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Anatomia e Fisiologia da pele
Marina Curi
Pele
15% do peso
corporalReveste e
delimita o
organismo
Estrutura complexa de tecidos de várias naturezas
Folhetos
Ectoderma Epiderme
Glândulas
sudoríparas
Pêlos
unhas
ectodérmicos e mesodérmicos
Mesoderma
Melanócitos
nervos
Derme
hipoderme
Embrião de 5 a 6 semanas
Única camada de células justapostas
periderme
Multiplicação celular
Duas camadas:basal e início da
camada de malpighi
Sexto mês
Ceratinização
Melanócitos- crista neural
Melanoblastos- não formam melanina 3º ou 4 º mês
After reaching the dermis, they then migrate into the epidermis and hair bulb.
3º mês derme - mesoderma
Tecido afibrilar e amorfo
Substância fundamental e células mesenquimais dendríticas
Pele fetal- colágeno III
Pele adulta- colágeno I
5º mês- hipoderme
Acúmulo de lípídios no interior das células
Adipócitos-
arredondadas e
núcleo rebatido
para a periferia
Vasos- 3º mês - mesênquima
capilaresArtérias
veias
Estruturas nervosas- 5ª semana
Células de Schwann Crista neural
axônios Medula e gânglios
posteriores
Nerve fibers in the skin.
Confocal microscopy
demonstrates CGRP
immunoreactivity of nerves in
the epidermis and dermis (small
arrows, green staining). The
cutaneous nerves are in close
proximity to
microvascular structures in the
dermis, which are demonstrated
by CD34 immunoreactivity
(arrowheads, red staining).
Estrutura da pele3 camadas
epiderme
derme
hipoderme
Epiderme
• Epitélio estratificado queratinizado
• Células epiteliais- sistema ceratínico e
anexos(pêlos, unhas e glândulas)
• Células do sistema melânico
• Células de Langerhans
• Células dendríticas indeterminadas
• Células de Merkel
Epitélio estratificado queratinizado
Queratinócito
Função básica- síntese de queratina
• Queratina:
proteína filamentosa que forma a
superfície protetora da epiderme
Proteína estrutural de cabelos e unhas
Epitélio estratificado queratinizado
• Queratinócito
Função imune- indutor da resposta imune
Secretam citoquinas e mediadores inflamatórios, incluindo TNF-α
Expressam moléculas em sua superfície, como ICAM-1(molécula de adesão
intercelular) e MHC II(Cx de histocompatibilidade principal)
Queratinas
• As múltiplas queratinas (ácidas e básicas)
estão presentes em vários tecidos e
funcionam como marcadoras do tipo e grau
de diferenciação de uma população de
queratinócitos
• Mutações nos genes de queratina são causas
conhecidas de doenças cutâneas
Camada basal- germinativo
Profunda
Células mais jovens, colunares
Multiplicação constante- renovação da
epiderme
Queratinócitos ou células basais
Fase de síntese- produção de queratina
Camada basal
Colunares, citoplasma basofílico, núcleo grande e oval
Sofrem modificações morfológicas e histoquímicas
Células de Malpighi ou espinhosas
Passam a ser poligonais, citoplasma acidófilo
Dispõem-se em várias camadas, achatam-se e tornam-se cada vez
mais acidófilas- inicia a fase degradativa
Camada córnea 5% enxofre e 20%de nitrogênio
Espessura varia com a região hidrófila
Protetora contra agressões físicas, químicas e
biológicas
Perdeu organelas,
consolidação do
conteúdo celular
em mistura de
filamentos e
envelope celular
amorfo
Palmo-plantar
Perdem o núcleo, camada morta
Transformam-se em lâminas acidófilas anucleadas de
ceratina, camada mais externa
Lâminas, “escamas”Diferenciação terminal
Camada evolutiva pré-córnea (camada de transição)- função de barreira
No processo de queratinização, células granulosas
Achatadas, com abundantes grânulos cerato-hialinos
Camada
granulosa
Camada evolutiva pré-córnea (camada de transição)- função de barreira
Quando a pele sofre atrito, trauma repetido, a camada
granulosa e espinhosa se espessam, forma-se estrato lúcido
e a camada córnea trona-se mais espessa e compacta
Grânulos de querato-
hialina-
profilagrina→filagrina
responsável pela agregação
dos filamentos de queratina
Camada lúcida (camada de transição)- função de barreira
Palmoplantares, antes da transformaçao da camada granulosa em
córnea
Células achatadas anucleadas que não se coram pelos métodos de
rotina
÷ célula basal até eliminação
camada córnea59-75 dias
Renovação
÷ celular 19 dias
Trânsito através
da camada de
Malpighi 26-42 dias
Trânsito através do
extrato córneo19 dias
59-75 dias
19 dias
19 dias
26-42 dias
Junção epidérmica e dermo-
epidérmica
• As células da epiderme são unidas entre si
através dos desmossomos
• A epiderme é unida com a derme através
dos hemidesmossmos
• Representam modificações da superfície
celular que agem como placas de aderências
Caderinas
As caderinas são uma família de
moléculas de adesão intercelular
dependentes de cálcio que possuem
um papel importante na formação e na
manutenção da integridade de tecidos
complexos
Caderinas
• Como conseqüência destas interações,
produzem uma adesão celular forte e
alterações morfológicas nas células
• Dois tipos principais de junções entre as
células epiteliais:
– Desmossomas
– Junções aderentes
Desmossomos
• Desmossomas constituem a junção de
adesão intercelular mais importante do
epitélio escamoso estratificado
Desmossomos
• Ancoram filamentos intermediários
como queratinas e contém caderinas
desmossomais como componentes
transmembrana, e plakoglobina,
plakofilina e desmoplaquina como seus
componentes citoplasmáticos
Cada célula se junta à célula vizinha por meio de duas placas,
que constituem um desmossomo
Cimento intercelular
• Além dos desmossomos, existe, entre as
células epidérmicas, o cimento intercelular
ou glicocálice
Glicoproteínas
(gel)Coesão das células entre si
Circulação de substâncias
solúveis em água
Junção dermo-epidérmica
• Os queratinócitos basais aderem à
lâmina basal por
hemidesmossomos
Junção dermo-epidérmica
• Cada hemidesmossomo está ligado ao citoplasma
por meio de tonofilamentos
intracitoplasmáticos(espessura de 10 nm)
• Uma das extremidades dos tonofilamentos
estende-se até as proximidades do núcleo,
enquanto a outra extremidade está conectada à
placa do hemidesmossomo(lâmina basal) ou do
desmossomo da célula ao lado
Zona da membrana basal
• A epiderme e a derme unem-se de maneira
sinuosa e interpenetrante
Zona da membrana basal
• A interface entre a epiderme e a derme é
conhecida como zona da membrana basal
• Evidenciada em cortes corados com o PAS
por ser rica em mucopolissacarídeos neutros
A epiderme penetra na derme por meio dos cones interpapilares e a
derme penetra na epiderme através das papilas dérmica
PAS
ZMB- melhor estudada pela ME
1. Membrana plasmática das células basais
2. Lâmina lúcida
3. Lâmina densa ou lâmina basal
4. Sublâmina densa
ZMB- melhor estudada pela ME
• Membrana plasmática dos queratinócitos basais(incluindo os hemidesmossomas)
• Lâmina lúcida(eletron-luzente, contém moléculas como laminina, antígeno penfigóide). Através dela passam os filamentos de ancoragem que conectam a membrana basal à lâmina basal
• Lâmina densa ou lâmina basal (35-40nm, rica em colágeno IV)
• Sublâmina densa(fibrilas de ancoragem- col VII, microfibrilas dérmicas e pequenas fibras colágenas I e III). Une a lâmina densa à derme
hemidesmossomos
Membrana plasmática dos queratinócitos basais(incluindo os hemidesmossomas)
lúcida(eletron-luzente, contém
moléculas como laminina,
antígeno penfigóide). Através
dela passam passam os
filamentos de ancoragem que
conectam a membrana basal à
lâmina basal ou densa
•Lâmina densa ou basal( rica em colágeno IV)
•Sublâmina densa- fibrilas de ancoragem,col VII, microfibrilas dérmicas e pequenas fibras colágenas I e III. Une a lâmina densa à derme
ZMB- funções principais
Suporte mecânico
Adesão, crescimento,
diferenciação e migração das
células basais
Mantém derme e epiderme
unidas entre si
Filtro
semipermeávelTrocas de células e
fluidos necessárias
entre células da derme
e epiderme
Células dendríticas na epiderme
• Melanócito
• Células de Langerhans
• Célula dendrítica indeterminada
Sistema melanocítico
• Células dendríticas produtoras de pigmento
• Camada basal (1 melanócito : 10 queratinócitos)
• O número de melanócitos é aproximadamente o
mesmo em todas as raças
• Entre as raças o que varia é o número, morfologia,
tamanho e disposição dos melanossomos ou
grânulos de malanina- determinação genética
Face, pré-tibial, genitália- maior densidade de melanócitos
Face intensamente danificada pelo sol podem demonstrar relação
de melanócito:queratinócito de até 1:1
Diferenças raciais não são causadas pela diferença no número
de melanócitos. É o número, tamanho e distribuição dos
melanossomos ou grânulos de pigmento que determinam as
diferenças na cor da pele.
Os melanócitos em ruivos tendem a ser mais arredondados e
produzem mais feomelanina. Alterações no pH celular podem
resultar na alteração da produção de melanina e na relação
eumelanina-feomelanina
Exposição solar crônica pode estimular os melanócitos a
produzir melanossomos maiores, fazendo a distribuição destes
melanossomos lembrar o padrão visto nos indivíduos de pele
mais escura
Melanócitos
• Melanossomos são sintetizados
continuamente pelos melanócitos
• Número de melanócitos varia , entretanto,
com a região (cabeça há 2 a 3 x mais
melanócitos do que nas demais regiões, com
exceção da bolsa testicular)
Melanócitos
• Estão unidos aos queratinócitos por
tonofibrilas (não possuem desmossomos)
• Cada melanócito entra em contato com
vários queratinócitos, inclusive a distâncias
relativamente longas, através dos dendritos
que injetam nos queratinócitos os grânulos
de melanina (unidade melano-epidérmica)
Cada melanócito entra
em contato com vários
queratinócitos,
inclusive a distâncias
relativamente longas,
através dos dendritos
que injetam nos
queratinócitos os
grânulos de melanina
(unidade melano-
epidérmica)
Os queratinócitos ingerem as pontas dos dendritos dos melanócitos
e absorvem, embebem os melanossomos
Melanócitos
• Melanossomos são sintetizados na zona de Golgi
pela ação da tirosinase
• Bronzeamento da epiderme pelo sol deve-se a uma
excitação da tirosinase, levando à formação de
melanossomos maiores e em grande número
• Produção de melanina é subordinada a condições
genéticas, ambientais e à porção intermediária da
hipófise através do hormônio MSH(intermedina)
Cada melanócito epidérmico secreta melanossomos em número
determinado nos queratinócitos vizinhos- Cx Golgi
Melanócitos
• Dentro dos queratinócitos a melanina forma
uma capa sobre o núcleo, onde funciona
presumivelmente e principalmente com
papel fotoprotetor.
• Dentro dos melanócitos também servem
para protegê-los contra o fotodano(UV)
HE- melanócito aparece como célula com citoplasma amplo ou
como célula clara na camada basal com halo artefatual
formado durante a fixação
Célula de Langerhans
• Cora pelos sais de ouro
• Presente no córion de algumas mucosas e
gânglios
• Organelas citoplasmáticas em forma de
raquete- grânulos de Birbeck
• Origem provável na medula óssea-
linhagem monocítica fagocitária
Célula de Langerhans
Braço aferente da resposta imune, promove
reconhecimento, processamento e
apresentação de antígenos a linfócitos T
sensibilizados – resposta celular tardia
Célula de Langerhans
• Capacidade fagocítica
• Importância imunológica
• Apresentadoras de antígenos na dermatite de contato alérgica aos linfócitos T que tornam-se sensibilizados
• Receptores de superfície para Fc e C3, participando de vários processos patológicos(micose fungóide, histiocitose)
Encontrada de forma escassa entre os queratinócitos da
camada espinhosa, de difícil detecção nos cortes de rotina
Ouro, CD1a e S-100
Epon-embedded
section of human
epidermis. Note the
pale cytoplasm and
extended dendritic
process of a central
Langerhans cell
(arrow), which resides
above the basal cell
layer of the epidermis.
Células dendríticas indeterminadas
• Poderia dar origem a melanócitos ou células
de Langerhans?????
Célula de Merkel
• Relativamente rara
• Localiza-se entre as células basais
• Palmo-plantas, mucosa oral e genital, leito
ungueal e infundíbulo folicular
Célula de Merkel
• Núcleo lobulado ou oval
• Grânulos citoplasmáticos neurossecretórios símile
• Não visualizada de rotina
• Impregnação pela prata revela sua parte
basal(discos de Merkel)
• Possível receptor do tato em íntima conexão com
fibrilas nervosas da derme (receptor de adaptação
lenta)
Ck 20
Célula de Merkel
• Possuem conexão direta com queratinócitos
adjacentes por meio de desmossomas
• Marcadores imuno-histoquímicos:
Citoqueratina 20 (padrão para-nuclear) e
neuro-endócrinos(cromogranina)
Anexos da epiderme
• Folículo
pilossebáceo
• Glândula
sudorípara
apócrina e écrina
• Unha
Independente da evolução
ceratinocítica
Brotos ou germes epiteliais primários a partir
da camada basal
Amontoados de células que invadem o mesênquima
ectoderma
Brotos ou germes epiteliais
Folículos pilosos
Glândulas sebáceas e apócrinas
Glândulas écrinas
3º e 4 º mês
3º mês
4 º mês
unhas 2º mês
Todos os anexos funcionam como epiderme
reserva no qual a reepitelização após injúria
ocorre principalmente em virtude da
migração de queratinócitos a partir do
epitélio anexial.
Face e couro cabeludo, que possuem
unidades pilossebáceas em abundância,
reepitelizam mais rapidamente que outros
sítios como dorso(anexos escassos
comparativamente
Unidade sudorípara écrina
• Toda a pele
• Maior quantidade palmo-plantar e axilas
• Secreção sudoral incolor, inodora, hipotônica
• Mesmos eletrólitos em concentração mais diluída que o plasma
• Função termorregulatória
• Estímulo- calor, stress emocional,
Unidade sudorípara écrina
• Inervadas por fibras simpáticas
• Fisiologicamente regidas por mediadores
parassimpáticos(acetilcolina, pilocarpina-
parassimpaticomiméticas estimulam
sudorese / atropina- parassimpaticolítica,
inibe sudorese)
• Adrenalina- estimula, mecanismo discutido
Unidade sudorípara écrina
• Ducto espiral intra-epidérmico- abre
diretamente na superfície cutânea, chamado
de acrossiríngeo
• Conduto sudoríparo intra-dérmico
• Porção secretora- na junção dermo-
hipodérmica ou derme inferior
Unidade sudorípara écrina
Glândulas
tubulares
Porção secretora – células grandes,claras(glicogênio),
cilíndricas, citoplasma basofílico, células mioepiteliais
fusiformes na periferia(função contrátil)
Unidade apócrina
• Desembocam nos folículos pilosos(porção
infundibular)-embriologia
• Axials, peri-mamilar, anogenital, conduto
auditivo externo(ceruminosas),
pálpebras(Moll)
Unidade apócrina
• Tubulares
• Porção secretora
• Porção ductal
• Inervação adrenégica, catecolaminas,
polipeptídeo intestinal vasoativo
Unidade apócrina
• Composição da secreção é parcialmente compreendida- Proteína, carboidrato, amõnia, lipídeos, ferro
• Aspesto leitoso
• Sem odor até atingir a superfície cutânea, onde é alterada por bactérias
• Função não definida- fuñção sexual em outras espécies
• Atividade a partir da puberdade
Unidade
apócrina
• Por volta da 16ª semana células epiteliais proliferam em três
grupos em locais diferentes ao longo do folículo. Estes brotos
epiteliais expandem-se para dentro do mesênquima para dar
origem a unidade apócrina-pilo-sebácea .
• O brotamento mais inferior dá origem a proeminência que
servirá como local para fixação do músculo pilo-eretor.
• As células do segundo brotamento tornam-se
progressivamente carregadas com lipídios e com o tempo
formarão uma glândula sebácea lobulada conectada por um
estreito ducto até um canal no centro do folículo.
Gls sudoríparas
apócrinas(odoríferas- atração
sexual, marcação territorial-
primatas) e écrinas(regulação
térmica, secreção e reabsorção
hidro-eletrolítica, excreção
metais pesados, compostos
orgânicos, macromoléculas)na
axila. Observe a diferença no
tamanho da luz.Gls apócrinas. Funcional após
puberdade. Secreção por
decapitação das céls secretoras
apócrinas(liberação de parte do
citoplasma na luz-
PAS+(CONTROVERSO);
apo=fora). Axilas, anogenital, cond
auditivo externo(ceruminosas),
pálpebras(Moll), mamas, poucas e
não funcionais no couro cabeludo,
face, abdome.
Folículos pilosos
• Unidade pilossebácea
• Pêlo fetal ou lanugo- pilosidade fina e clara
• Velus- pêlos pouco desenvolvidos do adulto
• Pêlo terminal- pêlo espesso e pigmentado-
cabelo, barba, pilosidade pubiana e axilar
• Haste(parte livre) e porção intra-dérmica =
raiz
Anexos ao
folículo piloso
• Glândula sebácea
• Músculo eretor do pêlo
• Ducto excretor de uma glândula apócrina(acima da glândula sebácea)- em certas regiões do corpo
Folículo piloso
• Acrotríquio- porção intra-epidérmica do folículo
• Infundíbulo- entre o óstio e o ponto de inserção da glândula sebácea
• Istmo- entre a abertura da gl sebácea no folículo e o ponto de inserção do músculo pilo-eretor
• Segmento inferior- porção restante
Bulbo piloso
• Porção mais inferior- contém a matriz do pêlo, onde se introduz a papila
• Papila- pequena estrutura conjuntiva, ricamente vascularizada e inervada
• De permeio às células matrizes-melanócitos ativos
• Na metade inferior do bulbo encontra-se a maior atividade mitótica do pêlo
Bulbo piloso
• As células da matriz do pêlo são capazes de
produzir seis linhagens celulares
• Três camadas componentes da baínha
radicular interna
• Três camadas do pêlo propriamente ditas
BULBO
MATRIZ
COLEÇÃO CENTRAL DE CÉLULAS MESENQUIMAIS
PRIMITIVAS
INFUNDÍBULO
ISTMO
• A haste do pêlo propriamente dita é composta pela cutícula externa, córtex e medula, que no pêlo humano, é descontínua ou até ausente, como no lanugo e no velus
• O componente principal do pêlo é a queratina e aminoácidos- cisteína, arginina, citrulina
• Flexíveis e elásticos
• Alongam-se 20 a 30% se secos e até 100% quando molhados
Ciclo do pêlo
• Alternância de fases de crescimento e repouso
• Anágena- fase de crescimento- intensa atividade mitótica da matriz, máxima expressão estrutural, 2 a 5 anos
• Catágena- folículos regridem a 1/3 de suas dimensões, interrompe-se a melanogênese na matriz e a proliferação celular diminui até cessar, 3 semanas
• Telógena- desprendimento do pêlo, 3 meses de duração, folículos quiescentes, , reduzidos à metade ou menos do normal, desvinculação completa entre a papila dérmica e o pêlo em eliminação, 3 a 4 meses
Ciclo do pêlo
• 85%- fase anágena
• 14%- fase telógena
• 1%- fase catágena
Crescimento
0,4mm/dia- vértex
0,35mm/dia- têmporas
Mulheres crescem mais rapidamente
Função do pêlo
• Proteção áreas orificiais, narinas,
comdutosauditivos, olhos
• Proteção aos raios UV
• Reduzem atrito nas áreas intertriginosas
• Parte do aparelho sensorial- abundante
inervação
Glândulas sebáceas• Toda a pele, com exceção das regiões palmo-
plantares
• Desembocam sempre no folículo piloso
• Tamanho em geral inversamente proporcional ao tamanho do pêlo
• Maiores glândulas sebáceas- nariz e fronte
• Gl sebáceas heterotópicas- mucosa bucal e lábio-grânulos de Fordyce
• ´Região palpebral- gl de Meibomiam
• Prepúcio e frênulo peniano- gl Tyson
• Aréola mamária- Tubérculo de Montgomery
• Produto de sua atividade é o sebum
Grânulos de Fordyce
Grânulos de Fordyce
Glândulas sebáceas
• Ativadas pelos andróginos , independentes
da estimulação nervosa
• Moderadamente desenvolvidos nos recém-
nascidos por atividade dos andrógenos
maternos, passivamente transferidos
• Esgotados os andróginos adquiridos
passivamente, as gla sebáceas entram em
acentuada regressão, somente se
desnvolvendo novamente na puberdade
Vário lóbulos, células
cúbicas basófilas na
periferia e
centralmente células
de citoplasma
abundante repleta de
gordura
Derme
• Entre a epiderme e a hipoderme
• Substância fundamental, fibras, vasos,
nervos, folículos pilossebáceos e glândulas
sudoríparas
• Principal constituinte- proteína estrutural
fibrilar- colágeno
Derme
Derme superficial ou papilar
Derme profunda
Derme adventicial
Derme papilar
predominam
células e feixes
fibrilares de
colágeno mais
finos e dispostos
em sentido
vertical
Derme profunda ou reticular
Entre a derme
papilar e a
hipoderme, feixes de
colágeno mais
grossos, ondulados e
dispostos no sentido
da horizontalidade
Derme adventicial
Dispõe-se em torno
dos folícuos
pilossebáceos,
glândulas e vasos-
feixes finos de
colágeno como na
derme papilar
Substância fundamental
Gel composto ppl por
mucopolissacarídeos
ácidos (1ª a aparecer
na vida fetal)
Glicoptns e proteoglicanos
Fibras colágenas
• 70% da derme
• Eosina
• Rede finamente ondulada- derme papilar
• Rede espessa e ondulada- derme reticular
• Resistentes ao estiramento, porém não
voltam ao seu estado primitivo(inelásticas)
Tipos de colágeno
• Fibras
reticulares(prata)- col
III
• Fibras
colágenas(HE)- col I
Fibras elásticas
• Orceína, resorcina-fucsina, von-kossa
• Entremeiam-se com as fibras colágenas
• Finas, em rede densa na derme papilar
• Compostas, em ondulação horizontal na derme reticular
• Distensíveis, retornando ao tamanho primitivo quando cessado o estiramento, porém pouco resistentes
• Contém uma ptn chamada elastina
•Entremeiam-se com as fibras colágenas
Sistema elástico
• Fibras elástica
• Fibras oxitalânicas
• Fibras elaunínicas
• Diferem pela pela menor ou maior quantidade de material amorfo(elastina) e microfibrilas
• Formam trama fibrosa na derme
Vasos na derme
• Sanguíneos e linfáticos
• Dois plexos que se intercomunicam
• Plexo superior- abaixo da papila
• Plexo inferior- nos limites com a hipoderme
Schematic view of microvascular organization in human skin.
e, epidermis. Upper horizontal plexus: a, elastic fiber-
containing arterioles; v, postcapillary venules. Lower
horizontal plexus: a, elasticfiber-containing arterioles; v,
collecting venules.
Corpos vasculomusculares
• Glomos- unem arteríolas e vênulas
diretamente
• Na derme reticular
• Dígitos
• Ricos em células musculares
• Função termorreguladora e homeostática
Músculos- liso
• Eretores do pêlo
• Dartos- genitália externa
• Aréolas mamilares
Celularidade dérmica
• Células mesenquimais primitivas- únicas existentes no início da vida fetal- diferenciam-se em outras células(fibroblastos, histiócitos)- morfologia dendrítica
• Fibroblastos- fusiformes e estreladas, presidem a formação das fibras
• Histiócitos- capacidade fagocítica
• Mastócitos- Giemsa, poliédricas, fusiformes ou estrelados, grânulos metacromáticos citoplasmáticos(coram-se com cor diferente à do corante). Mucipolissacarídeos ácidos mudam a cor do corante. Os grânulos possuem heparina, histamina e complexos enzimáticos – mecanismo imunológico tipo I
Hipoderme
• Adipócitos organizados em lóbulos
• Septos colágemos
• Vasos sanguíneos
• Isolante térmico
• Depósito de calorias
• Protege de traumas
Hipoderme
Colorações usuais xilol dissolve lipídios-
células com grandes vacúolos e núcleo
rechaçado para a periferia
Inervação da pele
• Ricamente inervada- milhões de
terminações microscópicas
• Identificadora dos estímulos do ambiente
• Todos os nervo da pele provêm da medula
espinhal- mistos: sensoriais(fibras dorsais) e
simpáticas(gânglios sinpáticos)
Inervação da pele
• Nervos sensitivos(mielínicos)- terminam em
delicadas arborizações
• Nervos autônomos(amielínicos)- inervam
glândulas sudoríparas, vasos e músculos
lisos
• Glândulas sebáceas não recebem inervação
autônoma
Funções específicas
Sensibilidade tátil- distribuição ponteada e
com diferenças regionais
Nariz, lábios, pontas digitais- mais sensíveis
Tronco, regiões plantares- menos sensíveis
Estímulos repetidos tornam-se
ineficazes(adaptação rápida aos estímulos,
pex roupas)
Funções específicas
Sensibildade térmica- ponteada
Pontos para o frio e para o calor
Adaptação rápida aos estímulos(mudanças de
ambiente a sensação inicial é mais intensa)
Funções específicas
Sensibilidade dolorosa- dois tipos:
queimadura(fibras amedulares) e friúra(fibras
sensitivas amedulares)
Dor reflexa- proveniente dos órgão internos,
transmite-se à medula e é percebida no
córtex cerebral como se fosse originária na
pele
Corpúsculos nervosos
• Vater-Pacini-lamínulas concêntricas em torno de nervo mielínico ramificado
• Pressão
• Hipoderme das regiões palmo-plantares
Corpúsculos nervosos
• Meissner- estruturas neuroconjuntivas,
cápsula conjuntiva e células nervosas,
espiralados
• Ao longo das papilas dérmica
• Pontas dos dedos
• Sensações táteis
Corpúsculos nervosos
• Krause- sensibilidade do frio
• Áreas transicionais da pele e mucosa
• Lábios, clitóris e glande
Corpúsculos nervosos
• Ruffini
• Superfície plantar
• Grande fibra que se ramifica difusamente
• Sensibilidade calórica
Variações anatômicas
• Considerável variação regional na espessura relativa das camadas da pele
• Epiderme + espessa- palmo-plantas; muito delgada nas pálpebras
• Derme + espessa no dorso
• Hipoderme = espessa reg abdominal e nádegas, pplte quando comparadas ao esterno e nasal
Fisiologia da pele
• Manutenção do equilíbrio com o meio
exterior
• Manutenção vital do meio interno
Fisiologia da pele
principais funções
Proteção
Resistência relativa aos agentes mecânicos
Absorve radiações calóricas UV e ionizantes(parcialmente)
Equilíbrio hidroeletrolítico(relativa impermeabilidade à água e eletrólitos)
Físico-química- pH ácido(5,4-5,6) da camada córnea
Química- manto lípídico com atividade antimicrobiana
Imunológica- cél Langerhans, macrófagos, linfócitos, mastócitos
Fisiologia da pele
principais funções
Percepção
Calor, frio, dor, tato
Mecanismo de defesa
Fisiologia da pele
principais funções
Hemorregulação e termorregulação
Manutenção e regulação do débito circulatório
Homeotermia- vasoconstricção e
vasodilatação
gls sudoríparas écrinas- saída de líquido,
evaporação de calor
Fisiologia da pele
principais funções
Secreção
Elementos secretados- ceratina, melanina,
sebo, suor
Sebo forma manto lipídico com atividade
antimicrobiana, emulsificador de
substâncias e barreira protetora
Fisiologia da pele
principais funções
Excreção
Gls écrinas- água, eletrólitos
Fisiologia da pele
principais funções
Metabolização
Síntese de hormônios- testosterona(redução para 5 α-diidrotestosterona, que liga-se a receptores intracelulares- atividade mais intensa nos portadores de alopecia androgenética- enzima 5 αredutase)
Metabolização de hormônios- testosterona, progesterona, estrógenos e glicocorticóide
Síntese e metabolização- vitamina D
Referências Bibliográficas
• JAADVolume 54, Issue 2, Pages S22-S27 (February Congenital leukemia cutis with subsequent development of leukemia
• Surgical Pearl: Prompt treatment of subungual hematoma by decompression JAAD March 2000 (Vol. 42, Issue 3, Pages 508-509)
• Bolognia JL, Jorizzo LJ, Rapini RP: Dermatology First Edition Elsevier 2003
• James DW, Berger TG, Elston DM: Andrews Diseases of the Skin Clinical Dermatology 9th Edition Saunders Elsevier 2006
• www.derm101.com
• www.dermatlas.org/derm
• Images.google.com.br
“ Não existe um caminho para a paz. A paz é o
caminho.”
Mahatma Gandhi
FIM