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ANO 12 – Nº 2229 – SÃO PAULO, 21 A 27 DE AGOSTO DE 2009 – R$ 2,00 www.jornalnippak.com.br Kaeru Educacional inicia aulas gratuitas de português para crianças retornadas JORNAL NIPPAK O Projeto Kaeru, coordena- do pelo Instituto de Solidari- edade Educacional e Cultural (Isec) com o objetivo de ofe- recer um trabalho de inclusão escolar e social às crianças retornadas do Japão através do enfrentamento das dificul- dades apresentadas visando o seu desenvolvimento pleno, incorporou mais um desafio . Na terça-feira passada (18), ainda em meio ao cheiro de tinta – o local recebeu pintura nova –, materiais escolares e equipamentos, a equipe esta- va eufórica com a “inaugura- ção” de uma pequena sala. Um cômodo acanhado é ver- dade, mas certamente gran- de em seu propósito. Trata- se de aulas gratuitas de alfa- betização e de reforço de português às crianças do en- sino fundamental da rede pú- blica. Inicialmente, serão três aulas semanais, as segundas, quartas e sextas-feiras, em dois períodos. “Podemos dar aulas individuais ou para tur- mas fechadas”, explica a pro- fessora Sanko Sakai. ––––––––––——–––––––––——–––––––––—–| pág 03 ENKYO – Com a inaugura- ção do Centro de Assistência Enkyo, no último dia 15, a entidade coroa os seus 50 anos de atividades dedicados à assistência social e médica, que teve início em 28 de ja- neiro de 1959, com o nome de Associação de Assistência aos Imigrantes Japoneses, his- tória lembrada pelo atual pre- sidente, Ignácio Tadayoshi Moriguchi. “Registra a histó- ria, que no começo havia ape- nas um a mesa, um telefone e uma pessoa para atender. Iní- cio modesto, mas movido pelo espírito de compaixão e amor ao próximo. Na memó- ria dos idealizadores desta entidade, ainda permanecia bem viva a lembrança das agruras vividas como pionei- ros do movimento migrató- rio”, lembrou Ignácio Moriguchi em seu discurso durante cerimônia de inaugu- ração. ––––––––––——––––––––––––––––––––––––——–––––––––––––––——––––––––––——–––––––––—–| pág 07 —–––––––––—–| pág 09 18ª Expo Aflord espera cerca de 40 mil visitantes AAflord realiza nos dias 22, 23, 29, 30 agosto e 5, 6 e 7 de setembro em Arujá a 18ª edição da Expo Aflord. Durante três finais de se- mana os visitantes terão a oportunidade de conhecer uma grande variedade de flores e plantas produzidas na região da Via Dutra. Ao mesmo tempo também po- derão comprar os produtos com qualidade superior do que a dos vendidos nos su- permercados, bem como a preços abaixo dos pratica- dos no mercado. De acor- do com o responsável pelo marketing da Expo Aflord, Luis Kei Takanashi, a no- vidade este ano será a ven- da da popular Ametista. Sucesso de público, Festival Okinawa da Zona Leste terá dois dias em 2010 ––––––––––——–––––––––––––——––––––––––––––––——–––––––––—–| pág 04 JORNAL NIPPAK A comissão organizadora do 7º Okinawa Festival realiza- do no dia 15 de agosto no Clube da Cidade, na Zona Leste de São Paulo, está fes- tejando a notoriedade do principal evento da comunida- de de Okinawa no Brasil. De acordo com o presidente da Associação Okinawa da Vila Carrão, Rui Kojo Chibana, a preocupação da comissão or- ganizadora foi manter quali- dade do evento e não depre- ciar o evento. —––––––––––—–| pág 11 Seleção Brasileira de Kendô destaca união da equipe Treinando firme há dois anos para o 14º Campeonato Mundial, que será realizado nos dias 28, 29 e 30 de agos- to, no Ginásio Adib Moysés Dib, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, os atletas da Seleção Brasileira prometem fazer bonito com a torcida a favor. É a segunda vez que o País sediará o even- to mais importante da moda- lidade. A primeira foi em 1982, no Ibirapuera. —––––––––––—–| pág 06 João Saad destaca importância da comunicação A comunicação pode ser uma peça essencial para a integra- ção do Brasil com os japo- neses, segundo anunciou o presidente do Grupo Bandei- rantes de Comunicação, João Carlos Saad, no evento Con- fraternização dos Associados da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil, no último dia 14, destacando a importância da mídia na re- lação bilateral. Antes de sua exposição, o presidente da Band exibiu em projeção power point de oito minutos. —––––––––––—–| pág 11 Beisebol e softbol aguardam decisão do Comitê Olímpico Excluídos dos Jogos Olímpi- cos de 2012, em Londres, o beisebol e o softbol corre ris- co de ficar foram também do programa olímpico de 2016. Em reunião realizada semana passada em Berlin, na Alema- nha, o comitê executivo do COI decidiu indicar o golfe e o rugby de 7 para as duas vagas abertas a partir dos Jo- gos Olímpicos de 2016. Desta forma, os outros cinco pre- tendentes – softbol, beisebol, squash, patins e caratê aguar- dam o anúncio oficial. O 20º Festival Nipo-Brasilei- ro chegou ao fim no último dia 16 com um balanço negativo. Em entrevista ao Jornal Nippak, o presidente da Acema, Eduardo Suzuki, ex- plicou que os números finais ainda não foram fechados, mas a presença de público fi- Gripe suína prejudica 20º Festival Nipo-Brasileiro ––––––––––——–––––––––——–––––––––—–| pág 05 DIVULGAÇÃO cou aquém do esperado. “Trabalhávamos com estima- tivas entre 80 e 100 mil visi- tantes nos nove dias de progração, mas por causa da gripe suína, devemos fechar com metade disso, ou seja, entre 40 e 50 mil pessoas”, disse Suzuki.

ANO 12 – Nº 2229 – SÃO PAULO, 21 A 27 DE AGOSTO DE 2009 ... · 2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 21 a 27 de agosto de 2009 EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI LTDA. CNPJ 02.403.960/0001-28

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ANO 12 – Nº 2229 – SÃO PAULO, 21 A 27 DE AGOSTO DE 2009 – R$ 2,00www.jornalnippak.com.br

Kaeru Educacional inicia aulas gratuitasde português para crianças retornadas

JORNAL NIPPAKO Projeto Kaeru, coordena-do pelo Instituto de Solidari-edade Educacional e Cultural(Isec) com o objetivo de ofe-recer um trabalho de inclusãoescolar e social às criançasretornadas do Japão atravésdo enfrentamento das dificul-dades apresentadas visando oseu desenvolvimento pleno,incorporou mais um desafio .Na terça-feira passada (18),ainda em meio ao cheiro detinta – o local recebeu pinturanova –, materiais escolares eequipamentos, a equipe esta-

va eufórica com a “inaugura-ção” de uma pequena sala.Um cômodo acanhado é ver-dade, mas certamente gran-de em seu propósito. Trata-se de aulas gratuitas de alfa-betização e de reforço deportuguês às crianças do en-sino fundamental da rede pú-blica. Inicialmente, serão trêsaulas semanais, as segundas,quartas e sextas-feiras, emdois períodos. “Podemos daraulas individuais ou para tur-mas fechadas”, explica a pro-fessora Sanko Sakai.

––––––––––——–––––––––——–––––––––—–| pág 03

ENKYO – Com a inaugura-ção do Centro de AssistênciaEnkyo, no último dia 15, aentidade coroa os seus 50anos de atividades dedicadosà assistência social e médica,que teve início em 28 de ja-

neiro de 1959, com o nomede Associação de Assistênciaaos Imigrantes Japoneses, his-tória lembrada pelo atual pre-sidente, Ignácio TadayoshiMoriguchi. “Registra a histó-ria, que no começo havia ape-

nas um a mesa, um telefone euma pessoa para atender. Iní-cio modesto, mas movidopelo espírito de compaixão eamor ao próximo. Na memó-ria dos idealizadores destaentidade, ainda permanecia

bem viva a lembrança dasagruras vividas como pionei-ros do movimento migrató-rio”, lembrou IgnácioMoriguchi em seu discursodurante cerimônia de inaugu-ração.

––––––––––——––––––––––––––––––––––––——–––––––––––––––——––––––––––——–––––––––—–| pág 07

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18ª Expo Aflordespera cerca de40 mil visitantesA Aflord realiza nos dias 22,23, 29, 30 agosto e 5, 6 e7 de setembro em Arujá a18ª edição da Expo Aflord.Durante três finais de se-mana os visitantes terão aoportunidade de conheceruma grande variedade deflores e plantas produzidasna região da Via Dutra. Aomesmo tempo também po-derão comprar os produtoscom qualidade superior doque a dos vendidos nos su-permercados, bem como apreços abaixo dos pratica-dos no mercado. De acor-do com o responsável pelomarketing da Expo Aflord,Luis Kei Takanashi, a no-vidade este ano será a ven-da da popular Ametista.

Sucesso de público, Festival Okinawa daZona Leste terá dois dias em 2010

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JORNAL NIPPAK

A comissão organizadora do7º Okinawa Festival realiza-do no dia 15 de agosto noClube da Cidade, na ZonaLeste de São Paulo, está fes-tejando a notoriedade doprincipal evento da comunida-de de Okinawa no Brasil. Deacordo com o presidente daAssociação Okinawa da VilaCarrão, Rui Kojo Chibana, apreocupação da comissão or-ganizadora foi manter quali-dade do evento e não depre-ciar o evento.

—––––––––––—–| pág 11

Seleção Brasileirade Kendô destacaunião da equipeTreinando firme há dois anospara o 14º CampeonatoMundial, que será realizadonos dias 28, 29 e 30 de agos-to, no Ginásio Adib MoysésDib, em São Bernardo doCampo, no ABC paulista, osatletas da Seleção Brasileiraprometem fazer bonito com atorcida a favor. É a segundavez que o País sediará o even-to mais importante da moda-lidade. A primeira foi em1982, no Ibirapuera.

—––––––––––—–| pág 06

João Saad destacaimportância dacomunicaçãoA comunicação pode ser umapeça essencial para a integra-ção do Brasil com os japo-neses, segundo anunciou opresidente do Grupo Bandei-rantes de Comunicação, JoãoCarlos Saad, no evento Con-fraternização dos Associadosda Câmara de Comércio eIndústria Japonesa do Brasil,no último dia 14, destacandoa importância da mídia na re-lação bilateral. Antes de suaexposição, o presidente daBand exibiu em projeçãopower point de oito minutos.

—––––––––––—–| pág 11

Beisebol e softbolaguardam decisãodo Comitê OlímpicoExcluídos dos Jogos Olímpi-cos de 2012, em Londres, obeisebol e o softbol corre ris-co de ficar foram também doprograma olímpico de 2016.Em reunião realizada semanapassada em Berlin, na Alema-nha, o comitê executivo doCOI decidiu indicar o golfe eo rugby de 7 para as duasvagas abertas a partir dos Jo-gos Olímpicos de 2016. Destaforma, os outros cinco pre-tendentes – softbol, beisebol,squash, patins e caratê aguar-dam o anúncio oficial.

O 20º Festival Nipo-Brasilei-ro chegou ao fim no último dia16 com um balanço negativo.Em entrevista ao JornalNippak, o presidente daAcema, Eduardo Suzuki, ex-plicou que os números finaisainda não foram fechados,mas a presença de público fi-

Gripe suína prejudica20º Festival Nipo-Brasileiro

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DIVULGAÇÃO

cou aquém do esperado.“Trabalhávamos com estima-tivas entre 80 e 100 mil visi-tantes nos nove dias deprogração, mas por causa dagripe suína, devemos fecharcom metade disso, ou seja,entre 40 e 50 mil pessoas”,disse Suzuki.

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2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 21 a 27 de agosto de 2009

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

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Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Afonso José de Sousa

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Periodicidade: semanalAssinatura semestral: R$ 60,00

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ENKYO – A BeneficênciaNipo-Brasileira de São Paulorealizou no dia 15 de agosto, ce-rimônia de inauguração do Cen-tro de Assistência Social Enkyo,no bairro da Liberdade, em SãoPaulo. A solenidade contou com

a presença de convidados ilus-tres, entre eles o cônsul geral doJapão em São Paulo, KazuakiObe; o deputado federal WilliamWoo; e o deputado estadualHelio Nishimoto, além de presi-dentes das principais entidades

nipo-brasileiras de São Paulo. Naocasião, o presidente do Enkyo,Ignácio Tadayoshi, foi homena-geado com o título de CidadãoPaulistano, numa iniciativa dovereador Jooji Hato. Leia maisna pág 7

MARIKO NAKAHIRA –Antes do seu retorno para oJapão a cantora japonesa Ma-riko Nakahira foi homenagea-da durante um jantar de despe-dida realizado no dia 14 deagosto na Associação TochigiKenjinkai, na Vila Mariana, nacapital paulista. A arrecadaçãodo jantar foi revertida e doadapara as quatro principais enti-

dades da comunidade nikkeipromotoras do evento: Associ-ação Pró-Excepcionais Kodo-mo-No-Sono; Ikoi-No-Sono;Sociedade Beneficente Casada Esperança Kibo-No-Iê eCentro de Reabilitação SocialYassuragui Home. Algumaspersonalidades prestigiaram ojantar como os vereadoresHiroyuki Minami (PSDB) de

São Bernardo do Campo; LuisYabiku (PDT) de Campinas; opresidente da Sociedade Bra-sileira de Cultura Japonesa e deAssistência Social (Bunkyo),Kihatiro Kita; entre outros. Naocasião a cantora recebeu umdiploma de honra e gratidão daPrefeitura de São Paulo, cominiciativa do vereador Jooji Hato(PMDB - São Paulo).

OKINAWA SANTA MARIA – No dia 15 deagosto foi realizado a 14ª Tarde Beneficenteda Associação Okinawa de Santa Maria nazona norte de São Paulo. O evento contou coma presença de diversas convidados. Na foto,Seiko Tamashiro (pres. do Okinawa Santa Ma-ria), Shinji Yonamine (vice da Assoc. Okinawado Brasil), Roberto Sekiya (chefe de Gabinetedo deputado William Wo)

FÓRUM DE LIDERANÇAS NIKKEIS –No 2º Fórum de Lideranças Nikkeis realizadono Blue Tree Park Lins, dia 15, dentro da 2ªSemana da Cultura Japonesa, prestaram depo-imentos, entre outras personalidades represen-tativas da comunidade, a classe política nikkei.Na foto: Toshio Misato, Keiko Obara Kurimo-ri, Walter Ihoshi e Jamil Ono (prefeito de An-dradina).

Confraternização: cerca de 50 pessoas que traba-lharam no 10º taikai da Naguisa compareceramao Irokai no restaurante Samurai.

Lúcia Ikawa, a coordenadora geral do evento, agra-decendo aos participantes.

(dir/esq): casal Osamu Matsuo, casal Milton Su-gahara, Seico Pires e Luzia Denda

Eiji Denda, presidente da Naguisa. A campeoníssima Kazue Fugi, vencedora do GrandPrix do 10º Concurso Naguisa de Karaokê.

IROKAI NAGUISA – Para comemorar osucesso do seu 10o Concurso Naguisa de Ka-raokê, a Associação Naguisa realizou no dia7 de agosto, a sua festa de congraçamentoentre os membros da comissão organizadora,no restaurante Samurai. Cerca de 700 pesso-as entre cantores inscritos e o público estive-ram circulando durante o dia do “taikai”, deacordo com os organizadores, e que teve umaduração de aproximadamente 15 horas, distri-buindo ainda, entre outros, prêmios como dvdse 3 televisores de tela plana de LCD entre opúblico e os cantores.

IKOI-NO-SONO – No domingo, 16 de agos-to, aconteceu o tradicional Bazar Beneficentedo Jardim de Repouso São Francisco “Ikoi-No-Sono” em Guarulhos. O bazar chega a sua 35ªedição com a ajuda de muitas entidades e vo-luntários. Na foto, voluntários do projeto Abra-ço, Nelson Nakada (proprietário do SacolãoSaúde), Roberto Sekiya (chefe de Gabinete dodeputado William Woo), Akeo Yogi (presidentedo Kenren) e Shinji Yonamine (vice-presidenteda Associação Okinawa do Brasil).

OKINAWA FESTIVAL – A comunidade oki-nawana prestigiou em massa no último dia 15de agosto o tradicional 7º Okinawa Festival,considerado uma das principais festas da co-munidade nikkei no Brasil. A exemplo das edi-ções anteriores o evento que aconteceu no Clu-be da Cidade, contou com a presença de vári-as autoridades e personalidades nikkeis, bemcomo da participação de descendentes de oki-nawanos da capital paulista, do interior e deoutros estados. Leia mais na página 4

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São Paulo, 21 a 27 de agosto de 2009 JORNAL NIPPAK 3

COMUNIDADE 1

Projeto Kaeru Educacional iniciaaulas gratuitas de português

PARTE I

De início, necessárias al-gumas considerações a res-peito dos regime de bens nocasamento. Pelo antigo Có-digo Civil, o regime de bensera o da comunhão total dosbens. Era a regra e as exce-ções restringiam-se à sepa-ração obrigatória instituídapela lei e o pacto antenupcialque os nubentes deveriam le-var a efeito para que o regi-me de bens não fosse o dacomunhão, antes do casa-mento.

Com o advento da Lei6.515, de 26 de dezembro de1977, a regra legal passou aser o de comunhão parcial,enquadrando-se como exce-ções as previstas no pactoantenupcial e a separaçãoobrigatória da lei.

O Novo Código Civil man-tém como regra o regime dacomunhão parcial. Silentes osnubentes, é esse o regimeadotado.

O Art. 1639 do Novo Có-digo permite que os nubentes,antes de celebrar o casamen-to, estipulem, quanto aos seusbens, o que lhes aprouver. Éo chamado pacto antenupci-al que deverá ser feito por es-critura pública.

Por outro lado, com o in-tuito de prestar proteção, a leiarrola os casos obrigatóriosdo regime de separação debens no casamento (Art.1641 do Novo Código Civil),quais sejam: a) da pessoamaior de sessenta anos; b)dos que dependerem de su-primento judicial para casar;c) daquelas pessoas que ca-sarem sem observar causassuspensivas da celebração docasamento. Estas, previstasno Art. 1523 do Código aci-ma referido, que dizem res-peito: a) ao viúvo ou à viúvaque tiver filho do cônjuge fa-lecido, enquanto não fizer oinventário; b) à viúva ou amulher cujo casamento sedesfez por ser nulo ou ter sido

anulado, até dez meses de-pois do começo da viuvez, ouda dissolução da sociedadeconjugal; c) ao divorciado,enquanto não decidida a par-tilha; d)ao tutor ou curador eos seus descendentes, ascen-dentes, irmãos, cunhados ousobrinhos com a pessoa tute-lada ou curatelada.

O fato de os bens perten-cerem a um ou a outro côn-juge ou a ambos, dependen-do do regime de casamento,determina efeitos patrimoni-ais, em relação aos próprioscônjuges, em relação à parti-lha dos bens em caso de su-cessões e em relação aoscredores de um ou outro côn-juge ou de ambos. Daí a im-portância, como já afirmamos,de sabermos “a priori” o re-gime de bens de determina-do casamento.

No regime de comunhãototal de bens, todos os bensdos cônjuges se comunicam.Cada um tem direito àmeação dos bens, não impor-tando se adquiridos duranteou antes do casamento.

No regime da comunhãoparcial, se comunicam, istoé, pertencem a ambos oscônjuges, os bens adquiridosna constância do casamen-to. Não se comunicam: a)os anteriores ao casamentoe os recebidos por doaçãoem sucessão e os sub-roga-dos em seu lugar; b) os bensadquiridos com valores ex-clusivamente pertencentes aum dos cônjuges em sub-rogação dos bens particula-res; c) os bens de uso pes-soal, os livros e instrumen-tos de profissão; d) osproventos do trabalho pesso-al de cada cônjuge; e) asobrigações contraídas antesdo casamento; f) as obriga-ções provenientes de atos ilí-citos, salvo reversão em pro-veito do casal. Esclareça-seneste passo, que na união es-tável aplica-se, como regra,a comunhão parcial de bens.

(continua

Felicia Ayako HaradaAdvogada em São Paulo

Integrante do Harada Advogados [email protected]

Possibilidade de Alteraçãode Regime de Casamento

Equipe de voluntários que trabalham no Projeto Kaeru Educacional: apoio especializado

JORNAL NIPPAK

OProjeto Kaeru, coor-denado pelo Institutode Solidariedade Edu-

cacional e Cultural (Isec) como objetivo de oferecer um tra-balho de inclusão escolar esocial às crianças retornadasdo Japão através do enfrenta-mento das dificuldades apre-sentadas visando o seu desen-volvimento pleno, incorporoumais um desafio. Na terça-fei-ra passada (18), ainda emmeio ao cheiro de tinta – o lo-cal recebeu pintura nova –,materiais escolares e equipa-mentos, a equipe estava eufó-rica com a “inauguração” deuma pequena sala. Um cômo-do acanhado é verdade, mascertamente grande em seupropósito.

Na modesta sala localiza-da no subsolo do Bunkyo (So-ciedade Brasileira de CulturaJaponesa e de Assistência So-cial), no bairro da Liberdade,em São Paulo, o grupo de vo-luntários começa a colocar emprática o Projeto Kaeru Edu-cacional, que consiste em ofe-recer aulas de português a fi-lhos de trabalhadores brasilei-ros que encontravam-se noJapão. O objetivo é ajudar ascrianças retornadas a sereadaptarem à realidade dasescolas públicas do País, nocaso, do Estado de São Paulo,uma vez que a o projeto contacom a parceria do governopaulista através da Secretariada Educação.

Trata-se de aulas gratuitasde alfabetização e de reforçode português às crianças doensino fundamental da redepública. Inicialmente, serãotrês aulas semanais, as segun-das, quartas e sextas-feiras,em dois períodos. “Podemosdar aulas individuais ou paraturmas fechadas. Como esta-mos no início, tudo vai depen-der das necessidades de cadaum”, explica a professoraSanko Sakai, uma das respon-sáveis pelas aulas.

Parcerias – A ideia é expan-dir o projeto para outros bair-ros da Capital para que maiscrianças possam usufruir oserviço. Para isso, os coorde-nadores buscam parcerias

com associações, clubes ouinstituições que possam cederespaços para as aulas. Neces-sitam, também, de educadoresbilíngües, já que, por enquan-to, a professora Sanko Sakai éa única voluntária.

Segundo uma das coorde-nadoras do Isec, a psicólogaKyoko Nakagawa, a necessi-dade surgiu após a retomadado Projeto Kaeru, em 2008,por ocasião das comemora-ções do Centenário da Imigra-ção Japonesa no Brasil.

“Fizemos um mapeamentodas escolas e uma vez por se-mana vínhamos visitando essasinstituições freqüentadas porcrianças retornadas”, contaKyoko, lembrando que a equi-pe fez um levantamento nas 92Diretorias de Ensino do Estadode São Paulo. “Entramos emcontato e solicitamos para quetodas que tivessem criançasretornadas matriculadas noscomunicassem. Recebemoscerca de 450 questionários atéo final de 2008”, explica Kyo-ko, explicando que, somente doCarnaval para cá, em funçãoda crise econômica, sua equiperecebeu mais de 160 e-mailsatrás de orientações.

Kyoko, no entanto, estimaque esse número seja bemmaior já que o trabalho é feitosomente em parceria com ogoverno estadual. “Existem,apenas na capital, 623 escolas

públicas, sendo cerca de 80%da rede municipal”, conta acoordenadora, destacando que,por causa de entraves buro-cráticos – entenda-se sob aalegação de que o projeto fa-vorece apenas um grupo étni-co – a parceria com a Secre-taria Municipal não decolou.“Estamos trabalhando comapenas 20% das escolas pú-blicas”, destaca.

Desta forma, o ProjetoKaeru atende atualmente 130crianças retornadas de 10 es-colas estaduais da Capital e umade Guarulhos, na Grande SãoPaulo. Dessas visitas, a equipeconstatou duas “demandas”:orientações sobre documentosnecessários para matricular ascrianças e o pouco – ou em al-guns casos, nenhum – conhe-cimento do idioma pátrio.

Essa defasagem, comentaKyoko, provocada em funçãodo movimento migratório, aca-ba afetando as relações inter-pessoais e, conseqüentemen-te, a readaptação à sociedadebrasileira. “Tem crianças re-tornadas que não sabem falarnem bom dia em português”,espanta-se Kyoko.

Ministério do Trabalho –Para atender os interessados,voluntários do Projeto Kaerutambém dão consultoria edu-cacional em regime de plantãoas segundas, terças e quartas-

feiras de manhã no Ciate (Cen-tro de Informações e Apoio aoTrabalhador no Exterior).

O psiquiatra Décio Naka-gawa informa que o projeto éaberto a todas as crianças bra-sileiras, descendentes de japo-neses ou não, que não pude-ram ter acesso à língua pátria.Em breve, antecipa Décio, otrabalho do Isec deve ganharrespaldo do Ministério do Tra-balho, que já se sensibilizoucom a questão.

Um dos planos de açãoconsiste na criação de um gru-po de trabalho para cuidar doassunto, a princípio de recolo-cação de mão de obra. Inicial-mente, o escritório atenderia naRua Martins Fontes, no cen-tro de São Paulo, onde fica oprédio da Delegacia Regionaldo Trabalho, mas foi sugeridosua instalação no bairro da Li-berdade, por ser um ponto es-tratégico da comunidade.

“Futuramente, a ideia é de-senvolver também um progra-ma de capacitação voltadopara adolescentes com o ob-jetivo de despertar nesses jo-vens que estão retornando doJapão interesse em voltar aestudar e seguir uma profissãono Brasil”, revela Décio.

O Kaeru Educacional ficana Rua São Joaquim, 381 (nosubsolo do Bunkyo). Informa-ções pelo tel.: 11/3203-1916.

(Aldo Shiguti)

C0MUNIDADE 2

Forum de lideranças nikkeis discute futuro da comunidade e os próximos cem anosAparticipação dos jovens e

das mulheres nos movimentosda comunidade nipo-brasileira;o apoio aos dekasseguis; o pa-pel da iniciativa privada noapoio a eventos de naturezacultural; a integração e inter-câmbio entre todas as federa-ções e associações nipo-bra-sileiras foram alguns dos temasdiscutidos durante o Forum deLideranças Nikkeis “Constru-indo os Próximos Cem Anos”realizado sábado (dia 16) nacidade de Lins, durante a 2ªSemana da Cultura Japonesa,com a presença de represen-tantes das entidades nipo-bra-sileiras de São Paulo, da regiãoNoroeste, Alta Paulista e So-rocabana. O evento teve lugarno Hotel BlueTree Park deLins, apoiadora do evento, esteano na segunda edição.

Victor Kobayashi, presiden-te do Instituto Paulo Kobaya-shi, organizador do evento, jun-tamente com a Abcel (Asso-ciação Nipo-Brasileira Cultu-ral e Esportiva de Lins), expli-cou que a mesa foi compostade representes da política, dainiciativa privada e de entida-des associativas justamentepara abrir o leque das discus-sões e detectar as necessida-des e as contribuições quecada um desses setores dasociedade podem fazer, de for-ma a traçar as diretrizes que

Participantes do Fórum de Lideranças Nikkeis, em Lins

DIVULGAÇÃO

2ª Semana da Cultura reuniu representantes de entidades

e reuniões por ele lideradas epara eles dedicadas. LeonardoSasazaki, acumula o cargo exe-cutivo na empresa com a depresidente da associação nipo-brasileira de Marília e disse queo Japan Fest, realizado anual-mente em Marília é um grandechamariz e incentivo para osjovens nikkeis da região. Se-gundo disse, ao se sentirem res-ponsáveis pelo sucesso da fes-ta, os jovens se empenharam ese aproximaram da associaçãonipo. Sasazaki, como empresá-rio, também tocou num pontoimportante: o da dotação deverbas para festas e eventos dacomunidade. A empresa, se-gundo disse, não tem ainda umprograma, uma verba fixa paraessas atividades. “mas segura-mente, vou lutar, no conselho daempresa, pela criação de umadotação própria apoio a even-tos da comunidade ”, garantiu.

Por fim, Tomio Katsugawa-ra resumiu o desafio que nãoé apenas do Bunkyo, mas detodos: o segundo centenário.Para tanto, ele exortou a ne-cessidade da coesão e integra-ção de todas as entidades nipo-brasileiras, de todas as 25 re-gionais. Ele anunciou a reali-zação, em outubro, do ForumRural, na cidade de Pompéiae espera que todas as associ-ações se aglutinem em tornodo Bunkyo.

dustriais e da ABF (Associa-ção Brasileira de Franchi-sing)”, revelou Misato.

Em Andradina o clima deacolhimento é o mesmo, com-pletou o prefeito Jamil Ono, quese preocupa com a volta dosdekasseguis ao Brasil por con-ta da crise econômica. Masa-to Ninomiya mostrou em nú-meros que o Brasil tem mes-mo que se preparar para a vol-ta dos dekasseguis. Pelos seuscálculos, dos 300 mil brasilei-ros que estavam no Japão, pelomenos 40 mil já retornaram.

Manutenção da cultura –Sobre a manutenção da tradi-ção, da cultura, usos e costu-mes japoneses no Brasil, osparticipantes do Forum foramunânimes em afirmar que é es-sencial criar meios e incentivar

guiarão os próximos passos dacomunidade para manter vivaas tradições, a cultura e oscostumes japoneses no Brasil.

Apoio aos dekasseguis – Odeputado federal Walter Ihoshi(DEM-SP), presidente do Gru-po Parlamentar Brasil-Japão,abriu os trabalhos do Forum, edisse que, organizou seminárioem Brasília para desenvolverum programa de recepção aosdekasseguis e na ocasião, foiformalizado que o Ministériodo Trabalho concederá ajudafinanceira ao Grupo Nikkei,presidido por Leda Shimabu-kuro, e que estava prestes aencerrar as atividades e reco-locação de mao-de-obra porfalta de recursos. “Foi uma vi-tória importante para os dekas-seguis, que precisam de apoio,

de programas de recepção,tanto para as crianças e jovens,e também para os pais”, disseo deputado, elogiando a inicia-tiva que estão sendo tomadaspelo prefeito Toshio Misato, deOurinhos, que criou todo umambiente favorável na cidadepara acolher os dekasseguis.

“A representatividade dacomunidade nikkei em Ouri-nhos é pequena, apenas 3% dapopulação é de descendentes,mas mesmo assim determineia criação de um Centro paraapoiar os Dekasseguis, vincu-lado à Secretaria de Desenvol-vimento, e incentivamos e apoi-amos iniciativas para aberturade pequenas e micro empre-sas com apoio da AssociaçãoNipo-Brasileira de Ourinhos,do Sindicato Rural, do Sebrae,associações comerciais e in-

a participação dos jovens nasatividades das associaçõesnipo-brasileiras. “E também asmulheres nikkeis, tradicional-mente recolhidas, têm que ga-nhar espaços nas entidades,participar e tomar à frente essaluta pela manutenção da cultu-ra japonesa no Brasil”, defen-deu a vice-prefeita de Lins,Keiko Obara Kurimori, apoia-da pelo presidente da Federa-ção das Associações Nipo-Bra-sileiras da Região Noroeste,Kazoshi Shiraishi, para quem,uma entidade sem um “fujinkai” forte, é como uma famíliasem mãe, “desnorteada”.

Todos cobraram participa-ção ativa dos jovens, que, naopinião do general Akira Obara,já estão ocupando espaços,mas que ainda precisam de umaatenção especial, com eventos

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4 JORNAL NIPPAK São Paulo, 21 a 27 de agosto de 2009

COMUNIDADE 1

Sucesso de público, OkinawaFestival terá dois dias em 2010

Em época de crise global,todos foram afetados... inclu-sive o Brasil, concordem uns,não concordem outros. E nos-sos conterrâneos trabalhado-res no estrangeiro (brazukasnos EUA, braziguaios naAmérica do Sul, dentistas eoutros na Europa, dekasse-guis no Japão, etc.), tambémsofreram as conseqüências.No caso do dekassegui, emvista disso também, aindahouve a questão do retornorepentino, sem planejamentoalgum. Pior... com alguns tra-zendo filhos nascidos no Ja-pão ou que foram para lá ain-da pequenos, porém tendoem comum o desconhecimen-to da língua portuguesa e te-rem de se confrontar com“outra cultura”. Uma ironia!

Pois é, e muitos estão sen-do matriculados em escolaspúblicas porque mesmo quealguns desses pais tenhamjuntado algum pé-de-meia, aforma repentina como a cri-se os pegou trouxe-lhes mui-tas incertezas, de modo quenão querem se arriscar ma-triculando seus filhos em es-colas particulares. Assim sen-do, um boom de matriculas defilhos de “retornados” ocor-reu nas escolas públicas doBrasil. Mas bem antes disso,a Secretaria do Estado daEducação de São Paulo já seantecipara com um projetopara dar-lhes assistênciapsico-pedagógica. Isso ocor-reu em junho de 2008, em ple-no auge das comemoraçõesdo centenário da imigraçãojaponesa no Brasil: Projeto deInserção aos Filhos de De-kasseguis nas Escolas Públi-cas do Estado de São Paulo.Idealizado pelo prof. HiroyukiHino, o mesmo do ProgramaViva Japão 2007/08, respal-dado no sucesso alcançado ena “carona” ainda do cente-nário da imigração, ele con-seguiu que a Secretaria daEducação aprovasse tambémesse, em parceria com umaONG (Instituto de Solidarie-dade Educacional e Cultural- Isec), e para durar 4 anos,ou seja, encerra-se em junhode 2112. Em pleno andamen-to, portanto, o projeto já temum cadastro de mais de 800alunos com esse perfil ape-nas em sua rede estadual!Imagine quantos devam ter,somando-se aos das escolaspúblicas municipais e priva-das. A Secretaria do Estadoda Educação de São Paulo,portanto, já cumpre sua par-te nesta questão.

E tento também oferecerminha contribuição, ao lan-çar a 2ª edição do livro So-nhos Que De Cá Segui, deminha autoria. Por isso ocor-re doze anos após a primei-ra. Pedidos, já tinha parafazê-lo antes, mas necessita-va de uma razão que valessemesmo a pena, porque publi-car livros no Brasil para nãofamosos, ainda, é muito com-plicado. Mas agora, pensan-do nas dificuldades que esses

alunos teriam para o apren-dizado com a nossa língua epara adaptação/ readaptação,que acaba se estendendo aospais e afins, e vice-versa, con-clui que, por se tratar da pró-pria história deles, talvez seestimulassem a lê-lo. Alémdisso quando a leitura é feitapor interesse ao assunto, oaprendizado da língua, bemcomo sua consolidação, aca-ba ocorrendo de forma natu-ral. Então me convenci.

O livro narra a história deuma família fictícia, ainda nosprimórdios desse movimentomigratório. O diferencial estáno cenário de fundo verdadei-ro, porque foi baseado emmais de 300 depoimentos dedekasseguis, daquela época.Por isso aborda desde as ra-zões que levam mesmo umafamília de boa formação a terde sair do próprio país quenasceu em busca da recupe-ração da dignidade de viver,às passagens pelos abusosdas agências intermediárias,à adaptação na nova terra(Japão), aos conflitos com osnativos japoneses, aos confli-tos com os próprios patrícios,até a realização do pé-de-meia, uns, sim... outros, não.E criei também um persona-gem japonês que se torna umgrande amigo do brasileiro, afim de que, no diálogo entreeles, pela curiosidade do ja-ponês, surgisse o assunto so-bre a imigração japonesa noBrasil, o que também podeser interessante para essesnovos alunos retornados aoBrasil. Bem como, trazer al-gum esclarecimento, e atécompreensão, da parte dos fi-lhos “deixados” no Brasil,para que entendam que a se-paração ocorreu tambémcontra a vontade de seus pais,da mesma forma como é con-tada na música Hoshikage noWaltz (Valsa à Sombra dasEstrelas) sobre os própriosnativos dekasseguis, uma dasmúsicas mais populares doJapão. E o livro pretende sen-sibilizar também os “privile-giados” que não precisaramir ao Japão nas mesmas con-dições, para que os entendame os aceitem, conforme oprof. Reimei Yoshioka afir-mou no Prefácio da primeiraedição.

*Silvio Sano, é arquiteto apo-sentado, escritor e chargista.Esteve no Japão em 1975, comobolsista-estagiário da Provín-cia de Mie; em 1980, em lua-de-mel; em 1985/87, para umcurso de pós-graduação (ar-quitetura tradicional) na Uni-versidade de Nagoya (levouesposa e filho); e, em 1989/92,como dekassegui em Hamama-tsu, Shizuoka (novamente coma família). Hoje, Silvio, com-põe a equipe da Secretaria doEstado da Educação no Proje-to de Inserção Aos Filhos de De-kasseguis nas Escolas Públicasdo Estado de São Paulo, eleque também contribuiu com oPrograma Viva Japão em 2007e 2008.

DEBATES

Sonhos Que De Cá Segui

Acomissão organizadorado 7º Okinawa Festi-val realizado no dia 15

de agosto no Clube da Cidade(ex Clube Esportivo VilaManchester), na Zona Lestede São Paulo, está festejandoa notoriedade do principalevento da comunidade de Oki-nawa no Brasil. De acordocom o presidente da Associa-ção Okinawa da Vila Carrão,Rui Kojo Chibana, a preocu-pação da comissão organiza-dora foi manter qualidade doevento e não depreciar o even-to. Isto porque no ano passa-do o festival teve uma atençãoespecial por conta das come-morações do Centenário.

“As expectativas foramsuperadas com a qualidade dasapresentações artísticas com-provadas pelo público presen-te, graças ao desempenho dadiretoria organizadora. Pelovisto este ano mais de 25 milpessoas participaram do even-to”, calculou.

Rui Chibana assegura queo Okinawa Festival foi reali-zado como programado semnenhum incidente. Este anoforam arrecadadas 6,5 tonela-das de alimentos não-perecí-veis doados pelos visitantes erepassadas para duas entida-des assistenciais da região daZona Leste da capital e para aSociedade Beneficente Casada Esperança Kibo-No-Iê,após o final do evento. Em2008 foram coletadas quatrotoneladas. “Os números daarrecadação e de público de-monstram a superação doevento”, ressalta.

Rui Chibana anuncia novi-dades para a 8ª edição do fes-tival em 2010. Segundo eletudo indica que o evento terá99% de possibilidades de acon-tecer dois dias (sábado e do-mingo), devido um pedido fei-to pela Empresa de Turismo e

Eventos da Cidade de SãoPaulo (SPTuris). Além do pú-blico em geral, que concluiuque o evento é muito bom paraser realizado em um único dia.“Recebemos as sugestões du-rante o festival e através decontatos junto à associação. Aidéia de realizar o evento du-rante dois dias surgiu há trêsedições anteriores. O grandenúmero de público presenteeste ano também colaboroupara que a diretoria aceitassea proposta”, destaca.

Até este ano a comissãoorganizadora do Okinawa Fes-tival começava os preparativosdo evento quatro meses antes,mas agora com o aumento dosdias Rui Chibana avalia quepelo jeito desde o começo doano a associação terá que semovimentar para preparar oevento em dois dias. “Dasatrações programadas a parteque trata dos documentos é a

mais trabalhosa para a direto-ria por causa da demora e daburocracia”, revela.

Um dos pontos altos doevento que agitou o públicopresente foi proporcionado porum grupo de alunos da profes-sora Setsuko Kinjo (de Cam-pinas), que fez uma apresen-tação de Shishimai – dança tí-pica da Ilha de Okinawa comum casal de leões mitológicosmacho e fêmea que protegemas pessoas contra os males doambiente.

Cerejeiras – Antes do iníciodo festival, em uma ação con-junta da Associação Okinawae da subprefeitura de Arican-duva/Vila Formosa/Vila Car-rão, foram plantadas 40 cere-jeiras de Okinawa nas depen-dências do Clube da Cidade.“A idéia é fazer com que cadafamília cuide das árvores, depreferência um idoso da famí-

lia para incentivar a preserva-ção ambiental”, explicou o co-ordenador Terio Uehara.

Rui Chibana aproveitou aoportunidade para agradeceras autoridades que colabora-ram para o sucesso do festivalcomo o deputado federal Wal-ter Ihoshi (DEM/SP) que libe-rou recursos para a realizaçãodo evento através de emendaparlamentar através do Minis-tério do Turismo. Além do ve-reador Ushitaro Kamia (DEM/SP); Prefeitura de São Paulo;subprefeitura de Aricanduva/Vila Formosa/Vila Carrão;SPTuris; membros da comis-são organizadora, entre eles ovice-presidente da associação,Eduardo Uyeta e o coordena-dor Terio Uehara. “Agradeçotambém os patrocinadores e osvoluntários que não mediramesforços para que conquistás-semos os objetivos”, afirmou.

(Afonso José de Sousa)

Público aprovou o evento e considera que um dia é muito pouco para aproveitar as atividades

JORNAL NIPPAK

O Movimento Ives Ota rea-liza no dia 29 de agosto doiseventos em Memória de IvesOta, filho do empresário Mas-sataka Ota. O primeiro seráuma carreata com concentra-ção marcada na Praça Ives Ota,na Vila Carrão (Zona Leste deSão Paulo) com destino ao San-tuário do Terço Bizantino ondeo padre Marcelo Rossi celebra-rá a 12ª missa de recordação aIves Ota. Com então 8 anos deidade Ives Ota foi seqüestradoe morto por dois policiais em se-tembro de 1997 em São Paulo.

De acordo com Massata-ka Ota o objetivo é chamar aatenção do povo e do ser hu-mano para aprender a perdo-ar e que o perdão é o melhorcaminho. Ele aproveitou paradivulgar que a aprovação doDia Nacional do Perdão nodia 30 de agosto em tramita-ção na Assembléia Legislati-va de São Paulo deve acon-tecer até o fim do ano. O pro-jeto é de autoria do deputadoestadual Said Mourad (PSC).“Em cada lugar ou Estadoque vou eu tenho recebidoapoios e todos recebem aidéia como bem-vinda”, res-salta.

Na carreata a comissãoorganizadora do Movimentoespera contar com a partici-pação de motos-clube, carrosparticulares, caminhão deco-rado com a Nossa SenhoraAparecida, carro de som –cedido pelo Sindicato dos Co-merciários de São Paulo, dezônibus fretado pelo Movimen-to Ives Ota que são encami-nhados para Ongs, colabora-

ção da Rocan, e da Compa-nhia de Engenharia de Tráfe-go (C.E.T.) que ajudará na or-ganização do trânsito.

O trajeto da carreata já estáconfirmado saindo da PraçaIves Ota, passando pela ruaDentista Barreto, rua JulioColaço, avenida Radial Leste(complexo Leste / Oeste), Ele-vado, avenidas 23 de maio,Washington Luis, Interlagos eNações Unidas.

CARREATA EM MEMÓRIA DEIVES OTAQUANDO: DIA 29 DE AGOSTO

HORÁRIO: 10HONDE: PRAÇA IVES OTA - RUA

DENTISTA BARRETO - VILA CARRÃO –SÃO PAULO

MISSA EM MEMÓRIA DE IVESOTAQUANDO: DIA 29 DE AGOSTO

HORÁRIO: 15H / 16HONDE: SANTUÁRIO - AVENIDA DAS

NAÇÕES UNIDAS, 22.069 –JURUBATUBA – SANTO AMARO / SÃO

PAULO FONE/FAX : 5687-9133INFORMAÇÕES: (11) 2942-0872 //2225-3145

COMUNIDADE 3

Carreata e missa marcam os12 anos da morte de Ives Ota

No próximo domingo, 23, das10 às 17horas, diretores e asso-ciados da Associação Culturale Esportiva Nipo-brasileira doImirim (Acenbi) realizarão emsua sede social, à rua CarolinaRoque, 274, bairro do Imirim, asua festa do cinquentenário defundação da entidade.

A abertura oficial, com apresença de diretores e autori-dades convidadas, está progra-mada para as 10 horas. Emseguida, a direção prestará ho-menagens a diversos associa-dos e personalidades que sedestacaram ao longo dos 50anos de atividades da entidade.

Dentre as atrações, estãoprogramadas apresentaçõesde danças e música. O grupoRyukyu Koku Matsuri Daiko,unidade da Casa Verde, faráuma apresentação especial.

Nesses 50 anos de existên-

cia, a Acenbi tem se destaca-do na difusão da cultura japo-nesa e na integração das fa-mílias nikkeis com a comuni-dade brasileira.

Nos últimos anos, a atualdireção, comandada pelo pre-sidente Eurípedes Prataviera epelo diretor Gerson Takayama,tem tido atuação destacada naorganização e realização degrandes eventos como o Festi-val Nikkey Matsuri, e eventosfilantrópicos como as recentesFestas da Cerejeira, no HortoFlorestal; e da Azaléia, do Yas-suragui Home, em Guarulhos.

A Acenbi (www.acenbi.imirim.nw.org.br) é uma dasentidades fundadoras e organi-zadoras do Festival NikkeyMatsuri, que é realizado anual-mente, no mês de abril, no Clu-be Escola Jardim São Paulo, aolado da estação do Metrô.

COMUNIDADE 2

Acenbi comemora 50 anoscom festa neste domingo (23)

Será realizado neste domin-go (23) o 12º Undokai deCapão Redondo, no campo depiquenique do Centro Univer-sitário Adventista (Unasp), lo-calizado à estrada de Itapece-rica, km 28,5.

O evento, que ocorre anu-almente dentro de um agra-dável campo gramado cer-cado por matas, tem a pe-culiaridade de ser organiza-da pela Igreja Adventista doSétimo Dia Central Japone-sa, com a colaboração da

COMUNIDADE 4

Capão Redondo promoveUndokai neste domingo

comunidade nikkei de CapãoRedondo e adjacências, e éum evento aberto a todos osnikkeis.

Haverá barracas de ven-da de produtos naturais daempresa Superbom, além dade obentô e udon.

As atividades se iniciarãoàs 9 horas com Radio Taisôe terá eventos paralelos aolongo da programação, comotorneio de queda-de-braço eapresentação do clube dosdesbravadores.

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São Paulo, 21 a 27 de agosto de 2009 JORNAL NIPPAK 5

CIDADES/MARINGÁ

Frio e gripe suína prejudicampresença de público no Festival

O20º Festival Nipo-Bra-sileiro chegou ao fimno último dia 16 com

um balanço nada animador.Em entrevista ao JornalNippak, o presidente daAcema (Associação Culturale Esportiva de Maringá) – en-tidade responsável pela reali-zação do evento –, EduardoSuzuki, explicou que os núme-ros finais ainda não foram fe-chados, mas a presença depúblico ficou aquém do espe-rado.

“Trabalhávamos com esti-mativas entre 80 e 100 mil vi-sitantes nos nove dias deprogração [de 8 a 16], maspor causa da gripe suína, de-vemos fechar com metadedisso, ou seja, entre 40 e 50mil pessoas”, disse Suzuki,acrescentando que “a mídiapegou pesado em relação àgripe”. “Além disso, pegamosuma época de frio e muitaspessoas preferiram não se ar-riscar e não saíram de casa”,conta Suzuki, lembrando queEstados como Santa Catari-na e Rio Grande do Sul opta-ram por cancelar seus even-tos.

“Aqui na Acema, mesmo oFestival sendo realizado em re-cinto aberto, não teve jeito”, la-mentou, afirmando que “apesardos pesares, o resto ficou den-tro do esperado”. “Fora isso,não tivemos nenhum incidentee quem veio não se arrependeu.O Festival cumpriu seu objeti-vo e proporcionou um espetá-culo em termos de cultura, be-leza e gastronomia”, disse Su-zuki, destacando que “para oano que vem nada muda”.

“Ou melhor, pensamos emmelhorar em termos de progra-mação e em outros aspectos”,

adiantou o presidente daAcema, afirmando que, emduas décadas, o Festival já sesolidificou entre os principaisfestivais culturais do estado doParaná. “Sem o apoio dos nos-sos patrocinadores, colabora-dores e, claro, do público seriaimpossível realizar este even-

to anualmente”, destacou.

Última noite – A última noi-te de apresentações agradouprincipalmente o público jo-vem do 20º Festival Nipo-Bra-sileiro. O palco artístico rece-beu yossakoi soran Saijyo, te-atro cosplay, banda J-Squad e

Joe Hirata. Além dos shows,foi realizada na noite de sá-bado, 15 de agosto, a cerimô-nia oficial de encerramento,que reuniu autoridades locais.Entre eles, o prefeito de Ma-ringá, Silvio Barros, que agra-deceu o apoio do público.“Este ano, excepcionalmente,tivemos algumas dificuldadesque fogem do controle da or-ganização do Festival. Masgraças ao trabalho responsá-vel, conseguimos superar es-sas adversidades e, mais umavez, fazer deste Festival umevento de sucesso.”

Participaram, também, dacerimônia de encerramento do20º Festival Nipo-Brasileirorepresentantes do Sicredi,Cocamar, Banco Itaú-Japão,Banco Bradesco, Banco Real,Wajunkai, Seicho-No-Ie eNishi Honganjie

(Aldo Shiguti)

O presidente da Acema, Eduardo Suzuki, discursa durante cerimônia de encerramento do Festival

DIVULGAÇÃO

Presença de público ficou aquém do esperado na Acema

(PARTE 2)

*SHIGEHIRO IKEGAMI

Os 11 participantes damesa-redonda vivem no Japãohá muito tempo. Todos são flu-entes no japonês e poucos con-seguem se expressar bem emportuguês. Mas, por outrolado, apesar de estudarem eestarem adaptados à socieda-de japonesa, eles continuavamsentindo uma espécie de bar-reira e cada um possuía umaopinião particular e diversa arespeito do que é viver numvão entre as sociedades bra-sileira e japonesa.

Dentro do que foi discuti-do, a parte que mais me cha-mou a atenção foi o bloco so-bre o futuro e os sonhos. Mui-tos dos participantes do En-sino Médio sonhavam emcontinuar os estudos nas fa-culdades japonesas. Eles sa-bem que, se voltarem ao Bra-sil, não conseguirão conquis-tar um futuro à altura de suashabilidades. Eles têm consci-ência da própria inabilidade dalíngua portuguesa e algunsfalaram sobre a vontade deir estudar português no Bra-sil. De uma forma ou de ou-tra, ficou claro que os jovensparticipantes planejavam seufuturo no Japão e não no Bra-sil. Mas todos disseram quequeriam exercer alguma pro-fissão que pudesse tirar pro-veito do conhecimento quepossuem do país, da culturae da língua de ambos os paí-ses.

Pode ser que estes jovenssejam raros exemplos de su-cesso entre os brasileiros damesma geração que vivem noJapão. Na prática, muitos de-les desistem dos estudos an-tes de se formarem no Ensi-no Fundamental (Antigo gi-nasial). No entato, apesar deainda serem poucos, o núme-ro de jovens que conseguemingressar no Ensino Médioestá aumentando e parte de-les estão chegando às facul-dades.

No entanto, as condiçõespreocupantes da economiados dias de hoje tem influen-ciado fortemente no rumoacadêmico. Alguns jovensdesistem da Escola de Ensi-no Médio que entraram sópara poder ajudar nas finan-ças domésticas, outros, ape-sar de mais capacitados, op-tam por se matricular em co-légios de período parcial parapoderem trabalhar paralela-mente e também tem os quesimplesmente precisam de-

sistir de continuar os estudos.Isso tudo pode ser conside-rado inevitável devido à atualconjuntura econômica, masninguém irá negar que é umagrande perda para os dois pa-íses, tanto para o Japão quan-to o Brasil.

O grupo de jovens que dis-cutiu na mesa-redonda é a luzde esperança dos dois países.Para os japoneses, a figuradestes jovens e as palavras di-tas por eles poderão revertera imagem preconceituosa do“brasileiro que trabalha em fá-bricas como operários”. Paraos brasileiros que estão noEnsino Médio, o depoimentodos veteranos que, a despeitode terem estado nas mesmascondições, entraram na facul-dade, será um bom exemplona hora de pensar nos sonhose nas carreiras do futuro. Paraos pais brasileiros, a figura dosjovens que estudam em colé-gios e faculdades japonesesdará a oportunidade de seconscientizarem da importân-cia da educação para seus fi-lhos.

Cópias do DVD destamesa-redonda foram envia-das para o Nikkey Shimbune o São Paulo Shimbun. Têmpoucos recursos, com áudiosomente em japonês e semlegendas, mas gostaria que omáximo de brasileiros assis-tissem. 2008 é o ano do cen-tenário do intercâmbio nipo-brasileiro e Hamamatsu é acidade que concentra o maiornúmero de brasileiros resi-dentes no Japão. O registrodas palavras de jovens brasi-leiros que receberam educa-ção superior nesta cidade eneste ano, pode ser conside-rado, com um pouco de exa-gero, um material de grandevalor histórico.

Se houvesse um esforçopor parte dos envolvidos, tantodo Japão quanto do Brasil,para que mais jovens conti-nuem os passos dos partici-pantes da mesa-redonda, elesconstituiriam um grande te-souro para ambos os países.Para que isso se torne possí-vel, não só é preciso dar maisapoio aos estudos dentro dasociedade japonesa, comotambém é importante que asociedade nikkei dê um apoiopara os jovens que desejamestudar a língua portuguesano Brasil.

*Shigero Ikegami é professor ti-tular da Faculdade de Política eGerenciamento Cultural da Uni-versidade de Arte e Cultura deShizuoka

DEBATES

Confiando nos jovens queestudam em órgãos japoneses

de ensino superior

Acompanhado por persona-lidades de Bastos, o presiden-te da Associação Nikkey doBrasil, coronel Yoshio Kiyono,esteve de passagem por Linsno início deste mês. Com o ob-jetivo de dar continuidade ascomemorações do Centenárioda Imigração, Kiyono tem visi-tado cidades que contam comunidades militares e plantado 10mudas de cerejeiras de Okina-wa (o sakurá), como forma de

CIDADES/LINS

Mudas de sakurá marcam oCentenário da Imigração

perpetuar as amizades que uneas nações brasileiras e a japo-nesa.

Natural de Bastos, Kiyonofoi o 5º nikkei a se formar pelaAcademia Militar de AgulhasNegras, em 1961. Em Lins eleplantou três mudas no kaikane sete no 37º Batalhão Levede Lins. Ele é sobrinho do ex-deputado (três mandados) eex-vereador da capital ShiroKiyono.

O Governo Japonês, atra-vés do Consulado Geral doJapão em Curitiba, firmou noúltimo dia 5, contrato de doa-ção com o Hospital e Mater-nidade Sagrada Família domunicípio de São Bento do Sul(SC). Estiveram presentes adiretora geral do Hospital eMaternidade, Irmã BeatrizZanatta; a diretora administra-tiva, Zélia Ignaczuk Zeitamer,a gerente financeira, NoellePereira Bonetti entre outros.

Através do contrato serãodisponibilizados recursos novalor de US$ 80.540,00 para aaquisição de dois ventiladorespulmonares e um aparelho deRaio-X, a serem utilizados nohospital. Os ventiladores pul-monares aprimorarão a efici-ência de ventilação aos paci-entes internados na UTI e oaparelho de Raio-X reduzirá ocusto causado por rejeito deexames de radiologia que serealiza com o aparelho antigo.

CIDADES/SÃO BENTO DO SUL (SC)

Governo japonês doará equipamentos ao Hospital eMaternidade Sagrada Família através do Programa APC

melhorias no atendimento dosserviços hospitalares ao públi-co da região”, comentou SoichiSato, cônsul-geral do Japão emCuritiba, lembrando que o Go-verno Japonês, desde 1999,vem apoiando projetos comoeste, que visam promover obem-estar social da populaçãobrasileira.

A diretora geral do Hospi-tal e Maternidade, Irmã BeatrizZanatta, destacou que o hos-pital, desde a sua fundação em1954, tem atendido aos mora-dores de São Bento do Sul edos municípios vizinhos, prin-cipalmente à população menosfavorecida socialmente. Po-rém, devido à falta de recur-sos financeiros não tems con-seguido adquirir equipamentosmodernos. “O sacrifício dopovo japonês, que se transmi-tirá como recurso desta doa-ção, será bem aplicado na pro-moção da saúde dos morado-res da nossa região”, destacou.

A doação é viabilizada atra-vés do Programa de Assistên-cia a Projetos Comunitários doGoverno Japonês (ProgramaAPC), cujos recursos provêmdos impostos pagos pelo povojaponês e que visa promoverauxílio no campo socioeconô-mico aos países em desenvol-vimento, por meio de açõesnas áreas de educação bási-

ca, capacitação profissional,saúde e bem-estar social.

“Diante da atual situaçãodo Hospital e MaternidadeSagrada Família, resolvemosajudar com o programa de do-ação financeira - APC. É nos-so desejo que o recurso a serdoado seja bem utilizado paraa aquisição de equipamentosmodernos, proporcionando

A diretora geral do Hospital e Maternidade com o cônsul Soichi Sato

DIVULGAÇÃO

O Tribunal Regio-nal Eleitoral de SãoPaulo cassou ontem(20) o prefeito de Ou-rinhos, Toshio Misato(PSDB), e de suavice-prefeita, BelkisGonçalves Santos Fer-nandes (PMDB), pelaprática de condutasvedadas. A decisão,que reformou a sen-tença do juiz de primei-ro grau, foi dada como voto de desempatedo presidente (3x2),des. Marco CésarMüller Valente.

O prefeito veiculouno Diário Oficial do Municípiouma campanha, denominada“ITPU dá prêmios”, que prome-tia sorteio de brindes para quempagasse o tributo em dia. No en-tendimento da Corte, a campa-nha, divulgada em período ve-dado, infringiu a Lei das Eleições(Lei 9.504/97, art. 73, VI, b).

Misato foi eleito com38.631 votos (73,39%). Ouri-nhos fica na região sudoestedo Estado.

Cabe recurso ao TSE. Areportagem do Jornal Nippaktentou entrar em contato como prefeito na tarde de ontem,mas não obteve retorno.

CIDADES/OURINHOS

Prefeito de Ourinhos écassado

Toshio Misato

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6 JORNAL NIPPAK São Paulo, 21 a 27 de agosto de 2009

MÍDIA

Presidente do Grupo Bandeirantes destacacomunicação como fator de integração Brasil-Japão

Acomunicação pode seruma peça essencialpara a integração do

Brasil com os japoneses, se-gundo anunciou o presidentedo Grupo Bandeirantes de Co-municação, João Carlos Saad,no evento Confraternizaçãodos Associados da Câmara deComércio e Indústria Japone-sa do Brasil, no último dia 14,em São Paulo, destacando aimportância da mídia na rela-ção bilateral.

Antes de sua exposição, opresidente da Band exibiu emprojeção power point de oitominutos, adiantando à plateia demais de 90 membros-associa-dos, perfil e dados do GrupoBandeirantes de Comunicação.

Como elo importante noavanço do intercâmbio bilate-ral, a comunicação foi um dosaspectos analisados por Saad,acrescentando que ela tem pa-pel relevante no processo dedesenvolvimento da relaçãoentre os dois países. O Brasilcomo líder emergente, maiorterritório do continente, comextensas terras férteis, grandesreservas minerais, sustentandogrande produção de grãos ecarne, população em francodesenvolvimento, com muitasilhas de excelência em matériade indústria e de serviços; bonsnúmeros na área social e de-mocracia cada vez mais fortee mais aprofundada, e o Japãocom grande capacidade tecno-lógica e econômica.

O Brasil tem uma boa ima-gem do Japão e de sua comu-nidade, mas segundo Saad, é

preciso explorá-la. “A comu-nidade japonesa é muito bemvista, muito respeitada, abso-lutamente integrada com a so-ciedade brasileira. O Brasil émuito grato por isso. Trouxeprogresso, desenvolvimentodesde o plantio de vegetais nãoexistentes no país (hortifruti-granjeiros no Ceasa), desenvol-vimento do Cerrado, mudou oVale do São Francisco. Comu-nidade que sofreu com o solescaldante, enfrentou péssi-mas condições sanitárias e desaúde, mudou a cara do interi-or do Brasil”. No entanto, se-gundo Saad, ela “precisa cui-

dar da sua imagem”, pois, aoseu ver, “uma série de coisasbonitas que a comunidade faznão aparece na mídia”.

“Precisamos melhorar acomunicação. Acho a comu-nicação Brasil-Japão muitoruim. As agências de notíciasnão levam o dia-a-dia e levamos picos. Resultado: uma visãomuito ruim de ambos os paí-ses. Do Japão vemos terremo-to, tecnologia e daqui sãotransmitidas notícias de assas-sinatos, carnaval e desastres.O problema não seria a ver-dade nem a mentira. Seria aversão. Esta sendo repetida

pode se tornar uma verdade”.Desamarrar esse nó será o

desafio, diz Saad, que apontaa parceria da Bandeirantescom a TV estatal NHK doJapão como o começo dessetrabalho, bem como a criaçãode um setor de “contra-infor-mação” pelo lado japonês. “Epor aí nasceu o acordo com aNHK. São mudanças muitolentas. É o suficiente? Não.Mas é o começo. Vocês de-vem ter um setor para isso,pois quando sair alguma infor-mação errada na mídia, corri-gir e entregar sua versão”.

Saad observou que Brasil e

João Carlos Saad (presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação) e Makoto Tanaka

RUBENS ITO / CCIJB

A Aliança Cultural Brasil-Japão (ACBJ) está com ma-trículas abertas para os cursosBásico, Conversação 1 e Ja-ponês do Dia-a-Dia. Quempreferir, poderá optar peloscursos semi-intensivos com omesmo conteúdo e carga ho-rária, cujas aulas deverão co-meçar em setembro. Hoje,ACBJ é a melhor e mais im-portante escola da língua japo-nesa no Brasil, com mais de3.700 alunos, divididos em trêsunidades na cidade de SãoPaulo.

No curso básico de japo-nês, o aluno aprende as escri-tas hiragana, katakana e cer-ca de 400 kanjis, além de trêsmil vocábulos, conversação,leitura e redação de pequenostextos. Hiragana, katakana ekanji são os três tipos de es-crita usados em japonês. Osdois primeiros expressam sons,o terceiro, significados. Mas háoutras diferenças. Oshiraganas são os adjetivos everbos nas frases, enquanto oskanjis são usados principal-mente para substantivos. Já oskatakanas são utilizados paranomes estrangeiros e onoma-topéias.

Usar cerca de dois mil vo-cábulos, automação de estru-turas e vocábulos básicos pormeio de gravuras é o que es-tudante aprende no curso Con-versação 1 - Método Aliança.O material didático emprega-do é misto, em letraromanizada e em grafia japo-nesa. O curso Japonês do Dia-a-Dia, por sua vez, é uma in-trodução ao cotidiano do japo-nês, com o ensino de expres-sões de uso mais comum, pormeio de aulas com utilizaçãode gravuras.

Para os três cursos as ma-trículas devem ser feitas pes-soalmente, em uma das trêsunidades da ACBJ (veja ende-reço abaixo).

Acervo – De acordo com opresidente da entidade, JoTatsumi, na área de ensino, aACBJ conta com uma exce-lente infra-estrutura que per-mite aos professores se aper-feiçoarem e realizarem comeficiência seus trabalhos e aosalunos estudarem num ambi-ente que facilita o aprendiza-

do. Como apoio aos cursos queoferece, a associação fornecebolsas de estudo e meios deacesso às informações do Ja-pão, como biblioteca, videotecae homepage.

No caso da Biblioteca JoãoHideo Matsumoto, os profes-sores e alunos têm à disposi-ção um acervo com 18 mil li-vros e seis mil periódicos, emvários idiomas, principalmenteportuguês e japonês. O objeti-vo é estimular e complemen-tar os estudos ministrados emclasse, oferecendo aos alunosoportunidade de praticar e as-similar mais profundamente alíngua japonesa.

Além do ensino de línguajaponesa e português para es-trangeiros, a ACBJ tambémoferece cursos de artes comoorigami, ikebana, kirigami, pin-tura, sumi-e, washi, wrappinge cerâmica, todos com profis-sionais altamente capacita-dos. A Aliança também pro-move cursos, palestras, semi-nários, atividades artísticas eliterárias, publicações ligadasà história, teatro, literatura,assim como trabalhos desen-volvidos por brasileiros, nasáreas de pesquisa e literatu-ra, como o haikai, estilo queencantou Guilherme de Almei-da.

CURSO DE JAPONÊS BÁSICO:DURAÇÃO: 6 SEMESTRES COM 51 HORAS

DE AULA CADA UM (36 AULAS DE 1H30).CURSO DE CONVERSAÇÃO 1:DURAÇÃO: 6 SEMESTRES COM 48 HORAS

DE AULA CADA UM (36 AULAS DE 1H20).CURSO DE JAPONÊS DO DIA ADIA:DURAÇÃO: 1 SEMESTRE COM 48 HORAS

DE AULA (36 AULAS DE 1H20).AS AULAS DOS TRÊS CURSOS SÃO ÀS

SEGUNDAS E QUARTAS OU TERÇAS E QUINTAS

OU SÁBADOS.

ENDEREÇOS DA ACBJ:• RUA VERGUEIRO, 727 – 5º ANDAR -

LIBERDADE - 01504-001 - SÃO PAULO

– TELEFONE: (11) 3209-6630.• RUA SÃO JOAQUIM, 381 – 6º ANDAR -

LIBERDADE - 01508-001 - SÃO PAULO

– TELEFONE: (11) 3209-9998 OU

(11) 3209-6420.• RUA DEP. LACERDA FRANCO, 328 -

PINHEIROS - 05418-001 - SÃO PAULO

- TELEFONE: (11) 3815-3446 OU (11)3031-9665

SITE: WWW.ACBJ.COM.BR

ENSINO

Aliança Cultural abre inscriçãopara cursos de japonês

Japão estão na terceira onda emsuas relações, que seria priva-da, empresarial, pessoal, ligadacom as empresas, não depen-dente do governo e muito maisduradouras, com oportunidadesde novos negócios e alianças.A primeira onda foi a da imi-gração, da lavoura. A segundafoi a governamental, regimemilitar, grandes projetos na si-derurgia, mineração e petróleo.

Livre comércio – Ambos ospaíses querem ampliar suasrelações, inclusive com a pos-sibilidade de um acordo de li-vre comércio, pois é do inte-resse estratégico do governodos dois países, que defendemmaior integração, e do interes-se comercial de seus empre-sários, ávidos por aumentar osnegócios. “O Brasil tem alian-ças de negócios, aliança estra-tégica com o Japão. 1,5 milhãode descendentes que cresce-ram, expandiram, desenvolve-ram e se integraram no país.Existem grandes oportunida-des de alianças muito mais pro-fundas com o Japão. O Brasilfaz negócios com a China, masnão tem sementes na história

com aquele país. Isso leva umséculo para se desenvolver”.

omovido pela Câmara, oevento contou com a presen-ça do presidente Makoto Ta-naka; do cônsul-geral do Japãoem São Paulo, Kazuaki Obe;do diretor do Departamento deRelações Internacionais e Co-mércio Exterior da FIESP, JoséAugusto Corrêa; de presiden-tes e diretores das maioresempresas japonesas no Brasil.

O Grupo Bandeirantes deComunicação é hoje, uma dasmaiores empresas de comuni-cação do país. Na área de te-levisão, o Grupo BAND cobrehoje praticamente 100% doterritório brasileiro. Tem par-ceria com a TV estatal NHKdo Japão. Inaugurou em 2001um canal de notícias 24 horas,o BANDNEWS. E em 2002 ocanal de esportes,BANDSPORTS. Recente-mente lançou a RádioSulAmérica Trânsito, JornalMetro e a Rádio Mitsubishiatingindo telespectadores e ou-vintes de diversas áreas e in-teresses.(Fonte: Câmara de Comércio eIndústria Japonesa do Brasil)

LITERATURA

Embaixador Ken Shimanouchi prestigia lançamento do livro“Cem anos de águas corridas da comunidade japonesa”

Várias autoridades e per-sonalidades da comunidadenikkei prestigiaram no dia 18de agosto na Sociedade Bra-sileira de Cultura Japonesa eAssistência Social (Bunkyo), olançamento da versão em por-tuguês do livro “Cem anos deáguas corridas da comunida-de japonesa” de autoria do jor-nalista Osamu Toyama e tra-dução de “Hyaku-nen noSuiryu”.

Durante o lançamento dolivro realizado pelo JornalNikkey Shimbun e JornalNippak em conjunto com oMuseu Histórico da ImigraçãoJaponesa no Brasil, OsamuToyama incentivou os nisseis,sanseis e ocidentais que nãoentendem japonês a ler a pu-blicação para conhecer me-lhor os acontecimentos dopassado e assim compreendero presente para projetar umfuturo melhor. “Os nikkeis têmque ler o livro por que nãosabem a verdadeira históriada colônia. Espero que mui-tos livros sejam vendidos”,avalia ele ao afirmar que apublicação é a vida dele.

A preparação do livro foifundamentada num cuidadosoe minucioso trabalho de pes-quisa e coleta de informações;entrevistas e relatos de imi-grantes protagonistas. São de-poimentos reais daqueles queviveram sonhos e tristezas en-

tre lágrimas e suor nesta tra-jetória que chegou aos 101ºanos de história. “Foi difícilentender se os depoimentossão verdadeiros ou mentiras”,revelou.

No livro o autor aborda erelata as situações dramáticase traumáticas do desmorona-mento dos três baluartes dacomunidade nikkei: a Coope-rativa Agrícola de Cotia(CAC); a Cooperativa Sul Bra-sil e o Banco América do Sul.Comenta também a verdadesobre os casos terroristas con-feridos à Shindo Renmei e ofuturo da comunidade nipo-brasileira.

Entre as autoridades queacompanharam o lançamentodo livro estava o embaixador

do Japão no Brasil, Ken Shi-manouchi que considera a obracomo uma das mais significa-tivas e que resgata com

apuramento a história da Imi-gração Japonesa no Brasil. “Éum trabalho que ficará marca-do por muito tempo. Os leito-res poderão resgatar e se apro-fundar na história; que cada umobserve a obra e a veja comoum marco das relações entreos dois países”, Ressaltou.

O presidente do Bunkyo,Kihatiro Kita, destacou o gran-de significado do livro paraaqueles que não tem acesso aojaponês. “O livro em portuguêscertamente será uma inestimá-vel contribuição para o futuroda comunidade nikkei do Bra-sil”, admitiu. Também acom-panharam o evento o cônsul-geral do Japão em São Paulo,Kazuaki Obe; o Presidente daFederação das Associações deProvíncias do Japão no Brasil,Akeo Yogui, entre outros.

O livro de 597 páginas estáa venda na sede dos JornaisNikkey Shimbun e Nippak(Rua da Glória, 332 – Liber-dade – São Paulo); nas livra-rias Takano, Tayodo (Sol), eFonomag e no Museu da Imi-gração Japonesa; ao custo deR$ 48,00. Ainda não há pre-visão da venda em outros es-tados. A publicação foi edita-da pela AGWM Editora eProduções Editoriais e im-pressa pela Editora GráficaTopan-Press.

Osamu Toyama – O autornasceu em Hamamatsu, pro-víncia de Shizuoka em 1941.Formou-se no Departamentode Ciências Políticas da Facul-dade de Direito da Universi-dade de Doshisha em 1965.Um ano depois veio para oBrasil como imigrante, depoisde trabalhar como repórter emum jornal de língua japonesaem 1982, foi editor da RevistaAgrícola Agro-Nascente quefundou com alguns colegas.Desde 1987 é jornalista autô-nomo.

Embaixador Ken Shimanouchi

O cônsul Kazuaki Obe e o embaixador com Osamu Toyama

JORNAL NIPPAK

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São Paulo, 21 a 27 de agosto de 2009 JORNAL NIPPAK 7

Canto doBacuri

FRANCISCO HANDA

Pelas frestas de minha janela

Um fio de vento ligeiro penetra

Pela sala inteira levantando poeira

Poeira de nossas lembranças e tristezas

Que nesta solitária cela da manhã fresca

De outono, nem as paredes ocultam

A vergonha da mente revelada.

Na perversão dos sentimentos

Toda ordem alterada

O louco ri dos homens sérios

Que comungam do senso comum

Polindo sapatos ensaia caretas

Para a secretária.

Nada muito profundo no fundo

Do jornal diário um anúncio qualquer

“pílulas para rejuvenescimento”

da potência perdida

da indústria falida

da mulher que se fora.

Ela se foi fazer terapia

Numa clínica de massoterapia.

Quando a claridade chega

Nesta minha sala mesma

Vai retirando de minh’alma

(Se realmente tenho uma?)

A incerteza subjetiva

Subterrânea como uma história mítica

Que nos persegue mais que fugimos dela

Para acordar de um sonho

Para acordar num outro sonho

Que pensamos ser verdade.

Para muitos

Para se enxergar bem

Usa-se óculos de grau.

Para outros

Apenas fecham os olhos

Tal qual os cegos de minha rua

Jamais perdem o caminho

O mesmo caminho de sempre

As mesmas pedras

No meio do caminho.

Assim, a manhã vai surgindo

Nos encontros das esquinas

De olhares cruzados

Café com leite paulistano

Dos passos apressados

Para lugar algum

No labirinto das contradições

Do amor que ficou atrás

Ainda assim continua acreditando

Neste sonho irreal

No amor que nunca teve.

Manhã outonal

[email protected]

COMUNIDADE

Inauguração de Centro Socialmarca nova etapa do Enkyo

Um clima de emoçãomarcou a inauguraçãodo Centro de Assistên-

cia Social Enkyo (Beneficên-cia Nipo-Brasileira de SãoPaulo), no último dia 15. Afi-nal, o sonho ganhava contor-nos de realidade. E a cerimô-nia, que contou com a presen-ça de algumas das principaislideranças da comunidade evárias autoridades, como ocônsul geral do Japão em SãoPaulo, Kazuaki Obe, e a con-sulesa, Eiko; o deputado fede-ral William Woo (PSDB-SP);o deputado estadual Helio Ni-shimoto (PSDB); os vereado-res Jooji Hato (PMDB) eUshitaro Kamia (DEM); o pre-sidente do Bunkyo (Socieda-de Brasileira de Cultura Japo-nesa e de Assistência Social),Kihatiro Kita; o presidente daJica (Japan International Coo-peration Agency) ToshimichiChisaka; o presidente da Câ-mara de Comércio e IndústriaJaponesa do Brasil, MakotoTanaka; o presidente doKenren (Federação das Asso-ciações de Províncias do Ja-pão no Brasil), Akeo Yogui; opresidente da Aliança CulturalBrasil-Japão, desembargadorJô Tatsumi; o ex-prefeito deMogi das Cruzes, Junji Abe eo ex-vereador Aurélio Nomu-ra, entre outras, teve direito a“surpresas”, como a outorgado título de Cidadão Paulista-no ao presidente do Enkyo,Ignácio Tadaysohi Moriguchi– numa iniciativa do vereadorJooji Hato – além de uma ho-menagem das entidades nikkeiao anfitrião. Foram prestadashomenagens ainda a ex-dire-tores, médicos, ex-funcionári-os, associados, conselheirosregionais e a entidades cola-boradoras do Enkyo.

Com a inauguração do Cen-tro de Assistência Social, a en-tidade coroa os seus 50 anosde atividades dedicados à as-sistência social e médica, queteve início em 28 de janeiro de1959, com o nome de Associa-ção de Assistência aos Imigran-tes Japoneses, história lembra-da pelo atual presidente.

“Registra a história que nocomeço havia apenas um amesa, um telefone e uma pes-soa para atender. Início mo-desto, mas movido pelo espí-rito de compaixão e amor aopróximo. Na memória dos ide-alizadores desta entidade, ain-da permanecia bem viva alembrança das agruras vividascomo pioneiros do movimen-

to migratório”, discursouIgnácio Moriguchi, lembrandoque, “com o aumento das uni-dades de atendimento são ne-cessários mais recursos finan-ceiros”. “A busca de uma fon-te de receita dá origem aoHospital Nipo-Brasileiro, quemantém atendimentopediátrico gratuito à popula-ção da favela do Parque NovoMundo, além de sustentar asatividades do Amami, que tempor objetivo atender 90 crian-

ças carentes da Vila Carrão,em convênio com a Prefeitu-ra Municipal de São Paulo”.E finalizou destacando que “afilosofia que sempre norteouo Enkyo teve como base oamor ao próximo”. “Umailustração utilizada nas publi-cações no passado tinha umapalma da mão protegendo achama de uma lamparina paranão se extinguir com o vento.Este é um compromisso querenovamos, de manter sempre

acesa esta chama de amor aopróximo”, disse.

Estímulo – Em entrevista aoJornal Nippak, Ignácio lem-brou que a data da inaugura-ção – 15 de agosto – “repre-senta para os antigos uma cer-ta tristeza porque lembra o tér-mino da Segunda Guerra”.“Mas por outro lado significa onascimento de um novo Japãoque nós vemos hoje que, ape-sar de pequeno geograficamen-te, influencia as grandes na-ções”. “E o Enkyo simbolizaesse novo horizonte, cercado decarinho e confiança”, disse opresidente, acrescentando que“devido à crise financeira, nãotivemos o apoio que queríamos,mas cada valor depositado ser-ve de estímulo para nós”.

Segundo ele, do total previs-to para a construção – R$ 13milhões – o Enkyo dispunha deR$ 11 milhões e através de umacampanha foram arrecadadosos R$ 2 milhões que faltavam.O novo prédio, localizado naRua Fagundes, 121 (entre asestações São Joaquim e Liber-dade), tem cerca de 6 mil me-tros quadrados e abrigará ossetores administrativo, social emédico que darão suporte àsatividades do Enkyo.

Ignácio disse que as obrasdevem ficar totalmente pron-tas até o final de setembro.“Até novembro deste ano de-vemos estar em pleno funcio-namento”, afirmou.

(Aldo Shiguti)

Festa da inauguração e dos 50 anos teve direito a bolo e parabéns pra você puxada por Mariko Nakahira

JORNAL NIPPAK

A Comissão do Prêmio Ki-yoshi Yamamoto programoupara este sábado (22), a partirda 14h, no Salão Nobre doBunkyo (Sociedade Brasileirade Cultura Japonesa e de As-sistência Social), a cerimôniade lançamento do livro “His-tória do Prêmio Kiyoshi Yama-moto”.

Para a mesma ocasião,convidou dois especialistaspara proferir palestras, em lín-gua japonesa, sobre temas li-gados à agricultura: Takanori

Suzuki e Katsuya Araki.O livro “História do Prêmio

Kiyoshi Yamamoto” reúne in-formações sobre as personali-dades que se destacaram emdiferentes setores da agricul-tura e foram reconhecidoscom esse prêmio.

Trata-se de uma ediçãobilíngue (japonês/português), de400 páginas, enfocando os 124premiados, no período de 1965a 2008. Completa essa docu-mentação vários textos sobredeterminados episódios da his-

LITERATURA

Bunkyo lança História do Prêmio Kiyoshi YamamotoDIVULGAÇÃO

tória da agricultura desenvolvi-da pelos imigrantes japoneses.(do site do Bunkyo:www.bunkyo.org.br)

LANÇAMENTO DO LIVRO “HISTÓRIA DO

PRÊMIO KIYOSHI YAMAMOTO” EPALESTRAS SOBRE AGRICULTURA

DIA: 22 DE AGOSTO DE 2009, SÁBADO,ÀS 14H

LOCAL: SALÃO NOBRE DO BUNKYO, NA

RUA SÃO JOAQUIM, 381 – 2º ANDAR –LIBERDADE – SÃO PAULO

ESTACIONAMENTO – RUA GALVÃO

BUENO, 540 - LIBERDADE

FRASES

“O Enkyo é para o Bunkyo como se fosse um irmão maisnovo e que nesses 50 anos encontra-se em uma fase deplena maturidade. Essa inauguração é uma prova inequívo-ca de sua eficiência”(Kihatiro Kita, presidente do Bunkyo)

“A saúde continua sendo uma das minhas prioridades. Te-nho uma emenda em andamento no valor de R$ 100 milpara ajudar no término das obras”(Helio Nishimoto, deputado estadual)

“Fiquei bastante emocionado ao conhecer os serviços ofe-recidos pelo Enkyo. São ações que não podem ser ex-pressas em palavras”(Kazuaki Obe, cônsul)

“Nesse momento difícil pelo qual atravessam os políticos,nós nikkeis levamos uma vantagem graças a imagem cons-truída pelos imigrantes e que o Enkyo carrega nesses 50anos”(William Woo, deputado federal)

“Os imigrantes japoneses não tiveram atendimento médicoe hoje nós temos dois hospitais de referência”(Jooji Hato, vereador)

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São Paulo, 21 a 27 de agosto de 2009 JORNAL NIPPAK 9

COMUNIDADE

Com ‘Ametista’ como novidade, 18ª Expo Aflordespera receber cerca de 40 mil visitantes

AAssociação dos Floricultores da Região daVia Dutra (Aflord) re-

aliza nos dias 22, 23, 29, 30Agosto e 5, 6 e 7 de Setembroem Arujá (38 quilômetros deSão Paulo) a 18ª edição daExpo Aflord. Durante três fi-nais de semana os visitantesterão a oportunidade de conhe-cer uma grande variedade deflores e plantas produzidas naregião da Via Dutra. Ao mes-mo tempo também poderãocomprar os produtos com qua-lidade superior do que a dosvendidos nos supermercados,bem como a preços abaixo dospraticados no mercado.

De acordo com o respon-sável pelo marketing da ExpoAflord, Luis Kei Takanashi, anovidade este ano será a ven-da da popular Ametista, flor deorigem africana que recebeuesse nome devido à cor dassuas delicadas flores lembrarda pedra ametista – lilás escu-ro. Com tamanho que pode al-cançar em torno de 50 cm,plantada no vaso ou no jardim,ela floresce praticamente oano todo, tendo um curto in-tervalo entre uma floração eoutra. Essa flor rústica quecresce na vertical é apropria-da para qualquer lugar ou jar-dim na cidade. Cada vaso serávendido a um preço em tornode R$ 6,80.

Para alegrar o ambientecolorido por milhares de flores,distribuídas em uma área co-berta de 2.000 m², uma pro-gramação de shows da cultu-ra japonesa foi preparada pelacomissão organizadora para ossete dias do evento, entre elasexposição de flores; a apre-sentação do Oriental Magic

Show; do Shamisen Infantil deArujá; Taikô de Atibaia e Su-zano; Koteki – grupo deGuaianazes; e outras. Alémdisso, os visitantes poderão ain-da degustar as delícias de pra-tos da culinária japonesa.

Antes da gripe LH1N1(suína) Luis Takanashi infor-mou que a expectativa de pú-blico para o evento era de 40mil pessoas, porém apesar denão fazer a mesma previsãoanterior por conta do problema,

espera um público perto do to-tal anunciado. “O público femi-nino com idade entre 36 e 45anos representa 77% dos visi-tantes. Durante a exposiçãoserá distribuído álcool gel paraas pessoas fazerem sua higie-ne pessoal, e folhetos explicati-vos sobre como as pessoas de-vem se comportar”, destaca.

Segundo Luis Takanashi oobjetivo da Expo Aflord é di-vulgar os produtos dos 77 pro-dutores de várias cidades pró-

Atrações culturais também fazem parte da programação do evento

DIVULGAÇÃO

res, uma vez que a química podedanificar o trabalho. Somentesão permitidas as tintas aqua-rela e pastel seco. O curso teráuma de R$ 3,00.

Aflord – Fundada em dezem-bro de 1981, a Associação dosFloricultores da Região da ViaDutra (Aflord) foi criada porKatsuya Araki com objetivo dereunir os diversos produtoresque mantinham propriedadesàs margens da Rodovia Presi-dente Dutra para trocar infor-mações sobre cultivo, comer-cialização e padronização dosprodutos, além de facilitar oacesso à assistência técnica.Atualmente a entidade é com-posta por 77 produtores dascidades de Arujá, Biritiba Mi-rim, Guararema, Jacareí, Mogidas Cruzes, São Jose dos Cam-pos, Taubaté, Santa Isabel,Guarulhos e Arujá. A associa-ção tem como principalexponencial de seu trabalho aExpo Aflord. Biritiba Mirim,

Os produtores da Aflord,em geral, não praticam a ven-da direta ao consumidor. A dis-tribuição é feita principalmen-te através do Ceasa de Cam-pinas, da Ceagesp de São Pau-lo, do Ceasa de São José dosCampos e de Gardens em Gua-rulhos, São José dos Campos,Tremembé e São Paulo.

(Afonso José de Sousa)

18ª EXPO AFLORDQUANDO: 22, 23, 29 E 30 DE AGOSTO

– 5, 6 E 7 DE SETEMBRO

HORÁRIO: 8H30 ÀS 18HONDE: AVENIDA PL DO BRASIL, KM 4,5,FAZENDA VELHA – ARUJÁ – SÃO PAULO

INFORMAÇÕES: (11) 4655-4227 / 1928OU SITES WWW.EXPOAFLORD.COM.BR //WWW.AFLORD.COM.BR

COMUNIDADE

Público lota o grande auditório do Bunkyo para assistir o show “Melodias Imortais”O grande destaque do show

“Melodias Imortais - Cançõesque tocam na alma japonesa”,realizado no último dia 16 deagosto no Grande Auditório daSociedade Brasileira de Cultu-ra Japonesa e de AssistênciaSocial (Bunkyo) foi a cantoraYoko Abe interpretando “Tremdas Onze” de Adoniran Bar-bosa. Ela participou do eventojunto com 55 outros artistas. Aapoteose foi outro fato marcan-te e comovente com a apre-sentação de todos os artistas

reunidos cantando o grandesucesso de Misora Hibari“Kawa No Nagare No YouNi”. Durante o evento váriascanções tradicionais e suces-sos do Japão foram interpre-tadas com a participação daOrquestra The Friends.

Yoko Abe é provavelmenteuma das cantoras mais antigasda comunidade nikkei em ativi-dade no Brasil e uma das pre-cursoras do rock no territóriobrasileiro. Ela começou suacarreira em 1958 gravando

“Sayonara” se aventurando poralguns rocks. Sempre amávele simpática, assistir as suasapresentações é sempre umprazer renovado. Para quemaprecia esse intercâmbio musi-cal, os karaokês da Liberdadesão uma boa sugestão.

“Melodias Imortais – Can-ções que tocam a alma japone-sa”, foi uma realização do Nik-key Shimbun e JornalNippak, com patrocínio doBanco Real – Grupo Santan-der e Roland.

ximas de Arujá associados daassociação e também incenti-var o hábito de cultivar florese plantas, bem como aproximara família à natureza. “Em 2009a previsão de consumo é de R$14,00 per capita por visitante,contra os R$ 13,90 de 2008.Na edição deste ano a expec-tativa é comercializar 70 militens, enquanto que em 2008foram comercializados 66 mil.Aproximadamente 80% doscompradores são mulheres e20% homens”, afirma. Duran-te a exposição, engenheiros etécnicos agrônomos permane-cerão na área de exposiçõespara orientar os compradoressobre como garantir maior du-rabilidade e a saúde dos pro-dutos adquiridos.

A entrada no evento é gra-tuita para menores de 8 anos;idosos com mais de 60 anos eestudantes com carteirinha te-rão 50% de desconto, devendopagar R$ 7,50 na bilheteria, e aentrada para as demais pesso-as será de R$ 15,00, e o estaci-onamento R$ 8,00 por período

indeterminado. O pavilhão deexposições está localizado nacidade de Arujá com acessofácil ao local e bem sinalizado.

Arte Oshibana – A professo-ra de Arte Oshibana e artesãnissei diplomada no Japão,Mirian Sanae Ueda Tatsumi,ensinará nos dias 23 e 30 deagosto e 6 de setembro, técni-cas de como desidratar, pren-sar e montar quadros com aarte das flores. Segundo a pro-fessora que estudou a arte du-rante três anos no Japão, é pos-sível realizar trabalhos artísticoscom qualquer tipo de flor, po-rém afirma que cada uma temuma técnica de desidrataçãoprópria. Para se alcançar bonsresultados, Mirian Tatsumi falaque não usa qualquer materialquímico, apenas papel e enve-lope especiais (apenas encon-trados no Japão) para prensare guardar as flores. A cola, aocontrário do que se pensa, nãoé usada para fixar as flores noquadro. As tintas também de-vem ser mantidas longe das flo-

Praça de alimentação é uma atração à parte da Expo Aflord

FOTOS: JIRO MOCHIZUKI

Melodias Imortais - Canções que tocam a alma japonesa, reuniu mais de 50 intérpretes no Bunkyo

Evento contou com apresentação de música, dança e taikô (acima e embaixo)

Músicos da Orquestra The Friends abrilhantaram o evento Alexandre Hayafuji A pequena Aléxia Yoshida

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10 JORNAL NIPPAK São Paulo, 21 a 27 de agosto de 2009

EXPOSIÇÃO

Espaço Cultural BC apresentaobras de Reginaldo Araki

O Espaço Cultural BancoCentral apresenta, de 27 deagosto a 14 de setembro, emS]ao Paulo, a exposição Linhasao Vento, com obras deRAraki. Reginaldo YoshiyakiAraki é paulistano, fez curso dePintura com Fernando Villela eformou-se em Artes Visuaispelo Centro Universitário Be-las Artes de São Paulo.

Em 2007, participou do Pro-jeto Percursos, com o trípticoLinhas da Vida. Como escre-ve o arquiteto urbanista e inte-grante da Sociedade Paulistade Arquitetura Contemporâ-nea, Rafael Silva Bento Gui-marães: “O conjunto de obrasé a conseqüência da ação hu-mana combinada com o ven-to. Esta produção é resultadode uma performance artística,registrada através de telas querepresentam a harmonia dascores. A ousadia desta mani-festação artística retrata umadas paixões da nossa socieda-de, local onde todos se tornamiguais, formando uma imensamancha viva, que se movimen-ta como o vento ao balançaras bandeiras na arquibancada.A ânsia de que esta harmoniaatingida pelas obras se trans-mita para os torcedores, embusca de espetáculos mais be-

los e pacíficos”.Inspirado na composição

cromática dos times de fute-bol, o artística RAraki desen-volve um trabalho contempo-râneo, onde a liberdade dosgestos é marcada pela sinuo-sidade das linhas.

Os dez trabalhos de150x100cm consistem na temá-tica dos times: Brasil, São Pau-lo, Palmeiras, Barcelona, Sport-PE, Bahia, Portuguesa, Grêmio,Corinthians e Fluminense. Se-guindo a mesma técnica, qua-tro trabalhos de 100x100 cmconsistem em expressar a pai-xão pelos mestres comoMatisse, Joan Miro, VicenteVan Gogh e Monet, lembrandoque não a forma das pincela-das, mas a gama de cores em-pregadas em suas obras.

EXPOSIÇÃO: LINHAS AO VENTO, DE

REGINALDO YOSHIAKIYAKI ARAKI

ABERTURA: 26 DE AGOSTO, DAS 18H ÀS

22H

EXPOSIÇÃO: 27 DE AGOSTO A 14 DE

SETEMBRO. DE SEGUNDA-FEIRA A SEXTA-FEIRA (EXCETO FERIADO), DAS 10 ÀS 16H

ONDE: ESPAÇO CULTURAL BANCO

CENTRAL (AV. PAULISTA, 1.804, TÉRREO.INFORMAÇÕES PELO TEL.:11/3491-6916 / [email protected]

WWW.BCB.GOV.BR

DIVULGAÇÃO

Mostra ficará aberta ao público até 14 de setembro em São Paulo

BELEZA E SAÚDE

Onodera lança novo tratamentocontra celulite a partir de setembro

A Comissão de Artes doBunkyo (Sociedade Brasileirade Cultura Japonesa e de As-sistência Social) divulgou osartistas premiados na GrandeExposição de Arte Bunkyo.No total, 185 artistas se inscre-veram e 462 obras foram re-cebidas. Deste total, 297 tra-balhos foram selecionadospara exposição, que contarácom a participação de 164 ar-tistas - a Grande Exposição deArtes Bunkyo ocorre entre osdias 24 de outubro a 8 de no-vembro, com entrada franca.

Dentro das categorias, fo-

ARTES

Bunkyo divulga premiados naGrande Exposição de Arte

ram selecionadas 71 obras deArte Contemporânea, 99 deArte Biten (ou Figurativa) e 127de Arte em Craft. As obraspremiadas com a Medalha deOuro foram: Artes Plásticas –Biten: Kayoko Abe Sugahara,com “Cento e uma conchas”;Artes Plásticas – Contemporâ-neo: Nilson Sato, com “Algu-ma Coisa Acontece I, II e III”;Arte em Craft: Takako Naka-yama, com “Série Gaiola”.

A relação completa dasobras selecionadas e premiadaspodem ser conferidas no site doBunkyo (www.bunkyo.org.br)

Obra premiada com a Medalha de Ouro na categoria Biten

DIVULGAÇÃO

Apartir de setembro des-se ano, estará disponí-vel em todas as unida-

des da rede Onodera oPowerShape, um novo trata-mento contra celulite, flacideze gordura localizada. Abdô-men, braços, bumbum e a par-te posterior e interna da coxasão os lugares mais indicadospara o uso do novo aparelho.

Segundo o dermatologistaDr. Abdo Salomão Jr. “oPowerShape é sem dúvida al-guma um aparelho com o quehá de mais moderno em trata-mento estético. Além da tec-nologia utilizada, o aparelhotambém é versátil. Pode sermuito bem aproveitado paradiferentes finalidades”.

De acordo com o especia-lista, a radiofrequência combi-nada com a sucção a vácuoprepara a pele para a aplica-ção do laser. “A pele fica maislisa e uniforme, facilitando apenetração do laser até a ca-mada da gordura. O calor pro-vocado pelo laser faz com queas células de gordura se des-truam, enquanto as fibras decolágeno, que são responsá-veis pela sustentação da pele,se multipliquem”, esclareceDr. Salomão.

O PowerShape, trazido aoBrasil pela LMG Lasers, tam-bém pode ser associado a ou-tros procedimentos oferecidospela Onodera. Manthus,Onoplus, Cel Lyse eOnolinfática são alguns exem-plos que podem ajudar a com-por o programa de tratamen-to. Conforme Dr. Salomão“primeiro os clientes passampor uma avaliação personali-zada gratuita com uma de nos-sas consultoras, para identifi-car quais tratamentos devem

oito unidades em outras capi-tais brasileiras: Aracaju, BeloHorizonte, Goiânia, Florianópo-lis, Palmas e Rio de Janeiro,além de Porto Alegre comduas unidades. Em breve se-rão inauguradas novas unida-des em Jundiaí e Belém.

“Quando comecei em umpequeno espaço na academiade judô do meu marido, nobairro da Aclimação, em SãoPaulo, eu não tinha um projetotão ambicioso assim. Mas sem-pre tive determinação em ofe-recer novidades aos meus cli-entes, com um atendimentodiferenciado e com profissio-nais extremamente competen-tes. Os melhores do mercado.Acredito que essa combinaçãojustifica o sucesso da nossaclínica” comenta a proprietá-ria Edna Onodera, acrescen-tando que “a Onodera é reco-nhecida por trazer ao país, emprimeira mão, muitos aparelhosde última geração usados emprocedimentos estéticos”.

Outra vantagem daOnodera, além de contar comum Centro de Pesquisa pró-prio onde trabalha uma equipede médicos altamente qualifi-cados, incluindo nutricionistase fisioterapeutas, é que a rededesenvolve produtos de usoexclusivo para tratamentos quea clínica oferece, como os cre-mes utilizados nas massagens.As conclusões obtidas atravésdos próprios estudos garantemaos clientes da Onodera umtratamento diferenciado comresultados muito melhores.

(Luci Júdice Yizima)

ONODERA: AV. ACLIMAÇÃO, 750,ACLIMAÇÃO - SÃO PAULO (SP)FONE: (11) 3277-8933SITE: WWW.ONODERA.COM.BR

ser aplicados e fazer parte doseu programa. E, antes deiniciá-lo, recebem também ori-

entação médica e nutricional”.No entanto, o médico ad-

verte que “gestantes, mulheresque têm próteses de silicone,com marca-passo cardíaco ecâncer sistêmico não podem sesubmeter ao aparelho. Suaaplicação também é proibidasobre tireóide e áreas do cor-po onde o cliente fez preenchi-mento cutâneo definitivo”.

Rede Onodera – A Onoderaé a mais tradicional rede bra-sileira de clínicas de estética etem 45 unidades distribuídaspelo país. São 37 no estado deSão Paulo, entre capital, gran-de São Paulo e interior, e mais

Sabrina Parlatore utiliza o aparelho em uma das unidades Onodera

DIVULGAÇÃO

A proprietária Edna Onodera

O Ministro do Japão TatsuoArai partirá de Brasília na pró-xima segunda-feira (dia 24)para Portugal onde assumiráum novo posto na Embaixadado Japão naquele país. Suamissão inicial em Portugal seráa comemoração dos 150 anosdas Relações Japão-Portugalde 2010, onde acredita que suaexperiência fundamental noBrasil será de grande utilidadena condução do seu novo tra-balho.

Os grandes momentos doseu trabalho no Brasil após suachegada em 2007 foram o Anodo Intercâmbio Japão-Brasil eo Centenário da Imigração Ja-ponesa comemorados no anopassado. Ao longo das celebra-ções e através do seu contatocom os brasileiros Tatsuo Araiteve a oportunidade de sentirpessoalmente a essencial rela-

ção entre os dois países e a in-tensa afinidade dos dois povos.

Percebeu também o pro-missor futuro do relacionamen-to das duas nações diversifi-cado nos diversos setores eco-nômico e cultural. “Foi commuita honra que me engajei narealização dos vários eventosalusivos à comemoração, cujoauge dos acontecimentos foi avisita do Príncipe-herdeiroNaruhito do Japão. Acreditoque tudo isso é um legado dagenerosa alma do povo brasi-leiro, afetuoso e alegre, sem-pre disposto a aceitar e com-preender o alheio”, destaca.

Seu sucessor no Brasil queserá Toshio Kunikata proce-dente de Honolulu é especia-lista em língua alemã, por issoTatsuo Arai pede o apoio detodos para ajudá-lo nessa novaempreitada.

DIPLOMACIA

Tatsuo Arai assumirá posto naembaixada de Portugal

A empresa Suzuka SupportLtda já apresentou a planta donovo prédio que será construídono Parque Industrial II. Ela pro-duzirá e exportará peças paraas japonesas Nissan, Mitsubishi,Toyota, Honda e outras. Alémdela, estão previstas a instala-ção de outras duas indústrias: aSankyo Support System, que

fará controle de qualidade, eoutra que será responsável pelafabricação de peças da parteinferior de veículos.

O diretor da Suzuka, MárioKatsumi Shimabokuro, ressal-tou que cerca de 250 empre-gos serão gerados. Vários equi-pamentos estão prestes a se-rem recebidos do Japão para oinício da primeira etapa da em-presa que começará as ativida-des nos próximos meses em umprédio cedido pelo município. Osprimeiros funcionários já come-çaram a ser contratados.

Incentivos foram ofereci-dos às indústrias como cessãode terreno, isenção de paga-mento de taxas e impostos.

(Shigueyuki Yoshikuni)

CIDADES/PROMISSÃO

Indústria japonesa se instalaem Promissão

Indústria Gráfica, localizada próximo ao metrô Altodo Ipiranga, disponibiliza vagas para compor quadrode funcionários.

Procuramos pessoas flexíveis, comunicativas e deiniciativa. Não é necessário experiência na área gráfica.

Assistente Comercial (1 vaga)Assistente Administrativo (1 vaga)

Entrar em contato com Akemi pelo tel: 5061-1130

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São Paulo, 21 a 27 de agosto de 2009 JORNAL NIPPAK 11

KENDÔ

Atletas da Seleção Brasileiradestacam união do grupoTreinando firme há dois

anos para o 14º Campe-onato Mundial, que será

realizado nos dias 28, 29 e 30de agosto, no Ginásio AdibMoysés Dib, em São Bernar-do do Campo, no ABC paulis-ta, os atletas da Seleção Bra-sileira prometem fazer bonitocom a torcida a favor. É a se-gunda vez que o País sediaráo evento mais importante damodalidade. A primeira foi em1982, que teve o Ginásio doIbirapuera, em São Paulo,como palco da competição.Desta vez, o evento reunirárepresentantes de 39 países,incluindo as delegações japo-nesa, coreana, norte-america-na e taiwanesa, consideradasas principais potências nestaarte marcial.

Segundo o técnico da equi-pe masculina, Roberto Someyao objetivo é estar entre os qua-tro finalistas. Para isso, o trei-nador aposta na união da equi-pe. “Estamos treinando juntoshá dois anos e o grupo atualmescla veteranos e novatos, oque facilita o entrosamento”,explica Someya, que participou,como atleta, do CampeonatoMundial realizado no Ginásio doIbirapuera, em 1982, quando oBrasil sagrou-se vice-campeão,feito que voltaria a repetir em1985, em Paris.

“O fato de lutar em casapesa, mas de forma positiva.Cada atleta está preparado paramostrar o seu melhor”, contaSomeya, admitindo que o Bra-sil encontra-se hoje num blocointermediário, ao lado de paísescomo Estados Unidos e Tai-wan. “O que tinha que ser feitojá foi feito. Agora, é só lapidar-mos a técnica e trabalharmoso aspecto emocional”, comen-

ta Someya, destacando quepara a fase final da preparaçãoa Confederação Brasileira deKendô convocou o técnico ja-ponês Shigeaki Migita, o mes-mo que comandou a equipebrasileira no Mundial de 82.

Para o técnico da equipefeminina, Tetsuya Yoshimura,a vinda de Migita é uma for-ma de “manter a identidade dokendô brasileiro próxima a dosjaponeses”, o que, em tese, sig-nifica estar entre os melhoresdo mundo. “Pode-se dizer queo Migita revolucionou o kendôbrasileiro, porque até entãopraticávamos um kendô anti-go. Ele deu padrão ao nossokendô”, afirma Yoshimura,lembrando que a concorrênciapara a formação da seleçãofeminina foi mais acirrada.

Para os atletas, o fator“casa” é importante, mas não

decisivo. “Cada um reage deforma diferente. No meu caso,será uma motivação a maisporque teremos apoio dos fa-miliares, dos amigos e dos co-legas de profissão”, destaca oagente da Polícia Federal JogiSato. Para ele, que parte paraseu sexto Mundial, a competi-ção terá um sabor ainda maisespecial porque será sua des-pedida como atleta. “EsteMundial no Brasil será minhasaideira e espero me despedircom o pé direito. Isso quer di-zer terminar entre os três pri-meiros colocados”, avisa Jogi,que debutou em Mundiais em1994, em Paris, e foi um dosdestaques do Brasil em 2003,em Glasgow.

Evolução – “De 82 para cá,o Brasil foi um dos países quemais evoluíram no cenário

mundial. E isso não só na mi-nha opinião como também naavaliação do próprio ShigeakiMigita, que considera a atualequipe tecnicamente melhorpreparada que aquela de 82”,diz Jogi, que, após encerrar acarreira, espera continuartransmitindo sua experiênciacomo técnico contribuindo ain-da mais para a evolução dokendô brasileiro.

Elzami Onaka também estáansiosa, mas por outro motivo.“Quando a gente luta fora doBrasil não costumamos prestaratenção na torcida, focamossomente no resultado. Não seicomo será competir com a tor-cida a favor”, conta. Para IzumiHonda, a pressão deve ser ca-nalizada de forma positiva.“Para superar as adversidadese fazer o melhor”, explica.

(Aldo Shiguti)

Atletas da Seleção Brasileira de Kendô já estão em contagem regressiva para o Mundial

DIVULGAÇÃO

SELEÇÃO BRASILEIRANome / Dan/ Idade / Profissão / Clube/ Competição em que participará / Adversários na fase de classificação

EQUIPE MASCULINA1) Jogi SATO (6º/36 anos/Agente da Polícia Federal/Bunkyo/Por Equipe/Argentina e Rep.Dominicana)2) Júlio Kenji TOIDA (6º/31 anos/Engenheiro/Seibukan/Por Equipe/Argentina e Rep.Dominicana)3) Ernesto Eisaku ONAKA (5º/30 anos/Empreendedor Agrícola/Santa Catarina/Por Equipe/Argentina e Rep.Dominicana)4) Edson Jundi TOIDA (5º/29 anos/Engenheiro/Seibukan/Individual/Noruega e Portugal)5) Coichi URANO (5º/28 anos/Engenheiro/Kokushikan/Por Equipe/Argentina e Rep.Dominicana)6) Ronaldo OMASA (4º/28 anos/Administrador/Bunkyo/Individual/Canadá e Hawaí)7) Alberto Massumi TAKAYAMA (4º dan/27 anos/Engenheiro/Mie/Individual e Por Equipe/Espanha e Macao/Argentina e Rep.Dominicana)8) Vitor Zen TACHIBANA (4º/26 anos/Fotógrafo Profissional/Bunkyo/Por Equipe/Argentina e Rep.Dominicana)9) Heiji Luiz KARIYA (3º/21 anos/Estudante de Ed.Física/Bunkyo/Por Equipe/Argentina e Rep.Dominicana)10) André Setsuo FUKAMIZU (3º/21 anos/Engenheiro/Bandeirantes/Individual/Malásia e Hawaí)Comissão Técnica: Kantoku: Roberto Someya (7º dan). Coach: Susumu Watanabe (7º dan),

EQUIPE FEMININA1) Elzami Miwa ONAKA (5º/29 anos/Profissional de Ed. Física/Santa Catarina/Por Equipe/Japão e Chile)2) Lílian Natsumi MIYAZAWA (5º dan/29 anos/Designer Gráfico/Rudge Ramos/Por Equipe/Japão e Chile)3) Izumi HONDA (4º/39 anos/Administradora/Santa Catarina/Por Equipe/Japão e Chile)4) Maria Carolina Kyoko TAKEUCHI (4º/30 anos/Produtora de TV/Mie/Por Equipe/Japão e Chile)5) Cristiane Lie TOIDA (4º dan/27 anos/Administradora/Seibukan/Por Equipe/Japão e Chile)6) Mariana Harumi TSUKAMOTO (3º/30 anos/Mestranda em Ed. Física/Bunkyo/Por Equipe/Japão e Chile)7) Érika Keiko ASHIUCHI (3º dan/28 anos/Administradora/Suzano/Individual e Por Equipe/França e EUA/Japão e Chile)8) Harumi SHIMOKAWA (2º/28 anos/Administradora/Bunkyo/Individual/EUA e Macao)9) Eliete Harumi TAKASHINA (2º/23 anos/Estudante Ed. Física/Londrina/Individual/Hawaí e China)10) Aline Lie KIMURA (2º/19 anos/Estudante/Mie/Individual/Finlândia e Holanda)Comissão Técnica: Kantoku: Tetsuya Yoshimura (6º dan). Coach: Masuaki Takahashi (6º dan)

A cidade de São Bernardodo Campo comemorou o ani-versário de 456 anos no dia 20de agosto. Como parte destascomemorações, a AssociaçãoCultural Recreativa e Esporti-va da Paulicéia (Acrepa), jun-tamente com a Liga Nipo-Bra-sileira de Tênis de Mesa, rea-lizou no último final de sema-na (16) a 7ª Etapa no GinásioCidade de São Bernardo doCampo Adib Moyses Dib.

Estiveram presentes na ce-rimônia de abertura, o deputa-do federal Walter Ihoshi(DEM-SP) e o secretário deEsportes de São Bernardo doCampo, José Luiz Ferrarezi.

Foram montadas 41 mesasde tênis de mesa na quadra doGinásio onde foram disputadasquase mil partidas. O eventoteve a participação de 550atletas de 40 clubes, escolas eassociações de todo o Estadode São Paulo, com destaquepara a delegação da Liga Valedo Ribeira.

Os atletas foram divididosde acordo com a idade e nível

técnico em 25 categorias mas-culinas e femininas. Destaquepara a atleta Bruna Takahashi(Acrepa), que venceu 5 Eta-pas neste ano (Coopercotia,Registro, Kosmos, Itaquera eAcrepa) na categoria Pré-pré-mirim feminino e para MauroMassaharu Thaira (Casa Ver-de), que venceu 4 Etapas (Tau-baté, Kosmos, Itaquera eAcrepa). A Acrepa, que dis-parou na liderança do Rankingde Clubes, ficou em primeirocom 16895,6 pontos; CasaVerde Okinawa, em segundolugar, com 12843,8 pontos e emterceiro lugar, Itaquera NikkeiClube com 9350,8 pontos.

No final do ano, os melho-res atletas de cada categoria eos melhores clubes do Rankingserão premiados na Festa deConfraternização da Liga.

Faltam apenas 3 etapas –Nippon (7/9), Ken Zen (4/10)e Itaim (15/11) – para encer-rar o ano.(Gilberto Murakami, diretor téc-nico da Liga Nipo-Brasileira deTênis de Mesa)

TÊNIS DE MESA

7ª Etapa reúne cerca de 550atletas em São Bernardo

Pré-Pré-Mirim Feminino: 1) Bru-na Takahashi (Acrepa), 2)Gabriella Kodama (Represa); Pré-Pré-Mirim Masculino: 1) EikeOnodera (Acrepa), 2) Bruno DaigoYamamoto (Piratininga); Pré-Mi-rim Feminino: 1) Leticia Nakada(Acrepa), 2) Allana Seino (ItaimKeiko); Pré-Mirim Masculino: 1)Andre Yutaka Matsumura(Colonia), 2) Matheus Nagano(Represa); Mirim Feminino: 1)Jessica Iseri (Ken Zen/Carrão), 2)Mika Yokota (Parque Edu Cha-ves); Mirim Masculino “A”: 1)Daniel Hoshi (Itaim Keiko), 2)Lucas Coppini (Bunka Sbc/Saú-de); Mirim Masculino “B”: 1)Kaito Tanikawa (Parque Edu Cha-ves), 2) Guilherme Nascimento(Bunka Sto André); Infantil Fe-minino: 1) Lumi Matsumura (Co-lônia), 2) Luana Cristina (DarumaTaubaté); Infantil Masculino“A”: 1) Luan Anduta (Acrepa),2) Giovanne Castro (Represa);Infantil Masculino “B”: 1) ErickNisiyama (Kosmos), 2) JonathanFrancisco (Bunka SBC/Saúde);Geral Feminino: 1) Viviane Coga(Acrepa), 2) Rafaela FerreiraXavier (Piratininga); JuvenilMasculino “A”: 1) Mauro Mas-saharu Thaira (Casa Verde), 2)Jonas Diniz (Daruma Taubaté);Juvenil Masculino “B”: 1) Rodri-go Noguti (Liga Vale Do Ribeira),2) Gustavo Kinoshita (Nippon);Juventude Masculino: 1) Rodrigo

Confira os campeões e vices da 7ª EtapaCabral (Daruma Taubaté), 2) Fer-nando Pimentel (Bunka SBC/Saú-de); Adulto Masculino “A”: 1)Luís Lourenço (Bunkyo), 2) Mar-cos Nagazawa (Bunka SBC/Saú-de); Adulto Masculino “B”: 1)Marcos Shiguetoshi (Acrepa), 2)Ricardo Chi (Med Sta Casa); Pré-Senior “A”: 1) Emersom Perira daSilva (Jandira), 2) Ricardo SusumuOyafuso (Casa Verde); Pré-Senior “B”: 1) Danilo Alves Jar-dim (Palmeiras), 2) Jean Dos Reis(Bunka Sto André); Senhores“A”: 1) Eloy Costa (Piratininga),2) Marcio Vespa (Bunka StoAndré); Senhores “B”: 1) ValmirVieira (Acrepa), 2) Alecio Zatti(Ken Zen/Carrão); Veteranos“A”: 1) Valmir Kazuhiro Kachiwa-zaki (Casa Verde), 2) RenatoDomenech (Acrepa); Veteranos“B”: 1) Shie Fang (Itaim Keiko),2) Yassumi Nakamatsu (Casa Ver-de); Pré-Ladies: 1) Marina YoshieTasato Oyafuso (Casa Verde), 2)Eliane Avanso (Ipê); Ladies: 1)Leiko Moribe (Nippon), 2) TaekoOgaki (Acebon); Super-Vete-ranos: 1) Décio Shikasho (ItaimIluminação), 2) Marcos Takaki (Pi-ratininga); Elite: 1) Ricardo IssaoIto (Nipo Jundiaí), 2) Roberto Ya-mamoto (Piratininga)

TROFEU EFICIÊNCIA: 1) Acrepa(2568,0), 2) Casa Verde (1464,0),3) Piratininga (1224,0), 4) DarumaTaubaté (1140,0)

KARATÊ

Vice-campeã busca patrocíniopara disputar o Pan-americano

Maria Luiza Perei-ra Nunes, de 16 anos,tornou-se vice-cam-peã de karatê no Cam-peonato Brasileiro Ju-venil e Juniores, reali-zado em Cuiabá (MT),no início de agosto.Com vaga garantidapara disputar o Cam-peonato Pan-america-no Juvenil e Junior,que acontece em ElSalvador, de 1 a 6 desetembro, a atleta pre-cisa, agora, de um pa-trocinador.

O técnico RovilsonJosé do Nascimento,que acompanhou Ma-ria Luiza até Cuiabá, está bus-cando apoio de empresários eautoridades que patrocinem aviagem dos dois para a Améri-ca Central, caso contrário avice-campeã perde a oportuni-dade de competir no Pan-ame-ricano de 2009. A karateca e otécnico, que são da cidade deCarmo do Rio Claro (MG), con-taram com apoio da prefeitura,que arcou com o custo das pas-sagens para Cuiabá. “Podemosutilizar banners ou parte doquimono da atleta para fazerdivulgar o patrocínio”, disseRovilson ao jornal Nippak, lem-brando que Maria Luiza seapresentará na modalidadekatá.

Maria Luiza pratica karatêhá apenas dois anos e meio,

mas logo se destacou. Treinaduas vezes por dia e às 5h30,antes de ir para o colégio, jáestá no tatame. No final do dia,mais três horas de luta com-pletam seu preparo. Se con-seguir o primeiro ou segundolugares no Pan-americano,essa atleta da seleção brasilei-ra já estará classificada parao mundial e levará o nome doBrasil para Marrocos (África),local da competição.

Para o Pan-americano deEl Salvador, Rovilson e MariaLuiza precisam de US$ 5 mil,quantia que cobre as despesasde passagens, hospedagem ealimentação.

Interessados podem ligarpara (35) 9927-3547 ou (35)8821-1027

Maria Luiza é faixa roxa na categoria juvenil

DIVULGAÇÃO

Excluídos dos Jogos Olím-picos de 2012, em Londres, obeisebol e o softbol corre riscode ficar foram também do pro-grama olímpico de 2016. Emreunião realizada semana pas-sada em Berlin, na Alemanha,o comitê executivo do ComitêOlímpico Internacional (COI)decidiu indicar o golfe e o rugbyde 7 para as duas vagas aber-tas a partir dos Jogos Olímpi-cos de 2016.

Os dois esportes escolhidospela executiva do COI preci-sam agora ser ratificados naassembléia geral do COI, em2 outubro, em Copenhagen,quando 106 membros terão di-reito a voto. Na ocasião, seráescolhida também a sede dosJogos de 2016. Embora o anún-cio ainda não seja oficial, o pre-sidente da Confederação Bra-sileira de Beisebol e Softbol(CBBS) Jorge Otsuka, nãoestá muito otimista.

“O trabalho de marketingfeito em cima do rugby e dogolfe realmente foi muito for-

OLIMPÍADAS

“Quase” adequada à nova realidade, CBBS aguarda decisão do COInuição do número de paísesparticipantes, que passariam aapenas oito seleções dividasem dois grupos de quatro, eum calendário mais curto de jo-gos. Outra medida seria o cor-te nas delegações, que passa-riam de 30 membros para 20pessoas. E, para finalizar, obeisebol se comprometeria le-var os melhores atletas para asOlimpíadas.

Apesar de afirmar que“ainda resta uma esperança”,o presidente da CBBS prefe-re não alimentar ilusões. “Jáestamos quase enquadradosnessa nova realidade do bei-sebol brasileiro, que é trabalharsem os recursos da Lei Agnelo/Piva. Mas sem o status de es-porte olímpico a busca por pa-trocínio deve afugentar aindamais os patrocinadores, que jáestão escassos”, lamentaOtsuka, afirmando que aCBBS “voltou ao que era háseis anos, com os atletas temdo que bancar os custos”.

(Aldo Shiguti)

te, especialmente com o golfe,que teve o Tiger Woods comogaroto-propaganda”, admitiuOtsuka, lembrando que o Bra-sil tem direito a dois votos, como presidente do Comitê Olím-pico Brasileiro (COB), CarlosArthur Nuzman, e o presiden-te de honra da Fifa, JoãoHavelange.

Segundo o dirigente, tam-bém o beisebol também tentouseduzir o COI com algumas

mudanças, como avanços nostestes antidoping. Como formade reduzir os custos, a MajorLeague propôs a utilização deapenas dois estádios no lugardos quatro usados em Pequim.“A construção de estádios empaíses onde o beisebol e osoftbol não tem tradições sem-pre viram elefantes brancosdepois da realização dos Jo-gos”, admite Otsuka. A enti-dade também sugeriu a dimi-

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Jogadores e dirigentes de beisebol estão na “torcida”

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MÚSICA

45º Concerto aos Domingosapresenta recital de canto

AComissão de Músicado Bunkyo (Socieda-de Brasileira de Cul-

tura Japonesa e de Assistên-cia Social) apresenta recital decanto no 45º Concerto Bunkyoaos Domingos no dia 23 deagosto, às 11h, no PequenoAuditório. Esta edição terá aparticipação da soprano Tomo-ko Hirokawa e do pianistaWesley Lacerda.

Entre as canções do progra-ma estão Caro mio ben, de G.Giordani; Piangero la sorte mia(Cleópatra), Opera Giulio Ce-sare de G. F. Handel; Non midir, bell’idol mio (Donna Anna),Opera Don Giovanni de W. A.Mozart; Natsu no omoide eoutros de Yoshinao Nakata; Ah!Je veux vivre (Juliette), OperaRomeo et Juliette de C. Gounode Bel raggio lusinghier (Semi-ramide), Opera Semiramide deG. Rossini.

Natural da província de Ya-maguchi, no Japão, Tomokoestudou piano como hobby dos7 aos 17 anos. Formou-se eminglês na Ferris College forWomen e participou do CoralUniversitário da cidade de Tó-quio.

Em 1979, casou-se e veioao Brasil, e em 1981, passou aintegrar o Coral Piccolo deVozes Femininas, sob a regên-cia do Maestro Teruo Yoshi-da, onde permaneceu até 1998.

Em 2008, em comemora-

o projeto Ópera Portátil, cujoobjetivo é atrair novos públicoscom óperas curtas de conteú-do leve, traduzidas para o por-tuguês. Dentro deste projeto,apresentou, em 2006 e 2007,“La Serva Padrona”, dePergolesi, e, em 2008, “Bastiãoe Bastiana”, de Mozart. Em2009, realiza temporada com“Rita”, de Gaetano Donizetti.(do site do Bunkyo:www.bunkyo.org.br)

45º CONCERTO BUNKYOAOS DOMINGOSDATA E HORÁRIO: DIA 23 DE AGOSTO

DE 2009 (DOMINGO), ÀS 11H

LOCAL: PEQUENO AUDITÓRIO DO BUN-KYO – RUA SÃO JOAQUIM, 381 - 3º AN-DAR (PRÉDIO ANEXO) - LIBERDADE - SÃO

PAULO - SPENTRADA GRATUITA (COLABORE COM ADOAÇÃO DE 1 KG DE ALIMENTO NÃO-PERECÍVEL)INFORMAÇÕES: (11) 3208-1755 OU

[email protected]

ção ao centenário da imigra-ção japonesa, realizou apresen-tações no Centro de Conven-ções de Maceió e no TeatroApollo, em Recife.

Wesley Lacerda – Pianista,Wesley Lacerda é natural deSão Paulo. Graduado em Pia-no pelo curso técnico de músi-ca do Instituto Metodista Edu-cacional de Ribeirão Preto,classe da professora NaildaLins, iniciou seus estudos emSão Paulo, sob a orientação deOlivia Rosa Carnevale.

Desde 1995, tem se apre-sentado regularmente no Tea-tro Municipal de São Paulo,

dentro da série “Vesperais Lí-ricas”, acompanhando canto-res de renome dentro do ce-nário operístico, em obrascomo “Madame Butterfly”,“Don Carlo”, “Pagliacci”,“Cavalleria Rusticana”, “AFlauta Mágica”, “Idomeneo”,“Dinorah”, “Os Pescadores dePérolas”, “Don Pasquale”,entre outras. Além disso, tam-bém tem participado de apre-sentações em diversas salasde concerto em São Paulo,como Sesc Ipiranga, Teatro daFiesp, Sala da Funarte, Mube,Capela do Pátio do Colégio,entre outras.

Em 2006, o pianista iniciou

O pianista Wesley Lacerda e a soprano Tomoko Hirokawa

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Sob regência de Teruo Yo-shida e Deborah Rossi, ascoralistas do Paineira e do SãoLuis se apresentam neste domin-go (23), a partir das 15 horas, naParóquia São Luis Gonzaga (Av.Paulista 2378, próximo à esta-ção Consolação do metrô), noConcerto da Amizade. A pianis-ta será Lissa Kawashima.

No programa, músicas sa-cras, canções japonesas de

MÚSICA 2

“Concerto da Amizade” terácorais Paineira e São Luis

Yoshinao Nakada e outras dorepertório do Paineiras.

Atualmente o Coral Painei-ra ensaia no Coopercotia Atlé-tico Clube, todas as segundas-feiras, a partir da 14 horas.

Para o evento a entrada éfranca, mas as coralistas soli-citam contribuírem com ali-mentos não perecíveis que se-rão doados às obras assisten-ciais da Paróquia.

“Cada vez que ve-nho aqui sinto umaemoção diferente. Écomo se fosse a pri-meira vez”. A afirma-ção, em tom de despe-dida, é da cantora ja-ponesa Mariko Naka-hira, que retornou estasemana ao Japão de-pois de uma estadia de71 dias no Brasil. E aemoção não era paramenos. Nesse período,Mariko fez cerca de 60apresentações em suasexta passagem peloterritório brasileiro.

Para se ter umaideia de sua agendaextenuante, ela esteveem Tomé-Açú (PA) eem Porto Alegre (RS),passando pelas princi-pais cidades do interior paulis-ta. Às vésperas do embarque,Mariko deu uma “canja” nainauguração do Centro de As-sistência Social Enkyuo, no sá-bado (15), em São Paulo, e no35º Bazar Beneficente Ikoi-No-Sono, no domingo (16), em

Guarulhos.“Cada vez mais sinto que

o Brasil é um pedaço de mim.Quando vou embora, é comose estivesse me despedindoda minha terra natal. Por isso,prefiro dizer até breve”, dis-se Mariko, que guardará, emespecial, a conversa que tevecom os imigrantes pioneirosde Tomé-Açú. “Fiquei parti-cularmente encantada com osprodutores de pimenta-do-rei-no, o chamado diamante ne-gro da Amazônia”, revela acantora, que pretende trans-mitir para a sociedade japo-nesa “o que sentiu no Brasil etrazer novas emoções quan-do retornar”.

Condecorada pelo governojaponês por promover o inter-câmbio entre os dois países,Mariko Nakahira também pre-tende continuar levando con-forto aos brasileiros que se en-contram no Japão, que fica-ram ainda mais sensíveis de-pois da crise.

(Aldo Shiguti)

DESPEDIDA

Mariko Nakahira pretende levar“conforto” aos dekasseguis

A cantora Mariko Nakahira em ação

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O gibi Takinha e sua tur-ma, publicação da TakaokaEmpreendimentos, chega aoseu número 21 enfatizando otrabalho da Polícia MilitarAmbiental, que comemora 60anos. Para contar como é otrabalho desses profissionaisque ajudam a proteger e cui-dar do meio ambiente, os per-sonagens Flora e Silvestre,policiais militares ambientais,fazem uma visita à escola daturma do Takinha para mos-trar como eles atuam no dia adia.

Nos diálogos, algumas in-formações são passadas aosleitores, que muitos desconhe-cem. Como, por exemplo, queesses policiais têm formaçãoespecializada em assuntoscomo direito ambiental aplica-do à flora e fauna, políticaambiental, gestão de recursoshídricos, legislação, reconheci-mento de madeiras nativas,manejo de animais silvestres,entre tantos outros.

GIBI

Nova edição da revista “Takinha” enfatizatrabalho da Polícia Militar Ambiental

De carro, helicóptero e lan-cha, os personagens Takinha,Nika e Guga embarcam emuma aventura junto com aspatrulhas aérea, terrrestre eaquática para ver, deperto,como elas agem em cir-cunstâncias de crimes ambien-tais. O final reserva uma sur-presa à equipe da Polícia Mili-tar Ambiental e deixa a liçãomais que atual, que é a impor-

tância de se preservar a natu-reza e o papel fundamentaldesses policiais.

A revista – A revista em qua-drinhos Takinha e sua turma édistribuída gratuitamente nosresidenciais de Alphaville,Tamboré, Aldeia da Serra eescolas da região. Editada des-de meados de 2003 e produzi-da pelo Studio Cortez, já abor-dou diferentes assuntos educa-cionais, como: economia deágua, vazamentos, preserva-ção de florestas e de animais.Impressa em papel reciclável,a publicação é uma iniciativada Y. Takaoka Empreendimen-tos. Todas as edições do gibiestão disponibilizadas no sitewww.takaoka.eng.br para lei-tura ou impressão.

Capa de uma das revistas

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