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Ano 14 Ed 162 Nov 2013

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Jornal de Umbanda Sagrada

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  • Pgina - 2 Jornal de Umbanda Sagrada - Novembro/2013

    Diretor Responsvel: Alexandre Cumino - Tel.: (11) 5072-2112E-Mail: [email protected]: Rua Paracatu, 220 - Sala 1 -Jd. Imperial - So Paulo - SP

    Diagramao, Editorao e Arte: Laura Carreta - Tel.: (11) 9-8820-7972E-Mail: [email protected]

    Reviso: Marina B. Nagel CuminoE-Mail: [email protected]

    Diretor Fundador: Rodrigo Queirz Tel.: (14) 3019-4155 E-mail: [email protected]

    Consultora Jurdica: Dra. Mirian Soares de Lima Tel.: (11) 2796-9059

    Jornalistas Responsveis:Wagner Veneziani Costa - MTB:35032 Marina B. Nagel Cumino - MTB: SC-01450-JP

    expediente:

    uma obra filantrpica, cuja misso contribuir para o engrandecimento da religio, divulgando material teo-l gico e unificando a comunidade Umbandista.

    Os artigos assinados so de in-teira res ponsabilidade dos auto-res, no refletindo necessaria-mente a opinio deste jornal.

    As matrias e artigos deste jor nal podem e devem ser reproduzidas em qualquer veculo de comunicao. Favor citar o autor e a fonte (J.U.S.).

    Nossa capa:

    Produzida por: UMBANDA EU CURTOwww.facebook.com/umbandaeucurto

    O JORNAL DE UMBANDA SAGRADAno vende anncios

    ou assinaturas

    Aqui tem uma florA PALAVRA DO EDITOR

    CERTO DIA, Buda reuniu todos os seus discpulos e simpatizantes para um discurso, isso era bem comum, o ilu-minado homem costumava dar longos discursos, passou a vida apresentando sua filosofia, andando por vrios luga-res onde as pessoas se amontoavam para ouvi-lo. Suas palavras eram avi-damente esperadas pelos discpulos, sua argumentao era lcida e direta sempre que necessrio. Os momentos de discurso eram sempre momentos aguardados como encontros de refle-xo em que Sidharta Gautama dava conhecimento e transmitia sabedoria a sua comunidade.

    Mas, naquele dia, seria diferente. Estavam todos reunidos aguardando suas palavras, algo muito semelhante ao que fazia Jesus no monte das Olivei-ras, ento Buda chegou com uma flor na mo e no disse nenhuma palavra. No era um encontro de meditao, era um encontro de palestra, de doutrina, de ensinamentos e aprendizado, ento por que ele estava ali em silncio com uma flor na mo? E assim permaneceu durante horas. Seus discpulos ficaram em desconforto, tentando imaginar: o que ele queria dizer com aquela flor? O silncio muitas vezes faz as pessoas se sentirem constrangidas.

    Buda tinha entre seus discpulos homens que j eram considerados mestres de outros homens antes de se tornarem seus discpulos. Homens de mente gil, de raciocnio lgico e gil e muitos deles, ao ver a flor, comearam a filosofar e racionalizar o que repre-sentava esta flor e quais palavras po-

    deriam explicar a presena da flor. No entanto, houve um discpulo chamado Mahakasiapa que simplesmente sorriu e riu, o que deixou os outros discpulos mais constrangidos ainda. Sua risada era vista como uma falta de respeito pelos demais. Ao perceber isso, ele riu mais ainda, ele no precisava mais de discursos e argumentaes, ele sabia que, por mais que se explique, nin-gum entende o que no pode sentir. Para ele, era inclusive uma perda de tempo tanta filosofia, quando se po-deria apenas sentar e compartilhar o que no pode ser dito.

    E em meio ao silncio e ao cons-trangimento, a nica coisa que se ouvia eram as risadas de Mahakasiapa, ele no era um erudito, no era considera-do um mestre, no era filsofo e nem um argumentador, pelo contrrio, era um homem muito simples e rstico. Ento Buda foi at ele e lhe entregou a flor dizendo: Tudo que as palavras podem dizer, eu entreguei aos outros discpulos, o que as palavras no podem dizer, eu entrego a voc!. Acredita-se que assim nasceu o Zen Budismo, uma forma de iluminao repentina, uma transmisso especial, que est alm das palavras, o que se alcana apenas por meio da meditao, do silncio e da contemplao.

    A Flor representa o amor que est alm das palavras e representa a verdade ltima, sublime e divina, inalcanvel pela razo humana, mas que pode ser sentida e transmitida de mestre a discpulo. Os grandes msti-cos se consideram amantes de Deus,

    embriagados do sagrado, so homens que preferem, sempre, silenciar diante do ignorante, ao saber que nada pode explicar o que apenas possvel sentir.

    No dia 15 de Novembro de 1908, Zlio de Moraes foi levado a uma reu-nio esprita, onde estavam reunidos velhos senhores que seguiam o cdigo de Kardec, a cincia dos espritos, e an-tes mesmo de iniciar a sesso, Zlio de Moraes afirmou: Aqui falta uma Flor. Zlio vai ao lado de fora, busca uma flor e coloca na mesa, talvez a tenha colocado dentro de um copo de gua, ou dentro de uma jarra. E mais uma vez, na histria da humanidade, a flor cria desconforto e constrangimento. Assim como o amor cria desconforto a quem no o conhece, ou no tem a oportunidade de viv-lo.

    Enquanto a Cincia fala por meio da razo, da lgica e da filosofia, o amor fala por meio do sentimento, do canto e da poesia. Blaise Pascal diria que: O amor tem razes que a prpria razo desconhece. O amor no necessita de argumentao, o amor apenas para ser sentido. Por isso, no buscamos na Umbanda doutores ou filsofos entre nossos guias; buscamos o amor do caboclo, do preto-velho, da criana... e algo acontece quando estamos em sua presena, uma transmisso especial acontece, algo que realmente no temos como explicar por palavras, assim a Umbanda. Por isso aqui no falta uma flor, que graas a Olorum, Zambi ou Tup, foi trazida por Zlio de Moraes.

    ALEXANDRE CUMINO Contatos: [email protected]

  • Jornal de Umbanda Sagrada - Novembro/2013 Pgina -3

    Elementos de Magia e Oferenda

    RUBENS SARACENI - Contatos: [email protected]

    Texto extrado do livro do autor Doutrina e Teologia de Umbanda

    Sagrada - A Religio dos mistrios - Um hino de amor vida.

    Editora Madras

    NS, mentores responsveis pela linha do conhecimento do Ritual de Umbanda Sagrada, s vezes (muitas para ser fran-co), nos sentimos magoados com a falta de explicao acerca dos elementos de magia, pois ela de competncia dos pais e mes de Umbanda. Infelizmente, eles tm dedicado to pouca ateno a esse assunto, que muitos Guias de Lei (espritos atuantes na incorporao) sentem-se constrangidos quando tm de receitar certas obrigaes aos consulentes das tendas onde atuam.

    Sim, existe um descaso total nesse aspecto e isso tem dado farta munio aos adversrios religiosos da Umbanda, e mesmo do Candombl, pois esse desconhe-cimento de causa pelos prprios mdiuns os tm impedido de sustentarem suas prprias prticas medinicas, todas fundamentadas na movimentao de elementos mgicos ou magsticos.

    Mgico = movimentao de energiasMagstico = ativao de processos mgicos

    Quantos mdiuns no desconhecem o prprio significado das velas coloridas que acendem aos seus orixs? Quantos no desconhecem o porqu dos banhos de ervas ou de sal grosso? Quantos fazem oferendas, mas intuitivamente, porque desconhecem seus reais fundamentos? Quantos no cantam os pontos, mas sem convico ou vibrao, s porque desconhecem seus fun-damentos ocultos, seus poderes vibratrios e magsticos, e mesmo, seus valores rituais? Quantos, ao fazerem uma entrega, no se sentem constrangidos, pois desconhecem o real significado e valor simblico que eles tm pra quem os recebe? So tantas per-guntas semelhantes a estas que melhor pararmos por aqui.

    VAMOS AOS ELEMENTOS RITUAIS:Normalmente uma oferenda contm

    vrios elementos materiais que, primeira vista, parecem no ter fundamento. Mas na verdade, todos tm e so facilmente explicveis. Frutas, velas, bebidas, flores,

    perfumes, fitas, comidas, etc., tudo obede-ce a uma ordem de procedimentos, todos afins a que se destinam.

    Seno, vejamos:

    FRUTOS: so fontes de energias que tm vrias aplicaes no plano etrico. Cada fruta uma condensao de energias que forma um composto energtico que, se corretamente manipulado pelos espritos, tornam-se plasmas astrais usados por eles at como reservas energticas durante suas misses socorristas.

    As frutas tambm servem como fontes de energias sutilizadoras do corpo energti-co dos espritos e como densificadoras dos corpos elementares dos seres encantados regidos pelos orixs e que atuam na di-menso espiritual, onde sofrem desgastes acentuados, pois esto atuando num meio etrico que no o deles. Para efeito de comparao, podemos recorrer aos trabalhadores que manipulam certos pro-dutos qumicos e precisam ingerir grandes quantidades de leite para desintoxic-los, ou aos que trabalham em fornalhas e precisam ingerir grandes quantidades de lquidos para se reidratarem. Sim, os en-cantados so seres que, quando fora das suas dimenses de origem sofrem fortes desgastes energticos.

    E esse mesmo desgaste sofre os esp-ritos que atuam como curadores, quando doam suas prprias energias aos enfermos, tanto os desencarnados quanto os encarna-dos. certo que para si s, um esprito ou um encantado no precisa de alimento al-gum, ou mesmo da luz de uma vela. Mas os que atuam nas esferas mais densas sofrem esgotamentos parecidos com os mineiros que trabalham em minas profundas. E os que atuam como curadores doam tanto de suas energias que muitos precisam descansar um pouco aps socorros mais demorados junto aos enfermos.

    Rom, mamo, manga, uva, abacaxi, laranja, jabuticaba, pitanga, etc., fornecem energias que podem ser armazenadas

    dentro de frascos cristalinos existentes no astral e que, depois de armazenadas, basta aos seus manipuladores lhes acres-centar uma energia mineral que o conte-do do frasco transforma-se numa fonte irradiante, e inesgotvel, de um poderoso plasma energtico ao qual recorrero para curar espritos enfermos ou pessoas do-entes sempre que precisarem. Afinal, se fosse s para comer os frutos, para que um guia espiritual recomendaria ao seu mdium uma trabalhosa oferenda? Seria mais prtico ele comer na prpria casa do mdium ou ir a algum mercado, onde se fartaria de tantas frutas que neles existem, no mesmo?

    S que ningum atenta para isto: uma oferenda um ato religioso realizado no ponto de foras de um orix, que ir forne-cer ao esprito que trabalha com o mdium um de seus axs, utilizado de imediato, ou posteriormente, em trabalhos os mais diversos. Uma oferenda obedece a todo um ritual magstico, que por isso mesmo, ou feito religiosamente ou no passar de uma panaceia. Orix algum admite panaceias em seus campos vibratrios e domnios energticos (axs).

    Atentem bem para o que foi escrito aqui. S um desconhecedor dos procedi-mentos ritualsticos desconhece o funda-mento das oferendas rituais. Afinal, para que um exu de Lei perderia seu tempo acompanhando todo o ritual de entrega de algumas garrafas de marafo na terra? No seria mais lgico ir a uma destilaria e embriagar-se com os vapores etlicos, l emanados em abundncia?

    Existe toda uma cincia divina nos processos ritualsticos, e um exu de Lei a conhece muito bem, alm de saber manipu-lar as energias que extrair dos elementos materiais que lhe forem oferendados.

  • Pgina - 4 Jornal de Umbanda Sagrada - Novembro/2013

    PAI OXUMAR - Orix Csmico do AmorCARLA REAL - Contatos: [email protected] | http://zenreal.blogspot.com.br

    NOSSO AMADO PAI OXUMAR forma com Me Oxum a Linha do Amor, a se-gunda linha das 7 linhas da Umbanda, que so as sete irradiaes divinas de nosso Criador. O fator conceptivo da Me Oxum tem por funo conceber na vida dos seres tudo que neces-srio para suprir suas necessidades ntimas e o fator renovador do Pai Oxumar tem a funo de renovar o que j envelheceu ou perdeu sua funo original na vida do ser.

    Pai Oxumar um dos orixs mais conhecidos, entretanto, dentro da Umbanda, era o mais desconhe-cido, pois s cultuavam Me Oxum. Mas, aos poucos, esse amado Pai foi tomando seu lugar e se tornando conhecido entre os Umbandistas e co-meou a ser cultuado pelos mdiuns, mas infelizmente, ainda temos irmos que no estudam ou no podem es-tudar e desconhecem Pai Oxumar, perdendo assim a oportunidade de se ligarem com esse Pai e sentirem o poder dele em suas vidas. Dizem que Pai Oxumar um orix andr-gino, uma parte macho e outra parte fmea, isso no verdade, devemos observar e entender os mistrios Di-vinos como eles so e no com nossa viso humana limitada.

    Nosso amado Pai Oxumar de-

    MEUS AMIGOS E EU desenvolvemos um trabalho de caridade algumas vezes por ms, que consiste basica-mente na ajuda aos moradores de rua. Distribumos alimentos, roupas, cobertores para aplacar o frio Curiti-bano e tambm palavras de carinho e um pouco de conforto. Quando dividi a experincia com meus irmos de corrente, fiquei muito chateado quando um deles comentou comi-go: mas voc no sabe o que eles fizeram na vida passada, no pode tentar intervir no karma alheio. Ou-tros ainda se manifestaram dizendo: cuidado para no acabar pegando alguma coisa para voc, as pessoas que esto nessa situao de risco normalmente fizeram por merecer em suas vidas passadas. Aquilo baixou minha vibrao de tal modo, que tive muita dificuldade para alcanar a incorporao e auxiliar no passe, que naquele dia seria dado com a

    Uma vida umbandistaMAIKON OLIVEIRA - Contatos: [email protected]

    linha dos pretos-velhos. Isso s aconteceu quando percebi

    que uma das consulentes estava com os olhos inchados e imaginei que aquela irm realmente precisava de minha ajuda e no seria justo que, por problemas da terra, eu no deixasse minhas entidades trabalharem. Aos poucos, senti a aproximao de Pai Elias, e quando dei por mim, ele j estava abenoando e agradecendo quem o ajudava. No momento do atendimento da consulente, ele, aos poucos, foi tranquilizando e mostran-do a ela as coisas boas que tinha em sua vida, bem como esclarecendo os caminhos dos quais ela dispunha e de que forma poderia tirar o melhor proveito da situao, ainda que no se mostrasse assim to favorvel.

    No final da consulta, ele comeou a conversar comigo e o dilogo deu-se mais ou menos assim:

    - Fio, oc sabe por que os Pre-

    tos sempre consegue falar coisas boas? C sabe por que os Pretos sempre sabe mostrar as qualidade dos fio, essas mesma que ocs no consegue ver? C sabe por que os Pretos sabe espalhar tanta luz assim pros outros?

    - Pela sabedoria, meu pai? - Fio, oc t certo, mas num

    s isso, no. A gente s consegue passar pros outros o que a gente j tem dentro de ns. A gente s sabe ver no mundo o que sabe que j tem aqui dentro, por saber a grandeza que ser filho do Criador que a gente consegue passar esses sentimento pros fiozinho que vem conversar com ns. Fio ce acha que o que falaram pra voc hoje mentira? Acha que falaram errado quando falaram que oc no sabe o que os outros fiozinho fez nas outras vida?

    - Eu no sei, meu pai, eu s acho que a gente tem que ajudar.

    - Pois vocs dois to certo, fio. O irmozinho falou certo quando disse que num sabe o que os irmo fez na vida passada e oc t certo quando diz que tem que ajudar. Oc nunca vai saber o que os outros fez na vida passada, mas isso nunca pode ser usa-do de desculpa pra num ajudar. Oc j viu uma entidade perguntando pro fiozinho consulente se ele uma boa pessoa, antes dele sentar na frente do toco? Ningum pergunta para as almas se ela ajudou s quem merecia, ou se ela sabia do karma de quem ela ajudou. S vai pergunt aos fio: se ele tinha tanto oportunidade pra ajudar, se ele tinha tanta comida no prato e tanta roupa pra vestir, por que que ele no dividiu com os irmozinho? Oc no precisa saber o que o outro fez, s precisa saber que pode ajudar, isso j muito mais que suficiente. O fiozinho sempre gosta de repetir as palavras do sbio Caboclo que dizia: A umbanda

    sagrega as agregaes negativas que estejam atrapalhando a nossa evoluo e renova, com agregaes positivas que vo nos auxiliar em nossa caminhada evolutiva. Por isso, reafirmamos que o Orix da renovao contnua, em todos os aspectos e em todos os sentidos da vida de um ser. a renovao do Amor na vida das pessoas. E onde o amor cedeu lugar paixo, ou foi substitudo pelo cime, ento cessa a irradiao de Oxum e inicia a dele, que diluidora tanto da paixo quanto do cime, mui-tos casais recorrem a sua ajuda para renovar e reconstruir o amor, mas se o casal no se permitir, no se entender e continuar com os negativismos, en-to ele vai desagregar essa unio, vai renovar os dois para um novo amor, para uma agregao positiva.

    Pai Oxumar atua nas sete irra-diaes divinas, diluindo e renovando, ento dilui tambm a religiosidade desequilibrada e j estabelecida na mente de um ser e o conduz, emocio-nalmente, a outra religio, cuja dou-trina o auxiliar a evoluir no caminho reto. Renovao, eis a palavra chave que bem define o divino Oxumar que, em seu aspecto negativo, tem um mistrio escuro chamado por ns de Sete Cobras ou Sete Caminhos Tortuosos, que por onde transitam

    todos os seres que saram do caminho reto e entraram nos desvios da vida, que sempre conduzem aos caminhos da morte. (do livro: O Cdigo de Umbanda, de Rubens Saraceni, Ed. Madras).

    Pai Oxumar rege, tambm, sobre a sexualidade. Quando um ser se negativa no stimo sentido da vida e est com seu magnetismo sexual negativado e desequilibrado, seja se deixando guiar somente por suas necessidades emocionais ou instin-tivas (que nesse caso so negativas e obsessivas), formando agregaes somente para esse fim, ou quando se deixa guiar na paralisao aps sofrer alguma decepo no campo do Amor, se fechando e no se permitindo encontrar um novo amor, esse amado Pai atuar intensamente na vida des-ses seres, esgotando a sexualidade desequilibrada ou magneticamente paralisada. Ele tambm atua sobre a energia Kundaline, com suas ondas magnticas ondeantes. Se ela estiver acumulada e densificada ao redor do chacra bsico, ele esgota e dilui esses negativismos, reequilibrando esses seres, sutilizando as energias sexuais.

    Por isso aprendemos que sexo no est desvinculado do amor, como muitos pregam por a. Em uma relao

    Ponto de Fora:..................... Cachoeira

    Cores:..................................... 7 cores do arco-ris e Azul Turquesa

    Pedra:.................................... Fluorita ou furta cor

    Saudao:.............................. Ar bob (arroboboi), ou Salve, Sr. Das guas cristalinas

    Cor da Guia:........................... Preta e Amarela e Braj de Bzios

    incorporao dos esprito para a cari-dade. Fio, pois ento saiba que uma vida dentro da Umbanda no pode ser outra coisa que uma encarnao voltada para a caridade. E para fazer a caridade, num se precisa saber da vida dos irmo, s precisa estar ao lado no momento que se precise de ajuda. Se disponham s a ajudar e deixe que os julgamento vai ser tudo pesado na balana de pai Xang!

    Com essas palavras, meu amado guia se despediu de mim e dos irmos de nossa Casa Espiritual, fazendo com que, mais uma vez, eu, com lgrimas nos olhos, pudesse agradecer a oportunidade, no s desse contato com o mundo espiritual que minha religio me possibilita, mas tambm a oportunidade de aprender e evoluir com os irmos de nossa casa, encar-nados ou no.

    Adorei as almas. Sarav, Pai Elias! Salve a Umbanda!

    onde no tem o amor e s a necessi-dade instintiva e emocional, a energia Kundaline no flui para o mental e continuar estagnada e no ocorrer satisfao, o contentamento, a renovao de energia, tendo a sensa-

    o de vazio, de no preenchimento, de desgaste; a pessoa fica sugada energeticamente porque no ocorreu a reposio energtica que o Amor proporciona.

  • Jornal de Umbanda Sagrada - Novembro/2013 Pgina -5

    SER MDIUM significa que voc um ser humano, um esprito humano, en-carnado, dotado de dons medinicos, que seu esprito, por merecimento ou conquista espiritual, trouxe para a vida terrena para serem utilizados. Entretanto, longo o caminho de um mdium, talvez sem fim, ou, para alguns, sem propsito certo. Mas se formos falar do mdium de Umbanda em especfico, estreitamos o campo de atuao dentro de nosso campo de atuao enquanto religio ou sistema religioso, o qual direciona nossa me-diunidade para um propsito dentro dos pilares da religio.

    Muitos no entendem o que ser mdium de umbanda, pois ainda no entenderam o que ser um ser huma-no. Ou, se analisarmos ainda mais a raiz do problema, a pessoa em questo ainda no se conhece, no enraizou seu carter, sua personalidade e sua essncia. Esses quesitos so bsicos para uma evoluo, porm vejo, a todo instante, mdiuns pulando essa etapa e querendo de qualquer forma utilizar seus poderes medinicos para aju-dar ao prximo ou a si mesmos.

    Parasitas ovidesMASA INTELISANO - [email protected] | www.maisaintelisano.com.br

    RICARDO DI BERNARDI diz que sabemos serem espritos humanos que, pela manuteno de uma ideia fixa e doentia (monoidesmo), acabam estabelecendo uma vibrao de baixa frequncia e comprimento de onda longo que, com o passar dos anos, produz uma deformao progressiva no seu corpo espiritual.

    Ovoides so, portanto, espritos em estado de perturbao to profun-do que perderam a conscincia de sua natureza humana, perdendo tambm a forma humana de seu perisprito.

    Di Bernardi diz ainda que trata-se de um monoidesmo auto-hipnoti-zante. Ele vibra de forma contnua e constante, de maneira desequilibrada, gerando uma energia que gira sempre de maneira igual e repetida pelo mes-mo pensamento desequilibrado. Ao vibrar repetidamente na mesma fre-quncia e em desequilbrio com a Lei Csmica Universal, gera este circuito arredondado que o vai deformando e tornando-o ovide .

    Assim, a insistncia do esprito em, por auto-hipnose, reviver pen-

    samentos e sentimentos negativos, geralmente de apego, remorso ou vingana, faz com que perca a noo de tempo e espao, numa espcie de monoidesmo, fazendo tambm com que se deforme, aos poucos, atrofiando, por falta de funo, os rgos do psicossoma, assumindo a forma do crculo vicioso em que vive mentalmente.

    Ainda segundo Di Bernardi, este processo de ovoidizao ocorre por-que o perisprito (ou corpo astral) composto de molculas tambm, tal como o nosso corpo fsico. Por analogia, imaginemos as molculas do corpo astral como as molculas dos gases: elas so maleveis e se modificam ao sabor da presso, da temperatura e at do recipiente que contm o gs. As molculas do peris-prito so moldveis pelo pensamento e pelo sentimento, tomam formas, de acordo com a vibrao do Esprito. Assim, se tornam brilhantes, opacas, densas ou leves.

    Quando esses ovoides se ligam a uma conscincia, encarnada ou

    desencarnada, em especial, fica carac-terizado, ento, o processo obsessivo por parasita ovoide.

    Neste caso, a massa fludica em que se transformou o perisprito do desencarnado, envolve, sutilmente, o seu alvo e depois liga-se ou cola-se ao seu corpo, fsico ou perispiritual, distorcendo-lhe ideias, pensamentos, opinies e atitudes. Alm da influn-cia psicolgica, os parasitas ovoides agem tambm drenando as energias do obsidiado, podendo lev-lo at ao desencarne, caso seja encarnado.

    importante notar, no entanto, que a ligao do parasita ovoide com a sua vtima jamais acontece sem a aceitao ou permisso, ainda que inconsciente, da prpria vtima, pelo hbito de cultivar pensamentos de remorso, dio, egosmo, desejo de vingana, apego excessivo, etc. Em tudo, inclusive aqui, como vemos, est a sintonia, agindo como lei perfeita e autorregulvel, aproximando os se-melhantes, para que vivam no clima psquico que mais cultivam e com o qual se sentem mais familiarizadas.

    O recolhimento de um mdiumNIKOLAS PERIPOLLI - INSPIRADO POR SR. MATA VIRGEM [email protected]

    No vejo como mal esse querer, mas todo querer precipitado peri-goso, um grande inimigo do tempo, uma grande iluso da f e dos prin-cpios da Lei. Veja bem, uma cami-nhada, uma trilha no meio da mata fechada, tem que ser realizada com cuidado, com ateno, com respeito, porm, antes de se aventurar na mata, voc deve ao menos conhecer um pouco sobre o que uma mata fechada, seus perigos, como obter socorro imediato caso algum perigo lhe aparea e, acima de tudo, tem que saber onde quer chegar ao adentrar em uma mata. Esses mes-mos princpios da mata podem ser associados vida medinica. Antes de querer chegar ao topo, explora-o mxima de seu dom medinico, voc precisa entender a si mesmo, estudar quem voc, pois, no caso, voc seria a mata e o viajante seu dom medinico.

    Olhe para voc, olhe atravs de seus olhos, atravs desse corpo ben-dito que o Pai maior lhe ofereceu como rendio, como aprendizado, como uma outra lente pela qual voc olhar

    a vida. Enxergue seus desejos, suas falhas, suas vitrias, no seja surpre-endido por seus instintos negativos, e principalmente no os oprima, apenas entenda-os.

    Antes de querer trilhar um cami-nho, esteja preparado, esteja seguro de si mesmo, esteja aberto, atento, e no pule etapas.

    No decorrer de sua vida medini-ca, muitas vezes ser necessrio um recolhimento ntimo, um recolhimento de autoconhecimento, pois, ao longo da caminhada, enxergamos novas situaes, nos modificamos, nos aperfeioamos, mas o perigo sempre nos ronda atravs de nosso desejo, de nosso querer. Vena sua fera interior, vena seus obstculos ntimos, pois, assim procedendo, nenhum obstculo externo ir lhe deter ou paralisar, voc ser um oceano de tranquilidade e atividade, cheio de vida, cheio de esplendor.

    No tenho pretenso que seja perfeito, apenas seja humano, seja voc, mas conhea-se, e ver que a vida medinica ser um grande dia ensolarado.

    Se as pegadas que deixas somem rapidamente por que no so bem feitasExperimente pisar com mais firmezaE tuas pegadas se faro duradourasMas tome cuidado onde pisasPara que no machuques nem sejas machucadoPreocupa-te em deixar pegadas que as pessoas possam verE no as que se fazes questo de apagarTuas pegadas refletem tua obra e tudo de bom ou de ruim que tenhas feitoPegadas frescas mostram atitudes presentesSe feitas firmemente, podem durar para sempreNo h vento que apague uma pegada bem feitaMas qualquer coisa pode apagar algum passo em falso que tenhas dadoO importante sempre ter certeza de que teu cho firmeE sempre pisar com a vontade de chegar a algum lugar

    Os excessosNANDA SAMPAIO - [email protected]

    CERTO DIA houve um questionamento sobre o que me incomoda dentro da religio de Umbanda? A primeira coisa que pensei: os excessos... Ns aprendemos que tudo que demais enjoa ou estraga. O mesmo acontece dentro da religio.

    Excesso de f vira fanatismo, excesso de amor, possesso, e por ai vai. O mesmo pode ser dito do comportamento dos mdiuns dentro dos terreiros. O uso excessivo do lcool altera e interfere no estado de conscincia do mdium, levando-o a atrair energias mais densas e at mesmo negativas. Da mesma forma, o excesso de palavres, a meu ver, nada mais que uma demonstrao de autoridade e poder, envaidece o mdium, fazendo com que as mensagens dos guias sejam distorcidas ou nem mesmo sejam passadas.

    Esse tipo de atitude de responsabilidade de cada um, no apenas como mdiuns atuantes na Umbanda, mas como seres humanos. Os ex-cessos devem ser vigiados, pois a atitude do mdium no terreiro se reflete no apenas no mesmo, como tambm na religio. Vigie-se.

    PegadasALAN TITO DE ALMEIDA - [email protected]

  • Pgina - 6 Jornal de Umbanda Sagrada - Novembro/2013

    NA REALIDADE QUNTICA, onde pas-sado, presente e futuro coexistem em harmonia, entendemos como teorias e conhecimentos seculares esto to atuais, como o caso da Magia nos dias de hoje.

    A teoria quntica no s abriu horizontes para uma grande mudana de paradigmas, como projetou o Ser Humano para o caminho da liberdade do seu prprio Ser como expresso de sua individualidade espiritual. Ela embasa cientificamente e esclarece o que durante muito tempo permane-ceu no oculto: os movimentos da natureza que transmutam estados da conscincia e da matria.

    A Magia dos sculos passados e a Magia Divina, trazida para os dias

    Curso Magia Divina das

    Por DEUSE MANTOVANI - [email protected]

    de hoje por Rubens Saraceni, pode assim ser desvendada atravs das teorias qunticas, onde o mundo das possibilidades permite ao Homem se desprender do cartesiano e mer-gulhar no desconhecido como uma verdade possvel, desmistificando fenmenos e reforando o Divino na Natureza.

    No final do sculo XIX, quando os fsicos comearam a desenvol-ver as ferramentas para investigar os domnios da matria em escala muito pequena, descobriram um fato espantoso: a fsica newtoniana no conseguia explicar nem prever os resultados obtidos.

    Durante os cem anos seguintes, uma descrio cientfica inteiramente

    nova foi desenvolvida para explicar o mundo do muito pequeno. A fsica quntica, ou mecnica quntica, foi inventada para ir aonde a fsica newto-niana no chegava: ao mundo subat-mico. Indo para essa pequena escala, um conjunto diferente de leis fsicas assume o controle, as leis qunticas.

    Einstein comprovou que a mat-ria ora se manifesta como partculas e ora como ondas, espalhada pelo espao e pelo tempo. Ele acreditava que nada poderia se deslocar mais rpido do que a velocidade da luz. Porm, a fsica quntica demonstrou que partculas subatmicas parecem se comunicar instantaneamente seja qual for a distncia entre elas.

    Ela coloca o Universo como um

    todo unificado, cujas partes so interconectadas e se influenciam mu-tuamente. O Teorema de Bell, a no localidade, o colapso de onda, salto quntico, e outros princpios impor-tantes, passaram a dar embasamento cientfico para os fenmenos at ento inexplicveis. O observador passou a influenciar o objeto observado. Tudo agora participa do Universo.

    A fsica quntica probabilstica, assim, nunca sabemos com certeza absoluta como uma coisa especfica vai terminar (Lei da Incerteza de Hei-senberg). Todas as possibilidades so possveis em potncia. Com isso, po-demos entender como nossa energia, atravs de vibraes, nossa inteno, nossa mente, pode, atravs de ordens

    mgicas, ou, escolhas do Observador (Mago) atuar sobre os movimentos da natureza, originando mudanas no que era passvel de acontecer.

    Temos, com esta nova cincia, uma ferramenta importantssima para ampliarmos nossa conscincia e termos a certeza de que a Magia pode ser em-basada em princpios e leis naturais, que esto sendo descobertos e estudados por toda elite cientfica da atualidade.

    Fao um convite a todos, que antes de questionarem a veracidade do poder da Magia, deem um passeio pelo mundo quntico, para que, atra-vs do conhecimento e da mudana de certos paradigmas possam cami-nhar ao encontro desta nova forma de entendermos a Natureza.

    ALEXANDRE CUMINO Contatos: [email protected]

    TAMBM CHAMADA de Magia do Fogo ou Magia das Velas, um curso livre, sem pr-requisitos, presencial e inici-tico. O aluno no precisa ser mdium atuante e nem ter dons especiais, qualquer pessoa pode aprender a praticar Magia do Fogo. Neste curso de cinco meses de durao, estu-dado o que Magia Divina e quem so os Tronos de Deus (Orixs). So aulas tericas e prticas, em que o

    aluno vai conhecer, Trono a Trono, quais so as cores, os smbolos, signos e os fatores e qual ao cada Trono desempenha na criao e na vida de cada um de ns.

    Assim, na Magia do Fogo, o alu-no vai aprendendo a se relacionar com os Tronos de uma forma mgica em que se estabelece o que buscar e em que campo da vida cada Trono pode nos ajudar. O conhecimento

    deste curso a base para a Magia de Pemba da Umbanda, pois o aluno aprende a criar e construir espaos mgicos com a pemba (giz mineral) em que traa pontos riscados, man-dalas e cabalas na fora e vibrao dos Tronos de Deus.

    Nesta Magia, que pratica nica e exclusivamente o bem, o inician-te, aprendiz ou nefito, aprende a limpar e descarregar energias

    negativas de pessoas e ambientes, bem como atrair as energias positi-vas e mudar o padro vibratrio e energtico. Com recurso simples, como algumas velas e um giz mine-ral, o praticante de Magia do Fogo traa espaos mgicos, firma neles o poder dos Tronos de Deus, ativa um processo de realizao divina e atua como elemento vivo e ativo enquanto instrumento consciente

    de uma vontade maior e divina. O Mago aprende a cuidar de si mesmo e dos outros que lhe procuram, sem ter de se submeter a pessoas que, muitas vezes, s querem lhe explo-rar e enganar em troca de recursos materiais.

    Aproveite esta oportunidade de se iniciar na Magia Divina das Sete Chamas Sagradas, pratique Magia do Fogo.

    Magia, uma cincia quntica?

    Sete Chamas Sagradas

  • Jornal de Umbanda Sagrada - Novembro/2013 Pgina -7

    ALEXANDRE CUMINO Contatos: [email protected]

    Teologia de Umbanda Sagrada

    EM JANEIRO, comea o Curso Livre de Teologia de Umbanda Sagrada, curso que foi idealizado por Rubens Saraceni e ministrado por Alexan-dre Cumino no Colgio Pena Branca e no Umbanda EAD. Consideramos este o curso terico mais completo e importante para a Religio de Um-banda Sagrada. O curso livre e sem pr-requisitos, pode ser frequentado por leigos, mdiuns e sacerdotes. O estudo vai do conhecimento mais bsico ao estudo mais avanado da religio, por meio de fundamentao de sua Teologia, Doutrina, Ritual e Li-turgia. Com durao de um ano, este curso oferece cultura, informao e educao umbandista.

    A Umbanda una e diversa. Apresentando-se de uma forma mui-to peculiar, ela ao mesmo tempo: Religio e Espiritualidade, Cincia e

    Magia, Mstica e Ritual, Filosofia e Po-esia, Medinica e Xamnica, Teolgica e Mitolgica, Inclusiva e Exclusiva e, acima de tudo, simples e complexa.

    Umbanda um espelho da cultura e do universo do brasileiro. Quanto mais a gente estuda a Umbanda, mais descobre que no sabe nada, quanto mais a gente estuda, mais ainda v que tem a estudar. Umbanda tem matria de conhecimento e au-toconhecimento para muitas vidas de trabalho. E como diz Rubens Saraceni: Umbanda a religio dos mistrios de Deus, um culto natureza. Por isso fundamental que o mdium de Umbanda estude Umbanda, conhea Umbanda no apenas na prtica, mas tambm na teoria, pois a teoria que lhe d base lgica, racional e filosfica para sustentar sua f e fundamentar sua prtica.

    CONTEDO DO CURSO LIVRE DE TEOLOGIA DE UMBANDA SAGRADA:

    1. O que Teologia de Umbanda? Por que estudar Teologia de Umbanda Sagrada? Umbanda: Uma Religio com seus Prprios Fundamentos

    2. Diferenas e semelhanas: Umbanda, Candombl e Espiritismo

    3. Histria da Umbanda na Matria e no Astral

    4. Mediunidade, desenvolvimento e incorporao

    5. Deus e suas Divindades

    6. A Gnese da Umbanda Sagrada - Os Fatores de Deus e a Androgenesia de Umbanda

    7. Gnese do Ser, Sete Planos da Vida

    8. Gnese do Planeta

    9. Elementos de Liturgia - Bater Cabea, Cruzar, Consagrar, Imantar, Firmeza, Assentamento, Defumao, Banho, Amaci, Pedras, Ervas, Fumo, Bebida etc.

    10. Teogonia, Os Orixs na Umbanda - Abordagem dos Orixs com seu sincretismo, cores, pedras, ervas, estrela, smbolo riscado, saudao, ponto de fora, verbo, fator e oferenda. Como os orixs atuam em nossas vidas e quais as principais caractersticas de seus filhos. Como saber quem meu Orix?Orixs: Oxal, Logunan (Oy-tempo), Oxum, Oxumar, Oxossi, Ob, Xang, Oroin (Egunit), Ogum, Ians, Obaluay, Nan Buroqu, Iemanj, Omulu, Exu, Exu Mirim e Pombagira. E mais comentrios sobre Orumil (If), Ossain, Oxagui, Oxaluf, Loguned, Oduduwa, Ibeje e outros.

    11. As Sete Linhas de Umbanda e sua evoluo histrica

    12. Orixs de Frente, Ancestre e Junto

    13. Chacras e os Orixs

    14. Mistrios de Umbanda

    15. As Linhas de trabalho na Umbanda - As Entidades que atuam nas Linhas de Umbanda. Como surgiram as Linhas de Trabalho do Ritual de Umbanda Sagrada. Guia de frente, Guia Chefe, Mentor, Naturais e Encantados na Umbanda. Linhas: Caboclo, Preto-velho, Criana, Baiano, Marinheiro, Boiadeiro, Ciganos, Orientais, Exu, Pomba-gira, Exu Mirim, Sereias e Ondinas, Malandros, Mestres da Jurema e outros.

    16. Formas Plasmadas

    17. Pontos de Fora e Oferendas

    18. O Templo, Centro, Tenda ou Terreiro

    19. Magia de Umbanda

    20. Banhos, Defumao e Descarrego

    21. O Sacerdcio de Umbanda Sagrada

    Para mais informaes e matrcula acesse: www.colegiopenabranca.com.br. Reserve sua vaga! Pra fazer este curso em seu formato virtual, acesse: www.umbandaead.com.br.

  • Pgina - 8 Jornal de Umbanda Sagrada - Novembro/2013

    Quem somos ns?

    MARCEL OLIVEIRA - [email protected]

    A semelhana daLua e o VagalumeMENSAGEM DO CABOCLO SETE MOMNTANHAS CANALIZADA POR LUIZ CRIVELARI LUIZ DE XANG - [email protected]

    Ns aqui nos acostumamos a pisar em lodo, lama e muitas outras coisas. Porm, para pisar neste solo sagrado, limpamos os ps.O respeito ao pai primordial.Cada um tem o direito de escolher onde deseja ir aps o desencarne.Se escolhe ainda neste mudo, o modo como anda o que ter.Faa o que fizer, estamos vendo;fale o que falar, vamos estar escutando;no tente pensar que se faz algo, que no nos chegue.No seja ingrato ao que lhe dado.Terra de Umbanda respeito e tem que ser honrado.Esta casa est aberta a voc, isso seu presente.Vocs precisam retribuir, isso sua obrigao.Respeitem as pessoas,estas pessoas que passam por esta casa e vm buscar ajuda.Ajuda de qualquer natureza.Lembrem-se de que se estas pessoas tero o merecimento de receber a sua graa, ou no, isso no problema de vocs.Vocs devem saber que so apenas o condutor desta energia.No tende medir o tamanho da sua fora.Muito menos faltar com o respeito.Minha gargalhada serve tanto para levantar como para derrubar.Muitos no me notam com frequncia, mas eu analiso com muita frequncia.No existem dois lados na Umbanda, existe apenas um e se chama respeito e humildade.No se esquea disso, e respeito se demonstra com seriedade e no com brincadeira.Para ficar bem clara a minha mensagem e que seja entendida at mesmo pelos desentendidos,lave seus ps ao entrar em um solo santo.Casa limpa com corpo sujo no tem essncia.A gargalhada a nossa magia e no uma brincadeira.

    QUANDO AINDA KURUMI (criana), o Paj (Sbio feiticeiro) me fazia sempre uma pergunta: Qual a semelhana da aireque (lua) e o uau (vaga-lume)?. Eu no sabia responder e ele, talvez por entender que eu ainda no estivesse preparado, adiava sempre a resposta.

    Certo dia, o Paj me chamou para ocara (cen-tro da aldeia) e comeou a me falar sobre todas as coisas do universo criadas por Tup (Deus); me fez olhar para os uaus que voavam ao nosso redor com luzes intermitentes, em seguida olhar para aireque que derramava seus raios prateados sobre os arredores da aldeia, dando a impresso de que compartilhava sua energia com a dos uaus para projetarem sua luz; nesse momento, ainda que faltassem palavras para explicar, eu pude entender claramente a tal semelhana.

    Tudo que existe no universo energia e est em constante evoluo; dos astros, dos seres mais complexos at um nfimo gro de areia; tudo tem sua importncia e foi colocado no lugar certo, pelo tempo necessrio; se observarmos bem, consegui-remos ver semelhana em tudo e em todos os seres.

    Todos caminhamos em direo a Tup, matria e esprito; fazemos parte de um aprimoramento cujo tempo de evoluo no o mesmo contado pelo homem; uma existncia pode ser marcada por fraes de segundo ou por sculos na nossa escala de tempo.

    Todos os seres esto em transformao e

    dependem um do outro; somos uma centelha emanada do criador e cumprimos uma trajetria em direo criao.

    Ns espritos, na vivncia do processo de evoluo, conquistamos a inteligncia que nos proporciona o direito da escolha e da modificao do nosso meio ambiente; isso nos d a possibili-dade de agregar conhecimentos e ajudar a todos os seres e tudo que nos rodeia. Caminhamos no sentido de sermos seres perfeitos, ainda que estejamos muito longe disso, Tup nos mostra o caminho a todo momento, em direo sua semelhana; tal como a luz que emanada pela aireque e pelo uau.

    Haver ento um momento em que deveremos partir, mas isso no nos tornar distantes, pois seremos sempre uma centelha Divina e estaremos sempre ligados ao criador. Todos temos tempos di-ferentes nessa escala evolutiva; alguns necessitam de vrias encarnaes ou repetio do processo a que se prope; mas, ainda que descompassados, estaremos sempre juntos pois fazemos parte do universo.

    Com esse ensinamento, o Paj (Sbio feiticei-ro) me fez entender que a mesma luz emanada pela aireque (lua) est presente no uau (vaga-lume), e que isso um sinal de Tup (Deus) para nos demonstrar que todos os seres do universo esto ligados criao e todos esto em evoluo, pois so a mesma energia criadora.

    Enquanto no formos honestos com ns mesmos;Enquanto empurrarmos nossa natureza primordial para baixo do tapete;Enquanto, em nome do comodismo e do medo, usarmos mscaras para a sociedade;Enquanto tivermos medo de nossa sombra;Enquanto transferirmos a responsabilidade de nossos erros e dificuldades para terceiros;Enquanto buscarmos nossas solues apenas no alto e no dentro de ns;Enquanto no amadurecermos para compreender que crescer di, mas evolui;Enquanto fugirmos da realidade em busca de fugas e distraes mundanas;Jamais saberemos o que sermos realmente livres e vivermos plenos de Luz e Paz.

    Solo SagradoMENSAGEM DE UM EXU SETE CATACUMBASPELO MDIUM PAULO RENATO BREDARIOL - [email protected]

  • Jornal de Umbanda Sagrada - Novembro/2013 Pgina -9

    Uma conversa e a UmbandaPor MARIA AMLIA ROQUE DONATO ANTUNES - [email protected]

    QUANTO TEMPO demora para um mdium se desenvolver? Por que alguns mdiuns possuem tanta dificuldade para incorporar seus Guias, riscar e cantar seus pontos, e outros fazem isso de uma hora para outra e com tanta facilidade? Um melhor do que o outro? No!

    Cada um de ns tem seu tempo de amadurecimento, seu tempo de absoro de informaes, seu tempo de necessi-dades e merecimentos. Cada um de ns possui dentro do corao foras dife-rentes, medos mais diferentes ainda e, principalmente, necessidades diferentes.

    Com certeza, cada um dos nossos Guias e Orixs est pronto para nos receber de braos abertos, para estar conosco em todos os momentos, mas ns, pequenos seres humanos, com falhas

    COMO DE COSTUME, fui ao salo de cabeleireiro fazer as unhas. Havia um horrio para escovar os cabelos e a recep-cionista me perguntou se poderia ser com o cabeleireiro Hassam, novo funcionrio. Rapidamente, pensei que esse nome seria de origem rabe, e me lembrei do livro O Guardio das 7 Cruzes um Livro Mistrio, do Mestre Rubens Saraceni, que acabara de ler na noite anterior. Um dos personagens do livro chama-se Hassam, cado nas trevas do Isl.

    Concordei que o Hassam fizesse a minha escova. Hassam tem caractersticas fsicas bem rabes e aparentava uns 40 anos de idade. Depois de alguns minutos de silncio, Hassam educadamente elogiou a cor de esmalte da minha unha. Eu agradeci e perguntei qual seria a origem do nome dele. Hassam me respondeu que mame de origem Sria, Lbano, e papai de origem paquistanesa, do Bin Laden, sabe?. Eu sorri e respondi: E voc escolheu ser cabeleireiro. Parabns pela coragem. Sofreu algum pre-conceito?. Hassam me disse que pela parte de papai sim, com um sotaque rabe bem forte, e pela parte da mame menos. Disse que na casa dos pais s se falava em rabe, mas que nasceu no Brasil, casado com uma brasileira e passou uns anos no Oriente aprendendo o rabe mesmo e o Coro.

    Como a conversa estava interessante e eu adoro conhecer e aprender sobre outras religies, perguntei, voc Isl? Hassam disse: sim, frequento a mesquita e, dos meus cinco irmos, s eu sigo o Coro, que alm de ser uma bblia, um livro com orientaes, doutrinas, me explicando que est no Coro um texto dizendo como as

    mulheres devem se vestir, por exemplo, mas disse tambm que no est escrito explicitamente no Coro o uso da burga. Eu disse para Hassam que os mulumanos eram muito rgidos e ele me explicou que havia dois povos, os sunitas e os xiitas, que se diferenciavam pela rigidez, dizen-do que os sunitas, do qual ele faz parte, so mais flexveis que os xiitas, todos da religio islmica. Hassam contou que seu av era um beduno, vivia no deserto e lhe disse que ele tinha um dom para trabalhar com as mos, assim como ele que era, segundo Hassam, um tipo de benzedor. Espantada, exclamei, nossa! Existem benzedores no Isl!?

    Entusiasmado com a nossa conversa, assim como eu, Hassam me disse que conhecia outras religies brasileiras, como o Candombl e a Umbanda, dizendo que o Isl tambm era uma bela religio. Eu lhe disse que era Umbandista e Hassam, com um sorriso nos lbios, me contou que tinha um mentor muito especial que o acompanhava - um preto velho de Umbanda chamado Joo do Congo. Que surpresa feliz! Me contou que trabalhou em um centro de Umbanda por cinco anos, relatou algumas experincias muito felizes com a orientao de seu mentor, dizendo que o preto velho sempre o chamava aten-o para o maior problema do mdium: a vaidade, o ego e, h quatro anos, desde a morte de seu pai, voltou para o Isl por orientao do mentor. Emocionado, Hassam afirma que ele lhe acompanha, protege e orienta sempre, mesmo quando est na mesquita.

    Me contou tambm que sua me esta-

    va acometida por uma doena esquisita e que seu Guardio afirmou ser um trabalho de magia negra feito por uma pessoa que, aps trs dias do desfazimento da magia, apareceria na casa da me de Hassam. O Guardio explicou onde e como desfaz-lo e Hassam encontrou uma cabea de cera enterrada no jardim da casa de sua me. A pessoa tambm apareceu, aps trs dias, na casa da me de Hassam, tudo conforme o Guardo lhe orientou.

    No final de nossa conversa, Hassam me convidou para uma palestra, queren-do dizer que podamos continuar aquela conversa se seu quisesse, pois estaria l no salo trabalhando. Eu lhe perguntei: Voc tem saudades da Umbanda? Hassam deu um suspiro, fez um afirmativo com a cabea e disse que apenas aguarda a orientao do seu mentor preto velho para retornar!

    Quanto tempo?Por VERENA DEPOIAN DE ANDRADE- [email protected]

    e virtudes, medos e desejos, foras e fra-quezas, estamos em um estgio diferente de evoluo e necessidades. O amor no menor, o mdium no melhor, mas cada um de ns tem um tempo certo.

    Quando tempo vai levar, ningum pode dizer, mas se descubra de maldade e vaidade, se doe nossa Amada Umbanda de todas as formas e com todas as foras. Seja tico, seja forte, seja irmo, seja filho e o tempo... ah... este, com certeza, se encarrega do restante.

    O tempo se encarrega de trazer suas foras para mais perto, de ajud-lo a en-tender as suas necessidades, de ensinar a pacincia, e ele, com certeza, se encarrega de trazer para dentro do nosso caminho todas as geraes necessrias para o nosso desenvolvimento.

    Quando entrar em um Terreiro, ou no seu Terreiro, quando for participar de uma Gira de Desenvolvimento, no se preocupe se o seu Guia igual ao do outro, se o seu Orix faz os mesmos movimentos dos ou-tros, se voc vai cair ou tropear ao Girar. No se preocupe com o que vo dizer e no se preocupe em fazer do jeito certo. O jeito certo aquele que vem do corao, aquele de quem se doa de todas as formas e com todas as foras.

    O tempo certo sempre ser o seu tem-po. E quanto tempo demora? S a vida, as suas experincias e as suas foras podero dizer. Aproveite, curta, sinta, ame e viva a nos-sa Amada Umbanda a cada novo despertar. E que o tempo seja longo, muito longo para todos ns, que cada novo momento seja da mais pura, bela e sublime doao.

    Templo de douTrina umbandisTaPai Oxal e Pai Ogum

    Rua Tiet, 600 - Vila VivaldiRudge Ramos - S.B. do Campo

    Tel. (11) 4365-1108 - partir das 13h00

    Desenvolvimento meDinico

    O JORNAL DE UMBANDA SAGRADAno vende anncios ou assinaturas

    QUINTA-FEIRA: Das 20h00 s 22h00SBADO: das 14h00 s 16h00

    www.paioxalapaiogum.com.br

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  • Jornal de Umbanda Sagrada - Novembro/2013 Pgina -11

    ADRIANO CAMARGO - [email protected]

    Ervas para crianasESPAO DO ERVEIRO

    FALA-SE DE CRIANAS NDIGO, cristais, espe-ciais, enfim, nosso objetivo aqui no disser-tar sobre esse tema em exclusivo, mas apontar algumas ervas interessantes para as crianas de modo geral, para que se beneficiem do elemento da natureza sem perdas energticas ou impactos ao seu campo vibratrio.

    Em minha infncia tive experincias com os benzimentos, e posso afirmar que tomei muitos banhos de ervas, banhos de descarre-go inclusive. E c estou, vivo e ativo. Nada me prejudicou ou me fez mal. Isso no quer dizer que no precisamos de algum conhecimento e cuidado para aplicar as ervas em crianas.

    Crianas recm nascidas, e at alcanar a capacidade de andar e falar, no tem necessi-dade de tomar banhos de ervas diretamente. A me, ou pessoa habilitada, pode, ao preparar um banho para si, desde que tenha pelo me-nos uma erva equilibradora (morna), molhar as mos no preparo e passar na cabea da criana, ou mesmo molhar a ponta dos dedos ou do polegar e fazer uma cruz no alto da ca-bea, na testa, na nuca, no pescoo, no peito, no ombro direito e no esquerdo, fechando assim os quatro cantos energticos, criando um campo de proteo para o beb.

    Crianas at os sete anos de idade, em mdia, tm ainda os centros de fora (chacras) em formao, portanto tem proteo natural dos mecanismos da Lei da Vida. Dificilmente tero necessidade de um banho ou outro ritual mais direcionado aos descarregos energticos. Essa a regra geral, casos isolados devem ser tratados tambm de forma isolada, avaliados e, se possvel, ter mais de uma opinio sobre o assunto, antes da aplicao do ritual.

    S a ttulo de comentrio, as crianas tm cada vez mais vindo ao planeta trazendo capacidade medinica, perceptiva, crtica, avaliadora e um conjunto de conhecimento

    latente que dificulta aos pais um caminho mais adequado. Para quem est num meio natural (magia, rituais), o entendimento para esses pequenos seres que vm nos abenoando com suas presenas um pouco, apenas um pouco, mais fcil. Isso normal e faz parte de todo esse momento transformador que nosso planeta vive.

    Assim como as ervas no crescem apenas no quintal dos religiosos, essas crianas no nascem apenas em lares amparados pelas religies naturais. Nenhum pai ir querer ver o seu filho agredido por religiosos e seus livros sagrados, dizendo que esto possudos pelo diabo, pelos infernos e seus seres, o que na verdade ser demonstrao de falta de conhe-cimento e capacidade de lidar com algo que natural para o ser humano, o sentido divino das coisas o esprito.

    Devemos nos preparar para acolher nos meios religiosos naturais esses que viro, sem conhecimento nenhum, mas movidos pelo desejo de entender os porqus de Deus ter colocado uma criana medinica em suas vidas. Devemos aprender para poder ensinar que isso no doena ou algum mal que pegou no pe-queno, mas que faz parte da prpria evoluo de todos ns.

    Crianas hiperativas normalmente so

    saudveis e exigem dos pais uma compreen-so extra. Crianas muito quietas podem sim ser normais, podem apenas serem quietas. O importante os pais no quererem idealizar um filho e acreditar que as ervas podem criar essas condies. As ervas, sim, podem trazer alvio para alguns males, compreenso para situaes naturais, alvio para os momentos de falta de sade, tranquilidade, raciocnio e foco para que se promovam os ajustes naturais para todos ns, inclusive e, em especial, para as crianas.

    Para as crianas entre os sete e os doze anos de idade, os banhos com ervas equilibra-doras so suficientes para uma boa relao lim-peza x equilbrio energtico. Essa idade escolar desperta nos pais a preocupao com o foco, o raciocnio e a capacidade de aprendizado.

    A partir do doze anos de idade, se bem que essa idade est mudando para baixo, os banhos normais, assim como feitos para os adultos, podem ser administrados livremente.

    Os amacis, no caso de serem aplicados no ambiente religioso, requerem o bom senso do sacerdote aplicador.

    H algumas ervas que eu gosto muito de direcionar para o trato com os pequenos, entre elas cito o Capim Rosrio, a Alfazema (lavan-das), a Camomila, a Erva Doce e a Macela.

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