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ISSN 1679-0189 R$ 3.20 ANO CXVIII EDIÇÃO 41 DOMINGO, 13.10.2019 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901 Minha Razão de Viver: Multiplicar Igreja No sábado, 14 de setembro, o estado de Tocantins experimentou um dos princípios da visão da Igreja Multiplicadora UFMBB realiza mais duas edições do Congresso Mais Perto de Você Acre e Mato Grosso do Sul receberam as duas últimas edições desse evento Jundiaí recebe III Encontro Batista da Terceira Idade de São Paulo No dia 07 de setembro aconteceu o III Encontro Batista da Terceira Idade do Estado de São Paulo Batistas radicais e defesa da fé - preliminares atitudinais! No ambiente Batista já tem sido possível observar o crescimento de movimentos que estão buscando polarizar suas convicções pag. 07 pag. 08 pag. 10 pag. 15 Missões Nacionais Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Observatório Batista Pág 14

ANO CXVIII EDIÇÃO 41 DOMINGO, 13.10.2019 R$ 3 · 2019. 10. 11. · Um filho que dá prazer a Deus BILHETE DE SOROCABA Wanderson Miranda de Almeida colaborador de OJB “E ouviu-se

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ISSN 1679-0189

R$ 3.20

ANO CXVIIIEDIÇÃO 41DOMINGO, 13.10.2019

ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRAFUNDADO EM 1901

Minha Razão de Viver: Multiplicar IgrejaNo sábado, 14 de setembro, o estado de Tocantins experimentou um dos princípios da visão da Igreja Multiplicadora

UFMBB realiza mais duas edições do Congresso Mais Perto de VocêAcre e Mato Grosso do Sul receberam as duas últimas edições desse evento

Jundiaí recebe III Encontro Batista da Terceira Idade de São PauloNo dia 07 de setembro aconteceu o III Encontro Batista da Terceira Idade do Estado de São Paulo

Batistas radicais e defesa da fé - preliminares atitudinais!No ambiente Batista já tem sido possível observar o crescimento de movimentos que estão buscando polarizar suas convicções

pag. 07 pag. 08 pag. 10 pag. 15

Missões Nacionais Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Observatório Batista

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2 O JORNAL BATISTA Domingo, 13/10/19

EDITORIAL

O Princípio da CooperaçãoEste é o mês que celebramos o Pro-

grama Denominacional Plano Cooperati-vo, vamos nesta e nas próximas edições tratar deste tema. A filosofia da Con-venção Batista Brasileira traz ao nosso conhecimento um aspecto importante sobre a cooperação. São abundantes os textos bíblicos que falam de coope-ração e solidariedade entre o povo de Deus, da maneira como Deus age e de como quer que seu povo proceda, ao lhes ensinar a cooperação como forma de atingir seus objetivos. Impressiona como, através da história da revelação, toda a obra criativa de Deus e de Jesus Cristo é impregnada neste sentido. Des-de a criação do universo e do homem; a formação do povo de Israel, a partir da

convocação de Abrão e sua família; a vinda de Jesus Cristo ao mundo com a participação de tantas pessoas; passan-do pela ação do próprio Jesus, quando chama os seus apóstolos, e funda a sua Igreja, essa realidade está presente. Observe-se a maneira de agir da Igreja, logo no início e nos primeiros anos de sua existência. Para substituir Judas, os onze são chamados; para resolver uma grave questão surgida entre “helenistas” e hebreus – atendimento das viúvas da Igreja e de Jerusalém – a “multidão dos discípulos” é convocada. A Igreja toda se reúne para ouvir o relatório de Pedro sobre a conversão de Cornélio; e na hora de superar preocupantes con-trovérsias doutrinárias, a “cooperação”

está presente, através de um verdadeiro “concílio”, o primeiro. E ainda a expe-riência da Igreja Primitiva – marcada pela “cooperação” - que ensina não só a resolver problemas, mas sobretudo realizar tarefas importantes para a ex-pansão do Reino de Deus. Recordem-se: a) o envio de missionários pela Igreja de Antioquia; b) a “coleta” para as igrejas da Judéia, por causa da fome; c) o sus-tento de Paulo e de seus companheiros; d) o encontro em Trôade; e) o relatório de Paulo à Igreja de Antioquia, após a primeira viagem missionária. Nesta exemplificação, com base na experiên-cia da Igreja Cristã nos primórdios, vale ressaltar outro aspecto da cooperação, isto é, o cuidado e ajuda às igrejas, de-

monstrados em atitudes tais como: a) a Igreja de Jerusalém enviando Barnabé para acompanhar os fatos que estavam ocorrendo em Antioquia da Síria, com o surgimento da primeira Igreja Cristã gentílica; b) a decisão de Paulo de voltar às igrejas organizadas em sua primeira viagem missionária para ver como es-tavam, fortalecê-las e constituir lhes lideranças; c) o cuidado de Paulo para com todas as igrejas. A igreja como família, povo de Deus, corpo de Cristo, assembleia dos salvos – aponta para a cooperação, para a associação e para a união de forças e propósitos, tendo em vista objetivos comuns. n

SOS

REFLEXÃO

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBB

FUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEFausto Aguiar de VasconcelosDIRETOR GERALSócrates Oliveira de Souza

SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ)CONSELHO EDITORIALFrancisco Bonato Pereira; Guilherme Gimenez; Othon Ávila; Sandra Natividade

EMAILsAnúncios e assinaturas:[email protected]ções: [email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557

Fax: (21) 2157-5560Site: www.convencaobatista.com

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);

Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Folha Dirigida

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3O JORNAL BATISTA Domingo, 13/10/19

Até a criança...

Um filho que dá prazer a Deus

BILHETE DE SOROCABA

Wanderson Miranda de Almeida colaborador de OJB

“E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1.11).

Quando leio o texto acima, penso até que ponto tenho dado prazer a Deus. Quando Jesus saiu das águas, Deus disse que tinha prazer nEle; e em mim?

Por ser muito consciente dos meus atos, sei quando erro, quando peco,

e isso não me deixa nada feliz, pois quero agradar a Deus. Na semana que findou, agora mesmo, teve uma cole-ga de trabalho que disse que achava estranho quando eu falava de “uma certa maneira” – eu havia dito alguma coisa de uma forma que não é muito legal para um cristão dizer. Pensando no que ela disse, cheguei à conclusão de que realmente eu não deveria ter falado daquele jeito – um jeito que eu não vou esclarecer aqui.

Ainda analisando outras situações

que acontecem a minha volta, sei que tenho que tomar muito cuidado com minha fala, minha postura, minhas brin-cadeiras, porque sou cristão, e tudo que um cristão de verdade quer é agradar ao Pai.

Muitos não ligam para o que Deus quer. Estranho, não é? Como digo que sou cristão e não me importo com o que Deus quer? Não faz sentido! Jesus, nosso maior exemplo, disse que sua co-mida era fazer a vontade do Pai. Quando estava prestes a morrer por nós, disse a

famosa frase: “Pai, se for possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como Tu queres”. Tudo tem de ser como o Senhor quer, não como eu quero. Isso engloba toda a minha vida.

Enquanto o ser humano estiver vol-tado para dentro de si, não entenderá o que estou dizendo aqui. Mas, a partir do momento que se desligar da sua vontade para seguir a vontade de Senhor, talvez poderá, um dia, ser um filho que dá prazer a Deus. n

Julio Oliveira Sanches

Como bom pedagogo, o escritor de Provérbios em suas observações, conclui que o mal integra a persona-lidade humana desde tenra idade. Já nascemos com as marcas do pecado e com tendência para praticar o mal. Contrariando aqueles que advogam que o ambiente faz o indivíduo ou que a educação torna o indivíduo bom, Pv 20.11, diz o contrário. “Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra for pura e reta”. A maldade do pecado contaminou toda a raça humana. Nascemos pecadores e com tendência a seguir os instintos da carne. Prontos a ofender, a revidar, a não perdoar, a executar vingança, a alimentar mágoas, a desejar o pior para o nosso próximo. O pecado inoculou em toda a natureza a sua seiva maligna. Satanás fez traba-lho bem feito. Não fosse a misericórdia divina e o Diabo teria destruído toda a obra da Criação. Como não conseguiu, passou a atuar em todas as brechas abertas. Uma delas é transtornar a vida

das crianças. Aproveitando a natureza pecaminosa o maligno usa crianças para colimar o seu projeto deletério. Isto é, afastar o ser humano de Deus.

Com facilidade a criança aprende a ser má e a praticar a maldade. Ainda no colo materno consegue dominar os pais com suas birras e manhas. Sente prazer em desobedecer e colocar os pais em situações de desconfortos. Nos hipermercados joga-se ao chão quando não lhe é dado o que quer. Nos restaurantes sobe nas mesas e pisa nos pratos, para vergonha de pais que não educam. É comum vermos um dos pais se alimentando enquanto o outro segura a “fera,” que esperneia para chamar a atenção de todos. Há prazer em ser do contra.

Quando chega à escola, algumas ainda com fraldas, aprendem a defen-der o seu espaço na base do empur-rão, tapas, beliscões e mordidas. Ai da professora que colocar a mão num “pestinha” deste. É advertida e perde o emprego por “justa causa.” Todos têm medo dos pequeninos hiperativos.

Hiperatividade que Pv 23.13 oferece a solução e remédio. Claro que no tempo de Provérbios não havia o ECA, elabo-rado por quem nunca gerou e educou. Também não havia menores infrato-res. Filhos desobedientes, malcriados e agressivos são frutos de Leis e pe-dagogia que estimulam a prática do mal. Gente que crê que nascemos sem pecados. Pagamos elevado preço por não reconhecer que as crianças preci-sam de pais que as eduquem. De pro-fessores que entendam que a natureza infantil traz em si o germe do mal. De autoridades que legislem e apresentem Leis que estimulem os pais a serem responsáveis. Pais que não têm medo de corrigir com amor no tempo próprio. Não pais que com medo são dominados pelas crianças.

Cedo a criança aprende a memorizar palavrões e repeti-los em qualquer lugar. Acha bonito envergonhar aqueles que tentam educá-la, oferecendo o melhor. Aprendem com os pais, na rua com os coleguinhas mais velhos, na escola e com as novelas imorais que integram

o cardápio diário das famílias, inclusive famílias cristãs. Acostumada a tais pa-lavreados, até mesmo na escola bíblica solta as “pérolas” da imundícia em alta voz, para que todos ouçam a sua for-mação moral.

Como a Igreja não se constitui em casa de correção de menores infratores, só resta apelar aos pais que cumpram o sagrado dever da paternidade e respon-sabilidade cristãs.

Erram os pais que seguindo a didática do mal não corrigem, não educam e não levam os filhos a um encontro pessoal com Jesus. Deixar que escolham quando chegarem a vida adulta, significa amar-gar a triste realidade de ter gerado um filho(a) para povoar o inferno.

Jesus foi categórico ao afirmar que a criança precisa de salvação, enquanto criança. O Mestre viu nelas, material a ser moldado com sábios ensinos. “Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque das tais é o reino de Deus”. Lc 18.16. Isto só ocorrerá com pais que cumpram o seu sagrado dever de serem pais responsáveis. n

REFLEXÃO

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4 O JORNAL BATISTA Domingo, 13/10/19

Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB

No dia 15 de outubro comemoramos o Dia do Professor.

Mais que uma ocasião para descan-sar de seus alunos (ou será o inverso?), é um dia para lembrar a importância dos professores em nossas vidas desde criança. Quão marcantes são as “tias” e “tios” que educam por horas a fio, ensinando preciosas lições para nossa vida!!!

Seja no meio secular, em escolas públicas ou particulares, ou mesmo na igreja, na EBD – Escola Bíblica Dominical, todos os “mestres” que possuem a nobre

missão de ensinar que é dom genuíno vindo dos altos céus.

Efésios 4.11,12 diz: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres. Queren-do o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério para a edificação do corpo de Cristo”.

Que todos os professores sigam o melhor exemplo: o do Mestre dos mes-tres, JESUS CRISTO. Ele amou e se doou a cada lição para que esta fosse bem compreendida e para que seus “discí-pulos” aprendessem algo para jamais esquecer.

Parabéns por esta data querida!!! n

Nossas crianças para Jesus

Olavo Feijó Pastor & Professor de Psicologia

Aos mestres, com amor e carinho...

Cleverson Pereira do Valle pastor, colaborador de OJB

Dia 15 de outubro é comemorado o Dia do Professor. Infelizmente, a grande maioria dos professores não são valori-zados como deveriam.

Ensinar é uma tarefa árdua, exige dedicação, preparo, empatia e muita disposição.

O aspirante à professor estuda muito, ele precisa receber o conhecimento para passá-lo.

Há professores que inspiram os alu-nos, são aqueles mestres inesquecíveis, ficam marcados em nossa memória para sempre.

Nunca esquecerei da minha primeira professora do primário, Professora Te-rezinha (já falecida), ela era paciente, e sabia ensinar.

Os professores devem ser lembrados o ano todo, não só no dia 15 de outubro, é necessário honrá-los sempre.

Jesus Cristo foi o Mestre por exce-lência, certa ocasião ele disse: “Aprendei

de mim”.Cada vez que leio os evangelhos eu

aprendo mais de Cristo, quanto mais apren-do dEle mais eu cresço espiritualmente.

Jesus deixou lições para o nosso viver diário, como crescemos ao ler os ensinos do Sermão da Montanha.

Jesus veio a este mundo mostrar o caminho para Deus, e o Caminho é Ele mesmo, pois em João 14.6 diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai a não ser por mim.”

O homem só consegue a vida eterna

através de Jesus Cristo. A Bíblia ensina que devemos crer em Cristo para sermos salvos.

Que possamos entender o valor de cada professor, que possamos estar com nossas mentes bem abertas para aprender com Jesus sempre.

Parabéns a cada professor, que Deus capacite cada um de vocês para passar o conteúdo das matérias para seus alunos com total brilhantismo.

Que cada aluno reconheça o valor do seu professor, não só em uma data especial, mas durante todo o ano. n

“E traziam-lhe meninos para que lhes tocasse, mas os discípulos re-preendiam aos que lhos traziam” (Marcos 10.13).

Na antiguidade, as crianças eram úteis, por serem mão de obra bara-ta. Elas não tinham direitos – tinham deveres. Por isso, quando “algumas pessoas levaram as suas crianças a Jesus para que Ele as abençoasse, os próprios discípulos repreenderam aquelas pessoas” (Marcos 10.13).

Qual foi a reação de Jesus? “Quan-do viu isso, Jesus não gostou e disse: Deixem que as crianças venham a

Mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino de Deus é das pes-soas que são como estas crianças. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele. Então Jesus abraçou as crianças e as abençoou, pondo as mãos sobre elas” (Marcos 10.14-16).

O exemplo e a pregação de Je-sus foi a base do respeito à criança nas civilizações influenciadas pelo Mestre. As crianças sempre recebem Jesus, com respeito, amor e alegria. Ser cristão é amar a Jesus e amar os pequeninos.

Dia do professor

REFLEXÃO

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5O JORNAL BATISTA Domingo, 13/10/19

Jeferson Cristianini pastor, colaborador de OJB

Todos nós sabemos que os salmos eram os cânticos entoados pelo povo de Deus. Os salmos formavam o cancioneiro do povo escolhido, e assim eles canta-vam as poesias narradas e escritas nos salmos. Os salmos expõem alma huma-na de uma forma incrível. Davi, como um habilidoso músico e excelente poeta, nos narra assim sua devoção: “Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhosa me formaste; as tuas mãos são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui forma-do e entretecido como nas profundas da terra” (Salmo 139:14 e 15). Ele dá graças a Deus pela forma como Deus o formou

no ventre de sua mãe. Ele reconhece que a formação da vida é formada pelo Criador de forma “assombrosamente maravilhosa” e que as mãos de Deus nos entreteceram no ventre de nossa mãe. Mesmo antes da concepção da vida, Deus já nos conhecia e na concep-ção e na formação no ventre materno, o Senhor já está lá cuidando de nossa vida. Por isso, Davi exclama: “as tuas mãos são admiráveis”. E são mesmo.

Pensar e refletir sobre a complexida-de do corpo humano, nos leva a adora-ção ao Criador por tamanha perfeição. Há alguns testemunhos de estudantes de medicina que eram céticos e ateus, mas ao estudar a perfeição do corpo hu-mano, reconhecem que Deus é quem for-ma o ser humano. Nosso corpo foi feito por Deus para refletir a Sua glória e assim

somos exortados a cuidarmos bem do nosso corpo, que o Novo Testamento chama de “templo de espírito santo de Deus”. O casal Keith e Kristtyn Getty, no livro Cante- Como o louvor transforma sua vida, sua família e sua igreja, afirma assim: “A sua capacidade de cantar é criada de modo assombrosamente ma-ravilhoso. Por volta da décima segunda semana da gestação, as cordas vocais de um bebê que cresce dentro do ventre materno já estão formadas e se revelam funcionais muito antes dessa criança nascer”. Desde o ventre Deus prepara nossas cordas vocais, e as usamos, quando saímos do ventre e choramos.

A sabedoria e poesia bíblica nos ensi-na que fomos criados a imagem e a se-melhança de Deus e que está em nosso DNA o desejo de glorificar a Deus. Cantar

para glorificar a Deus, para render graças ao Pai faz parte da natureza humana, do nosso DNA, do design divino impresso em nós. Amamos cantar ao nosso Único Deus, único Criador, o Todo Poderoso, o grande Deus Eterno. Amamos abrir os nossos lábios em gratidão por tudo o que recebemos das mãos dadivosas de Deus. Amamos cantar ao Pai que supre tudo o que precisamos, e que cuida de todos os detalhes de nossa vida, mes-mo antes da concepção e até agora, e cuidará até deixarmos essa natureza humana. Ele nos fez para cantarmos a Ele, e através do nosso cântico expres-sássemos a beleza de Sua glória.

Cante a Deus e busque agradar ao Seu Deus e ore para que seu canto a Deus desperte pessoas incrédulas a buscarem ao Senhor. Cante! n

Manoel de Jesus The pastor, colaborador de OJB

Nas igrejas temos gente de todo o tipo. Acredito que temos muitos “trabalhosos”, pois o apóstolo Paulo nos escreve que, an-tes da volta de Cristo, haveriam dias muito trabalhosos. E quem dá trabalho? Os cren-tes que não estão aptos para esses dias. Fico imaginando que jamais houve tanta política no seio das igrejas. E por que há politiqueiros nas igrejas? São os desgosto-sos por não terem cargos. Fica trabalhoso para o pastor esse tipo de gente.

Por outro lado, esse tipo esquece que há muito trabalho à disposição, mas não há interesse em trabalhar com os de fora. Na juventude, tive a experiência positiva, de levar um amigo a Cristo. Dias atrás, fiquei sabendo que estava com a saúde ameaçada. Fiquei “quebrado”. Triste! Senti por ele o que sentiria por um filho na mesma situação.

Podemos dizer que quem não tra-balha fora, dá trabalho dentro. É duro falar isso, mas verifiquem se um cren-te ganhador de almas, em sua igreja, se é um tipo trabalhoso. Vive alegre,

satisfeito, pois não há alegria maior para o crente que, ter levado uma alma a Cristo.

Mas vamos a um detalhe. A primeira bem aventurança diz: “Bem-aventura-dos os pobres em espírito, pois deles é reino dos Céus”. Reflitamos; o que é o pobre? É aquele que tem falta das coisas básicas da vida. Ele é um depen-dente do auxílio de outros para ter o fundamental. O pobre de espírito diante de Deus, vem a Ele de mãos vazias. O que tem a oferecer vem manchado pelo pecado, principalmente do orgulho, e

Deus não pode aceitar, pois mancharia a sua justiça e santidade. Mas, vejam! Vem pobre e vazio, e sai com a maior riqueza alcançada na terra; O reino de Deus.

Essa bem-aventurança abre o cami-nho para chegar as demais bem-aven-turanças. Imaginemos que faz tudo de coração limpo. Principalmente ver Deus em sua evangelização. Que felicidade de perceber que Deus está agindo através de sua vida, salvando outros. É um filiado a Igreja, que trabalha, portanto, não tem tempo para dar trabalho. n

Formados para cantar

Os felizes

REFLEXÃO

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6 O JORNAL BATISTA Domingo, 13/10/19

Walmir Vieira pastor da Segunda Igreja Batista do Rio de Janeiro

Embora o diaconato seja um Minis-tério específico, um ofício, exercido por alguns membros da igreja, a diaconia é uma Missão de todo o crente. No sentido amplo, todos somos diáconos.

Diaconia significa “ministério” ou “serviço”. É um serviço incondicional e amoroso a Deus e às necessidades e necessitados da igreja. O cristão que não vive para servir à igreja de Deus, não pode ser chamado de servo de Cristo.

É possível exercer a diaconia sem ser diácono e, também, é possível ser diáco-no e deixar de exercer a plena diaconia, mas isso é mais raro.

A origem do ofício diaconal está descrita no livro de Atos 6.1-7. Nesse texto é apresentado a eleição de sete homens que deveriam “servir às mesas”,

enquanto os apóstolos ficariam com a responsabilidade de orar e ministrar a Palavra. Entretanto, para servir, esses homens deveriam “ter boa reputação e serem cheios do Espírito Santo e sabe-doria” (v.3).

O apóstolo Paulo também escreve a Timóteo, pastor da igreja em Éfeso, a respeito dos requisitos necessários para os que desejavam se candidatar ao ofício de diaconato (1Tm 3.8-13).

A palavra “diácono”, e suas deriva-ções, vem do vocábulo grego “diáconos”, que era empregado para designar ou significar servos, assistentes ou serven-tes, que prestavam os mais variados serviços.

Jesus convida a todos os seus segui-dores à diaconia, isto é, a sermos servos uns dos outros: “quem quiser tornar-se grande entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir...” (Mt

20.26-28 e Lc 22.26-27). Ele “a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de ser-vo” (Fp 2.7). De si mesmo disse: “Eu entre vós sou como quem serve” (Lc 22.27).

Expressões práticas que definem esse servir podem ser observadas, como exemplos, nos ensinos e práticas de Je-sus, tais como: alimentar os famintos, acolher o próximo e visitar os doentes e encarcerados (Mt 25.31-40).

Servir é uma das características do cristão. Essa identidade está em todo aquele que é nascido de novo, pois é parte do próprio Cristo, que habita nele pelo Espírito.

O serviço não pode ser atribuído a apenas um grupo específico de “ser-vos”. Nenhum discípulo deve se eximir do seu próprio serviço à igreja pelo fato de existir à disposição um grupo de ho-mens separados e habilitados (Diáco-nos). Cada um de nós é livre para exercer essa maravilhosa graça.

Portanto, diaconia é o serviço pro-priamente dito e diaconato é um ofício específico, que é mais do que servir à mesa da Ceia, mas “às mesas” (no plu-ral) que inclui também: a dos pobres, a da oração e do culto, a da visita para aconselhamento e encorajamento, a da cantina ou cozinha, a da música, a do ensino e a mesa que representa a admi-nistração das finanças, do patrimônio, da segurança, da limpeza e decoração da igreja, bem como da vida espiritual da igreja e do bem-estar de seus líderes.

No Dia do Diácono Batista, nossa homenagem aos diáconos de ofício e aos que exercem a diaconia com toda dedicação e amor a Jesus e à Sua Cau-sa, independentemente de exercerem o Ministério do Diaconato.

“Servi uns aos outros, cada um con-forme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe 4.10). n

Marinaldo Lima pastor, colaborador de OJB

Deus Onipotente, Onisciente e Onipresente;Eternamente és o Todo Poderoso.Um grande amor revelas pelos perdidos.Salvação em Ti achamos; és misericordioso.

Onipotente és, pois tens todo poder.Ninguém pode se opor à tua vontade.Iremos no caminho que Tu ensinastePraticando tua Palavra, pois ela é a Verdade.Ontem, hoje e sempre queremos te servir,Trabalhando em tua obra com sinceridade.E que Tu nos abençoes é o que te pedimosNa vida e após a morte, por toda a eternidade.

Teremos para sempre a verdadeira pazE experimentaremos a plena santidade.

Onisciente és; tudo a Ti está revelado.Nada fica escondido diante do Altíssimo:Ira, raiva ou rancor e demais sentimentos.Sabes todas as coisas, nada fica encoberto.Cada homem e mulher deve te buscar;Intimidade ter contigo, expor seus pensamentos.Em Ti nós encontramos toda sapiência:Nenhuma circunstância foge ao teu alcanceTeus olhos para tudo, sempre estão atentosE sabes todas as coisas em todos os momentos.

Estabeleces a natureza de todos os elementos.

Onipresente és; no Universo estás.No espaço infinito fazes tua habitação.Incomensurável és nas regiões siderais,Pelas galáxias infindas os teus olhos estão.Realizas a tua obra com magnitudeE em todas podemos ver a tua perfeição.Sendo porém Deus, que és OnipresenteErgues os teus olhos sobre a tua criação.Na Terra amas cada um dos seres humanos;Tendo por cada um de nós grande compaixãoE aos que em Teu Filho creem, Tu dás a salvação. n

Diáconos e diaconia

Deus onipotente, onisciente e onipresente

REFLEXÃO

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7O JORNAL BATISTA Domingo, 13/10/19

Minha Razão de Viver: Multiplicar IgrejaDiáconos e diaconiaNo sábado, 14 de setembro, o esta-

do de Tocantins experimentou um dos princípios da visão da Igreja Multiplica-dora - e também ênfase da Campanha de mobilização anual - Plantação de Igreja. Neste dia aconteceu o culto de organização da Igreja Batista Moriá no Jardim Taquari, em Palmas – um dia de muita celebração, pois é o Evan-gelho de Cristo Jesus se expandindo pela Pátria.

Este é o fruto do trabalho dos seus missionários Edmundo e Rosinélia Ara-gão. Eles atuam na propagação do Evangelho na região de Palmas (TO) porque você investe na obra missio-nária. Quando estiver por perto, faça uma visita e veja o resultado das suas orações e do seu investimento na obra missionária. O endereço da Igreja é: T21, Conjunto 61, Lote 12 - Jardim Taquari, em Palmas (TO).

Se ainda não é, seja um parceiro da obra missionária. Existem muitos de-safios a serem vencidos até que toda a Pátria seja alcançada para Cristo. Para 2019, Missões Nacionais tem como alvo de fé para os projetos de Plantação de Igreja: 11.100 membros, 36 igrejas organizadas nos campos pioneiros e 2.000 batismos. E com a sua parceria, avançaremos!

Que a razão de viver de todo cristão seja multiplicar!

“Vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim”. Gálatas 2.20 n

MISSÕES NACIONAIS

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8 O JORNAL BATISTA Domingo, 13/10/19 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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10 O JORNAL BATISTA Domingo, 13/10/19

Encontro de Jovens da PIEB Pindamonhangaba–SP aborda o tema “Redes Sociais”

Jundiaí recebe III Encontro Batista da Terceira Idade de São PauloProgramação teve mais de 300 participantes.

Ministério de Comunicação da PIEB Pindamonhangaba - SP

Primeira Igreja Evangélica Batista em Pindamonhangaba–SP (PIEB Pin-da), através do Ministério de Juventude, realizou o “Encontro de Jovens”, durante a noite do Dia 21 de setembro de 2019 (sábado), na sede da instituição cristã. O Encontro abordou o tema “Redes So-ciais” e contou com programações como reflexões com base na Bíblia Sagrada, debates, participações da juventude, adorações ao Senhor Deus, momentos de comunhão, etc.

A ação teve como objetivo trazer aos jovens a compreensão acerca de se fazer o bom uso das redes sociais na propa-gação do Evangelho e conscientizar os

participantes sobre os desafios das mí-dias digitais para divulgação da Fé cristã, principalmente através dos testemunhos de vida dos jovens.

Por meio da discussão acerca do as-sunto, deseja-se que a juventude continue em constante crescimento e cada vez mais fortalecida nos caminhos do Salva-dor Jesus, sendo que, os jovens podem usar as redes sociais como um meio de evidenciação de boas posturas e do caráter cristão perante a sociedade atual.

A Igreja Batista, sob a liderança do Pr. João Marcos Ali de Carvalho (ministro titular), está localizada na Trav. Marquês do Herval, nº 96, Centro, Pindamonhan-gaba–SP (Em frente ao Estacionamen-to do Banco Itaú e próxima a Praça do Cruzeiro). n

Alessandro Rangel da Silva coordenador do Ministério de Terceira da Igreja Batista Memorial em Jundiaí - SP

No dia 07 de setembro aconteceu o III Encontro Batista da Terceira Idade do Estado de São Paulo, no Acampamento da Igreja Batista Memorial em Jundiaí, em Campo Limpo Paulista. Cerca de 20 Igrejas participaram com suas caravanas e apresentações.

Estiveram presentes no evento 309 idosos louvando a Deus com cânticos an-tigos e atuais. O louvor oficial ficou com a Banda Memorial da IBMJ; houve também apresentações do Coro Metropolitano Evangélico de São Paulo (COMESP), coro da Igreja Batista Ipiranga e coro da Igreja Batista Boas Novas em Sorocaba.

O momento de relaxamento e alon-gamento ficou por conta da personal trainer Katia da Igreja Batista de Nova Odessa, além da Dança Sênior com a Igreja Batista da Liberdade. Foram for-necidos aos participantes, massagens, corte de cabelo, maquiagem, artesana-to, ginástica cerebral, sala de oração e atendimento médico.

O evento teve como preletores o pastor Ramires, da São Mateus; pastor Aderson Cardoso, da IBMJ; e doutora Lynda, do Centro de Educação e Lazer

para Melhor Idade e Centro de Educação, Lazer e Entretenimento para a Terceira Idade (CELMI e CELETI), que abordaram o tema do encontro, “Minha Missão, meu Chamado”. Os idosos foram motivados e desafiados a acreditarem na sua missão e a viverem o seu chamado em Cristo. As mensagens tiveram ênfase no enco-rajamento e no despertar para uma vida transformada, uma nova vida marcada por Cristo, uma vida real onde Deus su-pera suas limitações e que Deus é quem o capacita para o cumprimento da sua missão e chamado!

Também estiveram presentes no evento os pastores Fausto Aguiar, pre-sidente da Convenção Batista Brasileira (CBB) e pastor da IB da Liberdade; pastor

Nelson Pacheco, segundo vice- presi-dente da CBESP e pastor na IB Ipiranga; pastor Rubens, da IB Central de Campi-nas, e os pastores Manassés e Osvaldo da IBMJ.

O evento contou com o apoio da Con-venção Batista do Estado de São Paulo (CBESP);Ordem de Pastores Batistas do Brasil – Seção São Paulo (OPBB-SP); União Feminina (UFM-SP) e Rádio Trans-Mundial.

A coordenação do evento foi dos ir-mãos Alessandro Rangel, Maysa Rangel, pastor Aderson e da IBMJ, com suas equipes de copa, cozinha, decoração, segurança, médica, jovens casados, in-trodução e apoio.

Uma equipe de 90 pessoas da IBMJ

ficou no apoio para a disponibilização das refeições e todos os serviços ofe-recidos como cortesia. A programação faz parte do grupo de líderes de terceira idade Batista do Estado de São Paulo, criado pelo organizador do evento, que visa somente a comunhão, amizade, integração entre as Igrejas e os minis-térios de terceira idade das igrejas de São Paulo.

A intenção principal foi de levar uma mensagem de fé, encorajamento, ad-moestação, fortalecimento e esperança aos idosos que estiveram no evento, além de um dia alegre, cheios de mo-mentos de descontração, brincadeiras, amizades, carinho e amor dispensado pela equipe no cuidado com os parti-cipantes.

Queremos agradecer aos mais de 300 participantes e as Igrejas envolvidas e convidar você, líder de terceira idade, e que tiver interesse em participar desse movimento Batista no estado de São Paulo para nos procurar. Hoje, nosso grupo de líderes já conta com mais de 35 Igrejas participantes. O próximo evento ocorrerá em 25 de abril de 2020, na Igreja Batista Boas Novas em São Paulo, onde teremos novamente um grande Encontro Batista da Terceira idade. Reserve essa data. n

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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Anatoliy Shmilikhovskyy missionário de Missões Mundiais na Ucrânia

Permita-me contar uma história so-bre a graça de Deus que resgata vidas. Sofia é uma jovem de 20 anos, nascida no interior do estado de Lviv (Ucrânia), em uma família católica tradicional. Apa-rentemente perto de Deus, porém longe da graça. Desde os 17 anos, estudou na Universidade de Varsóvia, na Polônia. Lá através de uma igreja pentecostal, conheceu a Jesus e sua vida mudou. Seus pais, no entanto, não deram muito crédito e acharam que logo passaria. Mas Sofia voltou para casa e foi batizada na Igreja Batista. Se apaixonou por Vova, filho do pastor. Foi neste momento que eu e Iryna os conhecemos.

Durante três meses realizamos dis-cipulado de noivado, que é condição nossa para o casamento. Três dias antes da cerimônia, Sofia disse: “Pastor, seria

bom ter encontro com os meus pais, eles têm muitas perguntas”. Pensamos que os pais da noiva queriam tomar um cafezinho, para falar dos detalhes da cerimônia. Porém, tomei um “banho gelado”. Eles exigiram, num tom de ul-timato, três coisas:

1) Incluir no casamento a oração à Maria;

2) Danças na festa;3) Obrigatoriamente ter vodka, “pois

sem esta bebida não existe boa festa”, segundo eles.

Uma das tradições locais para o ca-samento é o “brinde azedo”. Todos os convidados bebem uma dose de vodka em prol da saúde dos noivos e também, seguindo uma das versões da tradição, para aliviar a amargura que a noiva ex-perimenta ao deixar a casa dos pais e o noivo, a vida de solteiro. Durante o brinde, os noivos devem se beijar dian-te de todos. O beijo (doce) seria para aliviar simbolicamente a amargura que

os convidados estão experimentando durante o brinde.

Se você conhecesse um pouco desse contexto eslavo, saberia da gravidade do assunto. Foi um dos momentos que, como pastor, gostaria de evitar. Só que muitas vezes Deus usa momentos pa-recidos para falar da Sua grandeza. Foi neste momento que Sofia deu um dos mais lindos testemunhos de fé que já pre-

senciei. E ela o fez perante os seus pais. Naquele momento toda a cafeteria ficou calada ouvindo o testemunho de uma jovem crente. As garçonetes choravam, os visitantes escutavam e vimos uma corajosa jovem que colocou a bênção de Deus acima de um sonho de noiva.

Sabe como foi o casamento? Um dos mais belos que vi! Na festa observei as mesas com as garrafas de vodka, mas nenhuma sequer foi aberta! Tudo isso devido a espiritualidade indescritível da celebração. No dia seguinte a mãe da noiva comentou: “Nunca recebemos tantos elogios como hoje. O Deus da nossa filha é tremendo. Será que a gente O conhece de fato?!”.

Peço que ore conosco por essa semente plantada no coração desses pais, pela Sofia e Vova. Interceda tam-bém por nós, nossa família e ministério. Que Deus esteja conosco e com você, suprindo cada uma das nossas neces-sidades. n

Marcia Pinheiro redação de Missões Mundiais

A atuação de voluntários em Missões Mundiais impacta não só pessoas nos campos missionários, como também na mobilização junto às igrejas brasilei-ras. Uma destas ações tem apoiado a Comunicação e Marketing da JMM na tradução de vídeos para a Língua Brasi-leira de Sinais – Libras, promovendo a inclusão de surdos em missões. E a Ro-sana Soares, membro da Primeira Igreja Batista do Recreio, na Zona Oeste do Rio de Janeiro/RJ, tem disponibilizado parte do seu tempo para apoiar esse trabalho. Recentemente, ela aceitou o convite para traduzir de forma totalmente voluntária os vídeos da campanha Doe Esperança.

Rosana é Bacharel em Letras-Libras pela Universidade Federal de Santa Ca-tarina. Mas sua história com a Libras é antiga.

“Comecei a aprender Libras na mi-nha Igreja em Ipatinga-MG aos 9 anos de idade. Na época não consegui dar continuidade ao aprendizado e acabei esquecendo muita coisa. Depois, retor-nei aos 18 anos quando o Ministério com Surdos estava iniciando na Primeira Igreja Batista do Recreio. Foi aí que co-mecei a fazer amizade com os surdos e me apaixonar pela língua”, conta Rosana.

Sempre interessada em aprender mais para que os surdos não perdes-sem nenhuma informação, Rosana com o trabalho que desenvolvia na Igreja, começou a ser chamada para atuar em empresas, universidades, palestras, etc.

Atualmente ela trabalha na área de co-municação e a interpretação voltou a ser apenas trabalho voluntário.

Dados do último censo do IBGE apontam que existem 10 milhões de surdos no Brasil. Segundo a Federação Mundial dos Surdos, 80% dos surdos de todo o planeta têm baixa escolaridade e problemas de alfabetização. As Igrejas evangélicas normalmente são conheci-das por defender e apoiar os cidadãos em suas grandes necessidades. E a vo-luntária de Missões Mundiais é uma das muitas pessoas que abraçaram a causa dos surdos.

“As igrejas foram responsáveis por muitas conquistas para a Comunidade Surda. Muitos intérpretes profissionais começaram em suas igrejas.

Ao mesmo tempo, percebo que não acompanhamos toda a evolução da Lín-gua Brasileira de Sinais e da Comunida-de Surda na sociedade. Isso fez com que

os surdos desanimassem e, até pouco tempo, o que mais estávamos vendo era um esvaziamento dos ministérios. Agora começo a perceber uma retoma-da”, comenta.

Segundo Rosana, é importante ter-mos em mente que precisamos fazer diferente.

“Temos que buscar excelência na interpretação e capacitar cada vez mais pessoas para esse ministério. Temos que dar protagonismo aos surdos, res-peitar sua identidade e necessidades, produzir materiais apropriados para eles e, na Língua de Sinais, agir em suas ne-cessidades”, diz.

Seu ministério são os surdos. E Ro-sana entende que Deus a chamou para ajudar no evangelismo e discipulado deste povo. A Libras é um instrumento para alcançá-los.

Os vídeos da Campanha Doe Espe-rança não são o primeiro trabalho de Rosana com Missões Mundiais. Ela tem traduzido vídeos de Campanhas da JMM desde 2013.

“Lá se vão seis anos. Para mim é uma grande honra poder juntar interpretação em Libras com missões. É um privilégio. Todo ano dou um jeitinho para conseguir participar. Em 2014, chamei a minha irmã em Cristo Elizangela Ramos para me ajudar e temos servidos juntas desde então”, revela.

Mesmo quando estava com os filhos recém-nascidos, Rosana não deixou de ser voluntária de Missões Mundiais.

“Já fui carregando meus filhos re-cém-nascidos em 2013 e 2016, mas

o importante é conseguir encaixar um espaço na agenda para participar.

Além de servir, Deus sempre fala al-guma coisa comigo. Lembro da Cam-panha de 2015 “Eu tenho um chamado”. Deus me tocou muito profundamente. Eu estava muito desanimada na época e ali Deus começou a me falar que eu não podia desistir”, recorda.

Durante a Conferência “Passion 2019” realizada nos Estados Unidos foi dito que apenas 2% das pessoas surdas em todo o mundo têm acesso ao Evangelho em suas línguas de si-nais. Rosana espera que mais pessoas possam se mobilizar para mudar este cenário.

“Isso me entristece. São muitos surdos sofrendo sem conhecer Jesus. Espero que mais pessoas se despertem para esse ministério e, mesmo aqueles que não vão trabalhar diretamente com os surdos, que tenham interesse em aprender pelo menos o básico em Libras, de se comunicar com eles, de compreen-der a identidade e cultura surda e ter empatia por eles”, comenta.

O trabalho voluntário de Rosana na campanha Doe Esperança tem ajudado a despertar igrejas de todo o Brasil para o trabalho da missionária Rosangela Teck na Escola Pamosi, em Angola, que inclui não apenas surdos, mas também cegos, portadores de Síndrome de Down, entre outras pessoas antes excluídas da sociedade e do Reino de Deus por conta da dificuldade de comunicação. Para também se envolver com esta missão, acesse www.doeesperanca.org.br. n

Noiva abre mão de religiosidade para honrar Jesus

Voluntária doa esperança

MISSÕES MUNDIAIS

Rosana (à esquerda) teve a companhia de Elizangela Ramos e da pequena Isabella na tradução dos vídeos da campanha Faça a Terra se Alegrar

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12 O JORNAL BATISTA Domingo, 13/10/19

JUBAPE realiza Vigília Simultânea em Camaragibe e Condado

IBVN comemora os 459 anos de Mogi das Cruzes

Elisama Torres Igreja Batista em Casa Forte - Equipe Executiva da JUBAPE)

No último dia 30 de agosto de 2019 realizamos mais uma Vigília Simultânea da JUBAPE- Juventude Batista de Per-nambuco. Dessa vez, elas aconteceram na Igreja Batista em Timbi, da Associação Capibaribe, e Igreja Evangélica Batista em Condado, da Associação Litoral Norte.

Em Condado, pudemos contar com a participação das Igrejas Batista Memorial de Goiana, Batista de Carobé e Batista em Ibeapicu. Foi um momento único de louvor e adoração ao Senhor. Além dos jovens que estiveram conosco, contamos com a presença das irmãs da MCM – Mulheres Cristãs em Missão da igreja de Condado que nos presentearam com a participação do seu coral em nossa progra-mação. Somos gratos ao Senhor pela vida dessas mulheres e de muitas outras que tem cuidado de nós enquanto juventude, bem como, muitos homens que também tem participado da vida das suas juven-tudes locais, os orientando e ensinando através do amor e da experiência de quem já passou pelo mesmo caminho que nós.

Esteve participando da nossa programa-ção o Pr. Geiverson Gomes, missionário da JMN na cidade de Exú, interior de Pernambu-co. Ele nos deixou maravilhados com o seu testemunho de desafios e vitórias no seu

campo missionário. Também o Pr. Gênesis, membro da Igreja de Condado, nos trouxe uma reflexão inspiradora sobre “O Jovem e seu Futuro”. Agradecemos também pela vida do Danilo Rodrigues, representante da Juventude da Associação Litoral Norte, que aceitou o desafio de organizar e realizar a nossa vigília naquela região.

Nosso desejo é que continuemos ca-minhando juntos enquanto juventude, sempre com a orientação daqueles que são mais experientes que nós, para que possamos cumprir a nossa missão no Reino de Deus com excelência.

Luciano Rodrigues Igreja Batista Pinheiros - São Lourenço da Mata - PE

A  Vigília Simultânea da JUBAPE, pela primeira vez, foi também realiza-

da na Associação Capibaribe no dia 30 de agosto. Esta Associação congrega igrejas de São Lourenço da Mata e Ca-maragibe basicamente. Este evento re-presentou um marco para a reaproxima-ção das Juventudes da Associação, que estavam a um bom tempo realizando trabalhos que agregavam poucas igrejas, sem a perspectiva associacional ou da cooperação, que é uma característica dos Batistas.

É de imensa gratidão a Deus o senti-mento que ficou ao podermos ver mais de cem jovens de várias igrejas da região louvando a Deus, clamando em prol da relevância da juventude na sociedade e no Reino de Deus. 

É de dar um fôlego novo ver que exis-te sim a possibilidade de cooperação de juventudes/igrejas com o objetivo único

de glorificar a Deus, e que este desejo nos leva trabalhar mais em prol deste Reino que nos alcançou.

A nossa gratidão a Igreja Evangéli-ca Batista em Timbi, que recebeu os jovens e de muito bom grado se dispôs a servir com disposição abrindo as por-tas do templo, de todo o prédio, além dos amados irmãos, que estiveram até a madrugada disponíveis e alegres em suporte da Vigilia.

Sonhamos com uma JUBAC (Juven-tude Batista da Associação Capibaribe) forte e relevante no Reino de Deus, e esta vigília foi um meio de conhecer outros irmãos e estreitar laços. Obrigado a JU-BAPE pelo desafio a nós confiado, e a cada líder de Juventude, e suas respec-tivas igrejas, que estiveram envolvidos na concretização da Vigilia. n

Cleverson Pereira do Valle pastor da IBVN

A IBVN (Igreja Batista em Vila Natal--Mogi das Cruzes-SP), comemorou no dia 21 de setembro os 459 anos da cidade de Mogi das Cruzes.

O Culto teve a direção do Pr. Clever-son Pereira do Valle que, pelo segundo ano lembra desta data.

Na visão do pastor, a igreja não pode ficar alheia ao que acontece com sua ci-dade, pelo contrário, deve estar envolvida com a agenda, e oferecer o melhor a ela .

O Culto Cívico iniciou com todos os presentes cantando os Hinos Nacional Brasileiro e o da Cidade.

Entre os presentes estavam o repre-sentante do vereador Mauro Araújo, o vereador Pr. Dr. Péricles e sua família, e o presidente do Conselho de Pastores

da cidade Pr. José Miraídes Penha, membros da PIB Mogi e o Pastor da Assembleia de Deus Madureira Vila Natal.

A Igreja participou com o Conjunto Feminino sob a regência do irmão Da-niel, o Ministério de Louvor e as crian-ças.

O orador ocasional foi Janio Cidalicio de Segundo Almeida, pastor da PIB Mogi das Cruzes.

A Igreja orou pela cidade e pelos di-rigentes que estão responsáveis pela gestão do município.

A cidade de Mogi das Cruzes cresce dia a dia, hoje está com uma população

de mais de 450.0000 habitantes, está avançando em tecnologia, na área da saúde e segurança pública.

Mogi das Cruzes é uma excelente cidade para se morar.

Louvamos a Deus pela existência desta cidade e do povo tão acolhe-dor. n

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Diácono Ezequiel Braz, Pastores Segundo, Miraídes, Cleverson e Péricles

Crianças da Igreja

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13O JORNAL BATISTA Domingo, 13/10/19

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14 O JORNAL BATISTA Domingo, 13/10/19

Dia do Educador Cristão BatistaElana Costa Ramiro Presidente da AECBB (Associação de Educadores Cristãos Batistas do Brasil)

Desde 2018 os Batistas Brasileiros separaram o terceiro domingo de ou-tubro para celebrar o Dia do Educador Cristão. A data é uma forma de res-saltar a importância desse Ministro para o desenvolvimento da Igreja e a expansão do Reino de Deus. No exercício de suas funções, o Educador Cristão compartilha valores, forma o caráter, promove uma identidade cristã e espalha sementes do Reino nos lares, na igreja e na sociedade. Ele planeja, organiza, orienta, estimu-la, apoia, supervisiona, intercede... ele está em constante atividade no processo de transformação de pes-soas, das suas relações e das suas produções.

O Educador Cristão é um importan-te agente social e cultural de nosso tempo. Ele cultiva o olhar ético e as atitudes cristãs, media situações e promove os mecanismos necessá-rios para que cristãos cheguem ao amadurecimento espiritual (Efésios 4.12-15). Ele se coloca em relacio-namentos intencionais com pessoas, buscando conhecer forças, entender fraquezas e conduzi-las a serem exa-tamente aquilo que Deus planejou para elas: “para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. Romanos 8.29.

Dos primeiros anos de vida, nos berçários, aos mais elevados níveis de formação teológica, na graduação e pós-graduação, seja na igreja local ou nas organizações e ambientes educacionais mais diversos, a contri-buição do Educador Cristão se dá não somente no conhecimento teórico da Palavra de Deus, mas, principalmente, na expressão deste conhecimento em todos os aspectos da vida do cristão.

Bem, neste dia especial, queremos estimular a que todas as Igrejas Ba-tistas Brasileiras, independentemente do tamanho, localização ou estrutura, valorizem o ministro de Educação Cristã. A homenagem é uma forma de reconhecer o esforço diário de educadores para formar verdadeiros e frutíferos discípulos de Jesus. É uma forma singela de retribuir o valor do serviço e homenagear o ministro que trabalha, todos os dias, para formar discípulos de Jesus, conhecedores da Bíblia e aptos a transformar o mundo em que vivem. n

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OBSERVATÓRIO BATISTA

Batistas radicais e defesa da fé - preliminares atitudinais!Lourenço Stelio Rega

No ambiente Batista já tem sido pos-sível observar o crescimento de movi-mentos que estão buscando polarizar suas convicções. Já é o surgimento de grupos que acionam espírito bélico, aci-dez no trato de líderes, instituições e convenção, quando algo ocorre de forma diferente à sua opinião atribuindo aos contrários etiquetas pejorativas. Moni-toram também atividades de institui-ções, igrejas e líderes num movimento policialesco e, quando algo não está acontecendo de acordo com seu senso de militância, muitas vezes é ativado o uso de redes sociais para “denunciar” o “herege”, o “liberal”, com juízo de valo-res, sem antes dialogar, perguntar o que está ocorrendo, bem distante do espírito ensinado pelo Mestre Jesus em Mateus 18.15-17. Em rumo diferente segue pro-movendo separatismo com acusações sem fim acompanhada pela insuflação de outros militantes contra a instituição, contra o líder e até mesmo contra igrejas e denominação, bem ao estilo da dissen-ção que Paulo precisou denunciar que havia na Igreja de Corinto, assumindo a missão de “separar joio do trigo”. Se não conseguirmos investir tempo para trabalharmos nisso tudo, fico imaginan-do tempos difíceis e divisões em nosso meio. Aliás nosso Mestre já avisou que nos fins dos tempos até mesmo haveria perseguição entre nós mesmos.

Assim, em termos preventivos, enten-do ser melhor sinalizar a necessidade de redescobrirmos o que é a essência do modo de ser como Batistas, para nos dar suporte de fato às nossas atitudes em relação à defesa da fé. Serão três artigos, este primeiro vai considerar preliminares atitudinais.

Nós pastores temos como principal ferramenta e instrumento o uso da pa-lavra, seja falada, seja escrita. Como entender isso ao ver, especialmente nas redes sociais, insultos, discriminações, tentativa de massacre, segregação, es-pírito de cruzada medieval e inquisição, atitude persecutória, divisionista? Fico a imaginar que estamos precisando voltar ao “estaleiro” para manutenção a nossos sentimentos, do órgão da fala e dos de-dos que teclam.

A um dos calorosos participantes de um debate na internet perguntei sobre qual critério ou temas são indicativos de que devemos excluir ou segregar al-guém? O que é inegociável e por quê? Até hoje não recebi resposta.

Já nos destruímos muito no passado tentando estabelecer nossa identidade Batista pela uniformidade. O princípio da “competência da alma” nos leva na-turalmente a viver em unidade dentro do território da diversidade, isto faz parte do

modo Batista de ser e pensar.Necessitamos estabelecer critérios

sobre o que pode afetar a nossa convi-vência num grupo, senão vamos cons-tantemente estar em ponto de tensão e divisão se nossa opinião ou interpre-tação não for aceita. Não é esse estilo de vida que Cristo desejou à sua igreja.

Há assuntos que posso até discordar na denominação, na Convenção, na Or-dem dos Pastores e outras organizações, mas tenho diante de mim o desafio: ser sal e luz; ser pacificador, usar palavras agradáveis temperadas com sal (A vossa palavra seja sempre agradável, tempera-da com sal, para saberdes como deveis responder a cada um - Colossenses 4.6).

Em passado recente, diante de uma decisão da Ordem dos Pastores, foi criada por um pastor uma hashtag no Facebook com o título “A OPBB não me representa” onde vi jovens pastores des-tilando ódio e palavras nada temperadas contra a Ordem e seus líderes. Para mim isso passou como se fossem atitudes de subproduto da Pós-Modernidade em que o mundo é plano e o respeito à au-toridade externa desaparece por com-pleto e se alguma instituição não toma decisões conforme eu penso, deve ser abominada e atacada sem piedade, e, me parece, que hoje isso está se mostrando de novo. Existe fórum próprio para que suas opiniões possam ser ouvidas, onde você pode defender suas ideias, não numa hashtag num aplicativo da Internet, protegido por um teclado ou por uma tela de celular. O diálogo maduro deve ser face-a-face. Isso é ser batista.

Mais uma pergunta: qual a diferença que há entre o divórcio matrimonial e o divórcio contra o povo de Deus que tem sido estimulado por todos os que se dizem defensores zelosos e ardorosos da Bíblia?

E, ainda mais, Paulo nos ensina que ao servo do Senhor não convém conten-der, mas sim ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente; corrigindo com mansidão os que resistem, na es-perança de que Deus lhes conceda o arrependimento para conhecerem plena-mente a verdade, e que se desprendam dos laços do Diabo (por quem haviam sido presos), para cumprirem a vontade de Deus ... (II Timóteo 2.24-26).

Isto é uma obra que nunca acaba, pois sempre há os que resistem. “Com mansidão”, pois este foi o sentimento de Deus ao providenciar a nossa recupera-ção após a queda do Éden. Deus tinha o direito de destruir tudo, mas Ele mandou o seu filho para nos resgatar, por amor. Eis aí nosso papel.

Retomando o modo Batista de ser e pensar em que existe um princípio herdado da Reforma Protestante que chamamos de “competência da alma”

(veja a obra “Axiomas da Religião” do teólogo Batista, Dr. Edgar Y. Mullins, que chama este princípio de “axioma” Batis-ta) que indica que todos, como crentes, temos acesso aberto e livre a Deus e à sua Palavra. É um princípio de elevada responsabilidade do crente diante de Deus, sua igreja e do mundo. Isto está ligado ao conceito do “sacerdócio uni-versal dos santos” que, nós Batistas, em essência, levamos muito a sério em nossa história. Sabemos que Batistas já sofreram por isso.

Esse princípio nos traz muita respon-sabilidade, pois nos leva ao percurso do sério trabalho interpretativo da Palavra de Deus, nossa fonte de verdade na fé e na prática (veja o próximo artigo). Fa-zendo análise nas variadas declarações doutrinárias dos Batistas em sua história, a colocação da Bíblia como ponto de partida é notória, passa ela, então, a ser nosso ponto de referência.

Além disso, esse princípio nos con-duz em direção à avenida do diálogo, ao caminho de aprendermos juntos, a entender que, mesmo depois de estudar a Bíblia e chegarmos às nossas con-clusões, ainda temos pela frente o per-curso do diálogo germinador de nossa convivência como santos. Isso me leva a concluir que no modo de ser e pensar como Batistas não há como acolher fun-damentalismos, nem liberalismos. Este porque não parte da Bíblia como fonte de verdade, então não tem como haver diálogo. Aquele porque geralmente se recusa ao diálogo, transformando inter-pretações na própria Bíblia. Me parece que são extremos e os extremos num círculo se tocam, então, no fundo, não seriam a mesma coisa?

O próprio Paulo, rigoroso em tudo, nos ensina em Romanos 8.9, que devemos estar em Cristo, quem não tem o Espírito de Cristo não está nEle. Por isso volto à questão, quais critérios ou temas devem colocar o “radar” do separatismo em aler-ta, se estamos, como salvos, em Cristo?

Ainda mais, em Efésios 4 (vs 1s) te-mos o ensino sobre a unidade: “... andeis como é digno da vocação com que fos-tes chamados, com toda a humildade e mansidão, com paciência, suportando--vos uns aos outros em amor procurando diligentemente preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos.”

O texto fala em humildade, mansidão, paciência, suportar uns aos outros em amor e, ainda mais, procurar preservar a unidade do Espírito no caminho de buscar uma só fé. Um ensino uniforme

em praticamente todos os comentaristas é que nosso papel não é criar a unidade do Espírito, ela já está criada por ele, mas em preservar diligentemente esta unidade e no vínculo da paz. Estou aqui lembrando do grande ministério interna-cional dos “peacemakers” (“fazedores da paz”).

Tem sido esse o espírito que estamos lendo, vendo e ouvindo em muitas des-tas últimas manifestações? Nas redes sociais? Não tenho dúvidas que a falsa doutrina é pecado, mas também não te-nho dúvidas de que o trato de pessoas e instituições, que pensam diferente, do jei-to em que estão sendo tratadas é igual-mente pecado. Não há diferença para Deus sobre pecado. Não contribuir para a preservação da unidade do Espírito, deixar de ensinar com mansidão os que resistem pensando de modo diferente, deixar de ser “fazedor da paz”, é pecado também. Toda vez que alguém vai para a Internet ou publicamente agindo deste modo está agindo não pelo Espírito, mas pela carne. O zelo é necessário, mas pode se tornar pecaminoso. Precisamos pedir sabedoria a Deus para esta identi-ficação (Tiago 1.5).

Peço desculpas por citar tantos tex-tos bíblicos, mas parece-me que nes-te momento está faltando Bíblia para nos reeducar em nossas atitudes e no controle de nossos teclados e funções hepáticas. Então, o que você pode dizer depois do ensino de Tiago a seguir?

“Quem dentre vós é sábio e entendi-do? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabe-doria. Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabóli-ca. Porque onde há ciúme e sentimento faccioso, aí há confusão e toda obra má. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia--se em paz para aqueles que promovem a paz.” (Tiago 3.13ss)

O que dizer diante de todo este ensi-no bíblico? É necessário ser bíblico na doutrina e, muito mais, no comportamen-to e no relacionamento. Necessitamos destes dois - doutrina e comportamen-to/atitude. E, como em uma viagem de trem com dois trilhos, onde um para a viagem para. Discordar é possível em busca da sã doutrina, respeitar e tratar com dignidade é imperativo. Fica aqui o meu desafio para o contínuo diálogo, para a paciência, para a prática da paz, para a preservação de nosso unidade e para a busca de palavras temperadas. Até os próximos artigos. n

PONTO DE VISTA

Page 16: ANO CXVIII EDIÇÃO 41 DOMINGO, 13.10.2019 R$ 3 · 2019. 10. 11. · Um filho que dá prazer a Deus BILHETE DE SOROCABA Wanderson Miranda de Almeida colaborador de OJB “E ouviu-se