Análise Sensorial de Alimentos

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aula sobre análise sensorial de alimentos

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  • Conjunto de caractersticas que iro influenciar na sua aceitabilidade

    Nutricional

    Sensorial

    Microbiolgico

  • Aceitabilidade

    de um alimento

    Depende da pessoa

    que examina

  • rgos do sentido

    Aparncia

    CorTamanho

    FormaIntegridade

    ConsistnciaDefeito

    Textura

    TatoDurezaMaciez

    Suculncia

    BocaFibrosidade

    PegajosidadeArenosidade

    sabor (gosto + aroma)

    GostoDoceAzedo

    SalgadoAmargoUmami

    AromaQueimadoGordurosoMetlico

    O prazer ao degustar um alimento depende da combinao dessas sensaes e de outras, como a memria afetiva de refeies feitas na infncia

  • IFT (Institute of Food Science and Technology) disciplina usada para provar, medir, analisar e interpretar as reaes produzidas pelas caractersticas dos alimentos e materiais, percebidas pelos rgos sensoriais, como aparncia, sabor, aroma e textura dos alimentos.

    uma das maiores preocupaes das indstrias alimentcias.

    Muito utilizada tambm pela indstria de cosmticos, em pesquisas e desenvolvimento de novos produtos e no controle de qualidade.

    Utilizada como ferramenta para, atravs de levantamento de atributos de fisiologia, morfologia e anlises estatsticas, permitir o desenvolvimento e a melhoria, tanto de produtos como de condies de processos.

    uma cincia usada para medir atravs dos sentidos humanos um determinado atributo ou a caracterstica global do produto e

    quantific-la.

  • A indstria alimentcia sempre se preocupou com a qualidade sensorial de seus produtos.

    A metodologia utilizada para medi-la depende do estgio de evoluo tecnolgica da indstria:

    Perodo anterior a 1940poca artesanal/pr-cientfica da indstria de alimentos. A

    qualidade sensorial era determinada pelo proprietrio da

    indstria.

    Perodo de 1940 a 1950poca de expanso e incorporao de pessoal tcnico. Houve a

    introduo de conceitos de controle de processo e de produto.

    Eram realizadas anlises qumicas e instrumentais.

  • Perodo de 1950 a 1970Utilizao do homem como instrumento de medida das

    caractersticas sensoriais

    - Definio dos atributos primrios que integram a qualidade

    sensorial dos alimentos (aparncia, sabor, consistncia,

    viscosidade, textura) e os rgos sensoriais a eles

    relacionados;

    - Normatizao da forma e condies da realizao da anlise

    sensorial, bem como o tratamento estatstico aos dados

    obtidos.

    - Pesquisas sobre como o homem percebe os estmulos.

    Perodo aps 1970Instituiu-se que a qualidade sensorial de um alimento no uma

    caracterstica prpria do alimento, mas o resultados da interao

    entre o alimento e o homem.

  • Caractersticas

    qumicas,

    fsicas e

    estruturais

    ALIMENTOHOMEM

    QUALIDADE

    SENSORIAL

    AMBIENTE

    Condies

    fisiolgicas

    Condies

    psicolgicas

    Condies

    sociolgicas

    e tnicas

  • A qualidade sensorial varia de pessoa para pessoa, dependendo de vrios fatores como: Caractersticas do alimento sabor, textura, forma, mtodo de

    preparo, custo

    Caractersticas do indivduo Idade maior faixa etria preferncia por sabores mais

    intensos em alimentos e bebidas

    sexo, educao, renda, habilidades na cozinha, religio Caractersticas do local onde vive pas, estado, regio, etc. Caractersticas ambientais grau de urbanizao, ambiente

    de trabalho, estao do ano

    Ento a qualidade sensorial uma resposta individual, que varia de indivduo para indivduo, em funo das experincias, da expectativa, do grupo tnico e de preferncias individuais.

  • Pesquisa e desenvolvimento de novos produtos

    Controle de qualidade

    Controle de processo de fabricao qualidade da matria-prima, variaes no processamento, variao de ingredientes

    Controle de produto acabado verificar estabilidade durante o armazenamento: vida de prateleira

    Controle do efeito da embalagem sobre os produtos acabados

    Controle de mercado estudos comparativos entre produtos concorrentes; estudos de aceitao e preferncia

    Reduo de custos ingredientes de menor preo ou processos menos onerosos

  • Tato

    Viso

    Paladar

    Audio

    Olfato

  • Olfato

    O odor um dos elementos mais complexos, proveniente das substncias volteis dos alimentos, estando sujeito a variveis

    como:

    Fadiga prova de amostras seguidamente, ao ponto de no mais distinguir diferenas entre elas

    Adaptao um cheiro pode ser intenso no incio, mas depois de um tempo inalando-o, o aroma j no ser to intenso

    quanto antes

    A sensibilidade varia com o indivduo e diminui com a idade. A no percepo de um certo odor referida como anosmia especfica.

    As caractersticas de um alimento

    dependem tanto do aroma quanto do

    gosto. Por isso, juntos (aroma e

    gosto), constituem o sabor.

  • Paladar

    Somente 5 gostos bsicos: doce, salgado, cido, amargo e umami

    Os gostos bsicos interagem e podem mascarar ou reforar outro.

  • Viso

    D informao sobre o aspecto de um alimento: estado, tamanho, forma, textura e cor. Este sentido se antecipa na recepo a todas

    as outras informaes.

    Impacto visual um elemento que a indstria usa para tornar um alimento mais atrativo, como, por exemplo, na colorao de

    doces.

    Luzes coloridas usadas para mascarar diferenas de cores e reduzir sua influncia na avaliao sensorial.

  • Tato

    Fornece informao sobre a textura, forma, peso, temperatura e consistncia de um produto alimentcio em dois nveis: na boca e

    na mo

    As percepes tteis podem influenciar drasticamente o prazer de comer.

  • Audio

    Ao serem consumidos, os alimentos originam certos sons caractersticos, esperados pelo consumidor por sua experincia

    prvia.

    Os sons provocados pela mordida ou mastigao completam a percepo da textura e fazem parte da satisfao de comer.

    Em uma avaliao sensorial, os participantes podem ter sua capacidade de avaliao alterada se houverem rudos estranhos

    que lhes dispersem a ateno .

  • Interaes Sensoriais

    As informaes provenientes de todas as vias sensoriais so detectadas no crebro simultaneamente e h sempre interaes e

    associaes psicolgicas.

    H diferenas na sensibilidade individual para gostos, formas, luzes, odores, de modo que cada um de ns apresentado com

    um quadro global nico no mundo. E essa variabilidade

    reforada pela educao, nvel social, estrutura cultural e personalidade.

  • psicologia comportamento humano percepo,

    motivao

    fisiologia funes dos sistemas sensoriais

    qumica composio do alimento

    estatstica quantificao matemtica dos dados

  • Local tranquilo, livre de distrbios, para a concentrao do analista

    Longe de odores (inodoro)

    De fcil acesso

    Cabines individuais concentrao e falta de interao

    Mesa redonda Anlise de perfis descritivos, discussoe padronizao de procedimentos, caracterizao deamostras de referncia, treinamento e busca deconsenso entre julgadores para anlises descritivas

  • Projeto das cabines sensoriais deve seguir dimensesadequadas ao conforto e individualidade do julgador.

    90 cm de largura x 90 cm de profundidade (60 cm para a

    mesa interna de anlise e 30 cm do vo de entrada)

    altura da mesa de anlise: 75 cm

    iluminao preferencialmente natural ou luz fluorescente

    opes de luzes coloridas para mascarar a aparncia das

    amostras

    cabines com a cor branca ou neutra para evitar ambiente

    com possveis distraes

    recipiente para as amostras brancos, limpos e inodoros

  • Reunir o maior nmero possvel de informaes sobre o testeHorrio ideal 2h antes ou depois das refeiesOferecer gua mineral, po, torrada ou biscoito gua e sal

    para fazer o branco entre amostras. gua quente interessante se o produto testado for gorduroso

    A quantidade de amostra servida deve ser precisamentecontrolada, com um mnimo de manuseio do produto erapidez no preparo

    Julgadores instrudos a no usar perfumes e cosmticosfortes, bem como no fumar, tomar caf e mascar chicletes 20min antes das avaliaes

    Manusear as amostras para anlise sempre da esquerda paraa direita

    Em testes de odor e sabor, sempre iniciar com o teste do odor

  • Importante definir e padronizar a quantidade e temperaturaideal para degustao

    Para a percepo sensorial, deve-se garantir que o conjuntode amostras esteja, rigorosamente, na mesma temperatura

    A uniformidade das amostras deve ser garantida, observando-se tamanho, tipo de corte, orientao das fibras, etc

    A codificao das amostras indispensvel melhor opo:uso de 3 dgitos ao acaso

    A ordem de apresentao deve ser balanceada e aleatria

    O tempo de amostra na boca deve ser padronizado: 20 a 30segundos

  • Para definir o nmero mximo de amostras a serem apresentadas em cada sesso, a fim de evitar fadiga

    sensorial, deve-se considerar vrios aspectos:

    Natureza do produto (exemplo: sorvetes, mximo 6 amostras)

    Intensidade e complexidade da propriedade sensorial que est

    sendo julgada

    Experincia do julgador

    Tipo de teste que est sendo utilizado

    Quantidade disponvel do produto e tempo que se dispe

  • Julgadores/Analistas

    Preferncia do consumidor julgadores no treinados

    Ter pelo menos 25 respostas para preferncia e 50 respostas para aceitabilidade, quando o teste for realizado em

    laboratrio. Para concluso digna de confiana 1000 ou mais julgadores

    Determinao do grau ou nvel de qualidade julgadores adequadamente selecionados, com treinamento bsico

    Necessidade de uma avaliao comparativa (se uma amostra ou no diferente da outra, se melhor ou pior)

    Deteco de uma diferena/anlise descritiva do produto julgadores bem treinados

    Membros de uma indstria, instituio ou escola. Pessoas que preparam as amostras no devem ser includas na equipe

  • Entrevista

    Teste de reconhecimento de odores

    Teste de identificao de gostos

    Teste de diferena aplicados aos

    produtos

    Seleo dos Analistas

    Imprescindvel para a confiabilidade dos resultados

    A sensibilidade sensorial uma aptido e muitas pessoas

    possuem restries para o desenvolvimento dessa habilidade

  • Entrevista

    Ter entre 18 e 50 anos

    Gozar de boa sade, sem infeces nasais ou bucais e bom apetite, no devendo usar dentaduras, aparelhos, etc.

    Avaliar se o candidato gosta muito dos produtos analisados

    Apresentar curiosidade intelectual

    Possuir habilidade de concentrao

    Ter boa vontade e interesse em participar dos teste

    Seriedade

    Possuir capacidade de reproduzir os resultados e ter boa memria sensorial

  • Entrevista

  • Teste de reconhecimento de odores

    16 a 20 amostras comuns

    1 ponto para a identificao correta ou associao

    0,5 ponto para a caracterizao

    Objetivo que o candidato identifique, no mnimo, 70% dos

    aromas apresentados com grau de dificuldade normal

    um teste classificatrio e, no, eliminatrio

    No deve ser realizado em cabines fechadas ou lugares que no

    possuam ventilao adequada

  • Teste de reconhecimento de odores

  • O termo umami vem do japons, que pode significar: delicioso, pungente, saboroso, essencial ou de carne. um sal encontrado nas prateleiras dos

    supermercados e nas mesas dos restaurantes orientais, vendido como

    Ajinomoto ou Sazon. Est presente naturalmente, tambm, no molho de soja e

    em vrios alimentos como queijo parmeso, tomate, leite, atum, frutos do mar.

    Teste de identificao de gostos

    Gosto doce: soluo 0,58% de acar refinado

    Gosto salgado: soluo 0,12% de sal de cozinha

    Gosto cido: soluo 0,04% de cido ctrico

    Gosto adstringente 0, 125 % de cido tnico

    Gosto amargo: soluo 0,02% de cafena

    Gosto umami: soluo 0,06% de glutamato monossdico

  • Teste de identificao de gostos

  • Teste de diferena aplicado ao produto

    Teste classificatrio

    Avalia a habilidade e percepo diferenciada em um determinado

    tipo de alimento um bom julgador de vinho no ,necessariamente, um bom julgador de chocolate, por exemplo

    O teste de diferena mais utilizado o triangular

  • Mtodo Sensorial Discriminativo

    Mtodo Sensorial Afetivo

    Mtodo Sensorial Descritivo

  • Teste duo-trio

    Recomendados 20 ou mais provadores.

  • Teste duo-trio

    Anlise dos resultados

    possvel distinguir entre os dois produtos?

  • Teste Triangular

    Situao

    Mudana da formulao de hambrguer de peixe

    Determinar se os dois diferem sensorialemente

  • Teste Triangular

    A nova formulao

    B formulao tradicional

  • Teste Triangular

  • Teste Triangular Resultado

  • Teste Triangular

    Anlise dos resultados

    Qual o nmero de respostas corretas a partir do qual podemos afirmar que existe diferena entre as amostras?

  • Teste de Comparao Pareada

    Objetivo: saber se uma amostra apresenta certo atributo sensorial

    em maior intensidade que a outra amostra

    um teste direcional, porque chama a ateno do julgador para

    um determinado atributo sensorial (ou para a preferncia geral).

    Por isso, a concluso sobre a diferena apenas no atributo

    solicitado.

    No teste so apresentadas 2 amostras e o julgador tem de dizer

    qual das 2 tem maior intensidade de uma caracterstica bem

    definida

    Situao: Mudana do processo de fabricao da cerveja que altera seu

    teor alcolico

    Deseja-se verificar se h diferena significativa entre as cervejas.

  • Teste de Comparao Pareada

  • Teste de Comparao Pareada

  • Teste de Comparao Pareada

  • Teste de Ordenao Duas ou mais amostras so apresentadas simultaneamente

    solicitado que o julgador ordene as amostras em ordem crescente ou decrescente em relao intensidade de percepo de uma determinada caracterstica ou atributo

    Situao Desenvolvimento de formulaes de geleias de morango com

    diferentes quantidades de polpa de fruta, pectina e cido ctrico, com o intuito de verificar a influncia de cada um no produto final

    As amostras foram servidas em recipientes brancos, utilizando-se biscoito de gua e sal como veculo.

    Comparar 4 diferentes formulaes ordenando da de maior preferncia para a de menor preferncia

  • Teste de Ordenao

  • Teste de Ordenao

  • Teste de Ordenao

  • Teste de Ordenao

  • Teste de

    ordenao

  • Teste de

    ordenao

  • Teste de Comparao Mltipla

    utilizado para saber:

    se existe diferena significativa (p 0,05) entre vrias

    amostras e uma referncia ou tratamento controle

    (padro)

    estimar o grau dessa diferena: se uma diferena

    grande ou pequena

    o julgador recebe a amostra controle, especificada com a letra

    C ou P, e as demais amostras codificadas

    importante se introduzir uma amostra igual ao controle entre

    as codificadas

    recomendam-se 20 a 50 julgamentos.

  • Objetivo avaliar a aceitao e preferncia dos consumidores em relao a um ou mais produtos

    1. Teste de Aceitao avalia o quanto um consumidor gosta ou desgosta de um determinado produto

    2. Teste de Preferncia determina a preferncia que o consumidor tem sobre um produto em relao a outro

  • Testes em escala hednica

    expressa o gostar ou desgostar

    9 pontos mais amplamente utilizada para estudos de

    preferncia com adultos

    para o pblico infantil, utiliza-se a escala hednica facial, com

    menor graduao e auxlio das figuras das caretas

    desde o seu desenvolvimento, em 1955, esta escala tem sido

    utilizada com uma gama enorme de produtos, com considervel

    sucesso

  • Testes em escala hednica

  • Testes em escala hednica

  • Testes em escala hednica

  • Testes em escala hednica

  • Testes em escala de atitude

    Expressa a frequncia de consumo

  • Testes de preferncia pareada

    Avalia, entre 2 formulaes de um produto, a preferida pelos consumidores

  • Aspecto qualitativoa) caractersticas de aparncia

    cor (tonalidade, luminosidade, uniformidade, pureza) textura visual (liso/grosseiro, brilhante/fosco, enrugado, etc) tamanho e forma (dimenses e geometria) interaes entre pedaos ou partculas (aglomerado/solto, etc)

    b) caractersticas de aroma sensaes olfatrias (vanila, frutoso, floral, fantasia, etc) sensaes nasais (refrescante, etc)

    c) caractersticas de sabor sensaes olfatrias (vanila, frutoso, floral, etc) sensaes de gosto (doce, amargo, cido, azedo) sensaes bucais (quente/frio, adstringente, metlico, pungente, etc)

    d) caractersticas de textura oral propriedades mecnicas/reao do produto presso (dureza,

    viscosidade, fraturabilidade, elasticidade, etc) propriedades geomtricas (fibroso, granuloso, arenoso, etc) propriedades relacionadas com a presena, liberao e adsoro da

    gordura ou leo e da umidade no produto

  • OBRIGADA!!