (1994) preconizam,
para cada atributo, o nível mais elevado de expectativas como o nível de serviço desejado (para
aquele atributo), ao passo que o nível mais baixo é definido como o nível de serviço adequado
(ou mínimo tolerável). O intervalo delimitado por esses dois níveis é a chamada faixa de
tolerância do atributo, que representa uma faixa de desempenho de serviço que o cliente
considera satisfatório. A interpretação das avaliações do nível percebido do serviço em conjunto
com avaliações dos outros dois níveis de serviço - adequado e desejado - mostra-se útil,
conforme os autores, no diagnóstico preciso das deficiências do serviço e no processo de
deflagração de esforços apropriados com vista à melhoria dos serviços prestados.
Finalizando o contexto das dimensões Loures (2003, p. 58) expõe:
Parasurman et. al. (1988), dizem que as dimensões são de vital importância porque é a partir
delas que as organizações são capazes de compreender as maneiras pelas quais os
consumidores avaliam a qualidade de serviços. Em outras palavras, elas servem como ponto de
partida para que as organizações desenvolvam acções voltada a gerar percepções de qualidade
por parte de seus clientes.
No presente trabalho vamos utilizar uma escala de 7 pontos, em que 1 corresponde a
“Totalmente Insatisfeito” e 7 corresponde a “Totalmente Satisfeito”, sendo os valores intermédios
variações de intensidade.
A Escala SERVQUAL modificada
A Escala SERVQUAL é composta de 22 itens, distribuídos em subescalas distintas (as
dimensões de qualidade), cujas respostas são dadas em escala Likert, pretendendo medir tanto
as expectativas quanto as percepções de qualidade por parte dos respondentes, abarcando
cada subescala uma das cinco dimensões em que a qualidade de serviços seria decomposta. A
mensuração da qualidade de serviço percebida pelo usuário é feita através da medição das
diferenças entre os valores atribuídos à expectativa e à percepção para cada um dos atributos.
Por ter sido desenvolvida em sectores diversos, pretende ser genérica e aplicável a todos os
tipos de organizações e ramos de serviços, se necessário com a introdução de adaptações,
como sugerem os próprios autores, que, em trabalho posterior de refinamento da SERVQUAL,
promoveram algumas alterações em itens específicos, melhorando a redacção de alguns itens e
substituindo alguns outros, de modo a espelhar melhores propriedades psicométricas, tornando
a escala mais fidedigna e válida (Parasurman, Zeithaml e Berry, 1991).
Adicionalmente, considera-se o método sugerido por Zeithaml, Parasuraman e Berry (1990) que
consiste em solicitar, que sejam distribídos 100 pontos entre as cinco dimensões agregadas
associadas à qualidade do serviço. A partir daí, supõe-se que os atributos incluídos uma dada
dimensão mereçam receber uniformemente o mesmo peso. Permite que o respondente consiga,
facilmente ordenar porque são poucas dimensões. Doutra forma não se conseguiriam ponderar
todas as varáveis analisadas.
Criticas ao SERVQUAL
Autores como Babakus e Boller (1992), Carman (1990), Cronin e Taylor (1992, 1994) e Finn e
LAMB (1991), argumentam que o uso da diferença entre expectativas e Percepções (P – E), não
traz informações adicionais sobre a qualidade do serviço, que já estão contidas no componente
das percepções. Neste sentido, defendem que o SERVQUAL deveria levar em consideração
apenas a percepção dos clientes sobre o serviço.
5. Apresentação dos DadosResumo do número de casos validos, missings, media, mediana, moda e desvio padrão relativo a cada uma das questões do inquérito no que ao GAP diz respeito – Percepção – Expectativa.
Statistics
N
Mean Median Mode Std. DeviationValid MissingGAP - DF têm equipamentos modernos 37 0 -,38 ,00 0 1,010
GAP - DF não têm roturas de stock 37 0 -2,14 -2,00 -3 1,456
GAP - DF têm qualidade no acondicionamento dos produtos que transportam
37 0 -1,35 -1,00 -2(a) 1,317
GAP - DF têm serviços associados com o serviço prestado tais como telemarketing, correio electrónico e circulares, satisfazendo as suas necessidades de informação e esclarecendo as suas dúvidas
37 0 -,89 -1,00 -2 1,410
GAP - DF disponibilizam formação adequada as necessidades dos seus clientes
37 0 -,35 ,00 0 1,274
GAP - DF têm sempre o produto de que precisa ou entregam num prazo aceitável
37 0 -1,30 -1,00 -2 1,222
GAP - DF demonstram um sincero interesse em resolver os seus problemas
37 0 -,59 -1,00 -1 1,013
GAP - DF prestam sempre o serviço de forma uniforme 37 0 -,86 -1,00 -1 1,110
GAP - DF persistirão em executar tarefas sem erros 37 0 -1,32 -1,00 -1 1,180
GAP - DF demonstram preocupação com as necessidades dos seus clientes
37 0 -,54 ,00 0 ,931
GAP - DF atendem com eficiência os seus clientes 37 0 -,73 -1,00 0 ,990
GAP - DF têm sempre interesse e boa vontade em ajudá-lo 37 0 -,38 ,00 0 ,828
GAP - DF estão sempre disponíveis para esclarecer as suas dúvidas
37 0 -,49 -1,00 -1 ,901
GAP - Comportamento Empregados DF inspira confiança 37 0 -,43 ,00 0 ,728
GAP - Empregados DF transmitem segurança 37 0 -,62 ,00 0 ,982
GAP - Empregados DF são corteses consigo 37 0 ,11 ,00 0 ,966
GAP - Empregados DF possuem os conhecimentos necessários para responder às suas questões 37 0 -,73 -1,00 0 ,932
GAP - DF transmitem de uma forma clara toda a informação das condições em que efectua a compra
37 0 -,73 -1,00 -1 ,962
GAP - DF têm horários de funcionamento convenientes para todos seus clientes
37 0 -,86 -1,00 -1 1,032
GAP - DF têm empregados que lhe dão atendimento individualizado
37 0 -,30 ,00 0 ,777
GAP - DF estão centradas no melhor serviço aos seus clientes 37 0 -,59 -1,00 -1 ,927
GAP - DF oferecem GAP - descontos 37 0 -,78 ,00 0 1,158
GAP - DF oferecem GAP - prazos de pagamento 37 0 -,49 ,00 0 1,017
GAP - DF satisfazem todas as suas necessidades no que respeita a ter todos os produtos que necessita para vender no seu negócio
37 0 -1,73 -2,00 -1 1,521
a Multiple modes exist. The smallest value is shown
Apresenta-se a tabela de frequências relativamente à qualidade Esperada
2 9 18 8
2 7 28
2 15 20
3 6 14 14
3 16 12 6
3 17 17
6 18 13
7 19 11
3 18 16
1 23 12
1 19 17
7 17 13
6 18 13
9 16 12
2 21 14
1 13 11 12
2 23 11
3 17 17
2 14 21
11 14 12
7 17 13
4 6 27
5 7 25
1 2 13 21
CountExcelentes DF têm equipamentos modernos
CountExcelentes DF não têm roturas de stock
CountExcelentes DF têm qualidade no acondicionamento dos produtos que transportam
CountExcelentes DF têm serviços associados com o serviço prestado tais comotelemarketing, correio electrónico e circulares, satisfazendo as suas necessidadesde informação e esclarecendo as suas dúvidas
CountExcelentes DF disponibilizam formação adequada as necessidades dos seusclientes CountExcelentes DF têm sempre o produto de que precisa ou entregam num prazoaceitável CountExcelentes DF demonstram um sincero interesse em resolver os seus problemas
CountExcelentes DF prestam sempre o serviço de forma uniforme
CountExcelentes DF persistirão em executar tarefas sem erros
CountOs empregados de excelentes DF demonstram preocupação com as necessidadesdos seus clientes CountOs empregados de excelentes DF atendem com eficiência os seus clientes
CountOs empregados de excelentes DF têm sempre interesse e boa vontade em ajudá-lo
CountOs empregados de excelentes DF estão sempre disponíveis para esclarecer assuas dúvidas CountO comportamento dos empregados de excelentes DF inspira confiança
CountExcelentes DF transmitem segurança
CountOs empregados de excelentes DF são corteses consigo
CountOs empregados em excelentes DF possuem os conhecimentos necessários pararesponder às suas questões CountExcelentes DF transmitem de uma forma clara toda a informação das condições emque efectua a compra CountExcelentes DF têm horários de funcionamento convenientes para todos seusclientes CountExcelentes DF têm empregados que lhe dão atendimento individualizado
CountExcelentes DF estão centradas no melhor serviço aos seus clientes
CountExcelentes DF oferecem excelentes descontos
CountExcelentes DF oferecem excelentes prazos de pagamento
CountExcelentes DF satisfazem todas as suas necessidades no que respeita a ter todosos produtos que necessita para vender no seu negócio
4 5 6 7
Apresenta-se a tabela de frequências relativamente à qualidade percepcionada:
A análise dos Gaps fica ainda mais clara através de uma perspectiva gráfica, donde se pode inferir que os factores relativos aos stocks e disponibilidade de produtos são aqueles em que os distribuidores farmacêuticos têm mas a melhorar:
6,7
4,6
4
4,5
5
5,5
6
6,5
7
Q1 Q2 Q3Q22 Q23 Q12 Q13 Q14 Q16 Q4 Q5 Q6 Q8 Q9
Q15 Q19 Q20 Q7Q10 Q21 Q24
Afirmações
GA
P
Esperada
Percepcionada
T ang ibilidade R es pons abilidadeG arantiaF iabilidadeE mpatia
s toc k
c orte s ia
> g ap
2 5 11 11 8
4 2 11 10 9 1
1 3 8 10 8 7
1 7 16 10 3
12 10 10 5
1 1 8 13 12 2
1 3 13 12 8
2 6 13 13 3
1 2 8 11 13 2
1 3 8 16 8
1 4 6 19 7
4 8 17 8
2 12 18 5
2 15 14 6
3 12 15 7
11 14 12
3 17 12 4
3 13 15 6
1 5 5 20 6
1 14 16 6
2 17 13 5
5 7 13 11
5 4 12 16
3 4 6 14 7 3
CountO seu DFP têm equipamentos modernos
CountO seu DFP não têm roturas de stock
CountO seu DFP têm qualidade no acondicionamento dos produtos que transporta
CountO seu DFP têm serviços associados com o serviço prestado tais comotelemarketing, correio electrónico e circulares, satisfazendo as suasnecessidades de informação e esclarecendo as suas dúvidas
CountO seu DFP disponibiliza formação adequada as suas necessidades
CountO seu DFP têm sempre o produto de que precisa ou entrega num prazo aceitável
CountO seu DFP demonstra um sincero interesse em resolver os seus problemas
CountO seu DFP presta sempre o serviço de forma uniforme
CountO seu DFP persistirá em executar tarefas sem erros
CountOs empregados do seu DFP demonstra preocupação com as suasnecessidades CountOs empregados do seu DFP atendem-no com eficiência
CountOs empregados do seu DFP têm sempre interesse e boa vontade em ajudá-lo
CountOs empregados do seu DFP estão sempre disponíveis para esclarecer as suasdúvidas CountO comportamento dos empregados do seu DFP inspira confiança
CountO seu DFP transmite segurança
CountOs empregados do seu DFP são cordiais consigo
CountOs empregados do seu DFP possuem os conhecimentos necessários pararesponder às suas questões CountO seu DFP transmite de uma forma clara toda a informação das condições emque efectua a compra CountO seu DFP tem horários de funcionamento convenientes e adequados a sí
CountO seu DFP tem empregados que lhe dão atendimento individualizado
CountO seu DFP está centrado em prestar-lhe o melhor serviço
CountO seu DFP oferece excelentes descontos
CountO seu DFP oferece excelentes prazos de pagamento
CountO seu DFP satisfaz todas as suas necessidades no que respeita a ter todos osprodutos que necessita para vender no seu negócio
1 2 3 4 5 6 7
A dimensão empatia apresenta os maiores níveis de satisfação, evidente pelos menores gaps. A questão da cortesia apresenta uma percepção superior às expectativas.
Os inquiridos atribuíram, em média, um peso superior a factores tangíveis, como as condições comerciais (38%) e questões de logística (29%) que corroboram a análise anterior. Isto é, os factores mais importantes para as farmácias são aqueles onde são apontadas maiores diferenças entre expectativas de prestação de serviço respectivas percepções do mesmo.
Questões menos tangíveis como a empatia possuem valorizações em termos de importância para o negócio das farmácias em termos de distribuição, possuindo até alguma superação de expectativas, como podemos ver no gráfico anterior.
Descriptive Statistics
37 ,1278
37 ,2959
37 ,1049
37 ,3865
37 ,0876
37
Apoio Comercial, equipade vendas
Logistica, disponibilidadeproduto, prazos deentrega, gestão de stocks
Novos canais dedistribuição,telemarketing, internet
As condições comerciais(desconto/prazo/preço)que são oferecidas aocliente
Formação e informação
Valid N (listwise)
N Mean
Statistics
37 0 -,2973 ,58285
37 0 -,8649 ,69246
37 0 -,5946 ,63409
37 0 -1,0270 ,83688
37 0 -,8649 ,77638
G_empatia
G_Fiabilidade
G_Garantia
G_Tangibilidade
G_Responsabilidade
Valid Missing
N
Mean Std. Deviation
6. Validação da Escala SERVQUAL
Hipóteses de validação da escala utilizada
1. Fidedignidade da escala SERVQUAL
2. Dimensionalidade da escala SERVQUAL
6.1 Fidedignidade da Escala SERVQUAL
Análise factorial
Segundo Green (1976), Camargo (1996), a Análise Factorial é uma das técnicas mais usadas
dentre as que se convencionou chamar de Análise Multivariada. Este tipo de análise é utilizado
para verificar o comportamento de uma variável ou grupo de variáveis em covariação com
outras.
As técnicas de Análise Multivariada são úteis para descobrir regularidades no comportamento de
duas ou mais variáveis e para testar modelos alternativos de associação entre tais variáveis,
incluindo a determinação de quando e como dois ou mais grupos diferem em seu perfil
multivariado. Para o estudo em causa, importa testar a unidimensionalidade das dimensões. Tal
implicaria que a variância de cada dimensão seria explicada por apenas um dos factores.
Para se estabelecer o grau de confiabilidade de uma escala, deve-se verificar sua consistência
interna, ou seja, o quão fortemente os itens de uma escala estão inter-relacionados, sendo
bastante adequada para o caso em questão por ser a Escala SERVQUAL uma escala somatória,
em que vários itens são considerados na obtenção de um escore total, ou seja, aonde existe
uma situação em que cada item mede algum aspecto específico dentro do construto que está
sendo medido pela escala inteira. Assim, um dos indicadores de consistência interna mais
utilizados na verificação da confiabilidade é o Alfa de Cronbach (1951), citado por Malhotra
(1996) e amplamente utilizado por pesquisadores da área.
O Alfa de Cronbach é calculado utilizando-se a seguinte fórmula (Norusis,1997):
K* med (COV) / med (VAR)
Alfa de Cronbach = 1+(k-1)* med (COV)
med (VAR)
Onde:
k é o número de itens da escala
med (COV) é a média de covariância entre os itens
med (VAR) é a média de variância entre os itens
O objectivo da análise de confiabilidade é verificar o quão livre a escala está do erro aleatório.
Isso quer dizer que se a escala for aplicada repetidas vezes às mesmas pessoas, ela deverá
reflectir valores estáveis para o fenómeno observado.
O Teste de Esfericidade de Bartlett - utilizado para examinar a ausência ou presença de
correlação entre as variáveis e verificar a probabilidade estatística de que a matriz de correlação
apresente correlações significativas entre as variáveis. Valores elevados deste teste,
acompanhado de uma significância menor que 0,05 (MORGAN e GRIEGO, 1998), indicam a
presença de correlação e favorece a indicação da análise factorial.
A Medida de Adequação da Amostra Kaiser-Meyer-Olkin (KMO): Essa medida compara o valor
das correlações observadas com os valores das correlações parciais. Pequenos valores de KMO
(<0,5) indicam que as correlações entre os pares de variáveis não podem ser explicadas por
outras variáveis e que, assim, a análise factorial não é indicada.
Dimensão Tangibilidade
Com base na análise factorial, concluímos que os componentes dentro dos factores e ordenam-se pela sua ordem:
Total Variance Explained
Component
Initial Eigenvalues Extraction Sums of Squared Loadings
Total % of Variance Cumulative % Total % of Variance Cumulative %
1 2,551 51,011 51,011 2,551 51,011 51,011
2 ,992 19,841 70,852
3 ,723 14,452 85,304
4 ,629 12,575 97,879
5 ,106 2,121 100,000
Extraction Method: Principal Component Analysis.
Communalities
Component Rank ExtractionGAP - DF têm equipamentos modernos 4 ,359
GAP - DF não têm roturas de stock 3 ,456
GAP - DF têm qualidade no acondicionamento dos produtos que transportam 5 ,239
GAP - DF oferecem GAP - descontos 1 ,770
GAP - DF oferecem GAP - prazos de pagamento 2 ,726
Extraction Method: Principal Component Analysis.
KMO and Bartlett's Test
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,570
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 70,495df 10Sig. ,000
Dimensão Empatia
Total Variance Explained
Component Initial Eigenvalues Extraction Sums of Squared Loadings
Total % of Variance Cumulative % Total % of Variance Cumulative %
1 3,060 38,249 38,249 3,060 38,249 38,249
2 1,436 17,947 56,196 1,436 17,947 56,196
3 1,082 13,529 69,725 1,082 13,529 69,725
4 ,765 9,565 79,290
5 ,614 7,669 86,960
6 ,466 5,829 92,789
7 ,322 4,026 96,815
8 ,255 3,185 100,000
Extraction Method: Principal Component Analysis.
Communalities
Component Rank ExtractionGAP - DF têm serviços associados com o serviço prestado tais como telemarketing, correio electrónico e circulares, satisfazendo as suas necessidades de informação e esclarecendo as suas dúvidas
2 ,809
GAP - DF disponibilizam formação adequada as necessidades dos seus clientes 8 ,556
GAP - DF têm sempre o produto de que precisa ou entregam num prazo aceitável 7 ,605
GAP - DF prestam sempre o serviço de forma uniforme 3 ,774
GAP - DF persistirão em executar tarefas sem erros 4 ,697
GAP - DF atendem com eficiência os seus clientes 1 ,830
GAP - Empregados DF possuem os conhecimentos necessários para responder às suas questões 6 ,629
GAP - DF transmitem de uma forma clara toda a informação das condições em que efectua a compra 5 ,678
Extraction Method: Principal Component Analysis.
KMO and Bartlett's Test
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,702
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 79,949df 28Sig. ,000
Dimensão Fiabilidade
Total Variance Explained
Component Initial Eigenvalues Extraction Sums of Squared Loadings
Total % of Variance Cumulative % Total % of Variance Cumulative %
1 2,190 54,759 54,759 2,190 54,759 54,759
2 1,059 26,471 81,229 1,059 26,471 81,229
3 ,563 14,087 95,317
4 ,187 4,683 100,000
Extraction Method: Principal Component Analysis.
Communalities
Component Rank ExtractionGAP - DF demonstram um sincero interesse em resolver os seus problemas 3 ,791
GAP - DF demonstram preocupação com as necessidades dos seus clientes 2 ,886
GAP - DF estão centradas no melhor serviço aos seus clientes 4 ,600
GAP - DF satisfazem todas as suas necessidades no que respeita a ter todos os produtos que necessita para vender no seu negócio 1 ,972
Extraction Method: Principal Component Analysis.
KMO and Bartlett's Test
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,483
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 47,612df 6Sig. ,000
Dimensão Garantia
Total Variance Explained
Component
Initial Eigenvalues Extraction Sums of Squared Loadings
Total % of Variance Cumulative % Total % of Variance Cumulative %
1 1,382 46,079 46,079 1,382 46,079 46,079
2 ,954 31,805 77,884
3 ,663 22,116 100,000
Extraction Method: Principal Component Analysis.
Communalities
Component Rank ExtractionGAP - Empregados DF transmitem segurança 1 ,645
GAP - DF têm horários de funcionamento convenientes para todos seus clientes 2 ,498
GAP - DF têm empregados que lhe dão atendimento individualizado 3 ,240
Extraction Method: Principal Component Analysis.
KMO and Bartlett's Test
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,515
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 4,557df 3Sig. ,207
Dimensão Responsabilidade
Total Variance Explained
Component
Initial Eigenvalues Extraction Sums of Squared Loadings
Total % of Variance Cumulative % Total % of Variance Cumulative %
1 1,901 47,521 47,521 1,901 47,521 47,521
2 ,942 23,539 71,060
3 ,755 18,873 89,933
4 ,403 10,067 100,000
Extraction Method: Principal Component Analysis.
Communalities
Component Rank ExtractionGAP - DF têm sempre interesse e boa vontade em ajudá-lo 1 ,669
GAP - DF estão sempre disponíveis para esclarecer as suas dúvidas 2 ,604
GAP - Comportamento Empregados DF inspira confiança 3 ,400
GAP - Empregados DF são corteses consigo 4 ,228
Extraction Method: Principal Component Analysis.
KMO and Bartlett's Test
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,589
Bartlett's Test of Sphericity
Approx. Chi-Square 20,594df 6Sig. ,002
Para a dimensão responsabilidade um factor explica 48% da variância total. Na dimensão fiabilidade, dois factores é responsável por 81 %. Um factor explica 46% da dimensão garantia. São necessários três factores (1,2 e 3) que assumem para explicar cerca de 70% dentro da dimensão Empatia.
Este instrumento viola a preposição de unidimensionalidade das dimensões, implicando a necessidade de se virem a fazer ajustamentos ao instrumento de medida no sentido de futuras aplicações.
Os testes de Bartlett e KMO por seu turno validam a escala utilizada uma vez que não se rejeita a hipótese de que não existe correlação entre as variáveis, a um nível de significância de 5%. Como tal a utilização da analise factorial na nossa análise é adequada.
6.2 Dimensionalidade da Escala SERVQUAL
Alpha de Cronbach – Qualidade Expectada
Scale Mean if Item Deleted
Scale Variance if
Item Deleted
Corrected Item-Total Correlation
Cronbach's Alpha if Item
DeletedExcelentes DF têm equipamentos modernos 144,000 97,086 ,640 ,924
Excelentes DF não têm roturas de stock 143,167 104,600 ,285 ,929
Excelentes DF têm qualidade no acondicionamento dos produtos que transportam
143,389 100,530 ,606 ,925
Excelentes DF têm serviços associados com o serviço prestado tais como telemarketing, correio electrónico e circulares, satisfazendo as suas necessidades de informação e esclarecendo as suas dúvidas
143,833 94,657 ,697 ,923
Excelentes DF disponibilizam formação adequada as necessidades dos seus clientes
144,278 97,749 ,566 ,926
Excelentes DF têm sempre o produto de que precisa ou entregam num prazo aceitável
143,472 102,256 ,431 ,927
Excelentes DF demonstram um sincero interesse em resolver os seus problemas 143,667 97,314 ,748 ,922
Excelentes DF prestam sempre o serviço de forma uniforme
143,778 100,121 ,556 ,926
Excelentes DF persistirão em executar tarefas sem erros
143,528 99,571 ,659 ,924
Os empregados de excelentes DF demonstram preocupação com as necessidades dos seus clientes
143,556 100,940 ,671 ,924
Os empregados de excelentes DF atendem com eficiência os seus clientes
143,417 101,107 ,613 ,925
Os empregados de excelentes DF têm sempre interesse e boa vontade em ajudá-lo
143,722 98,721 ,630 ,924
Os empregados de excelentes DF estão sempre disponíveis para esclarecer as suas dúvidas
143,694 99,075 ,629 ,924
O comportamento dos empregados de excelentes DF inspira confiança 143,806 96,161 ,782 ,922
Excelentes DF transmitem segurança 143,528 99,513 ,722 ,923
Os empregados de excelentes DF são corteses consigo
143,972 98,656 ,502 ,927
Os empregados em excelentes DF possuem os conhecimentos necessários para responder às suas questões
143,611 102,244 ,512 ,926
Excelentes DF transmitem de uma forma clara toda a informação das condições em que efectua a compra 143,472 101,628 ,481 ,927
Excelentes DF têm horários de funcionamento convenientes para todos seus clientes
143,361 102,923 ,404 ,928
Excelentes DF têm empregados que lhe dão atendimento individualizado 143,861 98,466 ,585 ,925
Excelentes DF estão centradas no melhor serviço aos seus clientes
143,694 97,304 ,719 ,923
Excelentes DF oferecem excelentes descontos 143,250 101,221 ,477 ,927
Excelentes DF oferecem excelentes prazos de pagamento
143,333 100,857 ,466 ,927
Excelentes DF satisfazem todas as suas necessidades no que respeita a ter todos os produtos que necessita para vender no seu negócio
143,417 101,736 ,406 ,928
Reliability Statistics
Cronbach's Alpha N of Items
,928 24
Alpha de Cronbach - Qualidade Percepcionada
Scale Mean if Item Deleted
Scale Variance if
Item Deleted
Corrected Item-Total Correlation
Cronbach's Alpha if Item
DeletedO seu DFP têm equipamentos modernos 126,41 224,007 ,554 ,932
O seu DFP não têm roturas de stock 127,44 223,769 ,478 ,934
O seu DFP têm qualidade no acondicionamento dos produtos que transporta 126,76 219,761 ,589 ,932
O seu DFP têm serviços associados com o serviço prestado tais como telemarketing, correio electrónico e circulares, satisfazendo as suas necessidades de informação e esclarecendo as suas dúvidas
126,82 226,392 ,578 ,931
O seu DFP disponibiliza formação adequada as suas necessidades
126,71 228,881 ,458 ,933
O seu DFP têm sempre o produto de que precisa ou entrega num prazo aceitável
126,88 218,955 ,762 ,928
O seu DFP demonstra um sincero interesse em resolver os seus problemas 126,35 220,660 ,675 ,930
O seu DFP presta sempre o serviço de forma uniforme 126,74 220,201 ,750 ,929
O seu DFP persistirá em executar tarefas sem erros 126,94 215,693 ,749 ,929
Os empregados do seu DFP demonstra preocupação com as suas necessidades
126,18 225,483 ,597 ,931
Os empregados do seu DFP atendem-no com eficiência
126,24 228,246 ,450 ,934
Os empregados do seu DFP têm sempre interesse e boa vontade em ajudá-lo 126,18 225,483 ,640 ,931
Os empregados do seu DFP estão sempre disponíveis para esclarecer as suas dúvidas
126,29 228,699 ,658 ,931
O comportamento dos empregados do seu DFP inspira confiança
126,24 229,822 ,590 ,932
O seu DFP transmite segurança 126,24 227,519 ,626 ,931
Os empregados do seu DFP são cordiais consigo 125,91 228,143 ,675 ,931
Os empregados do seu DFP possuem os conhecimentos necessários para responder às suas questões
126,50 228,258 ,627 ,931
O seu DFP transmite de uma forma clara toda a informação das condições em que efectua a compra
126,32 224,832 ,784 ,929
O seu DFP tem horários de funcionamento convenientes e adequados a sí
126,29 230,941 ,374 ,935
O seu DFP tem empregados que lhe dão atendimento individualizado 126,21 232,290 ,491 ,933
O seu DFP está centrado em prestar-lhe o melhor serviço
126,35 226,417 ,749 ,930
O seu DFP oferece excelentes descontos 126,15 230,614 ,400 ,934
O seu DFP oferece excelentes prazos de pagamento
125,91 226,325 ,530 ,932
O seu DFP satisfaz todas as suas necessidades no que respeita a ter todos os produtos que necessita para vender no seu negócio
127,26 214,928 ,684 ,930
Reliability Statistics
Cronbach's Alpha N of Items
,934 24
A Fidedignidade refere-se à propriedade de um instrumento de medida que produz os mesmos resultados perante fenómenos semelhantes. O teste de fidedignidade é importante para o investigador na medida em que lhe permite ter confiança de que as variações nos seus dados não provêm de imperfeições do instrumento de medida. Significa então que o teste é fiável e válido para o estudo do mesmo fenómeno, com outros grupos de distribuidores farmacêuticos.
O Alpha de Cronbach assume neste caso o valor de 0,92 o que significa que o teste tem uma fiabilidade de 92,8%, um valor elevado que nos permite confiar no instrumento de medida.
Validação das Hipóteses
H0: A satisfação global das farmácias varia com o distribuidor farmacêutico;
Validação da Hipotese: Satisfação Global varia com o distribuidor farmacêutico.
Count
Qual a satisfação global com o seu armazenista principal? Total Nem
Satisfeito Nem
Insatisfeito Satisfeito Muito
Satisfeito Totalmente Satisfeito
Distribuidor Farmacêutico
DF1 0 2 3 0 5 DF2 0 0 6 0 6 DF3 1 2 3 1 7 DF4 1 0 7 2 10 DF5 0 2 3 0 5 DF6 0 4 0 0 4
Total 2 10 22 3 37
ANOVA
Qual a satisfação global com o seu armazenista principal
3,615 5 ,723 1,588 ,193
14,114 31 ,455
17,730 36
Between Groups
Within Groups
Total
Sum ofSquares df Mean Square F Sig.
A análise de variância Anova entre uma variável dependente quantitativa e uma única variável independente (distribuidor) permite testar a hipótese da igualdade das médias.
A um nível de significância de 5% rejeita-se a hipótese H0 de que são iguais as médias das variáveis supracitadas, uma vez que o valor do teste é de 0,193>0,05 pelo que se conclui não existem diferenças significativas entre os grupos e logo não existe variação da satisfação global das farmácias com o distribuidor farmacêutico.
7.Análise e Discussão dos Resultados
Statistics
N
Mean Median Mode Std. DeviationValid Missing
GAP - DF têm equipamentos modernos 37 0 -,38 ,00 0 1,010
GAP - DF não têm roturas de stock 37 0 -2,14 -2,00 -3 1,456
GAP - DF têm qualidade no acondicionamento dos produtos que transportam
37 0 -1,35 -1,00 -2(a) 1,317
GAP - DF têm serviços associados com o serviço prestado tais como telemarketing, correio electrónico e circulares, satisfazendo as suas necessidades de informação e esclarecendo as suas dúvidas
37 0 -,89 -1,00 -2 1,410
GAP - DF disponibilizam formação adequada as necessidades dos seus clientes
37 0 -,35 ,00 0 1,274
GAP - DF têm sempre o produto de que precisa ou entregam num prazo aceitável
37 0 -1,30 -1,00 -2 1,222
GAP - DF demonstram um sincero interesse em resolver os seus problemas
37 0 -,59 -1,00 -1 1,013
GAP - DF prestam sempre o serviço de forma uniforme 37 0 -,86 -1,00 -1 1,110
GAP - DF persistirão em executar tarefas sem erros 37 0 -1,32 -1,00 -1 1,180
GAP - DF demonstram preocupação com as necessidades dos seus clientes
37 0 -,54 ,00 0 ,931
GAP - DF atendem com eficiência os seus clientes 37 0 -,73 -1,00 0 ,990
GAP - DF têm sempre interesse e boa vontade em ajudá-lo 37 0 -,38 ,00 0 ,828
GAP - DF estão sempre disponíveis para esclarecer as suas dúvidas
37 0 -,49 -1,00 -1 ,901
GAP - Comportamento Empregados DF inspira confiança 37 0 -,43 ,00 0 ,728
GAP - Empregados DF transmitem segurança 37 0 -,62 ,00 0 ,982
GAP - Empregados DF são corteses consigo 37 0 ,11 ,00 0 ,966
GAP - Empregados DF possuem os conhecimentos necessários para responder às suas questões 37 0 -,73 -1,00 0 ,932
GAP - DF transmitem de uma forma clara toda a informação das condições em que efectua a compra
37 0 -,73 -1,00 -1 ,962
GAP - DF têm horários de funcionamento convenientes para todos seus clientes
37 0 -,86 -1,00 -1 1,032
GAP - DF têm empregados que lhe dão atendimento individualizado
37 0 -,30 ,00 0 ,777
GAP - DF estão centradas no melhor serviço aos seus clientes 37 0 -,59 -1,00 -1 ,927
GAP - DF oferecem GAP - descontos 37 0 -,78 ,00 0 1,158
GAP - DF oferecem GAP - prazos de pagamento 37 0 -,49 ,00 0 1,017
GAP - DF satisfazem todas as suas necessidades no que respeita a ter todos os produtos que necessita para vender no seu negócio
37 0 -1,73 -2,00 -1 1,521
a Multiple modes exist. The smallest value is shown
Os maiores gaps revelam uma satisfação inferior às expectativas, logo sinais de fraca qualidade do atributo do serviço, e são interpretáveis como os principais pontos de melhora, alvo de atenção por parte dos distribuidores farmacêuticos:
- Roturas;
- Satisfação das necessidades referentos à disponibilidade de produtos;
- Acondicionamento dos produtos;
- Execução das tarefas sem erros;
- Disponibilidade dos produtos num prazo aceitável.
Statistics
N Mean Std. Deviation
Valid Missing Gap_empatia 37 0 -,2973 ,58285Gap_Fiabilidade 37 0 -,8649 ,69246Gap_Garantia 37 0 -,5946 ,63409Gap_Tangibilidade 37 0 -1,0270 ,83688Gap_Responsabilidade
37 0 -,8649 ,77638
Os resultados apresentam elevados desvios-padrão na dimensão tangibilidade e responsabilidade.
G_empatiaG_Fiabi lidade
G_GarantiaG_Tangib il idade
G_Responsabi lidade
Variables
-1,0000
-0,8000
-0,6000
-0,4000
-0,2000
Val
ues
Statistics
Statistics : Mean
8. Soluções de Gestão Propostas
Após tratamento estatístico, verificamos que, ao nível da noção de percepção de serviço,
existem quatro pontos que são considerados críticos na qualidade expectável de um
armazenista:
- Poucas roturas de stock;
- Excelentes horários de funcionamento;
- Bons descontos;
- Bons prazos de pagamento;
Estes factores apresentarão índices médios superiores a 6,50, pelo que se apresentam
consensuais perante os vários inquiridos como factores determinantes no desempenho de um
armazenista.
Por outro lado, quando se abordam as farmácias relativamente ao serviço que os fornecedores
principais lhe prestam, verifica-se que o “gap” que a percepção do serviço recebido tem
bastantes pontos de melhoria, quando analisado em comparação ao expectável, no que respeita
a:
- Roturas
- Satisfação das necessidades referentes à disponibilidade de produtos
- Acondicionamento dos produtos
- Execução das tarefas sem erros
- Disponibilidade dos produto num prazo aceitável
Estes factores são aqueles que os inquiridos apresentam como menos “performantes” no
armazenista principal, independente de qual ele seja, pelo que se verifica que quando se
trabalha em prioridade com um determinado armazenista, apresentam qualidade de serviços
bastante idênticos. No entanto, esta análise serviu para detectar “pontos de melhoria” que
poderão ser factores diferenciadores para a escolha ou mudança de fornecedor principal numa
farmácia. Dentro deles, as roturas de stock (ou falta delas) surgem como uma oportunidade de
reforçar posição num meio extremamente competitivo. Uma análise mais detalhada poderá ser
efectuada de forma a percepcionar este tópico como uma prestação de serviço que influencia-se
a compra e/ou adopção de um novo armazenista/ ascensão a armazenista principal dentro do
negócio da Farmácia.
9. BibliografiaBabakus, E., Boller, G.W. An empirical assessment of the Servqual Scale.
Journal of Business Research, 24, p. 253-68.
Bharati, P. & Berg, D. (2003). Managing information systems for service quality: a study from the other side. Information Technology & People, 16(2), 183-202.
Caldwell, N. (2003). The treatment of power in supply chains: power, method and ontology, paper presented at the 12th International IPSERA Conference, Budapest, 14-16 April, pp. 501-512.
Carman, J. M. (1990). Consumer perceptions os service quality: an assessment of SERVQUAL dimensions. Journal of Marketing, New York: American Association,
Christopher, M. (1998), Logistics and Supply Chain Management, 2nd ed., FT/Pitman, London.
Cronin, J., & Taylor, S. (1992). Measuring service quality: A reexamination and extension. Journal of Marketing, 56(3), 55-68.
Crosby, P.B. (1979). Quality is Free. McGraw Hill, New York, NY.
Deming, W.E. (1986). Out of Crisis. MIT Centre for Advanced Engineering Study, Cambridge: MA.
Drew, R.L. & Karwan, K.R. (1994). Prioritising the dimensions of service quality: an empirical investigation and strategic assessment. International Journal of Service Industry Management, 5(4), 39-62.
Escobar, D. & Revilla, E. (2004). The customer service process: the lean thinking perspective, paper presented at the 11th Annual International EUROMA Conference, INSEAD, Fontainebleau, 27-30 June, pp. 489-499.
F(INN e LAMB (1991), 66(1)
Forker, L.B. & Stannack, P. (2000). Cooperation versus competition: do buyers and suppliers really see eye-to-eye?. European Journal of Purchasing & Supply Management, 6(1), 31-40.
Frost, F.A. and Kumar, M. (2000). INTSERVQUAL an internal adaptation of the GAP model in a large service organization. Journal of Services Marketing, 14( 5), 358-77.
Giannakis, M. & Croom, S. (2003). Performance measurement of supplier relationships and the role of the purchasing function, paper presented at the 12th International IPSERA Conference, Budapest, 14-16 April, pp. 617-632.
Gro¨nroos, C. and Ojasalo, K. (2004). Service productivity: towards a conceptualisation of them transformation or inputs into economic results in services. Journal of Business Research, 57(3), 414-23.
Hair, J.F.Jr., Anderson, R.E., Tatham, R.L. & Black, W.C. (1995). Multivariate Data Analysis (with readings), 4 ed. Prentice Hall, Englewood Cliffs.
Hayes, B. E. (1997). Measuring Customer Satisfaction: Survey Design, Use and Statistical Analysis Methods. Milwaukee: ASQ Quality Press.
hygiene factors, paper presented at the QUIS II Symposium, St Johns University, July,
Institutions. International Journal of Bank Marketing, 6(4), 7-18.
Ireland, P. (1999). Satisficing dependent customers: on the power of suppliers in IT systems integration supply chains. Supply Chain Management, 4(4), 184.
Juran, J.M. (1983). The Juran Report, Number 1. Juran Institute: New York.
Kanter, R.M. (1994). Collaborative advantage: the art of alliances. Harvard Business Review, July/August, 100.
Kaplan, R.S. & Norton, D.P. (1992). The balanced scorecard: measures that drive
Kennedy, K.N. & Curasi, C.F. (2002). From prisoners to apostles: a typology of repeat buyers and loyal customers in service businesses. Journal of Services Marketing, 16(4), 322-41.
Lau, H.C.W., Pang, W.K. & Wong, C.W. (2002). Methodology for monitoring supply chain performance: a fuzzy logic approach. Logistics Information Management, 15( 4),
LeBlanc, G. and Nguyen, N. (1988). Customers perceptions of service quality in financial
Lee, S.K., Lee, Y. & Yoo, D. (2000). The determinants of service quality and its relationship with satisfaction. The Journal of Services Marketing, 14(3), 217.
Lewis, B.R. (1999). Managing service quality, in Dale, B.G. (Ed.), Managing Quality, 3rd ed. Blackwells, Oxford.
Lonsdale, C. (2001). Locked-in to supplier dominance: on the dangers of asset specificity for the outsourcing decision. Journal of Supply Chain Management, 37(2), 22.
Malhotra, N. K. (1996). Marketing Research: an applied orientation. Englewood Cliffs
Martin, W.B. (1986). Quality Service: The Restaurant Managers Bible. Brodock Press, Utica, NY.
Mikkelson, O.S. & Johansen, J. (2001). Extended supplier co-operation in a Danish context –current state and future implications, paper presented at the 10th International IPSERA Conference, Budapest, 8-11 April, pp. 633-645.
Morgan, G. A. e Griego, O. V. (1998). Easy use and interpretation os SPSS for Windows: answering research questions with statistics. Lawrence Erlbaum Associates Publishers: Mahwah, New Jersey.
Norusis, M.J. (1997). SPSS Advanced Statistics 7.5. SPSS Inc.: Chicago.
Pagouni, E. (1997). Measuring the service quality of an outpatients department at the Astley Ainslie hospital using the SERVQUAL model, MSc quality management dissertation, University of Stirling, Stirling.
Parasuraman, A., Berry, L.L., Zeithaml, V. (1991). Refinement and assessment of the SERVQUAL. Journal of Retailing, 67(4), 420-49.
Parasuraman, A., Zeithaml, V.A. & Berry, L.L. (1988). SERVQUAL: a multiple-item scale for measuring consumer perceptions of service quality. Journal of Retailing, 64(1), 12-40.
Parasuraman, A.; Zeithaml, V. A., & Berry L. L. (1985). A conceptual model of services quality and its implication for future research. Journal of Marketing, 49(4), 41-50.
______. (1990). Delivering quality service. Balancing customer perceptions and expectations. New York: The Free Press.
______. Reassessment of expectation as a comparison standard in measuring service quality: implications for further research. Journal of Marketing, 58(1), 111-124.
______. SERVQUAL: A multiple-item scale for measuring consumer perceptions of service quality. Journal of Retailing, 64(1), 12-40.
271-80.
Reichheld, F.F. (1996). The Loyalty Effect. Harvard Business School Press, Boston, MA.
Ritchie, E. (2002a). Re-engineering the pharmaceutical supply chain in hospital pharmacy in the NHS, PhD thesis, UMIST, Manchester.
Saleh, F. and Ryan, C. (1991). Analysing service quality in the hospitality industry using the SERVQUAL model. The Service Industries Journal, 11(3), 324-43.
Silvestro, R. & Johnston, R. (1990). The determinants of service quality: enhancing and hygiene factors", in the (Eds),Proceedings of the QUIS II Symposium, St John’s University, New York, NY, .
Slack, N., Chambers, S., Harland, C. & Johnston, R. (2003). Operations Management, 4th ed.,. Pitman Publishing: London.
Slack, N., et al. (1997). Administração da produção. São Paulo: Atlas.
Svensson, G. (2002). A triadic network approach to service quality. The Journal of Services Marketing. 16(2), 158-79.
Tan, K.C., Xie, M. & Li, Y.N. (2003). A service quality framework for web-based information systems. The TQM Magazine, 15(3), 164-72.
The Service Industries Journal, 18(3), 148-63.
Van Hoek, R. I., Harrison, A., Christopher, M. (2001). Measuring agile capabilities in the supply chain. International Journal of Operations & Production Management, 21(1-2), 126-147.
Voss, C. (2003). Rethinking paradigms of service: service in a virtual environment. International Journal of Operations & Production Management, 23(1), 88-104.
Wilson, A. (1998). The use of mystery shopping in the measurement of service delivery.
Zeithaml, V.A. & Bitner, M.J. (2003). Services Marketing: Integrating Customer Focus Across the Firm, 3rd ed.Edition/International Edition, McGraw-Hill, London.
Zemke, R. (1994). Service recovery. Executive Excellence, 11(9), 17-18.